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● ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS SIMPATOLÍTICOS Enquanto os agonistas são simpatomiméticos, os antagonistas são simpatolíticos que bloqueiam a transmissão simpática ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS • Antagonistas α não seletivos • Antagonistas α1 adrenérgicos • Antagonistas β não seletivos • Antagonistas β1 adrenérgicos • Antagonistas com ação agonista parcial • Antagonistas β e α1 • Antagonistas adrenérgicos indiretos ANTAGONISTAS COM AÇÃO AGONISTA PARCIAL Acebutalol, Esmolol Sectral® Breviblock® Ações: bloqueiam os receptores β, mas tem atividade simpatomimética intrínseca (ASI) Essa atividade causa um pouco de taquicardia Ao bloquear os receptores beta 1 diminui-se a força cardíaca e de contração, tendo portanto efeito anti-hipertensivo Utilidade clínica: HAS em diabéticos, insuficiência cardíaca Efeitos adversos: hipotensão postural, fadiga, cefaleia, broncoconstrição Bloqueio B1: efeito anti-hipertensivo Bloqueio B1 – IC Bloqueio B2: broncoconstrição Hipoglicemia: beta bloqueadores podem reduzir a glicemia possivelmente devido ao aumento da captação periférica de glicose através do aumento da sensibilidade à insulina ANTAGONISTAS BETA E ALFA-1 Carvedilol, Labetalol Cardilol ® Betalor ® Ações: vasodilatadores (α1) e reduzem o débito cardíaco (β1) Utilidade clínica: hipertensão arterial sistêmica, insuficiência cardíaca Efeitos adversos: hipotensão postural, fadiga, cefaleia, broncoconstrição EFEITOS COLATERAIS DOS ANTAGONISTAS BETA 1 DIRETOS Ao bloquear receptores beta-1, podem mascarar quadro de hipoglicemia, que é caracterizado por taquicardia Hipoglicemia: beta bloqueadores podem reduzir a glicemia possivelmente devido ao aumento da captação periférica de glicose pelo aumento da sensibilidade à insulina SISTEMA SIMPÁTICO: ANTAGONISTAS DIRETOS ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS INDIRETOS Bloqueiam ambas as ações, alfa e beta, dos neurotransmissores ● Diminuem a transmissão simpática e aumentam a parassimpática Os fármacos simpatolíticos de ação indireta podem ser: Fármacos que interferem na síntese de noradrenalina; exemplo: metil-tirosina e carbidopa Fármacos que afetam o armazenamento de noradrenalina; exemplo: reserpina Fármacos que afetam a liberação de noradrenalina; exemplo: metildopa e guanetidina FÁRMACOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DE NORADRENALINA: ALFA METIL TIROSINA α-metil-tirosina: inibe a tirosina hidroxilase – o que impede a cascata da síntese de noradrenalina É utilizada no tratamento da hipertensão decorrente do feocromocitoma não excisado cirurgicamente Nestes casos, pode-se utilizar alfa e beta bloqueadores, mas a melhor opção é a α-metil- tirosina porque reduz a síntese da adrenalina Se tem menos noradrenalina, tem mais acetilcolina – redução da PA, frequência cardíaca, diminuição da força de contração FÁRMACOS QUE INTERFEREM NA SÍNTESE DE NORADRENALINA: CARBIDOPA Carbidopa (parkidopa®) Ações: inibe a dopa-descarboxilase, reduzindo a formação de dopamina Não atravessa a barreira hematoencefálica Utilidade clínica: antiparkinsoniano associado a Levodopa Carbidopa tem efeito anti-hipertensivo FÁRMACOS QUE AFETAM O ARMAZENAMENTO DA NORADRENALINA: RESERPINA Afeta o armazenamento da noradrenalina A reserpina inibe a captação de noradrenalina pelas vesículas presentes nas terminações nervosas, o que provoca a destruição de noradrenalina pela MAO e COMT A COMT degrada noradrenalina, serotonina, dopamina e diminui a transmissão simpática A reserpina interfere não só com a noradrenalina mas também das outras monoaminas (dopamina, adrenalina e serotonina) A reserpina reduz a pressão arterial, porém causa depressão profunda que pode levar ao suicídio Sem uso clínico FÁRMACOS QUE AFETAM A LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA: METILDOPA A metildopa é um fármaco que ainda é usado na hipertensão durante a gravidez ● É captada pelos neurônios e então convertido no falso transmissor α- metilnoradrenalina A α-metilnoradrenalina não sofre degradação pela MAO, se acumulando nos terminais sinápticos e deslocando a NA das vesículas. Quando liberada, a α-metilnoradrenalina atua sobre receptores alfa-2 adrenérgicos pré- sinápticos, inibindo a liberação de noradrenalina Ambos os efeitos contribuem para redução da ativação de receptores alfa-1-adrenérgicos e o efeito hipotensor FÁRMACOS QUE AFETAM A LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA: GUANETIDINA A guanetidina inibe a liberação de noradrenalina pelas terminações nervosas simpáticas, mas não alteram a liberação de catecolaminas na circulação Tem poucas ações sobre a medula suprarrenal (adrenalina) e outras terminações nervosas Eles são captados pela NET e VMAT e se acumulam nas terminações sinápticas e dentro das vesículas. Uma vez liberados nas sinapses, não atuam como neurotransmissor Tem efeito anti-hipertensivo, porém causa degeneração dos neurônios sinápticos. Tem como efeitos colaterais a hipotensão postural, diarreia, congestão nasal e disfunção ejaculatória São confundidas com os neurotransmissores Sem uso clínico REVISÃO DO SISTEMA SIMPÁTICO: ANTAGONISTAS INDIRETOS TRANSMISSÃO PARASSIMPÁTICA OU COLINÉRGICA Envolvido na transmissão da acetilcolina Os fármacos atuam imitando (agonista) ou bloqueando (antagonista) a ação da acetilcolina RECEPTORES DO SISTEMA PARASSIMPÁTICO Os receptores muscarínicos (M1, M2, M3, M4 e M5) são receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos) Os mAChR medeiam os efeitos da acetilcolina em sinapses pós- ganglionares parassimpáticas (principalmente o coração, musculo liso e glândulas) M1 está presente no sistema entérico e neuronal;M3 no sistema glandular e vascular; M5 presente no sistema nervoso central; M2 no cardíaco e M4 no sistema nervoso central A ação da acetilcolina desencadeia a atividade colinérgica, a atividade parassimpática, mediante receptores muscarínicos ● EFEITOS DO SISTEMA PARASSIMPÁTICOS Efeito ao contrário do que a adrenalina faz Enquanto a adrenalina aumenta, a acetilcolina diminui FÁRMACOS DO SISTEMA PARASSIMPÁTICO São os: • Agonistas diretos (o fármaco apresenta uma estrutura parecida com a acetilcolina, então ele vai lá e ativa os receptores M1,M2,M3,M4 ou M5) • Agonistas indiretos (os fármacos aumentam a acetilcolina para que ela atue sobre os receptores M1-M5) • Antagonistas diretos (o fármaco bloqueia os receptores da acetilcolina) • Antagonistas indiretos (bloqueiam a liberação da acetilcolina) • Bloqueadores neuromusculares 2 agonistas que atuam como acetilcolina e 3 antagonistas AGONISTAS COLINÉRGICOS COLINOMIMÉTICOS E PARASSIMPATOMIMÉTICOS Existem dois tipos de agonistas colinérgicos 1. Agonistas colinérgicos: imitam a ação do neurotransmissor acetilcolina (colinomiméticos) 2. Fármacos anticolinesterásicos: agem inibindo a enzima colinesterase, responsável pela metabolização da acetilcolina nos locais onde se encontram os receptores colinérgicos (efeito indireto) AGONISTAS COLINÉRGICOS DIRETOS Ativam diretamente receptores muscarínicos Carbacol e Pilocarpina são fármacos em formato de colírios que servem para glaucoma; Betanecol é de ação sistêmica em pacientes de hipotonia Cevimetina é muito utilizado na síndrome de Jogren que causa a interrupção na produção de saliva e lagrimas ● EFEITOS COLATERAIS DOS AGONISTAS DIRETOS • Náusea e vomito • Acidez e dor estomacal • Diarreia • Incontinência urinária • Corrimento nasal • Broncoconstrição • Rubor, sudorese e salivação • Dor de cabeça AGONISTAS COLINÉRGICOS INDIRETOS Anticolinesterásicos Inibem a acetilcolinesterase (AchE) e a butirilcolinesterase (BuchE), e com issoaumentam a concentração de Ach para que ela atue sobre os receptores muscarínicos A acetilcolina é degradada pela enzima acetilcolinesterase; então os fármacos anticolinesterásicos agem inibindo essa enzima MIASTEMIA GRAVE/ MIASTENIA GRAVIS Doenças crônicas que envolvem a paralisia de vários grupos musculares, e que era associada a mulheres e jovens, afeta hoje em dia majoritariamente homens acima dos 65 anos Mais de 50% dos pacientes apresentam sintomas oculares e destes, a metade permanece com manifestações oculares – ptose palpebral Há casos em que as manifestações são generalizadas com fadiga após exercício ou movimentos repetitivos ANTICOLINESTERÁSICOS Esses fármacos são capazes de melhorar a cognição de pacientes com Doença de Alzheimer, porém não retardam o desenvolvimento da doença EFEITOS COLATERAIS DOS ANTICOLINESTERÁSICOS • Bradicardia • Hipotensão • Broncoconstrição • Excesso de secreções • Hipemotilidade gastrintestinal Tratamento da intoxicação: atropina (antagonista dos receptores muscarínico) e pralidoxima (reativador de colinesterase) ANTICOLINESTERÁSICOS IRREVERSÍVEIS • Inseticidas • Agrotóxicos ● ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS ANTICOLINÉRGICOS E PARASSIMPATOLÍTICOS Antagonistas muscarínicos ou anticolinérgicos/parassimpatolícitos: bloqueiam a acetilcolina e ativam a adrenalina ANTAGONISTAS MUSCARINICOS INDIRETOS Inibem a liberação de acetilcolina TOXINA BOTULÍNICA A toxina botulínica e a β- bungarotoxina, atuam especificamente inibindo a liberação de acetilcolina A toxina botulínica contém vários componentes (A-G), que são peptidases que clivam proteínas envolvidas no processo de exocitose (sinaptobrevinas, sintaxinas etc.) A toxina botulínica, administrada por injeção local, tem inúmeros usos clínicos e cosméticos: • Blefarospasmo e Espasticidade • Incontinência urinaria, associada à hiperatividade da bexiga (uso intravesical) • Estrabismo (através de injeções nos músculos extraoculares) • Hiperidrose (através de injeções intradérmicas na pele da zona axilar), no tratamento da sudorese excessiva resistente a outros tratamentos • Profilaxia das dores de cabeça (nos adultos com enxaqueca crônica e dores de cabeça frequentes) • Rugas da fronte (quando injetada por via intradérmica, remove as rugas de expressão ao paralisar os músculos superficiais que franzem a pele) BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Consistem em bloqueadores da transmissão colinérgica no sistema somático na placa motora neuromuscular da musculatura esquelética. Assim, combinam-se com os receptores nicotínicos bloqueando a ação da acetilcolina Tem sido utilizado principalmente na anestesia para produzir relaxamento muscular, sem a necessidade de doses anestésicas mais elevadas (benzodiazepínicos, opioides) São bloqueadores neuromusculares que promovem o relaxamento muscular e são divididos em dois grupos: ● Agentes despolarizantes Succinilcolina (Succitrat®) Decametônio Os despolarizantes ativam receptores nicotínicos juntamente com a acetilcolina Início de ação e latência ultracurtos Associado a bom relaxamento neuromuscular e boas condições para intubação Reação alérgica Hipercalemia (alta concentração de potássio) Reversão da hipertermia maligna: Dantrolene – relaxante muscular Agentes não despolarizantes Tubocurarina Pancurônio Atracúrio Galamina Rocurônio Cisatracúrio Os não despolarizantes bloqueiam os receptores de acetilcolina, logo não tem relaxamento (são mais seguros) Antagonistas competitivos do receptor de acetilcolina na placa terminal motora Reversão do bloqueio dos receptores: Anticolinesterásicos e Sugamadex (Bridion®) – alto custo No Brasil, os principais BNMs utilizados em procedimentos cirúrgicos eletivos são o rocurônio, atracúrio e cisatracúrio No caso das cirurgias de emergências, os mais utilizados são succinilcolina e rocurônio BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES E INTUBAÇÃO Máscara com reservatório O2 10l//min + SO2 <94% de Esforço Respiratório Reversão do bloqueio: Anticolinesterásicos e SUGAMADEX para o ROCURÔNIO (encapsula o rocurônio, resultando em maior estabilidade hemodinâmica e autonômica comparativamente aos agentes tradicionais de reversão ●
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