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Caracteristicas das células procariontes, eucariontes (animal e vegetal).

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBCO 
UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS 
 
Aluna: Maria Cândida Ferreira da Silva. 
 
Resumo: Características das células e métodos de estudos. 
 
 Célula pode ser definida como unidade microscópica estrutural e funcional dos seres vivos, 
constituída fundamentalmente de material genético, citoplasma e membrana plasmática. Ou 
seja, a célula possui a capacidade de manter e transmitir vida (logo os vírus não entram nesta 
classificação pois não podem manter-se independentemente da célula que infectam). As 
células surgem apenas de outras células preexistentes. Organismos unicelulares são a forma 
mais simples da vida (são células solitárias), enquanto as formas superiores contêm 
associações de células. Os organismos unicelulares podem ser estrutural e funcionalmente 
mais simples (como bactérias), ou mais complexos (como protozoários). Na associação de 
células com diferentes especialidades ocorre uma contribuição para a sobrevivência do 
indivíduo. O que diferencia colônias de unicelulares de organizações multicelulares é que, 
nas ultimas, as células podem se apresentar ligadas por uma matriz extracelular, adesões entre 
membranas ou, ainda, pontes citoplasmáticas. 
 É necessário visualizar a célula não apenas como uma entidade individual completa, mas 
também como parte de suas associações. Como diversos componentes celulares apresentam 
índices de refração próximos entre si, a observação de células em microscópicos de luz 
comum se torna dificultada. Entretanto a solução para esta questão surgiu quando os 
materiais biológicos passaram a ser fixados e evidenciados por meio de reações com o 
produto final corado e/ou examinados com um tipo mais complexo de microscopia. Visto 
isso, é notório o quanto o avanço no campo da biologia celular dependeu e ainda depende de 
progressos metodológicos e instrumentais. 
 Plasmalena é uma membrana plasmática que reveste as células, é de constituição 
lipoprotéica. Células mais simples não apresentam núcleo (procariotos), enquanto as mais 
complexas contêm um ou vários núcleos (eucariotos). As células de eucariotos contêm maior 
quantidade de DNA. Por outro lado, nas células eucariotas, o material genético requer uma 
regulação muito mais complexa do que a das células procariotas. Entre o núcleo e o 
plasmalema existe uma substância aparentemente amorfa e homogênea, se observarmos em 
microscópios mais simples, que nada mais são do que as organelas citoplasmáticas: 
mitocôndrias, lisossomos, peroxissomos, cloroplastos, complexo de Golgi, centríolos, 
vacúolos e grânulos de secreção. Foi apenas com o advento do microscópio eletrônico e de 
metodologias bioquímicas e fisiológicas que o conhecimento da subestrutura dessas organelas 
e de seus atributos funcionais pode ser estabelecido. 
 As células podem apresentar estruturas e formas variadas, geralmente associadas a 
especializações funcionais. No estabelecimento (modificação e manutenção) de uma forma 
celular, a organização de um componente, o citoesqueleto, composto por redes de fibras ou 
filamentos proteicos, exerce um papel preponderante. De modo geral, as formas celulares 
dependem da tensão superficial, da viscosidade do protoplasma (ou citosol, é o líquido que 
preenche o interior do citoplasma), da ação mecânica que exercem as células contíguas, da 
rigidez da membrana plasmática e da especialização funcional da célula. 
 A maioria das células, especialmente de organismos multicelulares, exibe uma forma fixa e 
típica. Há, no entanto, células com forma mutável, como vários protozoários e leucócitos. 
Dentre as células de forma fixa, existem aquelas em que a forma é regular, seja esférica 
(óvulo), prismática (células vegetais) ou irregular típica (alguns tipos de células vegetais). 
Muitas vezes a forma celular pode auxiliar em um diagnóstico, como por exemplo a anemia 
falciforme. 
 O núcleo foi descoberto mais cedo, como parte integrante das células eucariotas, por ser 
mais facilmente corável e também graças a seu tamanho. A medida que as técnicas de estudos 
foram se aprimorando, foi sendo estabelecida a importância vital do núcleo para a vida 
celular, culminando-se com a comprovação de que suas principais funções seriam a de 
transmissão de caracteres hereditários e a de supervisão da atividade metabólica da célula. O 
núcleo não se desenvolve sozinho, mas a partir de outro núcleo preexistente. O núcleo se 
acha presente em todas as células dos eucariotos, à exceção daquelas que o perderam em 
alguma etapa de sua vida (eritrócitos de mamíferos). Nos procariotos, embora não ocorra um 
núcleo típico, o DNA se distribui numa região bem definida com morfologia característica, 
denominada nucleóide. A forma e a posição do núcleo são influenciadas pela própria forma 
da célula e pelas condições morfológicas e funcionais do citoplasma. Nas células esféricas, 
por exemplo, o núcleo apresenta forma geralmente esféricas e cúbicas, o núcleo apresenta 
forma geralmente esférica. 
 A maioria das células é mononucleada, porém, em hepatócitos, músculo estriado, células 
somáticas de muitas espécies de insetos, pode ocorrer mais de um núcleo. O tamanho do 
núcleo também pode ser variado, correlacionado ao seu conteúdo de DNA e ao grau de 
ploidia da célula. Desde as primeiras observações do núcleo fixado e corado, comprovou-se 
que durante a interfase, fase em que o mesmo não estava se dividindo, havia presença em seu 
interior de um ou mais corpos bem evidenciáveis (nucléolos), de um componente filamentoso 
ou granuloso (cromatina), onde se situa o DNA, e de um componente fibroso ou de aparência 
amorfa (matriz nuclear). Comprovou-se ser o núcleo revestido por um envoltório nuclear 
membranoso. Durante a divisão celular, a cromatina aparece sob a forma de unidades mais 
individualizadas, que são então denominados cromossomos. 
 A importância do núcleo no comando do metabolismo celular é bem salientada. Utilizando 
técnicas de micromanipulação, seccionou um protozoário ciliados do gênero Stentor em 
diversas partes, algumas tendo ficado com partes do núcleo e outras não. Verificou, então, 
que as partes anucleadas degeneravam, enquanto as nucleadas davam origem a uma nova 
célula. O citoplasma é importante para o metabolismo nuclear. Experiências de transplante de 
núcleos de células diferenciadas, por micromanipulação para óvulos ou zigotos anucleados 
com a produção final de uma certa porcentagem de indivíduos completos normais, seja rãs, 
ovelhas ou macaco, indicam a potencialidade nuclear de retorno a expressões anteriores do 
desenvolvimento, sob influência do citoplasma hospedeiro. A própria duração do ciclo 
celular muda de mais lenta, nas células somáticas (células somáticas são quaisquer células 
responsáveis pela formação de tecidos e órgãos em organismos multicelulares. Esta 
classificação engloba todas as células diploides do corpo humano, que se replicam apenas por 
processo de mitose e que, portanto, não estão envolvidas diretamente na reprodução) de onde 
foram retirados os núcleos, para muito mais rápida no zigoto. 
 A transferência de núcleos de células somáticas para óvulos anucleados em primatas não-
humanos foi inicialmente admitida como instrumento para acelerar a pesquisa no campo 
médico, contribuindo para a produção de animais idênticos destinados à investigação e para o 
entendimento do potencial das células tronco. No entanto, relatos apontam para sérias 
dificuldades nesse campo. Quando se inseriram núcleos de células somáticas em ovócitos 
anucleados de macacos rhesus, removendo-se o fuso meiótico, manifestaram-se alterações 
nas fases de divisão celular que se seguiram. Os fusos mitóticos, que se tornam desarranjados 
por falhas ao nível de alguns tipos de cinesinas nos centrossomos. As anomalias surgidas nos 
fusos mitóticos levam a um mal alinhamento cromossômico e a uma segregação 
cromossômica desigual, sendo produzidos embriõesaneuplóides e inviáveis. 
 A coleta de material biológico é uma etapa de importância fundamental para o estudo dos 
componentes celulares e subcelulares, pois nesta fase é que são definidas as formas de análise 
de preparados citológicos. Existem métodos específicos para coleta de materiais distintos, já 
que, na natureza, existem formas muito distintas de organização de células e tecidos. 
Montagem total: consiste em coletar o material, que deverá ser fino ou transparente o 
suficiente para que o mesmo possa ser colocado diretamente sobe uma lâmina, e , assim 
promover as técnicas subsequentes de fixação e coloração. Esse tipo de procedimento é 
utilizado no estudo de órgãos de insetos, como túbulos de Malpighi (principais órgãos 
excretores dos insetos). A vantagem de estudar preparados por essa metodologia está no fato 
da obtenção de células inteiras, podendo até serem feitas medidas de quantificação. 
Esfregaço: este método analisa células livres presentes nos fluidos corpóreos (sangue, linfa, 
sêmen) e consiste em colocar uma gota do material em questão sobre uma lâmina com o 
auxílio de uma outra lâmina, promovendo o deslizamento do líquido sobre a primeira lâmina, 
de forma que se faça uma camada do líquido com células sobre o vidro. Assim as células são 
isoladas e um preparado suficientemente fino é obtido. 
Espalhamento: erroneamente chamado de esfregaço, esse procedimento consiste em 
promover uma raspagem das camadas superficiais de membranas mucosas com uma pequena 
espátula ou palitos e, posteriormente, deslizar esse material sobre a superfície limpa de uma 
lâmina. O Papanicolau é um exemplo de exame que faz uso dessa técnica. 
Esmagamento: consiste em esmagar, entre lâmina e lamínula (pequena lâmina ou lâmina de 
pequena espessura), o material a ser analisado. Pode-se promover a coloração 
simultaneamente ao esmagamento, ou promover a retirada da lamínula com o auxílio de 
nitrogênio líquidos, e fazer a coloração posteriormente. Esse método de coleta é bastante 
eficiente para estudos de divisões celulares em tecido com alta taxa de divisão. 
Decalque: coloca-se sobre uma lâmina, devidamente limpa, núcleos inteiros de órgãos com 
uma consistência relativamente mole, como, por exemplo, o fígado. A técnica consiste em 
retirar do animal um fragmento do órgão a ser estudado, e a face que foi cortada deverá 
lavada em solução salina, para retirada do sangue, e posteriormente secada em papel de filtro. 
Assim, com o auxílio de uma pinça, esse órgão deverá ser pressionado contra uma lâmina e 
posteriormente retirado. Ao promover esses movimentos, os núcleos ficarão impressos na 
lâmina. Essa técnica é muito útil para o estudo de quantidade de DNA. 
Corte histológico: consiste na obtenção de cortes extremamente finos e na sua colocação 
sobre a lâmina. Entretanto, para obtenção desses cortes, é preciso que o material a ser 
analisado passe por um tratamento com parafina, resina ou gelatina, ou simplesmente seja 
congelado. Com qualquer um desses tratamentos, o material ficará uniformemente duro, 
podendo ser cortado pelo micrótomo. 
 O processo de fixação biológica promove uma preservação das características morfológicas 
e macromoleculares dos tecidos ou células. A fixação também tem por função impedir a 
autólise ou degradação bacteriana do material biológico a ser analisado ao microscópio. Os 
fixadores são agentes químicos das mais diversas funções orgânicas, que reagem 
quimicamente com os componentes celulares, promovendo a sua estabilização molecular. 
Existem muitos compostos químicos que podem ser utilizados como substâncias fixadoras, 
como, por exemplo: acetona, álcoois etílico, metílico e terc-butílico. Essas soluções podem 
ter a capacidade de fixação potencializada se associadas umas às outras, constituindo as 
misturas fixadoras. 
Conceitos para auxílio: 
Célula germinativa é qualquer célula que dá origem aos gametas de um organismo que se 
reproduz de maneira sexuada. 
Mitose é um processo de divisão celular, contínuo, onde uma célula dá origem a duas outras 
células. A mitose acontece na maioria das células de nosso corpo. A partir de uma célula 
inicial, formam-se duas células idênticas e com o mesmo número de cromossomos. 
Meiose é o nome dado ao processo de divisão celular através do qual uma célula tem o seu 
número de cromossomos reduzido pela metade. Nos organismos de reprodução sexuada a 
formação de seus gametas ocorre por meio desse tipo de divisão celular. 
Cromatina é o complexo de DNA e proteínas que se encontra dentro do núcleo celular nas 
células eucarióticas. Os ácidos nucléicos encontram-se geralmente na forma de dupla-hélice. 
As principais proteínas da cromatina são as histonas. 
Cromossomos são estruturas compostas de DNA que, por sua vez, carregam os genes de um 
ser vivo, responsáveis por definir as características físicas particulares de cada indivíduo. Os 
cromossomos estão localizados no núcleo das células que compõem o ser vivo.

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