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Anatomia - Ombro e braço

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
Ombro e braço 
 
 
Quando se fala de membros superiores, é fundamental 
entender as divisões. O membro superior faz conjunto 
com o cíngulo (cintura) do membro superior, conexão 
desse membro com o esqueleto axial (crânio, coluna, 
costelas e pelve) 
 
Divisão do membro superior: 
1. Cintura: clavícula e escápula 
2. Osso do braço: úmero 
3. Osso antebraço: rádio e ulna 
4. Articulação do Punho 
5. Articulação da Mão. 
 
Nas divisões, há alguns complexos articulares: 
1. Complexo articular do ombro (apenas uma 
articulação) 
2. Complexo articular do cotovelo 
3. Complexo articular do punho (formado por mais de 
uma articulação, há mais de um contato ósseo) 
4. Complexo articular da mão 
 
Obs: Articulação é o contato entre duas superfícies 
ósseas. 
Articulação do ombro 
 
O ombro é um complexo de 4 articulações: Ps. Questão 
boa pra se cobrar na prova. 
1. Articulação glenoumeral: entre a cabeça do úmero 
e a cavidade glenóide da escápula. 
2. Articulação acromioclavicular: entre o acrômio e a 
clavícula. 
3. Articulação esternoclavicular: entre o esterno do 
tórax e a clavícula. Única articulação que tem ponto 
de contato ósseo (cartilagem, ligamentos...). As outras 
são sustentadas por musculatura. 
4. Articulação funcional (articulação escapulotorácica): 
entre o tórax e a escápula. Por que funcional? Porque 
para ser verdadeira precisa ter contato com 
superfícies ósseas, promovendo certo grau de 
mobilidade. E essa, não tem contato com elementos 
ósseos, cartilagens, mas produz grau de movimento de 
deslizamento sobre o gradil costal, favorecendo o 
funcionamento do ombro. 
O único ponto de articulação óssea do membro 
superior do tórax é o esternoclavicular. O resto é 
sustentada por músculos (músculo da escápula e do 
gradil). 
Clavícula 
 
Osso longo, predomínio do comprimento sobre a 
largura, possuindo duas extremidades (epífises 
proximal e distal) e o meio do osso (corpo) é a diáfise. 
As epífises da clavícula possuem características 
diferentes. 
A epífise lateral, do terço lateral, é mais achatada; 
plana. E a epífise proximal, relacionada com o esterno, 
é mais arredondada. E o corpo da clavícula tem 
formato de “S”, onde tem uma convexidade anterior 
medial, mais próximo ao esterno e uma concavidade 
anterior mais lateral. 
Na parte posterior, concavidade posterior mais 
próxima ao esterno e uma convexidade posterior mais 
lateral. 
Na parte achatada mais lateral: quando há superfícies 
ósseas que tem contato com estruturas ligamentares 
e musculares há uma tendência de a superfície óssea 
ficar rugosa, pois há movimento e acaba criando uma 
tensão no ponto e essa tensão cria uma rugosidade. 
Quando se observa a clavícula, a parte inferior tem as 
rugosidades para os ligamentos que vão conectar a 
clavícula com uma parte da escápula (parte coracóide). 
A parte superior é lisa porque em cima do ombro, acima 
da clavícula, região lateral do ombro, não há nenhuma 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
estrutura por cima, é basicamente tecido de pele 
subcutâneo e fáscias que recobrem a origem da 
musculatura e não geram a rugosidade. 
A parte medial é arredondada e faz a articulação com 
o esterno. Tem uma proeminência óssea mais inferior 
e que vai servir para articular com a primeira porção 
do esterno (manúbrio-parte mais superior). 
A parte lateral cortado e transverso é mais achatada. 
E a parte medial, que vai articular com o esterno, é 
arredondada com uma proeminência voltada 
inferiormente. 
 
A clavícula tem relações com estruturas importantes 
do tórax: o esternocleideomastoideo com origem no 
occipital e mastoidea, vai se inserir na clavícula, no 
primeiro arco costal e esterno. Importante por causa 
da passagem da veia subclávia e da veia jugular, 
servindo como referencial para acesso central. 
Observando a imagem, nota-se que quase não há espaço. 
OBS: O primeiro espaço é o espaço subclávio e o 
espaço intercostal está entre a 1º e a 2º segunda 
costela. 
O ponto de acesso para punção tem como referência a 
curva da clavícula. 
 
Nota-se também a veia jugular posterior, a divisão do 
esternocleidomastoídeo, no triângulo que se forma. No 
ápice do triângulo, consegue-se visualizar a veia 
jugular. 
Escápula 
 
A escápula é um osso plano, achatado, onde tem 
predominância da largura sobre o comprimento. O 
destaque dele é o formato de triângulo. Esse triângulo 
tem uma base superior, mais largo em cima e um ápice 
inferior. O ápice dá origem as bordas medial e lateral. 
A borda medial ou vertebral está voltada para as 
vértebras. A borda lateral está voltada para região da 
axila. 
 
O destaque para a borda lateral é que tem uma região 
superior mais acidentada, tem mais estruturas ósseas 
que chamam atenção. Na visão perfil, lateral há 3 
estruturas: 
1. Processo coracóide: mais anterior; 
2. Acrômio: mais posterior e superior; 
3. Cavidade glenóide: está no meio das duas. E apesar 
do nome cavidade, ela é bastante superficial e recebe a 
cabeça do úmero para formar a articulação 
glenoumeral. 
 
Na junção das bordas inferiormente há o ângulo 
inferior e na borda lateral na porção superior tem os 
três acidentes já citados anteriormente. 
Na visão posterior, o acrômio está preso ao corpo da 
escápula pela saliência espinha da escápula. A espinha 
da escápula, que dá origem lateralmente ao acrômio, 
vai dar origem a 2 depressões: 
1. Fossa supraespinhal: acima da espinha 
2. Fossa infraespinhal: abaixo da espinha 
 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
Lembrando que há dois músculos com os mesmos nomes 
que estarão localizados nas fossas correspondentes aos 
nomes. 
Localização dos músculos na figura abaixo: 
Observando o acrômio, 
ele é bem achatado, 
plano, que serve para 
articular com a parte 
lateral da clavícula. 
Entre o acrômio e o 
processo coracóide, 
há o ligamento 
coracoacromial. Nesse 
sentido, cria-se um 
arco, o chamado arco coracoacromial. Embaixo do arco, 
passa o tendão do músculo supraespinhal. A região do 
arco, onde passa o tendão, é a região quando se realiza 
a abdução (abrir o braço), onde ocorre um impacto 
nesse tendão. Quando se faz muito esse movimento, o 
impacto nesse tendão pode gerar a síndrome do impacto 
(impacto do tendão do supra escapular embaixo do 
acrômio, o arco que é formado no espaço 
coracoacromial). 
Outra coisa importante é a 
comparação da articulação 
glenoumeral (articulação do 
ombro) com a articulação 
acetabulofemoral (articulação 
do quadril), pois a articulação 
glenoumeral é muito instável, ou 
seja, pode sofrer luxações (sair 
do lugar; perder o contato articular), mas, apesar disso, 
tem muita mobilidade. E comparado com o quadril, onde 
o acetábulo envolve toda cabeça femoral, essa 
articulação tem mais estabilidade (mais difícil de sair 
do lugar), mas em compensação tem menos mobilidade. 
Não existe o termo subluxação, que seria a perda do 
contato parcial da articulação. O termo correto é 
luxação. Quando acontece a luxação, quem segura o 
contato são os ligamentos em volta, a cápsula articular. 
Quando acontece a saída do contato, há uma frouxidão 
ou até mesmo lesão desses elementos e o paciente com 
essa enfermidade pode desenvolver luxações 
subsequentes. Ou seja, ficar com uma frouxidão 
articular e a qualquer movimento a articulação 
novamente “sair do lugar”. 
A terapia para isso é fisioterapia, em parte, pois se 
grau de luxação ou de lesão peri-articular foi pouca, 
sem lesão extensa de ligamento ou cápsula, a 
fisioterapia vai promover um reforço muscular, 
fortalecimento (estabilizadores dinâmicos e estáticos) 
das estruturas contráteis dos músculos que estão em 
volta da circulação e volta-se a ter algum grau de 
estabilidade nessa lesão. 
Mas, se a lesão for extensade ligamentos (luxações 
recorrentes) tem de fazer tratamento cirúrgico: 
reconstruindo os ligamentos, fazendo reforço 
articular, para que o paciente possa ter estabilidade 
na articulação. 
 
Imagem - escápula: 
• Região posterior (figura da esquerda): temos as 
fossas - supra espinhal e infraespinhal. 
• Região anterior (figura da direita) é onde está a 
região subescapular. Na fossa anterior temos o 
músculo subescapular. 
• Visão lateral (figura do meio): temos uma curvatura 
que serve para apoiar essa superfície sobre o 
gradil costal. Da a impressão que a escápula está 
olhando um pouco para baixo e um pouco para 
frente. 
Úmero 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
Faz parte do complexo ombro-braço (articulação do 
membro superior). É um osso longo que tem 2 epífises: 
a distal e proximal. O meio é o corpo/diáfise. 
A epífise proximal tem a cabeça (parte arredondada), 
depois vem o corpo e lá já na região próxima ao cotovelo 
ele alarga e fica achatado. 
Regiões do úmero: 
• Cabeça: em vermelho, é medial. 
• Colo anatômico: em amarelo 
• Tubérculo maior: em verde, é mais lateral e mais 
posterior. 
• Tubérculo menor: em azul, ele só é anterior. 
 
Obs: entre os 2 tubérculos tem-se um sulco 
intertubercular. Nesse sulco passa o tendão do bíceps 
(sulco bicipital). 
 
• Colo cirúrgico: em preto, parece um pescoço, divide 
a epífise proximal da diáfise. Ocorrem muitas 
fraturas nesse local, cujo tratamento geralmente 
é cirúrgico. 
• Diáfise: no seu terço médio passa o nervo radial 
que sai posteriormente pra região anterior e de 
medial para lateral, no sulco do nevo radial. A 
importância anatômica desse nervo é que quando a 
diáfise fratura pode lesionar esse nervo. Na 
emergência, se chegar um paciente com esse tipo 
fratura, temos que fazer o movimento de extensão 
do punho, pois este é feito pelo nervo radial. O 
paciente chega com a mão caída, não conseguindo 
estendê-la ou dar legal. 
 
 
Radiografia: acrômio, processo coracóide e ligamento 
coraco-acromial fazendo um arco (destacou em 
amarelo); tem-se também a articulação glenoumeral 
entre a glenoide e o úmero. Quando essa articulação 
sai do lugar, a superfície da glenóide perde contato 
com cabeça umeral. 
• Radiografia normal (raio-x da esquerda): Há 
contato entre glenóide e úmero. 
• Luxação de ombro (raio-x da direita): é muito 
comum nas emergências. A glenóide está distante 
da cabeça umeral. O espaço marcado em preto na 
figura da direita mostra-se aumentado com relação 
à imagem da esquerda. Esse espaço sub-acromial 
(abaixo da cabeça umeral) aumenta. Faz-se nesse 
caso a redução para colocar de volta na posição 
anatômica. 90% das luxações são anteriores, mas 
não dá para ver nessa incidência de RX, apenas na 
incidência axilar é possível diferenciá-la. 
 
Quando falamos de articulação, temos o acrômio com a 
clavícula, embaixo do espaço tem a cabeça do úmero. 
• Lábio da glenóide: é uma fibrocartilagem que 
aumenta a superfície da glenóide. A parte óssea 
da glenóide é rasa, não envolve totalmente a 
cabeça do úmero, mas a parte cartilaginosa em 
volta (lábio) amplia esse contato sobre a cabeça 
umeral. Mesmo assim, não é o suficiente para dar 
a estabilidade que por ex: o acetábulo tem em 
relação ao fêmur, pois o acetábulo abraça o osso 
sobre a cabeça femoral. 
Na parte de cima da clavícula, não tem osso nenhum. 
Abaixo, tem-se o m. deltoide na lateral e passando pela 
região abaixo do acrômio e acima da cabeça do úmero 
temos a cabeça supra- espinhal. 
• Bursa/bolsa sub-deltóidea/ Bursa sub-acromial: 
sinônimos (figura da direita em azul). Bursa é uma 
estrutura/ coxim de gordura que ajuda a absorver 
impacto ou ajuda no deslizamento de estruturas 
tendinosas. Evita que o impacto entre o acrômio e 
a cabeça umeral prejudique o tendão do supra 
espinhal tendo a síndrome do impacto. Quando a 
bursa inflama chama-se bursite e tem os sinais 
flogísticos: dor, rubor, calor, tumor e limitação 
funcional do paciente. 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
 
A Bursa é essa estrutura grande e cinza na imagem 
acima, mas na vida real é um tecido amarelo bem 
delimitado. Serve de coxim para o arco entre o acrômio 
o coracóide e a passagem do músculo supra espinhal. 
Imagem: prestar atenção também no sulco 
intertubercular (entre os tubérculos maior e menor no 
úmero), passando neste, o tendão do bíceps (estrutura 
clara). 
 
Relembrando as partes do úmero: 
Imagem anterior do úmero (figura à esquerda): 
• Cabeça; 
• Colo anatômico: tem uma linha onde finaliza a 
superfície lisa por conta da cartilagem e inicia a 
parte do tubérculo que tem inserções musculares. 
• Sulco intertubercular; 
• Tubérculo anterior. 
 
Imagem posterior do úmero (figura da direita) 
• Tubérculo maior (visão posterior): imagem da 
direita. 
• Sulco radial: passa o nervo radial. 
 
Imagem: placa no colo cirúrgico 
para correção de uma fratura. 
Observe a fratura no colo! 
 
 
Partes do úmero distal. Tem-se uma superfície 
articular dividida em duas: 
• Capítulo: é arredondada, lateral e serve para se 
articular com o rádio. 
• Tróclea: Forma de carretel; se articula com a ulna. 
 
Todas essas estruturas supracitadas formam a 
articulação do cotovelo. Na parte de cima dessa 
superfície articular tem-se 2 saliências ósseas 
denominadas de epicôndilos. Côndilos são superfícies 
articulares redondas que se articulam com superfícies 
aprofundadas. E o que está acima dos côndilos são os 
epicôndilos que dá origem aos músculos flexores no 
epicôndilo medial e dos extensores do antebraço que 
vem do epicôndilo lateral. 
 
Lembrar: Complexo de 4 articulações, sendo a 
glenoumeral (o leigo chama de ombro) a principal dela, a 
que tem maior movimento. 
Musculatura do braço e ombro 
Quando a gente fala de músculos do ombro, temos que 
entender que são músculos que se originam 
primariamente da escápula e que vão atuar sobre o 
úmero. Ou seja, passa por aquela região da articulação 
glenoumeral. Basicamente são os músculos que atuam na 
articulação glenoumeral. 
São seis músculos que compõem esse complexo de 
músculos do ombro e basicamente 4 deles têm uma 
maior função de estabilização do que de mobilidade. 
Em relação a estabilização, existe algumas estruturas 
anatômicas que produzem a estabilidade de uma 
articulação. A primeira delas é o contato das 
superfícies ósseas (superfície óssea englobando outra 
superfície → maior estabilidade); a segunda é a 
quantidade de ligamento, espessura da cápsula 
articular, presença de alguma estrutura 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
fibrocartilaginosa (Ex. joelhos – meniscos; quadril – 
estrutura de cartilagem na borda do acetábulo; ombro - 
lábio da glenoide, que amplia a profundidade da 
cavidade, abraçando mais/ampliando o contato com a 
cabeça do úmero. Todas essas estruturas que foram 
ditas até agora são estabilizadores estáticos, ou seja, 
são estruturas que não se movem – não tem movimento 
próprio, elas acompanham o movimento da articulação. 
Também existe as estruturas que são os estabilizadores 
dinâmicos da articulação. São aqueles que têm 
contração, ou seja, os músculos, e transpõe a 
articulação. Isso significa que ele se iniciou em uma 
estrutura óssea antes daquela articulação, passou sob 
aquela articulação, e terminou em uma estrutura óssea 
após a articulação. 
• Músculos monoarticulares: passam apenas por 1 
articulação; 
• Músculos biarticulares: passam por 2 articulações. 
Ombro: Em relação a estabilidade, os estabilizadores 
dinâmicos (se contraem durante o movimento, 
aproximam as articulações) são os músculos que fazem 
parte no manguito rotador: supra-espinhal, infra-
espinhal, redondo menor e subescapular. Pode 
acontecer: síndrome/lesão do manguito rotador. 
Dos 6 músculos que nascem na escápula e terminamno 
úmero, que atuam sob a articulação glenoumeral, 4 
deles são bastante responsáveis pela estabilidade 
dinâmica dessa articulação. Eles se contraem durante o 
movimento do úmero sobre a escápula para dar 
estabilidade e evitar a luxação, por exemplo. 
Músculos do ombro 
 
1. Deltóide: é o músculo que recobre toda a região do 
ombro, responsável pelo seu formato arredondado. 
É o mais superficial. Tem porção anterior, média 
(parte lateral) e posterior. Tem a forma de um 
triângulo invertido (parte mais larga superior, onde 
se origina clavícula, acrômio e espinha da 
escápula). Se insere no terço médio da porção 
lateral do úmero, região chamada de tuberosidade 
deltoidea (T-deltoide). 
2. Supra-espinhal: localizado acima da espinha da 
escápula, na região da fossa supraespinhal. 
3. Infra-espinhal: localizado abaixo da fossa infra-
espinhal que também vai para região proximal/ 
tuberosidade do úmero. 
4. Redondo menor: Fica abaixo do músculo infra-
espinhal e se origina na região da borda lateral. 
• Os músculos supra-espinhal, infra-espinhal e o 
redondo menor caminham em direção ao tubérculo 
maior do úmero. 
5. Redondo maior: nasce na ponta na escápula e vai 
para região um pouco abaixo do colo cirúrgico do 
úmero. Ele não passa por trás do úmero, passa como 
se fosse por “dentro” da axila e vai para região um 
pouca a frente e abaixo do colo cirúrgico. 
6. Subescapular: vai para o tubérculo menor, que fica 
na frente da escápula, na fossa. 
Desses os 6 músculos, apenas 2 não estão 
relacionados com os tubérculos: redondo maior e 
deltoide. Os outros 4 são relacionados ao manguito 
rotador. Os tubérculos estão na frente e atrás, 
envolvendo a cabeça do úmero, e é justamente onde está 
a inserção desses músculos para poder forçar a cabeça 
em contato com a glenóide, gerando estabilidade. 
PROVA: Saber os músculos do manguito rotador 
(aqueles que se inserem nos tubérculos/tuberosidades 
do úmero): Supra-espinhal, infra-espinhal, redondo 
menor → tubérculo maior; Subescapsular → tubérculo 
menor. Lembrar: manguito rotador tá relacionado com 
estabilidade do ombro e é composto por 4 músculos. 
Vista anterior X Posterior 
• Vista anterior: Clavícula, acrômio, processo 
coracóide (formação do arco coracoacromial), toda 
região anterior da escápula (fossa escapular - 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
músculo subescapular), que faz o 
trajeto tipo em leque e vai para o 
tubérculo menor. Eu sei que é 
tubérculo menor, porque é anterior 
e tá passando pelo tendão do 
bíceps, que passa na região da 
goteira/sulco intertubercular. O 
músculo subescapsular vai para o tubérculo menor. 
 
• Vista posterior: O marco 
anatômico (Dá até pra 
palpar. Se for magro → 
melhor ainda) é a espinha 
da escápula. Acima dessa 
espinha, na fossa supraespinhal, temos o músculo 
supra-espinhal e abaixo dessa espinha temo o 
músculo infra espinhal, na fossa infraespinhal. E na 
borda espinhal, um pouco abaixo do infraespinhal, 
temos o músculo redondo menor. Todos esses 3 vão 
para o tubérculo maior. 
Importante lembrar quem forma o manguito rotador e 
quem vai pra onde (3 vão o tubérculo maior e 1 para o 
menor). O redondo maior, assim como o deltoide, vai lá 
para o úmero, longe dos tubérculos. 
Músculos mais superficiais: 
Recobrindo tudo, tem o deltóide, que dá o formato 
arredondado do ombro. 
Músculos do braço 
Saber que existe o bíceps e tríceps já mata 50% dos 
músculos do braço. 
 
Eles fornecem movimento para o cotovelo (apesar de 
chamarmos eles de mm. do braço). Dois deles são 
biarticulares, passando pelo ombro e pelo cotovelo 
(como o bíceps e o tríceps). A princípio, eles fazem mais 
o movimento no cotovelo. 
• Contração do bíceps → flexiona o cotovelo; 
• Contração do tríceps → estende o cotovelo. 
A musculatura do braço, divide-se em apenas duas 
regiões: anterior e posterior. Tudo que está na 
frente, é considerado flexor do cotovelo e tudo que 
está atrás é considerado extensor. São separados 
pela fáscia, que forma septo entre os músculos (isola 
o corpo do bíceps na frente e o do tríceps atrás). 
ANTERIOR (FL EXORES DO COTOVELO) : 
O mais superficial é o bíceps 
(mostrado pela seta). O nome 
correto é músculo bíceps 
braquial, já que temos um 
músculo na coxa que se chama 
bíceps femoral. O bíceps faz a 
parte anterior e superficial do 
braço, estando à frente do 
úmero. Se eu tirar o bíceps, 
abaixo dele, eu tenho mais 2 músculos da região 
anterior: 
1. Músculo que vem do 
processo coracóide da 
escápula para o terço médio 
do braço: mm. 
coracobraquial (metade 
superior) 
2. Músculo que vem do terço 
médio do braço para a 
região da ulna: mm braquial 
(metade inferior). 
 
Quando se fala em bíceps, a gente entende que tem duas 
cabeças, pois na região proximal ao ombro, tem uma 
divisão: 
• Cabeça medial: vem do processo coracoide; 
• Cabeça lateral (cabeça longa): passa pelo sulco 
intertubercurlar. Vai se inserir acima da glenóide. 
Bíceps se insere na região do RÁDIO. Quando fazemos 
o movimento de pronosupinação (movimento de virar a 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Anatomia – Ombro e braço 
mão para baixo), a ulna fica parada e o rádio roda 
sobre a ulna. Quando acontece esse movimento, o bíceps 
meio que “enrosca no rádio” e acompanha o movimento. 
Então, quando o bíceps contrai, ele desenrola essa 
estrutura que está sobre a ulna, e por isso, está 
fazendo a SUPINAÇÃO (virar a mão para cima). 
Quando falamos do bíceps, ele é mais importante 
fazendo a supinação do que flexionando o cotovelo – 
flexionando o antebraço sobre o braço! 
Lembrar: 
• Mão pra cima → Supina; 
• Mão pra baixo → prona. 
• Quem supina, pede (mão pra cima). Que prona, dá 
(mão pra baixo). 
O principal supinador é o bíceps. Existe outro supinador 
que também está no antebraço, que ajuda a ¨desrodar¨ 
o rádio da ulna. Pra rodar a mão pra baixo (pronar), o 
rádio gira sobre a ulna. 
Resumo: Parte anterior: 3 
músculos, sendo que o mais 
superficial é o bíceps, que tem 
2 cabeças (medial – coracoide; 
lateral – acima da adenoide (?). 
Tirei o bíceps, eu vou ter 2 
músculos, que meio que se 
complementam: 1 no terço 
superior (coracobraquial – vem 
do coracoide) e um do meio do 
braço pra ulna (braquial). 
POSTERIOR (EXTENSOR DO CO TOVELO) : 
Tríceps - TRI (3) CEPS (cabeças)- que 
na verdade são 3 PORÇÕES. 
• Acima do ombro, passando por 
ele: cabeça longa (colocada em 
vermelho) - vem da região inferior da 
glenóide, transpondo a articulação 
glenoumeral e vem junto com a porção 
lateral e média para o olecrano em 
tendão único - tendão do tríceps. 
Responsável pela extensão do 
cotovelo. 
• Porção lateral (destacada em verde) e superior. 
Quando eu retiro essa porção, vai sobrar a porção 
média. 
• Porção média: está por baixo dessa região = 
inferior e medial (sinalizada com seta na imagem 
abaixo): 
No meio do tríceps, vai passar 
uma corda de nervos, que 
pode ser lesado durante 
fratura da diáfise de úmero, 
que é o nervo radial. Tal nervo, 
está em contato direto com a 
parte óssea do úmero e é 
recoberto pelo tríceps. É bom 
porque protege o nervo, mas 
como está encostado com o 
osso, pode ser lesionado. 
Lembrar: quem forma o manguito rotador, quem está 
inserido em cada tubérculo; divisões do braço (anterior 
→ flexores de cotovelo. Bíceps, coracobraquial e 
braquial; posterior → extensores de cotovelo. Tríceps 
com suas 3 porções). É meio que um equilíbrio: 3 
músculos da frente e ¨3 músculos¨ atrás.

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