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Universid Físic RE Vanessa Yago d Laís d iversidade de Brasília – UnB Física 2 – Experimental RELATÓRIO Nº 3.2 PENDULO FÍSICO anessa L. Borges Viana – 110021096 Yago de Melo Honda – 110042841 Laís de Souza Alves – 110055616 Brasília 2011 UnB Introdução Teórica: Pêndulo Físico Fig. 1 – pêndulo físico com duas massas. O√� √� pêndulo físico consiste de um corpo rígido qualquer de massa M, suspenso por um eixo horizontal que o atravessa, em torno do qual o corpo pode girar. Na posição de equilíbrio, o eixo que o suspende, e o centro de massa do corpo estão na mesma linha vertical. A distância entre o eixo e o CM é ‘d’. Quando o corpo é levemente afastado de sua posição de equilíbrio na vertical, por um pequeno desvio angular, e liberado, passa a executar um movimento oscilatório em torno dessa posição, dirigido pelo torque restaurador exercido pela força peso do próprio corpo: Onde � é o ângulo entre a reta que passa através do eixo e do CM do corpo, e a linha vertical de equilíbrio. O sinal negativo indica que o torque é sempre contrário ao desvio angular, isto é: se � > 0 (sentido anti-horário), então, torque < 0 (sentido horário); e se � < 0 (sentido horário), então, torque > 0 (sentido anti-horário). Daí, portanto, o nome de torque restaurador, aquele que age no sentido de restaurar o estado de equilíbrio estável original. Nesse caso, a equação de movimento para o corpo é, na ausência de forças dissipativas, dada pela equação diferencial: Onde I é o momento de inércia do corpo, com relação ao eixo que o suspende. Note que a derivada da variável (deslocamento angular) não é proporcional à variável, mas ao seno da variável. Isto significa que a solução dessa equação não é a mesma do MHS, e o movimento oscilatório do corpo em torno do eixo, portanto, não é MHS. Entretanto, quando a amplitude angular do movimento for pequena o suficiente para que seja válida a aproximação: sen � = �, onde � é dado em radianos, o torque restaurador será proporcional ao deslocamento angular, isto é, , e a equação de movimento assume a forma: Na prática, a aproximação é válida somente quando � ≤ 0,5 rad (entre 0° e 28º). Para ângulos neste intervalo, os erros introduzidos pela aproximação serão, no máximo, da ordem de 5%. Então, podemos reescrever a terceira equação no mesmo formato da equação diferencial para o movimento harmônico simples, ou seja, cuja solução é do tipo: , onde é a frequência angular da oscilação, � 0 é a amplitude angular da oscilação, e a constante de fase δ depende das condições iniciais do movimento. A solução apresentada é válida no limite da aproximação citada, isto é, pequenas amplitudes angulares de oscilação (� 0). A frequência angular ω está relacionada com a frequência f e o período T da oscilação através das relações: Para amplitudes maiores, quando a aproximação não é valida, o período depende da amplitude angular da oscilação � 0, sendo a equação de movimento dada pela segunda equação, cuja solução leva à seguinte expressão para o período: Essa expressão é quase idêntica àquela apresentada na quinta equação, no limite de pequenos � 0. O pêndulo físico pode ser usado como relógio, pois seu período é praticamente independente da amplitude (para pequenas oscilações). Além disso, pode ser usado para medir o valor local da aceleração da gravidade. Objetivos: Caracterizar o movimento oscilatório de um pêndulo. Descrever matematicamente as variáveis relevantes de um sistema oscilante por meio de uma análise dos dados coletados. Materiais Utilizados: • Pêndulo físico com duas massas acoplado a sensor de ângulo; • Placa de aquisição de dados DrDaq (Pico Technology) ; • Software de aquisição de dados DrDaq ; • Computador; • Balança de precisão (0.1g); • Régua milimétrica. Procedimentos: Primeiramente fixamos o peso m2 na extremidade da haste de aço, com um parafuso. Em seguida foi medida a distancia L2, do cento de massa do peso até o ponto de sustentação do pêndulo. O peso m1 então foi preso do mesmo modo, mas na posição mais próxima do ponto de sustentação possível. Assim o pendulo foi posto em oscilação, e quando sua amplitude estava próxima dos 15°, começamos a aquisição de dados, que durou em média 10s. Esse passo foi repetido mais 4 vezes e então obtemos o período para a distancia L1, após calcularmos a média e o desvio padrão. Assim esse dado foi anotado em uma tabela. Esse procedimento foi repetido para distancias L1+5 cm, L1+10 cm, etc., até que a distancia entre o peso m1e m2 era zero. Desta forma a tabela foi preenchida com os valores do comprimento do fio, e respectivos períodos. Nesta etapa calculamos os períodos das medições já feitas, ponto a ponto com o intuito de ter dos dados para a comparação. A tabela foi preenchida assim por: comprimento do fio L1, que foi gradualmente aumentado, período medido e período calculado ponto a ponto. Um gráfico do período medido e do calculado em função de L1 foi então construído e os resultados obtidos foram comparados. Dados experimentais: • Comprimento do fio medido do ‘CM’ do peso m2 ao ponto de sustentação: L2 = 88,5 ± 0,05 (cm) • Pesos: M1 = 344,3 ± 0,1 (g) M2 = 344,4 ± 0,1 (g) • Tabela 1 - Medida do comprimento do fio, período em função do comprimento e período calculado. L1 (cm) T medido (s) T calculado (s) 4,0 ± 0,05 1,863 +/- 0,0200 1,883 9,0 ± 0,05 1,820 +/- 0,0005 1,877 14,0 ± 0,05 1,785 +/- 0,0127 1,872 19,0 ± 0,05 1,761 +/- 0,0063 1,867 24,0 ± 0,05 1,750 +/- 0,0062 1,862 29,0 ± 0,05 1,731 +/- 0,0037 1,858 34,0 ± 0,05 1,724 +/- 0,0051 1,853 39,0 ± 0,05 1,709 +/- 0,0075 1,848 44,0 ± 0,05 1,745 +/- 0,0063 1,844 49,0 ± 0,05 1,750 +/- 0,0081 1,839 54,0 ± 0,05 1,824 +/- 0,0124 1,835 59,0 ± 0,05 1,849 +/- 0,0075 1,831 62,0 ± 0,05 1,885 +/- 0,0167 1,829 Análise dos dados: • Gráfico 1: Gráfico referente a tabela 1, trazendo o período em função do período (medido). O período do pêndulo diminui à medida que a massa M1 se aproxima da M2, mas por volta do L1 = 39 cm, o período do pêndulo começa a aumentar. • Gráfico 2: Gráfico referente a tabela 2, trazendo o período em função do período (calculado). À medida que a distância entre os pesos M1 e M2 diminui, o período de oscilação do pêndulo também diminui proporcionalmente. 0 10 20 30 40 50 60 70 1,7 1,72 1,74 1,76 1,78 1,8 1,82 1,84 1,86 1,88 1,9 L1 (cm) P e rí o d o M e d id o ( s) 0 10 20 30 40 50 60 70 1,82 1,83 1,84 1,85 1,86 1,87 1,88 1,89 L1 (cm) P e rí o d o C a lc u la d o ( s) Existem discrepâncias entre os períodos medidos e calculados. A taxa de variação do período ficou mais acentuada para o valor medido e houve um comportamento anômalo com os valores. O período de oscilação do período medido, que diminuía à medida que M1 se aproximava de M2, começou a aumentar de forma inesperada, enquanto o período calculado se manteve decrescendo de forma proporcional e estável. Conclusão: O experimento permitiu avaliar de forma satisfatória como se comporta o movimento oscilatório de um pêndulo físico, que obedece a seguinte expressão matemática. Usando o período calculado, podemos observar como o período varia em função da distância das massas. Agora usando os dados medidos, obtivemos um resultado anômalo, que pode ter sido resultado de falta de acurácia na realização das medidas ou uma calibragem ruim dos aparelhos usados no experimento.
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