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FISIOLOGIA-DO-TRABALHO-DIAGRAMADA

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Fisiologia 
do Trabalho 
 
 
 02 
 
 
1. Introdução 4 
 
2. O Organismo e a Ergonomia 10 
 
3. Fisiologia do Trabalho 15 
Fisiologia do Sistema Muscular 15 
Grau e Força de Contração 18 
Ação Alavanca 18 
Unidades Motoras 18 
Suprimentos Sanguíneos 19 
Estruturas e Função dos Tendões 20 
Movimento 21 
Alongamento e Encurtamento dos Músculos 22 
Articulações 22 
Generalidades Sobre as Articulações 22 
Elementos Articulares 23 
Postura no Trabalho 23 
Os Sistemas de Alavanca no Organismo 23 
A posição em Pé 24 
Ponto de Conforto 25 
A Circulação 26 
Outros Efeitos 27 
Doenças que Possibilitam Trabalho em Pé 27 
A Posição Sentada 27 
Pontos de Apoio 28 
Levantamento de Peso 29 
Regras de Levantamento de Peso 30 
 
4. Referências Bibliográficas 33 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
1. Introdução 
 
 
Fonte: SMC1 
 
ote que as condições de traba-
lho abarcam diversos fatores 
pertinentes ao levantamento de pe-
so, transporte e carga/descarga de 
materiais, mobiliário, aparelhamen-
tos e condições do posto de trabalho 
e à própria organização do trabalho. 
Então veremos que a ergono-
mia estuda diversos fatores, tais co-
mo: 
 Postura e movimentos corpo-
rais, os quais podem ser assim 
relacionados - sentados, em 
pé, puxando e levantando car-
gas, empurrando. 
 Fatores ambientais - evidenci-
ados através de ruídos, vibra- 
 
 
1 Retirado em https://www.simec.com.br/?area=ver_noticia&id=8481&titulo=meta-9-acoes-para-
garantir-boa-condicao-de-trabalho-ao-brasileiro 
ções, iluminação, clima e 
agentes químicos. 
 Informações, captadas por 
meio da audição, visão e de-
mais sentidos (HOLLER, 
2016). 
 
A ergonomia ainda aborda co-
nhecimento de díspares campos ci-
entíficos, como a antropometria, bi-
omecânica, toxicologia, engenha-
rias, entre outros. Assim, a impor-
tância da ergonomia está nos subsí-
dios para promover a segurança, tais 
como o bem estar das pessoas e por 
conseguinte a eficácia dos sistemas 
cujos estão envolvidas. Os ergonô-
micos são os aspectos que podem 
N 
 
 
5 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
proporcionar a integridade física ou 
mental do trabalhador, o que pode 
acarretar desconforto ou provocar 
doenças. 
São aspectos psicofisiológicos 
pertinentes ao trabalho que o ser hu-
mano fica exposto ao longo dos exer-
cícios de seus afazeres trabalhistas. 
São considerados riscos ergonômi-
cos: 
 Controle rígido de produtivi-
dade; 
 Esforço físico; 
 Imposição de rotina intense; 
 Jornada de trabalho prolon-
gada; 
 Levantamento de peso; 
 Monotonia e repetitividade; 
 Postura inadequada; 
 Situação de estresse; 
 Trabalhos em período notur-
no. 
 
Os riscos ergonômicos podem 
gerar distúrbios psicológicos e 
fisiológicos e provocar sérios 
danos à saúde do trabalhador 
porque produzem alterações no 
organismo e estado emocional, 
comprometendo sua produtivi-
dade, saúde e segurança, tais 
como: LER/DORT, cansaço fí-
sico, dores musculares, hiper-
tensão arterial, alteração do so-
no, diabetes, doenças nervosas, 
taquicardia, doenças do apare-
lho digestivo (gastrite e úlcera), 
tensão, ansiedade, problemas 
de coluna, etc. Para evitar que 
estes riscos comprometam as 
atividades e a saúde do traba-
lhador, é necessário um ajuste 
entre as condições de trabalho e 
o homem sob os aspectos de 
praticidade, conforto físico e 
psíquico por meio de: melhoria 
no processo de trabalho, me-
lhores condições no local de 
trabalho, modernização de má-
quinas e equipamentos, melho-
ria no relacionamento entre as 
pessoas, alteração no ritmo de 
trabalho, ferramentas adequa-
das, postura adequada, etc 
(HOLLER, 2016). 
 
Logo, trata-se de uma discipli-
na apontada para uma abordagem 
sistemática de todos os fatores da 
atividade humana. Para darem con-
ta da intensidade dessa dimensão e 
poderem interferir nas atividades do 
trabalho é necessário que os ergono-
mistas possuam uma abordagem 
holística de todo a área de ação da 
disciplina, tanto em seus fatores físi-
cos e cognitivos, bem como sociais, 
organizacionais, até mesmo os am-
bientais, etc. 
Repetidamente esses profissi-
onais interferem em esferas particu-
lares da economia ou em domínios 
de aproveitamento específicos. Es-
ses últimos caracterizam-se pela sua 
constante transformação, com a 
concepção de novos domínios de 
aplicação ou do aprimoramento de 
outros mais antigos. 
Via de regra e conforme a dis-
posição de Abergo (2013), são cam-
pos de atuação da especialização da 
ergonomia: 
 
 
 
6 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Ergonomia física - a qual está 
relacionada com as característi-
cas da anatomia humana, an-
tropometria, fisiologia e biome-
cânica em sua relação à ativi-
dade física. De forma que os te-
mas relevantes abrangem o es-
tudo da postura no trabalho, 
manejo de materiais, movimen-
tos repetitivos, distúrbios mus-
culoesqueléticos relacionados 
ao trabalho, projeto de posto de 
trabalho, segurança e saúde. 
Ergonomia cognitiva - refere-se 
aos processos mentais, tais co-
mo percepção, memória, racio-
cínio e a forma de como afetam 
as interações entre seres huma-
nos e diferentes elementos de 
um sistema. Neste sentido res-
salta-se o estudo da carga men-
tal de trabalho, tomada de deci-
são, desempenho especializado, 
interação homem computador, 
estresse e treinamento. 
 
Ergonomia organizacional – re-
portar-se à otimização dos sis-
temas sócio técnicos, abrangen-
do suas estruturas organizacio-
nais, políticas e de processos, 
principalmente através das co-
municações, projeto de traba-
lho, organização temporal do 
trabalho, trabalho em grupo, 
projeto participativo, novos pa-
radigmas do trabalho, trabalho 
cooperativo, cultura organizaci-
onal, organizações em rede e 
gestão da qualidade (HOLLER, 
2016). 
 
Ainda, devemos orientar que a 
contribuição ergonômica será se-
gundo o andamento em que é con-
cretizada, classifica-se em: 
 Ergonomia de concepção; 
 Ergonomia de correção; 
 Ergonomia de conscientiza-
ção. 
 
 
Fonte: http://segurancadotrabalhoacz.com.br 
 
 
 
 
7 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Ergonomia de concepção - 
ocorre quando a contribuição 
ergonômica se faz durante a 
fase inicial do projeto do pro-
duto, da máquina ou do ambi-
ente. Ou seja, na fase em que 
uma atividade está sendo proje-
tada. Esta é a melhor situação, 
pois as alternativas poderão ser 
amplamente examinadas, mas 
também se exige maior conhe-
cimento e experiência, porque 
as decisões são tomadas em ci-
ma de situações hipotéticas. 
Ergonomia de correção – é apli-
cada em situações reais, já exis-
tentes, para resolver problemas 
que se refletem na segurança, 
na fadiga excessiva, em doenças 
do trabalhador ou na quanti-
dade ou qualidade da produção. 
O objetivo dessa avaliação é de-
tectar problemas relacionados 
aos processos de trabalho e pro-
por soluções para esses proble-
mas. 
Ergonomia de conscientização - 
Muitas vezes, os problemas er-
gonômicos não são completa-
mente solucionados, nem na fa-
se de concepção e nem na fase 
de correção (HOLLER, 2016). 
 
Ainda, devemos considerar 
que os novos problemas poderão 
aparecer a qualquer tempo, por cau-
sa do desgaste natural das máquinas 
e equipamentos, afora das altera-
ções introduzidas pelos serviços de 
manutenção, modificação dos pro-
dutos e admissão de novos equipa-
mentos. 
Pode-se proferir que o sistema 
e os locais de trabalho são análogos 
a organismos vivos em constante 
modificação e adequação. Dessa ma-
neira, é importante conscientizar o 
operador através de cursos e treina-
mento, o que chamamos de educa-
ção continuada ou reciclagem. 
Por fim, ensinando-o a traba-
lhar de maneira segura, reconhecen-
do os fatores de risco que podem 
aparecer, a qualquer período de 
tempo, no local de trabalho. 
Nesse contexto, ele necessita 
saber exatamente qual a decisão que 
deve ser tomada caso exista algum 
risco o mapa de risco, sinais,placas, 
etc. presente em seu local de traba-
lho, assim como interpretar. Por 
exemplo: desligar a maquinário e 
acionar a equipe de manutenção ou 
socorro. 
 
 
 
 
 
8 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
 
 
Fonte: http://areaseg.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
2. O Organismo e a Ergonomia 
 
 
Fonte: Shia today2 
 
idal (2012), vai nos explicar 
que: 
 
Suponha um trabalhador di-
ante de um microcomputador: 
monitor, teclado, mouse, mesa, 
assento formam um conjunto 
nem sempre harmônico. As 
pessoas trabalham com um 
386, 486, Pentium, KM-6, rápi-
dos, coloridos, em ar condicio-
nado, em móveis Rodoflex by 
Cristina. Mas a pessoa se queixa 
de dores lombares, nas mãos, 
no pescoço. Alguém sabe expli-
car o porquê? Vejamos uma 
grande confecção onde a produ-
ção acontece num galpão de 
 
2 Retirado em http://www.shia-today.com 
grande porte. Impera o ruído 
das máquinas de corte, pespon-
to, costura, acrescidos do calor 
resultante da própria edificação 
e das prensas de acabamento. 
Os resíduos têxteis formam 
uma poeira que reduz a ilumi-
nação geral obrigando a que 
cada posto tenha uma ilumina-
ção local que aumenta ainda 
mais a contrante térmica e 
compromete a qualidade do ar. 
 
Assim, o ambiente se caracte-
riza também pelo odor de tecidos 
novos, alguns com muito ou pouco 
tempo de saída da tinturaria. Logo, 
V 
 
 11 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
esta indústria terá a certificação 
ISO-9000 e não compreende porque 
auferiu uma notificação da DRT. 
Então, as tarefas do cotidiano 
podem ser muito injustas com um 
motorista de caminhão de fretes por 
exemplo, diversas vezes ofendido 
por pessoas que seguramente igno-
ram que para afora do acelerar e tro-
car marchas, frear ou mesmo estaci-
onar, essas tarefas tem dimensões fí-
sicas como carga e descarga, assim 
as dimensões mentais ficam mais 
complexas e urgentes devido à afir-
mação de itinerários sob aperto do 
horário de entrega, mediante a con-
tingências como congestionamentos 
e outros caminhões de entrega. 
Sem falar que terá instâncias 
afetuosas importantes, visto tudo is-
so se dá como dizemos por “barbei-
ros, navalhas e mauricinhos”, tendo 
ao fundo o aprazível concerto ur-
bano de buzinas, além de comentá-
rios sobre a sua condição em tenor, 
contralto e sopranos, tudo isso 
transcorrido por meio da “suavidade 
diáfana” de motores desregulados 
em funcionamento. 
Estes relatos acerca de cir-
cunstâncias do cotidiano particular 
ou profissional de milhares de indi-
víduos pelo mundo afora, desponta 
que a atividade bem-sucedida de ho-
mens e mulheres, jovens e idosos, 
sãos ou enfermiços não é tão singelo 
como possa aparentar e que necessi-
ta ser componente de determinado 
entendimento, de uma pesquisa 
mais elaborada. E é isso a que se su-
gere a Ergonomia. 
 
Produzir esse entendimento pa-
ra que as mudanças possam ser 
feitas, os projetos mais bem ela-
borados e as decisões tecnológi-
cas melhor assentadas. A saúde 
das pessoas, a eficiência dos 
serviços e a segurança das ins-
talações estarão, a partir daí, 
sendo efetivamente incorpora-
das à vida das organizações. 
Mas, o que é Ergonomia, efeti-
vamente? Ergonomia, antes de 
mais nada, é uma atitude pro-
fissional que se agrega à prática 
de uma profissão definida. Nes-
te sentido é possível falar de um 
médico ergonomista, de um 
psicólogo ergonomista, de um 
designer ergonomista e assim 
por diante. Esta atitude profis-
sional advém da própria defini-
ção estabelecida pela Associa-
ção Brasileira de Ergonomia, 
com base num debate mundial: 
A Ergonomia objetiva modifi-
car os sistemas de trabalho para 
adequar a atividade nele exis-
tentes às características, habili-
dades e limitações das pessoas 
com vistas ao seu desempenho 
eficiente, confortável e seguro 
(ABERGO, 2000). Esta defini-
ção que coloca finalidades - mo-
dificar os sistemas de trabalho - 
propósitos - adequar a ativida-
de às características, habilida-
des e limitações das pessoas - e 
critérios - eficiência, conforto e 
segurança - necessita ser com-
plementada por uma outra, que 
estabeleça qual a tecnologia a 
que a Ergonomia está referida 
ou que possua um referente de 
 
 12 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
suas finalidades, propósitos e 
critérios (VITAL, 2012). 
 
Note que esta tecnologia é a 
metodologia de realização de inter-
faces entre os indivíduos e os siste-
mas, melhor articulando, estabele-
cendo uma relação de ajustamento 
entre os fatores humanos coevos na 
atividade de trabalho e os demais 
elementos dos sistemas de produ-
ção: 
 Conteúdo do trabalho; 
 Meio-ambiente; 
 Organização; 
 Softwares; 
 Tecnologia física. 
 
Qualquer maneira a interação 
entre o elemento humano e os de-
mais elementos do sistema de traba-
lho versar-se-á em uma interface, 
sem que contenhamos fundamental-
mente uma boa interface. As boas 
interfaces, isto é, apropriadas, aten-
derão de maneira conjunta, integra-
da e lógico os critérios de comodida-
de, eficiência e segurança. 
 
 
 
Uma disciplina útil, prática e 
aplicada. A atitude profissional 
que caracteriza o ergonomista 
tem ao mesmo tempo uma di-
mensão científica que traz fun-
damento às aplicações de uma 
 
 13 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
dimensão prática que torna es-
sa aplicação viável no mundo da 
produção. A combinação das 
dimensões científicas e práticas 
da Ergonomia revela sua utili-
dade como uma disciplina que 
nasceu e se estabelece voltada 
para resolver problemas, essen-
cialmente. A ergonomia está, 
pois, exposta a dois tipos não 
coerentes de avaliação: avalia-
ção sob critérios científicos 
acerca de suas modelagens e 
formulações de problemas do 
trabalho e avaliação sob crité-
rios econômico-sociais do valor 
de suas propostas de soluções 
(VITAL, 2012). 
 
Logo, a superação desse duplo 
apontamento, deste paradoxo mani-
festo está em uma compreensão so-
bre a Ergonomia como disciplina be-
névola, prática e diligente: Como 
disciplina útil, por meio de suas fór-
mulas de modelagem da realidade 
da utilização e a incorporação de co-
nhecimentos para a progresso das 
interfaces em meio aos elementos 
humanos e os demais componentes 
do sistema de produção, a Ergono-
mia tem possuído bastante sucesso 
em se tratar de problemas onde ou-
tros aspectos tem deixado a desejar. 
 
Como disciplina científica a Er-
gonomia através do estudo das 
capacidades e limitações e de-
mais características humanas 
necessárias para o projeto de 
boas interfaces, assim como 
busca modelar a atividade de 
trabalho para garantir a quali-
dade operacional deste projeto. 
Para tanto ela situa num cruza-
mento interdisciplinar entre 
várias disciplinas como Fisiolo-
gia, a Psicologia, a Sociologia, a 
Linguística e práticas profissio-
nais como a Medicina do Traba-
lho, o Design, a Sociotécnica e 
as Tecnologias de estratégia e 
organização. Toda esta inter-
disciplinaridade se centra no 
conceito de atividade de traba-
lho, o verdadeiro objeto da Er-
gonomia (VITAL, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
3. Fisiologia do Trabalho 
 
 
Fonte: Inter Fisio3 
 
Fisiologia do Sistema Mus-
cular 
 
o organismo tem três tipos de 
músculos, sendo eles: 
 Músculo cardíaco (coração); 
 Músculo liso (achado em del-
gadas lâminas que são compo-
nentes da parede dos órgãos 
ocos, tais como trato digestivo 
e os vasos sanguíneos, tam-
bém há o músculo voluntário, 
chamado de estriado); 
 Os músculos estriados chegam 
a quase a 40%, os músculos li-
sos de 10 a 15%, sendo que o 
 
3 Retirado em http://interfisio.com.br 
músculo cardíaco corresponde 
a 5%do peso corpóreo do ser 
humano. 
 
Dessa forma, considerando o 
trabalho, o grupo muscular mais uti-
lizado é o músculo estriado, logo, o 
abordamos sob díspares pontos de 
vista. Note que o músculo estriadoou voluntário, via de regra, denomi-
nado músculo, forma um conjunto 
de fibras musculares voluntárias 
ajuntadas e envolvidas por tecido 
conjuntivo. 
 
A estrutura básica dos múscu-
los esqueléticos é formada por 
N 
 
 16 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
dois elementos, uma parte ativa 
e outra passiva. A ativa é onde 
há atividade metabólica res-
ponsável pela contração mus-
cular e a parte passiva está 
constituída pelos tendões onde 
há pouca atividade metabólica. 
Apesar da forma dos músculos 
variar, sendo ora finos e alonga-
dos, ora achatados e largos to-
dos são essencialmente simila-
res na sua estrutura química. 
Todos os músculos esqueléticos 
do corpo estão constituídos por 
numerosas fibras musculares 
que variam entre 10 e 80 micrô-
metros em diâmetro. Na maio-
ria dos músculos, as filas se es-
tendem por todo o comprimen-
to do órgão. Cada fibra muscu-
lar contém centenas a milhares 
de miofibrilas (LAGEMANN, 
2015). 
 
Perimísio: envolve cada pacote 
muscular; indonésio: reveste cada 
fibra muscular; fascículo: feixe mus-
cular: Epimeteu: é uma fáscia, en-
volve todo o músculo. 
 
 
 
Fonte: http://passeidireto.com 
 
 
 17 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Assim, cada miofibrila, apre-
sentada lado a lado possuindo cerca 
de 1.500 filamentos de miosina, por 
outro lado, possui o dobro de fila-
mentos de actina, estes são amplas 
moléculas responsáveis pela contra-
ção muscular. 
 
As miofibrilas estão suspensas 
no interior da fibra muscular 
numa matriz denominada sar-
coplasma. Dos elementos intra-
celulares o mais importante no 
controle da contração muscular 
é o retículo sarcoplasmáticos. 
De modo que os tipos de mús-
culos de contração mais rápida 
apresentam retículos sarco-
plasmáticos especialmente ex-
tensos, indicando que essa es-
trutura é importante na produ-
ção de uma contração muscular 
rápida. O mecanismo de con-
tração muscular acontece por 
deslizamento dos filamentos de 
actina e miosina. Na função 
normal do corpo, as fibras mus-
culares esqueléticas são excita-
das por fibras nervosas mielini-
zadas. Estas se reúnem às fibras 
musculares esqueléticas na jun-
ção neuromuscular. Por esta ra-
zão, o potencial de ação pro-
paga-se do meio das fibras em 
direção às duas extremidades. 
A contração muscular depende 
da energia fornecida pela ATP. 
A maior parte desta energia é 
utilizada para estimular o desli-
zamento dos filamentos de ac-
tina e miosina. A quantidade de 
ATP, presente na fibra muscu-
lar, todavia é suficiente para 
manter uma contração menos 
de um segundo (GUIMARÃES, 
et al. 1995). 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com 
 
 
 18 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Biomecânica estará sujeito ao 
emprego que o músculo exerce. A 
forma do músculo obedece com a 
função que ele desempenha, dessa 
forma: 
 Os músculos longos como os 
situados nos membros, ligam 
compridas alavancas em mo-
vimentos de grande intensi-
dade. 
 Os músculos curtos, que estão 
envolto as articulações e a co-
luna vertebral, caracteriza-se 
pela potencialidade no seu 
grau de contração (texeira, 
s/d). 
 
Grau e Força de Contração 
 
 Os aspectos que determinam 
a força da contratura de um músculo 
são: 
 O arranjo das fibras muscula-
res; 
 Diâmetro transversal do mús-
culo. 
 
 
Note que quando as fibras 
musculares estão organizadas longi- 
tudinalmente como um fascículo 
tem a possibilidade de se contrair 
juntas, como se formassem uma úni-
ca fibra, potencializando a força que 
pode ser realizada por estas fibras 
musculares. 
 
Assim como a força de contra-
ção muscular está também inti-
mamente relacionada com o di-
âmetro transversal do músculo. 
De modo que, quando se asso-
ciam estes dois fatores diâme-
tro e o comprimento e o com-
primento das fibras musculares 
e sua relação com o eixo de con-
tração muscular, nós temos as 
duas variáveis que determinam 
o grau de força muscular (GUI-
MARÃES, et al. 1995). 
 
Dessa forma, a força de um 
músculo é será diretamente propor-
cional a seu diâmetro. 
 
Ação Alavanca 
 
O elemento alavanca entra na 
expansão e força do movimento rea-
lizado pelo músculo. De dois múscu-
los de forças iguais atravessando e 
operando em uma mesma articula-
ção, o que tiver inclusão mais pró-
xima à articulação fará menor agita-
ção de alavanca e, deste modo, lan-
çará movimento com menos intensi-
dade do que aquele que tiver inclu-
são mais longe da articulação. 
Via de regra, os músculos se 
inserem na parte mais curta da ala-
vanca óssea para possibilitar e sim-
plificar que os movimentos ocorram 
mais rapidamente. 
 
Unidades Motoras 
 
Observe que não é somente os 
nervos que se ramificam nos múscu-
los, entretanto as fibras nervosas in-
dividuais além disso o fazem, de for-
ma que uma simples fibra nervosa, 
 
 19 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
por meio de múltiplas ramificações, 
finaliza em certo número de fibras 
musculares. 
Assim, um grupo de fibras 
musculares inervado por meio de 
uma única fibra nervosa é o que cha-
mamos de unidade motora e con-
cebe a menor parte do músculo que 
pode ser contraída solitariamente. 
 
 
Fonte: https://www.semanticscholar.org/ 
 
Suprimentos Sanguíneos 
 
Observe que o tecido muscular 
estará sujeito ao seu suprimento 
sanguíneo para conduzir para den-
tro de si o oxigênio e a glicose, indis-
pensáveis para ocorrer a contração e 
drenar os metabólitos resultantes. 
Note que caso haja um suprimento 
sanguíneo diminuído será marcado 
por dor muscular, acelerada perda 
de força de contração e pelo cansaço 
fácil visivelmente como implicação 
de acumulo de metabolitos. 
Assim, o músculo é uma estru-
tura expressamente vascularizada 
pela ampla atividade metabólica que 
necessita desenvolver. O tendão, em 
afronte com o tecido muscular, pos-
sui suprimento sanguíneo muito in-
suficiente, inteiramente conforme o 
fato de o tendão, em seu maior com-
ponente por não ser um componente 
 
 20 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
tão ativo e ter atividade metabólica 
baixa. 
 
Os vasos sanguíneos que nu-
trem os tendões, geralmente, 
provem do tecido muscular que 
deu sua origem, mas se os ten-
dões forem muito longos, ha-
verá não só vasos importantes 
que continuam do músculo, e 
geralmente, se situam na super-
fície do tendão, mas também 
outros vasos longitudinais a in-
tervalos regulares, a longo do 
curso do tendão ou, ainda, po-
dem entrar pela inserção do 
osso ou próximo. Os processos 
metabólicos aumentados, rela-
cionados com a cicatrização, 
demandam suprimento sanguí-
neo adequado, e é bem sabido 
que os tendões com melhor su-
primento cicatrizam mais de-
pressa e, geralmente, com me-
lhores resultados que os que de-
pendem de longos canais para 
supri-los (TEIXEIRA, s/d). 
 
Estruturas e Função dos Ten-
dões 
 
Os tendões incidem em feixes 
paralelos formado por fibras colage-
nosas densas. Os amplos feixes que 
formam o tendão são paralelos, note 
que cada grande feixe se forma de 
outros menores que se entretêm de 
maneira que a contração das fibras 
musculares sobre o tendão seja la-
vrada por meio do feixe todo e não 
concentradas em fibras isoladas. 
 
 
Fonte: http://www.acessoedu-
car.com.br/materias/biologia/evoulu-
cao2.pdf 
 
As fáscias, estruturas do tecido 
conjuntivo, anexas aos múscu-
los e tendões, também propor-
cionam maior rendimento me-
cânico para atividade muscular. 
Semelhante aos tendões são as 
aponeuroses; enquanto os ten-
dões são cilíndricos ou tem for-
ma de fita, as aponeuroses são 
membranas achatadas. Tanto 
os tendões quanto as aponeuro-
ses são constituídos por uma 
variedade especial de tecido 
conjuntivo com grande número 
de fibras, o que determina sua 
resistência. Os tendões permi-
tem a inserção do músculo no 
osso e principalmente diminui 
a área de fixação muscular 
(GUIMARÃES, et al. 1995). 
 
 
 
 21 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Movimento 
 
Dessa forma, a ação de um 
músculo é realizada pelo resultado 
de suacontração; em regra, é me-
dida em termo de inflexão e exten-
são. Sendo raro um músculo se con-
trai sozinho, mesmo que seja um 
simples movimento, porquanto, em 
ação diversos grupos musculares, 
com o agenciamento do sistema ner-
voso. 
 
 
Fonte: https://www.anatomia-papel-
e-caneta.com 
Note que o músculo ou múscu-
los que de maneira suposta produ-
zem um movimento comumente 
chama-se agonistas ou movimentos 
primários. Logo, flexionar o ante-
braço demanda a contração do bí-
ceps e do mesmo modo o relaxamen-
to do tríceps, assim como a contra-
ção do tríceps gera o movimento 
oposto. 
 
 
Fonte: 
http://estacio.webaula.com.br/cur-
sos/go0130/aula2.html 
 
Portanto ele funciona como an-
tagonista do bíceps e o músculo 
braquiorraquial como sinér-
gico. Ao mesmo tempo em que 
o músculo agonista se contrai, 
outros músculos também se 
contraem para auxiliar ou man-
ter o movimento; por exemplo, 
os músculos da articulação do 
ombro se contraem para fixar o 
braço quando o antebraço é fle-
tido e estendido; os fletores e 
extensores do pulso se con-
traem para estabiliza-lo numa 
posição favorável quando os de-
dos devem cerrar-se fortemente 
quando acontece quando um 
trabalhador usa a chave de 
fenda para parafusar. Tais mús-
culos são convenientes conheci-
dos como músculos fixadores, 
 
 22 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
porque imobilizam uma região 
do corpo, proporcionando 
apoio para movimentos de ou-
tros músculos (TEIXEIRA, 
s/d). 
 
Alongamento e Encurtamento 
dos Músculos 
 
O grau de encolhimento de um 
músculo é estabelecido pelo compri-
mento dos feixes musculares em 
meio a seus tendões. A relação apro-
priada em meio à ação muscular e 
tamanho da fibra-feixe atinge-se ge-
ralmente ao longo dos estágios de 
desenvolvimento, entretanto depen-
de das alterações ao longo da vida 
pós-natal. 
Do mesmo modo, os contorci-
onistas que podem fazer movimen-
tos além dos limites obtidos pela 
maior parte das pessoas, com obvie-
dade por desenvolveram por meio 
da prática, o alto grau de relaxamen-
to e a contração que se pode alcançar 
pelo músculo. 
 
Do mesmo modo, feixes de um 
músculo que durante conside-
rável período de tempo nunca 
alcançara seu limite de estira-
mento e contração, tendem a 
tornar-se mais curtos, de tal 
modo que a contração aproxi-
mada de 50% deste compri-
mento, constantemente encur-
tado, é suficiente para realizar o 
movimento desejado, este en-
curtamento mais ou menos per-
manente, de um músculo é co- 
 
nhecido como contratura. 
Quando um músculo é usado de 
forma incompleta, se produzirá 
também uma contratura im-
portante porque resulta de esti-
ramento inadequado e contra-
ção limitada de um músculo 
imobilizado (VICELLI, 2012). 
 
Articulações 
 
Assim, é através da união ou 
justaposição de dois ou mais ossos, 
sem a vinculação óssea, por meio 
das articulações, não seria plausível 
o desenvolvimento do esqueleto. As 
articulações possuem ainda a finali-
dade de possibilitar o crescimento 
ósseo. 
 
Generalidades Sobre as Articu-
lações 
 
No corpo humano há pouco 
menos de 190 articulações. Sendo 
que estas proporcionam a movimen-
tação e estabilidade ao nosso corpo. 
As articulações podem ser qualifica-
das de diversas formas, do ponto de 
vista: 
 Embriológico: pertinente ao 
desenvolvimento da articula-
ção; 
 Morfológico: correlacionado 
com a estrutura artificial ou; 
 Fisiológico: correlacionado 
com a função ou movimento 
da articulação. 
 
 
 
 23 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Elementos Articulares 
 
Note que a articulação não é 
somente o ponto de união, é um con-
junto de componentes anatomica-
mente bem acentuados. Estes com-
ponentes variam de acordo com a 
função que desempenham. Logo, 
devem haver três componentes bási-
cos na construção de uma articula-
ção: 
 Superfície óssea; 
 Partes moles interósseas; 
 Partes moles periféricas. 
 
Assim, a superfícies óssea que 
compõem as margens da articulação 
diversificam muito quanto à forma. 
Via de regra, tem correspondência 
entre uma das bordas e a outra, com 
o encargo de facilitar o encaixe. Por 
exemplo, se uma superfície articular 
é côncava a superfície antagônica 
terá a forma correspondente bojuda 
e do mesmo modo o inverso. 
 
A forma das extremidades ós-
seas é fundamental para deter-
minar os diferentes tipos de 
movimento. Os movimentos 
podem ser mais amplos, quan-
do as duas extremidades que se 
juntam têm a forma de meia 
lua, como na articulação da co-
xa com o quadril. Partes moles 
interósseas, nas articulações 
moveis, que são as mais com-
plexas, as extremidades articu-
lares dos ossos são amplas e re-
vestidas por uma camada de te-
cido cartilaginoso. Entre estas 
duas superfícies ósseas está a 
cartilagem articular, que é um 
tecido esbranquiçado, sólido, 
mas flexível. A relativa elastici-
dade deste tecido permite que 
ele se estire sem se romper, vol-
tando ao estado anterior quan-
do cessam as pressões. Partes 
molas periféricas: constituídas 
por tendões, ligamentos, mús-
culos, que reforçam a articula-
ção e facilitam os movimentos 
(TEIXEIRA, s/d). 
 
Postura no Trabalho 
 
As pesquisas apontam que a 
maior parte dos trabalhos é execu-
tada de tal maneira que o indivíduo 
sustenta uma postura-base ao longo 
de quase totalidade do tempo fique 
em pé, sentado ou trocando de posi-
ção sentada com a de pé. 
De qualquer maneira, sentado, 
em pé ou variando, o trabalho sem-
pre vai demandar movimentação 
das articulações, desde dos mem-
bros superiores da coluna, assim co-
mo os membros inferiores. Para rea-
lizar o trabalho apropriadamente, o 
trabalho necessita ser feito realizado 
se a força apropriada e possuindo 
uma boa coordenação dos movi-
mentos. 
 
Os Sistemas de Alavanca no 
Organismo 
 
Considerando a funcionali-
dade, o homem trabalha como uma 
máquina, que tem representados 
 
 24 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
múltiplos sistemas de alavancas que 
induzem a sua movimentação. 
 
Isso fica claro, quando lembra-
mos que existe, no corpo hu-
mano, uma estrutura sólida e 
rígida formada pelos ossos, um 
ponto de apoio sobre o qual o 
osso se movimenta, que são as 
articulações, e um elemento 
que exerce a força para o deslo-
camento do osso, os músculos. 
Realmente, os nossos ossos, 
músculos e articulações não 
passa de uma série de sistemas 
de alavancas (TEXEIRA, s/d). 
 
 
 
Fonte: https://variosexemplos.blogspot.com/ 
 
 
A posição em Pé 
 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com 
 
 25 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
Note que a posição em pé é, em 
regra, utilizada quando existe preci-
são de maior mobilidade, mudança 
frequente de lugar ou de posição ao 
longo do trabalho. Representa a dis-
posição de maior consumo de ener-
gia e de maior sobrecarga para as 
distintas estruturas envolvidas em 
conservá-la. 
 
A posição em pé é o resultado 
de diversos sistemas de alavan-
cas de primeiro grau, cujo re-
sultado é uma situação de equi-
líbrio entre os músculos postu-
rais. Assim, ao nível do tornoze-
lo, a contração Tonica dos mús-
culos da panturrilha mantém a 
articulação equilibrada no joe-
lho a contração dos músculos é 
contrabalançada pela contração 
do quadríceps, mantendo os 
membros inferiores eretos; a 
nível da coluna lombo-sacra, os 
músculos dorsais também estão 
em estado de contração man-
tendo o tronco ereto. O organis-
mo mantém continuamente es-
te estado de contração generali-
zada sem uma fadiga mental, 
devida a uma descarga repeti-
tiva dos neurônios alfa anterior 
da medula, em consequência de 
um ajuste prévio feito através 
da estimulação dos fusos mus-
culares (VICELLI, 2012). 
 
Logo, esta é uma circunstância 
em que os músculos posturais am-
param o corpo contra a gravidade, 
sem deterioração psíquica. Cada 
fuso é formado por cerca de 3 a 10 
pequenas fibras musculares. 
 
Ponto de Conforto 
 
Quando a pessoa trabalha em 
pé, permanecendo na mesma posi-
ção porum longo tempo, para se 
sustentar confortavelmente nesta 
disposição terá que utilizar díspares 
mecanismos como: 
 
1-Fazer, de forma automática, 
uma alternância na distribuição 
dos pesos entre um pé e o outro, 
diminuindo a fadiga final; 
2-Depois de certo tempo, deve 
desenvolver um balanço circu-
lar da cabeça e do tronco, ba-
lanço este que é tanto mais in-
tenso quanto mais prolongado 
é a posição de pé parado, e que 
representa em grande parte, da 
sensibilidade do sistema de re-
gulação do tônus dos músculos 
posturais, que promove essa al-
ternância no sentido de evitar a 
fadiga localizada, e a diminui-
ção do fornecimento de oxigê-
nio para a área que estava con-
traída (TEIXEIRA, s/d). 
 
Poderíamos articular que 
quando a pessoa necessita trabalhar 
em pé e com determinado grau de 
inclinação, uma disposição adequa-
da é aquela em que o corpo está de-
licadamente deslocado para frente 
entre 10 e 15 graus. Todavia, a dispo-
sição em pé mais inapropriada é 
aquela que determina que o tronco 
permaneça um pouco inclinado para 
trás, porquanto, nesse contexto, não 
existe apoio da parte posterior do pé 
 
 26 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
(calcanhar) e existe pouca chance de 
variar de posição. Nesses episódios, 
a fim de acautelar fadiga, o corpo ne-
cessita ser amparado por um sinto 
de segurança. 
 
 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/617345061415270461/ 
 
A Circulação 
 
Carece ser ressaltado que o vo-
lume de sangue, nos extremos infe-
riores, acresce em 500 e 600 centí-
metros cúbicos em disposição ereta. 
 
Esse sangue provem, principal-
mente, do reservatório pulmo-
nar e das cavidades cardíacas; 
por esta razão, quando o indiví-
duo passa subitamente para a 
posição em pé, pode ocorrer hi-
potensão ortostática, devido à 
 
 27 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
adaptação inadequada do re-
fluxo dos pressorreceptores. A 
resposta normal é um discreto 
aumento da frequência cardí-
aca sem alteração ou com pe-
queno aumento da pressão ar-
terial. Trabalho em posição ere-
ta, sem mudar de lugar, deve 
ser evitado, como acontece com 
os indivíduos que trabalham de 
segurança ou sentinelas devido 
á possibilidade de um colapso 
ortostático (TEIXEIRA, s/d). 
 
Outros Efeitos 
 
A maior parte do peso do cor-
po advém sobre a junção lombo-sa-
cra; e essa carga extra significará ser 
maior quanto mais obeso for a pes-
soa. Logo, a pessoa a trabalha em pé, 
do mesmo modo, desempenha força 
na musculatura dos membros supe-
riores, isso pode desvirtuar à ampli-
ação da pressão interabdominal, 
com a manifestação de hérnia, caso 
exista franqueza da parede. 
 
Doenças que Possibilitam Tra-
balho em Pé 
 
São contraindicações para tra-
balhar na posição em pé as pessoas 
que possuem as seguintes doenças: 
 Alterações ósseas funcional-
mente importante, tais como 
diferença de comprimento dos 
membros inferiores; 
 Alterações articulares funcio-
nalmente importantes, tais 
como alterações coxofemorais 
joelhos dolorosos; 
 Alterações nervosas funcional-
mente importantes para os 
membros anteriores Parkin-
son. 
 
Alterações circulatórias, tais 
como varizes: 
 Excesso de peso; 
 Hérnia inguinais; 
 Cravos plantares; 
 Unhas encravadas (TEIXEI-
RA, s/d). 
 
Ainda, existe as contraindica-
ções citadas acima necessitam servir 
somente como orientação. 
 
A Posição Sentada 
 
É a posição apropriada para os 
trabalhadores que não realizam 
muito movimento ou alguma ativi-
dade física, porquanto permite bom 
equilíbrio do corpo, com pequena 
sobrecarga estática, rara sobrecarga 
da circulação e boa organização de 
movimentos. 
 
Essa posição é ideal para o tra-
balho, desde que a cadeira, a 
mesa e as partes das máquinas 
que devam ser manobradas ou 
supervisionadas se encontrem 
em distância e posição adequa-
das. Assim, somente os múscu-
los do tronco, bacia e da coxa 
realiza esforço estático para 
manter o corpo nessa posição. 
A posição ideal, isto é, aquela 
em que os músculos do tronco 
são menos solicitados, é com li-
geira cifose na altura da coluna 
 
 28 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
lombar. Sentado e com posição 
bem ereta do tronco, os múscu-
los sofrem esforço maior. Para o 
motorista, por exemplo, é, além 
da atenção, o esforço estático o 
fator mais cansativo, especial-
mente quando o assento e o en-
costo ou hábito de sentar são 
inadequados (TEIXEIRA, s/d). 
 
Pontos de Apoio 
 
Quando a pessoa está na posi-
ção sentada, 50% do peso corpóreo 
reincide sobre as tuberosidades is-
quiáticas, sendo que 34% sobre a re- 
gião póstuma das coxas e por fim 
16% na planta dos pés. 
 
A contração estática da muscu-
latura do dorso é muito peque-
na se o encosto que constituem 
o apoio das costas, tiver sido 
bem desenhado. Ao contrário, 
grande esforço será desenvol-
vido, podendo aparecer fadiga, 
se o encosto não tiver um dese-
nho adequado, de modo que os 
ossos ísquios estejam colocados 
de forma adequada já que são 
os pontos de apoio do tronco na 
posição sentada (PATUSSI, 
2005). 
 
 
Fonte: https://www.pinterest.es/pin/740138520003851555/ 
 
 
 
 
 
 
 29 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/792000284459583548/ 
 
Levantamento de Peso 
 
 
Fonte: https://www.linkedin.com/ 
 
Note que o problema lesões 
motivadas por levantamento errado 
de peso permanecem sendo uma das 
maiores causa em todos os países. 
Embora, estamos passando pela ten-
dência da mecanização de diversos 
 
 30 
FISIOLOGIA DO TRABALHO 
setores do mercado, ainda em diver-
sos lugares as atividades continuam 
sendo realizadas pelo homem no lu-
gar da máquina, porquanto diversas 
vezes com cargas muito acima dos li-
mites toleráveis a serem levantadas 
e carregadas. 
Outro aspecto que tende a ele-
var a incidência de lesões é o levan-
tamento incorreto de pesos, mesmo 
estando abaixo dos limites permissí-
veis. Conforme, as estatísticas ame-
ricanas, uma informação importan-
te é que cada pessoa que se afasta do 
trabalho, é devido a acidentes desse 
tipo, além disso, permanece afas-
tado em média 57 dias. 
 
Mesmo com o levantamento de 
peso correto, se o peso for ex-
cessivo, pode haver comprome-
timento do disco intervertebral, 
com possível rompimento do 
mesmo. O efeito mais sério é a 
hérnia de disco, que é o resul-
tado do rompimento da mem-
brana fibrosa do disco inverte-
bral, com extravasamento para 
o canal vertebral do núcleo pol-
poso, e levado ao aparecimento 
de fenômenos sensitivos e mo-
tores consequentes à compres-
são radicular. Aa vezes a hérnia 
de disco é desencadeada pelo 
esforço errado ou excessivo, 
quando o disco está evoluindo 
para a degeneração, ele pode se 
arrebentar diante de um esfor-
ço não muito grande. A lombal-
gia simples é uma ocorrência 
menos grave nestes casos (TEI-
XEIRA, s/d) 
 
Regras de Levantamento de 
Peso 
 
Por fim, demonstrarei as re-
gras de levantamento de peso de 
modo correto, a fim de evitar lesões: 
 Avaliar o local, se o chão apre-
senta firmeza para os pés ou se 
existe presença de óleo, bura-
cos, etc., empecilhos, se o cal-
çado é apropriado, luvas apro-
priadas. 
 Conservar a coluna reta, na 
disposição mais vertical ad-
missível, 
 Afastando os membros inferi-
ores e alocando um pé um 
pouco à frente do outro, en-
volto a carga, o indivíduo au-
menta o apoio de sustentação, 
aprimorando sua base ao lon-
go do levantamento. 
 Dobra-se, dessa forma, os joe-
lhos, esforço desenvolvido pe-
las coxas. 
 Pega-se a carga, alocando-a 
sobre uma das coxas, o mais 
próximo plausível do corpo. 
Mesmo que seja imprescindí-
vel uma certa inclinação para 
frente, precisa-se ter cuidado 
para não dobrar a coluna ao 
plano da junção lombo-sacral. 
Dá-se oportunidade de haver 
um período de descanso entre 
esta primeira fase e a fase pos-
terior. 
 A segunda fase do levanta-
mento incide em elevar o cor-
po, empunhando a carga que 
está acoplado ao tórax e levan-
 
 31FISIOLOGIA DO TRABALHO 
ta-se o corpo, empregando os 
fortes músculos dos membros 
inferiores. 
 De mão do material a ser car-
regado, a pessoa necessita dar 
passos firmes e acautelados 
até alcançar a disposição final. 
Caso a extensão a ser percor-
rida seja grande, necessita-se 
realizar pausas. 
 
Note que ainda que os valores 
aceitáveis de acordo com a OIT de 
levantamento de peso é: 
 Um homem adulto poderia fa-
zer o levantamento de peso 
contingente de no máximo 
50kg, em contrapartida uma 
mulher adulta poderia levan-
tar 20kg. Ainda, caso os levan-
tamentos de peso seja fre-
quente e continuo, um homem 
adulto poderá levantar somen-
te 18kg e a mulher 12 kg. 
 
Materiais Complementa-
res 
 
Links “gratuitos” a serem con-
sultados para um acrescentamento 
no estudo do aluno de assuntos que 
não poderão ser abordados na apos-
tila em questão: 
 
Ergonomia e fisiologia do trabalho 
 
Fisiologia-trabalho-eduardo_c_ba-
tiz.pdf 
 
Meio e normas do homem no traba-
lho 
 
Manual de ergonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://d3eaq9o21rgr1g.cloudfront.net/aula-temp/132912/00000000000/curso-24567-aula-00-v2.pdf?Expires=1606912911&Signature=bDfLTZtxe36Sm3RliBcca9w3Q9uyZqXGLLCiKpGox9XtcqK5bWJMbvhjA4KOynz9n~t23WnnJt6HlSm8hzb8yBgVkVkR1F7IOmHUB75mSQ4rewK0oQ0V77OUlfvfrkzdbOaSaqiMXVvdgieX3m3zB55ks5YxCRwxXVPrAWCE5l2IinYmkfCCr62P4WKvklD04mseo1wPKMmlUg89OPbetuPmJBRgNO91Upu3hrQpvnIDNACKPVQI0zI69kiGUUh~pkwtoLDkl0MGg~uuG443bqypyhtfTkCXMjmdmoUzGjmPGPlIQu9tBz9rEE5YAeDN4XWFm6hLbj6dwYxqewFDsA__&Key-Pair-Id=APKAIMR3QKSK2UDRJITQ
http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5681_12/fisiologia-trabalho-eduardo_c_batiz.pdf
http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5681_12/fisiologia-trabalho-eduardo_c_batiz.pdf
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/download/8643999/11448
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https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=VhB0DgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=fisiologia+do+trabalho&ots=Gt1k6ABQKQ&sig=XcT2CvoLL9gBb7xf327sxqVJTWY
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FISIOLOGIA DO TRABALHO 
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 03
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