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Fisiologia do Trabalho 02 1. Introdução 4 2. O Organismo e a Ergonomia 10 3. Fisiologia do Trabalho 15 Fisiologia do Sistema Muscular 15 Grau e Força de Contração 18 Ação Alavanca 18 Unidades Motoras 18 Suprimentos Sanguíneos 19 Estruturas e Função dos Tendões 20 Movimento 21 Alongamento e Encurtamento dos Músculos 22 Articulações 22 Generalidades Sobre as Articulações 22 Elementos Articulares 23 Postura no Trabalho 23 Os Sistemas de Alavanca no Organismo 23 A posição em Pé 24 Ponto de Conforto 25 A Circulação 26 Outros Efeitos 27 Doenças que Possibilitam Trabalho em Pé 27 A Posição Sentada 27 Pontos de Apoio 28 Levantamento de Peso 29 Regras de Levantamento de Peso 30 4. Referências Bibliográficas 33 03 4 FISIOLOGIA DO TRABALHO 1. Introdução Fonte: SMC1 ote que as condições de traba- lho abarcam diversos fatores pertinentes ao levantamento de pe- so, transporte e carga/descarga de materiais, mobiliário, aparelhamen- tos e condições do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Então veremos que a ergono- mia estuda diversos fatores, tais co- mo: Postura e movimentos corpo- rais, os quais podem ser assim relacionados - sentados, em pé, puxando e levantando car- gas, empurrando. Fatores ambientais - evidenci- ados através de ruídos, vibra- 1 Retirado em https://www.simec.com.br/?area=ver_noticia&id=8481&titulo=meta-9-acoes-para- garantir-boa-condicao-de-trabalho-ao-brasileiro ções, iluminação, clima e agentes químicos. Informações, captadas por meio da audição, visão e de- mais sentidos (HOLLER, 2016). A ergonomia ainda aborda co- nhecimento de díspares campos ci- entíficos, como a antropometria, bi- omecânica, toxicologia, engenha- rias, entre outros. Assim, a impor- tância da ergonomia está nos subsí- dios para promover a segurança, tais como o bem estar das pessoas e por conseguinte a eficácia dos sistemas cujos estão envolvidas. Os ergonô- micos são os aspectos que podem N 5 FISIOLOGIA DO TRABALHO proporcionar a integridade física ou mental do trabalhador, o que pode acarretar desconforto ou provocar doenças. São aspectos psicofisiológicos pertinentes ao trabalho que o ser hu- mano fica exposto ao longo dos exer- cícios de seus afazeres trabalhistas. São considerados riscos ergonômi- cos: Controle rígido de produtivi- dade; Esforço físico; Imposição de rotina intense; Jornada de trabalho prolon- gada; Levantamento de peso; Monotonia e repetitividade; Postura inadequada; Situação de estresse; Trabalhos em período notur- no. Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtivi- dade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço fí- sico, dores musculares, hiper- tensão arterial, alteração do so- no, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do apare- lho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do traba- lhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, me- lhores condições no local de trabalho, modernização de má- quinas e equipamentos, melho- ria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequa- das, postura adequada, etc (HOLLER, 2016). Logo, trata-se de uma discipli- na apontada para uma abordagem sistemática de todos os fatores da atividade humana. Para darem con- ta da intensidade dessa dimensão e poderem interferir nas atividades do trabalho é necessário que os ergono- mistas possuam uma abordagem holística de todo a área de ação da disciplina, tanto em seus fatores físi- cos e cognitivos, bem como sociais, organizacionais, até mesmo os am- bientais, etc. Repetidamente esses profissi- onais interferem em esferas particu- lares da economia ou em domínios de aproveitamento específicos. Es- ses últimos caracterizam-se pela sua constante transformação, com a concepção de novos domínios de aplicação ou do aprimoramento de outros mais antigos. Via de regra e conforme a dis- posição de Abergo (2013), são cam- pos de atuação da especialização da ergonomia: 6 FISIOLOGIA DO TRABALHO Ergonomia física - a qual está relacionada com as característi- cas da anatomia humana, an- tropometria, fisiologia e biome- cânica em sua relação à ativi- dade física. De forma que os te- mas relevantes abrangem o es- tudo da postura no trabalho, manejo de materiais, movimen- tos repetitivos, distúrbios mus- culoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia cognitiva - refere-se aos processos mentais, tais co- mo percepção, memória, racio- cínio e a forma de como afetam as interações entre seres huma- nos e diferentes elementos de um sistema. Neste sentido res- salta-se o estudo da carga men- tal de trabalho, tomada de deci- são, desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento. Ergonomia organizacional – re- portar-se à otimização dos sis- temas sócio técnicos, abrangen- do suas estruturas organizacio- nais, políticas e de processos, principalmente através das co- municações, projeto de traba- lho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos pa- radigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizaci- onal, organizações em rede e gestão da qualidade (HOLLER, 2016). Ainda, devemos orientar que a contribuição ergonômica será se- gundo o andamento em que é con- cretizada, classifica-se em: Ergonomia de concepção; Ergonomia de correção; Ergonomia de conscientiza- ção. Fonte: http://segurancadotrabalhoacz.com.br 7 FISIOLOGIA DO TRABALHO Ergonomia de concepção - ocorre quando a contribuição ergonômica se faz durante a fase inicial do projeto do pro- duto, da máquina ou do ambi- ente. Ou seja, na fase em que uma atividade está sendo proje- tada. Esta é a melhor situação, pois as alternativas poderão ser amplamente examinadas, mas também se exige maior conhe- cimento e experiência, porque as decisões são tomadas em ci- ma de situações hipotéticas. Ergonomia de correção – é apli- cada em situações reais, já exis- tentes, para resolver problemas que se refletem na segurança, na fadiga excessiva, em doenças do trabalhador ou na quanti- dade ou qualidade da produção. O objetivo dessa avaliação é de- tectar problemas relacionados aos processos de trabalho e pro- por soluções para esses proble- mas. Ergonomia de conscientização - Muitas vezes, os problemas er- gonômicos não são completa- mente solucionados, nem na fa- se de concepção e nem na fase de correção (HOLLER, 2016). Ainda, devemos considerar que os novos problemas poderão aparecer a qualquer tempo, por cau- sa do desgaste natural das máquinas e equipamentos, afora das altera- ções introduzidas pelos serviços de manutenção, modificação dos pro- dutos e admissão de novos equipa- mentos. Pode-se proferir que o sistema e os locais de trabalho são análogos a organismos vivos em constante modificação e adequação. Dessa ma- neira, é importante conscientizar o operador através de cursos e treina- mento, o que chamamos de educa- ção continuada ou reciclagem. Por fim, ensinando-o a traba- lhar de maneira segura, reconhecen- do os fatores de risco que podem aparecer, a qualquer período de tempo, no local de trabalho. Nesse contexto, ele necessita saber exatamente qual a decisão que deve ser tomada caso exista algum risco o mapa de risco, sinais,placas, etc. presente em seu local de traba- lho, assim como interpretar. Por exemplo: desligar a maquinário e acionar a equipe de manutenção ou socorro. 8 FISIOLOGIA DO TRABALHO Fonte: http://areaseg.com 10 FISIOLOGIA DO TRABALHO 2. O Organismo e a Ergonomia Fonte: Shia today2 idal (2012), vai nos explicar que: Suponha um trabalhador di- ante de um microcomputador: monitor, teclado, mouse, mesa, assento formam um conjunto nem sempre harmônico. As pessoas trabalham com um 386, 486, Pentium, KM-6, rápi- dos, coloridos, em ar condicio- nado, em móveis Rodoflex by Cristina. Mas a pessoa se queixa de dores lombares, nas mãos, no pescoço. Alguém sabe expli- car o porquê? Vejamos uma grande confecção onde a produ- ção acontece num galpão de 2 Retirado em http://www.shia-today.com grande porte. Impera o ruído das máquinas de corte, pespon- to, costura, acrescidos do calor resultante da própria edificação e das prensas de acabamento. Os resíduos têxteis formam uma poeira que reduz a ilumi- nação geral obrigando a que cada posto tenha uma ilumina- ção local que aumenta ainda mais a contrante térmica e compromete a qualidade do ar. Assim, o ambiente se caracte- riza também pelo odor de tecidos novos, alguns com muito ou pouco tempo de saída da tinturaria. Logo, V 11 FISIOLOGIA DO TRABALHO esta indústria terá a certificação ISO-9000 e não compreende porque auferiu uma notificação da DRT. Então, as tarefas do cotidiano podem ser muito injustas com um motorista de caminhão de fretes por exemplo, diversas vezes ofendido por pessoas que seguramente igno- ram que para afora do acelerar e tro- car marchas, frear ou mesmo estaci- onar, essas tarefas tem dimensões fí- sicas como carga e descarga, assim as dimensões mentais ficam mais complexas e urgentes devido à afir- mação de itinerários sob aperto do horário de entrega, mediante a con- tingências como congestionamentos e outros caminhões de entrega. Sem falar que terá instâncias afetuosas importantes, visto tudo is- so se dá como dizemos por “barbei- ros, navalhas e mauricinhos”, tendo ao fundo o aprazível concerto ur- bano de buzinas, além de comentá- rios sobre a sua condição em tenor, contralto e sopranos, tudo isso transcorrido por meio da “suavidade diáfana” de motores desregulados em funcionamento. Estes relatos acerca de cir- cunstâncias do cotidiano particular ou profissional de milhares de indi- víduos pelo mundo afora, desponta que a atividade bem-sucedida de ho- mens e mulheres, jovens e idosos, sãos ou enfermiços não é tão singelo como possa aparentar e que necessi- ta ser componente de determinado entendimento, de uma pesquisa mais elaborada. E é isso a que se su- gere a Ergonomia. Produzir esse entendimento pa- ra que as mudanças possam ser feitas, os projetos mais bem ela- borados e as decisões tecnológi- cas melhor assentadas. A saúde das pessoas, a eficiência dos serviços e a segurança das ins- talações estarão, a partir daí, sendo efetivamente incorpora- das à vida das organizações. Mas, o que é Ergonomia, efeti- vamente? Ergonomia, antes de mais nada, é uma atitude pro- fissional que se agrega à prática de uma profissão definida. Nes- te sentido é possível falar de um médico ergonomista, de um psicólogo ergonomista, de um designer ergonomista e assim por diante. Esta atitude profis- sional advém da própria defini- ção estabelecida pela Associa- ção Brasileira de Ergonomia, com base num debate mundial: A Ergonomia objetiva modifi- car os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele exis- tentes às características, habili- dades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro (ABERGO, 2000). Esta defini- ção que coloca finalidades - mo- dificar os sistemas de trabalho - propósitos - adequar a ativida- de às características, habilida- des e limitações das pessoas - e critérios - eficiência, conforto e segurança - necessita ser com- plementada por uma outra, que estabeleça qual a tecnologia a que a Ergonomia está referida ou que possua um referente de 12 FISIOLOGIA DO TRABALHO suas finalidades, propósitos e critérios (VITAL, 2012). Note que esta tecnologia é a metodologia de realização de inter- faces entre os indivíduos e os siste- mas, melhor articulando, estabele- cendo uma relação de ajustamento entre os fatores humanos coevos na atividade de trabalho e os demais elementos dos sistemas de produ- ção: Conteúdo do trabalho; Meio-ambiente; Organização; Softwares; Tecnologia física. Qualquer maneira a interação entre o elemento humano e os de- mais elementos do sistema de traba- lho versar-se-á em uma interface, sem que contenhamos fundamental- mente uma boa interface. As boas interfaces, isto é, apropriadas, aten- derão de maneira conjunta, integra- da e lógico os critérios de comodida- de, eficiência e segurança. Uma disciplina útil, prática e aplicada. A atitude profissional que caracteriza o ergonomista tem ao mesmo tempo uma di- mensão científica que traz fun- damento às aplicações de uma 13 FISIOLOGIA DO TRABALHO dimensão prática que torna es- sa aplicação viável no mundo da produção. A combinação das dimensões científicas e práticas da Ergonomia revela sua utili- dade como uma disciplina que nasceu e se estabelece voltada para resolver problemas, essen- cialmente. A ergonomia está, pois, exposta a dois tipos não coerentes de avaliação: avalia- ção sob critérios científicos acerca de suas modelagens e formulações de problemas do trabalho e avaliação sob crité- rios econômico-sociais do valor de suas propostas de soluções (VITAL, 2012). Logo, a superação desse duplo apontamento, deste paradoxo mani- festo está em uma compreensão so- bre a Ergonomia como disciplina be- névola, prática e diligente: Como disciplina útil, por meio de suas fór- mulas de modelagem da realidade da utilização e a incorporação de co- nhecimentos para a progresso das interfaces em meio aos elementos humanos e os demais componentes do sistema de produção, a Ergono- mia tem possuído bastante sucesso em se tratar de problemas onde ou- tros aspectos tem deixado a desejar. Como disciplina científica a Er- gonomia através do estudo das capacidades e limitações e de- mais características humanas necessárias para o projeto de boas interfaces, assim como busca modelar a atividade de trabalho para garantir a quali- dade operacional deste projeto. Para tanto ela situa num cruza- mento interdisciplinar entre várias disciplinas como Fisiolo- gia, a Psicologia, a Sociologia, a Linguística e práticas profissio- nais como a Medicina do Traba- lho, o Design, a Sociotécnica e as Tecnologias de estratégia e organização. Toda esta inter- disciplinaridade se centra no conceito de atividade de traba- lho, o verdadeiro objeto da Er- gonomia (VITAL, 2012). 15 FISIOLOGIA DO TRABALHO 3. Fisiologia do Trabalho Fonte: Inter Fisio3 Fisiologia do Sistema Mus- cular o organismo tem três tipos de músculos, sendo eles: Músculo cardíaco (coração); Músculo liso (achado em del- gadas lâminas que são compo- nentes da parede dos órgãos ocos, tais como trato digestivo e os vasos sanguíneos, tam- bém há o músculo voluntário, chamado de estriado); Os músculos estriados chegam a quase a 40%, os músculos li- sos de 10 a 15%, sendo que o 3 Retirado em http://interfisio.com.br músculo cardíaco corresponde a 5%do peso corpóreo do ser humano. Dessa forma, considerando o trabalho, o grupo muscular mais uti- lizado é o músculo estriado, logo, o abordamos sob díspares pontos de vista. Note que o músculo estriadoou voluntário, via de regra, denomi- nado músculo, forma um conjunto de fibras musculares voluntárias ajuntadas e envolvidas por tecido conjuntivo. A estrutura básica dos múscu- los esqueléticos é formada por N 16 FISIOLOGIA DO TRABALHO dois elementos, uma parte ativa e outra passiva. A ativa é onde há atividade metabólica res- ponsável pela contração mus- cular e a parte passiva está constituída pelos tendões onde há pouca atividade metabólica. Apesar da forma dos músculos variar, sendo ora finos e alonga- dos, ora achatados e largos to- dos são essencialmente simila- res na sua estrutura química. Todos os músculos esqueléticos do corpo estão constituídos por numerosas fibras musculares que variam entre 10 e 80 micrô- metros em diâmetro. Na maio- ria dos músculos, as filas se es- tendem por todo o comprimen- to do órgão. Cada fibra muscu- lar contém centenas a milhares de miofibrilas (LAGEMANN, 2015). Perimísio: envolve cada pacote muscular; indonésio: reveste cada fibra muscular; fascículo: feixe mus- cular: Epimeteu: é uma fáscia, en- volve todo o músculo. Fonte: http://passeidireto.com 17 FISIOLOGIA DO TRABALHO Assim, cada miofibrila, apre- sentada lado a lado possuindo cerca de 1.500 filamentos de miosina, por outro lado, possui o dobro de fila- mentos de actina, estes são amplas moléculas responsáveis pela contra- ção muscular. As miofibrilas estão suspensas no interior da fibra muscular numa matriz denominada sar- coplasma. Dos elementos intra- celulares o mais importante no controle da contração muscular é o retículo sarcoplasmáticos. De modo que os tipos de mús- culos de contração mais rápida apresentam retículos sarco- plasmáticos especialmente ex- tensos, indicando que essa es- trutura é importante na produ- ção de uma contração muscular rápida. O mecanismo de con- tração muscular acontece por deslizamento dos filamentos de actina e miosina. Na função normal do corpo, as fibras mus- culares esqueléticas são excita- das por fibras nervosas mielini- zadas. Estas se reúnem às fibras musculares esqueléticas na jun- ção neuromuscular. Por esta ra- zão, o potencial de ação pro- paga-se do meio das fibras em direção às duas extremidades. A contração muscular depende da energia fornecida pela ATP. A maior parte desta energia é utilizada para estimular o desli- zamento dos filamentos de ac- tina e miosina. A quantidade de ATP, presente na fibra muscu- lar, todavia é suficiente para manter uma contração menos de um segundo (GUIMARÃES, et al. 1995). Fonte: https://br.pinterest.com 18 FISIOLOGIA DO TRABALHO Biomecânica estará sujeito ao emprego que o músculo exerce. A forma do músculo obedece com a função que ele desempenha, dessa forma: Os músculos longos como os situados nos membros, ligam compridas alavancas em mo- vimentos de grande intensi- dade. Os músculos curtos, que estão envolto as articulações e a co- luna vertebral, caracteriza-se pela potencialidade no seu grau de contração (texeira, s/d). Grau e Força de Contração Os aspectos que determinam a força da contratura de um músculo são: O arranjo das fibras muscula- res; Diâmetro transversal do mús- culo. Note que quando as fibras musculares estão organizadas longi- tudinalmente como um fascículo tem a possibilidade de se contrair juntas, como se formassem uma úni- ca fibra, potencializando a força que pode ser realizada por estas fibras musculares. Assim como a força de contra- ção muscular está também inti- mamente relacionada com o di- âmetro transversal do músculo. De modo que, quando se asso- ciam estes dois fatores diâme- tro e o comprimento e o com- primento das fibras musculares e sua relação com o eixo de con- tração muscular, nós temos as duas variáveis que determinam o grau de força muscular (GUI- MARÃES, et al. 1995). Dessa forma, a força de um músculo é será diretamente propor- cional a seu diâmetro. Ação Alavanca O elemento alavanca entra na expansão e força do movimento rea- lizado pelo músculo. De dois múscu- los de forças iguais atravessando e operando em uma mesma articula- ção, o que tiver inclusão mais pró- xima à articulação fará menor agita- ção de alavanca e, deste modo, lan- çará movimento com menos intensi- dade do que aquele que tiver inclu- são mais longe da articulação. Via de regra, os músculos se inserem na parte mais curta da ala- vanca óssea para possibilitar e sim- plificar que os movimentos ocorram mais rapidamente. Unidades Motoras Observe que não é somente os nervos que se ramificam nos múscu- los, entretanto as fibras nervosas in- dividuais além disso o fazem, de for- ma que uma simples fibra nervosa, 19 FISIOLOGIA DO TRABALHO por meio de múltiplas ramificações, finaliza em certo número de fibras musculares. Assim, um grupo de fibras musculares inervado por meio de uma única fibra nervosa é o que cha- mamos de unidade motora e con- cebe a menor parte do músculo que pode ser contraída solitariamente. Fonte: https://www.semanticscholar.org/ Suprimentos Sanguíneos Observe que o tecido muscular estará sujeito ao seu suprimento sanguíneo para conduzir para den- tro de si o oxigênio e a glicose, indis- pensáveis para ocorrer a contração e drenar os metabólitos resultantes. Note que caso haja um suprimento sanguíneo diminuído será marcado por dor muscular, acelerada perda de força de contração e pelo cansaço fácil visivelmente como implicação de acumulo de metabolitos. Assim, o músculo é uma estru- tura expressamente vascularizada pela ampla atividade metabólica que necessita desenvolver. O tendão, em afronte com o tecido muscular, pos- sui suprimento sanguíneo muito in- suficiente, inteiramente conforme o fato de o tendão, em seu maior com- ponente por não ser um componente 20 FISIOLOGIA DO TRABALHO tão ativo e ter atividade metabólica baixa. Os vasos sanguíneos que nu- trem os tendões, geralmente, provem do tecido muscular que deu sua origem, mas se os ten- dões forem muito longos, ha- verá não só vasos importantes que continuam do músculo, e geralmente, se situam na super- fície do tendão, mas também outros vasos longitudinais a in- tervalos regulares, a longo do curso do tendão ou, ainda, po- dem entrar pela inserção do osso ou próximo. Os processos metabólicos aumentados, rela- cionados com a cicatrização, demandam suprimento sanguí- neo adequado, e é bem sabido que os tendões com melhor su- primento cicatrizam mais de- pressa e, geralmente, com me- lhores resultados que os que de- pendem de longos canais para supri-los (TEIXEIRA, s/d). Estruturas e Função dos Ten- dões Os tendões incidem em feixes paralelos formado por fibras colage- nosas densas. Os amplos feixes que formam o tendão são paralelos, note que cada grande feixe se forma de outros menores que se entretêm de maneira que a contração das fibras musculares sobre o tendão seja la- vrada por meio do feixe todo e não concentradas em fibras isoladas. Fonte: http://www.acessoedu- car.com.br/materias/biologia/evoulu- cao2.pdf As fáscias, estruturas do tecido conjuntivo, anexas aos múscu- los e tendões, também propor- cionam maior rendimento me- cânico para atividade muscular. Semelhante aos tendões são as aponeuroses; enquanto os ten- dões são cilíndricos ou tem for- ma de fita, as aponeuroses são membranas achatadas. Tanto os tendões quanto as aponeuro- ses são constituídos por uma variedade especial de tecido conjuntivo com grande número de fibras, o que determina sua resistência. Os tendões permi- tem a inserção do músculo no osso e principalmente diminui a área de fixação muscular (GUIMARÃES, et al. 1995). 21 FISIOLOGIA DO TRABALHO Movimento Dessa forma, a ação de um músculo é realizada pelo resultado de suacontração; em regra, é me- dida em termo de inflexão e exten- são. Sendo raro um músculo se con- trai sozinho, mesmo que seja um simples movimento, porquanto, em ação diversos grupos musculares, com o agenciamento do sistema ner- voso. Fonte: https://www.anatomia-papel- e-caneta.com Note que o músculo ou múscu- los que de maneira suposta produ- zem um movimento comumente chama-se agonistas ou movimentos primários. Logo, flexionar o ante- braço demanda a contração do bí- ceps e do mesmo modo o relaxamen- to do tríceps, assim como a contra- ção do tríceps gera o movimento oposto. Fonte: http://estacio.webaula.com.br/cur- sos/go0130/aula2.html Portanto ele funciona como an- tagonista do bíceps e o músculo braquiorraquial como sinér- gico. Ao mesmo tempo em que o músculo agonista se contrai, outros músculos também se contraem para auxiliar ou man- ter o movimento; por exemplo, os músculos da articulação do ombro se contraem para fixar o braço quando o antebraço é fle- tido e estendido; os fletores e extensores do pulso se con- traem para estabiliza-lo numa posição favorável quando os de- dos devem cerrar-se fortemente quando acontece quando um trabalhador usa a chave de fenda para parafusar. Tais mús- culos são convenientes conheci- dos como músculos fixadores, 22 FISIOLOGIA DO TRABALHO porque imobilizam uma região do corpo, proporcionando apoio para movimentos de ou- tros músculos (TEIXEIRA, s/d). Alongamento e Encurtamento dos Músculos O grau de encolhimento de um músculo é estabelecido pelo compri- mento dos feixes musculares em meio a seus tendões. A relação apro- priada em meio à ação muscular e tamanho da fibra-feixe atinge-se ge- ralmente ao longo dos estágios de desenvolvimento, entretanto depen- de das alterações ao longo da vida pós-natal. Do mesmo modo, os contorci- onistas que podem fazer movimen- tos além dos limites obtidos pela maior parte das pessoas, com obvie- dade por desenvolveram por meio da prática, o alto grau de relaxamen- to e a contração que se pode alcançar pelo músculo. Do mesmo modo, feixes de um músculo que durante conside- rável período de tempo nunca alcançara seu limite de estira- mento e contração, tendem a tornar-se mais curtos, de tal modo que a contração aproxi- mada de 50% deste compri- mento, constantemente encur- tado, é suficiente para realizar o movimento desejado, este en- curtamento mais ou menos per- manente, de um músculo é co- nhecido como contratura. Quando um músculo é usado de forma incompleta, se produzirá também uma contratura im- portante porque resulta de esti- ramento inadequado e contra- ção limitada de um músculo imobilizado (VICELLI, 2012). Articulações Assim, é através da união ou justaposição de dois ou mais ossos, sem a vinculação óssea, por meio das articulações, não seria plausível o desenvolvimento do esqueleto. As articulações possuem ainda a finali- dade de possibilitar o crescimento ósseo. Generalidades Sobre as Articu- lações No corpo humano há pouco menos de 190 articulações. Sendo que estas proporcionam a movimen- tação e estabilidade ao nosso corpo. As articulações podem ser qualifica- das de diversas formas, do ponto de vista: Embriológico: pertinente ao desenvolvimento da articula- ção; Morfológico: correlacionado com a estrutura artificial ou; Fisiológico: correlacionado com a função ou movimento da articulação. 23 FISIOLOGIA DO TRABALHO Elementos Articulares Note que a articulação não é somente o ponto de união, é um con- junto de componentes anatomica- mente bem acentuados. Estes com- ponentes variam de acordo com a função que desempenham. Logo, devem haver três componentes bási- cos na construção de uma articula- ção: Superfície óssea; Partes moles interósseas; Partes moles periféricas. Assim, a superfícies óssea que compõem as margens da articulação diversificam muito quanto à forma. Via de regra, tem correspondência entre uma das bordas e a outra, com o encargo de facilitar o encaixe. Por exemplo, se uma superfície articular é côncava a superfície antagônica terá a forma correspondente bojuda e do mesmo modo o inverso. A forma das extremidades ós- seas é fundamental para deter- minar os diferentes tipos de movimento. Os movimentos podem ser mais amplos, quan- do as duas extremidades que se juntam têm a forma de meia lua, como na articulação da co- xa com o quadril. Partes moles interósseas, nas articulações moveis, que são as mais com- plexas, as extremidades articu- lares dos ossos são amplas e re- vestidas por uma camada de te- cido cartilaginoso. Entre estas duas superfícies ósseas está a cartilagem articular, que é um tecido esbranquiçado, sólido, mas flexível. A relativa elastici- dade deste tecido permite que ele se estire sem se romper, vol- tando ao estado anterior quan- do cessam as pressões. Partes molas periféricas: constituídas por tendões, ligamentos, mús- culos, que reforçam a articula- ção e facilitam os movimentos (TEIXEIRA, s/d). Postura no Trabalho As pesquisas apontam que a maior parte dos trabalhos é execu- tada de tal maneira que o indivíduo sustenta uma postura-base ao longo de quase totalidade do tempo fique em pé, sentado ou trocando de posi- ção sentada com a de pé. De qualquer maneira, sentado, em pé ou variando, o trabalho sem- pre vai demandar movimentação das articulações, desde dos mem- bros superiores da coluna, assim co- mo os membros inferiores. Para rea- lizar o trabalho apropriadamente, o trabalho necessita ser feito realizado se a força apropriada e possuindo uma boa coordenação dos movi- mentos. Os Sistemas de Alavanca no Organismo Considerando a funcionali- dade, o homem trabalha como uma máquina, que tem representados 24 FISIOLOGIA DO TRABALHO múltiplos sistemas de alavancas que induzem a sua movimentação. Isso fica claro, quando lembra- mos que existe, no corpo hu- mano, uma estrutura sólida e rígida formada pelos ossos, um ponto de apoio sobre o qual o osso se movimenta, que são as articulações, e um elemento que exerce a força para o deslo- camento do osso, os músculos. Realmente, os nossos ossos, músculos e articulações não passa de uma série de sistemas de alavancas (TEXEIRA, s/d). Fonte: https://variosexemplos.blogspot.com/ A posição em Pé Fonte: https://br.pinterest.com 25 FISIOLOGIA DO TRABALHO Note que a posição em pé é, em regra, utilizada quando existe preci- são de maior mobilidade, mudança frequente de lugar ou de posição ao longo do trabalho. Representa a dis- posição de maior consumo de ener- gia e de maior sobrecarga para as distintas estruturas envolvidas em conservá-la. A posição em pé é o resultado de diversos sistemas de alavan- cas de primeiro grau, cujo re- sultado é uma situação de equi- líbrio entre os músculos postu- rais. Assim, ao nível do tornoze- lo, a contração Tonica dos mús- culos da panturrilha mantém a articulação equilibrada no joe- lho a contração dos músculos é contrabalançada pela contração do quadríceps, mantendo os membros inferiores eretos; a nível da coluna lombo-sacra, os músculos dorsais também estão em estado de contração man- tendo o tronco ereto. O organis- mo mantém continuamente es- te estado de contração generali- zada sem uma fadiga mental, devida a uma descarga repeti- tiva dos neurônios alfa anterior da medula, em consequência de um ajuste prévio feito através da estimulação dos fusos mus- culares (VICELLI, 2012). Logo, esta é uma circunstância em que os músculos posturais am- param o corpo contra a gravidade, sem deterioração psíquica. Cada fuso é formado por cerca de 3 a 10 pequenas fibras musculares. Ponto de Conforto Quando a pessoa trabalha em pé, permanecendo na mesma posi- ção porum longo tempo, para se sustentar confortavelmente nesta disposição terá que utilizar díspares mecanismos como: 1-Fazer, de forma automática, uma alternância na distribuição dos pesos entre um pé e o outro, diminuindo a fadiga final; 2-Depois de certo tempo, deve desenvolver um balanço circu- lar da cabeça e do tronco, ba- lanço este que é tanto mais in- tenso quanto mais prolongado é a posição de pé parado, e que representa em grande parte, da sensibilidade do sistema de re- gulação do tônus dos músculos posturais, que promove essa al- ternância no sentido de evitar a fadiga localizada, e a diminui- ção do fornecimento de oxigê- nio para a área que estava con- traída (TEIXEIRA, s/d). Poderíamos articular que quando a pessoa necessita trabalhar em pé e com determinado grau de inclinação, uma disposição adequa- da é aquela em que o corpo está de- licadamente deslocado para frente entre 10 e 15 graus. Todavia, a dispo- sição em pé mais inapropriada é aquela que determina que o tronco permaneça um pouco inclinado para trás, porquanto, nesse contexto, não existe apoio da parte posterior do pé 26 FISIOLOGIA DO TRABALHO (calcanhar) e existe pouca chance de variar de posição. Nesses episódios, a fim de acautelar fadiga, o corpo ne- cessita ser amparado por um sinto de segurança. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/617345061415270461/ A Circulação Carece ser ressaltado que o vo- lume de sangue, nos extremos infe- riores, acresce em 500 e 600 centí- metros cúbicos em disposição ereta. Esse sangue provem, principal- mente, do reservatório pulmo- nar e das cavidades cardíacas; por esta razão, quando o indiví- duo passa subitamente para a posição em pé, pode ocorrer hi- potensão ortostática, devido à 27 FISIOLOGIA DO TRABALHO adaptação inadequada do re- fluxo dos pressorreceptores. A resposta normal é um discreto aumento da frequência cardí- aca sem alteração ou com pe- queno aumento da pressão ar- terial. Trabalho em posição ere- ta, sem mudar de lugar, deve ser evitado, como acontece com os indivíduos que trabalham de segurança ou sentinelas devido á possibilidade de um colapso ortostático (TEIXEIRA, s/d). Outros Efeitos A maior parte do peso do cor- po advém sobre a junção lombo-sa- cra; e essa carga extra significará ser maior quanto mais obeso for a pes- soa. Logo, a pessoa a trabalha em pé, do mesmo modo, desempenha força na musculatura dos membros supe- riores, isso pode desvirtuar à ampli- ação da pressão interabdominal, com a manifestação de hérnia, caso exista franqueza da parede. Doenças que Possibilitam Tra- balho em Pé São contraindicações para tra- balhar na posição em pé as pessoas que possuem as seguintes doenças: Alterações ósseas funcional- mente importante, tais como diferença de comprimento dos membros inferiores; Alterações articulares funcio- nalmente importantes, tais como alterações coxofemorais joelhos dolorosos; Alterações nervosas funcional- mente importantes para os membros anteriores Parkin- son. Alterações circulatórias, tais como varizes: Excesso de peso; Hérnia inguinais; Cravos plantares; Unhas encravadas (TEIXEI- RA, s/d). Ainda, existe as contraindica- ções citadas acima necessitam servir somente como orientação. A Posição Sentada É a posição apropriada para os trabalhadores que não realizam muito movimento ou alguma ativi- dade física, porquanto permite bom equilíbrio do corpo, com pequena sobrecarga estática, rara sobrecarga da circulação e boa organização de movimentos. Essa posição é ideal para o tra- balho, desde que a cadeira, a mesa e as partes das máquinas que devam ser manobradas ou supervisionadas se encontrem em distância e posição adequa- das. Assim, somente os múscu- los do tronco, bacia e da coxa realiza esforço estático para manter o corpo nessa posição. A posição ideal, isto é, aquela em que os músculos do tronco são menos solicitados, é com li- geira cifose na altura da coluna 28 FISIOLOGIA DO TRABALHO lombar. Sentado e com posição bem ereta do tronco, os múscu- los sofrem esforço maior. Para o motorista, por exemplo, é, além da atenção, o esforço estático o fator mais cansativo, especial- mente quando o assento e o en- costo ou hábito de sentar são inadequados (TEIXEIRA, s/d). Pontos de Apoio Quando a pessoa está na posi- ção sentada, 50% do peso corpóreo reincide sobre as tuberosidades is- quiáticas, sendo que 34% sobre a re- gião póstuma das coxas e por fim 16% na planta dos pés. A contração estática da muscu- latura do dorso é muito peque- na se o encosto que constituem o apoio das costas, tiver sido bem desenhado. Ao contrário, grande esforço será desenvol- vido, podendo aparecer fadiga, se o encosto não tiver um dese- nho adequado, de modo que os ossos ísquios estejam colocados de forma adequada já que são os pontos de apoio do tronco na posição sentada (PATUSSI, 2005). Fonte: https://www.pinterest.es/pin/740138520003851555/ 29 FISIOLOGIA DO TRABALHO Fonte: https://br.pinterest.com/pin/792000284459583548/ Levantamento de Peso Fonte: https://www.linkedin.com/ Note que o problema lesões motivadas por levantamento errado de peso permanecem sendo uma das maiores causa em todos os países. Embora, estamos passando pela ten- dência da mecanização de diversos 30 FISIOLOGIA DO TRABALHO setores do mercado, ainda em diver- sos lugares as atividades continuam sendo realizadas pelo homem no lu- gar da máquina, porquanto diversas vezes com cargas muito acima dos li- mites toleráveis a serem levantadas e carregadas. Outro aspecto que tende a ele- var a incidência de lesões é o levan- tamento incorreto de pesos, mesmo estando abaixo dos limites permissí- veis. Conforme, as estatísticas ame- ricanas, uma informação importan- te é que cada pessoa que se afasta do trabalho, é devido a acidentes desse tipo, além disso, permanece afas- tado em média 57 dias. Mesmo com o levantamento de peso correto, se o peso for ex- cessivo, pode haver comprome- timento do disco intervertebral, com possível rompimento do mesmo. O efeito mais sério é a hérnia de disco, que é o resul- tado do rompimento da mem- brana fibrosa do disco inverte- bral, com extravasamento para o canal vertebral do núcleo pol- poso, e levado ao aparecimento de fenômenos sensitivos e mo- tores consequentes à compres- são radicular. Aa vezes a hérnia de disco é desencadeada pelo esforço errado ou excessivo, quando o disco está evoluindo para a degeneração, ele pode se arrebentar diante de um esfor- ço não muito grande. A lombal- gia simples é uma ocorrência menos grave nestes casos (TEI- XEIRA, s/d) Regras de Levantamento de Peso Por fim, demonstrarei as re- gras de levantamento de peso de modo correto, a fim de evitar lesões: Avaliar o local, se o chão apre- senta firmeza para os pés ou se existe presença de óleo, bura- cos, etc., empecilhos, se o cal- çado é apropriado, luvas apro- priadas. Conservar a coluna reta, na disposição mais vertical ad- missível, Afastando os membros inferi- ores e alocando um pé um pouco à frente do outro, en- volto a carga, o indivíduo au- menta o apoio de sustentação, aprimorando sua base ao lon- go do levantamento. Dobra-se, dessa forma, os joe- lhos, esforço desenvolvido pe- las coxas. Pega-se a carga, alocando-a sobre uma das coxas, o mais próximo plausível do corpo. Mesmo que seja imprescindí- vel uma certa inclinação para frente, precisa-se ter cuidado para não dobrar a coluna ao plano da junção lombo-sacral. Dá-se oportunidade de haver um período de descanso entre esta primeira fase e a fase pos- terior. A segunda fase do levanta- mento incide em elevar o cor- po, empunhando a carga que está acoplado ao tórax e levan- 31FISIOLOGIA DO TRABALHO ta-se o corpo, empregando os fortes músculos dos membros inferiores. De mão do material a ser car- regado, a pessoa necessita dar passos firmes e acautelados até alcançar a disposição final. Caso a extensão a ser percor- rida seja grande, necessita-se realizar pausas. Note que ainda que os valores aceitáveis de acordo com a OIT de levantamento de peso é: Um homem adulto poderia fa- zer o levantamento de peso contingente de no máximo 50kg, em contrapartida uma mulher adulta poderia levan- tar 20kg. Ainda, caso os levan- tamentos de peso seja fre- quente e continuo, um homem adulto poderá levantar somen- te 18kg e a mulher 12 kg. Materiais Complementa- res Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento no estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na apos- tila em questão: Ergonomia e fisiologia do trabalho Fisiologia-trabalho-eduardo_c_ba- tiz.pdf Meio e normas do homem no traba- lho Manual de ergonomia. https://d3eaq9o21rgr1g.cloudfront.net/aula-temp/132912/00000000000/curso-24567-aula-00-v2.pdf?Expires=1606912911&Signature=bDfLTZtxe36Sm3RliBcca9w3Q9uyZqXGLLCiKpGox9XtcqK5bWJMbvhjA4KOynz9n~t23WnnJt6HlSm8hzb8yBgVkVkR1F7IOmHUB75mSQ4rewK0oQ0V77OUlfvfrkzdbOaSaqiMXVvdgieX3m3zB55ks5YxCRwxXVPrAWCE5l2IinYmkfCCr62P4WKvklD04mseo1wPKMmlUg89OPbetuPmJBRgNO91Upu3hrQpvnIDNACKPVQI0zI69kiGUUh~pkwtoLDkl0MGg~uuG443bqypyhtfTkCXMjmdmoUzGjmPGPlIQu9tBz9rEE5YAeDN4XWFm6hLbj6dwYxqewFDsA__&Key-Pair-Id=APKAIMR3QKSK2UDRJITQ http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5681_12/fisiologia-trabalho-eduardo_c_batiz.pdf http://teleduc.unisa.br/~teleduc/cursos/diretorio/apoio_5681_12/fisiologia-trabalho-eduardo_c_batiz.pdf https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/download/8643999/11448 https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/download/8643999/11448 https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=VhB0DgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=fisiologia+do+trabalho&ots=Gt1k6ABQKQ&sig=XcT2CvoLL9gBb7xf327sxqVJTWY 32 32 33 FISIOLOGIA DO TRABALHO 33 4. Referências Bibliográficas ANJOS, Luiz Antonio dos; FERREIRA, João Alberto. A avaliação da carga fisioló- gica de trabalho na legislação brasileira deve ser revista! O caso da coleta de lixo domiciliar no Rio de Janeiro. Cadernos de Saúde Pública, v. 16, p. 785-790, 2000. BATIZ, Eduardo Concepción. Fisiologia do trabalho. Rio Grande do Sul: PUC, 2003. CANGUILHEM, Georges. Meio e normas do homem no trabalho. Pro-posições, v. 12, n. 2-3, p. 109-121, 2001. GUIMARÃES, JUDITE LAPA; ADELL, EDILENE AMARAL DE ANDRADE. Es- trutura e bioquímica do músculo. Apostila do Laboratório de carnes. Departamento de tecnologia animal, FEA, Unicamp, 1995. HOLLER; Gislaine dos Santos. Ergonomia e Fisiologia do Trabalho. Estratégia con- cursos, 2016. KROEMER, Karl HE; GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adap- tando o trabalho ao homem. Bookman Editora, 2005. LAGEMANN, Frederico. 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