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O FUTEBOL BRASILEIRO, 1894 A 2013: UMA BIBLIOGRAFIA 
 
Lúcia Gaspar 
Virgínia Barbosa 
 
Com a colaboração de: 
Aécio Oberdam dos Santos, 
Nataly Rodrigues da Silva e 
Ana Patrícia de Oliveira Jerônimo, 
estagiários do Curso de 
Biblioteconomia da UFPE 
 
S U M Á R I O 
 
APRESENTAÇÃO, Túlio Velho Barreto, 1 
 
NOTA EXPLICATIVA, 15 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 16 
 
1 HISTÓRIA E FONTES, 16 
 
2 ASPECTOS ECONÔMICOS, ANTROPOLÓGICOS, POLÍTICOS E SOCIAIS, 
27 
 
3 ASPECTOS EDUCACIONAIS, PSICOLÓGICOS, FÍSICOS, TÉCNICOS E 
TÁTICOS, 46 
 
4 ADMINISTRAÇÃO, LEGISLAÇÃO E MARKETING, 53 
 
5 MÍDIA, ARTE E LITERATURA, 57 
 
6 CAMPEONATOS E TORNEIOS, 69 
 
6.1 Torneios Nacionais, 69 
 
6.2 Torneios Internacionais, 75 
 
7 CLUBES, 87 
 
8 JOGADORES, TREINADORES E ARBITRAGEM, 97 
 
9 DIRIGENTES E FEDERAÇÕES, 108 
 
10 TORCIDAS E TORCEDORES, 110 
 
11 ESTÁDIOS E CAMPOS DE FUTEBOL, 114 
 
12 FONTES CONSULTADAS, 116 
 
13 ÍNDICE, 117 
 
1 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 Túlio Velho Barreto 
 
Pesquisador Adjunto da Fundação 
Joaquim Nabuco e vice-líder do Núcleo de 
Estudos e Pesquisas em Sociologia do 
Futebol (Nesf-UFPE/Fundaj) 
 
 
Honrado pelo convite formulado pelas bibliotecárias Lúcia Gaspar e Vírginia 
Barbosa, ambas da Fundação Joaquim Nabuco e organizadoras desta bibliografia 
sobre o futebol brasileiro, inicialmente, optei em pinçar para o texto de 
apresentação alguns autores e livros que trataram e tratam o tema de forma até 
então inédita e/ou paradigmática. Ou seja, foram verdadeiros pioneiros em suas 
iniciativas e/ou produziram obras seminais. E, assim, certamente, estimularam 
outros tantos a tomar o futebol brasileiro como matéria-prima de seus trabalhos. 
Alguns destes outros são, igualmente, destacados ao longo da apresentação. 
 
Preparei esta apresentação a partir de material esparso, que produzi ao longo de 
mais de dez anos de estudos e pesquisas sistemáticas sobre o tema, e a dividi em 
três partes, a saber: a primeira, mais longa, em que destaco a bibliografia geral 
sobre o futebol brasileiro e aponto, sobretudo, mas não exclusivamente, a produção 
jornalística e não-acadêmica, nacional e estrangeira, que antecedeu os estudos e 
pesquisas oriundos das universidades, produção que é contínua até os nossos dias 
– digo que não o faço exclusivamente porque, como se verá, a partir das décadas 
de 1980 e 1990, a produção acadêmica passou a rivalizar com a produção não-
acadêmica sobre o futebol; uma segunda parte, em que chamo a atenção para um 
campo específico, isto é, o da literatura ficcional, da prosa e da poesia, em especial 
porque alguns dos autores e das obras citadas, como, por exemplo, Graciliano 
Ramos, Alcântara Machado, João do Rio, Coelho Netto e Lima Barreto, são 
contemporâneos à introdução ou à institucionalização do futebol no País; e, 
finalmente, uma terceira, em que procuro dar conta, ainda que parcialmente, do 
“estado da arte” dos estudos sobre o tema no meio acadêmico, que tem sua origem 
na primeira metade dos anos 1980 e vai ganhar realmente força na década 
seguinte. 
 
Com esta apresentação espero, portanto, estimular ainda mais o leitor a consultar 
este vasto levantamento bibliográfico de origem tão diversa e sobre multi-aspectos 
do futebol em nosso País. E se, como ressaltam as organizadoras, o levantamento 
bibliográfico não pretende dar conta de tudo que se produziu sobre o tema no Brasil 
e fora dele, da minha parte, esta apresentação pretende ser apenas um aperitivo 
do que o leitor vai encontrar. E, como tal, é bastante seletivo, pois resulta, é claro, 
das preferências do freguês. 
 
Bibliografia sobre o futebol brasileiro atesta sua importância e ajuda a 
contar a história do País, a entendê-lo e explicá-lo 
 
Em 1938, durante a Copa do Mundo da França, um jornalista indagou ao 
antropólogo e escritor Gilberto Freyre acerca do sucesso da seleção brasileira 
naquele torneio. Àquela altura, o Brasil já superara poloneses e tchecos, e logo 
conquistaria um surpreendente e inédito terceiro lugar, após ter fracassado nas 
disputas anteriores: Uruguai, em 1930, e Itália, em 1934. Motivado pela inusitada 
abordagem, o já consagrado autor do então polêmico Casa-grande & senzala, 
lançado cinco anos antes, escreveu um artigo, “Foot-ball mulato”, publicado em 17 
2 
 
de junho, no Diario de Pernambuco, um dia após a contestada derrota brasileira 
para a Itália, que nos tirou da final. 
 
De título bastante sugestivo, o artigo trazia, possivelmente pela primeira vez, uma 
síntese das características da escola futebolística brasileira: “o nosso estilo [de 
jogar futebol] parece contrastar com o dos europeus por um conjunto de 
qualidades de surpresa, de manha, de astúcia, de ligeireza e ao mesmo tempo de 
espontaneidade individual. Os nossos passes, os nossos pitus, os nossos 
despistamentos, os nossos floreios com a bola, há alguma coisa de dança ou 
capoeiragem que marca o estilo brasileiro de jogar futebol, que arredonda e adoça 
o jogo inventado pelos ingleses”. E mais: para Freyre, o sucesso alcançado em 
campos franceses resultava do fato de o Brasil estar sendo representado por um 
team verdadeiramente afro-brasileiro, o que não ocorrera anteriormente. Autor 
bissexto sobre futebol, Freyre logo usaria expressões de conteúdos opostos para 
definir e comparar os dois estilos: “dionisíaco”, para o brasileiro, e “apolíneo”, para 
o inglês. Assim, daria sentido antropológico ao estilo brasileiro, o futebol-arte, que 
nos distingue dos europeus desde então. Isso, pasmem, duas décadas antes do 
Brasil conquistar pela primeira vez uma Copa do Mundo, e superar, como 
escreveria mais tarde o dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, o nosso secular 
“complexo de vira-latas’”. 
 
Mas a mobilização nacional em torno daqueles jogos, e a comoção que o resultado 
do embate contra a Itália causou nos brasileiros, não chamaria a atenção apenas 
de Gilberto Freyre. O presidente Getúlio Vargas, que dera um golpe e instaurara o 
Estado Novo um ano antes, ficou tão sensibilizado que anotou em seu diário: “O 
jogo monopolizou as atenções. A perda do team brasileiro para o italiano causou 
uma grande decepção e tristeza no espírito público, como se se tratasse de uma 
desgraça nacional”. Tal fato é citado pelo historiador Leonardo Affonso de Miranda 
Pereira no livro Footballmania: uma história social do futebol no Rio de Janeiro, 
1902-1938. 
 
É mesmo possível que, ali, Vargas tenha percebido o apelo popular que tem o 
futebol e pensado em usá-lo como ferramenta para construir a ideia de Nação, que, 
como tal, ainda carecia de identidade. Nesse sentido, o próprio Freyre, com textos 
sobre o “foot-ball mulato”, e o escritor e jornalista Mario Filho, ao lado do irmão 
Nelson Rodrigues e do romancista José Lins do Rego, com iniciativas institucionais 
em torno dos esportes, contribuiriam para a “invenção” de nossa nacionalidade 
através do esporte, em especial do futebol, como se verá mais adiante. Tal 
perspectiva é adotada, inclusive, por Fátima Maria Rodrigues Ferreira Antunes em 
Com brasileiro, não há quem possa! sobre as crônicas de Nelson, Mario e José Lins, 
e outros autores que abordaram, separadamente ou em conjunto, a obra deles 
três. 
 
Mas não foram poucos, nem menos ilustres ou apenas brasileiros os que 
reconheceram o status de arte do nosso futebol. Por exemplo, muitos anos depois 
de Freyre, o historiador britânico Eric Hobsbawm, no livro Era dos extremos, 
indagaria, já respondendo: “quem, tendo visto a seleção brasileira jogar em seus 
dias de glória, negará sua pretensão à condição de arte?” Da mesma forma, o 
cineasta italiano Píer Paolo Pasolini, logo após a vitória brasileira no México, em 
1970, compararia nosso futebol à poesia, mais inventiva e livre, e o europeu, à 
prosa, mais presa às regras e aos resultados, associando as formas literárias às 
características típicas de cada povo. Ainda durante aquela Copa, um garoto inglês 
ficaria igualmente encantado com o desempenho brasileiro.E, mais tarde, ao 
escrever suas memórias de torcedor, não economizaria adjetivos para explicar o 
que representou para ele assistir pela primeira vez a plástica de nosso futebol. O 
livro é Febre de bola e seu autor é Nick Hornby, escritor e roteirista de cinema. 
 
3 
 
Anos depois, a mesma paixão fez o jornalista inglês Alex Bellos cruzar o Brasil em 
busca do “país do futebol”. Na viagem descobriu como o esporte ajuda a entendê-lo 
e a explicá-lo. O resultado está no livro Futebol: o Brasil em campo. A mesma 
experiência teve Franklin Foer ao viajar pelo País para dedicar-lhe um capítulo de 
seu livro Como o futebol explica o mundo ao abordar a relação entre futebol e 
política, sobretudo no que diz respeito à ação da chamada “cartolagem”, isto é, o 
conjunto dos dirigentes de nossos centenários clubes – clubes, aliás, que tiveram 
suas histórias, e as dos torneis e campeonatos por eles disputados, registradas em 
livros e coleções, como é possível constatar no longo levantamento que se segue. 
 
Mas, infelizmente, nem sempre o estilo brasileiro gozou de unanimidade, mesmo 
entre nós. E o mais grave: a literatura sobre o nosso futebol mostra que, fora das 
quatro linhas, o comportamento de cartolas, os chamados “donos da bola”, não faz 
justiça ao status de arte conquistado dentro delas. Portanto, para conhecer e 
compreender melhor o nosso futebol, deve-se igualmente consultar uma 
bibliografia diversificada como esta que se apresenta agora: dos primórdios do 
futebol no Brasil até as sombrias atividades da CBF, passando pela violência 
praticada pelas diversas torcidas organizadas espalhadas pelo País, por exemplo. E, 
como se verá, a despeito do que afirma o senso comum, a bibliografia, tanto 
acadêmica quanto – na falta de expressão melhor, vamos chamar assim – literária, 
é relativamente vasta e diversificada. Aqui, está apenas uma amostra do que se 
pode ler para conhecer melhor sua incrível e vitoriosa história. 
 
E como toda história, a introdução do futebol no Brasil também tem seu mito 
fundador. Foi o jornalista Thomaz Mazzoni quem lhe deu forma e conteúdo, quando 
publicou um dos primeiros grandes livros sobre a história do futebol brasileiro, em 
1950. Mazzoni consagrou a versão de que foi o jovem brasileiro Charles Miller, um 
filho de escocês e uma brasileira descendente de ingleses, que introduziu o futebol 
no Brasil, após retornar de seus estudos na Inglaterra, em 1894, trazendo os 
utensílios necessários à prática de um estranho e elitizado esporte: camisas, 
calções, chuteiras e bolas, além de um livrinho com suas regras, naturalmente em 
inglês. Hoje, a obra de Mazzoni é item raro até para colecionadores e bibliotecas. 
Mas nem tudo está perdido. É o que mostram o remoto, mas accessível, O pontapé 
inicial, de Waldenyr Caldas, entre outros, além de livros mais recentes que ajudam 
a manter e reforçar o mito. 
 
Por exemplo, Charles Miller: o pai do futebol brasileiro, do historiador espanhol 
John Robert Mills, filho de um inglês e uma basca, e neto do único britânico a 
participar da fundação do Athetic de Bilbao, em 1898, ratifica e reverencia o mito 
fundador. Nesse sentido, contesta versões posteriores ao livro de Mazzoni que 
questionam a exclusividade da paternidade de Miller ou a relativizam. O livro de 
Mills não se detém apenas na vida de seu quase herói no Brasil, onde fez 
reconhecida carreira de jogador, árbitro e dirigente, mas aborda igualmente a 
passagem e os feitos de Miller pelos gramados britânicos, relacionando todos os 
seus jogos e gols marcados. 
 
Já Um jogo inteiramente diferente!, do inglês Aidan Hamilton, é outro olhar 
estrangeiro sobre os primeiros anos do futebol no Brasil, enfocando, sobretudo, as 
viagens de clubes britânicos aos principais centros futebolísticos do país, São Paulo 
e Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX. Assim, mostra a forte influência 
que o intercâmbio exerceu sobre o futebol e os esportistas dos dois países, em 
especial no campo da arbitragem. Mas, apesar de anotar a existência de versões 
contraditórias, Hamilton não deixa de reconhecer a relevância de Miller, em São 
Paulo, e de Oscar Cox, no Rio, para a introdução e difusão do futebol naquelas 
cidades. E destaca a quase invisível história de Harry Welfare, que jogou no 
Fluminense antes de dedicar-se ao Vasco da Gama. 
 
4 
 
Nos anos 2000, o historiador José Moraes dos Santos Neto revisitou o debate sobre 
a paternidade concedida a Charles Miller em seu livro Visão do jogo. E, de fato, 
seus argumentos levam o leitor a pensar que tal paternidade não passa de mais 
uma “invenção de tradição”, quer dizer, resultado de uma história socialmente 
construída, segundo a formulação dos historiadores Eric Hobsbawm e Terence 
Ranger. Manuseando farta e até então inédita documentação, Santos Neto reforça a 
versão de que o football chegou ao Brasil a partir de iniciativas de religiosos 
estrangeiros para atender à reforma educacional promovida pelo governo federal 
ainda em 1882. A versão não é nova, mas, agora, poderá ganhar novo fôlego com 
novas pesquisas. Ressalte-se, ainda, que o autor não deixa de destacar a 
importância dos dirigentes e operários de empresas inglesas, sobretudo os ligados 
à expansão das ferrovias de São Paulo, para o surgimento e difusão da prática 
futebolísitica naquele estado. 
 
No entanto, antes mesmo de Mazzoni publicar seu importante livro em São Paulo, 
um livro de um pernambucano radicado no Rio de Janeiro retratava a difícil e 
dolorosa inserção dos negros no futebol, fato que contribuíria decisivamente para a 
sua popularização e para a definição de um estilo próprio brasileiro de praticá-lo, 
como já chamara a atenção Gilberto Freyre. De fato, publicado originalmente em 
1947, O negro no futebol brasileiro, de Mario Filho, é considerado o maior clássico 
sobre a história do nosso futebol. Em 1964, o livro ganhou sua versão definitiva, 
após ser revisado e ampliado significativamente para incorporar, por exemplo, a 
derrota brasileira na Copa do Mundo de 1950, que representaria a tragédia 
creditada aos negros do escrete nacional, e as vitórias de 1958 e 1962, que 
representaria exatamente a epopeia dos negros. 
 
Prefaciado por Gilberto Freyre, que o conheceu através de José Lins de Rego, Mario 
Filho foi bastante influenciado pela visão culturalista do antropólogo na 
caracterização do nosso estilo futebolístico. Assim, construiu sua versão do sucesso 
do futebol brasileiro como resultado da miscigenação cultural, observando, nele, 
um importante meio de ascensão social dos negros. Ademais, para que se tenha 
uma noção precisa da importância do livro basta lembrar que muitos o consideram 
uma espécie de “Casa-grande & senzala do futebol”, portanto, um livro 
imprescindível para entender e interpretar o Brasil, e o colocam ao lado dos 
clássicos de Sérgio Buarque e de Caio Prado Jr, outros autores seminais das 
Ciências Sociais no País. 
 
O livro de Mario Filho teve grande repercussão. Em 1956, o ensaísta, crítico de 
literatura e teatro Anatol Rosenfeld, alemão radicado no Brasil desde os anos 30, 
publicou um ensaio sobre o futebol brasileiro na Alemanha, incluído na coletânea 
Negro, macumba e futebol. O ensaio, mesmo original, não deixa de ser uma forte 
interlocução com a obra de Mario Filho e suas ideias. Entretanto, Rosenfeld 
enfrentaria a principal delas. Isto é, para ele, a ascensão econômica propiciada aos 
negros pelo futebol não implicaria em reconhecimento ou ascensão social. Nos 
últimos anos, o livro de Mario Filho voltou ao centro do debate. E parcela de seus 
novos leitores, sobretudo de origem acadêmica, não sem uma certa dose de 
exagero, tem contestado até sua validade como fonte histórica. O debate pode ser 
acompanhado nos ensaios contidos na coletânea A invenção do país futebol, de 
Antônio Jorge Soares, Ronaldo Helal e Hugo Lovisolo, nem sempre convergentes. 
 
Mas, como já foi dito, a alquimia usada para dar expressão literária ao futebol-arte, 
e seu uso na construção de nossa identidadecultural, deve muito a três 
verdadeiros craques de nossa crônica esportiva. Livros como À sombra das 
chuteiras imortais e A pátria em chuteiras, magistralmente organizados por Ruy 
Castro, e o posterior O berro impresso das manchetes, que devem ser lidos como 
uma só obra, dão uma ideia da contribuição de Nelson Rodrigues. Ali, desfilam 
personagens que povoam o imaginário do brasileiro até hoje: o Sobrenatural de 
5 
 
Almeida, responsável pelo imponderável no futebol; a grã-fina de narinas de 
cadáver, capaz de perguntar “quem é a bola”; o ceguinho tricolor, alter-ego de 
Nelson, que está bem retratado no livro O profeta tricolor; além da máxima que 
apontava a inexorável burrice do videoteipe. Em uma de suas crônicas, publicada 
antes da primeira conquista da Jules Rimet, o profeta Nelson chamaria Pelé de 
“rei”. Este, embora menino, já era considerado, por Nelson, um homem pronto e 
capaz de conquistar o mundo em 1958, em campos europeus, com toda sua 
majestade já evidente. 
 
Ao lado de Nelson devem ser colocados o também jornalista Mario Filho e o escritor 
José Lins do Rego. Mario Filho deixou uma obra extensa, que inclui a história do 
Flamengo e das conquistas da Copa Rio Branco, em 1932, e da Copa do Mundo, em 
1962, e a primeira biografia de Pelé. E várias de suas crônicas estão em O Sapo da 
Arubinha, também organizado por Ruy Castro. Por sua vez, José Lins do Rego 
escreveu mais de mil crônicas esportivas em jornais cariocas, algumas publicadas 
no livro Flamengo é puro amor a partir da relação completa de dados bibliográficos 
sobre elas levantados por Edilberto Coutinho, resultado da pesquisa Zelins, 
Flamengo até morrer, inédito até hoje. Entre os grandes autores brasileiros, José 
Lins foi o único a incluir o ambiente do futebol e seus protagonistas em um 
romance. De fato, em Água-mãe pode-se acompanhar as efêmeras glórias e o 
fulminante declínio de Joca, um jovem e promissor atleta. Lamentavelmente, uma 
trajetória ainda hoje presente entre nós. 
 
Mas Nelson Rodrigues também contribuiu para dar à derrota brasileira na final da 
Copa do Mundo de 1950, em pleno Maracanã, uma dimensão épica. Para ele, a 
perda do título para o Uruguai representou para o País o mesmo que a bomba 
lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima cinco anos antes. No século XXI, 
talvez Nelson a comparasse ao “11/9” norte-americano. Não surpreende, portanto, 
que os três acusados pela derrota, todos negros, ficassem estigmatizados, segundo 
a ideia difundida na época, como psicologicamente frágeis para enfrentar grandes 
desafios. A partir de então, medidas foram tomadas para o embranquecimento da 
seleção e vigoraram até o terceiro jogo da Copa de 1958. Tal fato está retratado 
em Vencer ou morrer - Futebol, Geopolítica e Identidade Nacional, de Agostinho 
Gilberto. Por tudo isso, a tragédia brasileira de 50 e seu palco não poderiam deixar 
de seduzir jornalistas, escritores e estudiosos. 
 
Assim, enquanto O Rio corre para o Maracanã, de Gisella de Araújo Moura, revisita 
o debate em torno de sua construção, Maracanã: 50 anos de glória, de Renato 
Sérgio, e Maracanã: meio século de paixão, de João Máximo, permitem conhecer a 
história desse templo do futebol através de fatos e belas imagens. Quanto à Copa 
de 1950, há dois grandes livros: o clássico Anatomia de uma derrota, de Paulo 
Perdigão, em que se pode ler a narração da final na íntegra, e Dossiê 50, de 
Geneton Moraes, com entrevistas dos onze jogadores daquela fatídica partida, 
inclusive o sincero depoimento de Zizinho. Sendo o craque do time, como se diz na 
gíria do futebol, Zizinho “chamou para a si a responsabilidade” e apontou os 
responsáveis pela derrota: a cartolagem e os políticos, que infernizaram a vida dos 
jogadores às vésperas da final e colocaram sobre eles uma responsabilidade acima 
das disputas esportivas. 
 
Mas a historiografia acadêmica ou autodidata não deixaria de contar a história de 
outros importantes estádios brasileiros, como, por exemplo, o São Januário, 
inaugurado em 1927, no Rio, e o Pacaembu, em 1940, em São Paulo. O primeiro é 
tema do livro Memória social dos esportes: São Januário, arquitetura e história, de 
Clara Emilia de Barros Malhano e Hamilton Botelho Malhano. O segundo foi 
abordado no livro A construção do Pacaembu, de João Fernando Ferreira. Ambos 
são bastante ilustrados com imagens de época. 
 
6 
 
Mas, o final da década de 1950, representaria o início dos chamados anos de ouro 
do futebol brasileiro, ciclo que só se encerraria em 1970, com a conquista 
definitivamente da Jules Rimet. O jornalista e treinador João Saldanha faria parte 
dessa história, fora e dentro das quatro linhas. Treinador da seleção brasileira nas 
eliminatórias da Copa do México, Saldanha escreveu Histórias do futebol relevando 
episódios de sua vitoriosa trajetória como treinador do Botafogo, na virada das 
décadas de 1950-1960, e de craques como Garrincha, Didi e Nílton Santos. E 
desvendaria os “subterrâneos do futebol” brasileiro, aliás, título da primeira edição 
do livro, em uma clara referência ao título de obra clássica do escritor baiano Jorge 
Amado, comunista como Saldanha. 
 
Os anos dourados do nosso futebol serviram também de cenário para a biografia do 
gênio Garrincha, Estrela solitária, escrita por Ruy Castro. Entre tantas 
(auto)biografias sobre craques do passado e do presente, incluindo várias de 
Friedenreich, Leônidas, Didi, Pelé, Tostão, Ronaldo e Ronaldinho, e de cartolas e 
treinadores, como, respectivamente, Paulo Machado de Carvalho e Vicente 
Matheus, e Telê Santana, o livro de Ruy Castro sobre Garrincha é, sem dúvida, o 
melhor sobre um dos deuses dos gramados, certamente o mais paradigmático 
entre os que viveram a fama e os dramas do futebol. E tornou-se, sem dúvida, ao 
lado da autobiografia de Almir “pernambuquinho”, Eu e o futebol, uma das duas 
obras (auto)biográficas obrigatórias para quem quer conhecer as várias facetas da 
vida de nossos mitos dos gramados e os bastidores do futebol brasileiro. 
 
Conquistada a Jules Rimet, o Brasil levou 24 anos para vencer outra Copa do 
Mundo. Nesse intervalo, o futebol-arte deu um breve suspiro, mas tombou diante 
da Itália, na Copa da Espanha, em 1982. Sobre aquela seleção, e sua rápida, mas 
marcante trajetória, que encantou o mundo do futebol, há outro lúcido livro de João 
Saldanha, O trauma da bola, com artigos publicados à época, vários dos quais, se 
não explicam, certamente ajudam a entender algumas das razões da inesperada 
derrota. Em contrapartida, em termos editoriais, 1982 foi repleto de simbolismo. 
 
Com efeito, o ano marca, como se verá, a entrada em campo de alguns dos 
precussores dos estudos acadêmicos sobre o futebol. Talvez porque o País 
começasse a caminhar mais decididamente para retormar o caminho da 
democracia, já que vivíamos a transição do regime autoritário para uma nova 
ordem política. E, com isso, os símbolos nacionais, como o hino, a bandeira e, no 
caso dos esportes, a própria seleção, já chamada por Nelson Rodrigues, de “a 
pátria em chuteiras e calções”, voltassem a ser apropriados pelos brasileiros. Além 
disso, a seleção comandada por Telê Santana parecia contribuir adotando o estilo 
que marcara nosso futebol, ou seja, o futebol-arte ou, como descrevera Gilberto 
Freyre, o futebol dionisíaco. 
 
Portanto, em 1982, foi lançado Universo do futebol, dos antropólogos Roberto 
DaMatta, Luiz Felipe Baêta Neves, Simoni Lahud Guedes e Arno Vogel. Como disse, 
tratava-se de iniciativa inédita entre pesquisadores e professores para superar 
preconceitos, ainda não de todo suplantados, é fato, contra o tema no meio 
acadêmico. Ao mesmo tempo, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo publicou 
uma coletânea de ensaios, tão importante e diversificada quanto à anterior, 
organizada por José Carlos Meihy e José Sebastião Witter, com a participação de 
Robert Levine e Matthews Shirts, dois brazilianistas. 
 
No ano seguinte, após realizar pesquisas no Brasil, a socióloga norte-americana 
JanetLever lançaria A loucura do futebol, deixando ainda mais evidente o desprezo 
dos intelectuais brasileiros pelo tema. Desde então, muita coisa mudou, tanto nas 
universidades e centros de pesquisas como no futebol, sobretudo fora das quatro 
linhas. E muitos desses estudos e pesquisas têm sido publicados, formando, ao lado 
7 
 
de trabalhos jornalísticos, a base da bibliografia sobre o tema no Brasil, como bem 
se observa no material aqui arrolado por Lúcia Gaspar e Vírginia Barbosa. 
 
Então, os tempos mudaram. E não foram apenas os acadêmicos que entraram em 
cena, mas, igualmente, novos atores sociais e, consequentemente, novas 
temáticas. Então, como não poderia deixar de ser, o surgimento e a violência das 
torcidas organizadas, não apenas como fenômeno relacionado ao futebol, mas 
também social, passaram a chamar a atenção de estudiosos. As pesquisas a 
respeito têm enfocado as ações coletivas dos torcedores no contexto da crescente 
violência urbana e alguns já foram transformados em livro. É o caso da premiada 
pesquisa Torcidas organizadas de futebol, de Luiz Henrique de Toledo, que abriu 
caminho para Os perigos da paixão, de Rosana Teixeira, Torcer, lutar, ao inimigo 
massacrar, de Rodrigo Monteiro, e Dos espetáculos de massa às torcidas 
organizadas, de Tarcyanie Cajueiro Santos, entre outros, que possibilitam uma 
visão acurada do problema nos dois principais centros futebolísticos do país, São 
Paulo e Rio de Janeiro. Há, ainda, os estudos de Maurício Murad e, sobretudo, de 
Heloísa Helena Baldy dos Reis, que procuram dar conta do fenômeno que aflige os 
torcedores nos estádios de futebol e torcedores e não-torcedores em suas cercanias 
por todo o País. 
 
As mudanças também ocorridas nas entidades que organizam e gerenciam o 
futebol em todo mundo, em especial na Europa, repercutiram nas entidades e nos 
clubes brasileiros. Nesse sentido, as leis Zico e Pelé, ambas dos anos 1990, 
concebidas para modernizar a estrutura do nosso futebol, foram importantes 
instrumentos legais adotados, que ainda não vingaram por completo. É o que 
mostram alguns livros. A metamorfose do futebol, de Marcelo Weishaupt Proni, por 
exemplo, refaz a história do futebol brasileiro para mostrar a inevitabilidade da 
adoção de um novo padrão, mais profissional e empresarial, do qual faz parte o 
modelo de clube-empresa, sem deixar de reconhecer as dificuldades de sua adoção 
face aos aspectos culturais e econômicos envolvidos. 
 
Já A nova gestão do futebol, organizado por Antônio Carlos Kfouri Aidar, Marvio 
Pereira Leoncini e João José de Oliveira, trata dos mesmos temas a partir da Lei 
Pelé e apresenta três interessantes e esclarecedores estudos de caso, com 
resultados previsíveis e bem distintos: o inglês Manchester United e os brasileiros 
Flamengo e São Caetano. Enfocado no livro anterior, a importância do marketing 
esportivo no novo contexto empresarial é esmiuçado em A bola da vez, de Antônio 
Afif. Finalmente, Eduardo Dias Manhães atualizou seu livro Política de esportes no 
Brasil, uma análise histórica e cirúrgica da relação entre o esporte no Brasil, em 
especial o futebol, e a esfera política, com ênfase em sua institucionalização. 
 
Falando em política, no final dos anos 1990 e começo dos 2000 foram feitas 
tentativas para que se abrisse a caixa preta que guarda os segredos das relações 
entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Nike. A iniciativa foi 
formalizada por deputados em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na 
Câmara Federal. O resultado, apresentado na forma de relatório, foi publicado no 
livro CBF-Nike, atualmente fora de circulação por iniciativa do próprio presidente da 
entidade na ocasião, Ricardo Teixeira. Além de tratar dos contratos CBF-Nike, a CPI 
investigou outras mazelas que permeiam o nosso futebol, como as transferências 
de jogadores para o exterior, inclusive adolescentes, o amplo uso de passaportes 
falsos, e outras coisas do gênero. E apresentou recomendações e sugestões para a 
superação desses e de outros tantos problemas. Para quem não tiver acesso ao 
livro, há ainda Os descaminhos do futebol, de Jaime Sautchuk, que resume e 
“traduz” os trabalhos da CPI e seu relatório. 
 
Mas nem só de política se fez a literatura sobre o futebol brasileiro nos últimos 
anos. De fato, nas décadas de 2000 e 2010, foram publicados quatro livros 
8 
 
absolutamente imprescindíveis para os que desejam entender o futebol de forma 
mais ampla, como fenômeno social e cultural. Inicialmente, Lógicas no futebol, de 
Luiz Henrique Toledo, que trata de vários aspectos relacionados ao futebol, 
inclusive o surgimento, a evolução e os significados de suas regras, tema que o 
autor desta apresentação tratou de forma recorrentes em estudos e pesquisas, 
todas desenvolvidas no período em tela, ao lado de Jorge Ventura de Morais, como 
citado neste levantamento bibliográfico. Noutra direção, Arlei Sander Damo realizou 
extensa pesquisa sobre a formação de jogadores no Brasil nas divisões de base de 
clubes brasileiros e franceses, que, após ser premiada, foi transformada no livro Do 
dom à profissão. Como já frisado, mais dois livros são dignos de registros para dar 
uma ideia da qualidade do que se publicou nas últimas décadas no País: Veneno 
remédio: o futebol e o Brasil, de José Miguel Wisnik, e A dança dos deuses: futebol, 
sociedade, cultura, de Hilário Franco Júnior. O primeiro trata exclusivamente do 
Brasil; o segundo é um estudo mais amplo, abordando os primórdios do futebol 
moderno até o seu impacto social e cultural nos dias atuais. 
 
Finalmente, com a realização dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, em 
2007, e a perspectiva da realização da Copa das Confederações (2013), da Copa do 
Mundo (2014) e da Olimpíada e Paralimpíada do Rio de Janeiro (2016), um novo 
tema foi incorporado aos debates em torno dos esportes olímpicos e do futebol: os 
megaeventos esportivos e os seus diversos impactos. Assim, como não podia deixar 
de ser, muitos estudiosos passaram a se debruçar sobre os vários aspectos 
relacionados à realização de tais eventos no Brasil e às suas consequências a curto, 
médio e longo prazos. E o debate produziu os importantes livros Megaeventos 
esportivos, legado e responsabilidade social, organizado por Kátia Rúbio, e O jogo 
continua: megaeventos esportivos e cidades, de Gilmar Mascarenhas, Glauco 
Bienenstein e Fernanda Sanches, além de uma edição temática da revista 
eletrônica de difusão científica, Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco, que dedicou 
todos os artigos de seu número 8 aos referidos megaeventos esportivos e os 
supostos ou esperados legados, além de uma entrevista com o jornalista Juca 
Kfouri, autor de vários livros importantes sobre o nosso futebol. 
 
Passada a Copa das Confederações, conquistada pelo escrete nacional, e com a 
proximidade da Copa do Mundo, que também será realizada no Brasil, espera-se 
que as mazelas representadas pelos cartolas na condução de clubes e entidades e 
os possíveis erros e desvios na condução da reforma e da construção de novos 
estádios, hoje, chamados de arenas, não ofusquem o futebol brasileiro e sua (ainda 
pretensa e cantada) condição de arte. Condição tão bem retratada e fotografada 
em livros de artes, como, por exemplo, Pelé 70, que marcou os setenta anos do 
“rei” do futebol, Primeiro tempo, sobre o seu início no futebol, e Pelé: minha vida 
em imagens. E mais: Recados da bola, com depoimentos e fotos de craques 
brasileiros, que também são o foco das lentes em Craques do futebol; Torcidas, 
com imagens de torcedores nos estádios; além dos livros Brasileiros Futebol Clube; 
Futebol: a paixão do Brasil; Brasil bom de bola; todos com fotos de diversos 
profissionais retratando o futebol pelo País. E, por fim, o já clássico Futebol-arte, de 
Jair de Souza, Lucia Rito e Sérgio Sá Leitão, que foi também o nome dado ao livro 
de Caio Vilela, lançado em 2013, com fotos feitas nos 27 estados brasileiros. 
 
Certamente, até a Copa de 2014, o mercado editorial lançará muitostítulos sobre o 
futebol brasileiro. Portanto, nada como esperar a próxima Copa do Mundo lendo um 
livro para conhecer melhor a vitoriosa história da participação brasileira em todas 
as edições anteriores. Há muitos, entre eles O jogo bruto das copas do mundo, de 
Teixeira Heizer, e Deuses da bola, de Eugênio Goussinsky e João Carlos 
Assumpção, com boas e curtas histórias e algumas curiosidades. E o quase oficial 
Seleção Brasileira – 90 anos, dos competentes Roberto Assaf e Antônio Carlos 
Napoleão, também ilustrado, que traz algumas histórias e as estatísticas de todos 
os jogos da seleção, e deve ganhar nova edição com a Copa de 2014 e os 100 anos 
9 
 
de nosso escrete nacional. Depois, é só aguardar o próximo capítulo desta incrível 
história, que, certamente, não escapará aos atentos autores brasileiros e 
estrangeiros, do presente e do futuro, o que obrigará a publicação de novos 
levantamentos bibliográficos como este. 
 
 
Futebol e Literatura: poetas e escritores em campo 
 
Engana-se redondamente quem pensa que o futebol é tema de conversas apenas 
em torno da mesa de boteco, na hora do cafezinho no trabalho, em dezenas de 
estádios espalhados pelo país ou nos programas esportivos dominicais. Ou, mais 
recentemente, de bancas acadêmicas examinadoras de trabalho de graduação, 
dissertação de mestrado ou tese de doutorado e em grupos de trabalho em eventos 
científicos. 
 
Gostando ou não do esporte bretão, é possível dedicar-se à leitura de alguns dos 
nossos escritores, sejam romancistas, contistas, cronistas ou poetas. Para tanto, 
pode-se ir dos clássicos da literatura, entre eles Lima Barreto, Coelho Netto, João 
do Rio, Alcântara Machado, Graciliano Ramos e Monteiro Lobato, passando pelos 
craques da crônica esportiva, Nelson Rodrigues, Mario Filho e José Lins do Rego, 
aqui já abordados, até autores mais recentes, como Paulo Mendes Campos, 
Edilberto Coutinho, João Ubaldo Ribeiro e Luís Fernando Veríssimo. E fechar o ciclo 
com os experientes Moacyr Scliar, Sérgio Sant’anna e Renato Pompeu e os 
estreantes Cláudio Lovato Filho e Clara Arreguy. 
 
Ressalta-se, no entanto, que nem todos gostavam do futebol. Foi o caso, por 
exemplo, do cronista Lima Barreto, que o rejeitava como esporte de estrangeiros e 
das elites. Mas, apesar do entusiasmo da maioria deles, de fato, não foram muitas 
as páginas dedicadas ao futebol, o que não impediu que se produzissem belas e 
emocionantes passagens de nossa literatura. Assim, neste caso, a qualidade se 
sobrepôs à quantidade, e o encantamento foi sempre maior do que as reações 
negativas, como a do escritor Graciliano Ramos. 
 
Com efeito, o autor de Vidas secas publicou, em 1921, sob pseudônimo, em um 
jornal do interior de Alagoas, um artigo prevendo que o football despertaria entre 
nós apenas um interesse efêmero. O que, aliás, para ele, costumava acontecer com 
as novidades, sobretudo estrangeiras: “Vai haver por aí uma excitação, um furor 
dos demônios, um entusiasmo de fogo de palha capaz de durar bem um mês”. Ou 
seja, como se diz no jargão futebolístico, o “marrento” Graciliano Ramos chutou 
mal e errou feio. Em contrapartida, aproveitou a oportunidade para defender a 
prática de brincadeiras e esportes nacionais, como a rasteira – esta comum 
também entre os políticos –, e destacar a debilidade física dos nordestinos para 
meter “o bedelho em coisas estrangeiras”. O artigo faz parte da coletânea Linhas 
Tortas. 
 
O abuso de Graciliano Ramos em relação ao futebol chamou a atenção do escritor e 
crítico Silviano Santiago. Assim, no premiado Em Liberdade, uma ficção em que 
descreve o que teria sido o dia a dia de Graciliano após deixar os porões do Estado 
Novo (1937-45), Santiago tratou da passagem de Graciliano pela casa do amigo 
José Lins do Rego, que o acolhera. Como Zé Lins tinha enorme interesse pelo 
futebol e era Flamengo doente, ali, Leônidas era um ídolo maior do que 
Dostoievski. “É ‘Diamante Negro’ a qualquer momento da conversa”, impacientava-
se Graciliano Ramos, mais preocupado em escrever suas memórias do cárcere, 
segundo Salviano Santiago. 
 
Em contrapartida, no mesmo ano de 1921, Monteiro Lobato antecipava uma das 
principais razões para a expansão e aceitação do futebol em todo mundo: “Esse 
10 
 
delírio que por aí vai pelo futebol tem seus fundamentos na própria natureza 
humana”, escreveu na crônica “A onda verde”. Para o criador do Sítio do Pica-Pau 
Amarelo, o jogo era quase uma “guerra”, capaz de transformar mesmo os cidadãos 
pacatos: “Impossível assistir-se a espetáculo mais revelador da alma humana que 
os jogos de futebol”. Tais observações serviam, no entanto, para contar a deliciosa 
história do astuto “22 da Marajó”, que, tendo o “corpo fechado para sardinha e pé 
que nunca malou saque”, de autêntico “mestre em desordens” transformou-se em 
um “perfeito gentleman”, a embasbacar a todos na rua do Ouvidor. 
 
Mais familiarizado com o futebol, assim como Coelho Netto – que se dedicou ao 
Fluminense, compôs seu hino e escreveu sua história –, Alcântara Machado tratou 
do derby entre aquele que viria a ser o mais popular time paulista vis-à-vis o 
preferido da grande colônia italiana. A crônica está em Brás, Bexiga e Barra Funda, 
e seu título – “Corinthians (2) x Palestra (1)” – deixa claro para que lado batia o 
coração do autor. Escrito no final da década de 1920, à maneira das locuções 
esportivas, Machado captou, como poucos, o espírito do jogo: “Prrrii! – Aí, Heitor! A 
bola vai parar na extrema esquerda. Melle desembestou com ela. A arquibancada 
pôs-se em pé. Conteve a respiração. Suspirou: Aaaah!... Delírio futebolístico no 
Parque Antártica”. 
 
Entre os mais recentes, vale destacar Paulo Mendes Campos, para quem “o gol é 
necessário”, título de uma crônica que contraria o técnico de futebol e ex da 
seleção brasileira Carlos Alberto Parreira para quem “o gol é um detalhe”: “No 
futebol, o gol é o pão do povo”, defendia o cronista. Da mesma forma, deve-se ler 
Edilberto Coutinho e o premiadíssimo Maracanã, adeus, já um clássico do gênero, 
além de Luís Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro. Veríssimo teve suas 
crônicas reunidas em A eterna privação do zagueiro absoluto, enquanto João 
Ubaldo esbanjou talento em “Já podeis da pátria filho”, que integra a coletânea 
Onze em campo e um banco de primeira, organizado por Flávio Moreira da Costa. 
Nela, Ubaldo nos conta as amarguras do bravo São Lourenço, um time sem camisas 
e chuteiras. Por isso, o único jogador que as possui, Digaí, recusa-se a tirá-las dos 
pés. E Digaí comanda a resistência à mudança de nome do São Lourenço para 
Brasil, quando este vai enfrentar um time de estrangeiros. Ocorre que, para 
surpresa de muitos, o Brasil venceu e, o mais importante, convenceu: “Muita gente 
pergunta se em vez de ganhar no futebol, não era melhor a gente viver bem igual 
aos gringos...? Isso demonstra ignorância, porque se sabe que ao gringo interessa 
mostrar que a raça deles é melhor... Ganhando no futebol, a melhor raça somos 
nós”, escreveu Ubaldo, quase reproduzindo a visão de Nelson Rodrigues sobre a 
nossa primeira conquista mundial. 
 
Em 1998, quando da realização da Copa do Mundo, o consagrado Moacyr Scliar 
lançou uma das raras ficções brasileiras ambientadas completamente no futebol, A 
colina dos suspiros. Destinado ao público jovem, o livro diverte e ajuda a despertar 
o interesse pela leitura. Mas, certamente, agrada também os leitores formados. Já 
no embalo da Copa seguinte, foram publicados Memória de uma bola de futebol, do 
experiente Renato Pompeu, que conta uma breve e pessoal história do futebol a 
partir das lembranças da própria... bola, o que não deixa de ser inusitado, e Na 
marca do pênalti, de Cláudio Lovato Filho, com pequenas histórias sobre 
personagens e experiências que povoam o futebol, como um goleiro, um reserva, 
um veterano e até um árbitro. Já às vésperas da Copa de 2006, Clara Arreguy 
enfrentou o desafio de esmiuçar as agruras dos que participam da Série B nacional. 
Para tanto, escreveuuma ficção, Segunda divisão, que encerra uma tremenda 
ironia: a autora é mineira e torcedora do Clube Atlético Mineiro e o livro foi lançado 
exatamente no ano em que o time foi rebaixado pela primeira vez na história dos 
campeonatos brasileiros. Coisa do futebol, certamente. 
 
11 
 
Já os poetas também trataram do futebol. E apesar de não entrarem em campo 
com tanta frequência, também é possível ler belos poemas sobre o tema de alguns 
dos maiores poetas brasileiros, como Oswald de Andrade, Ascenso Ferreira, Carlos 
Drummond de Andrade, Vinícius de Morais e João Cabral de Mello Neto, para citar 
alguns poucos. Pode-se até analisá-los a partir da forma e do conteúdo empregados 
para saudar, em versos, o jogo, a bola, os ídolos. 
 
O modernista Oswald de Andrade, por exemplo, escreveu um poema sobre a 
vitoriosa excursão do Paulistano, de Friedenreich, à Europa, em 1925. (Durante o 
amadorismo, o clube foi um dos grandes de São Paulo e a excursão foi a primeira 
de um clube brasileiro ao velho continente.) Enquanto outro Andrade, o também 
modernista Mário, reproduzia em Macunaíma, de forma irônica, uma tese de 
Gilberto Freyre, para quem, muitos séculos antes, esporte semelhante fora 
praticado por índios brasileiros, além de dedicar uma crônica, “Brasil-Argentina”, de 
1939, publicado em sua coletânea Os filhos da Candinha, às diferenças de estilo 
cultural e futebolísitico entre os dois países, bem ao modo do mesmo Gilberto 
Freyre. 
 
Oswald, por sua vez, procurava demostrar por que “A Europa curvou-se ante o 
Brasil”, título de seu poema: “7 a 2/ 3 a 1/ A injustiça de Cette/ 4 a 0/ 2 a 1/ 2 a 0/ 
3 a 1/ E meia dúzia na cabeça dos portugueses”. O crítico teatral e ensaísta Décio 
de Almeida Prado, na infância um torcedor do clube, decifrou o poema, 
quantificando os jogos, as vitórias, os gols a favor e contra, atestando a injustiça 
da única derrota diante do mais fraco dos adversários. Seu precioso ensaio 
“Latejando com o futebol” está em Seres, coisas, lugares, e, em certo sentido, 
tornou-se complementar ao apenas aparentemente hermético poema de Oswald. 
 
Já Ascenso Ferreira preferiu, no livro Xenhenhém, tratar da vitória brasileira em A 
Copa do Mundo. E não só é possível imaginar o poeta declamando-o, com sua voz 
grave e pausada – o que fazia do alto de seus quase dois metros de altura e mais 
de cem quilos –, mas ouvi-la em CD, a partir de gravações para LP produzido pela 
Fundação Joaquim Nabuco, em trabalho do pesquisador e radialista Renato 
Phaelante. Inconfundível no estilo, o poema é quase prosa: “No meio daquela 
confusão toda/ de rádios berrando,/ fogos pipocando,/ bêbados cantando!/ Maria 
embocou pela porta de Chico Tenório adentro,/ do qual se encontrava há muito 
tempo em off-side,/ e exclamou:/ – Chiquinho, meu bem,/ o Brasil ganhou a Copa 
do Mundo!/ Vamos também fazer nosso goal, meu amor.” 
 
À maneira de Ascenso Ferreira, o poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu o 
poema A língua e o fato, infelizmente não incluído na ótima coletânea Quando é dia 
de futebol, que reúne seus escritos sobre o futebol. No caso, trata-se de outra 
quase prosa sobre a necessidade de dar um nome brasileiro ao esporte bretão: 
“Precisamos dar um nome/ português a este desporto”, diz alguém na redação de 
um jornal. Mas, enquanto isso, “... súbito estraleja/ barulho estranho lá fora”. O 
susto é grande: “Que foi? Que não foi? Acode/ o servente noticioso/ e conta que 
espatifou-se/ a vidraça da fachada/ por uma bola de futebol”. Como se vê, a vida 
costuma imitar a arte – ou seria o inverso? 
 
Enquanto isso, o diplomata e letrista Vinícius de Morais compôs um soneto para 
saudar o craque Mané Garrincha. “O gênio das pernas tortas”, título do poema, foi, 
ao lado de Pelé, uma das maiores fontes de inspiração de nossos poetas. Incluído 
no livro Para viver um grande amor, os versos dão sentido preciso à expressão que 
melhor definiu o próprio Mané, isto é, “a alegria do povo”: “Num só transporte, a 
multidão contrita/ em ato de morte se levanta e grita/ seu universo canto de 
esperança./ Garrincha, o anjo, escuta e atende: – Gooooool !/ É pura imagem: um 
G que chuta um O/ dentro da meta, um L. É pura dança!”. 
 
12 
 
Colega de diplomacia de Vinícius, João Cabral de Mello Neto dedicou-se mais ao 
tema. Alguns de seus poemas estão em Museu de Tudo, como “O Torcedor do 
América”: “O desábito de vencer/ não cria o calo da vitória;/ não dá à vitória o fio 
cego/ nem lhe cansa as molas nervosas./ Guarda-a sem mofo: coisa fresca,... ”. 
João Cabral torcia pelo alviverde América, do Recife, que fora um dos grandes 
times de Pernambuco até a década de 1940, quando passou a colecionar derrotas. 
Mas, apesar de alviverde, o autor de Cão sem plumas chegou mesmo a jogar nos 
juvenis do Santa Cruz até afastar-se por recomendação médica. Mais tarde, como 
resultado da carreira diplomática, sobretudo na Espanha, João Cabral escreveu “O 
futebol brasileiro evocado da Europa”: “A bola não é inimiga/ como o touro, numa 
corrida;/ e embora seja um utensílio/ caseiro e que se usa sem risco,/ não é o 
utensílio impessoal,/ sempre manso, de gesto usual:/ é um utensílio semivivo,/ de 
reações próprias, como bicho, é mister/ (mais que bicho, como mulher)/ usar com 
malícia a atenção/ dando aos pés astúcias de mão”. 
 
Depois dedicou dois poemas a dois Ademir: o Menezes, goleador da Copa de 1950, 
pernambucano como ele, e o da Guia, que, assim como o pai, Domingos, também 
foi chamado de “divino”. Em Ademir da Guia, por exemplo, João Cabral construiu 
um retrato nítido do craque: “Ademir impõe com seu jogo/ o ritmo do chumbo (e o 
peso),/ da lesma, da câmara lenta,/ ...Ritmo morno, de andar na areia,/ de água 
doente de alagados,/ entorpecendo e então atando/ o mais irrequieto adversário”. 
Quem viu o palmeirense jogar reconstitui facilmente suas lembranças do jogador a 
partir desses versos. Ademais, a escolha do tema é esclarecedora do estilo de um e 
de outro, pois, assim como o futebol de Ademir, a poesia de Cabral é caracterizada 
como precisa, ritmada, impassível e métrica – apolínea, enfim. 
 
Nenhum desses autores fez sua fama escrevendo romances, contos, crônicas ou 
poesias sobre o futebol, mas estão entre os melhores e maiores em seus gêneros 
literários. Aponá-los, aqui, serve para mostrar a importância do futebol fora das 
quatro linhas e o interesse que o tema despertou em alguns daqueles que nos 
propiciam o prazer da leitura. 
 
 
Os estudos acadêmicos sobre o futebol também entram em campo no 
Brasil 
 
Nelson Rodrigues costumava referir-se aos intelectuais e acadêmicos brasileiros 
como seres incapazes de cobrar um mísero escanteio ou lateral. Também fazia 
questão de lembrar que, geralmente, nossos melhores escritores eram refratários 
ao futebol. Em relação aos sociólogos, gostava de chamá-los de “idiotas da 
objetividade”. E ia mais longe: “quando se quer dar uma medida da estupidez 
humana, diz-se, e com razão: ‘Burro como um sociólogo’”. Exageros à parte, talvez 
desejasse apenas criticar a indiferença de nossos intelectuais, de modo geral, e de 
acadêmicos, em particular, em relação ao futebol, que, já naquela época (anos 
1950-1970), mobilizava milhões e constituía relevante traço de nossa identidade. 
 
De fato, com exceção de alguns – como Gilberto Freyre e João Lyra Filho, que o 
abordaram do ponto de vista sociológico, e Mario Filho e Thomaz Mazzoni, que 
inauguraram a tradição de historiadores autodidatas do nosso futebol –, até a 
década de 1990 eram raros os estudiosos que observavam o futebol como 
fenômeno social capaz de ajudá-los a entender e explicar os brasileiros e o Brasil. 
Assim, apenas na última quadra do século XX o futebol foi incorporado ao mundo 
acadêmico. E ainda hoje é tido como um tema emergente. 
 
O marco de tal mudança, como disse acima, foi o livro Universo do futebol: esporte 
e sociedade brasileira, de 1982. Além do antropólogo, e então professor do Museu 
Nacional (UFRJ), Roberto DaMatta, participaram da coletânea outrostrês 
13 
 
antropólogos, todos pós-graduados naquela instituição. Os estudos e pesquisas de 
DaMatta influenciaram os demais e ajudaram a enfrentar o preconceito acadêmico 
contra o futebol. Mas, certamente, outros fatores também contribuíram: a 
redemocratização do país, nos anos 1980 – na medida em que se entendia o 
futebol como um instrumento de controle social e de conquista de apoio popular 
pelos militares durante a durante (1964-85) –, o centenário oficial do futebol 
brasileiro e o quarto título mundial obtido pela seleção brasileira nos EUA, ambos 
em 1994. 
 
E apesar do Museu Nacional continuar a ser uma referência – basta lembrar a 
vinculação profissional do antropólogo José Sérgio Leite Lopes, estudioso do tema e 
orientador de pós-graduandos em diversas universidades –, o passo mais 
significativo para a institucionalização de estudos e pesquisas sobre o futebol foi 
dado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Ali, em 1990, foi criado o 
Núcleo de Sociologia do Futebol, sob a coordenação do professor Maurício Murad, 
do Departamento de Ciências Sociais, que, nos anos seguintes, passou a editar a 
revista Pesquisa de Campo. E logo estava formado o pioneiro Grupo de Pesquisa 
“Esporte e Cultura”, tendo a participação de professores e pesquisadores de 
diferentes universidades, como Ronaldo Helal, Antonio Jorge Soares e Hugo 
Lovisolo. 
 
A partir de então, proliferaram as coletâneas enfocando o futebol no âmbito da 
antropologia, sociologia, história social, psicologia, comunicação, administração, 
legislação, economia e educação física, incluindo, aí, aspectos técnicos e táticos do 
jogo, o que justifica, de per si, a tipificação aqui expostas pelas organizadoras 
desta bibliografia. Da mesma forma, os periódicos científicos também passaram a 
divulgar a produção acadêmica em dossiês sobre esportes, de modo mais geral, e 
futebol, em particular, a exemplo da Revista USP, em 1994, e Estudos Históricos, 
em 1999. Tendência que foi seguida, nos anos 2000, pelos periódicos Estudos de 
Sociologia, Horizontes Antropológicos e Revista de Ciências Sociais, entre outros. Já 
a importante Revista Brasileira de Ciências Sociais e o Boletim Informativo e 
Bibliográfico, ambos editados pela Associação Nacional de Pós-Graduação e 
Pesquisas Sociais (Anpocs), publicaram, igualmente, relevantes ensaios sobre o 
tema. 
 
Tais iniciativas refletem maior interesse pelo futebol no interior das entidades 
científicas. Exemplos disso são as sessões temáticas que passaram a ocorrer 
sistematicamente em encontros da própria Anpocs e da Sociedade Brasileira de 
Sociologia (SBS), e a significativa participação de brasileiros em eventos 
internacionais, tais como da Asociación Latinoamericana de Sociología (ALAS). E a 
participação, ainda que tímida, de estudiosos brasileiros em eventos da Brazilian 
Studies Association (BRASA) e do Consejo Latinoamericano de Ciências Sociales e 
suas publicações, como Peligro de gol: estudios sobre deporte y sociedad e o 
posterior Futbologías: futebol, identidad y violencia. 
 
Nos últimos anos, novos grupos têm sido criados em todo o país, alguns registrados 
no Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o que 
permite conhecê-los através de sua página eletrônica (www.cnpq.br). Além disso, 
trabalhos de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado têm sido 
defendidas. E aquelas que não foram transformadas em livros podem ser acessadas 
através da página da Fundação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(Capes), do Minsitério da Educação (MEC) (www.capes.gov.br) ou no sites das 
universidades brasileiras. 
 
Há, ainda, revistas eletrônicas, como a ComCiência, da Sociedade Brasileira para o 
Progresso da Ciência (SBPC), e a já tradicional Esporte e Sociedade, além de 
espaços de debates virtuais na internet, todos de fácil acesso a partir de programas 
14 
 
de buscas. Muitos deles citados neste levantamento ou utilizados, aqui, como fonte 
de pesquisa. Mas, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo, a 
produção acadêmica brasileira ainda não corresponde à reconhecida importância do 
futebol brasileiro, aqui e alhures. Para que se tenha uma idéia, uma das principais 
referências bibliográficas em nossa língua ainda é a tradução do livro do sociólogo 
britâncio Richard Giulianotti, Sociologia do Futebol: dimensões históricas e 
socioculturais do esporte das multidões. Portanto, chegou a hora de mostrar que já 
somos capazes de cobrar o decisivo pênalti, e não apenas um mísero escanteio ou 
lateral. E, certamente, o levantamento bibliográfico que o leitor tem, agora, em 
mãos, aliás, na tela de seu PC, notebook, Mac, tablet ou celular, que inclui ainda 
material de antigas revistas e magazines, além de jornais, muitos de circulação 
diária, por sua extensão e precisão, tenderá a se transformar em imprescindível 
obra de consulta para estudiosos e interessados no esporte mais popular do País e 
do mundo. 
 
 
 
Recife, 26 de agosto de 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
NOTA EXPLICATIVA 
 
 
 
 
Após a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, fizemos um 
levantamento para verificar a existência de bibliografias sobre o futebol brasileiro. 
Verificando que não havia um trabalho mais extenso sobre o tema, resolvemos 
elaborar um inventário sobre o assunto, para disponibilizar no portal da Fundação 
Joaquim Nabuco (Fundaj), em 2013. 
 
Iniciamos a pesquisa pelo acervo da Biblioteca Central Blanche Knopf, que havia 
adquirido, na década de 1980, a coleção de Jota Soares, conhecido cronista 
esportivo pernambucano. Foram também incluídos na busca a Bibliografia 
Brasileira, diversos catálogos on line de instituições disponíveis na Web, 
bibliografias de obras sobre futebol e sites de livrarias, além de outras fontes 
referenciadas no item 12 do trabalho. Para a coleta dos dados bibliográficos 
contamos com a colaboração de Aécio Oberdam dos Santos, Nataly Rodrigues da 
Silva e Ana Patrícia de Oliveira Jerônimo, estagiários do Curso de Biblioteconomia 
da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durantes seus estágios curriculares 
por nós orientados. 
 
Com apresentação de Túlio Velho Barreto, Pesquisador Adjunto da Fundação 
Joaquim Nabuco, Coordenador Geral de Estudos Sociais e Culturais (CGES) e, 
desde 2006, vice-líder do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Sociologia do Futebol 
(Nesf-UFPE/Fundaj), a bibliografia reúne 1.464 referências de obras sobre futebol, 
organizadas por grandes temas (ver sumário). 
 
Sem a pretensão da exaustividade, procuramos reunir a maior quantidade possível 
de obras sobre o futebol brasileiro, indicando no final da referência, entre colchetes, 
o local onde o documento está disponível. No caso do acervo da Fundaj, também foi 
incluído o seu código de acesso. 
 
Com o objetivo de facilitar a consulta, foi elaborado um índice alfabético (autor, 
título e assunto) que remete para o número de cada documento referenciado. Os 
títulos estão grafados em itálico e os artigos (definidos ou indefinidos) iniciais foram 
colocados após os títulos como recomendam as normas de indexação. 
 
Ao disponibilizar essa bibliografia, a Biblioteca Central Blanche Knopf, cumpre a 
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Recife, 15 de agosto de 2013 
 
 
 
Lúcia Gaspar 
Virgínia Barbosa 
 
Bibliotecárias da Fundação Joaquim Nabuco 
 
 
 
 
 
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98 - 1994: o ano do impasse tático. Folha de S. Paulo, São Paulo, 16 jan. 1994. 
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Alasdair Burman. São Paulo, Brasil: Best Ed., 1989. 58 p. Publicação 
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100 - MILLS, John R. Charles Miller: o pai do futebol brasileiro. São Paulo: Panda 
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101 - MILLS, John R. Charles William Miller 1894-1994 centenário=Centenary - 
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Tradução de Marion Mayer. São Paulo: Clube Atlético São Paulo, [199-?]. 
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102 - MOURA, Gisella de Araujo. O Rio corre para o Maracanã. Rio de Janeiro: 
Fundação Getulio Vargas Editora, 1998. 155 p. Originalmente apresentada 
como dissertação de mestrado à Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
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103 - MURRAY, B. Uma história do futebol. São Paulo: Hedra, 2000. [B]. 
 
104 - NEGREIROS, Plínio José Labríola de Campos. Construindo a nação: futebol 
nos anos 30 e 40. In: COSTA, Márcia Regina da (Org.). Futebol: espetáculo 
do século. São Paulo: Musa, 1999. p. 214-239. [B]. 
 
105 - NEGREIROS, Plínio José Labríola de Campos. Futebol nos anos 1930 e 1940: 
construindo a identidade nacional. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 
39, p. 121-151, 2003. [B]. 
 
106 - NEGREIROS, Plínio J. L. de C. A nação entra em campo: futebol nos anos 
30 e 40. 1998. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de História, 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1998. [PUC-SP]. 
 
107 - NÓBREGA, Arlindo. Futebol documento-verdade. São Paulo: Planimpress, 
1982. 83p. [BB]. 
 
108 - NOGUEIRA, Claudio. Futebol Brasil: memória de Oscar Cox a Leônidas da 
Silva (1897-1937). Rio de Janeiro: Senac, 2006. 284 p. [USP]. 
 
109 - OLIVEIRA, José Romero Tenório de. Futebol: origem e evolução no Brasil. 
2002. 56 f. Trabalho de Conclusão de Cursos (Graduação em Educação 
Física), Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco, 
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110 - OLIVEIRA, Maria C. L. Futebol na imprensa: uma releitura histórica. 
Pesquisa de Campo, Rio de Janeiro, n. 3-4, p. 21-28, 1996. [B]. 
 
111 - ORICCHIO, Luiz Zanin. Fome de bola cinema e futebol no Brasil. São Paulo, 
Imprensa Oficial, 2006. 484 p. [USP]. 
 
112 - PELOS Desportos [ou Vida Desportiva]. Rua Nova, Recife, 1926. Seção 
sobre esportes da revista, com diversas notícias sobre o futebol. [Fundaj, 
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113 - PENNA, Leonam; PENNA, Manoela. Dicionário popular do futebol: o ABC 
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Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. 253p. [Fundaj, 1932/2010 R]. 
 
114 - PERDIGÃO, Lauthenay. Futebol alagoano através dos tempos. Maceió: 
FAPE, [19--]. 168p. [Fundaj, 632/2011]. 
 
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116 - PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. Pelos campos da nação: um goal-
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Janeiro, v. 10, n. 19, p. 23-40, 1996. [B]. 
 
117 - PESQUISA DE CAMPO: Revista do Núcleo de Sociologia do Futebol, Rio de 
Janeiro: UERJ, Departamento Cultural, 1994-1997. Semestral. Alguns 
artigos desse periódico podem ser acessados pelo endereço: 
<http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/busca/pesquisa%20de%20ca
mpo/biblioteca>. Acesso em: 13 maio 2013. [USP/FFLCH; USP/Educação 
Física; Unicamp; UERJ]. 
 
118 - PINHEIRO, João Tavares. Perfil do futebol de Porto Velho. Porto Velho: 
UBE, 1982. 31p. [BB]. 
 
119 - PLACAR, São Paulo, Grupo Abril, 1970 – uma das principais revistas 
brasileiras sobre esporte, voltada exclusivamente para o futebol. Com 
periodicidade semanal, seu primeiro número saiu no dia 20 de março de 
1970. Hoje a revista é mensal. As edições podem ser consultadas em 
formato digital na web, consultando o seguinte endereço: 
<http://placar.abril.com.br/?s=Buscar+em+Placar&x=1&y=18>. Coleção 
da Fundaj: 1975 – n. 291, 24 out.; 1982 – n. 607, 8 jan; 633-635, 9, 16 e 
23 jul. [Fundaj P1023 OR]. 
 
120 - POLI, Gustavo; CARMONA, Lédio. Almanaque do futebol Sportv. Rio de 
Janeiro, Casa da Palavra, c 2006. 344 p. [USP]. 
 
121 - PONTES, Hildebrando. História do futebol em Uberaba. Uberaba, MG: 
Academia de Letras do Triângulo Mineiro; Bolsa de Publicações do 
Município de Uberaba, 1972. 195 p. il. [Fundaj, 1599/2011; USP]. 
 
122 - R. NETTO, A. Football: inovação brasileira. Sports, São Paulo, ano 1, n. 1, 
1919. [B]. 
 
123 - RECIFE SPORTIVO, Recife, 1919-1922. Coleção da Fundaj: 1919 – ano 1, 
n. 3, 8, 12 e 16. Traz informações sobre esporte, literatura e 
mundanismo. [Fundaj, P1020 OR]. 
 
124 - REIS FILHO, Nestor Goulart. Futebol e os velódromos. Jornal da Tarde, 
São Paulo, 9 jun. 1990. Caderno de Sábado, p. 6. [USP]. 
 
125 - REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, São Paulo, Colégio 
Brasileiro de Ciências do Esporte, v. 1, 1979- . Disponível em: 
<http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/issue/archive>. 
Acesso em: 13 maio 2013. 
 
126 - REVISTA BRASILEIRA DE FUTEBOL. Viçosa, MG: Universidade Federal de 
Viçosa, 2009- . Disponível em: 
<http://www.rbfutebol.com.br/acesso.php>. Acesso em: 7 jun.2013. 
 
127 - REVISTA DO ESPORTE. Rio de Janeiro, CBR Editores. Coleção da Fundaj: 
1959 – ano 1, n. 41; 1962 – Edição especial, Álbum do esporte n. 1; 
1966, ano 9, n. 360; 1968, ano 9, n. 477-478, 483; 1969 – ano 11, n.548, 
559; 1970 – ano 11, n. 563. [Fundaj, P1003 OR]. 
 
128 - REVISTA RESENHA ESPORTIVA. Recife, PE: Imprensa Escrita, 1999. 
Mensal. [Unicap]. 
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129 - REVISTA TORCIDA. Recife: Torcida, 2009- . Mensal. Coleção da Fundaj: 
2009 - ano 1, n. 1-3; 2010 – ano 2, n. 4-13; 2011 – ano 2, n. 14-21, ano 
3, n. 21-24; 2012 – ano 4, n. 25-33; 2013 – ano 5, n. 34-35. [Fundaj, P 
1154; Unicap]. 
 
130 - REVISTA USP – Dossiê futebol. São Paulo, n. 22, jun. ago. 1994. [USP]. 
 
131 - RIGO, Luiz Carlos. Memórias de um futebol de fronteiras. 2001. Tese 
(Doutorado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, 
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2001. [USP]. 
 
132 - RIGO, Luiz Carlos. Memórias de um futebol de fronteiras. Pelotas, RS: 
UFPEL, Editora Universitária, 2004.

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