Relatório de Estágio na Central De Material Esterilizado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA – UNAMA 
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM GERÊNCIA DE ESTÁGIOS 
 
 
 
 
MÁRCIO KENNY GONÇALVES MAGALHÃES 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II REALIZADO NA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM - PA 
2020 
MÁRCIO KENNY GONÇALVES MAGALHÃES – 27003147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II REALIZADO NA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO.
 
Relatório das Atividades Desenvolvidas no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), como requisito à disciplina de Estágio Supervisionado II sob orientação da Preceptora Enfª. Amanda Matos do curso de Bacharelado em Enfermagem do Centro Universitário da Amazônia – UNAMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTARÉM - PA 
2020
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS 
 
 
 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CC – Centro Cirúrgico
CI – Comunicação Interna
CME – Central de Material Esterilizado
DEP – Departamento de Ensino e Pesquisa
EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual
HRBA – Hospital Regional do Baixo Amazonas
RDC – Resolução de Diretoria Colegiada
RN’S – Recém-Nascidos
SUS – Sistema Único de Saúde
UNAMA – Centro Universitário da Amazônia 
 
 
SUMÁRIO
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 4
2 INSTITUIÇÃO............................................................................................................. 5
3 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................. 6
3.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS...................................................................... 6
4 CONCLUSÃO................................................................................................................ 9
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente estágio supervisionado II do curso de enfermagem do Centro Universitário da Amazônia (UNAMA), realizado no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) foi iniciado no dia 19 de fevereiro com término no dia 26 de fevereiro do ano de 2020, o início das atividades práticas no ambiente hospitalar era realizado nos horários das 13:30h as 17:30h da tarde, levando em conta a duração de 5 dias.
O estágio possibilitou a vivência da realidade hospitalar na Central de Material Esterilizado (CME), onde no decorrer das atividades foram passados pela preceptora tais conhecimentos como a sua estrutura e as atividades desenvolvidas pelo enfermeiro neste setor.
As atividades foram cumpridas e todos os objetivos foram atingidos de forma satisfatória, tendo em consideração as condições que foram disponibilizadas em todos os procedimentos realizados com a supervisão da preceptora.
Para CASATE e CORRÊA, (2006), o modo de como o professor se faz presente na orientação dos alunos nas atividades de estágio é muito importante para a aprendizagem, pois o aluno espera apoio e escuta por parte do professor, desejando ser visto em sua integridade, tendo ou não, o professor como exemplo a seguir.
2 INSTITUIÇÃO 
 
O estágio supervisionado II foi realizado no CME do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), sediado no município de Santarém (PA), é uma unidade de saúde pública pertencente ao Estado do Pará e administrado pela organização de Saúde Pró Saúde, presta serviço 100% referenciado de média e alta complexidade aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade atende a população estimada em mais de 1,1 milhão de pessoas residentes em 20 municípios do Oeste do Pará. O hospital atualmente conta com 12 programas de residência médica, incluindo cirúrgica e oncológica, neurocirurgia, oncologia e traumatologia.
 
 	 
3 DESENVOLVIMENTO 
3.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
As atividades foram desenvolvidas na Central de Material Esterilizado (CME) do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA). Nos primeiros dias fomos ao DEP pegar identificação, em seguida fomos a lavanderia pegar a roupa privativa para adentrarmos no CME, onde foi apresentado toda a estrutura, onde podemos observar que deve ser separado por barreiras, dividido em área suja, área limpa e área estéril. Logo no seu interior foi retratado o quadro de gestão a vista, presente em vários setores do hospital, com os indicadores de qualidade do hospital, as tabelas de gerenciamento de risco, escala de colaboradores e tabela de riscos operacionais, sistema de software que é usado como uma ferramenta administrativa que tem por objetivo informatizar os processos e etapas de trabalho dentro do CME, o TASY utilizado para lançar no sistema dados relacionadas ao hospital, SAS utilizado para realizar avaliação do DEP, aprendemos também sobre o registro da não conformidade, realizado quando o colaborador comete algum erro ou não atende os requisitos propostos no ambiente de trabalho, além dos três riscos operacionais que consistem em desabastecimento do material aos arsenais satélites, (risco assistencial) perda de esterilização/desinfecção do material e esterilização/desinfecção ineficaz, (risco tec. operacional).
Realizamos atividades diversas dentro do CME, além das dúvidas que foram sanadas de grande valia para nosso conhecimento como a importância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’S) que consiste na roupa privativa, toucas e protetores de ouvido, vimos a RDC nº15 da ANVISA, a norma regulamentadora do CME que impõe sobre o ambiente um conjunto de medidas comportamentais que os colaboradores devem seguir. Foi repassado pela preceptora sobre a classificação dos artigos que consistem em críticos, semicríticos e não críticos e sua segregação, limpeza e desinfecção como também o uso dos indicadores químicos, indicadores biológicos que consiste em ampolas que possuem invólucros com meio de cultura que são submetidas ao processo de esterilização e levadas para a incubação tendo sua leitura por bioluminescência em até 24 horas, 3 horas ou 1 hora.
· Artigos críticos: há presença de material humano como tecido e fluidos como sangue e exsudato, presente em artigos destinados aos procedimentos invasivos em tecidos estéreis como pele, mucosas e tecido vascular, os instrumentos são pinças cirúrgicas e bisturis, que devem ser esterilizado por vapor saturado sob pressão que utiliza calor e umidade no processo podendo utilizar manta de polipropileno com validade de 3 meses ou grau cirúrgico 6 meses , ou plasma de peróxido de hidrogênio na qual utiliza-se o método de esterilização “físico-químico” incompatível com celulose, feito apenas com o tyvek com durabilidade de 1 ano através do ciclo de Sterrad.
· Artigos semicríticos: são artigos que entram em contato com a pele não íntegra como equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, dentre outros que requerem desinfecção de alto nível ou esterilização.
· Artigos não críticos: destinados ao contato com a pele íntegra ou os que não entram em contato direto com a pele do paciente como comadres, papagaio, cubas, dentre outros que requerem desinfeção de baixo ou médio nível.
Além da classificação desses materiais, dos indicadores químicos e do processo de limpeza reforçamos nossos conhecimentos sobre os instrumentais cirúrgicos, suas funções e a classificação do tempo cirúrgico que são realizadas em quatro fases fundamentais: diérese, hemostasia, exérese e síntese.
· Diérese: é o primeiro tempo cirúrgico, consiste na separação do tecido, os instrumentais utilizados são bisturis e tesouras.
· Hemostasia: é o segundo tempo cirúrgico, consiste na redução do fluxo sanguíneo no momento do procedimento cirúrgico, são utilizados nesse tempo pinças kelly, Crille dentre outras.
· Exérese: é o terceiro tempo cirúrgico, consiste na remoção de alguma estrutura anatômica, órgão ou tecido.
· Síntese: é o quarto tempo cirúrgico, referente a união das bordas da cirurgia tendo como finalidade estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização e união do tecido,tendo como resultado um processo fisiológico para recuperação, são utilizados nesse tempo porta agulha e fio cirúrgico.
No último dia de estágio realizamos uma visita técnica no Centro Cirúrgico, observamos como é feita a divisão das áreas divididas em “críticas e semicríticas”, a sala onde é realizada o boletim médico e o boletim RPA realizado exclusivamente pelo profissional de enfermagem, sala de recepção para acompanhantes de pacientes adultos fora do Centro Cirúrgico, onde foi repassado pela preceptora que existe uma única exceção, “acompanhantes de menores de idade pode adentrar no (CC) devidamente paramentado com roupas privativas fornecida pelo hospital”, observamos o quadro de gestão a vista com escalas, número de cirurgias agendadas, procedimentos cirúrgicos realizados, taxa de ocupação de sala cirúrgica, taxa de suspensão de cirurgia, taxa de reoperação, índice de qualidade de limpeza de artigos, taxa de incidência de infecção hospitalar, índices de segregação de roupas por processos de lavagem pesada, qualidade de notificação e a tabela de não conformidade que consiste nas falhas cometidas pelo colaborador, tabela de acidentes de trabalho.
Na sala de equipamentos observamos o material utilizado nas cirurgias, o colchão térmico usado para correção da hipotermia do paciente, constamos que o Centro Cirúrgico (CC) é composto por 5 salas cirúrgicas sendo que uma das salas é específica para partos cesáreos e está ligada a sala destinado a procedimentos com RN’s, aprendemos sobre limpeza concorrente que tem duração entre 15 a 30 minutos e a ventilação de pressão positiva. Verificamos formulários que é de responsabilidade do enfermeiro (SAEP), checamos o carrinho de parada fazendo a testagem do desfibrilador.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se que o estágio supervisionado II realizado no CME foi de grande relevância para minha formação acadêmica, onde adquiri um amplo conhecimento técnico científico durante todo o período em que eu tive a grande satisfação de colocar em prática meus conhecimentos adquiridos no curso de enfermagem. As atividades no CME do HRBA me proporcionaram uma visão ampla de como o profissional de enfermagem deve se posicionar nesse setor, nos cuidados aos instrumentais, tanto na segregação quanto na esterilização dos mesmos, uma vez que os pacientes possuem uma grande fragilidade de contrair infecção nos procedimentos cirúrgicos.
Agradeço de coração pela oportunidade que a mim foi dada pela enfermeira preceptora Amanda Matos, que sempre sanou minhas dificuldades quanto acadêmico estagiário, pelos ensinamentos que me ofereceu tanto na prática quanto na teoria, nas observações para elaboração do relatório e no meu crescimento profissional como futuro enfermeiro.
REFERÊNCIAS
CASATE, LC. CORREA, AK. Vivencias de alunos de enfermagem em estágio hospitalar: subsídios para refletir sobre a humanização em saúde. Ver. Esc. Enferm. USP, Set 2006, vol.40, no. 3, p. 321 – 328. ISSN 0080 – 6234. Disponível em: http// www.scielo.br/scielo.php. Acesso em 26 de fevereiro de 2020
HOSPITAL REGIONAL DO BAIXO AMAZONAS, Dr. Waldemar Pena. Quem somos. Acesso em 26 de fevereiro de 2020