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Tutoria III I - sistema reprodutor masculino

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Tutoria III – 14/04/2021
Estudantes de Medicina, no IESC, foram realizar atividade de educação em saúde na Escola José Augusto Ribeiro, na Vila Prudência, para alunos adolescentes do Ensino Fundamental II, com ênfase no desenvolvimento sexual, sexualidade feminina e masculina, e concepção. 
João, um dos alunos, ficou imaginando se há a possibilidade de engravidar Joseane, uma vez que praticam o coito interrompido. Mal sabia João que, ao final da atividade, Joseane chamou uma graduanda, pois achava que estava grávida. Os estudantes realizaram um teste na ESF da área de abrangência, confirmando a gravidez.
Questões de aprendizagem:
1- Compreender o sistema reprodutor masculino
a) Qual a anatomia? (Relacionada a órgãos e suas funções)
b) Qual a morfologia e histologia?
c) Funções dos componentes internos e externos
2- Compreender a espermatogênese (comparando com a meiose)
3- Entender a morfologia do espermatozoide
4- Entenda a histologia dos órgãos do sistema reprodutor masculino na formação e no caminho do espermatozoide até a ejaculação
5- Compreender o sistema reprodutor feminino
a) Qual a anatomia? (Relacionada a órgãos e suas funções)
b) Qual a morfologia e histologia?
c) Funções dos componentes internos e externos
6- Compreender a ovogênese (comparando com a meiose)
7- Entender a morfologia do ovócito
8- Entender a histologia dos órgãos na formação e o caminho do ovócito até a fecundação
Sistema reprodutor masculino
Os órgãos internos incluem testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios, próstata e glândulas bulbouretrais. 
A função dupla do testículo é produzir hormônios sexuais masculinos e espermatozoides.
A testosterona (principal hormônio produzido nos testículos) e seu metabólito, a di-hidrotestosterona, são muito importantes para a fisiologia do homem.
Testosterona
· Espermatogênese 
· Diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal 
· Controle da secreção de gonadotropinas (hormônios que estimulam as gônadas ou glândulas do sexo para realizar suas funções reprodutivas)
Di-hidrotestosterona age em muitos órgãos e tecidos do corpo durante a puberdade e a vida adulta
Ductos genitais e glândulas acessórias produzem secreções que, impulsionadas por contração de musculo liso, transportam os espermatozoides para o exterior. 
Essas secreções também fornecem nutrientes para os espermatozoides enquando eles permanecem no sistema genital masculino
Os espermatozoides e as secreções dos ductos genitais e glândulas acessórias compõem o sêmen
Ducto deferente 
Tem paredes musculares espessas e um lúmen muito pequeno (é bem fino) 
Começa na cauda do epidídimo 
Principal componente do funículo espermático
Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório 
Conduz os espermatozoides a partir do epidídimo, que é o local onde eles são armazenados após serem produzidos nos testículos 
Sai do epidídimo e vai para o ducto da glândula seminal 
Um tubo muscular de 40 a 45 centímetros de comprimento que transporta os espermatozoides do epidídimo ao ducto ejaculatório (glândula seminal)	 
A artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior e termina anastomosando-se com a artéria testicular. 
Lúmen estreito e uma espessa camada de musculo liso. 
Sua mucosa forma dobras longitudinais e, ao longo da maior parte de seu trajeto, é coberta por um epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios. 
Funções absortivas, fagocitárias e secretoras além de ser passagem para os espermatozoides 
Secreções merócrina e apócrina 
A lâmina própria da mucosa é uma camada de tecido conjuntivo rico em fibras elásticas, e a camada muscular consiste em camadas internas e externas longitudinais separadas por uma camada circular. 
O músculo liso sofre fortes contrações peristálticas que participam da expulsão do sêmen durante a ejaculação 
Antes de entrar na próstata, o ducto deferente se dilata, formando uma região chamada ampola, no qual o epitélio é mais espesso e mais pregueado.
A mucosa é uma túnica interna, formada por um epitélio pesudoestratificado estereociliado e uma lâmina própria, este, composto por células cilíndricas dotadas de estereocílios e células basais, reveste o lúmen. 
A lâmina própria subjacente é constituída por tecido conjuntivo frouxo rico em fibras elásticas e forma pregas longitudinais nas mucosas. 
Em seguida à mucosa, uma espessa túnica muscular formada por três camadas de tecido muscular liso: uma proeminente camada circular média envolvida por camadas longitudinais interna e externa mais delgadas. A túnica adventícia, mais externa, é composta de tecido conjuntivo frouxo contendo vasos sanguíneos e nervos e que se mistura aos tecidos circunjacentes. 
Glândulas seminais 
Estrutura alongada situada entre a bexiga e o reto 
Superior à próstata 
Não armazenam espermatozoides.
Secretam um liquido alcalino espesso com frutose – 70% do líquido seminal – (fonte de nutrição, energia e proteção do ambiente ácido da vagina feminina para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. 
O principal produto é a frutose, um carboidrato usado pelos espermatozoides como uma fonte de energia para motilidade, além de água, íons K-, proteoglandinas e outros agentes que modificam a atividade dos espermatozoides no ejaculado. 
Encontra os espermatozoides trazidos pelos canais deferentes
O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório
Glândulas tubulares pareadas que se encontram na região posterior da bexiga, junto à próstata. Possuem cerca de 15 cm de comprimento, produzem líquido seminal e juntam-se ao ducto deferente na região do ducto ejaculatório. 
Essas glândulas são constituídas por sacos intensamente enovelados, cuja mucosa possui pregas internas formadas pelo tecido conjuntivo da lamina própria que se projetam para o lúmen, revestidas por um epitélio com alta atividade secretora. 
A lamina própria subjacente ao epitélio é um tecido conjuntivo frouxo com abundantes fibras elásticas. 
Dependem de andrógenos e se desenvolvem completamente após a puberdade. 
Epitélio é essencialmente pseudoestratificado com células basais e células cilíndricas (secretoras de proteínas – devido à sua constituição). 
Possuem uma espessa túnica muscular com tecido muscular liso, a qual se contrai durante a fase de emissão da ejaculação. 
Não são reservatórios para espermatozoides. São glândulas que produzem uma secreção amarelada que contem substancias importantes para os espermatozoides, como frutose, citrato, inositol, prostaglandinas e várias proteínas. 
Ductos ejaculatórios
Tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. 
Originam-se perto do colo da bexiga e seguem juntos atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático 
Convergem e abrem no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas.
As secreções prostáticas só se juntam ao líquido seminal quando os ductos ejaculatórios terminam na parte prostática da uretra. 
As artérias do ducto deferente suprem os ductos ejaculatórios.
Próstata
É a maior glândula acessória do sistema genital masculino 
Produz 20% do sêmen (espermatozoides mais as secreções glandulares) e consiste em uma secreção fina, leitosa, levemente alcalina que ajuda a liquefazer o sêmen coagulado, após o mesmo ser depositado na vagina. 
Sua secreção também contém ácido cítrico, enzimas proteolíticas, açúcares, fosfato e vários íons. 
Regulada pela testosterona 
A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata e o outro terço é fibromuscular
A capsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos.
O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares representam a continuação superior do musculo esfíncter externo da uretra para o colo dabexiga. Contém pouco ou nenhum tecido glandular 
As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. 
É coberta por uma delgada cápsula fibroelástica de tecido conjuntivo, pouco distinta, misturada a fibras musculares lisas, e é atravessada posteriormente por ductos ejaculadores. 
Lobos direito e esquerdo da próstata ficam situados entre o istmo 
Podem ser divididos em quatro lóbulos distintos:
· Lóbulo inferoposterior: situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Constitui a face palpável ao exame retal digital 
· Lóbulo inferolateral: diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito ou esquerdo (bem nas laterais do istmo)
· Lóbulo superomedial: situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o ducto ejaculatório ipsilateral. 
· Lóbulo anteromedial: situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra. 
Um lobo embrionário médio dá origemo lóbulo superomedial e ao lóbulo anteromedial (parte central da próstata). Essa região tende a sofre hipertrofia induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos ejaculatórios e próximo ao colo da bexiga.
Dividida em três zonas distintas: a zona central constituída pelas glândulas da submuscosa (cerca de 25% do volume da glândula), a zona de transição (5% do volume da glândula) e zona periférica que contém as glândulas principais (cerca de 70% da glândula). Seus ductos desembocam na uretra prostática. 
A hipertrofia prostática benigna se origina na zona de transição, enquanto a zona periférica é mais suscetível a processos inflamatórios e é o local da maioria dos adenocarcinomas prostáticos.
 
O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides.
A próstata é de grande interesse médico, pois o aumento ou hipertrofia prostática benigna (HPB) é comum após a meia-idade, afetando praticamente todos os homens que vivem por tempo suficiente. 
A próstata aumentada projeta-se na bexiga urinária e impede a micção, pois distorce (comprime) a parte prostática da uretra. O lóbulo médio geralmente aumenta mais e obstrui o óstio interno da uretra. 
A HPB é uma causa comum de obstrução uretral, causando noctúria (necessidade de urinar durante a noite), disúria (dificuldade e/ou dor durante a micção) e urgência (desejo súbito de urinar). Também aumenta o risco de infecção vesical (cistite) e de lesão renal.
A próstata é examinada à procura de aumento e tumores por toque retal. A capacidade de palpar a próstata depende do enchimento da bexiga urinária (o ideal é a bexiga estar cheia). 
A próstata maligna é de consistência dura e muitas vezes é irregular.
As obstruções da próstata na uretra são resolvidas por endoscopia. O instrumento é introduzido por via transuretral, através do óstio externo e da parte esponjosa da uretra, até sua parte prostática. Toda a próstata ou parte dela, ou apenas a parte hipertrofiada, é removida (ressecção transuretral da próstata, RTU). 
Em casos mais graves toda a próstata com os ductos ejaculatórios, as glândulas seminais e as partes terminais dos ductos deferentes são removidos (prostatectomia radical).
 As glândulas tubuloalveolares da próstata são formadas por um epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar. Um estroma fibromuscular cerca as glândulas. 
 
 
Na primeira foto: porção central da próstata em secção transversal à uretra prostática
Na segunda foto: epitélio das glândulas tubuloalveolares da próstata (setas) constituído de células cuboides ou colunares (epitélio pseudoestratificado) 
A próstata adulta é constituída por numerosos alvéolos prostáticos (síntese e secreção de proteínas) que se encontram embebidos em meio a um estroma fibromuscular, dotado de grande quantidade de fibras colágenas misturadas a feixes irregularmente organizados de fibras musculares lisas. 
O epitélio pseudoestratificado possui células basais e células cilíndricas secretoras (produzem um líquido seroso esbranquiçado contendo fosfatase ácida, ácido cítrico, zinco, antígeno específico da próstata e outras proteases e enzimas fibrinolíticas envolvidas na liquefação do sêmen) 
As características das células epiteliais dos alvéolos prostáticos refletem sua função de síntese e secreção de proteínas. Um terículo endoplasmático granular bem desenvolvido no citoplasma basal. Um proeminente aparelho de Golgi que dá origem a grânulos de secreção revestidos por membrana. 
 
Glândulas Bulbouretrais 
As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper) são em formato de ervilha, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no musculo esfíncter externo da uretra. 
Situam-se na porção membranosa da uretra, na qual lançam sua secreção.
São bem pequenas e ficam bem na lateral da uretra
Os ductos atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis.
São revestidas por um epitélio cúbico simples secretor de muco.
Durante a excitação sexual, essas glândulas produzem um liquido alcalino que é lançado na uretra com a função de limpá-la, para que haja diminuição de espermatozoides danificados durante a ejaculação. Age como lubrificante 
Inervação dos órgãos genitais internos da pelve masculina
O ducto deferente, as glândulas seminais, os ductos ejaculatórios e a próstata são ricamente inervados por fibras nervosas simpáticas. 
As sinapses com neurônios simpáticos e parassimpáticos pós-ganglionares ocorrem nos plexos, no trajeto para as vísceras pélvicas ou perto delas. 
Durante um orgasmo, o sistema simpático estimula a contração do músculo esfíncter interno da uretra para evitar ejaculação retrógrada (para evitar que o sêmen volte). Ao mesmo tempo, estimula contrações peristálticas rápidas do ducto deferente, e a contração e secreção associadas das glândulas seminais e da próstata que garantem o veículo (sêmen) e a força expulsiva para liberar os espermatozoides durante a ejaculação. 
As fibras parassimpáticas que atravessam o plexo nervoso prostático formam os nervos cavernosos que seguem até os corpos eréteis do pênis, responsáveis pela ereção peniana. 
Canal inguinal
A formação do canal inguinal está relacionada com a descida do testículo durante o desenvolvimento fetal. 
O principal conteúdo é o funículo espermático em homens e o ligamento redondo do útero das mulheres. 
Contém vasos sanguíneos e linfáticos, o nervo ilioinguinal e o ramo genital do nervo genitofemoral em homens e mulheres. 
O anel inguinal profundo é a entrada do canal inguinal. É o inicio de uma evaginação na fáscia transversal que forma uma abertura semelhante à entrada de uma caverna. Através dessa abertura, o ducto deferente extraperitoneal e os vasos testiculares nos homens (ou o ligamento redondo do útero das mulheres) e o ramo genital do nervo genitofemoral entram no canal inguinal. 
O anel inguinal superior é a saída pela qual o funículo espermático em homens, ou o ligamento redondo em mulheres, emerge do canal inguinal.
Funículo espermático 
Contém estruturas que entram e saem do testículo e suspende o testículo no escroto. 
Seus constituintes são: 
· Ducto deferente 
· Artéria testicular: tem origem na aorta e irriga o testículo e o epidídimo 
· Artéria do ducto deferente: originada na artéria vesicular inferior
· Artéria cremastérica: originada na artéria epigástrica inferior
· Plexo nervoso pampiniforme: uma rede formada por até 12 veias que convergem superiormente e formam as veias testiculares direita e esquerda 
· Fibras nervosas simpáticas nas artériase ductos deferentes
· Ramo genital do nervo genitofemoral: supre o musculo cremaster
· Vasos linfáticos: drenam o testículo e estruturas intimamente associadas
Escroto
Saco cutâneo formado por duas camadas: pele intensamente pigmentada e túnica dartos intimamente relacionada, uma lamina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela aparência rugosa do escroto.
Saco musculocutâneo em que estão contidos os testículos e os epidídimos 
Como o músculo dartos está fixado à pele, sua contração causa o enrugamento do escroto no frio, espessamento da camada tegumentar enquanto reduz a área de superfície escrotal e ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do corpo, tudo para reduzir a perda de calor. 
O escroto é dividio internamente por uma continuação da túnica dartos, o septo do escroto, em compartimentos direito e esquerdo. 
Seu desenvolvimento está intimamente relacionado com a formação dos canais inguinais. 
Se desenvolve a partir das eminencias labioescrotais, duas evaginações cutâneas da parede anterior do abdome que se fundem para formar uma bolsa cutânea pendular.
Mais tarde no período fetal, os testículos e funículos espermáticos entram no escroto. 
As veias escrotais acompanham as artérias. Os vasos linfáticos do escroto drenam para os linfonodos inguinais superficiais (região da pelve)
Os nervos do escroto incluem ramos do plexo lombar para a face anterior e ramos do plexo sacral para as faces anterior e posterior
 
Testículo 
Gônadas masculinas 
Pares de glândulas masculinas, ovais, que produzem espermatozoides e hormônios masculinos, principalmente a testosterona.
Estão suspensos no escroto pelos funículos espermáticos
São formados na cavidade retroperitoneal mas descem com o tempo e se tornam uma estrutura externa, pois os espermatozoides precisam de uma temperatura abaixo de 37º C para serem formados 
Testículo esquerdo está em posição mais baixa que o direito.
A superfície de cada testículo é coberta pela lamina visceral da túnica vaginal, exceto no local onde o testículo se fixa ao epidídimo e ao funículo espermático. 
A túnica vaginal é um saco peritoneal fechado que circunda parcialmente o testículo e representa a parte distal cega do processo vaginal embrionário. 
A lamina visceral (mais interna) da túnica vaginal encontra-se intimamente aplicada ao testículo, epidídimo e parte inferior do ducto deferente. 
A lamina parietal da túnica vaginal (parte mais externa – parece uma caninho), adjacente à fáscia espermática interna, é mais extensa do que a lamina visceral e estende-se superiormente por uma curta distância até a parte distal do funículo espermático. 
Os testículos têm uma face externa fibrosa e resistente, a Túnica albugínea (tecido conjuntivo denso), que se espessa em uma crista sobre sua face interna posterior como o mediastino do testículo. 
Plexo venoso pampiniforme: são veias que emergem do testículo e do epidídimo. Rede de 8 a 12 veias situadas anteriormente ao ducto deferente e que circundam a artéria testicular no funículo espermático. Faz parte do sistema termorregulador do testículo (juntamente com os músculos cremaster e dartos), ajudando a manter essa glândula em temperatura constante. 
As veias de cada plexo pampiniforme convergem superiormente, formando uma veia testicular direita, que entra na veia cava inferior (VCI), e uma veia testicular esquerda, que entra na veia renal esquerda 
Veia testicular direita – veia cava inferior
Veia testicular esquerda – veia renal esquerda
Os nervos autônomos do testículo originam-se como o plexo nervoso testicular sobre a artéria testicular, que contém fibras simpáticas do segmento T10 na medula espinhal, fibras aferentes viscerias e, talvez, fibras parassimpáticas vagais. 
Fibras autônomas também chegam no testículo via plexo deferencial. 
Cada testículo é envolvido por uma cápsula espessa dividida em dois lóbulos que contêm túbulos seminíferos e tecido conjuntivo intersticial que inclui células intersticiais ou de Leydig, que produzem testosterona.
Lóbulos testiculares: são compartimentos piramidais formados pelos septos. Cada lóbulo é ocupado por quatro túbulos seminíferos, que se alojam em novelos envolvidos por um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de Leydig). 
Epidídimo 
Estrutura alongada na face posterior do testículo.
Os ductos eferentes do testículo transportam espermatozoides recém-desenvolvidos da rede do testículo para o epidídimo 
Os ductos deferentes levam do epidídimo para o ducto ejaculatório
No longo trajeto dessa estrutura (do epidídimo), os espermatozoides são armazenados e continuam a amadurecer.
· Cabeça do epidídimo: parte expandida superior que é composta de lóbulos formados pelas extremidades espiraladas de 12 a 14 ductos eferentes.
· Corpo do epidídimo: a maior parte é formada pelo enovelamento do ducto do epidídimo
· Cauda do epidídimo: continua com o ducto deferente, o ducto que transporta os espermatozoides do epidídimo para o ducto ejaculatório, de onde são expulsos pela uretra durante a ejaculação. 
Possui um epitélio pseudoestratificado contendo células basais (células tronco) e células cilíndricas (células principais) dotadas de longos estereocílios apicais e imóveis que se projetam para o núcleo.
Sustentando as circunvoluções do ducto do epidídimo, tem um tecido conjuntivo frouxo bastante celularizado e vascularizado. 
Externamente, existe uma camada delgada de tecido muscular liso, a qual na cabeça do epidídimo, permite a formação de contrações peristálticas espontâneas 
Longo ducto de armazenamento, através do qual os espermatozoides passam lentamente. Em transito, esses espermatozoides amadurecem e adquirem motilidade e capacidade de fertilização. 
Túbulos seminíferos
Produzem as células reprodutoras masculinas, os espermatozoides, enquanto as células intersticiais (de Leydig) secretam andrógeno testicular.
Túbulos enovelados
Cada testículo tem cerca de 250 a 1.000 túbulos seminíferos 
Estão dispostos em alças, e suas extremidades se continuam com curtos tubos conhecidos por túbulos retos.
Os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos a um labirinto de canais anastomosados em forma de rede, revestidos por um epitélio simples pavimentoso ou cúbico, constituindo a rede testicular 
 No mediastino do testículo 
A parede dos túbulos seminíferos é formada por várias camadas de células denominadas epitélio germinativo ou epitélio seminífero, o qual é envolvido por uma lamina basal e por uma bainha de tecido conjuntivo. 
O tecido conjuntivo é formado por fibroblastos, e sua camada mais interna, aderida à lâmina basal, é formada por células mioides (fibroblastos ricos em filamentos de actina e em moléculas de miosina – ficam em torno dos túbulos seminíferos) achatadas e contráteis e que têm características de células musculares lisas.
As células intersticiais ou de Leydig se situam nesse tecido conjuntivo e ocupam a maior parte do espaço entre os túbulos seminíferos.
O epitélio seminífero é formado por duas populações distintas de células:
· As células de Sertoli
· As células que constituem a linhagem espermatogênica
Células de linhagem espermatogênica: se dispõem em 4 a 8 camadas, e sua função é produzir espermatozoides
A parede dos túbulos seminíferos é formada por um complexo epitélio estratificado, apoiado em uma lâmina basal 
Tecido intersticial
Importante para a nutrição das células dos túbulos seminíferos, transporte de hormônios e produção de andrógenos. 
Os espaços entre os túbulos seminíferos do testículo são preenchidos com tecido conjuntivo, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. 
Durante a puberdade, torna-se mais evidente um tipo adicional de célula, arredondada ou poligonal, e que tem um núcleo central e um citoplasma eosinófilo (repleto de grânulos – outras organelas como mitocôndrias, retículo endoplasmático e complexo de golgi são pouco desenvolvidas) rico em pequenas gotículas de lipídios: são as células intersticiais do testículoou células de Leydig, que têm características de células produtoras de esteroides. 
Essas células produzem a testosterona, hormônio masculino responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias (no interior dos testículos)
As células de Leydig possuem um citoplasma ligeiramente acidófilo e vacuolizado que se deve à remoção das gotículas lipídicas durante o processamento histológico, uma vez que armazenam o colesterol para a síntese de testosterona. 
Seu citoplasma contém abundantes túbulos e vesículas do Retículo endoplasmático agranular, característica típica de células secretoras de hormônios. 
Ribossomas e retículo endoplasmático granular em quantidade relativamente pequena, numerosas mitoondrias espalhadas e com cristas tubulares.
As gotículas lipídicas armazenam o colesterol até o necessário para poder sintetizar a testosterona. 
Após proteínas transportadoras movimentarem o colesterol para as cristas mitocondriais, mitocôndrias desempenham uma função na conversão de colesterol sob a influência do hormônio LH
A atividade e o número de células intersticiais dependem de estímulo hormonal. 
No adulto, as células são estimuladas pelo hormônio luteinizante da hipófise. 
A existência desses hormônios (LH, gonadotrópico, andrógenos) são importantes na gestação para a diferenciação embrionária da genitália masculina.
Nos homens, a produção de LH é regulada pela hipófise e atua diretamente nos testículos, regulando a produção de espermatozoides e da produção de hormônios, principalmente a testosterona. 
Os homens também prduzem FHS, so que no estímulo para funcionamento dos testículos, ajudando na regulação da maturação puberal, na liberação dos hormônios sexuais e nos processos produtivos 
Ductos intratesticulares 
Se seguem aos túbulos seminíferos e conduzem espermatozoides e fluidos. 
· Túbulos retos
· Rede testicular
· Ductos eferentes 
A maioria dos túbulos seminíferos tem forma de alça, cujas extremidades continuam nos túbulos retos. Nesses túbulos, faltam as células da linhagem espermatogênica e há um segmento inicial formado somente por células de Sertoli seguido por um segmento principal revestido por um epitélio de células cuboides apoiado em uma envoltura de tecido conjuntivo denso. 
Os túbulos retos continuam na rede testicular, situada no mediastino do testículo e composta por uma rede altamente anastomosada de canais revestidos por um epitélio de células cuboides. 
Da rede testicular saem 10 a 20 ductos eferentes, formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas que se alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção do epidídimo, conferindo a esse epitélio um característico aspecto com saliências e reentrâncias. 
Ductos genitais extratesticulares
Transportam os espermatozoides do testículo para o meato do pênis 
· Ducto epididimário 
· Ducto deferente
· Uretra
Ducto do epidídimo é um tubo único, altamente enrolado.
Juntamente com o tecido conjuntivo circunvizinho e os vasos sanguíneos, esse ducto forma o corpo e a cauda do epidídimo.
O ducto é formado por um epitélio colunar pseudoestratificado, composto de células basais arredondadas e de células colunares. Superfície das células colunares é coberta de estereocílios (longos e ramificados microvilos). 
Seu epitélio participa da absorção e digestão dos corpos residuais das espermátides, que são eliminados durante a espermatogênese. 
As células epiteliais se apoiam na lamina basal que é envolvida por células musculares lisas e por tecido conjuntivo frouxo. 
As contrações peristálticas do músculo liso ajudam a mover o fluido ao longo do tubo. 
A extremidade do ducto do epidídimo origina o ducto deferente, que termina na uretra prostática, onde esvazia seu conteúdo. 
Seu lúmen é estreito e possui uma espessa camada de músculo liso. 
Região urogenital masculina: inclui os órgãos genitais externos (parte distal da uretra, escroto e pênis) e os músculos do períneo.
Parte distal da uretra masculina
Dividida em quatro partes: intramural (pré-prostática), prostática, membranácea e esponjosa. 
· Intramural (pré-prostática): estende-se quase verticalmente através do colo da bexiga
Circundada pelo esfíncter interno da uretra
O diâmetro e o comprimento variam dependendo se a bexiga estiver cheia ou vazia.
· Prostática: desce através da parte anterior da próstata, fazendo uma curva suave, com concavidade anterior; é limitada anteriormente por uma parte deprimida vertical
Parte mais larga e dilatável
Caracteriza-se pela crista uretral com colículo seminal, ladeada por seios prostáticos nos quais se abrem os ductos prostáticos
Os ductos ejaculatórios se abrem no colículo, assim os tratos urinário e reprodutivo se fundem nessa parte.
Revestida por um epitélio de transição associado a uma lâmina própria ricamente celularizada com células musculares lisas isoladas. 
Seu assoalho contém as aberturas dos ductos das glândulas prostáticas e do par de ductos ejaculadores. 
· Membranácea (intermediária): atravessa o espaço profundo do períneo
Penetra a membrana do períneo 
Parte mais estreita e menos distensível 
Sua mucosa é revestida por um epitélio estratificado cilíndrico 
Aqui estão presentes as glândulas bulbouretrais 
Epitélio de transição
· Esponjosa: atravessa o corpo esponjoso (atravessa todo o pênis)
Parte mais longa e mais móvel
As glândulas bulbouretrais se abrem na parte bulbar
Sua mucosa é predominantemente revestida por um epitélio estratificado cilíndrico, mudando para um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado no nível da fossa navicular, a porção terminal dilatada da uretra que percorre a glande do pênis.
A lamina própria contém um rico plexo de seios venosos.
Distalmente, as glândulas uretrais se abrem em pequenas lacunas uretrais que entram no lúmen dessa parte. 
Glandulas de Littré: responsáveis pela produção de muco que age como lubrificante sexual. 
A irrigação arterial das partes membranácea e esponjosa da uretra, provém de ramos da artéria dorsal do pênis 
Escroto
É um saco fibromuscular cutâneo contendo os testículos e estruturas associadas. 
É dividido em dois compartimentos, um para cada testículo, por um prolongamento da túnica dartos (membrana que cobre os testículos), o septo do escroto. 
-Septo do escroto é o que divide ele em dois, mas internamente 
-Rafe do escroto divide ele em dois, mas externamente 
Artérias escrotais anteriores: irrigam a parte anterior do escroto
Artérias escrotais posteriores: irrigam a parte posterior do escroto. 
As veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos nomes, mas drenam para as veias pudendas externas. 
Saco cutâneo formado por duas camadas: pele intensamente pigmentada e túnica dartos intimamente relacionada, uma lamina fascial sem gordura que inclui fibras musculares lisas (músculo dartos) responsáveis pela aparência rugosa do escroto.
Saco musculocutâneo em que estão contidos os testículos e os epidídimos 
Como o músculo dartos está fixado à pele, sua contração causa o enrugamento do escroto no frio, espessamento da camada tegumentar enquanto reduz a área de superfície escrotal e ajuda os músculos cremasteres a manterem os testículos mais próximos do corpo, tudo para reduzir a perda de calor. 
Seu desenvolvimento está intimamente relacionado com a formação dos canais inguinais. 
Se desenvolve a partir das eminencias labioescrotais, duas evaginações cutâneas da parede anterior do abdome que se fundem para formar uma bolsa cutânea pendular.
Mais tarde no período fetal, os testículos e funículos espermáticos entram no escroto. 
Os nervos do escroto incluem ramos do plexo lombar para a face anterior e ramos do plexo sacral para as faces anterior e posterior
Constituído por camadas de tecido diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade:
· Cútis: pele fina e enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto.
· Túnica dartos: constitui o músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas
· Tela subcutânea: constituída por tecido conjuntivofrouxo
· Fáscia espermática externa: lâmina conjuntiva que provem das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do ânulo inguinal superficial para entrar na constituição do escroto
· Fáscia cremastérica: delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical 
No conjunto, essas fibras musculares constituem o úsculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome 
· Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal
· Túnica vaginal: serosa cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e início do ducto deferente. 
Pênis 
O corpo do pênis é a parte pendular livre suspensa na sínfise púbica
Formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso
Consiste em três estruturas cilíndricas formadas por tecido erétil:
· O par de corpos cavernosos – localizados na parte dorsal do pênis 
· Um corpo esponjoso (contém a uretra esponjosa) – localizados na parte ventral (envolve a uretra)
Essas estruturas são massas de trabéculas (trave) de tecido conjuntivo frouxo contendo fibra musculares lisas, as quais delimitam uma extensa rede de seios vasculares de lúmen amplo, revestidos tipicamente por um endotélio (câmara protetora), os quais se enchem de sangue durante a ereção. 
Glândulas de Littré estão na parte esponjosa do pênis – emissão pré ejaculatória, a qual também é considerada como protetora do epitélio contra a urina. 
Ricamente vascularizado e profusamente inervado: muitos fascículos nervosos e receptores sensoriais especializados, incluindo corpúsculo de Pacini (captam estímulos vibráteis e táteis), são abundantes por todo o pênis.
Os espaços cavernosos são contínuos com as artérias musculares que os suprem e com veias que os drenam. 
Na parte distal, o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis cônica, ou cabeça do pênis. A margem da glande projeta-se além das extremidades dos corpos cavernosos para formar a coroa da glande. 
A pele do pênis é fina, com pigmentação escura em relação à pele adjacente, e unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. 
No colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são prolongados em uma dupla camada de pele, o prepúcio do pênis, que em homens não circuncidados cobre a glande em extensão variável. 
O ligamento suspensor do pênis é uma condensação da fáscia superficial de revestimento que se origina na face anterior da sínfise púbica. 
O ligamento fundiforme do pênis é uma massa ou condensação irregular de colágeno e fibras elásticas do tecido subcutâneo que desce na linha mediana a partir da linha alba superior à sínfise púbica. 
O pênis é irrigado principalmente por ramos das artérias pudendas internas 
· Artérias dorsais do pênis: seguem de cada lado da veia dorsal profunda no sulco dorsal entre os corpos cavernosos, irrigando o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpo esponjoso, a parte esponjosa da uretra e a pele do pênis.
· Artérias profundas do pênis: perfuram os ramos na parte proximal e seguem distalmente perto do centro dos corpos cavernosos, irrigando o tecido erétil nessas estruturas. Principais vasos que irrigam os espaços cavernosos no tecido erétil, participando da ereção. São as artérias helicinas
· Artérias do bulbo do pênis: irrigam a parte posterior (bulbar) do corpo esponjoso e a uretra em seu interior, além da glândula bulbouretral.
O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda. Essa veia passa entre as laminas do ligamento suspensor do pênis, inferiormente ao ligamento púbico e anteriormente à membrana do períneo, para entrar na pelve, onde drena para o plexo venoso prostático. 
Ereção
Sob estimulação parassimática, o suprimento sanguíneo principal do pênis é direcionado para as artérias helicinas (artérias musculares de trajeto tortuoso e contorcido – artérias do pênis), as quais se dilatam e se abrem nos espaços cavernosos do tecido erétil. 
A túnica íntima dessas artérias possui espessamentos semelhantes a cristas, as quais ocluem (ocupam, fecham) parcialmente seus lúmens e atuam como valvas. 
Esses vasos e espaços cavernosos se tornam ingurgitados com sangue, o qual expande os corpos cavernosos e comprime as veias de parede delgada abaixo da túnica albugínea. 
As veias são efetivamente fechadas, de modo que a rigidez e o tamanho do órgão aumentam.
A uretra não é ocluída durante a ereção, pois a cápsula de tecido conjuntivo ao redor do corpo esponjoso é mais delgada e menos rígida do que a túnica albugínea ao redor dos corpos cavernosos. 
Após a ejaculação, a qual ocorre sob controle simpático, as artérias helicinas se contraem e suas cristas da túnica íntima reduzem o volume do sangue que entra. 
As artérias recuperam seu tônus normal, a pressão venosa cai e o fluxo sanguíneo volta ao normal.
Espermatogênese
Processo que ocorre no interior dos testículos e é responsável pela produção dos gametas masculinos: os espermatozoides 
Inclui divisão celular por mitose e meiose e é seguida pela diferenciação final das células em espermatozoides.
Espermatogênese: produção 
Espermiogênese: diferenciação 
Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de células. 
As espermatogônias (diploide) são as primeiras células, as que iniciam o processo. Se situam na extremidade da parede germinativa, bem na lâmina.
Por uma fase de crescimento, as espermatogônias se tornam espermatócitos primários, que também são diploides e são muito grandes. São distinguidos por: achados de cromossomos nos seus núcleos, pois a prófase I é muito longa e sua localização próxima à lâmina basal. 
Os espermatócitos primários duplicam seu DNA, portando têm 46 cromossomos e o dobro de quantidade de DNA de uma célula diploide. 
Por divisão meiótica (meiose I) os espermatócitos primários dão origem aos espermatócitos secundários.
Os espermatócitos secundários, mesmo sendo haploides, têm a quantidade de DNA de uma célula diploide, pois cada um de seus cromossomos é constituído por duas cromátides, por conta da duplicação da célula anterior (espermatócitos primários). 
Na meiose II, os espermatócitos secundários dão origem às espermátides, que também são células haploides.
Cada espermátide contém 23 cromossomos e metade da quantidade regular de DNA. 
E as espermátides, pelo processo de amadurecimento chamado espermiogênese, transforma as espermátides em espermatozoides.
 Fiquei com uma dúvida nesse assunto. Em vários esquemas de meiose do google, ou videoaulas do youtube sobre gametogênese, eles falam que os espermatócitos secundários são haploides, que são n, mas nesse livro fala que eles são diploides. Queria saber como funciona isso direitinho e qual que é o correto. 
E também queria saber se a meiose II funciona como uma mitose, pois nos esquemas do google eles mostram os espermatócitos secundários como sendo células n, dando origem a espermátides que também são células n. 
A espermatogênese é regulada pela produção de LH pela glândula hipófise. O LH se liga a receptores nas células de Leydig e estimula a produção de testosterona que se liga às células de Sertoli para promover a espermatogênese.
O FSHA também é essencial, pois sua ligação às células de Sertoli estimula a produção de líquido testicular e a síntese de proteínas intracelulares receptoras de andrógenos. 
-Espermiogênese
Fase final de produção de espermatozoides. 
Espermátides se transformam em espermatozoides, células altamente especializadas para transferir o DNA masculino ao ovócito.
Nenhuma divisão celular ocorre nessa fase.
As espermátides podem ser distinguidas por:
- Seu pequeno tamanho
- núcleos com quantidade crescente de cromatina condensada e formas variadas, incialmente redondas e depois cada vez mais alongadas
- posição perto dolúmen dos túbulos seminíferos
- forma alongada
O processe inclui:
· Formação do acrossomo – que cobre metade de toda a superfície nuclear e contém as enzimas que auxiliam na penetração do ovócito e suas camadas circunjacentes durante a fertilização.
· Condensação e alongamento do núcleo
· Desenvolvimento do flagelo
· Perda da maior parte do citoplasma
· Formação do colo, da porção média e da cauda
O resultado final é um espermatozoide maduro, que é liberado no lúmen do túbulo seminífero. 
Essa fase pode ser dividida em três etapas:
· Etapa do Complexo de Golgi: 
O citoplasma das espermátides contém um complexo de Golgi bastante desenvolvido. 
Pequenos grânulos PAS-positivos, chamados grânulos proacrossômicos, acumulam-se no complexo de Golgi. Depois, fundem-se para formar um único grânulo acrossômico no interior de uma vesícula limitada por membrana, chamada vesícula acrossômica. 
Os centríolos migram para perto da superfície da célula, em posição oposta à vesícula acrossômica, e iniciam a formação do axonema (o conjunto de microtúbulos que formam o eixo principal do flagelo).
· Etapa do acrossomo: 
A vesícula e o granulo acrossômico se estendem sobre a metade anterior do núcleo como um capuz e passam a ser chamados inicialmente de capuz acrossômico e finalmente de acrossomo.
O acrossomo contém enzimas hidrolíticas, como hialuronidade, neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina. 
Se assemelha a um lisossomo – as enzimas são capazes de dissociar as células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida, entruturas que envolvem os ovócitos. 
Quando os espermatozoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatozoide, liberando as enzimas acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo é chamado de reação acrossômica e é um dos primeiros passos da fertilização.
O flagelo cresce a partir de um dos centríolos, enquanto mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo (relacionadas com movimento celular e alto consumo de energia). 
O movimento flagelar é resultado da interação de microtúbulos, trifosfato de adenosina (ATP) e dineína, uma proteína com atividade de ATPase.
O núcleo das espermátides se torna mais alongado e condensado. 
Este volta-se para a face da parede dos túbulos seminíferos e o flagelo volta-se para o lúmen. 
· Etapa de maturação:
Uma grande parte do citoplasma das espermátides é desprendida, formando os chamados corpos residuais, que são fagocitados pelas células de Sertoli e os espermatozoides são liberados no lúmen do túbulo.
Os espermatozoides liberados são transportados ao epidídimo em um meio apropriado, o fluido testicular, produzido pelas células de Sertoli e pelas células da rede testicular. 
Esse fluido contém esteroides, proteínas, íons e uma proteína ligante de andrógeno que transporta testosterona. 
Quando estão completamente formados, os espermatozoides entram no lúmen do túbulo seminífero. A partir daí, são empurrados em direção ao epidídimo pela contração da parede do túbulo seminífero. 
Células de Sertoli
São piramidais
Sua superfície basal adere à lamina basal dos túbulos, e suas extremidades apicais estão no lúmen dos túbulos. 
Seus núcleos se situam na base dos túbulos seminíferos. São vesiculares, claros, frequentemente angulosos ou triangulares e comumente contêm um núcleo evidente. 
Contém abundante retículo endoplasmático liso, algum retículo endoplasmático rugoso, um complexo de Golgi bem desenvolvido e numerosas mitocôndrias e lisossomos. 
As células de Sertoli adjacentes são unidas por junções ocludentes encontradas nas suas paredes basolateriais, formando a barreira hematotesticular. 
As espermatogônias situam-se no compartimento basal abaixo dessa barreira. 
Espermatócitos e espermátides ocupam o compartimento adluminal, situado sobre a barreira hematotesticular. 
Essas células são extremamente resistentes a condições adversas como infecções, desnutrição e radiações. 
Suas funções são: 
· Suporte, proteção e suprimento nutricional das células em desenvolvimento
As células da série espermatogênica são interconectadas por pontes citoplasmáticas. Essa rede de células é apoiada fisicamente por reentrâncias do citoplasma das células de Sertoli
Como os espermatócitos, as espermátides e os espermatozoides são isolados do contato direto do plasma pela barreira hematotesticular, essas células dependem das células de Sertoli para a troca de nutrientes e metabólitos. 
A barreira formada pelas células de Sertoli também protege os espermatozoides de ataques imunológicos.
· Fagocitose
Durante a espermiogênese, o excesso de citoplasma das espermátides é liberado sob forma de corpos residuais. 
E são as células de Sertoli que fagocitam e digerem.
· Secreção
Secretam continuamente nos túbulos seminíferos um fluido que é transportado na direção dos ductos genitais e é usado para transporte de espermatozoides. 
A secreção de uma proteína ligante de andrógeno pelas células de Sertoli é controlada por FSH e por testosterona, servindo para concentrar testosterona nos túbulos seminíferos. 
Podem converter testosterona em estradiol. 
· Produção de hormônio antimulleriano 
É uma glicoproteína que age durante o desenvolvimento embrionário para promover a regressão dos ductos de Muller (originam as trompas uterinas, o útero e a parte superior da vagina) e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (dá origem aos órgãos sexuais masculinos como o epidídimo, o ducto deferente e as vesículas seminais
O hormônio antimulleriano serve para não estimular a formação dos órgãos sexuais femininos. 
· Barreira hematotesticular
Impede que as moléculas grandes do sangue entrem no fluido testicular. 
 Assim, as etapas mais avançadas da espermatogênese são protegidas de substâncias do sangue, de agentes nocivos e provavelmente de reconhecimento imunológico por linfócitos. 
 
Fatores que influenciam a espermatogênese 
· Hormônios
Depende da ação de FHS e LH sobre as células do testículo. 
FSH age nas células de Sertoli, promovendo a síntese e a secreção de proteína ligante de andrógeno-ABP.
LH age nas células intersticiais ou de Leydig, estimulando a produção de testosterona. 
Testosterona se difunde das células intersticiais para o interior do túbulo seminífero e se combina com a ABP. 
· Temperatura
A espermatogênese só acontece a temperaturas abaixo da corporal, de 37ºC, inclusive isso influencia no tamanho do testículo dependendo da temperatura do ambiente.
Um rico plexo venoso (plexo pampiniforme) envolve as artérias dos testículos e forma um sistema contracorrente de troca de calor, que é importante para manter a temperatura testicular. 
Evaporação do suor da pele da bolsa escrotal, que contribui para a perda de calor.
Contração dos músculos cremastéricos do cordão espermático, que tracionam os testículos em direção aos canais inguinais, nos quais a sua temperatura pode ser aumentada. 
· Outros fatores
Desnutrição, alcoolismo e várias substâncias levam a alterações nas espermatogônias, causando diminuição na produção de espermatozoides. 
Irradiações e sais de cádmio são bastante tóxicos para as células de linhagem espermatogênica, causando morte dessas células e esterilidade dos indivíduos acometidos.
Meiose 
Divisão celular que ocorre nas células germinativas para produzir os gametas feminino e masculino.
Requer duas divisões celulares:
-Meiose I
-Meiose II
As células germinativas replicam seu DNA na interfase, de maneira que cada um dos 46 cromossomos seja duplicado em cromátides-irmãs. 
Os cromossomos homólogos se alinham em pares, um pareamento exato e pontual 
Os pares homólogos se separam em duas células filhas, reduzindo o número de cromossomos de diploide para haploide. 
Logo depois, a meiose II separa as cromátides-irmãs.
Cada gameta tem, então, 23 cromossomos.
*Crossing-over: acontece na miose I
Troca de segmentos das cromátides entre cromossomos homólogos pareados. 
Aumenta a variabilidade genética. 
Cerca de 30 a40 crossing-overs acontecem a cada divisão da meiose I.
Morfologia dos espermatozoides
O espermatozoide humano apresenta cabeça, colo e cauda
· Cabeça: local onde está localizado o núcleo. 
Na sua porção anterior, encontra-se o acrossoma, uma estrutura originada do complexo golgiense em forma de capuz que libera uma enzima e cobre metade da cabeça do espermatozoide. 
É a presença dessas enzimas que garante que o espermatozoide consiga entrar no ovócito secundário e haja fecundação.
· Colo: região de junção entre a porção da cabeça e cauda
· Cauda: possui três regiões distintas:
- a peça intermediária: local onde estão as mitocôndrias dessa células, as quais são responsáveis por realizar o processo de respiração celular e fornecer energia necessária para esse gameta consiga se locomover. 
- a peça principal: garante a movimentação do espermatozoide.
- a peça terminal
O acrossomo contém enzimas hidrolíticas, como hialuronidade, neuraminidase, fosfatase ácida e uma protease que tem atividade semelhante à da tripsina. 
Se assemelha a um lisossomo – as enzimas são capazes de dissociar as células da corona radiata e de digerir a zona pelúcida, entruturas que envolvem os ovócitos. 
Quando os espermatozoides encontram um ovócito, vários pontos da membrana externa do acrossomo se fundem com a membrana citoplasmática do espermatozoide, liberando as enzimas acrossômicas no espaço extracelular. Esse processo é chamado de reação acrossômica e é um dos primeiros passos da fertilização.
O flagelo cresce a partir de um dos centríolos, enquanto mitocôndrias se acumulam ao redor da porção proximal do flagelo (relacionadas com movimento celular e alto consumo de energia). 
O movimento flagelar é resultado da interação de microtúbulos, trifosfato de adenosina (ATP) e dineína, uma proteína com atividade de ATPase.
Fontes: 
· Livro de anatomia do Moore
· Livro de histologia do Junqueira
· Site Aula de Anatomia
· Livro de bases de histologia do Netter
· Site Brasil Escola e Mundo Educação
· Netter para colorir
· Livro Embriologia médica do Langman

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