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Arquitetura Renascentista - Ferrara e Veneza

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Arquitetura renascentista (XIV – XVI)
Ferrara
	Em Roma, a transformação do palácio do Vaticano e São Pedro não haviam começado ainda. Os franceses estavam se preparando para invadir a Itália, onde Leonardo ficou delegado pra ser o engenheiro militar e Bramante pela remodelação da igreja Santa Maria Presso S. Sátrio. 
	Mas foi em Ferrara, onde teve o mais ambicioso projeto arquitetônico do final do primeiro século do renascimento. O protagonista, Biagio Rosetti, era antes um planejador urbano, via que todos os edifícios geravam respostas urbanas específicas. Não foi tão interessado no tecido urbano de uso diário com atos isolados de arquitetura heróico, como em abafar o conflito entre o vernáculo e o monumental e assegurar um nível geral de decência na paisagem urbana em geral.
	Ferrara, cidade de origem romana, era um lugar sem importância durante a Idade média, vivendo a sombra de Veneza, mas lentamente ganhou força como estado. 
Com a chegada do humanista Guarino da Verona, em 1436, a cidade entrou na idade do renascimento, a corte atraiu alguns dos mesmos artistas que deram prestígio cultural a Urbino e Mantua, incluindo Alberti e Mantegna. 
	A cidade na década de 1450, teve expansão planejada entre a orla da cidade e o limite sul, e o rio e o lado oposto marcado pela linhas das trincheiras. 
	Para proteger os estabelecimentos e criar uma linha de defesa foi criado o bairro Adicion Hercúlea planejado e executado por Biagio Rossetti. Que caminhou diferente de outros arquitetos contemporâneos da época como Francesco Del Giorgio que se preocupavam mais com a morfologia urbana e a pureza do traçado geométrico. Este bairro conformaria uma cidade posteriormente devido ao seu crescimento.
	A defesa era uma obsessão no renascimento, por isso as construções de muitas muralhas. Apesar das muralhas de terra serem mais resistentes a armas de fogo (surgidas na época), na Itália eram preferidas as muralhas de pedra, devido à uma tradição simbólica e técnica. Para o ataque existiam as torres que compunham as muralhas, que possuíam plataformas arejadas e espaçosas para abrigar o exército, para acesso a essas plataformas haviam rampas nos interiores das torres. O circuito defensivo e o plano de ruas do bairro não estavam trabalhados entre si, pois para Rossetti as ruas se dirigiam a lugares específicos.
	As geometrias perfeitas e o projeto urbano realizados no período, geralmente, eram modelos fechados e não permitiam expansão. A determinação de Rossetti para o crescimento do bairro rompia com essa ideias de projeto. O centro do bairro seria a residência do príncipe, que definia uma praça, onde surgiam as principais vias. Rossetti evita composições frontais, criando perspectivas, rompendo com os planos das ruas para criar espaços verdes e vistas diagonais.
	Mas a principal singularidade da obra de Rossetti, é que para ele o estilo renascentista poderia ser aplicado tanto em palácios, mas como também em outros tipos de edifícios. O arquiteto dividia os interiores pela funcionalidade e permitia a variedade de ambientes internos. Empregava janelas redondas, arqueadas e retangulares em suas fachadas, propondo uma irregularidade presente até nas junções dos pisos e nos pátios interiores.
Moda italiana
	Entre as obras de Brunelleschi e a morte de Rossetti, há cem anos de diferença. Durante esse tempo a Itália recuperou sua supremacia de polo arquitetônico do ocidente, devido aos artistas terem atuado em conjunto com inspirações muito diferentes do estilo da Idade Média. O novo movimento era algo totalmente racionalizado. A política do estilo era uma linguagem de formas e desenho que pudessem ser usados por todos os artistas. 
	A Itália possuía métodos construtivos bem estabelecidos que eram cobiçados por outros países, além dos princípios básicos do renascimento: simetria, proporção, equilíbrio das partes e beleza (que era o mais difícil de ser alcançado pelos arquitetos de outros países). Muitos desses países contrataram mão de obra italiana para fazer a decoração de muitas de suas construções.
Chambord teve a vantagem de ter um arquiteto italiano realizado o desenho, assim apresentou mais do que decorações, mas uma ordem renascentista. Apesar disso, apenas no século seguinte foram instituídos e absorvidos os princípios italianos do renascimento.
Veneza
Nas primeiras décadas do século XVI, o mundo não estava como era antes, a Europa havia alcançado o Oceano Pacífico e a Ásia. A Itália, berço do renascimento, estava presa entre dois estados. Carlos V, de um lado, com as coroas da Espanha e do Sacro Império Romano; reinava sobre o México, Flandres, Áustria, Cilicia e Nápoles. Do outro lado, tinha controle sobre o Egito, Síria, Ásia Menor e os Balcanes, e os lugares sagrados de Meca e Medina. 
Devido as novas rotas comerciais que interligavam a Ásia, Veneza perdeu sua importância como centro de transporte e comercio internacional. Uma crise que acontecia nesse momento na Europa, bem distinta disso, era a eclosão do protestantismo, que fez com que os ingleses rompessem com Roma em 1534. O século é marcado pelos primeiros pontos do capitalismo moderno, como crescimento econômico, inflação e indústrias.
Ao norte, a reforma conduzia a remodelação de milhares de igrejas medievais na Alemanha, Inglaterra, Escócia, Francia e Holanda. No final do século haviam diversos tipos de edifícios para culto protestante que possuíam formas experimentais. Em reação a isso, o catolicismo construiu muitas igrejas para o jesuítas e igrejas venezianas de Andrea Palladio. A Europa estava cada vez mais povoada, com a migração da população do campo para a cidade. 
Veneza alcança o apogeu de sua forma urbana, mas começa a entrar em declínio. A conclusão da Piazza San Marco se torna um símbolo do pensamento urbano do renascimento. E o grande arquiteto de Veneza seria Andrea Palladio (chamado de o arquiteto mais imitado da história). Nesse período se destaca a construção de residências, por permitirem uma maior liberdade formal e serem muito mais utilizadas pelos usuários do que teatros, por exemplo.

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