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- 55 a 65 anos, período no qual há o objetivo de aumentar a autonomia dos idosos, para uma vida saudável, e realizar ações de prevenção secundária do processo de envelhecimento, prevenção da osteoporose, das doenças cardiovasculares e do câncer de mama. Neste período a incidência de câncer de colo uterino diminui, podendo haver maior espaçamento na coleta de citologias. É uma fase da vida que não deve ser considerada como doença, mas necessita de acompanhamento visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce e o tratamento dos agravos em tempo oportuno e prevenção de danos. A menopausa pode ocorrer de forma precoce, antes dos 40 anos, a chamada falência ovariana precoce. Nestes casos, precisam ser descartadas algumas condições clínicas de manejo na Atenção Básica (como a gravidez) e as mulheres devem ser encaminhadas para investigação no serviço de referência. É o período de transição entre a fase reprodutiva ou fértil e a não reprodutiva, e culturalmente relacionam este período com o envelhecimento. É uma fase biológica da vida da mulher e um período de mudanças psicossociais, de ordem afetiva, sexual, familiar, ocupacional, que podem afetar a forma como ela vive o climatério e responde a estas mudanças em sua vida A menopausa, marco do período climatérico, é a interrupção permanente da menstruação e o diagnóstico é feito de após 12 meses consecutivos de amenorreia, ocorrendo geralmente entre os 48 e 50 anos de idade. CLIMATÉRIO E MENOPAUSA Atuação do Enfermeiro CLIMATÉRIO Ocorre habitualmente entre os 40 e 65 anos. A confirmação do climatério e da menopausa é eminentemente clínica, sendo desnecessárias dosagens hormonais. - 35 a 45 anos, caracterizado por irregularidades menstruais, episódios de hemorragia uterina disfuncional e Síndrome Pré- menstrual, queda significativa da fertilidade (necessária anticoncepção adequada). A maioria das irregularidades menstruais e hemorragias disfuncionais se corrigem com administração de progesterona. É nessa época que há um aumento na incidência de câncer de mama, sendo importante a intensificação das ações de prevenção. - 45 a 55 anos, período no qual ocorre a menopausa das mulheres brasileiras, havendo maior incidência da síndrome climatérica (ondas de calor - fogachos -, a sudorese noturna e os sintomas próprios da atrofia urogenital (dispareunia, sensação de ressecamento vaginal, incontinência urinária, etc). A anticoncepção deverá ser mantida até que o diagnóstico de menopausa. Se não houver contraindicações, poderá ser instituída a terapia hormonal (TH) - 45 a 55 anos, período no qual ocorre a menopausa das mulheres brasileiras, havendo maior incidência da síndrome climatérica (ondas de calor - fogachos -, a sudorese noturna e os sintomas próprios da atrofia urogenital (dispareunia, sensação de ressecamento vaginal, incontinência urinária, etc). A anticoncepção deverá ser mantida até que o diagnóstico de menopausa. Se não houver contraindicações, poderá ser instituída a terapia hormonal (TH) O climatério pode ser dividido em três fases distintas: O rastreamento oportunístico é aquele que “ocorre quando a pessoa procura o serviço de saúde por algum outro motivo e o profissional de saúde aproveita o momento para rastrear alguma doença ou fator de risco”. Como o climatério e a menopausa são fases normais da vida, não há um conjunto de procedimentos e exames a serem realizados e o cuidado deve ser orientado às necessidades das mulheres. No entanto, deve-se aproveitar as oportunidades de contato para revisar a necessidade de ações preventivas, observadas as indicações destas e as características e necessidades das mulheres que buscam cuidado nessa fase. Alterações dos ciclos menstruais Fogachos e suores noturnos Problemas com o sono Sistemas Urogenitais Transtornos Psicossociais MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Alterações não transitó rias Cuidados não farmacológicos e orientações de acordo com as queixas apresentadas Alterações dos ciclos menstruais Fitoterápicos que podem ser utilizados no manejo de sintomas transitórios do climatério Abordagem farmacológica – terapia não hormonaL Recomenda-se abordagem humanizada destas mulheres, com o mínimo de intervenção e uso de tecnologias duras possível, já que o reconhecimento do climatério é essencialmente clínico e a maior parte das manifestações pode e deve ser manejada com hábitos de vida saudáveis, medidas comportamentais e autocuidado. O envelhecer é um processo biológico, não patológico, exigindo dos profissionais da saúde o cuidado pautado em princípios éticos aliados a competências relacionais, aconselhamento, orientações e educação para a saúde e a qualidade de vida. Práticas integrativas e complementares, em especial a fitoterapia: Alguns fitoterápicos podem auxiliar no alívio dos sintomas presentes no climatério, particularmente os fogachos. Entre os fitoterápicos presentes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), o único que está associado ao tratamento dos sintomas do climatério é a isoflavona da soja; Realizar ações de prevenção de forma individualizada, em especial, quanto a doenças crônico-degenerativas cardiovasculares, metabólicas e neoplásicas, de acordo com faixa etária, história, fatores de risco e comorbidades; Abordagem motivacional quanto ao estilo de vida saudável (alimentação, atividade física, higiene do sono) e à elaboração de novos projetos e objetivos para essa nova fase da vida; ABORDAGEM CLÍNICA PLANO DE CUIDADOS Abordagem farmacológica ABORDAGEM INTEGRAL E NÃO FARMACOLÓGICA DAS QUEIXAS NO CLIMATÉRIO Atenção às redes de apoio social e familiar, relações conflituosas e situações de violência; Orientar anticoncepção no climatério; Terapias não hormonal e hormonal – em casos selecionados Avaliação de necessidade, indicações, contraindicações absolutas e relativas. Uso racional de medicamentos. papel do médico Acompanhamento clínico periódico das mulheres em uso de terapia farmacológica, sobretudo a hormonal. Alterações e medidas de promoção à saúde bucal. Avaliação laboratorial Mamografia e ultra-sonografia mamária (de acordo com as diretrizes de rastreamento para o câncer de mama) Exame Preventivo do câncer do colo do útero Ultra-sonografia transvaginal Densitometria óssea Prevenção primária da osteoporose e prevenção de quedas: Informar sobre a prevenção primária da osteoporose e o risco de fraturas associadas. Orientar dieta rica em cálcio (1.200 mg/dia) e vitamina D (800-1.000 mg/dia). Aconselhar exposição solar, sem fotoproteção, por pelo menos 15 minutos diariamente antes das 10h ou após as 16h. A suplementação de cálcio e vitamina D só está recomendada se não houver aporte dietético adequado destes elementos e/ou exposição à luz solar. Recomendar exercícios físicos regulares para fortalecimento muscular e ósseo, melhora do equilíbrio e da flexibilidade. Aconselhar a cessação do tabagismo e a redução do consumo de bebidas alcoólicas e de cafeína. Avaliar fatores de risco para quedas: ambiência doméstica; uso de psicotrópicos; dosagem de medicamentos anti-hipertensivos, distúrbios visuais e auditivos. EDUCAÇÃO EM SAÚDEEDUCAÇÃO EM SAÚDE Exames complementares Realizar orientação individual e coletiva para as mulheres acerca de: Orientar a prática de 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada/semana, sendo ao menos 10 minutos de atividades físicas de forma contínua por período. Promover a realização de atividades de fortalecimento muscular duas ou mais vezes por semana, além de práticas corporais que envolvem lazer, relaxamento, coordenação motora, manutenção do equilíbrio e socialização, diariamente ou sempre que possível. Orientar a prática de 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada/semana, sendo ao menos 10 minutos de atividades físicas de forma contínua por período. Promover a realização de atividades de fortalecimento muscular duas ou mais vezes por semana, além de práticas corporais que envolvem lazer, relaxamento, coordenação motora,manutenção do equilíbrio e socialização, diariamente ou sempre que possível. Doenças sexualmente transmissíveis, HIV, hepatites. A rotina básica de exames na primeira consulta da mulher no climatério consta de exames para prevenção de doenças, detecção precoce ou mesmo para a avaliação da saúde em geral. Deve ser repetida com regularidade (semestral, anual, bianual, trianual) de acordo com os protocolos específicos em vigor, o que pode ser modificado na presença ou não de intercorrências ou alterações. Transtornos psicossociais. Ressignificação dessa fase de vida, que pode ser saudável, produtiva e feliz; Queixas do climatério; Exercícios da musculatura perineal; Alimentação saudável: Estimular a alimentação rica em vitamina D e em cálcio, por meio do consumo de leite, iogurte, queijos (principais fontes), couve, agrião, espinafre, taioba, brócolis, repolho, sardinha e castanhas Manutenção do peso normal; Prática de atividade física: Ressignificação do climatério: Abordar a vivência da mulher nessa fase, do ponto de vista biopsicossocial. Incentivar e promover a troca de experiências entre as mulheres e a realização de atividades prazerosas, de lazer, de trabalho, de aprendizagem, de convivência em grupo, de acordo com os desejos, necessidades e oportunidades das mulheres e coletivos.
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