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Fsisiologia do Exercício

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Vinícius Polinski Garcia 
Fisiologia do Exercício 
 
1. Diferencie Atividades Física, Exercício Físico, Esporte e Aptidão Física. 
Atividade física: é qualquer movimento feito pelos músculos do corpo que tenha como 
resultado o gasto de energia em valores superiores ao gasto em repouso. Ex.: andar, correr, 
dançar, subir e descer escadas. 
 
Exercício físico: é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo 
a melhoria e a manutenção de um ou mais componentes da aptidão física. Ex.: caminhada de 
uma hora sem parar e com ritmo constante. 
 
Esporte: é um sistema ordenado de práticas corporais de relativa complexidade que envolve 
atividades de competição institucionalmente regulamentada, que se fundamenta na superação 
de competidores ou de marcas e/ou resultados anteriores estabelecidos pelo próprio esportista. 
Características que são fundamentais para dizer se determinada prática é um esporte: 
 Ter regras fixas. 
 A subordinação dessa prática a algum órgão oficial. 
 É uma atividade competitiva. 
 O atleta está sempre em busca de um tipo de recompensa maior do que o prazer de 
praticar o esporte: ele é um profissional que ganha a vida (ou pretende ganhar, no 
caso de atleta amadores) por meio do esporte, seja com patrocínio ou com os 
prêmios dados nas competições. 
 
Aptidão física: representa a habilidade do corpo de adaptar-se às demandas do esforço físico 
que a atividade precisa para níveis moderados ou vigorosos, sem levar a completa exaustão. 
 
2. Defina: 
a. Fisiologia do Exercício 
Constitui a fisiologia total de um indivíduo que não está repousando e que não está deitado, 
todas as áreas da fisiologia são essenciais, pois não existe função, regulação ou controle 
fisiológicos que não sejam vitais. 
 
É o estudo da adaptação aguda e crônica da ampla gama de condições aperfeiçoadas pelo 
exercício físico. 
 
b. Fisiologia do Esporte 
Enquanto a fisiologia do exercício estuda como as funções do corpo são alteradas por causa dos 
exercícios físicos, a fisiologia do esporte aplica esses conceitos aos treinamentos dos atletas 
para aperfeiçoar seu desempenho. 
 
Pode-se dizer que a fisiologia do esporte é uma subárea da fisiologia do exercício. 
 
3. Discorra sobre os Princípios do Treinamento Físico: 
a. Princípio de sobrecarga 
Vinícius Polinski Garcia 
A aplicação regular de uma sobrecarga na forma de um exercício específico aprimora a função 
fisiológica para induzir uma resposta ao treinamento. 
 
O exercício realizado com intensidades acima dos níveis normais estimula adaptações altamente 
específicas, para que o corpo possa funcionar com maior eficiência. 
Para conseguir a sobrecarga apropriada é necessário manipular a frequência, a intensidade e a 
duração de treinamento, ou combinar esses três fatores. 
 
O conceito de sobrecarga aplica-se aos atletas, às pessoas sedentárias, aos indivíduos 
incapacitados e até mesmo aos cardiopatas. 
 
b. Princípio de especificidade 
A especificidade do treinamento físico refere-se a adaptações nas funções metabólicas e 
fisiológicas que dependem da intensidade, da duração, da frequência e da modalidade de 
sobrecarga imposta. 
 
Sobrecarga específica de curta duração induz adaptações específicas de força-potência. 
 
Treinamento de endurance específico induz adaptações específicas do sistema aeróbico. 
 
O exercício específico desencadeia adaptações específicas destinadas a promover efeitos 
específicos do treinamento que produzam melhoras específicas no desempenho. 
 
Especificidade refere-se ao princípio das adaptações específicas às demandas impostas (AEDI). 
 
c. Princípio das diferenças individuais 
Nem todos os indivíduos respondem de maneira semelhante a um determinado estímulo de 
treinamento. 
 
O subprincípio de valores iniciais revela que os indivíduos com aptidão mais baixa evidenciam a 
maior melhora conseguida com o treinamento. Esse funciona para indivíduos sadios assim como 
para aqueles com doença cardiovascular ou com um alto risco para doença cardiovascular. 
 
Os benefícios ótimos do treinamento ocorrem quando os programas de exercícios se 
concentram nas necessidades individuais e nas capacidades dos participantes. 
 
Os fatores genéticos interagem para exercer algum impacto sobre a resposta ao treinamento. 
 
d. Princípio de reversibilidade 
A perda das adaptações fisiológicas e de desempenho, chamada destreinamento, ocorre 
rapidamente quando uma pessoa encerra sua participação na atividade física regular. 
 
Apenas 1 ou 2 semanas de destreinamento acarretam redução na capacidade tanto metabólica, 
quanto de realização do exercício, e muitos aprimoramentos induzidos pelo treinamento são 
perdidos completamente em alguns meses. 
 
Nos atletas altamente treinados, mesmo os efeitos benéficos de muitos anos de treinamento 
físico prévio continuam sendo transitórios e reversíveis. Devido a isso, os atletas começam um 
Vinícius Polinski Garcia 
programa de condicionamento vários meses antes do início da estação competitiva ou mantém 
pelo menos algum nível moderado de atividade física esporte-específica fora da temporada a 
fim de tornar mais lentas as consequências do destreinamento. 
 
4. Como o treinamento afeta o sistema anaeróbico e o sistema aeróbico 
 
Sistema anaeróbico: atividades que exigem uma alta demanda do metabolismo anaeróbico irão 
causar alterações específicas nos sistemas de energia imediato e a curto prazo, com pequenos 
aumentos concomitantes nas funções aeróbicas. São três alterações importantes que ocorrem 
com o treinamento de potência anaeróbica: 
 Maiores níveis de substratos anaeróbicos: indivíduos que realizam treinamento de 
resistência ou alta velocidade apresentam maiores níveis de ATP, PCr, creatina livre e 
glicogênio se comparados a indivíduos que realizam atividades de longa duração. Além 
disso, tem uma melhora de 28% na força muscular. 
 Maior quantidade e atividade das enzimas-chave que controlam a fase anaeróbica 
(glicolítica) do catabolismo da glicose: seu aumento mais expressivo ocorre nas fibras 
musculares de contração rápida. 
 Maior capacidade de gerar e tolerar altos níveis de lactato sanguíneo durante o 
esforço explosivo: essa adaptação é provavelmente o resultado de maiores níveis de 
glicogênio e de enzimas glicolíticas, e melhor motivação e tolerância a dor na atividade 
física cansativa (fatores motivacionais aprimoram a tolerância). 
 
Sistema aeróbico 
 
Maquinário metabólico e fibras musculares: com a realização dos treinamentos, há um 
aumento em tamanho e em número de mitocôndrias, aumento de enzimas do sistema aeróbico, 
aumento da oxidação dos ácidos graxos para a obtenção de energia durante o repouso e o 
exercício submáximo, maior capacidade de oxidar carboidratos durante o exercício máximo. 
Além disso, o treinamento aeróbico induz adaptações metabólicas em cada tipo de fibra 
muscular – as fibras de contração lenta (tipo I) ficam maiores que as fibras de contração rápida 
(tipo II) existentes no mesmo músculo. As fibras do tipo II são menos utilizadas durante o 
treinamento aeróbico e por isso não sofrem mudanças notáveis nesse tipo de atividade. 
 
Respostas ventilatórias ao exercício: quando o exercício é realizado, há um aumento na 
frequência e na amplitude da respiração, resultando no aumento da ventilação alveolar. Assim, 
surge a hiperventilação no exercício, ou hiperpneia – resultado da combinação de estímulos 
antecipados advindos dos comandos de neurônios localizados no córtex motor e da 
retroalimentação sensorial dos receptores periféricos. Nos músculos e articulações, existem 
diversos mecanorreceptores e proprioceptores que enviam informações ao córtex motor no 
início de um exercício. Rapidamente, o bulbo recebe estímulos para que aumente a capacidade 
ventilatória. Conforme vai ocorrendo a contração muscular, esse processo é retroalimentado e 
assim a capacidade ventilatória estará sempre associada ao uso de oxigênio no tecido. A 
hiperventilação é essencialpara manter a Po2 e a Pco2 arteriais em níveis normais. Outros 
fatores também são indutores da melhor resposta ventilatória, porém ocorrem de forma mais 
lenta e ainda não são bem compreendidos (ex.: aumentos na concentração K+ ativam receptores 
localizados na carótida causando hiperventilação). 
 
Respostas cardiovasculares ao exercício: como ocorre com a respiração, os receptores 
presentes nos membros exercitados irão agir no centro de controle cardiovascular. Assim, 
Vinícius Polinski Garcia 
ocorre o aumento do débito cardíaco (FC x Volume sistólico) e vasoconstrição em muitas 
arteríolas periféricas. 
 Debito cardíaco aumenta durante o exercício: esse aumento ocorre de modo 
considerável em exercícios extenuantes. Pessoas não treinadas podem ter seu DC 
aumentado em 4x (20L/min); atletas treinados podem ter o DC aumentado em 6 a 8x 
(40L/min). Por consequência, também há um aumento no retorno venoso devido a 
contração dos músculos esqueléticos e pelos movimentos inspiratórios profundos. 
Também ocorre o aumento da FC que, por sua vez, é resultado da diminuição da inibição 
colinérgica (menor efeito parassimpático), então o estímulo simpático aumenta e causa 
dois efeitos sobre o coração: aumenta a contratilidade, de modo que o coração ejete 
mais sangue por batimento (aumento do volume sistólico); aumento da FC, fazendo o 
coração ter menos tempo para relaxar, protegendo-o, assim do enchimento excessivo 
(evitar lesões). 
 Aumento do fluxo sanguíneo para os músculos: em estado de repouso, cerda de ¼ do 
DC chega aos músculos esqueléticos. Na presença do exercício, reações locais e reflexas 
irão aumentar significativamente esse fluxo sanguíneo. Além disso, cerca de 88% do DC 
é desviado para os músculos durante os exercícios – cerca de 21% em repouso. A 
vasodilatação nas arteríolas nos músculos e a vasoconstrição em outros tecidos provoca 
essa redistribuição do fluxo de sangue. 
 Aumento leve da PA: com o aumento do DC também há o aumento da PA. Entretanto, 
essas mudanças são difíceis de se prever – algumas arteríolas periféricas estão em 
constrição e outras dilatadas. Como ocorre a vasodilatação nos músculos e a vaso 
constrição em outros tecidos a resistência periférica cai significativamente à medida que 
o exercício se inicia. Para que essa resistência não diminua de maneira considerável o 
DC é aumentado a fim de compensar essa diminuição. Assim, conforme o exercício sofre 
aumento de intensidade também há aumento da pressão sanguínea arterial média. 
 Adaptação do reflexo barorreceptor: geralmente, a homeostasia da PA é regulada por 
barorreceptores periféricos presentes no seio carótico e aórtico, ou seja, um aumento 
na pressão sanguínea leva a respostas que visam a volta dessa pressão a normalidade. 
Porém, no exercício a PA aumenta sem que ative o mecanismo de compensação 
homeostática. Existem diversas teorias que explicam essa adaptação do reflexo 
barorreceptor, uma delas acredita que sinais provenientes do córtex motor durante o 
exercício irão aumentar o limitar do barorreceptor para uma PA mais alta, dessa forma 
não haverá respostas homeostáticas contrarreguladoras. 
 
Respostas antecipatórias ao exercício: existem mudanças que ocorrem antes mesmo dos 
estímulos normais ou antes que estes estejam presentes. Acredita-se que o córtex motor ao ser 
provido de informações dos proprioceptores dos músculos e articulações, também irá agir no 
sistema límbico – além do sistema respiratório e cardiovascular. Dessa forma, o sistema límbico 
junto ao centro de controle cardiovascular irá liberar uma descarga simpática generalizada que, 
por consequência, promoverá aumento da PA e vasoconstrição. Com o segmento do exercício, 
as compensações reativas sobrepõem às mudanças antecipatórias. 
 
Regulação da temperatura durante o exercício: conforme o exercício vai sendo realizado, o 
calor liberado cria um desafio para o controle homeostático. A energia liberada pelo 
metabolismo, em sua maior parte, não é convertida em ATP, mas em calor. O prolongamento 
do exercício faz com que ocorra maior produção de calor ao invés da sua perda – exercícios 
aeróbicos podem gerar 40 a 42° C. Para regulação da temperatura, dois mecanismos 
termorreguladores são utilizados: 
 
 Sudorese: diminui a temperatura por meio do resfriamento por evaporação. Porém, a 
perda de líquido do compartimento extracelular pode gerar a desidratação. 
Vinícius Polinski Garcia 
 Aumento do fluxo sanguíneo cutâneo: causa perda de calor do corpo para o meio 
externo via convecção. Entretanto, o estímulo simpático aumentado durante o exercício 
tende a aumentar a vasoconstrição dos vasos sanguíneos cutâneos, o que se opõe a essa 
resposta termorreguladora. Além disso, pode haver diminuição da resistência periférica 
e desvio do fluxo sanguíneos dos músculos. Nessa situação, o corpo irá dar prioridade a 
termorregulação, mas se a pressão venosa central ficar abaixo do limite crítica, o corpo 
abre mão da termorregulação para manter o fluxo sanguíneo no encéfalo. 
 
Um terceiro mecanismo seria a aclimatação. Esse funciona como uma espécie de adaptação do 
corpo a ambientes quentes. Nesse caso, a sudorese é iniciada mais cedo e duplica ou triplica o 
seu volume – maior evaporação. 
 
5. Quais os métodos que determinam a força muscular? 
Geralmente, utiliza-se um dos quatro métodos abaixo para determinar a força muscular ou, mais 
precisamente, a força ou tensão máxima gerada por um único músculo ou por grupos de 
músculos correlatos: 
 
 Tensiometria com cabo: quando é aumentada a força exercida sobre o cabo, deprime-
se o mostrador sobre o qual o cabo passa. Dessa forma, o ponteiro irá indicar o escore 
da força do indivíduo. Esse instrumento mede a força muscular em uma contração 
estática, ou isométrica, que induz pouca ou nenhuma modificação no comprimento 
externo do músculo. 
 Dinamometria: os dinamômetros determinam a potência de força de músculos 
estriados esqueléticos específicos antes, durante e depois de treinamentos físicos e 
esquemas de reabilitação. Uma força externa aplicada ao dinamômetro comprime uma 
mola de aço e movimenta um ponteiro. A força aplicada para movimentar o ponteiro 
por uma determinada distância determina a força externa aplicada ao dinamômetro. 
 Uma repetição máxima: é um procedimento dinâmico. Um valor de 1 RM refere-se à 
quantidade máxima de peso levantada uma única vez, utilizando uma força correta 
durante um movimento padrão de levantamento de peso. É necessário que haja a 
determinação de 1 RM para qualquer grupo muscular, assim é feita uma previsão 
razoável de um peso inicial próximo, porém abaixo, da capacidade máxima de 
levantamento do indivíduo. Vai sendo acrescentado progressivamente mais peso ao 
dispositivo até a pessoa alcançar a capacidade máxima de levantamento. Geralmente, 
os aumentos de peso variam de 1 a 5kg e 1 a 5 min são suficientes para a recuperação 
e realização de um novo levantamento mais pesado. 
 Métodos isocinéticos, auxiliados por computador e eletromecânicos: o avanço 
tecnológico permite quantificar rapidamente as forças, os torques, as acelerações e as 
velocidades dos segmentos corporais em numerosos padrões de movimento. Existem 
plataformas de força que medem a aplicação externa de força muscular por parte de 
um membro. Outros dispositivos eletromecânicos avaliam a força gerada em todas as 
fases de um movimento realizado durante a atividade ou durante os movimentos 
executados principalmente com os braços ou com as pernas.

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