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PRÉ OPERATÓRIO

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PRÉ-OPERATÓRIO
Gustavo Auler e Vinicius Fochesatto
Liga Acadêmica de Cirurgia e Trauma
Definição
O pré-operatório geral compreende uma boa abordagem clínica (anamnese e exame físico);
 Exames pré-operatórios básicos, quando indicados, e cuidados que antecedem a cirurgia
Avaliação global do EG do paciente.
Classificações do pré-operatório
a) geral;
b) específico para determinadas operações;
c) preparo de pacientes portadores de doenças prévias.
Subdivisões:
Pré-operatório imediato
24 horas
Pré-operatório mediato
72 horas
Exames complementares
Hemograma;
Coagulograma;
Tipagem sanguínea;
Glicemia;
Creatinina;
Eletrólitos;
Urinocultura;
ECG;
RX simples de tórax [póstero-anterior (PA) e perfil];
Parasitológico de fezes.
Escala de risco cirúrgico	
A escala mais utilizada é a da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA)
Risco 1
Risco 2
Risco 3
Risco 4
Risco 5
Escala de risco cirúrgico
Avaliar tipo de cirurgia quanto ao seu porte para definir plano cirúrgico:
Pequeno porte;
Médio porte;
Grande porte.
Avaliação nutricional
Parâmetros antropométricos e laboratoriais;
Quantifica as reservas corpóreas;
Indicada em pacientes conforme características individuais.
TRANSFUSÃO DE SANGUE
Tranfusão;
Autotransfusão;
Reutilização de sangue da própria Cx;
Tempo prévio para cada procedimento.
Cuidados pré-operatórios
Controle de dieta;
Medicação a ser tomada (ou suspensa);
Preparo da pele (com ou sem tricotomia;
Lavagens do sistema gastrointestinal;
Cateterismo;
Preparo psicológico;
 
Sedação;
Antibioticoprofilaxia.
controle de dieta
Baseada no tipo de anestesia que será realizada;
Jejum mínimo de oito horas (anestesia geral);
Observar cada situação conforme a Cx.
Controle de medicação
Analisar suspensão de determinados medicamentos, tais como:
Anticoagulantes orais;
Antiaderentes plaquetários;
anti-inflamatórios não-esteróides;
Antidepressivos;
hipoglicemiantes orais;
diuréticos inibidores da reabsorção do potássio;
Ganglioplégicos;
Controle de medicação
Avaliar a necessidade de manutenção de determinados medicamentos a fim de não atrapalhar no processo cirúrgico, tais como:
Betabloqueadores;
anti-hipertensivos;
Cardiotônicos;
Broncodilatadores;
Anticonvulsivantes;
Corticóides;
Insulina;
Antialérgicos;
Potássio;
medicação psiquiátrica.
preparo da pele
Orientar o paciente que faça uma boa higienização da pele;
Uso de soluções degermantes antissépticas como polivinil-pirrolidona-iodo ou Clorexidina;
Uso de tais produtos mas em solução alcoólica na antissepsia.
tricotomia
É realizada com o consentimento do paciente, a não ser que o médico julgue por necessário a remoção dos pelos para realização da cirurgia (empasse ético).
Quando devemos julgar necessário?
Até onde vai a autonomia do paciente?
preparo psicológico
Orientar o paciente quanto aos possíveis riscos da cirurgia, bem como aos familiares;
Deve-se estabelecer uma boa relação médico-paciente para que o paciente se sinta confortável e deposite confiança à equipe.
sedação
Em casos dos pacientes estarem excessivamente ansiosos e/ ou tensos;
Administração de benzodiazepínicos, como Diazepam VO, nos dias que antecedem a operação, e sedação com Midazolam SL;
Importante a visita pré-operatória pelo anestesista.
antibioticoprofilaxia
Recomendada em casos de risco de infecção ou como fator de proteção aos riscos da cirurgia;
Medicar pacientes ASA 3, 4 e 5;
Sempre medicar pacientes imunocomprometidos ou portadores de prótese;
Analisar a microbiota do local para indicação do antibiótico.
antibioticoprofilaxia
Operações limpas (sem uso frequente, salvo prótese ou catástrofe);
Operações potencialmente contaminadas;
Operações contaminadas;
Operações infectadas (terapêutica).
PREPAROS ESPECIAIS
Procedimentos não são usais em todas as cirurgias que serão realizadas nos pacientes com risco elevado ou que os predispõem a risco.
paciente ictérico
Hidratação venosa;
Descompressão das vias;
Administração de sais biliares por via oral;
Colestiramina para combater o prurido;
Vitamina K;
Dieta hipercalórica hipoproteica ou nutrição percentual total (NPT);
Antibioticoprofilaxia.
Estenose pilórica
Aspiração gástrica com cateter de Fouchet ou de Levine número 18 ou 20 durante 3-5 dias;
Reposição hidroeletrolítica e acidobásica;
Reposição com albumina e/ou plasma;
Avaliação e suporte nutricional parenteral;
Antibioticoprofilaxia.
Cirurgia do colón
Dieta sem resíduos 5-7 dias antes;
Dieta líquida na véspera;
Dieta zero no dia;
Antibioticoprofilaxia;
Laxantes;
Lavagem intestinal;
Hidratação venosa.
Paciente diabético
Glicemia mantida entre 100-200mg/dl (risco hipoglicêmico);
Dosar antes a glicemia;
iniciar infusão de soro glicosado a 5%;
aplicar um terço ou metade da dose de insulina de longa duração mais um terço ou metade da dose de insulina regular subcutânea.
Feocromocitoma
Diminuir a vasoconstrição decorrente do estímulo α (alfa adrenérgico);
Boa infusão venosa de solução salina ou coloidal para aumentar a volemia (vasoplegia pós remoção tumoral);
Bloqueadores α-adrenérgicos, durante 2-3 semanas, antes da operação;
Solução salina 1000 ml, coloidal, ou mesmo sangue e/ou plasma, na véspera da operação.
Síndrome de Cushing
Bloqueio da produção de cortisol, semanas antes do procedimento cirúrgico (administrar Cetoconazol);
Cetoconazol é um antimicótico que também bloqueia o citocromo P450, impedindo a fase inicial da síntese de corticosteroides.
Hipertiroidismo
O paciente deverá ser operado em estado eutireóideo;
Drogas antitiroidianas (mantidas até a véspera);
β-bloqueadores (propanolol, metoprolol);
lodo (lugol);
 Sedação.
cateterismo
Só deve ser feito em necessidade de monitorização da perfusão tecidual e em operações pélvicas ou das vias urinárias;
Deve-se atentar ao rigor da assepsia e antissepsia deste procedimento.
lavagens do sistema gastrointestinal
Se faz necessária em operações em qualquer lugar que tenha risco de manipulação e abertura desse sistema;
O esvaziamento do cólon deve ser realizado em pacientes constipados (em especial nos idosos) devido ao risco de fecaloma pós-Cx.
Planejamento cirúrgico 3D
Muito utilizado em cirurgias ortopédicas;
Fácil utilização, com necessidade apenas de softwares específicos e imagens tomográficas;
Determina um bom planejamento do ato cirúrgico a ser realizado.
Rotina no pré-operatório
Interrogatório de HMP
Condições orgânicas e psíquicas
Esclarecimento sobre procedimento anestésico
Solicitação de exames quando necessário
Obtenção de consentimento
Avaliar VA e acesso venoso
Planejamento de cuidados perioperatórios
Informe de prognóstico/ diagnóstico
Avaliação pré-operatória
Avaliação pré operatória
História da doença atual e de seu tratamento;
Tolerância ao exercício;
Última visita ao clínico;
Medicações em uso e história de alergia;
História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco – uso e cessação);
Qualquer condição de doença crônica, particularmente os aspectos cardiovasculares, pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e neurológicos;
Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando: complicações, dor, náuseas e vômitos, sangramentos, transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva); 
Sangramentos e cicatrização; 
Via aérea – Condições de intubação;
História anestésica familiar – complicações;
Acesso venoso, pulsos, local das punções;
Exames laboratoriais;
Necessidade de consultoria.
referências
Avaliação pré-operatória e cuidados em cirurgia eletiva: recomendações baseadas em evidências. FERNANDES, E. de O. et al. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 54 (2): 240-258, abr.-jun. 2010.
Colégio Brasileiro de Cirurgiões: programa de auto-avaliação em cirurgia. Fascículo 1. 1ed. Rio de Janeiro:
Farmídia, 1994. 34p.

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