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Degenerações - Patologia

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Resumo de Patologia - DEGENERAÇÃO
	
	Paloma Sthephanny 
1. Conceituar degeneração celular.
Degeneração é a lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias no interior de células. Morfologicamente, uma degeneração aparece como deposição (ou acúmulo) de substâncias em células. Quando a substância acumulada é um pigmento, a lesão é estudada à parte, entre as pigmentações.
Lesões reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que resultam no acúmulo de substâncias no interior das células.
2. Diferenciar degeneração de morte celular.
Ao atuarem sobre as células, os agentes lesivos causam lesões reversíveis ou morte celular. Produzir lesões reversíveis ou irreversíveis depende da natureza do agente agressor, da intensidade e da duração da agressão e da capacidade do organismo de reagir. 
· Morte celular é um processo e, como tal, uma sucessão de eventos, sendo às vezes muito difícil estabelecer qual é o fator que determina a irreversibilidade da lesão, ou seja, o chamado ponto de não retorno. Este não pode ser sempre estabelecido por critérios apenas morfológicos, embora se saiba que certas alterações, como grande tumefação mitocondrial, perda de cristas, depósitos floculares da matriz, bolhas e solução de continuidade na membrana, sejam indicativas de lesão irreversível. Por outro lado, também nem sempre a morte celular é precedida de lesões degenerativas, pois o agente agressor pode causar morte rapidamente, não havendo lesões degenerativas que a precedam.
· As degenerações são alterações na morfologia celular, sendo sempre processos reversíveis, ou seja, lesões compatíveis com a volta da célula à normalidade depois de eliminada sua causa.
3. Caracterizar as alterações morfológicas celulares na degeneração, explicando os mecanismos etiopatogenéticos envolvidos.
· Depleção do ATP: baixa de ATP (anóxia, isquemia, envenenamento), ocorre falhas nas Bombas Na/K+, que são localizadas na membrana celular, levando à entrada de Na e H2O, o que causa edema intracelular.
· Lesão mitocondrial: alterações morfológicas nas mitocôndrias e estas lesadas podem levar a morte celular devido a baixa produção de energia.
· Influxo de Ca+ para o citosol e perda da homeostase do Ca+: falência da Bomba de Ca= promove sua entrada para a célula e seu acúmulo no citoplasma. O Ca+ promove a ativação de várias enzimas que inativam o ATP, lise da membrana celular, lise das proteínas estruturais e membranas, fragmentação da cromatina.
· Acúmulo de radicais livres do oxigênio: envelhecimento da célula = morte celular
· Defeitos na permeabilidade da membrana: pode ser causada por falta de energia ou por lesão direta por toxinas, vírus, substâncias químicas. 
4. Classificar as degenerações, diferenciando-as.
As degenerações são classificadas em: 
· Degenerações por acúmulo de água e eletrólitos – o exemplo clássico é o da degeneração hidrópica; 
É a lesão celular reversível caracterizada pelo acúmulo de água e eletrolítos no interior da célula, tornando-a tumefeita, aumentada de volume. Degeneração hidrópica é provocada por distúrbios no equilíbrio hidroeletrolítico que resultam em retenção de eletrólitose água em células.
· Degenerações por acúmulo de proteínas – as mais importantes são as degenerações hialina e mucoide
hialina: Consiste no acúmulo de material proteico e acidófilo no interior de células (do grego hyálinos = vidro, pois as primeiras observações feitas em cortes sem coloração mostravam acúmulo de material transparente dentro das células). Em alguns casos, a degeneração resulta da condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas que formam corpúsculos no interior das células; em outros, representa acúmulo de material de origem viral; outras vezes, o material hialino depositado é constituído por proteínas endocitadas.
Mucóide: São conhecidas duas condições: (1) hiperprodução de muco por células mucíparas dos tratos digestivo e respiratório, levando-as a se abarrotar de glicoproteínas (mucina), podendo, inclusive, causar morte celular; (2) síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas, as quais, geralmente, extravasam para o interstício e conferem aspecto de tecido
mucoide.
· Degenerações por acúmulo de lipídeos – as de maior interesse são a esteatose e as lipidoses; 
Esteatose: é o acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou trigligerídeos) no citoplasma de células que, normalmente não as armazenam; a lesão é comum no fígado, no epitelio tubular renal e no miocárdio, mas pode ser encontrada também em músculos esqueléticos e no pâncreas. Esteatose pode ser provocada por agressões muito diversas. A lesão aparece todas as vezes que um agente interfere no metabolismo de ácidos graxos da célula, aumentando sua captação ou síntese ou dificultando sua utilização, seu transporte ou sua excreção. Esteatose é causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos. A lesão é mais bem conhecida no fígado.
Lipidose: Lipidoses são acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não triglicerídeos. Em geral, são representados por depósitos de colesterol e seus ésteres, sendo raros acúmulos de lipídeos complexos, como esfingolipídeos e gangliosídeos, que se formam em doenças metabólicas. As lipidoses são localizadas ou sistêmicas.
· Degenerações por acúmulo de carboidrato: Na maioria dos casos, o acúmulo de carboidratos em células deve-se a deficiências de enzimas responsáveis por sua metabolização – glicogenoses e mucopolissacaridoses são os exemplos principais.
Glicogenoses: Glicogenoses são doenças genéticas caracterizadas pelo acúmulo de glicogênio em células do fígado, rins, músculos esqueléticos e coração e que têm como causa deficiência de enzimas envolvidos no processo de sua degradação. Dependendo da doença, os depósitos podem ser intralisossômicos ou no citosol.
Mucopolissacaridoses: Depósitos anormais de poliglicanos e/ou proteoglicanos ocorrem em doenças metabólicas denominadas genericamente mucopolissacaridoses, que resultam de deficiências enzimáticas e se caracterizam por acúmulo intralisossômico dessas moléculas e/ou de seus catabólitos.
5. Descrever as alterações presentes na degeneração hidrópica (macro e microscópicas).
Macroscopicamente, o aspecto de órgãos com degeneração hidrópica varia de acordo com a intensidade da lesão. Em geral, os órgãos aumentam de peso e volume, as células são mais salientes na superfície de corte (fato bem observado no fígado) e a coloração é mais pálida, porque as células degeneradas, que ficam aumentadas de volume, comprimem os capilares e diminuem a quantidade de sangue no órgão.
Ao microscópio de luz (ML), as células são tumefeitas, e o citoplasma adquire aspecto granuloso e torna-se menos basófilo (fica mais acidófilo); é a lesão mais discreta. Em estágio mais avançado, as células apresentam pequenos vacúolos de água distribuídos de modo regular no citoplasma (podem ser confundidos com esteatose microvesicular, mas a pesquisa de lipídeos desfaz a dúvida). Em algumas células, o aspecto mais marcante é a acidofilia. Outras vezes, formam-se grandes vacúolos, como ocorre em hepatócitos, que chegam a tomar aspecto baloniforme (degeneração baloniforme).
Ao microscópio eletrônico (ME), as lesões consistem em redução de vilosidades, formação de bolhas na membrana citoplasmática, dilatação do retículo endoplasmático, contração da matriz mitocondrial, expansão da câmara mitocondrial externa e condensação da cromatina.
6. Explicar a etiopatogênese das principais formas de degeneração hidrópica.
Degeneração hidrópica é provocada por distúrbios no equilíbrio hidroeletrolítico que resultam em retenção de eletrólitos e água em células. O trânsito de eletrólitos através de membranas (citoplasmática e de organelas) depende de mecanismos de transporte feito por canais iônicos descritos anteriormente; são as chamadas bombas eletrolíticas, que são capazes de transportar eletrólitos contra um gradiente de concentração e de manter constantes as concentrações desses eletrólitos no interiordos vários compartimentos celulares.
Ocorre um desequilíbrio iônico entre sódio e potássio
Sódio fica mais retido intracelularmente, o que provoca a rápida entrada de água na célula e a retenção de potássio extracelular.
Queda da Bomba Na+/K+ a célula se torna + permeável, entra muita água na mitocôndria, aumentando seu tamanho e diminuindo o metabolismo e a produção de ATP.
Baixa de O2 = baixa resposta mitocondrial = baixa de ATP = redução da atividade da Bomba Na/K, com alta de Na e baixa de K (tumefação celular).
7. Descrever as alterações presentes na esteatose e lipidose (macro e microscópicas).
Os órgãos com Esteatose apresentam aspecto morfológico variável. O fígado aumenta de volume e peso (pode atingir 3 kg) e apresenta consistência diminuída, bordas arredondadas e coloração amarelada. No coração, a esteatose pode ser difusa (na miocardite diftérica), ficando o órgão pálido e com consistência diminuída; em outros casos (hipóxia prolongada), a esteatose aparece em faixas amareladas visíveis através do endocárdio, criando um aspecto conhecido como coração tigroide. Nos rins, há aumento de volume e peso, tomando o órgão coloração amarelada.
Ao ML, a esteatose é muito característica. Os triglicerídeos acumulam-se em pequenas vesículas ou glóbulos revestidos por membrana (lipossomos). Na fase inicial, são encontrados vacúolos de tamanhos variados com tendência a fundir e a formar glóbulos cada vez maiores. Na sua forma clássica, os hepatócitos apresentam um grande vacúolo de gordura no citoplasma, o qual desloca o núcleo para a periferia da célula e lhe confere aspecto de adipócito (esteatose macrovesicular). Em certas condições, a esteatose hepática tem aspecto microvesicular: a gordura acumula-se em pequenas gotículas que se distribuem, geralmente, na periferia da célula, permanecendo o núcleo em posição central.
É o que ocorre na esteatose aguda da gravidez, na síndrome de Reye, na intoxicação pela tetraciclina e em algumas formas de hepatite fulminante em crianças. Nessas últimas, os hepatócitos ficam muito tumefeitos, assumindo aspecto moruliforme, devido a numerosos glóbulos de gordura na periferia do citoplasma. No coração, os triglicerídeos depositam-se em pequenos glóbulos dispostos ao longo das miocélulas. Nos rins, os lipídeos aparecem em pequenos glóbulos nas células tubulares, os quais podem coalescer e formar vesículas maiores, embora raramente produzam grande deformidade das células. Como os triglicerídeos se dissolvem no álcool e no xilol usados nas colorações de rotina, o que se observa ao ML são espaços vazios que podem ser confundidos com vacúolos contendo água (como na degeneração hidrópica) ou outras substâncias solúveis nesses solventes. Para se ter certeza do conteúdo lipídico dos vacúolos, são feitas colorações especiais em cortes de material fixado ou não, obtidos após congelação. Os corantes mais utilizados são o Sudam vermelho (Sudam III) ou negro (Sudam IV) e o óleo vermelho O (oil red O).
Lipidose: macro – depósitos de colesterol são vistos como placas amareladas, amolecidas, na camada intima(ateromas)
micro – macrófagos e células musculares lisas tumefeitas, microvaculadas, com aspecto esponjoso/espumoso. Quando essas células se rompem, o colesterol passa para o interstício e forma cristais rombóides = coalescência.
8. Descrever as alterações presentes na degeneração hialina e mucoide (macro e microscópicas).
Deg. Hialina:
Etiologia: elevação acentuada na produção protéica; elevação acentuada nos processos de endocitose; dificuldade no transporte de vesículas citoplasmáticas.
MO: presença de corpúsculos
Macro: estriações amarelo- esbranquiçadas no endocárdio.
 Em alguns casos, a degeneração resulta da condensação de filamentos intermediários e proteínas associadas que formam corpúsculos no interior das células; em outros, representa acúmulo de material de origem viral; outras vezes, o material hialino depositado é constituído por proteínas endocitadas.
O corpúsculo hialino de Mallory-Denk, encontrado tipicamente em hepatócitos de alcoólatras crônicos, é
formado por filamentos intermediários (ceratina) associados a outras proteínas do citoesqueleto, razão pela qual ao ME apresenta aspecto filamentoso em algumas áreas e amorfo em outras. Além do alcoolismo, é visto também na esteato-hepatite não alcoólica, na cirrose juvenil da Índia e no carcinoma hepatocelular.
Os corpúsculos de Mallory-Denk formam-se por ação de radicais livres sobre proteínas do citoesqueleto, os quais induzem peroxidação e facilitam a formação de ligações transversais entre as cadeias polipeptídicas, resultando em aglomerados que se precipitam. Os corpúsculos hialinos de Councilman-Rocha Lima (hepatócitos em apoptose) são encontrados em hepatócitos em hepatites virais, especialmente na febre amarela.
Deg. Mucoide: 
MO: alteração da substância fundamental amorfa
Macro: material mucóide
- Hiperprodução de muco pelas células mucíparas dos tratos digestivo e respiratório; síntese exagerada de mucinas em adenomas/ adenocarcinomas, as quais extravazam para o interstício e conferem ao mesmo o aspecto de tecido mucóide.
9. Descrever as alterações presentes na glicogenose e mucopolissacaridose (macro e microscópicas).
Glicogenose:
Macro: acúmulo de glicogênio = células tubulares renais no Diabetes Mellitus
Micro: semelhante a degeneração hidrópica, porém utilizando-se de colorações especiais como o PAS com prova de amilase, podemos evidenciar como grânulos avermelhados.
Mucopolissacaridose:
- Deficiência enzimática; 
macro: anormalidades no esqueleto, artérias, válvulas cardíacas, retardo mental, opacificação da córnea

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