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TCC HOLDING IMOBILIARIA

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1 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
FERNANDA CORRÊA 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOLDING UMA EVOLUÇÃO PARA O PLANEJAMENTO PATRIMONIAL E 
SUCESSÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
2 
 
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
FERNANDA CORRÊA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOLDING UMA EVOLUÇÃO PARA O PLANEJAMENTO PATRIMONIAL E 
SUCESSÓRIO 
 
 
 
 
Monografia apresenta como requisito 
para a graduação do Grau de 
Bacharel em Direito da Universidade 
São Judas Tadeu. 
Orientador: Aarão Miranda 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
3 
 
Fernanda Corrêa 
 
 
 
 
HOLDING UMA EVOLUÇÃO PARA O PLANEJAMENTO PATRIMONIAL E 
SUCESSÓRIO 
 
 
 
 
Monografia apresenta como requisito 
para a graduação do Grau de 
Bacharel em Direito da Universidade 
São Judas Tadeu. 
 
Orientador: Aarão Miranda 
 
Aprovado em: 
 
Banca examinadora: 
Presidente: 
 
___________________________ 
Nome: 
 
Examinadores: 
 
__________________________ 
Nome: 
 
__________________________ 
Nome: 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico a todos vocês que sempre esteve ao 
meu lado, prestando apoio e incentivo, em 
especial meus gatos, meu pai, e claro, aos 
professores que me guaiaram, e 
contribuíram para que esse trabalho fosse 
possível. 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Quero agradecer a todas as pessoas que me auxiliaram e tornaram possível que 
este trabalho fosse desempenhado. Um agradecimento ao meu professor orientador 
Aarão Miranda, pela competência, paciência, dedicação dando a orientação 
necessária na realização durante o desenvolvimento deste trabalho. Agradeço 
principalmente ao meu pai, minha madrinha, meu gato, namorado e meus amigos 
por todo o companheirismo, compreensão e pela confiança creditados que se tornou 
fundamenta para o desenvolvimento do mesmo. Agradeço a todas as pessoas que 
tornaram este trabalho possível, e foram responsáveis pelo meu sucesso, 
professores, autores. Sou o resultado da confiança e força de todos vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Faça da pedra de tropeço um degrau de subida, 
transforme cada fato negativo em uma experiencia 
positiva.” 
 
Bruce Lee 
 
 
 
7 
 
RESUMO 
 
A empresa de tipo Holding, geralmente, utilizada por empresários, pois, seus 
benefícios são dos mais plausíveis, cabendo analisar caso a caso sua viabilidade 
para empresa, por sua vez muito vantajosa. 
Neste ensaio, examina-se a viabilidade de constituição de uma holding nos 
independentes grupos de empresa. A metodologia utilizada para realização deste 
trabalho teve com intuito informar as mais diversas vantagens e claro as 
desvantagens de se optar por este tipo de sociedade; o intuito é mostrar as 
inúmeras possibilidades para que uma família possa transladar seus bens sem 
problemas futuros, evitando assim, desgastes, agilizando o processo de sucessão. 
Nos estudos realizados foi possível encontrar as melhores formas de optar por este 
tipo de segmento, bem como a integralização do capital social, comparando 
possíveis custos com a futura sucessão realizada através de inventários e através 
de sucessão em vida por meio de uma holding. 
 
Palavras-chave: Empresas familiares. Holding. Sucessão. Vantagens e 
desvantagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
The holding company is generally used by entrepreneurs today, therefore, its 
benefits for the company, and its viability for the company should be analyzed on a 
case-by-case basis, which in turn is often advantageous. In this essay, examine the 
feasibility of setting up a holding company in the independent groups of companies. 
The methodology used to carry out this work was intended to inform the most diverse 
advantages and of course the disadvantages of choosing this type of society, the 
intention is to show the countless possibilities for a family to move their goods without 
problems thus avoiding future wear and tear, streamlining the succession process. In 
the studies carried out, it was possible to find the best ways to opt for this type of 
segment, as well as the payment of the share capital, comparing possible costs with 
the future succession carried out through inventories and through succession in life 
through a holding company. 
 
Keywords: Family businesses. Holding. Succession. Advantages and disadvantages. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Modelo tridimensional da empresa familiar Pág. 25 
Figura 2 - Holding e sucessão Pág. 30 
Figura 3 - Constituição de holding familiar Pág. 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
SUMÁRIO 
 
1. SOCIEDADE .................................................................................................................................... 13 
2. A DEFINIÇÃO DE HOLDING ............................................................................................................ 17 
3. SURGIMENTO DO TERMO HOLDING ............................................................................................. 18 
4. TIPOS DE HOLDING ........................................................................................................................ 21 
5. EMPRESA FAMILIAR E SUCESSÃO .................................................................................................. 23 
6. HOLDING FAMILIAR E SUCESSÃO .................................................................................................. 29 
7. VANTAGES E DESVANTAGENS NO PROCESSO SUCESSÓRIO ......................................................... 31 
8. CONSTITUIÇÃO DE UMA HOLDING ............................................................................................... 38 
9. PLANEJAMENTO FAMILIAR, PATRIMONIAL E SUCESSÓRIO .......................................................... 40 
10. BLINDAGENS PATRIMONIAIS ..................................................................................................... 43 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 45 
12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem como objetivo mister tratar das questões atinentes ao 
tema holding familiar, bem como qual a sua finalidade e de que maneira é 
constituída. 
Em suma, holding familiar é uma sociedade na qual visa trazer seguridade ao 
patrimônio de uma respectiva família, além de propor uma maneira pertinente para 
administrar todo um complexo de bens familiar. 
Ademais, será abordado de maneira coesa e sintática quais as vantagens e 
desvantagens de uma holding, quais os principais objetivos e como ela se encaixa 
no âmbito brasileiro. 
Segundo Mamede (2012, p. 55) O Holding pode centralizar a administração 
das diversas sociedades e unidades produtivas, dando-lhes unidade, estabelecendo 
metas e cobrando resultados. Dessa maneira, torna-se núcleo de irradiação de uma 
cultura empresarial (benchmarking) que pode até influenciar sociedades nas quais 
tem simples participação societária e não controle. 
O objetivo da pesquisa realizada é demonstrar que holding proporciona que a 
família mantenha o controle sobre a empresa ou patrimônio, mas ao mesmo tempo 
possibilita que estes herdeiros, caso não tenham aptidão suficiente para gerir os 
negócios, que a condução destes se dê por profissionais, de modo a garantir que 
não seja realizada administração que coloque em risco o patrimônio, protegendo ossócios herdeiros e assegurando sua subsistência. 
Portanto, entende-se como um método cabível a instituição de uma holding, 
de modo a possibilitar uma gestão apropriada aos bens da família e que garantirá 
uma proteção ilibada. 
O planejamento sucessório por meio da formalização de uma holding familiar 
patrimonial eliminará parte expressiva da carga tributária que incide regularmente 
sobre os processos de inventário e partilha, tais como o ITCMD (Imposto Estadual 
de Transmissão Causa Mortis), o que gerará uma certa isenção fiscal. 
Logo, aqui fala-se na bem-vinda possibilidade de não pagar impostos 
incidentes no momento da transmissão por via do direito sucessório, o que gerará 
certo conforto tributário aos envolvidos. 
12 
 
Sobretudo, reitera-se, uma vez mais, o quão benéfico será para os optantes 
dessa modalidade, de modo a lhes evitar quaisquer litigâncias em uma eventual 
partilha, o que, por si só, com a existência de uma lide, dada as circunstâncias ora 
aquecidas, fazem com que contendas causem um colapso e crises familiares. 
Segundo Mascarenhas (2012, p. 45), a palavra método vem do grego 
methodos, que significa caminho, em português. Método é um conjunto de técnicas 
que norteiam uma pesquisa ou estudo em que se busca uma resposta. Neste caso, 
caminho percorrido para obter uma conclusão cientifica. 
A metodologia de pesquisa adotada consiste em estudo monográfico de 
caráter exploratório, utilizando como fonte de consulta e análise a legislação 
brasileira, a doutrina correlata e a jurisprudência pertinente. 
Realizada a coleta de informações, dentre artigos e livros, leva ao 
conhecimento das questões envolventes de sociedades, holding e empresa familiar. 
Aponta âmbito qualitativo, dado que o estudo possui como objetivo a 
identificação das vantagens de um planejamento de uma holding no processo 
sucessório de uma empresa familiar, de modo a esclarecer o assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1. SOCIEDADE 
 
A lei das S/A, situa-se tratamento jurídico complementar as holdings, em seu 
artigo 245, § 2, abordando sociedades controladoras e controladas, onde abrande as 
Holdings. 
 
Art. 243, § 2°- Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, 
diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio 
que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações 
sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. 
 
Carvalhosa (2009, p. 103) pactua em desrespeito da lei das S/A não haver 
uma previsão no texto das sociedades anônimas, não se faz impedido que a 
sociedade holding seja constituída também em sua forma limitada, ou até mesmo 
em outros tipos societários, pois, a terminologia não se remete a apenas um tipo 
societário. 
Desta forma, a Holding pode ser constituída em sua forma de sociedade 
anônima ou limitada, uma vez que, respeite os requisitos legais já impostos a cada 
uma das sociedades. 
Tratando da sociedade limitada constitui-se quando duas ou mais pessoas se 
juntam, formando a empresa através de um contrato social, como preceitua o artigo 
1.052 do Código Civil de 2002: “Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada 
sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela 
integralização do capital social.” 
Encontram-se duas características que tornam a opção pela sociedade a 
limitada atrativa para empresários, limitação de responsabilidade de sócios e a 
contratualidade. Esta primeira refere-se à integralização das quotas, tornando-se 
assim, responsável solidariamente pela integralização total do capital social. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Uma vez integralizado o capital social, continuam os sócios a responder 
pelo mesmo, em caso de ser ele desfalcado, na vida da sociedade […] O 
legislador brasileiro deu aos sócios a responsabilidade pelo total do capital 
social, razão por que, muito embora achando errada essa norma da lei 
brasileira, julgamos que ela é a que, segundo a regra legal em vigor, 
expressamente marca a responsabilidade dos sócios, devendo esses, 
assim, em qualquer circunstância, mesmo depois de integralizado o capital, 
responder pela integralidade do mesmo. (MARTINS, 2002, p.206) 
 
Já a característica, da contratualidade, de relevante importância para a 
holding familiar: 
 
A segunda característica que motivou a alarga utilização desse tipo 
societário é a contratualidade. As relações entre os sócios podem pautar-se 
nas disposições de vontade destes, sem os rigores ou balizamentos 
próprios do regime legal da sociedade anônima, por exemplo. (COELHO, 
2008, p.153). 
 
Atualmente um dos grandes problemas envolvendo a sociedade limitada é a 
perda da affectio societatis, que, via de regra, leva à sua dissolução parcial ou 
total. 
Segundo Fargosi, (2003, p. 8): A "affectio societatis" é vontade de cada socio 
de adequar sua conduta e seus interesses pessoais, e que não coincide com as 
necessidades da sociedade para o cumprimento de seu objeto, é através desta 
conduta que se mantem durante a vida da sociedade uma situação de igualdade e 
equivalência entre os sócios, com esta conduta prevê que cada um deles tomem 
uma conduta que tenda a prevalência do interesse comum, tendo como objetivo a 
realização dos interesses pessoais. 
Entretanto, não é pacífico o conceito de affectio societatis. Por esse ponto de 
vista, entende Carlos Antônio Goulart Leite Jr (2006, p.112): O que pode ser vago ou 
impreciso é a definição de affectio, está sim carente da clareza reclamada. Esta 
indefinição resulta do caráter extraordinariamente abstrato e, portanto, subjetivo da 
affectio societatis em si mesma e sua origem genética(...). 
 
 
 
15 
 
Grande parte das empresas limitadas, predominantes de pessoa, seu 
principal pilar consiste na confiança que os sócios tem entre si, considerado 
a base da affectio societatis. Pertence a um conjunto de esforços entre os 
sócios para alcançar um objetivo em comum. (COLEHO, 2008, p.190) 
 
Conclui-se com Fábio Ulhoa Coelho (2008, p. 76) que qualquer situação 
que prejudique o andamento pode comprometer seriamente a continuidade, 
podendo ser responsável por prejuízos significativos ao coletivo e de seus bens. 
Contudo, veremos adiante que a ruptura por si só, não acarretaria a 
dissolução da empresa. Pois, veremos que no Código Civil, em seu art. 1.085, 
estabelece a possibilidade de exclusão do sócio em razão do acometimento de falta 
grave, desde que no contrato social haja a previsão de exclusão do sócio por justa 
causa. 
 O entendimento jurisprudencial vem se transformando, exigindo que para 
exclusão dos socio seja comprovada a justa causa, não basta apenas a alegação da 
quebra de affectio societis. 
Neste sentido, merece destaque o julgado a seguir colacionado: 
 
CIVIL E COMERCIAL. RECURSO ESPECIAL. DISSOLUÇÃO PARCIAL DE 
SOCIEDADE. EXCLUSÃO DE SÓCIO. QUEBRA DA AFFECTIO 
SOCIETATIS. INSUFICIÊNCIA. 
(...) 5. Para exclusão judicial de sócio, não basta a alegação de quebra 
da affectio societatis, mas a demonstração de justa causa, ou seja, dos 
motivos que ocasionaram essa quebra. STJ - REsp 1.129.222-PR, 3ª 
Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/06/2011. (g.n.). 
 
O voto emitido pela ilustre ministra relatora Nancy Andrighi, traz uma 
modificação no entendimento das cortes de justiça, tendo em vista a quebra 
da affectio societatis por si só já gerava motivo suficiente para que se procedesse 
com a exclusão ou com a retirada do sócio da sociedade, temos a partir desse 
julgado o entendimento a Colenda Corte Superior de Justiça é de que a perda 
da affectio societatis "autorizaria apenas a retirada dos autores, não a exclusão dos 
réus. Essa última, para ser deferida, exigiria a prova do descumprimento das 
obrigações sociais ou, pelo menos, de quem deu causa à quebra da affectio 
societatis". 
16 
 
Desta forma, passou a ter relevânciaprovar quanto a culpa pela quebra de 
affectio societatis, que até então não era necessária de acordo com o 
posicionamento pacificado do Superior Tribunal de Justiça. 
Optando pela opção de holding familiar abre-se o favorecimento para aqueles 
que desejam impedir o ingresso de terceiros estranhos na família como sócios. 
Caso, este seja o objetivo da família, a limitada permite um alcanço dessemelhante 
à anônima: “Ao contrário do que se verifica na sociedade anônima típica, em muitas 
limitadas os sócios se conhecem desde antes da constituição da sociedade, e não 
raro são amigos ou parentes, frequentam-se”. (COELHO, 2008, p. 109). 
Neste sentido temos que sociedade anônima sendo uma sociedade de 
capitais o que importa é a união de capitais, e não a pessoa do acionista, tornando-
se ilusório o intuito personae. A incisão de estranhos no quadro societário não 
depende da aprovação da dos demais sócios. 
As sociedades anônimas são destinadas principalmente, a grandes 
empreendimentos. Sua formação dá-se pela divisão de ações, com as contribuições 
dos sócios – acionistas contribuem para o desenvolvimento das atividades 
econômicas da sociedade. 
Constata-se desta forma, que há uma diferença entre os tipos de sociedade 
apresentados, a sociedade limitada e anônima, a escolhe dependerá do dos 
objetivos da constituição da holding. 
Grande parte das holdings familiares acabam por optar pela limitada, por 
possibilitar uma maior segurança dentre seus sócios em relação ao seu quadro 
societário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2. A DEFINIÇÃO DE HOLDING 
 
Uma holding pode ser uma maneira conivente para que não haja posterior 
conflito sucessório. Primeiramente, uma holding familiar constitui-se em uma forma 
preventiva de se realizar a antecipação de herança, em que o instituidor transferirá 
aos seus herdeiros as quotas-partes. 
Tratando-se de empresas familiares, é evidente que nestas corporações 
muitas vezes as discussões e brigas surgem em decorrência da confusão entre 
ambiente familiar e empresarial, de modo que as decisões não são tomadas de 
forma racional, mas sim, de maneira sentimental, o que pode acarretar grandes 
riscos às operações. 
No mais, quando bem conduzido, este processo é feito com a participação da 
geração da família que estiver viva, o que permite que sejam analisadas as 
características pessoais de cada herdeiro, permitindo não somente que se delimite a 
futura transferência patrimonial, mas já defina como será a administração destas 
empresas, pelos próprios herdeiros ou por profissionais. 
A Holding pode centralizar a administração das diversas sociedades e 
unidades produtivas, dando-lhes unidade, estabelecendo metas e cobrando 
resultados. Dessa maneira, torna-se núcleo de irradiação de uma cultura 
empresarial (benchmarking) que pode até influenciar sociedades nas quais tem 
simples participação societária e não controle. (MAMEDE, 2012, p. 55). 
O planejamento sucessório por meio da formalização de uma holding familiar 
patrimonial eliminará parte expressiva da carga tributária que incide regularmente 
sobre os processos de inventário e partilha, tais como, o ITCMD (Imposto Estadual 
de Transmissão Causa Mortis), o que gerará uma certa isenção fiscal. 
Logo, aqui fala-se na bem-vinda possibilidade de não pagar impostos 
incidentes no momento da transmissão por via do direito sucessório, o que gerará 
certo conforto tributário aos envolvidos. 
Sobretudo, reitera-se, uma vez mais, o quão benéfico será para os optantes 
dessa modalidade, de modo a lhes evitar quaisquer litigâncias em uma eventual 
partilha, o que, por si só, com a existência de uma lide, dada as circunstâncias ora 
aquecidas, fazem com que contendas causem um colapso e crises familiar. 
 
18 
 
3. SURGIMENTO DO TERMO HOLDING 
 
Faz-se necessário transcorrermos ao final do século XIX, alguns países da 
Europa, como Inglaterra, França e a Alemanha, houve um aumento no volume de 
empresas. Surgindo, assim, a grande crise conhecida como a Grande Depressão 
(1880 e 1896), pois, o mercado passou a ter mais empresas e produtos do que 
consumidores para tais mercadorias, causando assim, um imenso prejuízo as 
empresas. Conforme relato de (MIRANDA, 2011, p. 14). 
Este aumento ocasionou uma instabilidade financeira levando aos 
empresários a pensarem em soluções para evitar a perda de capital. Ao final da 
Depressão, a centralização do capital tornou-se um habito, dando inicio assim aos 
conhecidos monopólios. 
 
O monopólio existe quando há um vendedor no mercado para um bem ou 
serviço que não tem nenhum substituto e quando há barreiras na entrada de 
empresas que tencionem vender o mesmo bem ou um bem substituto. 
Estas barreiras protegem o vendedor da concorrência. (MIRANDA, 2011, 
P.7) 
 
O disposto por Miranda, leva à conclusão que o monopólio foi o antecessor da 
holding, visto que o mesmo, mensurava o controle de um determinado setor. 
Surgiram também, alguns outros métodos para o melhorar a situação em que 
se encontravam, porém, houveram algumas, proibições o que levou empresários, 
advogados e administradores a desenvolverem o método que não ferie-se a 
legislação, dando continuidade a ideia os juristas chegaram ao objetivo dando inicio 
as holdings, deste modo, vários empresários puderam administrar suas empresas 
sem necessidade de serem os proprietários, sendo sócios. 
PENA (2017, p. 57) Acrescenta, também, com a constituição das holdings foi 
possível que os administradores fizessem seus consumidores acreditarem que 
teriam a liberdade pela escolha dos produtos de empresas diferentes, embora no 
final o resultado voltaria sempre para a empresa original. 
A holding surgiu no Brasil por volta de 1976 representada através da lei n. 
6.404, também conhecida como a Lei das Sociedades Anônimas. 
19 
 
A Holding pode ser definida, em linguagem simples, como uma empresa cuja 
finalidade básica é manter ações em outras empresas. A origem da expressão 
Holding está no verbo do idioma inglês to hold, que significa manter, controlar ou 
guardar (OLIVEIRA, 1999, p. 19). 
A terminologia de holding origina-se do verbo inglês to hold, tendo como 
classificação segurar, controlar, manter. Quando tratado de holding no caso das 
sociedades, denominamos como uma sociedade, com o intuito de envolver-se com 
outras sociedades, através de quotas ou ações de capital, dento o objetivo de 
domínio sobre as sociedades. 
CARVALHOSA (2009, p. 205) menciona que as holdings são sociedades não 
operacionais que tem seu patrimônio composto de ações de outras companhias. 
São constituídas para o exercício do poder de controle ou para a participação 
relevante em outras companhias, visando, constituir a coligação. Em geral, essas 
sociedades de participação acionária não praticam operações comerciais, apenas a 
administração de seu patrimônio. Quando exerce o controle, a holding tem uma 
relação de dominação com as suas controladas, que serão suas subsidiárias. 
Conforme aponta Zanetti (2012, p. 145), holding é uma figura econômica, 
responsável por permitir que o empresário participe de mais de uma sociedade 
(simples, limitada e por ações), utilizando sua participação com a resultado de 
controle. 
De acordo com Lodi (2004, p. 89), a holding tem uma visão voltada para o 
interior da empresa, resguardando o patrimônio e os ativos da mesma, organizando 
e reorganizando o organograma empresarial, com o enfoque a produtividade e não o 
produto ofertado e como meta, a rentabilidade, econômica e proteção do grupo 
gestor. 
Holding é uma ferramenta legal, que vem trazendo a concepção de tornar os 
grupos econômicos fortes e com potencial para suportar as possíveis crises que 
podem surgir. Seus objetivos são destacados da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
20 
 
[...] resguardar os interesses de seus acionistas, através da interação em 
várias empresas e negócios; agir como acionista principal das empresasafiliadas, podendo, inclusive, ter a gestão administrativa dos negócios; 
administrar o portfólio de investimentos do grupo empresarial; prestar 
serviços centralizados às empresas do grupo, atuando, neste caso, como o 
embrião de uma administração corporativa; representar o grupo empresarial 
de forma estruturada e homogênea, principalmente a partir da consolidação 
de um conjunto de políticas de atuação administrativa (OLIVEIRA, 1995, 
p.19). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4. TIPOS DE HOLDING 
 
Parte da doutrina classifica as duas modalidades sendo a pura e a mista. 
Compreende Lodi e Lodi (2004, p. 104) que a Pura tem como objetivo a participação 
do capital de outras sociedades, deste modo, sendo apenas a controladora. Quando 
tratado da mista, visa a exploração de diferentes atividades empresariais, sendo 
responsável por contribuir, também, com bens e seus serviços. 
Além dos tipos citados como principais reconhece-se outras classificações 
como: holding administrativa, holding de participação, holding familiar. 
Para Lodi e Lodi (2004, p. 107) existem vinte e dois tipos de Holding sendo: 
a) Holding Pura: irrelevante perante a legislação tributária, utilizada somente 
em casos emergenciais; 
b) mista: função da pura com a prestação de serviços; 
c) controle: assegura o controle societário de outras e o domínio do próprio 
negócio; 
d) participação: quando a participação é minoritária, porém a interesse 
pessoal em continuar na sociedade; 
e) principal: denominação antiga onde a Holding era vista no topo com função 
28 simplesmente decorativa e custosa; 
f) administrativa: administração profissionalizada das operadoras; 
g) setorial: sua função é agrupar as empresas por seus objetivos; 
h) Holding alfa ou Holding piloto: estabelece e administra o planejamento 
estratégico e os princípios entre sócios através de acordos societários; 
i) familiar: tem a função de separar grupos familiares, evitando que conflitos 
naturais do grupo interfiram na sociedade; 
j) patrimonial: visa acumular investimentos e auxiliar na sucessão, com 
economia de tributos sucessórios e imobiliários. Segundo o autor a mais necessária 
atualmente; 
l) derivada (Holding Ômega): transformação de uma empresa já existente em 
Holding. Situação vantajosa quando a sociedade a ser transformada já possui bens 
imóveis relevantes; 
m) cindida: usada para prevenir, impedir separações passionais; 
22 
 
n) incorporada: necessita de um controle maior, junção de culturas de cima 
pra baixo; 
o) fusionada: usada em parceira de negócios; 
p) isolada: somente utilizada quando a necessidade de negociações ou 
entrada de sócios externos; 
q) Holding em cadeia: menor investimento; 
r) estrela: utilizada quando ocorre desenvolvimento da família ou variação do 
grupo; 
s) pirâmide: visa crescimento empresarial ou familiar; 
t) aberta (S/As abertas): objetivo de captação de investidores ou globalização; 
u) fechada (S/A fechadas, Ltda. Etc.): é mais utilizado, pois adequa a entrada 
de novos sócios; 
v) nacional: localizada no Brasil; 
x) internacional: situada no exterior; 
 
Mamede e Mamede (2012, P. 89) define os tipos de Holdings sendo eles: 
a) Holding Pura: Objetivo exclusivo de deter participações em outras 
sociedades, também chamada Holding de participações; 
b) controle: Sociedade de participação destinada a ter o controle de uma ou 
mais sociedades; 
c) participação: Somente função de participar de outras sociedades sem deter 
controle; 
d) administração: Centralizar a administração de outras sociedades 
estabelecendo metas e diretrizes; 
e) mista: Possui participação em outras sociedades e também pratica 
atividade produtiva; 
f) patrimonial: Constituída para ser proprietária de determinado patrimônio; 
g) imobiliária: Criada para ser proprietária de imóveis inclusive para locação. 
 
 
 
 
23 
 
5. EMPRESA FAMILIAR E SUCESSÃO 
 
A família e a empresa são duas instituições sociais distintas e responsáveis 
pela base social e econômica do país. No brasil grande parte das sociedades 
empresárias é familiar, deste modo, é relevante o surgimento de alternativas de 
gestão direcionadas que influenciem a economia do país. 
A sociedade empresária familiar surge com um ideal de unir os membros da 
família, a afetividade e os laços familiares são um ponto positivo para empresas 
desta espécie. 
Segundo Mamede e Mamede (2012, p. 98) A empresa familiar pode ser 
analisada sob dois aspectos, o objetivo e o subjetivo. No primeiro, considera familiar 
a empresa cujas quotas ou ações estejam sob o controle de uma família, podendo 
ser administrada por seus membros. No segundo, é familiar toda empresa em que o 
titular do controle societário entenda como tal, ou seja, sociedades que embora 
estejam sob o controle da primeira geração, destinam-se a se manter com a família 
Para Floriani (2002, p. 106) a empresa familiar originou-se da necessidade de 
se perdurar um negócio, com objetivo de ampliar seu patrimônio familiar com 
participação de seus herdeiros, desta forma, captando os recursos ditos necessários 
para o crescimento e desenvolvimento de sua empresa. Dita a empresa familiar 
como qualquer outra empresa, o que diferencia por sua vez são as características 
societárias, uma vez que a mesma contem membros familiares envolvidos, deste 
modo, nota-se que este tipo de sociedade contém dois campos com interesses 
distintos a família e a organização empresarial. 
Lodi (1998, p. 45) define empresa familiar como aquela em que a sucessão se 
vincula ao fator hereditário e seus valores de organização identificando com um 
sobrenome de família ou com uma figura de seu fundador. Descreve também, que 
este tipo de empresa nasce na segunda geração de líderes, por motivos de seu 
criador decidir conduzir seus sucessores entre seus colaboradores mais antigos. 
Oliveira (1999, p. 100) caracteriza empresa familiar como sendo a sucessão 
de poder decisório de modo hereditária a partir de uma ou mais famílias. Dá-se 
partida deste tipo de organização ligando a fundadores que pertencem à mesma 
família e apresentem as reais intenções de manter os negócios com os valores 
familiares. 
24 
 
A família empresaria vai além de quotas de empresa, estão ligadas a busca 
de sucesso efetivo, ficando os membros responsáveis não só por deliberar, mas, a 
contribuir com empenho seus serviços dando aquele aspecto pessoal ao negócio, 
tendo em vista que toda a atividade desenvolvida pela empresa tivesse a marca, a 
assinatura, ou até mesmo o legado de sua família. Nesse sentido, Carneiro aduz 
que: 
 
Família empresária é aquela que assume a postura destinada a atender, 
concomitantemente, as exigências do bom desempenho dos poderes, 
sendo esses: a) sócios acionistas ou quotistas, com os direitos e deveres a 
ele inerentes; b) administradores do negócio, mediante gestão eficientes 
dos diversos elementos sistematicamente condicionados para a realização 
do objeto da empresa. (CARNEIRO, 2012, p. 80). 
 
Tratando de família dona de seu negócio, é aquela que ocupa a propriedade, 
mas, não se envolve na gestão das atividades empresárias, desta forma, deixa a 
administração a oficio de terceiro. 
Entre essas empresas existe certa competitividade, porém, na empresa 
familiar esta competitividade é interna, consiste na paixão por seu negocio e até 
mesmo a vaidade acarretam uma luta pelo poder e administração da mesma. 
Murakami, Eduardo Jacob aduz que: 
 
A competitividade, então, passou a ser um atributo perverso de 
sobrevivência no mundo empresarial que, além de atingir o ambiente 
externo (competição entre as organizações), pode provocar um rompimento 
de relações entre os próprios sócios ou entre os diretores das empresas 
(competição interna), eis que o conflito pessoal, é quase inevitável quando 
se considera a humanidadeque aí está, a influência das paixões e a luta 
pelo poder. (Murakami, Eduardo Jacob aduz, 2012, p. 78). 
 
Gladston Mamede e Eduarda Cotta Mamede (2012, p. 104) veem a interação 
familiar não só essencial, mas também necessária. A vida da empresa avança sobre 
a vida da família ou das famílias, quando não é o contrário: a vida de uma família 
torna-se a vida da empresa. Não é nada simples. Um observador externo que preste 
atenção apenas às estruturas administrativas, produtivas, mercadológicas etc. Não 
25 
 
perceberá questões vitais sobre a empresa, questões essas que se localizam fora 
dos estabelecimentos empresariais: seu cenário é o ambiente familiar. 
Há alguns doutrinadores e especialistas que discordam a respeito deste 
sucesso na empresa familiar perante o mercado, alegam que a falta de afetividade 
familiar é o melhor caminho para a administração de seus negócio, porém, Gladston 
Mamede (2012, p. 106), discorda e ainda relata o que importa “a qualidade da vida 
societária, da administração societária e da gestão empresarial, sendo que a 
excelência pode estar numa família ou entre técnicos profissionais”. 
Por outro lado o fator família pode ser um grande diferencial frente as demais 
empresas, pois, o elo afetivo colabora em eventuais crises, pois, dessa forma, todos 
os o lutaram com garras e dentes para o desenvolvimento e melhoramento dos 
negócios, pela paixão pela empresa e por ser sua principal fonte de renda, desta 
forma, entende que se e a empresa não vai bem financeiramente, ira ocasionar 
prejuízos nas rendas pessoais. Este tipo de preocupação nem sempre ocorre nas 
demais sociedades, onde este tipo de preocupação é mais superficial, estando os 
funcionários, não tão emprenhados e preocupados com a situação dos sócios, 
apenas com seus próprios empregos. 
Nesse sentido, Panteroni destaca as vantagens competitivas da empresa 
familiar: 
 
a possibilidade de utilização do nome da família para agregar valor aos 
produtos ou serviços comercializados; (ii) a maior propensão dos sócios 
controladores em injetar capital na empresa, em caso de necessidade; (iii) o 
envolvimento afetivo desses membros com a empresa tende a fazer com 
que busquem reergue-la em tempos de crise, mesmo à custa de grande 
esforço pessoal. (Panteroni, 2014, p. 238). 
 
Gersick (1997, p. 187) apresenta as empresas familiares como três sistemas 
independentes, mas superpostos sendo eles: a família, o sócio e a empresa; e 
separa em sete diferentes setores conforme apresenta a Figura 1. 
 
 
 
 
26 
 
Figura 1 - Modelo tridimensional da empresa familiar 
 
Fonte: Gersick (1997) 
 
Sendo: 
1 – Integrantes da família que não trabalham e nem são sócios da empresa. 
2 – Sócios não pertencentes à família e nem trabalham na empresa. 
3 – Executivos que não são sócios e nem da família. 
4 – Familiares que não são sócios e não trabalham na empresa. 
5 – Sócios da família que não trabalham na empresa. 
6 – Executivos e sócios não-familiares. 
7 – Sócios da família que trabalham na empresa. 
 
Segundo o autor este modelo de utilização dos três círculos tem uma grande 
utilidade, sendo útil para a compreensão da causa de conflitos entre os membros 
das famílias empresárias desta forma, podem ser vistos o que está acontecendo e o 
porquê. 
Nota-se que nas diferentes definições apresentadas há uma conciliação em 
seu surgimento, sendo, um fundador ou até mesmo um pequeno grupo 
provavelmente pertencente a mesma família, a transferência dá-se por fator 
hereditário. 
Ainda, segundo Gersick (1997, p. 189) Sucede-se a necessidade da divisão 
da empresa e família para que dessa forma os assuntos pessoais não interfiram na 
no correto funcionamento da sociedade. Tendo em vista um maior planejamento 
27 
 
com o intuito de atenuar e garantir o sucesso, frente as demais organizações do 
ambiente de mercado. 
Em concordância com Lodi (1998, p. 176) o grande problema do 
planejamento sucessório está na estrutura da família, as diferentes maneiras que os 
ancestrais instruíram e foram instruídos para a continuação, a instrução dada a seus 
sucessores, para que as alterações de pensamento não sejam discrepantes. Em 
alguns casos ocorre que o fundador se preocupa com a construção de seu 
patrimônio e acaba não tendo o tempo adequado para preparar seus sucessores, 
deste modo, ocorresse a destruição do patrimônio por parte de seus herdeiros. 
Segundo o autor muitos desses problemas são ocasionados pela relação 
entre pai e filho, tendo em vista que nem sempre os familiares são os melhores 
sócios. Desta forma, a família deverá entrar em um consenso do que é melhor para 
empresa, não deixando suas questões de lado, mas, sim, vendo o que é melhor 
para a organização como um todo. A sucessão deve ser analisada pelo fundador 
estabelecendo se os herdeiros são capazes de assumir os negócios mesmo que o 
mesmo não seja da família. 
Oliveira (1999, p. 98) salienta que o processo sucessório é um dos momentos 
mais importantes, pois caracteriza a continuidade da empresa. Caso neste período 
de tempo os resultados não alcançarem o esperado pode ser que comprometa o 
futuro da empresa. É identificado pelo autor cinco das fases do processo sucessório, 
sendo: A definição dos resultados a serem alcançados, a determinação do perfil 
básico do profissional, a discussão dos possíveis resultados e do perfil do 
administrador sucessor, a escolha do executivo sucessor e a implementação e 
avaliação da sucessão. Identifica também, dois tipos de sucessão a familiar e a 
profissional. 
A sucessão familiar: Analisa a capacidade do herdeiro, independentemente 
de seu laço familiar, de sua cultura e seus valores, o nível econômico está acima do 
convívio pessoal e família, se há uma divisão de família e empresa, como se dá a 
convivência entre os parentes e agregados, incluindo a expectativa de vida dos 
membros relevantes da família e o exercício dos líderes da família. 
A sucessão profissional: Acontece no momento em que uma empresa familiar 
passa a ser administrada por profissionais contratados, não pertencentes ao núcleo 
familiar, ou quando ocorre a troca de executivos. 
28 
 
A sucessão deve ser analisada cautelosamente já que nem todos os casos a 
transferência é genética, exigindo esforço e dedicação deve ser planejada e 
estudada antes mesmo de um dos fundadores se ausentar. É de extrema relevância 
que tanto a geração futura como a atual estejam de acordo para conciliar o individual 
e coletivo, é indispensável para que o negocio se perpetue. (BERNHOEFT; GALLO, 
2003, p. 90). 
Bornholdt (2005, p. 67) reitera que não existe um modelo pronto para 
realização deste modelo de planejamento sucessório, pois, cada caso é um caso, 
com diferentes particularidades, o que ocasiona inquietação é o poder na tomada de 
decisões. O poder deve ser conquistado para que tenha validade. A sucessão nada 
mais é do que a transferência de poder. 
Conforme Ferrazza (2010, p. 127) conceitua sucessão como um ato 
voluntario, decisivo, devendo este ser muito bem planejado e desenvolvido. Sendo 
este classificado como um procedimento continuo, demorado, e decisivo para o 
desenvolvimento das empresas familiares. Tomando como base a junção dos 
fatores citados, pode-se esquivar dos conflitos e preservar a organização, utilizando 
deste processo como uma estratégia sendo indispensável para a sustentabilidade do 
negócio. 
Compreende-se que a empresa só será familiar quando se passa o controle 
para a segunda geração. Geralmente, este fato só ocorre após o treinamento de 
sucessores capacitado, e claro, de um planejamento adequado, de modo que a 
próxima geração cuide e empresa perpetue nesta nova fase. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
6. HOLDING FAMILIAR E SUCESSÃO 
 
Compreende-se que a holding familiar vem sendo mais requisitada por 
apresentar alguns benefícios societários, a constituição de estruturas societárias,responsável por organizar atividades tanto empresariais de apenas uma pessoa ou 
família, fazendo distinção aos bens de empresa e pessoais. 
Conforme Oliveira (1999, p. 29), no Brasil a constituição de Holding tem 
crescido significativamente. Um dos objetivos deste tipo de sociedade é facilitar a 
sucessão de empresas, questões como impostos sobre herança doações de 
competência do Estado ITCMD e do imposto sobre grandes fortunas de 
competência da União. A constituição de Holding familiar, possibilita e integralização 
dos bens da pessoa física no patrimônio desta sociedade, conservando para si o uso 
fruto, desta forma, continua a administrar seus bens. Nota-se a importância de um 
planejamento fiscal e tributário adequado para o aproveitamento deste material 
(SEABRA, 1988, OLIVEIRA, 1999, p. 32). 
Oliveira (1999, p. 34) Segue com o pensamento que a holding familiar é 
capaz muitas vezes de solucionar problemas com a escolha de sucessão para 
administrar os negócios, protegendo, assim, a continuidade do empreendimento. 
No artigo 1.784 código civil diz que: “Aberta à sucessão, a herança transmite-
se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários”. Ou seja, a sucessão se dá 
com o falecimento de seu fundador, passando seus bens para os herdeiros 
legítimos, extintos o testamento, ocorre a divisão proporcional conforme artigo. 
Conforme Mamede e Mamede (2012, p. 167) Com a morte do fundador 
ocorrem à sucessão, por força de lei acontece quando os bens passam para 
herdeiros legítimos onde não existe testamento, a divisão é de proporcionalizada 
conforme código civil. Os herdeiros testamentários se dão através de testamento. 
Existindo a participação em sociedades, também, entra no inventário, pode haver a 
divisão por igual dos bens entre herdeiros, sendo assim, possibilitando a disputa 
pela administração da empresa. 
Segundo Mamede e Mamede (2012, p. 170) a Holding pode facilitar e 
adiantar o processo de sucessão e evitar disputas, com o decorrer do processo 
guiado pelo próprio empresário estando na posição de chefe e orientador. Permite 
que a nova administração seja implantada com a percepção da capacidade de seus 
30 
 
sucessores, tendo em vista, que a morte do fundador causa danos, não só 
patrimoniais como no sentido sentimental. Conforme demonstrado na figura 2. 
 
Figura 2 - Holding e sucessão 
 
 
Fonte: Mamede e Mamede (2012) 
 
Nesse sentido, Lodi (1987, p. 134) e Tillmann e Grzybovski (2005, p. 56) 
salienta a importância da sucessão planejada, ainda mais quando os herdeiros veem 
da primeira geração, pois, ainda são jovens e possivelmente não ingressaram no 
mercado de trabalho, poderá definir suas carreiras com máximo de segurança e 
impossibilitar crises na empresa. Com tal característica, caso planejado, está 
sucessão evitará o surgimento de crises organizacionais e permite a “empresa 
jovem” tornar-se “madura” (PADULA, 1998; 2000, p. 90, p. 99). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
7. VANTAGES E DESVANTAGENS NO PROCESSO SUCESSÓRIO 
 
Dando seguimento a importância ao planejar as holdings pode identifica 
algumas das vantagens das empresas familiares conforme elucida (LODI, 2004, p. 
93) 
a) manter ações ou quotas de outras companhias como majoritária e 
controladora ou como minoritária participativa, evitando assim a pulverização 
societária. 
b) a holding visa solucionar problemas de sucessão administrativa, treinando 
sucessores, como também profissionais de empresa, para alcançar cargos de 
direção. 
c) a reaplicação parcial ou total dos lucros gerados nas controladas ou 
participadas é também uma das finalidades da holding. Protege assim o negócio e 
satisfaz o investidor. 
d)por possuir maior poder de negociação com bancos, melhor negociação de 
seguros e captação de recursos de terceiros, exerce seu poder de representante do 
grupo empresarial. 
e) tendo maior facilidade de administração, exerce a holding maior controle 
pelo menor custo. 
f) existem vantagens no aproveitamento da legislação fiscal vigente, apesar 
dos controles mais rígidos sobre a holding. A maior vantagem nesse campo está 
principalmente na coordenação empresarial da pessoa física. 
g) manter ações ou quotas de outras companhias como majoritária e 
controladora ou como minoritária participativa, evitando assim a pulverização 
societária. 
Empresas familiares apresentam algumas fraquezas evidentes no seu 
processo de desenvolvimento e cultura, quando comparadas com as outras 
organizações” (LODI, 1998, p. 4). 
 Dentre elas, este mesmo autor destaca: 
“a) conflitos de interesse entre família e empresa, que se refletem na 
descapitalização, na falta de disciplina, na utilização ineficiente dos administradores 
não familiares e no excesso de personalização dos problemas administrativos; 
32 
 
b) uso indevido dos recursos da empresa por membros da família 
transformando a companhia num erário dos familiares; 
c) falta de sistemas de planejamento financeiro e de apuração de custos de 
outros procedimentos de contabilidade e orçamento, tornando o lucro num resultado 
totalmente fortuito e não planejado; 
d) a resistência à modernização do marketing, ficando a comercialização 
sujeita a alguns vendedores antigos de confiança ou à falta de uma boa política de 
produtos e de mercado; 
e) emprego e promoção de parentes por favoritismo e não por competência.” 
 
No entanto Adachi (2006, p.71) acredita que, os problemas das empresas que 
são familiares costumam estar relacionados com a centralização de poder; o papel 
multifuncional do fundador; organograma mal definido; ausência de hierarquia; 
contratação de amigos ou familiares ao invés de profissionais; reduzida possibilidade 
de ascensão profissional; decisões baseadas em aspectos pessoais e intuição; 
relatórios empresariais mal elaborados; resistência à modernização; ausência de 
planejamento tributário e financeiro; silêncio sobre a sucessão; confusão entre 
empresa e família, falta de separação do patrimônio pessoal do patrimônio da 
empresa; utilização da estrutura da empresa para fins particulares; interferência dos 
problemas familiares na empresa; camuflagem dos problemas; relacionamento 
deteriorado entre pai-chefe e filho-funcionário; e outros. 
Segundo Teixeira as vantagens tributárias da holding familiar sobre os 
Inventários, iniciasse com a tributação da herança e doação, chegando a 4%, tanto 
para o inventário quanto para a herança. Já na tributação dos rendimentos é de 
12%, no inventário de 27,50%, na tributação de venda de bens imóveis na holding é 
de 5,8%, e no inventário 27,50%. O tempo médio de para sua criação vai de 30 dias 
para a holding e por volta de 5 anos para o inventário. 
O resultado apresentado pela Holding irá depender principalmente da forma 
de atuação e decisão do executivo podendo obter vantagens ou desvantagens. 
Em conformidade com Rocha e Rios (2014, p. 23) a transferência patrimonial 
realizada perante uma holding, fazer-se mais vantajosa para seus herdeiros. As 
despesas geradas com transferência de herança, no valor de até R$ 1.000.000,00 
(Um milhão), incidem impostos com taxa de 4% no ITCMD, no ITBI não incide 
33 
 
nenhum caso, quando tratado de honorários com inventário incide em 20%, isso 
acarretando despesas de aproximadamente 27.50% de tributos sobre a herança, 
junto as custas judiciais de justiça estadual que são de 300 UFESPs*. 
Oliveira aponta de maneira geral e direcionada as principais vantagens para 
obter a criação de uma holding são: 
 
Quanto ao aspecto econômico-financeiro: maior controle 
acionário com recursos reduzidos; custos menores pela 
possibilidade de melhor interação das atividades operacionais 
entre as empresas controladas; isolamento das dívidas das 
afiliadas; expansão de negócios rentáveis, apesar do insucesso 
de outras associadas, pois cada empresa afiliada pode ser 
considerada isoladamente; concentração do poder econômicodo acionista controlador na holding; maximização da garantia na 
aplicação de capital, se todas empresas forem lucrativas, 
principalmente quando existe a abordagem financeira do caixa 
único inerente às diversas empresas afiliadas. (Oliveira, 2003, p. 
28). 
 
Por conseguinte, são divididas as atividades operacionais em dadas 
empresas quantas forem às atividades, deste modo, caso uma delas obtenha 
dificuldade, levará a resolução do problema, evitando, assim, afetar a rentabilidade 
das demais. Visando consolidar as operações de todas as empresas, formando um 
patrimônio saudável, capaz de transmitir a confiança necessária para o mercado. 
Oliveira segue analisando os aspectos administrativos: 
 
Quanto ao aspecto administrativo: flexibilidade e agilidade nas 
transferências e alocações de recursos dentro do grupo entre as empresas 
afiliadas a holding; enxugamento das estruturas ociosas das empresas 
afiliadas, relativamente aos serviços comuns a todo o grupo, principalmente 
no caso da holding mista; centralização de alguns trabalhos, com 
possibilidade de redução das despesas operacionais;-maior poder de 
negociação na obtenção de recursos financeiros e nos negócios com 
terceiros;-uniformidade administrativa e de procedimentos de rotina em 
todas as empresas afiladas;-centralização das decisões financeiras;-
centralização de diretrizes e decisões do grupo empresarial;-
descentralização de tarefas de execução entre as empresas afiliadas. 
(Oliveira, 2003, p. 28) 
34 
 
Tem-se a possibilidade de separar a parte operacional da administrativa, 
deste modo, proporcionando a centralização do poder de decisão, com isso, todas 
as ações de planejamentos passam a ser discutidos e decididos, sem a intercessão 
e envolvimento direto com as atividades operacionais. Possibilitando, também, uma 
padronização nas rotinas administrativas, facilitando, então, a compreensão do 
modo de gestão da direção da empresa. 
No que se diz respeito às vantagens relacionadas à parte fiscal tributaria 
Oliveira destaca alguns itens: 
 
Quanto aos aspectos legais, que podem contribuir para a otimização do 
planejamento fiscal e tributário: melhor tratamento de exigências setoriais 
(considerando setores específicos da economia), pois podem ser 
usufruídos, por exemplo, alguns incentivos fiscais específicos e 
momentâneos; melhor tratamento de exigências regionais pela maior 
interação com determinadas realidades regionais. (Oliveira, 2003, p. 29) 
 
Vale ressaltar que o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e 
Doação) é pago antecipadamente na sucessão em vida, na realização do inventario 
o perito avaliará os valores do patrimônio e arbitrara o valor que prestará de base de 
calculo para este imposto. Além das divergências de valores que poderão ocorrer na 
avaliação do patrimônio no processo judicial, há também a vagarosidade, do custo 
em virtude da contratação de peritos entre outros profissionais, pagamento de laudo, 
e assim por diante. 
E por fim, Oliveira traz ainda algumas vantagens relacionadas aos aspectos 
societários, quais sejam: 
 
Quanto aos aspectos societários, que consolidam duas das mais 
importantes vantagens das empresas holdings:-ter confinamento dos 
possíveis conflitos familiares e societários, exclusivamente dentro da 
empresa holding; maior facilidade na transmissão de heranças. (Oliveira, 
2003, p. 29) 
 
Ainda em conformidade com Oliveira (2003, p. 30) dada a centralização de 
ações administrativas nas holdings, possivelmente acarretará em pontos de vistas 
distintos, e com isso, discordâncias por parte dos sócios ou acionistas, ainda mais 
quando tratamos de família. Entretanto, a tendência é que esses possíveis conflitos 
35 
 
sejam solucionados internamente, não havendo exposições desnecessárias e desta 
forma, não afetará a empresa. 
Outro importante tópico a ser citado refere-se à transmissão de herança, 
tendo em vista a distribuição de quotas ou ações, o empresário garantirá a 
continuidade seus negócios através de pessoas de sua confiança. 
Seguindo com o pensamento de Werner (2011, p. 67) na empresa familiar 
comercial, existe a relação direta com os clientes e o público em geral. Deve-se 
aproveitar este momento para desenvolver os treinamentos e realizar os estudos 
necessários para seus sucessores, uma vez que se há necessidade de que os 
mesmos toquem os negócios mais adiante. 
Werner (2011, p. 69) Segue com seu pensamento sobre a realização da 
sucessão em vida, o empresário terá disposição para organiza o contrato social 
prevendo e solucionando os possíveis problemas futuros, elaborando acordos de 
quotistas, criando órgãos de governança corporativa de forma que seus herdeiros 
respeitem as prerrogativas destes órgãos, prevenindo que imponham suas vontades 
aproveitando do fato de serem os donos. 
Claro que, todas essas vantagens deverão ser analisadas com muita cautela 
junto a estudos de suas desvantagens, verificando sempre a viabilidade para seu 
tipo de negócio e suas pretensões, principalmente ao que tange aos aspectos 
administrativos, legais, tributários e societários. 
O desenvolvimento da holdings pode apresentar desvantagens se não obter 
um planejamento fiscal e financeiro adequados, isto é, as tributações de ganho de 
capital referente vendas de participações nas empresas afilhadas, impedir o 
aproveitamento de prejuízo fiscal tratando de holding pua levando a um possível 
lucro de controladas para outra que apresente dificuldades financeiras. 
Oliveira (2003, p. 30) Alerta a possível desmotivação por parte dos 
colaboradores, que poderá ocorrer devido ao elevado grau hierárquico de alguns e 
suas dificuldade em ocupares cargos operacionais, em muitos casos, ocorre que os 
principais cargos centralizam-se na holding, Outro aspecto relevante é afastar a 
família do poder de decisão, pois, desta forma, a e empresa perderá sua identidade 
inicial, seu intuído inicial de uma empresa familiar. 
Oliveira destaca, ainda, alguns dos aspectos legais tratando da opção para 
constituição de holding: 
36 
 
Quanto aos aspectos legais: ter dificuldade em operacionalizar os 
tratamentos diferenciados dos diversos setores da economia, 
principalmente pela falta de conhecimento específico da realidade de cada 
setor; ter problemas em operacionalizar as diversas situações provocadas 
pelas diferenças regionais. (Oliveira, 2003, p. 30) 
 
Devem-se atentar as peculiaridades econômicas e tributarias dos diferentes 
estados e países, pois, as economias são distintas. Pode acontecer que os diretores 
da holding não atentem se a este detalhe em relação a todas as operações da 
empresa, com isso, acabam tomando decisões não satisfatórias para a empresa. 
E por fim, Oliveira (2003, p. 30) ressalta uma desvantagem no aspecto 
societário, informando que o fato da constituição da holding, pode-se “consolidar o 
tratamento dos aspectos familiares entre quatro paredes, criando uma situação 
irreversível e altamente problemática”. 
Com a centralização a administração em uma holding poderá ser um risco 
tratando principalmente das empresas familiares, ocasionando disputa pela herança, 
intrigas, rivalidades pessoais, divergências de pensamentos, ou seja, misturando o 
profissional com o pessoal, isso, pode ser um grande problema para a empresa. 
Entretanto, segundo Oliveira (2003, p. 35) pode ser que seja mais vantajoso 
que esse tipo de conflito ocorra ne empresa holdings e não nas empresas 
operacionais, deste modo, não afetará as atividades lucrativas da empresa, toda via, 
sendo esses conflitos exagerados e a solução não for alcançada o quanto antes 
poderá afetar fatalmente o futuro da empresa. Levando até a dissolução das 
empresas, total ou parcialmente, ou então separar as empresas entre os herdeiros, 
etc. 
Vale ressaltar que, caso os herdeiros não consigam resolver seus problemas, 
mesmo com a utilização de todas as ferramentas ao seu dispor degovernança 
corporativa e profissionalização da gestão, a holding obrigará que todos convivam 
em sociedade de forma forçada até o final no âmbito da holding. 
Oliveira (2003, p. 56) acrescenta que algumas vantagens podem se 
ocasionalmente levar as desvantagens, tendo em vista, que o resultado da holding 
dependerá diretamente das tomadas de decisões, sendo, corretas ou não. 
Por fim, cabe uma profunda analise dos interessados a respeito da formação 
ou não uma holding, lembrando que uma empresa quando bem planejada e 
37 
 
administrada tem uma grande possibilidade de sucesso em seu segmento, 
independentemente de sua continuidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
8. CONSTITUIÇÃO DE UMA HOLDING 
 
A holding pode ser constituída na forma de sociedade anônima ou limitada, 
desde que respeitados os requisitos legais impostos a cada uma destas espécies 
societárias. 
Conforme artigo 54 da Lei 8.934/94, onde dispõe da prova de publicidade dos 
atos societários, sendo realizada somente mediante registros públicos da junta 
comercial, as atividades econômicas podem provocar alguns interesses como do 
Estados, incluindo alguns órgãos, dentre isso, deve-se obter o cadastro nas juntas 
comerciais. Com a finalidade de garantir, a publicidade, segurança, autenticidade e 
eficácia de seus atos submetidos ao registro. 
Conforme Mamede e Mamede (2012, p. 45) Havendo-se sociedade 
empresária ou sociedade cooperativa o ato constitutivo seja ele através de contrato 
social ou estatuto social deverá ser registrado na junta comercial. Este registro é 
responsável por tornar público, neste ato deve-se constar a competência e as 
funções de cada órgão societário, propiciando segurança as empresas, seus sócios 
e terceiros. Desta forma, estabelecendo a função de cada indivíduo, as 
responsabilidades de seus atos e omissões, e as condutas que não são permitidas. 
Conforme informado pelo Sebrae/SP em seu site, são necessários sete 
passos para a constituição de uma empresa na junta comercial. Geralmente a 
empresa contrata um contador que fica responsável por efetuar os serviços e 
encaminhar a documentação necessária à junta comercial, cobrando os honorários 
referentes a serviços e custos para o cadastro conforme apresentado a seguir: 
 
1º passo: Contratação do contador 
2º passo: Consulta e Viabilização 
3º passo: Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica 
4º passo: CNPJ – Registro on-line 
5º passo: Inscrição e Registro 
6º passo: Alvará do corpo de Bombeiros 
7º passo: Alvará de Funcionamento 
 
39 
 
O contador deve elaborar o contrato social com todas as informações 
obrigatórias e estabelece as vontades, necessidades, objetivos, obrigações e 
direitos segundo a vontade dos sócios. Os custos com serviços contábeis devem 
lavra o contrato social, sendo responsável inclusive pelos registros de alvará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9. PLANEJAMENTO FAMILIAR, PATRIMONIAL E SUCESSÓRIO 
 
Seguindo com as orientações para um planejamento sucessório, patrimonial e 
societário, possibilita às empresas familiares uma organização mais abrangente e 
eficiente em sua governança, permitindo a disposição e a partilha dos bens e, 
principalmente, economia tributária. 
Para Rocha e Rios (2014, p. 78), a sucessão no direito se desmembra entre, 
a sucessão derivada entre vivos, e a que deriva como causa de morte, ocorrendo a 
transmissão de bens, direitos e obrigações, é transferida a seus herdeiros e 
legatórios. 
De acordo com Moraes (2013, p. 45), o holding é uma forma de eternizar as 
atividades de empresas familiares por gerações, preparando a sucessão das 
empresas, dos bens particulares e daqueles destinados à atividade empresarial, 
deste modo, tracejando o seguimento da governança das empresas familiares, de 
forma fundamental à evitar a quebra da continuidade dos negócio. 
Em alguns casos este tipo de partilha se dá em forma de testamento e 
simplifica a situação, entretanto, existem casos com perdas patrimoniais que exigem 
um planejamento mais cauteloso e uma cultura de governança corporativa, familiar e 
jurídico sucessória na família. 
Veremos a seguir o processo de sucessão da holding: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 3 – constituição de holding familiar 
 
 
 
Faz-se necessário mencionar, Leone (2005, 78) e Oliveira (2006, p. 67) 
apontam para os tipos de sucessão existentes: um relacionado à sucessão familiar, 
onde, muda de uma geração para outra, com um membro da família ocupando o 
cargo deixado. Outro tipo mencionado é a sucessão profissional, onde a empresa 
familiar passa a ser administrada por profissionais contratados, o gestor tem maior 
facilidade de recrutamento e seleção, referido ser uma melhor opção, visto que 
profissional pode melhorar as empresas familiares. 
 As empresas constituídas como sociedade limitada ou por ações 
devidamente registradas na Junta Comercial adquirem personalidade jurídica, desta 
forma, passam a ter patrimônio próprio distinto do patrimônio pessoal de seus 
sócios. 
 
 
 
 
 
 
42 
 
A consequência imediata da personificação da sociedade é distingui-la, para 
os feitos jurídicos, dos membros, que a compõem. Pois que cada um dos 
sócios é uma individualidade e a sociedade uma outra, não há como lhes 
confundir a existência. A sociedade, constituída por seu contrato, e 
personificada pelo registro, tem um fim próprio, econômico ou ideal; move-
se, no mundo jurídico, a fim de realizar esse fim; tem direitos seus, e, em 
regra, um patrimônio, que administra, e com o qual assegura, aos credores, 
a solução das dívidas, que contrae. (PRADO, 2011, p.17) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. BLINDAGENS PATRIMONIAIS 
 
Vale ressaltar que a sucessão realizada através da Holding não à 
necessidade de transferir nenhum bem, pois, o sucessor é quem fará a transferência 
das quotas aos seus herdeiros, onde será feita através de uma alteração do 
contrato. Não incidindo assim impostos obrigatórios na sucessão causa mortis, 
ocasionando uma grande economia com tributos. 
Segundo Mamede e Mamede (2012, p. 34) este tipo de sucessão ainda pode 
utilizar do recurso jurídico de uso fruto, desta forma, o empresário pode transferir as 
quotas ou ações aos herdeiros e conservar para si o uso fruto, deste modo, continua 
a exercendo o direito aos títulos transferidos, mantendo assim, sua administração da 
holding como controle de todas as sociedades e demais investimentos. 
O autor ainda cita outra forma de proteção para o patrimônio transferido aos 
filhos através de cláusulas restritivas. À vista disso, as doações de quotas ou ações 
deverão ser efetuadas mediante clausulas de incomunicabilidade conforme artigo 
1668 1.668 do Código Civil, sendo assim, os títulos que forem transferidos não se 
comunicam com quaisquer uniões futuras de seus herdeiros, ainda que, não se 
exclua os frutos como dividendos e juros sobre capital próprio percebidos durante 
esta união artigo 1.669. Conforme artigo 1.668 e 1.669 do código Civil o autor 
comenta que: 
 
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de 
todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, 
com as exceções do artigo seguinte. 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os 
sub-rogados em seu lugar; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a 
cláusula de incomunicabilidade; 
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo 
antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam 
durante o casamento. 
 
Teixeira cita algumas cláusulas que o doador pode ainda, incluir no contrato 
social que visam proteger o patrimôniodo herdeiro e do sucedido. 
44 
 
Cláusula de inalienabilidade - impedindo que o herdeiro necessário 
disponha desses bens; cláusula de impenhorabilidade - os bens não serão 
garantia das dívidas assumidas pelos herdeiros, no entanto continuarão 
como garantia das obrigações assumidas pela holding; cláusula de 
incomunicabilidade -os bens não serão comuns em razão de posterior 
casamento dos herdeiros necessários (Teixeira, 2007, 57). 
 
Tais clausulas serão responsáveis por impedir que terceiros possam deter o 
poder adquiridos pelos herdeiros, evitando assim, problemas futuros em relação ao 
patrimônio da empresa em mãos desconhecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho teve como objetivo a analise da holding para a 
elaboração dos planejamentos patrimonial, familiar e sucessório. Ao decorrer do 
trabalho foi abordado o que é a holding, explicando o que se trata, quais os tipos 
existentes, quais as principais atribuições, seu histórico, como ocorre a sua 
constituição, analisando sua viabilidade, suas características e sua importância para 
o processo sucessório. 
Chega-se à conclusão que a experiência familiar é o principal fato a ser 
considerado e trabalhado para a sobrevivência da empresa, visto que, a sucessão 
tem muitas vantagens para o desenvolvimento da empresa, desde que, seja 
planejada e estudada com muita cautela, visando o crescimento e desenvolvimento 
da empresa, com uma análise detalhada, procurando a melhor forma de adaptar os 
seus interesses da pessoa jurídica, suas vontades e as necessidades. Deve-se 
considerar as características da empresa, buscando, assim, os objetivos sociais que 
a mesma pretende exercer através de suas atividades. 
A holding é utilizada pelos empresários com intuito de alcançar seus objetivos 
de médio e longo prazo. Esta ferramenta possibilita algumas soluções e facilidades 
em determinados aspectos, visto como uma forma de buscar e resolver as questões 
ligadas a sucessão. Este tipo de sociedade tem a função de atender mais as 
empresas familiares, pois possibilita a separação de conflitos familiares futuros, 
relacionados a herança como inventários e testamentos, podendo indicar 
especificamente os sucessores da sociedade em alguns casos, inclusive possibilita 
economia, advinda de um planejamento bem sucedido. 
Objetivo principal deste trabalho foi de analisar o processo de constituição de 
uma holding, suas vantagens e desvantagens para empresas familiares. Foram 
identificados os benefícios adquiridos com a constituição da mesma. 
Este modelo de planejamento auxiliará nos processos sucessórios, pois, 
antecipará as situações desgastantes posteriores e, portanto, a formação da holding 
deverá ser muito bem planejada e orientada, com o devido envolvimento profissional 
habilitado para lidar com a situação. 
É muito importante que o sucessor saiba de tudo sobre sua empresa e as 
vontades de seu antecessor para que dê continuidade aos negócios de uma forma 
46 
 
clara e objetiva, utilizando tudo o que lhe foi ensinado para manter a empresa de sua 
família bem estabelecida da melhor forma possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
12. REFERÊNCIAS 
 
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