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@isanogueira 07/05/2021 SEMIOLOGIA Exame clínico O objetivo do exame clínico é coletar todos os sinais e sintomas para que possam elaborar as hipóteses do diagnóstico. Deve-se seguir uma sequência lógica, completa e minuciosa em duas fases: Anamnese – questionário que será aplicado ao paciente. Exame físico – é o exame intra oral e extra oral, esse exame começa no momento em que o paciente chega no consultório, pois só de olhar já conseguimos ver se o mesmo possui alterações. Anamnese São pesquisados os sintomas por meio do relato livre e espontâneo do paciente (deixa-lo a vontade para falar), mas sempre orientar a cronologia dos fatos durante a descrição. O primeiro contato com o paciente deve ser de maneiro gentil, agradável, afável e tranquila, despertando confiança e respeito. Criar um clima de tranquilidade. O paciente tem que se sentir à vontade para relatar sua queixa e seus sintomas de maneira fiel. Evitar interromper a fala do paciente. A sequência ou a livre associação de ideias é importante para elaboração do diagnóstico. Atentar sempre os aspectos emocionais. Tentar identificar a personalidade, o nível intelectual e cultural para promover uma interação empática. Estabelecer confiança mutua, demonstrando sincero interesse em seus problemas. Considerar que o paciente vem apreensivo e angustiado a procura de alguém que o ampare, o compreenda e o livre dos sintomas que o incomodam. OBS: Os dados obtidos durante a anamnese devem ser anotados em prontuários apropriados. Após a exposição, o clinico pode intervir com a finalidade de complementar certos detalhes, se necessário. @isanogueira 07/05/2021 SEMIOLOGIA Sequência cronológica – serve para nos orientar e não deixar passar nada. 1. Identificação do paciente; 2. Queixa principal/duração; 3. História da doença atual; 4. Antecedentes hereditários; 5. Situação familiar; 6. Antecedentes mórbidos pessoais; 7. Hábitos e vícios. Queixa principal/duração Se refere ao sintoma mais importante que o paciente relata, e a duração se refere a quanto tempo é decorrido desde o início do sintoma até o momento atual. Convém ser transcrita com as palavras do paciente de forma sucinta. O examinador deve auxilia-los com perguntas do tipo: o que sente? Há quanto tempo? Como começou? Principais sintomas: dor; ardor; choque; adormecimento; formigamento; hipersensibilidade; queimação; pulsação; coceira; alterações no paladar/odor; calafrio; náusea; tontura; dificuldade de mastigar. ATENÇÃO!! A dor tem suas características, ela é uma das sensações mais frequentes com que o cirurgião dentista se depara em sua clínica diária, pois muitas vezes é ela que motiva o paciente a procurar ajuda. Dor Pode estar relacionada com experiencias previas e sempre apresenta dois aspectos distintos: Componente objetivo (dor somática) Componente subjetivo (dor emocional) Ela deve ser interpretada considerando seu tipo de manifestação, de acordo com os critérios de avaliação da sensibilidade dolorosa. Avaliação da sensibilidade dolorosa Intensidade da dor: pode ser leve, moderada ou alta. Isso vai depender do emocional e do limiar de suportar dor do paciente. Estimulo: espontâneo ou provocado. Frequência: quantas vezes e por quanto tempo o paciente já sentiu essa dor? Intermitente ou continua? Duração: instantânea ou prolongada. “quanto tempo dura?” Localização: difusa ou localizada. Fatores de alívio ou piora: medicação; frio; calor; abertura da boca; alivio espontâneo; variabilidade ao longo do dia. História da doença atual Consiste no registro do relato da história natural da doença desde o seu início, incluindo @isanogueira 07/05/2021 SEMIOLOGIA os fatos antecedentes que possam auxiliar o diagnóstico e sua evolução até a presente data. Tomar nota dos medicamentos utilizados, assim como seus efeitos, sejam eles terapêuticos ou colaterais. O mesmo se aplica a cirurgias realizadas, exames ou quaisquer outros procedimentos que enriqueçam a queixa e a duração e auxiliem o diagnóstico. É necessário ter habilidade para obter de seu discurso apenas os aspectos de interesse para a elucidação do quadro clinico. Ainda assim, deve-se ouvir com atenção, sem interrupção, deixando que o discurso do paciente seja livre e sem interferências, pois tudo o que é dito por ele é essencial para compor um perfil. Lembrete!! O examinador pode avaliar o indivíduo sob os aspectos cultural e emocional, tendo em vista as condições de conhecer melhor seu paciente. Isso auxilia tanto na coleta de dados como no diagnóstico, no tratamento e no acompanhamento do paciente. Antecedentes hereditários São os aspectos genéticos, como distúrbios ocorridos com descendentes e ascendentes do paciente que possam de algum modo estar vinculados com a lesão ou a alteração que este apresenta (principalmente perguntar se tem alguma doença crônica). Situação familiar É necessário conhecer as condições de vida do paciente: o dia a dia; costume; atividades; dieta. Condições de residência: conhecer o tipo de moradia (casa de alvenaria, de pau a pique, albergue coletivo, alojamento ao relento). Condições de saneamento básico: água encanada; esgoto; fluoretação das águas. Deve-se pesquisar eventual exposição a agentes nocivos. Antecedentes mórbidos pessoais História médica: doenças que acometeram o paciente (tem ou teve determinada doença); cirurgias realizadas; distúrbios sistêmicos; alergias, doenças infecciosas, DST, problema respiratório, entre outras doenças. Tem que sempre perguntar qual o tipo sanguíneo; verificar a pressão arterial (sempre antes das consultas); aferir o pulso e o peso. Hábitos São manifestações repetitivas e as vezes compulsivas que o paciente pratica de forma consistente ou inconsciente. Como: modiscamento, chupar dedo, chupeta, roer unhas, ranger e apertar os dentes. @isanogueira 07/05/2021 SEMIOLOGIA Vícios Hábitos nocivos, como fumar e ingerir bebidas alcoólicas, que são os mais lesivos para a mucosa bucal, principalmente quando associado Hábitos sexuais Troca de parceiros; periocidade do relacionamento sexual; cuidados higiênicos e de proteção de doenças sexualmente transmissíveis. Drogas toxicas Podem alterar o comportamento e as funções básicas do paciente, como: Alimentação; sono; densidade da saliva (saliva viscosa: maconha. Sensação de boca seca: pacientes que utilizam anti-hipertensivos, antidepressivos, ansiolíticos). - História odontológica: distúrbios ocorridos durante o tratamento odontológico; distúrbios ocorridos nos tecidos molares e duro da boca e da região adjacente. Perguntar quais tratamentos o paciente já foi submetido, se mastiga só de um lado, se sente dor próximo aos ouvidos, se a salivação está normal, se algo provoca sensibilidade nos dentes, se faz a escovação após as refeições e entre outras perguntas. Após a anamnese feita e todas essas perguntas respondidas pelo paciente, é hora de fazer o exame físico.
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