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INTRODUÇÃO AO CÁLCULO BELO HORIZONTE / MG INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 2 SUMÁRIO 1 RETOMANDO O CONCEITO DE FUNÇÃO .................................................................................... 4 1.1 Ideia intuitiva de função .................................................................................................................4 2 FUNÇÕES ...................................................................................................................................... 4 2.1 A noção de função através de conjuntos .......................................................................................4 2.2 Definição .......................................................................................................................................4 2.3 Domínio, Imagem e Contra-domínio de uma Função .....................................................................5 2.3.1 Estudo do domínio de uma função .............................................................................................5 2.3.2 Função sobrejetora, função injetora, função bijetora ...................................................................6 3 FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE .................................................................................... 6 3.1 Funções crescentes ......................................................................................................................7 3.2 Função decrescente ......................................................................................................................7 4 MÉTODO PARA OBTER EXTREMOS DE FUNÇÃO EM UM INTERVALO ..................................... 8 5 FUNÇÃO LINEAR ........................................................................................................................... 9 6 FUNÇÃO QUADRÁTICA OU FUNÇÃO DO 2º GRAU .....................................................................10 6.1 Definição ..................................................................................................................................... 10 6.2 Gráfico ........................................................................................................................................ 11 7 FUNÇÃO POLINOMIAL .................................................................................................................11 7.1 Valor Numérico de um Polinômio ................................................................................................ 11 7.2 Grau dos Polinômios ................................................................................................................... 11 7.3 Gráficos da Função Polinomial .................................................................................................... 12 7.4 Igualdade de Polinômios ............................................................................................................. 12 7.5 Operações com Polinômios ......................................................................................................... 12 8 FUNÇÃO LOGARITMA ..................................................................................................................13 8.1 Gráfico de uma função logarítmica ............................................................................................. 13 8.2 Características do gráfico da função logarítmica y = logax ........................................................... 13 9 FUNÇÕES EXPONENCIAIS .........................................................................................................14 9.1 Propriedades da função exponencial ........................................................................................... 15 10 LIMITES E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL ................................................16 10.1 Limites e Continuidade: definição, propriedades e exemplos ..................................................... 16 10.2 Limite: definição formal.............................................................................................................. 16 10.3 Propriedades dos limites ........................................................................................................... 17 10.4 Exemplos iniciais: exercícios resolvidos de Limites .................................................................... 18 11 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL ......................................................................................19 4.1 Cálculo 1: estuda limites, derivadas e integrais............................................................................ 19 12 SISTEMAS LINEARES.................................................................................................................19 12.1 Resolução de sistemas lineares ................................................................................................ 19 12.2 Método da substituição.............................................................................................................. 20 12.3 Classificação dos sistemas lineares .......................................................................................... 21 13 LIMITES .......................................................................................................................................21 13.1 Noção intuitiva de limites ........................................................................................................... 21 13.2 Definição de limite ..................................................................................................................... 23 INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 3 13.3 Propriedades dos limites ........................................................................................................... 23 14 DERIVADA ..................................................................................................................................24 14.1 A Derivada de uma Função ....................................................................................................... 25 14.2 Regras de Derivação ................................................................................................................. 25 14.3 Derivada de uma Constante ...................................................................................................... 25 14.4 Derivada do produto de uma constante por uma função ............................................................ 25 14.5 Derivada de uma soma ............................................................................................................. 25 14.6 Derivada de um produto ........................................................................................................... 25 14.7 Derivada de um quociente ......................................................................................................... 25 14.8 Derivada da Função Composta (Regra da Cadeia) .................................................................... 26 15 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ..............................................................................................................28 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR................................................................................................... 28INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 4 1 RETOMANDO O CONCEITO DE FUNÇÃO1 O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça corresponder a todo elemento do primeiro conjunto um único elemento do segundo, ocorre uma função. Fonte: brasilescola.uol.com.br/o-que-e/matematica/o-que-e- funcao.htm O uso de funções pode ser encontrado em diversos assuntos. Por exemplo, na tabela de preços de uma loja, a cada produto corresponde um determinado preço. Outro exemplo seria o preço a ser pago numa conta de luz, que depende da quantidade de energia consumida. 1.1 Ideia intuitiva de função O conceito de função é um dos mais importantes da matemática. Ele está sempre presente na relação entre duas grandezas variáveis. Assim são exemplos de funções: • O valor a ser pago numa corrida de táxi é função do espaço percorrido; • A área de um quadrado é função da medida do seu lado; • O consumo de combustível de um automóvel é função, entre outros fatores, da velocidade. Observe que as relações que vimos a seguir têm duas características em comum: • A todos os valores da variável independente estão associados valores da variável dependente; • Para um dado valor da variável independente está associado um único valor da variável dependente. As relações que têm essas características são chamadas de funções. 1 Extraído na íntegra: <http://pessoal.educacional.com.br/up/50280001 /1433969/.pdf> 2 FUNÇÕES 2.1 A noção de função através de conjuntos2 Vamos agora, estudar função, usando a teoria dos conjuntos, pois as colunas vistas na tabela do item anterior representam conjuntos numéricos. Veja o exemplo: Dados os conjuntos , seja a relação de A em B expressa pela fórmula f(x)= y+5 , com , 2.2 Definição Sendo A e B dois conjuntos não vazios e uma relação f de A em B, essa relação f é uma função de A em B quando a cada elemento x do conjunto A está associado um e somente um elemento y de B. Pode-se escrever: Observação: Podemos usar a seguinte notação para a lei de associação que define uma função: Y=x+5 ou F(x)= x+5 A lei da função pode ser indicada de uma forma ou de outra, pois y e f (x) significam o mesmo na linguagem matemática. Exemplo: Observe os diagramas abaixo, que representam relações de A em R, assinale com F aquelas que são funções e com R as que não são funções: 2 http://pessoal.educacional.com.br/pdf INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 5 2.3 Domínio, Imagem e Contra-domínio de uma Função Sejam os conjuntos ; vamos considerar a função f A B: → definida por Observando o diagrama da função, vamos definir: O conjunto A é denominado domínio da função, que indicamos por D. No exemplo acima O domínio da função também é chamado campo de definição ou campo de existência da função. O conjunto ,que é um subconjunto de B, é denominado o conjunto imagem da função e indicamos por Im 1,2,3 O conjunto B, tal que Im B, é denominado contradomínio da função. No exemplo acima: 1 é a imagem de 0 pela função; f(0)=1 , 2 é a imagem de 1 pela função f(1) =2 ; 3 é a imagem de 2 pela função; f(2)=3. 2.3.1 Estudo do domínio de uma função Quando definimos uma função, o domínio D, que o conjunto de todos os valores possíveis da variável x, pode ser dado explícita ou implicitamente. Assim: Se dado , com , está implícito que o domínio da função dada é Se dado apenas , sem explicitar o domínio, está implícito que x pode ser qualquer número real diferente de 2, com isso, Se é dado apenas , sem explicitar o domínio D, está implícito Assim INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 6 2.3.2 Função sobrejetora, função injetora, função bijetora Vamos considerar os seguintes exemplos Definida por Você observa que não há elemento de B que não seja imagem de um elemento de A, isto é, chegam flechas em todos os elementos de B. O conjunto imagem é igual ao contradomínio da função. Neste caso dizemos que a função f é sobrejetora. Definida por Você observa que não existe elemento de B que seja imagem de mais de um elemento de A, isto é, em cada elemento de B que é imagem de um elemento de A chega apenas uma flecha. Neste caso dizemos que a função é injetora. Definida por 3 Extraído na íntegra: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao- crescentedecrescente.htm> Você observa que não existe um elemento de B que não seja imagem de um elemento de A (f é sobrejetora); cada elemento de B é imagem de um único elemento de A (f é injetora). Neste caso, quando a função f, é ao mesmo tempo, sobrejetora e injetora, dizemos que f é uma função bijetora. 3 FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE3 A função crescente é aquela em que y aumenta toda vez que x é aumentado. A função decrescente é aquela em que y diminui toda vez que x é aumentado. O gráfico da função crescente está inclinado para cima, e o da função descrente está inclinado para baixo. Funções são regras que ligam cada elemento de um conjunto a um único elemento de outro conjunto. Quando se trata de conjuntos numéricos, essas funções assemelham-se a equações que relacionam os elementos de um conjunto a outro por meio de suas variáveis. Uma função é crescente quando, aumentando-se os valores atribuídos ao domínio, os valores do contradomínio ficam cada vez maiores; caso contrário, a função é decrescente. Para melhor compreender essas definições, veja alguns exemplos. Observe: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 7 3.1 Funções crescentes Um exemplo de função crescente é a função y = 4x + 5. Para perceber isso, observe a tabela a seguir: Observe que o valor de x, a cada linha, é aumentado em uma unidade. Consequentemente, realizando-se os cálculos de y a partir da função dada, percebemos que, a cada linha, o valor dessa variável aumenta em quatro unidades. Assim, quando o valor de x aumenta, o valor de y também aumenta. Por essa razão, a função é crescente. Além disso, apenas observando o gráfico dessa função, é possível perceber que ela é crescente, pois, quanto mais à direita, mais alta a reta fica. Também é possível dizer que uma função é crescente quando, diminuindo-se os valores de x, os valores de y diminuem também. Exemplo: Mostre que a função y = 7x + 1 é crescente. Como o valor de y aumenta quando aumentamos o valor de x, a funçãoé crescente. Observe que essa é uma função do primeiro grau, portanto, o seu gráfico é uma reta. Em uma mesma reta, é impossível haver intervalos crescentes e decrescentes. Se em um intervalo a reta for crescente, então, ela será em toda a sua extensão. Dessa maneira, basta observar em dois valores de x que y aumenta para garantir que toda a reta seja crescente. 3.2 Função decrescente Uma função decrescente é aquela em que o valor da variável y diminui sempre que a variável x aumenta. Um exemplo de função decrescente é a seguinte: y = – 3x + 3. Para perceber isso, observe a tabela a seguir: Observe que, cada vez que o valor de x aumenta uma unidade, o valor de y diminui três unidades. Dessa maneira, essa função é decrescente. Além de observar os valores na tabela, também é possível definir se uma função do primeiro grau é crescente ou decrescente a partir da análise do seu gráfico. Observe o gráfico decrescente da função acima: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 8 Exemplo: Mostre que a função y = – x é decrescente. Para tanto, basta mostrar que, aumentando-se o valor de x, o valor de y diminui. Escolheremos, para isso, os valores x = 0 e x = 1. Observe: Observe que, aumentando-se uma unidade no valor de x, o valor de y cai uma unidade; logo, a função é decrescente. Como identificar funções crescentes e decrescentes sem cálculos Existe uma maneira de dizer se uma função do primeiro grau é crescente ou decrescente sem fazer qualquer cálculo. Para isso, basta observar o valor do coeficiente “a” da função. Esse coeficiente é proveniente da forma geral da função do primeiro grau: y = ax + b “a” é o número que multiplica a variável, e b é uma constante. A regra para identificar se funções do primeiro grau são crescentes ou não é a seguinte: Se a > 0, a função é crescente; Se a < 0, a função é decrescente. Vamos determinar se as funções a seguir são crescentes ou decrescentes. a) y = 2x Crescente, pois a = 2 > 0. b) y = – x Decrescente, pois a = – 1 < 0. c) y = – 4x + 7 Decrescente, pois a = – 4 < 0. d) y = 4x – 7 Crescente, pois a = 4 > 0. Quando uma função não é crescente nem decrescente, ou seja, quando a = 0, ela é uma função constante. Sempre que aumentamos ou diminuímos o valor de x, y permanece constante. O gráfico de um exemplo de função constante é o seguinte: y = 2 4 MÉTODO PARA OBTER EXTREMOS DE FUNÇÃO EM UM INTERVALO 1. Calculamos a derivada de 𝑓, e resolvemos a equação 𝑓 0 (𝑥) = 0 para obter a lista dos pontos críticos de 𝑓 . 2. Excluímos todos os pontos críticos que estão fora do intervalo [a,b]. 3. Anexamos à lista as extremidades a e b do intervalo, e os pontos onde a função não é contínua ou não tem derivada. 4. Aplicamos a função f em cada ponto da lista, sendo que o maior valor é o valor máximo de 𝑓 , e o menor valor é o valor mínimo de 𝑓 . Exemplo: Para obter os mínimos e máximos da função 𝑓 (𝑥) = 𝑥4 − 8𝑥2 + 5 sobre o intervalo [−1, 3], primeiro, derivamos a função e fazemos a derivada igual a zero para obter os pontos críticos, isto é: 4x3 −16x = 0 Dividimos a equação por 4 para obter x3 −4x = 0, fatorando a mesma como: x(x −2)(x +2) = 0 • Os pontos críticos são -2, 0 e 2. Como o intervalo não inclui -2, nós retiramos este ponto da lista. Acrescentamos as extremidades do intervalo: -1 e 3 à lista. Desse modo, a lista de números que podem ser mínimos ou máximos, é formada por: {−1, 0, 2, 3} Aplicando a função a estes valores, obtemos (nesta ordem) 𝑓 (−1) = −2, 𝑓 (0) = 5, 𝑓 (2) = −11, 𝑓 (3) = 14. 𝐿𝑜𝑔𝑜, 𝑓 (3) = 14 é o máximo e 𝑓 (2) = −11 é o mínimo. Neste exemplo, o máximo não ocorre em um ponto crítico, mas em uma extremidade do intervalo [a,b]. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 9 Exemplo: Temos 200 metros de arame para cercar um jardim retangular com a maior área possível. Qual devem ser as dimensões do jardim? Solução: Seja x a medida da largura e y a medida do comprimento do jardim. A área retangular é dada por 𝐴 = 𝑥 𝑦. Como o perímetro é 200 metros, sabemos que 2𝑥 + 2𝑦 = 200, e extraindo o valor de y nesta relação obtemos 𝑦 = 100 − 𝑥. Agora, podemos reescrever a função que fornece a área usando apenas a variável x, na forma: 𝐴(𝑥) = 𝑥 𝑦 = 𝑥(100 − 𝑥) = 100𝑥 – 𝑥 2. A derivada desta função com respeito à variável 𝑥 é 𝐴 0 (𝑥) = 100 − 2𝑥. Tomando a expressão da derivada igual a zero, obtemos: 100 − 2𝑥 = 0 Resolvendo esta equação, obtemos apenas um ponto crítico 𝑥 = 50. • Qual é o intervalo que representa o domínio desta função? • Quais são as extremidades deste intervalo? Aqui, vamos considerar x ≥ 0 e y ≥ 0 para podermos calcular a área. Como 𝑦 = 100 − 𝑥, devemos ter que x ≤ 100. Assim, o intervalo é [0, 100]. Calculando a função 𝐴(𝑥) = 𝑥(100 − 𝑥) nos pontos 0, 50 e 100, obtemos A(0) = 0, A(50) = 2500, A(50) = 0. Assim, temos 𝑦 = 100 − 50 = 50, e a área máxima é A(50) = 50(50) = 2500 4 Extraído na íntegra: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/funcao- crescentedecrescente.htm> 5 FUNÇÃO LINEAR4 A função linear é um caso particular de função afim que apresenta a lei de formação do tipo f(x) = ax, em que a é real e diferente de zero. Confira o que é uma função linear e como é o seu gráfico! Uma função afim ou função do 1° grau é caracterizada por apresentar uma lei de formação do tipo 𝑓(𝑥) = 𝑎 · 𝑥 + 𝑏, na qual os coeficientes a e b são números reais, além de, necessariamente, a ser diferente de zero (a ≠ 0). O gráfico de uma função afim é uma reta que pode tocar o eixo x do plano cartesiano em um único ponto, que é chamado de zero da função. Agora que relembramos a função do 1° grau, vamos falar sobre um tipo muito especial, a função linear. Essa função apresenta uma lei de formação em que b = 0, restando apenas a relação 𝑓(𝑥) = 𝑎 · 𝑥, com a e a ≠ 0. Como é uma função do 1° grau, o gráfico da função linear é também uma reta. A diferença é que essa reta sempre intercepta a origem do sistema de coordenadas, isto é, o ponto (0, 0). Vejamos algumas funções lineares acompanhadas de seus gráficos: Exemplo 1: 𝑓(𝑥) = 𝑥 Essa é uma função linear porque seus coeficientes são: a = 1 e b = 0. A função 𝑓(𝑥) = 𝑥 é ainda chamada de função identidade, um caso particular da função linear. Podemos ainda dizer que essa função é crescente, pois o coeficiente a é positivo. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 10 Gráfico da função linear e função identidade Exemplo 2: 𝑓(𝑥) = – 2𝑥 Essa também é uma função linear, pois seus coeficientes são a = – 2 e b = 0. Podemos ainda dizer que essa função é decrescente, uma vez que a < 0. Gráfico da função linear f(x) = – 2x Exemplo 3: Temos aqui uma função linear com coeficientes a = 3/2 e b = 0. Essa é umafunção crescente, pois a > 0. 5 Extraído na íntegra: https://www.somatematica.com.br/emedio/funcao2/funcao2.p hp Gráfico da função linear f(x) = 3/2 x Exemplo 4: A função f(x) é linear, pois seus coeficientes são a = – 1/3 e b = 0, e decrescente, já que a < 0. Gráfico da função linear f(x) = 3/2 6 FUNÇÃO QUADRÁTICA OU FUNÇÃO DO 2º GRAU5 6.1 Definição Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax² + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0. Vejamos alguns exemplos de funções quadráticas: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 11 f(x) = 3x² - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1 f(x) = x² -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1 f(x) = 2x² + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5 f(x) = - x² + 8x, onde a = -1, b = 8 e c = 0 f(x) = -4x², onde a = - 4, b = 0 e c = 0 6.2 Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola. Por exemplo, vamos construir o gráfico da função y = x² + x: Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida, ligamos os pontos assim obtidos. Observação: Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que: 6 Extraído na íntegra: https://www.todamateria.com.br/funcao-polinomial/ • se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; • se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo; 7 FUNÇÃO POLINOMIAL6 As funções polinomiais são definidas por expressões polinomiais. Elas são representadas pela expressão: onde: n: número inteiro positivo ou nulo x: variável coeficientes termos Cada função polinomial associa-se a um único polinômio, sendo assim chamamos as funções polinomiais também de polinômios. 7.1 Valor Numérico de um Polinômio Para encontrar o valor numérico de um polinômio, substituímos um valor numérico na variável x. Exemplo: Qual o valor numérico de p(x) = 2x3 + x2 - 5x - 4 para x = 3? Substituindo o valor na variável x temos: 2 . 33 + 32 - 5 . 3 - 4 = 54 + 9 - 15 - 4 = 44 7.2 Grau dos Polinômios Dependendo do expoente mais elevado que apresentam em relação à variável, os polinômios são classificados em: • Função polinomial de grau 1: f(x) = x + 6 • Função polinomial de grau 2: g(x) = 2x2 + x - 2 • Função polinomial de grau 3: h(x) = 5x3 + 10x2 - 6x + 15 • Função polinomial de grau 4: p(x) = 20x4 - 15x3+ 5x2 + x - 10 • Função polinomial de grau 5: q(x) = 25x5 + 12x4 - 9x3 + 5x2 + x - 1 Obs: o polinômio nulo é aquele que possui todos os coeficientes iguais a zero. Quando isso ocorre, o grau do polinômio não é definido. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 12 7.3 Gráficos da Função Polinomial Podemos associar um gráfico a uma função polinomial, atribuindo valores a x na expressão p(x). Desta forma, encontraremos os pares ordenados (x,y), que serão pontos pertencentes ao gráfico. Ligando esses pontos teremos o esboço do gráfico da função polinomial. Veja alguns exemplos de gráficos: Função polinomial de grau 1 Função polinomial de grau 2 Função polinomial de grau 3 7.4 Igualdade de Polinômios Dois polinômios são iguais se os coeficientes dos termos de mesmo grau são todos iguais. Exemplo: Determine o valor de a, b, c e d para que os polinômios p(x) = ax4 + 7x3 + (b + 10)x2 - c e h(x) = (d + 4)x3 + 3bx2 + 8. Para os polinômios serem iguais é necessário que os coeficientes correspondentes sejam iguais. Então, a = 0 (o polinômio h(x) não tem o termo x4, sendo assim seu valor é igual a zero) b + 10 = 3b → 2b = 10 → b = 5 - c = 8 → c = - 8 d + 4 = 7 → d = 7 – 4 → d = 3 7.5 Operações com Polinômios Confira abaixo exemplos das operações entre polinômios: Adição (- 7x3 + 5x2 - x + 4) + (- 2x2 + 8x -7) - 7x3 + 5x2 - 2x2 - x + 8x + 4 – 7 - 7x3 + 3x2 + 7x -3 Subtração (4x² - 5x + 6) - (3x - 8) 4x² - 5x + 6 - 3x + 8 4x² - 8x + 14 Multiplicação (3x² - 5x + 8) . (- 2x + 1) - 6x³ + 3x² + 10x2 - 5x - 16x + 8 - 6x³ + 13x² - 21x + 8 Divisão Obs: Na divisão de polinômios utilizamos o método chave. Primeiramente realizamos a divisão entre os coeficientes numéricos e depois a divisão de potências de mesma base. Para isso, conserva-se a base e subtraia os expoentes. A divisão é formada por: dividendo, divisor, quociente e resto. divisor . quociente + resto = dividendo Teorema do Resto O Teorema do Resto representa o resto na divisão dos polinômios e possui o seguinte enunciado: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 13 O resto da divisão de um polinômio f(x) por x - a é igual a f(a). 8 FUNÇÃO LOGARITMA Toda função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função logarítmica de base a. Nesse tipo de função o domínio é representado pelo conjunto dos números reais maiores que zero e o contradomínio, o conjunto dos reais. Exemplos de funções logarítmicas: • f(x) = log2x • f(x) = log3x • f(x) = log1/2x • f(x) = log2(x – 1) 8.1 Gráfico de uma função logarítmica Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações: a > 1 Para a > 1, temos o gráfico da seguinte forma: 0 < a < 1 Para 0 < a < 1, temos o gráfico da seguinte forma: 8.2 Características do gráfico da função logarítmica y = logax O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois ela é definida para x > 0. Intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), então a raiz da função é x = 1. Note que y assume todos as soluções reais, por isso dizemos que a Im(imagem) = R. Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão de que ela é uma função inversa da exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir: Podemos notar que (x,y) está no gráfico da função logarítmica se o seu inverso (y,x) está na função exponencial de mesma base. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 14 9 FUNÇÕES EXPONENCIAIS Função exponencial ocorre quando temos uma variável no expoente e o número é determinado como base. Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br Veja dois exemplos de gráficos de funções exponenciais: Gráfico de função exponencial (Foto: Colégio Qi) Temos os gráficos de f(x) = 2x (azul) e g(x) = 2 - x (vermelho). Observando esses dois gráficos poderemos entabular algumas propriedades gerais importantes, Vejamos: Os gráficos estão passando pelo ponto (0,1);Para quaisquer valores de x os valores de f(x) serão positivos. Denomina-se o eixo dos x como “assíntotas horizontais”; Obs.: Reta assíntota (ou assintótica) é uma reta tal que a distância de um ponto de uma curva a essa reta tende para zero quando o ponto se afasta ao infinito sobre a curva. A reta assintótica e a curva ficam arbitrariamente próximas conforme se afastam da origem do sistema de coordenadas. 7 Texto Adaptado de: www.educacao.globo.com O gráfico de f(x) = 2x é nitidamente crescente, isso vai ocorrer toda e qualquer vez que a > 1, já o gráfico de g(x) = 2 - x tem o aspecto de uma função decrescente e isso vai ocorrer toda e qualquer vez em que 0 < a < 1; O domínio das duas funções é o conjunto dos números reais, porém a imagem será determinada por ]0,+∞[ Observe agora o gráfico ao lado e note as funções f(x) = 2 Função exponencial (Foto: Colégio Qi)7 Uma função exponencial é utilizada na representação de situações em que a taxa de variação é considerada grande, por exemplo, em rendimentos financeiros capitalizados por juros compostos, no decaimento radioativo de substâncias químicas, desenvolvimento de bactérias e micro-organismos, crescimento populacional entre outras situações. As funções exponenciais devem ser resolvidas utilizando, se necessário, as regras envolvendo potenciação. Vamos apresentar alguns exemplos envolvendo o uso de funções exponenciais. Exemplo 1 Uma determinada máquina industrial se deprecia de tal forma que seu valor, t anos após a sua compra, é dado por v(t) = v0 * 2 –0,2t, em que v0 é uma constante real. Se, após 10 anos, a máquina estiver valendo R$ 12 000,00, determine o valor que ela foi comprada. Temos que v(10) = 12 000, então: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 15 A máquina foi comprada pelo valor de R$ 48 000,00. Exemplo 2 Suponha que, em 2003, o PIB (Produto Interno Bruto) de um país seja de 500 bilhões de dólares. Se o PIB crescer 3% ao ano, de forma cumulativa, qual será o PIB do país em 2023, dado em bilhões de dólares? Use 1,0320 = 1,80. Temos a seguinte função exponencial: P(x) = P0 * (1 + i)t P(x) = 500 * (1 + 0,03)20 P(x) = 500 * 1,0320 P(x) = 500 * 1,80 P(x) = 900 O PIB do país no ano de 2023 será igual a R$ 900 bilhões. 9.1 Propriedades da função exponencial As propriedades da função exponencial resultam das potências e podem facilitar os cálculos com esse tipo de função que possui uma variável no expoente. 1ª Propriedade: Se x = 0, então f(x) = 1 Isso acontece por causa das propriedades de potências. Observe o que ocorre à função f(x) = 2x quando x = 0: f(x) = 2x f(0) = 20 f(0) = 1 No entanto, esse resultado vale para todo a pertencente aos números reais, pois qualquer número elevado a zero será igual a um. 2ª Propriedade: Se a > 1, então, a função exponencial será crescente Uma função é considerada crescente quando dados os dois valores distintos do domínio x1 e x2, com x1 < x2: f(x1) < f(x2). Assim, na função exponencial, podemos observar os expoentes x1 e x2. Toda vez que x1 < x2, e que a > 1, teremos como consequência ax1 < ax2. Por exemplo: f(x) = 2x. Observe que a = 2, que é maior que 1. Assim, essa função é crescente. Por isso, tomando x1 = 1 e x2 = 2, teremos: ax1 < ax2 21 < 22 2 < 4 3ª Propriedade: Se “a” for menor que 1 e maior que zero, então, a função exponencial será decrescente. Uma função é considerada decrescente quando dados os dois valores distintos do domínio x1 e x2, com x1 < x2: f(x1) > f(x2). Assim, na função exponencial, podemos observar os expoentes x1 e x2. Toda vez que x1 < x2, e que 0 < a < 1, teremos como consequência ax1 > ax2. Por exemplo: f(x) = 0,5x. Nesse exemplo, a = 0,5 e está no intervalo referente a essa propriedade. Como essa função é decrescente, se x1 = 1 e x2 = 2, teremos: x1 < x2 ax1 > ax2 0,51 > 0,52 0,5 > 0,25 Observe que “a” é obrigatoriamente diferente de 1 por definição da função e, se for igual a zero, a função será contemplada pela primeira propriedade. Por isso, o intervalo aberto 0 < a < 1. 4ª Propriedade: Sempre que ax1 = ax2, teremos x1 = x2. Isso acontece para todo valor de x, desde que a ≠ 1 e a > 0. Por exemplo: na função f(x) = 7x. Se f(x1) = 49 e f(x2) = 49, teremos: Como o resultado das duas potências, no exemplo, é igual a 49, então, x1 e x2 só podem ser iguais a 2 x1 = x2 = 2 5ª Propriedade: O gráfico da função exponencial sempre estará localizado acima do eixo x. Isso acontece porque, por definição, “a” sempre será maior que zero em toda função exponencial. Como “a” é base de uma potência, o resultado dessa potência sempre será maior que zero. Isso significa que, no plano cartesiano, os valores de f(x) correspondentes a y nunca serão negativos, ou seja, nunca ficarão abaixo do eixo x. Quando a função é decrescente, os valores de y no plano cartesiano aproximam-se de zero sempre que o valor de x aumenta. Caso INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 16 contrário, a função afastar-se-ia de zero com o aumento de x. 10 LIMITES E CONTINUIDADE DE FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL 10.1 Limites e Continuidade: definição, propriedades e exemplos8 Inicia-se o estudo de Limites apresentando uma noção intuitiva para que você possa se familiarizar ao conteúdo. O limite de uma função descreve o valor em que uma função assume em um determinado ponto quando aproxima-se cada vez mais deste ponto. Por exemplo, queremos saber o limite de no ponto x = 2. Vamos atribuir valores para x de modo que se aproxime cada vez mais de x = 2, tanto pela direita como pela esquerda. Ao analisar o limite desta função no ponto f(2) observa-se que o valor da função aproxima- se cada vez mais de 6 por ambos os lados. Assim, pode-se dizer que a função f(x) tende a 6 tanto pela direita como pela esquerda, ou seja, o Limite desta função no ponto indicado é 6. Matematicamente, o cálculo do limite é representado da seguinte forma: onde diz-se: limite de f(x) quando x tende a “a”. De modo geral, calcula-se o limite nos pontos na qual a função possui alguma particularidade, como: assíntotas, degrau, ou também em e . 8 Extraído na íntegra: https://www.dicasdecalculo.com.br/conteudos/limites-e- continuidade/ Caso os limites laterais no ponto a sejam diferentes, o limite neste ponto não vai existir. Mas isso, veremos mais adiante nas propriedades do limite e no teorema de existência. 10.2 Limite: definição formal9 Cabe ressaltar que, em matemática, o conceito de limite é usado para descrever o comportamento de uma função à medida que o seu argumento se aproxima de um determinado valor. Assim como o comportamento de uma sequência de números reais, à medida que o índice (da sequência) vai crescendo, i.e. tende para infinito. Os limites são usados no cálculo diferencial e em outros ramos da análise matemática para definir derivadas e a continuidade de funções. Em outras palavras, pode-se dizer que uma função possui limite em a se os pontos em x presentes em um pequeno intervalo entorno de produzemvalores de em um pequeno intervalo entorno de . Gráfico 9 https://www.dicasdecalculo.com.br/limite- definicao-formal/ INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 17 A noção de limite é fundamental no início do estudo de cálculo diferencial. O conceito de limite pode ser aprendido de forma intuitiva, pelo menos parcialmente. Quando falamos do processo limite, falamos de uma incógnita que “tende” a ser um determinado número. Ou seja, no limite, esta incógnita nunca vai ser o número. Entretanto, vai se aproximar muito, de tal maneira que não se consiga estabelecer uma distância que vai separar o número da incógnita. Em poucas palavras, um limite é um número para o qual y = f(x) difere arbitrariamente muito pouco quando o valor de x difere de x0 arbitrariamente muito pouco também. Então, no limite é como se pudéssemos substituir o valor de x para resolvermos o problema. Na verdade, não estamos substituindo o valor. Porque para o cálculo não importa o que acontece no ponto x, mas sim o que acontece em torno deste ponto. Por isso, quando falamos que um número “tende” a ser n, por exemplo, o número nunca vai ser n, mas se aproxima muito do número n. Enfim, como foi dito anteriormente, a definição de limite é tão e somente intuitiva. Vai de analisar a função que está ocorrendo apenas. 10.3 Propriedades dos limites Apresentam-se as principais Propriedades dos Limites, entretanto sem fazer sua demonstração. Além do mais, estas propriedades são muito úteis na resolução de problemas envolvendo cálculo de limites. 1) Propriedade da unicidade do Limite 2) Propriedade do Limite de uma função constante 3) Propriedade de soma ou da subtração dos Limites 4) Propriedade da multiplicação por escalar do Limite Obs.: O sinal, x simboliza simplesmente uma multiplicação entre dois termos e não o operador rotacional. 5) Propriedade da multiplicação de Limites 6) Propriedade da divisão de Limites 7) Propriedade da potência de Limites INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 18 8) Propriedade do exponencial do Limite 9) Propriedade do logaritmo do Limite 10) Propriedade da raiz do Limite 11) Propriedade do confronto (sanduiche) dos Limites 12) Propriedade dos polinômios Esta propriedade é uma combinatória das propriedades 3 e 4. Então seja um polinômio qualquer, onde os bn são constantes arbitrárias. Logo tem-se: Portanto 13) Propriedade da divisão de polinômios Nos limites da forma em que p(x) e q(x) são polinômios em x, prevalecem os termos de menor grau em ambos os polinômios quando for calcular o limite, ou seja, se Então 10.4 Exemplos iniciais: exercícios resolvidos de Limites Exemplo 1 Obs: Toda vez que se calcula um limite deve-se iniciar aplicando o valor na qual deseja-se saber o limite. Somente se der alguma indeterminação deve-se recorrer a outros métodos e técnicas. Ou seja, a ideia é literalmente substituir o valor para o qual x está tendendo dentro do limite. Então, isso é possível porque temos um polinômio e um teorema que garante que onde p(x) é um polinômio de ordem n. Embora não seja nosso intuito entrar nessa parte mais teórica que foge do escopo, cabe ressaltar que podemos aplicar esse teorema para todas as funções que forem analíticas, ou seja, que tenham uma expansão local em série de Taylor. Como função seno, cosseno, Raiz de qualquer ordem, função exponencial, etc. Em outras palavras, para praticamente todas as funções mais conhecidas podemos usar esse teorema e simplesmente substituir o valor de x dentro do limite. Assim, aplicando as propriedades 2, 3 e 4 tem-se: Exemplo 2 INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 19 Da mesma forma, como no exemplo anterior, deve-se abrir em vários limites aplicando as propriedades 2, 3, 4 e 6. Assim, tem-se: Exemplo 3 Resolve-se este exemplo da mesma forma que os anteriores, porém necessitase também da propriedade 10 da raiz. 11 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL O Cálculo Diferencial e Integral nada mais é que uma ferramenta de análise de funções, que pode ser utilizado nas mais variadas formas para resolver problemas simples e complexos. 4.1 Cálculo 1: estuda limites, derivadas e integrais Este estudo começa com o conceito de Limites. O Limite é uma forma de avaliar o comportamento de uma função na medida que chegamos próximo a um valor. Por exemplo, sabemos que não podemos dividir qualquer número por zero. Mas podemos avaliar como uma função (1/x) se comporta na medida que x TENDE a zero, ou seja, que x seja muito próximo de zero. E isso é muito útil para resolver uma série de problemas. Partindo deste conceito estudamos as Derivadas, que nada mais são do que uma aplicação específica de limites. O conceito de derivada estuda a variação das funções, como uma dada função varia na medida que variamos o seu valor de x. Com isso podemos saber se a função cresce e qual a taxa de crescimento dela. Um uso muito comum serve para identificar pontos máximos e mínimos de uma função. Como sabemos que nesse ponto a variação da função é igual a zero (devido a uma mudança de sentido), podemos facilmente identificar em que ponto a função tem seu valor máximo ou mínimo. Por último chegamos no conceito de Integrais. As integrais são a operação inversa das derivadas. A integral pode ser considerada uma somatória infinita dos pontos de uma função e tem diversas aplicações. Um exemplo simples de aplicação é para o cálculo de áreas. Uma vez sabendo a função que determina as extremidades de uma região, é possível identificar a área interna da curva muito facilmente. 12 SISTEMAS LINEARES Um sistema de equações lineares (sistema linear) é um conjunto finito de equações lineares da forma: 12.1 Resolução de sistemas lineares Método da adição Exemplo: O método da soma consiste em eliminar uma das incógnitas “x” ou “y” e desta forma trabalhar com a solução primeiro de uma incógnita e depois da outra. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 20 Para eliminarmos a incógnita “x”, por exemplo, devemos multiplicar os valores da primeira equação por (-2) e depois somar o resultado com a segunda equação. 12.2 Método da substituição Exemplo: Substituindo y= 22 na equação x + 2y =100 obtemos o valor de x Resolver o sistema anterior pelo método da substituição: O objetivo do método é o mesmo do método da adição, porém devemos isolar uma das incógnitas da adição, porém devemos isolar uma das incógnitas da primeira equação e substituí-la na segunda equação. Representaçãográfica Vamos Praticar? Atividades 1- João gosta muito de animais de estimação e de charadas. Certo dia um amigo perguntou- lhe quantos cachorros e quantos gatos ele tinha. Prontamente João respondeu com o seguinte enigma: “A soma do dobro do número de cachorros e do triplo do número de gatos é igual a 17. E a diferença entre o número de cachorros e de gatos é apenas 1”. Será que você consegue desvendar esse enigma e descobrir quantos cachorros e quantos gatos João possui? 2- Em sua rua, André observou que havia 20 veículos estacionados, dentre motos e carros. Ao abaixar-se, ele conseguiu visualizar 54 rodas. Qual é a quantidade de motos e de carros estacionados na rua de André? 3- A soma das idades de Joaquim e Lúcio é 60 anos. Sabendo que a idade de Joaquim é o triplo da idade de Lúcio, qual é a idade de cada um deles? 4- João cria 60 animais em sua fazenda. Alguns deles eram vacas, outros eram galinhas. Sabendo que o total de patas registradas em uma inspeção foi de 220, quantas vacas João cria? 5- Uma fábrica produz 240 peças de metal, algumas delas medindo 30 e outras medindo 40 centímetros. Sabendo que o comprimento total das peças produzidas é igual a 7600 centímetros, quantas peças de 30 centímetros foram produzidas? 6- Qual é o par ordenado que resolve o sistema a seguir? INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 21 Gabarito 1- 3 gatos e 4 cachorros 2- 13 motos e 7 carros 3- 15 e 45 anos 4- 50 vacas 5- 200 peças 6- (10,40) 12.3 Classificação dos sistemas lineares Os sistemas lineares podem ser classificados quanto a obtenção de soluções, dentro do conjunto numérico ao qual os sistemas devem ser resolvidos. • Sistema possível e determinado: são os sistemas que possuem apenas uma solução • Sistema impossível: são os sistemas que não tem soluções. Geralmente formado por equações que se contradizem 13 LIMITES O conceito de limite é fundamental no cálculo diferencial, um campo da Matemática que teve início no século XVII e é bastante fértil em resultados e aplicações em várias áreas do conhecimento, como a Física, a Engenharia, a Economia, a Geologia, a Astronomia, a Biologia, entre outras. Fonte: noticias.universia.pt 13.1 Noção intuitiva de limites Vamos analisar alguns casos em que aparece a ideia informal e intuitiva de limite. Exemplos: a) Vamos considerar una região quadrada de área igual a 1. Num primeiro momento vamos colorir a metade do quadrado Parte Colorida: ½ da figura. No momento seguinte, colorimos metade da região e mais metade do que restou: No próximo, colorimos o que havia sido colorido e mais metade do que restou: E assim, sucessivamente e indefinidamente, a área da região colorida resultante vai tendendo a 1. Dizemos, então, que o limite desse desenvolvimento, quando o número de momentos tende ao infinito, é colorir a figura toda, ou seja, obter uma área colorida igual a 1. b) Seja a função f (x) = 2x +1. Vamos dar valores de x que se aproximem de 1, pela sua direita (valores maiores que 1) e pela esquerda (valores menores que 1) e calcular o valor correspondente de y: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 22 Notemos que à medida que x se aproxima de 1, y se aproxima de 3, ou seja, quando x tende a 1 (x→1), y tende para 3 (y→3), ou seja: Observamos que quando x tende para 1, y tende para 3 e o limite da função é 3. Esse é o estudo do comportamento de f (x) quando x tende para 1 ( x →1 ). Nem é preciso que x assuma o valor 1. Se f (x) tende para 3 ( f (x) → 3 ), dizemos que o limite de f (x) quando x →1 é 3, embora possam ocorrer casos em que para x =1 o valor de f (x) não seja 3. De forma geral, escrevemos: se, quando x se aproxima de a (x → a ), f (x) se aproxima de b ( f (x) → b ) c) Estudaremos agora o comportamento de uma função f nas proximidades de um ponto. Seja: Para x diferente de 1, f pode ser simplificada e reescrita na forma mais simples: Vamos analisar o comportamento desta função nas vizinhanças do ponto x = 1, ponto este que não pertence ao domínio de f. Portanto quando nos aproximemos de x = 1, pela esquerda e pela direita, o valor desta função se aproxima de 2. Neste caso dizemos que: Vamos Praticar? 1) Considere a região do plano limitada pelo triângulo retângulo de base fixa e igual a 4cm. Faça a altura ir se aproximando de 3, mas sem nunca atingir 3, isto é, faça a altura tender a 3. Complete a tabela dada e verifique para que valor está tendendo a área dessa região. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 23 2) O que ocorre, no limite, com a medida da hipotenusa de um triângulo retângulo se mantivermos a medida de um cateto constante e a do outro cateto for diminuindo, tendendo a 0 (mas nunca 0)? Gabarito 1) A área tende a 6 quando a altura tende a 3. 2) Se h tende a 0, então a tende a b. 13.2 Definição de limite Dizemos que o limite da função f (x) quando x tende a “a” é igual ao número real L se, e somente se, os números reais f (x) para os infinitos valores de x permanecem próximos a L, sempre que x estiver muito próximo de “a”. Indica-se: 13.3 Propriedades dos limites 1°) Limite de uma constante. O limite de uma constante é a própria constante. 2°) Limite da soma e diferença O limite da soma é soma dos limites. O limite da diferença é a diferença dos limites. 3°) Limite do produto O limite do produto é o produto dos limites 4°) Limite do quociente O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero. 5°) Limite de uma potência O limite de uma potência enésima de uma função é igual à potência enésima do limite. 6°) Limite da raiz O limite da raiz enésima de uma função é igual a raiz enésima do limite dessa função. Vamos Praticar? 1) Calcule o limite justificando cada passagem com as propriedades dos limites que foram usadas. INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 24 2) Calcule o limite, caso existir. Gabarito 14 DERIVADA Derivadas: por definição as derivadas representam a taxa de variação de uma função... Derivadas (individual, obtida empiricamente): como o próprio nome indica "derivada" traduz de onde provêm uma função qualquer ou de onde ela deriva/ou, o que lhe deu origem, etc. Assim a adopção deste segundo conceito pode levar a escolha certa do cálculo em causa, dependendo, da interpretação que lhe é INTRODUÇÃO AO CÁLCULO25 atribuída. Fonte: pythondiario.com/2017/12/calculo-de-derivadas- integrales-y.html 14.1 A Derivada de uma Função Dizemos que uma função é derivável (ou diferençável) quando existe derivada em todos os pontos de seu domínio. A derivada de uma função y=f(x) é a função denotada por f’ (x) tal que seu valor em qualquer x ∈ D(f) é dado por , se este limite existir. Outras anotações podem ser usadas no lugar de y’= f’ (x): 14.2 Regras de Derivação As regras de derivação permitem determinar as derivadas das funções sem o uso da definição. 14.3 Derivada de uma Constante Se c é uma constante e f(x)= c, para todo x ∈ R, então f’ (x) = 0 Demonstração: Regra da Potência (expoente positivo) Se n é um número positivo e f(x)= xn, então f’(x)= nxn-1 Demonstração: 14.4 Derivada do produto de uma constante por uma função Sejam f e g duas funções e s a função definida por s(x)=(f+g)(x)=f(x)+g(x). Se f’(x) e g’(x) existem, então s’(x)= f’(x) + g’(x). 14.5 Derivada de uma soma Sejam f uma função, c uma constante e g a função definida por g(x)= cf(x). Se f’ (x) existe, então g’(x) = cf’(x) Demonstração: Exemplos: 14.6 Derivada de um produto Demonstração: 14.7 Derivada de um quociente Sejam f e g duas funções e p a função definida por . Se existe, então INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 26 Demonstração: Exemplos: Demonstração: Exemplos: Então Então Sejam f e g duas funções e q a função definida por , onde g (x)≠ 0. Se existem, então . Regra da potência (expoente negativo) Se , onde n é um número inteiro positivo e x≠0, então Demonstração: 14.8 Derivada da Função Composta (Regra da Cadeia) Teorema: Sejam funções deriváveis, com . Então a composta é derivável e vale a regra da cadeia: Ou seja Exemplos: INTRODUÇÃO AO CÁLCULO 27 Vamos Praticar? Calcule a derivada das funções abaixo: Gabarito SALA DE RECUSOS MULTIFUNCIONAIS 28 15 BIBLIOGRAFIA BÁSICA CONNALLY E.; HUGHES-HALLETT, D.; GLEASON, A. M. Funções para modelar variações: uma preparação para o cálculo. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. MEDEIROS, V.; CALDEIRA, A.; SILVA, L.; MACHADO, M.; Pré-cálculo. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006 THOMAS, G. B.; WEIR, M.D.; HASS, J. Cálculo 1: volume 1. 1. ed. São Paulo: Addison Wesley, 2009. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR IEZZI, G. Fundamentos de matemática elementar: volume 3. 8. ed. São Paulo: Atual, 2004. LIMA, E. L. Logaritmos. Rio de Janeiro: SBM, 1994. (Coleção do Professor de Matemática). LIMA, E.; CARVALHO, P.; WAGNER, E.; MORGADO, A. Matemática do ensino médio: volume 1. Rio de Janeiro: SBM, 1992. (Coleção do Professor de Matemática). MEDEIROS, S. Cálculo básico para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2004. TROTTA, F.; IMENES, L.; JAKUBOVIC, J. Matemática aplicada: volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Moderna, 1941.
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