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1 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço Ombro e braço Quando se fala de membros superiores, é fundamental entender as divisões. O membro superior faz conjunto com o cíngulo (cintura) do membro superior, conexão desse membro com o esqueleto axial (crânio, coluna, costelas e pelve) Divisão do membro superior: 1. Cintura: clavícula e escápula 2. Osso do braço: úmero 3. Osso antebraço: rádio e ulna 4. Articulação do Punho 5. Articulação da Mão. Nas divisões, há alguns complexos articulares: 1. Complexo articular do ombro (apenas uma articulação) 2. Complexo articular do cotovelo 3. Complexo articular do punho (formado por mais de uma articulação, há mais de um contato ósseo) 4. Complexo articular da mão Obs: Articulação é o contato entre duas superfícies ósseas. Articulação do ombro O ombro é um complexo de 4 articulações: Ps. Questão boa pra se cobrar na prova. 1. Articulação glenoumeral: entre a cabeça do úmero e a cavidade glenóide da escápula. 2. Articulação acromioclavicular: entre o acrômio e a clavícula. 3. Articulação esternoclavicular: entre o esterno do tórax e a clavícula. Única articulação que tem ponto de contato ósseo (cartilagem, ligamentos...). As outras são sustentadas por musculatura. 4. Articulação funcional (articulação escapulotorácica): entre o tórax e a escápula. Por que funcional? Porque para ser verdadeira precisa ter contato com superfícies ósseas, promovendo certo grau de mobilidade. E essa, não tem contato com elementos ósseos, cartilagens, mas produz grau de movimento de deslizamento sobre o gradil costal, favorecendo o funcionamento do ombro. O único ponto de articulação óssea do membro superior do tórax é o esternoclavicular. O resto é sustentada por músculos (músculo da escápula e do gradil). Clavícula Osso longo, predomínio do comprimento sobre a largura, possuindo duas extremidades (epífises proximal e distal) e o meio do osso (corpo) é a diáfise. As epífises da clavícula possuem características diferentes. A epífise lateral, do terço lateral, é mais achatada; plana. E a epífise proximal, relacionada com o esterno, é mais arredondada. E o corpo da clavícula tem formato de “S”, onde tem uma convexidade anterior medial, mais próximo ao esterno e uma concavidade anterior mais lateral. Na parte posterior, concavidade posterior mais próxima ao esterno e uma convexidade posterior mais lateral. Na parte achatada mais lateral: quando há superfícies ósseas que tem contato com estruturas ligamentares e musculares há uma tendência de a superfície óssea ficar rugosa, pois há movimento e acaba criando uma tensão no ponto e essa tensão cria uma rugosidade. Quando se observa a clavícula, a parte inferior tem as rugosidades para os ligamentos que vão conectar a clavícula com uma parte da escápula (parte coracóide). A parte superior é lisa porque em cima do ombro, acima da clavícula, região lateral do ombro, não há nenhuma 2 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço estrutura por cima, é basicamente tecido de pele subcutâneo e fáscias que recobrem a origem da musculatura e não geram a rugosidade. A parte medial é arredondada e faz a articulação com o esterno. Tem uma proeminência óssea mais inferior e que vai servir para articular com a primeira porção do esterno (manúbrio-parte mais superior). A parte lateral cortado e transverso é mais achatada. E a parte medial, que vai articular com o esterno, é arredondada com uma proeminência voltada inferiormente. A clavícula tem relações com estruturas importantes do tórax: o esternocleideomastoideo com origem no occipital e mastoidea, vai se inserir na clavícula, no primeiro arco costal e esterno. Importante por causa da passagem da veia subclávia e da veia jugular, servindo como referencial para acesso central. Observando a imagem, nota-se que quase não há espaço. OBS: O primeiro espaço é o espaço subclávio e o espaço intercostal está entre a 1º e a 2º segunda costela. O ponto de acesso para punção tem como referência a curva da clavícula. Nota-se também a veia jugular posterior, a divisão do esternocleidomastoídeo, no triângulo que se forma. No ápice do triângulo, consegue-se visualizar a veia jugular. Escápula A escápula é um osso plano, achatado, onde tem predominância da largura sobre o comprimento. O destaque dele é o formato de triângulo. Esse triângulo tem uma base superior, mais largo em cima e um ápice inferior. O ápice dá origem as bordas medial e lateral. A borda medial ou vertebral está voltada para as vértebras. A borda lateral está voltada para região da axila. O destaque para a borda lateral é que tem uma região superior mais acidentada, tem mais estruturas ósseas que chamam atenção. Na visão perfil, lateral há 3 estruturas: 1. Processo coracóide: mais anterior; 2. Acrômio: mais posterior e superior; 3. Cavidade glenóide: está no meio das duas. E apesar do nome cavidade, ela é bastante superficial e recebe a cabeça do úmero para formar a articulação glenoumeral. Na junção das bordas inferiormente há o ângulo inferior e na borda lateral na porção superior tem os três acidentes já citados anteriormente. Na visão posterior, o acrômio está preso ao corpo da escápula pela saliência espinha da escápula. A espinha da escápula, que dá origem lateralmente ao acrômio, vai dar origem a 2 depressões: 1. Fossa supraespinhal: acima da espinha 2. Fossa infraespinhal: abaixo da espinha 3 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço Lembrando que há dois músculos com os mesmos nomes que estarão localizados nas fossas correspondentes aos nomes. Localização dos músculos na figura abaixo: Observando o acrômio, ele é bem achatado, plano, que serve para articular com a parte lateral da clavícula. Entre o acrômio e o processo coracóide, há o ligamento coracoacromial. Nesse sentido, cria-se um arco, o chamado arco coracoacromial. Embaixo do arco, passa o tendão do músculo supraespinhal. A região do arco, onde passa o tendão, é a região quando se realiza a abdução (abrir o braço), onde ocorre um impacto nesse tendão. Quando se faz muito esse movimento, o impacto nesse tendão pode gerar a síndrome do impacto (impacto do tendão do supra escapular embaixo do acrômio, o arco que é formado no espaço coracoacromial). Outra coisa importante é a comparação da articulação glenoumeral (articulação do ombro) com a articulação acetabulofemoral (articulação do quadril), pois a articulação glenoumeral é muito instável, ou seja, pode sofrer luxações (sair do lugar; perder o contato articular), mas, apesar disso, tem muita mobilidade. E comparado com o quadril, onde o acetábulo envolve toda cabeça femoral, essa articulação tem mais estabilidade (mais difícil de sair do lugar), mas em compensação tem menos mobilidade. Não existe o termo subluxação, que seria a perda do contato parcial da articulação. O termo correto é luxação. Quando acontece a luxação, quem segura o contato são os ligamentos em volta, a cápsula articular. Quando acontece a saída do contato, há uma frouxidão ou até mesmo lesão desses elementos e o paciente com essa enfermidade pode desenvolver luxações subsequentes. Ou seja, ficar com uma frouxidão articular e a qualquer movimento a articulação novamente “sair do lugar”. A terapia para isso é fisioterapia, em parte, pois se grau de luxação ou de lesão peri-articular foi pouca, sem lesão extensa de ligamento ou cápsula, a fisioterapia vai promover um reforço muscular, fortalecimento (estabilizadores dinâmicos e estáticos) das estruturas contráteis dos músculos que estão em volta da circulação e volta-se a ter algum grau de estabilidade nessa lesão. Mas, se a lesão for extensade ligamentos (luxações recorrentes) tem de fazer tratamento cirúrgico: reconstruindo os ligamentos, fazendo reforço articular, para que o paciente possa ter estabilidade na articulação. Imagem - escápula: • Região posterior (figura da esquerda): temos as fossas - supra espinhal e infraespinhal. • Região anterior (figura da direita) é onde está a região subescapular. Na fossa anterior temos o músculo subescapular. • Visão lateral (figura do meio): temos uma curvatura que serve para apoiar essa superfície sobre o gradil costal. Da a impressão que a escápula está olhando um pouco para baixo e um pouco para frente. Úmero 4 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço Faz parte do complexo ombro-braço (articulação do membro superior). É um osso longo que tem 2 epífises: a distal e proximal. O meio é o corpo/diáfise. A epífise proximal tem a cabeça (parte arredondada), depois vem o corpo e lá já na região próxima ao cotovelo ele alarga e fica achatado. Regiões do úmero: • Cabeça: em vermelho, é medial. • Colo anatômico: em amarelo • Tubérculo maior: em verde, é mais lateral e mais posterior. • Tubérculo menor: em azul, ele só é anterior. Obs: entre os 2 tubérculos tem-se um sulco intertubercular. Nesse sulco passa o tendão do bíceps (sulco bicipital). • Colo cirúrgico: em preto, parece um pescoço, divide a epífise proximal da diáfise. Ocorrem muitas fraturas nesse local, cujo tratamento geralmente é cirúrgico. • Diáfise: no seu terço médio passa o nervo radial que sai posteriormente pra região anterior e de medial para lateral, no sulco do nevo radial. A importância anatômica desse nervo é que quando a diáfise fratura pode lesionar esse nervo. Na emergência, se chegar um paciente com esse tipo fratura, temos que fazer o movimento de extensão do punho, pois este é feito pelo nervo radial. O paciente chega com a mão caída, não conseguindo estendê-la ou dar legal. Radiografia: acrômio, processo coracóide e ligamento coraco-acromial fazendo um arco (destacou em amarelo); tem-se também a articulação glenoumeral entre a glenoide e o úmero. Quando essa articulação sai do lugar, a superfície da glenóide perde contato com cabeça umeral. • Radiografia normal (raio-x da esquerda): Há contato entre glenóide e úmero. • Luxação de ombro (raio-x da direita): é muito comum nas emergências. A glenóide está distante da cabeça umeral. O espaço marcado em preto na figura da direita mostra-se aumentado com relação à imagem da esquerda. Esse espaço sub-acromial (abaixo da cabeça umeral) aumenta. Faz-se nesse caso a redução para colocar de volta na posição anatômica. 90% das luxações são anteriores, mas não dá para ver nessa incidência de RX, apenas na incidência axilar é possível diferenciá-la. Quando falamos de articulação, temos o acrômio com a clavícula, embaixo do espaço tem a cabeça do úmero. • Lábio da glenóide: é uma fibrocartilagem que aumenta a superfície da glenóide. A parte óssea da glenóide é rasa, não envolve totalmente a cabeça do úmero, mas a parte cartilaginosa em volta (lábio) amplia esse contato sobre a cabeça umeral. Mesmo assim, não é o suficiente para dar a estabilidade que por ex: o acetábulo tem em relação ao fêmur, pois o acetábulo abraça o osso sobre a cabeça femoral. Na parte de cima da clavícula, não tem osso nenhum. Abaixo, tem-se o m. deltoide na lateral e passando pela região abaixo do acrômio e acima da cabeça do úmero temos a cabeça supra- espinhal. • Bursa/bolsa sub-deltóidea/ Bursa sub-acromial: sinônimos (figura da direita em azul). Bursa é uma estrutura/ coxim de gordura que ajuda a absorver impacto ou ajuda no deslizamento de estruturas tendinosas. Evita que o impacto entre o acrômio e a cabeça umeral prejudique o tendão do supra espinhal tendo a síndrome do impacto. Quando a bursa inflama chama-se bursite e tem os sinais flogísticos: dor, rubor, calor, tumor e limitação funcional do paciente. 5 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço A Bursa é essa estrutura grande e cinza na imagem acima, mas na vida real é um tecido amarelo bem delimitado. Serve de coxim para o arco entre o acrômio o coracóide e a passagem do músculo supra espinhal. Imagem: prestar atenção também no sulco intertubercular (entre os tubérculos maior e menor no úmero), passando neste, o tendão do bíceps (estrutura clara). Relembrando as partes do úmero: Imagem anterior do úmero (figura à esquerda): • Cabeça; • Colo anatômico: tem uma linha onde finaliza a superfície lisa por conta da cartilagem e inicia a parte do tubérculo que tem inserções musculares. • Sulco intertubercular; • Tubérculo anterior. Imagem posterior do úmero (figura da direita) • Tubérculo maior (visão posterior): imagem da direita. • Sulco radial: passa o nervo radial. Imagem: placa no colo cirúrgico para correção de uma fratura. Observe a fratura no colo! Partes do úmero distal. Tem-se uma superfície articular dividida em duas: • Capítulo: é arredondada, lateral e serve para se articular com o rádio. • Tróclea: Forma de carretel; se articula com a ulna. Todas essas estruturas supracitadas formam a articulação do cotovelo. Na parte de cima dessa superfície articular tem-se 2 saliências ósseas denominadas de epicôndilos. Côndilos são superfícies articulares redondas que se articulam com superfícies aprofundadas. E o que está acima dos côndilos são os epicôndilos que dá origem aos músculos flexores no epicôndilo medial e dos extensores do antebraço que vem do epicôndilo lateral. Lembrar: Complexo de 4 articulações, sendo a glenoumeral (o leigo chama de ombro) a principal dela, a que tem maior movimento. Musculatura do braço e ombro Quando a gente fala de músculos do ombro, temos que entender que são músculos que se originam primariamente da escápula e que vão atuar sobre o úmero. Ou seja, passa por aquela região da articulação glenoumeral. Basicamente são os músculos que atuam na articulação glenoumeral. São seis músculos que compõem esse complexo de músculos do ombro e basicamente 4 deles têm uma maior função de estabilização do que de mobilidade. Em relação a estabilização, existe algumas estruturas anatômicas que produzem a estabilidade de uma articulação. A primeira delas é o contato das superfícies ósseas (superfície óssea englobando outra superfície → maior estabilidade); a segunda é a quantidade de ligamento, espessura da cápsula articular, presença de alguma estrutura 6 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço fibrocartilaginosa (Ex. joelhos – meniscos; quadril – estrutura de cartilagem na borda do acetábulo; ombro - lábio da glenoide, que amplia a profundidade da cavidade, abraçando mais/ampliando o contato com a cabeça do úmero. Todas essas estruturas que foram ditas até agora são estabilizadores estáticos, ou seja, são estruturas que não se movem – não tem movimento próprio, elas acompanham o movimento da articulação. Também existe as estruturas que são os estabilizadores dinâmicos da articulação. São aqueles que têm contração, ou seja, os músculos, e transpõe a articulação. Isso significa que ele se iniciou em uma estrutura óssea antes daquela articulação, passou sob aquela articulação, e terminou em uma estrutura óssea após a articulação. • Músculos monoarticulares: passam apenas por 1 articulação; • Músculos biarticulares: passam por 2 articulações. Ombro: Em relação a estabilidade, os estabilizadores dinâmicos (se contraem durante o movimento, aproximam as articulações) são os músculos que fazem parte no manguito rotador: supra-espinhal, infra- espinhal, redondo menor e subescapular. Pode acontecer: síndrome/lesão do manguito rotador. Dos 6 músculos que nascem na escápula e terminamno úmero, que atuam sob a articulação glenoumeral, 4 deles são bastante responsáveis pela estabilidade dinâmica dessa articulação. Eles se contraem durante o movimento do úmero sobre a escápula para dar estabilidade e evitar a luxação, por exemplo. Músculos do ombro 1. Deltóide: é o músculo que recobre toda a região do ombro, responsável pelo seu formato arredondado. É o mais superficial. Tem porção anterior, média (parte lateral) e posterior. Tem a forma de um triângulo invertido (parte mais larga superior, onde se origina clavícula, acrômio e espinha da escápula). Se insere no terço médio da porção lateral do úmero, região chamada de tuberosidade deltoidea (T-deltoide). 2. Supra-espinhal: localizado acima da espinha da escápula, na região da fossa supraespinhal. 3. Infra-espinhal: localizado abaixo da fossa infra- espinhal que também vai para região proximal/ tuberosidade do úmero. 4. Redondo menor: Fica abaixo do músculo infra- espinhal e se origina na região da borda lateral. • Os músculos supra-espinhal, infra-espinhal e o redondo menor caminham em direção ao tubérculo maior do úmero. 5. Redondo maior: nasce na ponta na escápula e vai para região um pouco abaixo do colo cirúrgico do úmero. Ele não passa por trás do úmero, passa como se fosse por “dentro” da axila e vai para região um pouca a frente e abaixo do colo cirúrgico. 6. Subescapular: vai para o tubérculo menor, que fica na frente da escápula, na fossa. Desses os 6 músculos, apenas 2 não estão relacionados com os tubérculos: redondo maior e deltoide. Os outros 4 são relacionados ao manguito rotador. Os tubérculos estão na frente e atrás, envolvendo a cabeça do úmero, e é justamente onde está a inserção desses músculos para poder forçar a cabeça em contato com a glenóide, gerando estabilidade. PROVA: Saber os músculos do manguito rotador (aqueles que se inserem nos tubérculos/tuberosidades do úmero): Supra-espinhal, infra-espinhal, redondo menor → tubérculo maior; Subescapsular → tubérculo menor. Lembrar: manguito rotador tá relacionado com estabilidade do ombro e é composto por 4 músculos. Vista anterior X Posterior • Vista anterior: Clavícula, acrômio, processo coracóide (formação do arco coracoacromial), toda região anterior da escápula (fossa escapular - 7 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço músculo subescapular), que faz o trajeto tipo em leque e vai para o tubérculo menor. Eu sei que é tubérculo menor, porque é anterior e tá passando pelo tendão do bíceps, que passa na região da goteira/sulco intertubercular. O músculo subescapsular vai para o tubérculo menor. • Vista posterior: O marco anatômico (Dá até pra palpar. Se for magro → melhor ainda) é a espinha da escápula. Acima dessa espinha, na fossa supraespinhal, temos o músculo supra-espinhal e abaixo dessa espinha temo o músculo infra espinhal, na fossa infraespinhal. E na borda espinhal, um pouco abaixo do infraespinhal, temos o músculo redondo menor. Todos esses 3 vão para o tubérculo maior. Importante lembrar quem forma o manguito rotador e quem vai pra onde (3 vão o tubérculo maior e 1 para o menor). O redondo maior, assim como o deltoide, vai lá para o úmero, longe dos tubérculos. Músculos mais superficiais: Recobrindo tudo, tem o deltóide, que dá o formato arredondado do ombro. Músculos do braço Saber que existe o bíceps e tríceps já mata 50% dos músculos do braço. Eles fornecem movimento para o cotovelo (apesar de chamarmos eles de mm. do braço). Dois deles são biarticulares, passando pelo ombro e pelo cotovelo (como o bíceps e o tríceps). A princípio, eles fazem mais o movimento no cotovelo. • Contração do bíceps → flexiona o cotovelo; • Contração do tríceps → estende o cotovelo. A musculatura do braço, divide-se em apenas duas regiões: anterior e posterior. Tudo que está na frente, é considerado flexor do cotovelo e tudo que está atrás é considerado extensor. São separados pela fáscia, que forma septo entre os músculos (isola o corpo do bíceps na frente e o do tríceps atrás). ANTERIOR (FL EXORES DO COTOVELO) : O mais superficial é o bíceps (mostrado pela seta). O nome correto é músculo bíceps braquial, já que temos um músculo na coxa que se chama bíceps femoral. O bíceps faz a parte anterior e superficial do braço, estando à frente do úmero. Se eu tirar o bíceps, abaixo dele, eu tenho mais 2 músculos da região anterior: 1. Músculo que vem do processo coracóide da escápula para o terço médio do braço: mm. coracobraquial (metade superior) 2. Músculo que vem do terço médio do braço para a região da ulna: mm braquial (metade inferior). Quando se fala em bíceps, a gente entende que tem duas cabeças, pois na região proximal ao ombro, tem uma divisão: • Cabeça medial: vem do processo coracoide; • Cabeça lateral (cabeça longa): passa pelo sulco intertubercurlar. Vai se inserir acima da glenóide. Bíceps se insere na região do RÁDIO. Quando fazemos o movimento de pronosupinação (movimento de virar a 8 Beatriz Machado de Almeida Anatomia – Ombro e braço mão para baixo), a ulna fica parada e o rádio roda sobre a ulna. Quando acontece esse movimento, o bíceps meio que “enrosca no rádio” e acompanha o movimento. Então, quando o bíceps contrai, ele desenrola essa estrutura que está sobre a ulna, e por isso, está fazendo a SUPINAÇÃO (virar a mão para cima). Quando falamos do bíceps, ele é mais importante fazendo a supinação do que flexionando o cotovelo – flexionando o antebraço sobre o braço! Lembrar: • Mão pra cima → Supina; • Mão pra baixo → prona. • Quem supina, pede (mão pra cima). Que prona, dá (mão pra baixo). O principal supinador é o bíceps. Existe outro supinador que também está no antebraço, que ajuda a ¨desrodar¨ o rádio da ulna. Pra rodar a mão pra baixo (pronar), o rádio gira sobre a ulna. Resumo: Parte anterior: 3 músculos, sendo que o mais superficial é o bíceps, que tem 2 cabeças (medial – coracoide; lateral – acima da adenoide (?). Tirei o bíceps, eu vou ter 2 músculos, que meio que se complementam: 1 no terço superior (coracobraquial – vem do coracoide) e um do meio do braço pra ulna (braquial). POSTERIOR (EXTENSOR DO CO TOVELO) : Tríceps - TRI (3) CEPS (cabeças)- que na verdade são 3 PORÇÕES. • Acima do ombro, passando por ele: cabeça longa (colocada em vermelho) - vem da região inferior da glenóide, transpondo a articulação glenoumeral e vem junto com a porção lateral e média para o olecrano em tendão único - tendão do tríceps. Responsável pela extensão do cotovelo. • Porção lateral (destacada em verde) e superior. Quando eu retiro essa porção, vai sobrar a porção média. • Porção média: está por baixo dessa região = inferior e medial (sinalizada com seta na imagem abaixo): No meio do tríceps, vai passar uma corda de nervos, que pode ser lesado durante fratura da diáfise de úmero, que é o nervo radial. Tal nervo, está em contato direto com a parte óssea do úmero e é recoberto pelo tríceps. É bom porque protege o nervo, mas como está encostado com o osso, pode ser lesionado. Lembrar: quem forma o manguito rotador, quem está inserido em cada tubérculo; divisões do braço (anterior → flexores de cotovelo. Bíceps, coracobraquial e braquial; posterior → extensores de cotovelo. Tríceps com suas 3 porções). É meio que um equilíbrio: 3 músculos da frente e ¨3 músculos¨ atrás.
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