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editorasanar.com.br 2 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN) O SISVAN foi recomendado em 1974 na Conferência Mundial de Alimentação, pela OMS, OPAS, FAO e UNICEF, com o objetivo de: “(...) monitorar as condições dos grupos desfavorecidos da população de risco, e proporcionar um método de avaliação rápida e permanente de todos os fatores que influenciam os padrões de consumo alimentar e o estado nutricional.” (FAO/ OMS, 1974). No Brasil, o início de sua implantação se deu em 1977, com a proposta de organização de um sistema de informação para vigilância do estado nutricional e da situação alimentar da população brasileira e seus fatores determinantes. Sua regulamentação, no entanto veio posteriormente, em 1990, como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 080-P, de 16 de outubro de 1990, do Ministério da Saúde e da Lei nº 8080/ 1990, capítulo I, artigo 6º, inciso IV – Lei Orgânica da Saúde. Antes desse momento, existiam inúmeras experiências locais em diversas partes do País, sem uma articulação estadual e nacional. Operacionalização e o ganho de eficiência das ações do governo. Além de descrever de forma contínua e possibilitar a predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes, o SISVAN fornece subsídios para a tomada de decisões e ações em alimentação e nutrição nas três esferas do governo. SAÚDE PÚBLICA E ÉTICA PROFISSIONAL SISVAN Formulação de políticas públicas, estratégias, programas e projetos Operacionaliza- ção e o ganho de eficiência das ações do governo. Planejamento, acompanhamento, e avaliação dos programas sociais 3 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional LE G IS LA ÇÕ ES Po rt ar ia N º 1 .1 56 , d e 31 de A go st o de 1 99 0 PO R TA R IA N º 2 .2 46 , D E 18 D E O U TU B R O D E 20 04 PO R TA R IA IN TE R M IN IS TE R IA L N º 2. 50 9, D E 18 D E N O V EM B R O D E 20 04 . In st itu i o S IS VA N c om o s se gu in te s ob - je tiv os : 1. M an te r o d ia gn ós tic o at ua liz ad o de si tu aç ão d o Pa ís , n o qu e se r ef er e ao s pr ob le m as d a ár ea d e al im en - ta çã o e nu tr iç ão q ue p os su em re le - vâ nc ia e m te rm os d e sa úd e pú bl ic a; 2. I de nt ifi ca r as á re as g eo gr áfi ca s e gr up os p op ul ac io na is s ob ri sc o av a- lia nd o as t en dê nc ia s te m po ra is d e ev ol uç ão d os p ro bl em as d et ec ta - do s; 3. R eu ni r d ad os q ue p os si bi lit em id en - tifi ca r e po nd er ar o s fa to re s m ai s re le va nt es n a gê ne se d es se s pr o- bl em as ; 4. O fe re ce r su bs íd io s ao p la ne ja m en - to e à e xe cu çã o de m ed id as p ar a a m el ho ria d a si tu aç ão a lim en ta r e nu tr ic io na l d a po pu la çã o br as ile ira . In st itu i e d iv ul ga o rie nt aç õe s bá si ca s pa ra a im - pl em en ta çã o da s A çõ es d e V ig ilâ nc ia A lim en ta r e N ut ric io na l, no â m bi to d as a çõ es b ás ic as d e sa úd e do S is te m a Ú ni co d e Sa úd e - S U S, e m to do o te rr itó rio n ac io na l c om o s se gu in te s ob je tiv os : I. fo rn ec er i nf or m aç ão c on tín ua e a tu al iz ad a so br e a si tu aç ão a lim en ta r e nu tr ic io na l d os m un ic íp io s e do s es ta do s; II. id en tifi ca r ár ea s ge og rá fic as , s eg m en to s so - ci ai s e gr up os p op ul ac io na is s ob r is co d os ag ra vo s nu tr ic io na is ; III . pr om ov er o d ia gn ós tic o pr ec oc e do s ag ra vo s nu tr ic io na is , s ej a de b ai xo p es o ou s ob re pe so e/ ou o be si da de , p os si bi lit an do a çõ es p re ve n- tiv as à s co ns eq üê nc ia s de ss es a gr av os ; IV . p os si bi lit ar o a co m pa nh am en to e a a va lia çã o do e st ad o nu tr ic io na l d e fa m íli as b en efi ci ár ia s de p ro gr am as s oc ia is ; e V. o fe re ce r s ub sí di os à fo rm ul aç ão e à a va lia çã o de p ol íti ca s pú bl ic as d ire ci on ad as a m el ho ria da s itu aç ão a lim en ta r e nu tr ic io na l d a po pu - la çã o br as ile ira . V I. A pr ov a o M an ua l de O rie nt aç õe s B ás ic as pa ra a C ol et a, P ro ce ss am en to , A ná lis e de D a- do s e In fo rm aç ão e m S er vi ço s de S aú de p ar a SI SV A N In st itu i o p ro gr am a B ol sa F am íli a e in - cl ui a V A N n as a çõ es a s er em o fe re ci - da s ao s be ne fic iá rio s. A tr ib ui à s Se cr et ar ia s M un ic ip ai s e Es - ta du ai s a im pl an ta çã o, c oo rd en aç ão , su pe rv is ão e a po io d a V ig ilâ nc ia A li- m en ta r e N ut ric io na l, co m v is ta s ao ac om pa nh am en to d as fa m íli as d o Pr o- gr am a B ol sa F am íli a de nt ro d a su a re s- pe ct iv a es fe ra g ov er na m en ta l. A o M i- ni st ér io d a Sa úd e at rib ui a e la bo ra çã o, m an ut en çã o e fu nc io na m en to d os a pl i- ca tiv os d a V ig ilâ nc ia A lim en ta r e N u- tr ic io na l, pa ra o a co m pa nh am en to d as fa m íli as d o Pr og ra m a B ol sa F am íli a. 4 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SISVAN A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos serviços de saúde inclui a avaliação antropométrica (medição de peso e estatura) e do consumo alimentar cujos dados são consolidados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), fornecendo suporte aos gestores e profissionais de saúde no processo de organização e avaliação da atenção nutricional, permitindo que sejam observadas prioridades a partir do levantamento de indicadores de alimentação e nutrição da população assistida. Destaca-se ainda que o SISVAN permite o registro dos dados da população atendida na atenção básica, com destaque para os beneficiários do Programa Bolsa Família que devem realizar acompanhamento nutricional semestral. SISVAN NO CONTEXTO DA PNAN A Política Nacional de Alimentação e Nutrição propõe para o SISVAN o monitoramento da situação alimentar e nutricional, de modo a agilizar os seus procedimentos e a estender sua cobertura a todo o País. A consolidação do Sistema é feita, especialmente, com o apoio de Centros Colaboradores em Alimentação e Nutrição e as Áreas Técnicas Estaduais em Alimentação e Nutrição existentes na quase totalidade dos estados e em centenas de municípios brasileiros. Monitoramento da situação alimen- tar e nutricional Deve se concentrar na atenção a gestante e no crescimento e desenvolvimento das crianças, servindo de eixo para todo traba- lho empreendido na rede de serviços, especialmente na Atenção básica, considerando a universalização Rede de serviços O SISVAN deve ser incorporado às rotinas de atendimento para: • Monitorar o estado nutricional de cada usuário • Detectar situação de risco, prescrição de ações que possibili- tem a prevenção de seus efeitos e a garantia da reversão ao quadro de normalidade. • Mapeamento das endemias carenciais Acompanhamento da situação das DCNT’S Coleta, geração, fluxo, processamento e análise dos dados, dos sistemas: • Sistema de Informação de Mortalidade(SIM) • Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) • Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN) 5 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional • Coleta e a análise de dados macroeconômicos e sociais indi- cativos da situação alimentar de riscos difusos ou localizados de insegurança Desta forma, o SISVAN é por excelência o suporte para o desenho e o ajuste de programas, a atualização contínua e a análise sistemática de informações concernentes à situação alimentar e nutricional do País, produzindo, assim, o desejado feed-back entre informação, ação e avaliação de resultados. ESTRATÉGIAS EPIDEMIOLÓGICAS Inquéritos populacionais periódicos: Sistema informatizado: • Pesquisas de base populacional que fornecem uma visão pontual da situa- ção de saúde da população, incluindo a temática da alimentação e Nutrição. • Indicadores bioquímicos, antropomé- tricos e de consumo alimentar. • Alto custo e excessivo trabalho opera- cional. • Sisvan web: registro de dados da ali- mentação e nutrição, provenientes dos atendimentos da Unidade Básica de Saúde. • DATASUS: manutenção e o suporte técnico, aos estados e aos municípios, sistema informacional para a entrada e o processamento de dados gerados pelas ações do SISVAN. Chamadas Nutricionais: • Estratégias vinculadas às Campanhas de Imunização. • Mobilização das secretarias municipais e estaduais de saúde para a importân- cia do acompanhamento do cresci- mento de crianças. • Realização do levantamento de infor- mações sobre indicadores antropomé- tricos e indicadores de consumo em crianças menores de 5 anos. Acesso a produção científica e financia- mento de pesquisas: • Levantamento periódico, sistemático e exaustivo da produção científica nacio- nal sobre a situação alimentar e nutri- cional da população. • Apoio a estudos e pesquisas na área de Alimentação e Nutrição. POLITICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO(PNAN) A PNAN foi aprovada pela Portaria n.º 710, de 10 de junho de 1999 integrando esforços do Estado Brasileiro por meio de um conjunto de políticas públicas para respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. Inicialmente, em 1999, a PNAN atesta o compromisso do Ministério da Saúde com os males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo 6 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional à desnutrição infantil e materna. Contudo após as transformações sociais ocorridas e seus impactos sobre o padrão de saúde e consumo alimentar, tais como o fenômeno da transição nutricional e aumento da prevalência de obesidade e doenças relacionadas ao excesso nutricional, as chamadas Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT’s), fenômeno intimamente relacionado a mudança no padrão alimentar da população com o aumento do consumo de alimentos industrializados percebeu-se a necessidade de atualização desta política e em 2011, através da portaria nº 2.175/2011 a PNAN foi atualizada e aprimorada. Esta portaria revoga a Portaria nº 710/ GM/MS, de 10 de junho de 1999, publicada no Diário Oficial da União - DOU de 11 de junho de 1999, seção 1, página 14. 1. Propósito: O propósito da PNAN é a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. (BRASIL, 2013) 2. Princípios, Diretrizes, Ações estratégicas e Financiamento Os Princípios, Diretrizes, Ações estratégicas e Financiamento do PNAN encontram-se tabela a seguir: 7 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Pr in cí pi os D ire tr iz es A çõ es Es tr at ég ic as Fi na nc ia m en to • A lim en ta çã o co m o el em en - to d e hu m an iz aç ão d as p rá - tic as d e sa úd e • Se gu ra nç a A lim en ta r e N u- tr ic io na l c om o so be ra ni a • R es pe ito à d iv er si da de e à cu ltu ra a lim en ta r • Fo rt al ec im en to d a au to no - m ia d os in di ví du os • A d et er m in aç ão s oc ia l e a na tu re za in te rd is ci pl in ar e in te rs et or ia l d a al im en ta çã o e nu tr iç ão • O rg an iz aç ão d a A te nç ão N u- tr ic io na l • Pr om oç ão d a Sa úd e e da A li- m en ta çã o A de qu ad a e Sa u- dá ve l • V ig ilâ nc ia A lim en ta r e N ut ri- ci on al • G es tã o da s A çõ es d e A lim en - ta çã o e N ut riç ão • Pa rt ic ip aç ão e C on tr ol e So - ci al • Q ua lifi ca çã o da F or ça d e Tr a- ba lh o • Pe sq ui sa ,In ov aç ão e C on he - ci m en to em A lim en ta çã o e N ut riç ão • Co nt ro le e re gu la çã o do s A li- m en to s • Co op er aç ão e ar tic ul aç ão pa ra S eg ur an ça A lim en ta r e N ut ric io na l • V ig ilâ nc ia A lim en ta r e N ut ri- ci on al • Pr om oç ão d a Sa úd e e da A lim en ta çã o A de qu ad a e Sa ud áv el • Pr ev en çã o e Co nt ro le de A gr av os N ut ric io na is • Pr og ra m a B ol sa F am íli a • Pe sq ui sa ,In ov aç ão e C on he - ci m en to • A tr av és d o FA N ( in ce nt iv o fin an ce iro pa ra a es tr u- tu ra çã o e im pl em en ta çã o da s aç õe s de a lim en ta çã o e nu tr iç ão ) • R ec ur so re pa ss ad o pa ra to do s os E st ad os , D is tr ito Fe de ra l e M un ic íp io s co m m ai s de 1 50 .0 00 h ab ita n- te s 8 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Princípios: Além dos princípios relacionados na tabela 1, a PNAN é orientada pelos princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde (universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização e hierarquização e participação popular), e reafirma o direito à saúde e à alimentação. Diretrizes: 1. Organização da Atenção Nutricional: Compreende os cuidados relacionado à alimentação e nutrição com o objetivo de promoção, proteção à saúde e prevenção, diagnóstico e tratamentos de agravos devendo estar associado a outras esferas do SUS . Esta atenção é voltada tanto para pessoas individualmente como para famílias, comunidades. No que se refere ao índividuo deve-se identificar características específicas e fases de vida que deve ser foco de atenção nutricional, priorizando fases mais vulneráveis e problemas em relação à alimentação e a nutrição. Para as famílias e comunidades deve ser considerado para atenção nutricional as especificidades dos diferentes grupos populacionais, povo, comunidades tradicionais, culturas tradicionais, por exemplo a população negra, quilombolas. A atenção nutricional deve fazer parte da Rede de Atenção à Saúde, tendo a atenção Básica como coordenadora, tendo esta, a capacidade de identificar as necessidades de saúde da população e sob sua responsabilidade, contribuir para a organização da atenção nutricional que deve basear-se no diagnóstico da situação alimentar da população através do SISVAN e demais ferramentas que permitam identificar grupos e/ ou indivíduos com agravos/ riscos relacionados ao estado nutricional e consumo alimentar. Atenção nutricional, deve priorizar a realização de ações no âmbito da Atenção Básica, mas deve incluir outros pontos de atenção à saúde quando necessário, como os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, hospitais, atenção domiciliar entre outros. 2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável: A PAAS tem como enfoque prioritário a realização de um direito humano básico, que proporcione a realização de práticasalimentares apropriadas dos pontos de vista biológico e sociocultural, bem como o uso sustentável do meio ambiente. E tem também por objetivo apoiar Estados e municípios brasileiros no desenvolvimento da promoção e proteção à saúde da população, possibilitando um pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Além disso, reflete a preocupação com a prevenção e com o cuidado integral 9 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional dos agravos relacionados à alimentação e nutrição como a prevenção das carências nutricionais específicas, desnutrição e contribui para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais tais como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, doença celíaca, entre outras. 3. Vigilância Alimentar e Nutricional: Consiste na avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população e seus fatores determinantes cujos dados são consolidados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apoiando gestores e profissionais de saúde no processo de organização e avaliação da atenção nutricional, permitindo que sejam observadas prioridades a partir do levantamento de indicadores de alimentação e nutrição da população assistida. Destaca-se ainda que o SISVAN permite o registro dos dados da população atendida na atenção básica, com destaque para os beneficiários do Programa Bolsa Família. 4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição A PNAN representa uma estratégia que articula dois sistemas: o SUS, e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Tendo natureza transversal às demais políticas de saúde e caráter intersetorial, esta política é responsável pelo desafio da articulação de uma agenda comum de alimentação e nutrição com os demais setores do governo e sua integração às demais políticas, programas e ações do SUS. Aos Gestores do SUS, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, cabe a responsabilidade de promover a implementação da PNAN por meio da viabilização de parcerias e da articulação interinstitucional necessária para fortalecer a convergência dela com os Planos de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional. 5. Participação e controle social Aborda a importância da participação social nas Comissões intersetoriais de Alimentação e Nutrição (CIAN), em âmbito estadual, distrital e municipal que potencializará o debate acerca da PNAN na agenda dos Conselhos de Saúde. E ressalta o fortalecimento do papel dos conselheiros de saúde na expressão de demandas sociais relativas aos direitos humanos à saúde e à alimentação, definição e acompanhamento de ações derivadas da PNAN, em seu âmbito de atuação. 6. Qualificação da Força de Trabalho Aborda a importância da qualificação de gestores e profissionais em consonância com as necessidades de saúde, alimentação e nutrição da 10 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional população. Reforça a importância desta qualificação para implementação de políticas, programas e ações de alimentação e nutrição voltados à atenção e vigilância alimentar e nutricional, promoção da alimentação adequada e saudável e a segurança alimentar e nutricional. E apresenta a educação permanente em saúde como a principal estratégia para qualificar as práticas de cuidado, gestão e participação popular, destaca- se os cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde, em especial de Nutrição,como forma de contemplar a formação de profissionais que atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam em sintonia com os princípios do SUS e da PNAN. 7. Controle e Regulação dos Alimentos A PNAN e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS se convergem na finalidade de promover e proteger a saúde da população na perspectiva do direito humano à alimentação, por meio da normatização e do controle sanitário da produção, comercialização e distribuição de alimentos. O Controle e Regulação dos alimentos contemplam uma série de ações que buscam garantir a promoção da alimentação adequada e saudável e a proteção à saúde da população, dos pontos de vista sanitário, biológico, tecnológico e nutricional, respeitando sempre o direito de escolha individual. De forma mais simplificada, estas ações objetivam monitorar e assegurar à população a oferta de alimentos seguros e adequados nutricionalmente, respeitando o direito individual na escolha e decisão sobre os riscos aos quais irá se expor. As medidas de regulação são as ações que impedem que haja exposição da população a fatores e situações que estimulem práticas não saudáveis, dentre elas estão: a regulamentação da venda e propaganda de alimentos nas cantinas escolares; de publicidade dirigida ao público infantil e de rotulagem de produtos dirigidos a lactentes. Já as medidas de controle são aquelas que buscam incentivar e facilitar a adesão a práticas saudáveis por indivíduos e coletividades, deixando-os informados e motivados, como a rotulagem nutricional, programas de alimentação institucional, cantinas saudáveis nas escolas e ambiente de trabalho e espaços que favoreçam a amamentação. 8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição Esta Diretriz reforça a importância do desenvolvimento do conhecimento e o apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia, no campo da alimentação e nutrição em saúde coletiva para a geração de evidências e instrumentos necessários para implementação e avaliação da efetividade das ações da PNAN. Para isto é fundamental a alimentação de ferramentas tais como o SISVAN que permitam traçar o perfil nutricional da população e diagnosticar de 11 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional forma contínua e dinâmica a situação alimentar e nutricional da população brasileira de forma que os gestores de saúde possam se utilizar de uma base sólida de evidências que fundamentem o planejamento e a decisão para a atenção nutricional no SUS. Desta, forma deve-se manter atualizada uma agenda de prioridades de pesquisas em alimentação e nutrição de interesse nacional e regional, pautada na agenda nacional de prioridades de pesquisa em saúde. 9. Cooperação e articulação para segurança alimentar e nutricional A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base: práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. A garantia de SAN para a população, assim como a garantia do direito à saúde, não depende exclusivamente do setor saúde, mas este tem papel essencial no processo de articulação intersetorial. Esta diretriz objetiva principalmente: • A melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas de transferência de renda - acesso aos serviços de saúde; • A interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola, distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o aumento do acesso a alimentos saudáveis; • A promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais; • A articulação com as redes de educação e sócio - assistencial para a promoção da educação alimentar e nutricional; • A articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade dos alimentos processados e o apoio à produção de alimentos advinda da agricultura familiar, dos assentamentos da reforma agrária e de comunidades tradicionais, integradas à dinâmica da produção de alimentos do país. PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE) O PNAE é um programa suplementar de educação que oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública. Foi criado em 1995com o objetivo de contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem, rendimento escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudável, por 12 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e nutricional. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E AÇÕES Princípios Diretrizes AçõesEstratégicas Descentralização Emprego da alimentação saudável e adequada Inserção de educa- ção nutricional no currículo escolar Universalidade: garantia de alimentação gratuita aos estudantes da rede pú- blica na educação básica Educação Alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem Capacitação de nutricionis- tas, conselheiros, meren- deiros, gestores públicos e agricultores familiares Equidade: acesso ao di- reito a alimentação esco- lar de forma igualitária Universalidade do aten- dimento aos alunos ma- triculados na rede pública de educação básica Projeto Educando com a Horta Escolar; Sustentabilidade e conti- nuidade: acesso regular e permanente à alimenta- ção saudável na escola Participação da comuni- dade no controle social; Cooperação Interna- cional para implemen- tar programas de Ali- mentação Escolar. Participação da co- munidade no controle social e acompanha- mento das ações Apoio ao desenvolvi- mento sustentável; Direito a alimentação escolar, visando garan- tir segurança alimentar e nutricional dos alunos. EXECUÇÃO O financiamento do programa está assegurado no Orçamento da União, sendo assim os recursos são oriundos do tesouro nacional, a verba é repassada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às Entidades executoras (Escolas federais, Secretárias de Educação Municipais, Estaduais e Distrito federal) em contas correntes especificamente criadas pelo próprio FNDE para estes fins. O programa pode ser acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade através dos Conselhos de Alimentação escolar (CAE), pelo FNDE, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. Sendo o CAE o principal órgão onde é exercido o controle social, este deve ser constituído por representantes do poder Legislativo (1), Poder Executivo (1), 13 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Educação (2), Pais (2), Sociedade Civil (1). Sua constituição é condição para o repasse dos recursos financeiros pelo FNDE. Atribuições da CAE: • Acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas; • Acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros; • Acompanhar a elaboração de cardápios / qualidade dos alimentos; • Emitir parecer conclusivo acerca da aprovação da execução do Programa. Os valores repassados pela União aos estados e municípios, por dia letivo para cada aluno está descrito na tabela a seguir: Modalidade Valor (R$) Creches R$: 1,07 Pré- escola R$: 0,53 Escolas indígenas e quilombolas R$: 0,64 Ensino fundamental médio R$: 0,36 Educação de jovens e adultos. R$:0,32 Ensino Integral R$: 1,07 Programa mais Educação R$: 0,90 Estudantes em Atendimento Especializado no turno oposto R$: 0,53 Destes recursos repassados pelo FNDE, 30% devem ser utilizados para adquirir gêneros alimentícios de origem da agricultura familiar e/ou empreendedor familiar rural segundo a lei nº 11.947, de 16/6/2009. Critérios Nutricionais, segundo a Resolução nº 26, de 17 de Junho de 2013. Exigências para elaboração do Cardápio Recomendações Nutricionais Ser elaborado pelo Nutricionista responsável utili- zando gêneros alimentícios básicos, respeitando as recomendações nutricionais, os hábitos alimentares e culturais local, pautando-se na sustentabilidade e alimentação saudável e adequada. 10% do VET de açúcar de adição Fornecer 20% das necessidades nutricionais a alu- nos matriculados em período parcial e 70% aos alu- nos matriculados em período integral matriculados na atenção básica. 15 a 30% do VET de lipídeos Se ofertadas duas ou mais refeições, oferecer no mí- nimo 30% das necessidades nutricionais de alunos em período parcial 10% de gorduras saturadas 14 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Atribuições Obrigatórias do Nutricionista no Âmbito do PNAE, segundo a Resolução do CFN Nº 465/2010. Base Legal: • Art. 205 e 208 da Constituição Federal de 1988 • Lei de Diretrizes e Bases da Educação 1996 • Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172, de 09/01/01) • Resolução nº 32, de 10/08/06 • Resolução CFN nº 358, de 18/05/2005 • Portaria Interministerial nº 1.010/06 • Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN • Resolução n° 38, de 19/08/2008 • Lei nº 11.947, de 16/06/09 Realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional dos escolares. Planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar. Elaborar fichas técnicas das preparações que compõem o cardápio. Planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção, compra, armazenamento, produção e distribuição dos alimento. Orientar e supervisionar as atividades de higienização de ambientes, armazenamento de alimentos, veículos de transporte de alimentos, equipamentos e utensílios da insti- tuição. Realizar ações de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar. Elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Assessorar o CAE no que diz respeito à execução técnica do PNAE. Exigências para elaboração do Cardápio Recomendações Nutricionais Os cardápios deverão diferenciar-se de acordo com a faixa etária dos estudantes e para aqueles que ne- cessitam de atenção específica. 1% de gordura trans Sódio: 1 refeição =400mg 2 refeições= 600mg 3 refeições=1.400mg Deverão conter alimentos seguros, variados que res- peitem a cultura e hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento, desenvolvimento e melhoria do rendimento escolar dos alunos. Pelo menos 3 porções de frutas e hortaliças por semana (200g/ aluno/semana) A oferta de doces e/ou prepara- ções doces fica limitada a duas porções por semana, equivalen- te a 110 kcal/porção. 15 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF) 1. Criação O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica, e aumentar a resolutividade dela, reforçando os processos de territorialização e regionalização em saúde. 2. Objetivo O NASF é uma estratégia inovadora que objetiva apoiar, ampliar, aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Além do conhecimento técnico, os Nasfs tem também a responsabilidade por determinado número de equipes de Saúde da Família e o desenvolvimento de habilidades relacionadas ao paradigma da Saúde da Família. O Núcleo deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude e na atuação dos profissionais da Saúde da Família e entre sua própria equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da organização territorial dos serviços de saúde. 3. O que é? O NASF é constituído por equipes multiprofissionais para atuarem no apoio e em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família, com foco nas práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes. A composição do NASF deve ser definida pelos próprios gestores municipais e as equipes de Saúde da Família, mediante critérios de prioridades identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade de profissionais de cada uma das diferentes ocupações. O NASF não se constitui porta de entrada do sistema paraos usuários, mas sim de apoio às equipes de Saúde da Família. 4. Atuação e Diretrizes O NASF deve atuar dentro de algumas diretrizes relativas à Atenção Primária a Saúde: ação interdisciplinar e intersetorial; educação permanente em saúde dos profissionais e da população; desenvolvimento da noção de território; integralidade, participação social, educação popular; promoção da saúde e humanização. Desta forma, a organização dos processos de trabalho dos Nasf, tem sempre como foco o território sob sua responsabilidade, e deve 16 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional ser estruturada priorizando o atendimento compartilhado e interdisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando experiência para todos os profissionais envolvidos, mediante amplas metodologias, como estudo e discussão de casos e situações, projetos terapêuticos, orientações e atendimento conjunto etc. Abordagem integral do individuo (contexto so- cial, familiar e cultural ) e garantia de cuidado longitudinal Organização do sistema de saúde de forma a ga- rantir o acesso às redes de atenção, conforme as necessidades de sua população. Práticas de saúde orga- nizadas a partir da in- tegração das ações de promoção, prevenção, reabilitação e cura INTEGRALIDADE 5. Modalidades de NASF's A Portaria 154/2008 estabelece as Modalidades 1 e 2 de NASF, posteriormente a portaria 3124/2012 cria o NASF 3 que define parâmetros para populações específicas. As informações sobre as modalidades dos NASF’s estão descritos na tabela a seguir: NASF 1 NASF 2 NASF 3 Equipes Vinculadas 5 a 9 eSF e/ou eAB para populações es- pecíficas (eCR, eSFR e eSFF) 3 a 4 eSF e/ou eAB para populações es- pecíficas (eCR, eSFR e eSFF) 1 a 2 eSF e/ou eAB para populações es- pecíficas (eCR, eSFR e eSFF) Carga horária Somatório da Equipe deve ser de 200hrs semanais, onde cada profissional deve ter CH mínima de 20 e máxima de 40 horas. Somatório da Equipe deve ser de 120hrs semanais, onde cada profissional deve ter CH mínima de 20 e máxima de 40 horas. Somatório da Equi- pe deve ser de 80hrs semanais, onde cada profissional deve ter CH mínima de 20 e máxima de 40 horas. Quantitativo de profissionais 5 a 10 profissionais 3 a 6 profissionais 2 a 4 profissionais Profissões integrantes do NASF. Conforme a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, os NASF’s deverão ser compostos pelas seguintes ocupações do Código Brasilei- ro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista; Assistente Social; Pro- fissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeu- ta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica), continua ↓ 17 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional 6. Implantação do NASF Passo a passo para implantação do NASF: NASF 1 NASF 2 NASF 3 Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanita- rista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-gra- duação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas. IMPORTANTE! A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epi- demiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. eCR - Equipe Consultório na Rua; eSFR - Equipe Saúde da Família Ribeirinha; eSFF - Equipe Saúde da Família Fluvial Passo 1 O município deverá apresentar projeto contendo as seguintes informações: • Área geográfica a ser coberta, com estimativa da população residente; • Dados levantados em diagnóstico elaborado pelo município que justifi- que a implantação do NASF; • Definição dos profissionais que irão compor as equipe do NASF e as principais atividades a serem desenvolvidas, de acordo com o diagnós- tico de território citado acima; • Descrição de quais eSF serão vinculadas, bem como o código do Cadas- tro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) da Unidade Básica de Saúde em que o NASF será credenciado; • Descrição de uma proposta de agenda para o início do trabalho com- partilhado entre as eSF e as equipes do NASF; • Descrição da forma de recrutamento, seleção, contratação e carga ho- rária dos profissionais do NASF. Passo 2 O município submete o projeto para aprovação do Conselho Municipal de Saúde – caso a implantação de NASF não esteja contemplada no Plano Municipal de Saúde, já aprovado pelo referido Conselho. Passo 3 A Secretaria Municipal de Saúde envia as informações para análise da Se-cretaria Estadual de Saúde. Passo 4 A Secretaria Estadual de Saúde submete o pleito do(s) município(s) à apre- ciação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a data do protocolo de entrada do projeto de implantação. Passo 5 A Secretaria Estadual de Saúde envia ofício com a resolução da CIB para o Ministério da Saúde, comunicando o número de NASF aprovados. Passo 6 O Ministério da Saúde publica o credenciamento da(s) equipe(s) do NASF no Diário Oficial da União Passo 7 O município cadastra no CNES os profissionais que atuarão no NASF. 18 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional 7. Financiamento e Suspensão de Repasses 1. Financiamento: INCENTIVO PARA IMPLANTAÇÃO: • NASF 1 - R$ 20.000,00 (vinte mil reais), em parcela única • NASF 2 - R$ 12.000,00 (doze mil reais), em parcela única • NASF 3 - R$ 8.000,00 (oito mil reais), em parcela única Piso da Atenção Básica Variável • NASF 1- R$ 5.000,00 (cinco mil reais)); • NASF 2 - R$ 3.000,00 (três mil reais) • NASF 3 - R$ 2.000,00 (dois mil reais) Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) INCENTIVO PARA CUSTEIO: • NASF 1 - R$ 20.000,00 (vinte mil reais), mensalmente • NASF 2 - R$ 12.000,00 (doze mil reais), mensalmente • NASF 3 - R$ 8.000,00 (oito mil reais), mensalmente 2. Condições para Suspensão do Repasse: I. inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes; II. descumprimento da carga horária mínima prevista por modalidade NASF; III. ausência de alimentação de dados no Sistema de Informação definidos pelo Ministério da Saúde que comprovem o início de suas atividades; IV. descumprimento aos parâmetros de vinculação do NASF às Equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações específicas; V. forem detectados, malversação ou desvio de finalidade na utilização dos recursos e; VI. ausência, por um período superior a 60 (sessenta) dias, de qualquer um dos profissionais que compõem as equipes, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida 19 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional por legislação específica e, ainda, na situação prevista no § 2º do art. 3º desta Portaria IMPORTANTE! A suspensão dos incentivos financeiros pelo Ministério da Saúde será mantida até a adequação das irregularidades identificadas. Princípios Diretrizes AçõesEstratégicas Descentralização Emprego da alimentação saudável e adequada Inserção de educa- ção nutricional no currículo escolar Universalidade: garantia de alimentação gratuita aos estudantes da rede pú- blica na educação básica Educação Alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem Capacitação de nutricionis- tas, conselheiros, meren- deiros, gestores públicos e agricultores familiares Equidade: acesso ao di- reito a alimentação esco- lar de forma igualitária Universalidade do aten- dimento aos alunos ma- triculados na rede pública de educação básica Projeto Educando com a Horta Escolar; Sustentabilidade e conti- nuidade: acesso regular e permanente à alimenta- ção saudável na escola Participação da comuni- dade no controle social; Cooperação Interna-cional para implemen- tar programas de Ali- mentação Escolar. Participação da co- munidade no controle social e acompanha- mento das ações Apoio ao desenvolvi- mento sustentável; Direito a alimentação escolar, visando garan- tir segurança alimentar e nutricional dos alunos. 20 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional 8. Responsabilidades e ações: 1. Responsabilidades: Ações multiprofissionais e transdisciplinares, desenvolvendo a responsabilidade Atuar, de forma integrada e plane- jada, nas atividades desenvolvidas pelas ESF e de Interna- ção Domiciliar Elaborar estratégias de comunicação para divulgação e sensibilização Identificar atividades, ações e as práticas, Públi- co e prioridades Desenvolvimento e a implementação das ações e a medida de seu impacto sobre a situação de saúde Intersetorialidade: educação,esporte, cultura, trabalho, lazer TODOS OS PROFISSIONAIS Acolhimento e humanização Gestão integrada e participação social Elaborar e divulgar ma- terial educativo e informativo 2. Ações de Alimentação e Nutrição no NASF As ações de alimentação e nutrição a serem desenvolvidas pela Estratégia de Saúde da Família, em parcerias com os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), devem pautar-se nos princípios do SUS (universalidade, integralidade e equidade), além do trabalho interdisciplinar, intersetorial, ético, resolutivo, longitudinal, acolhedor, com vínculo e responsabilização. 21 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional A atuação do nutricionista no NASF tem como sujeito, primeiramente, a equipe de SF, mas também, no plano coletivo, a comunidade, as famílias, os indivíduos que a compõem. Os determinantes sociais do processo saúde– doença devem ser objeto de especial atenção, condicionando as práticas em saúde e o direcionamento do processo de trabalho. O processo de trabalho diferenciado da Estratégia de Saúde da Família, o contato com a realidade das comunidades e o investimento na educação permanente das equipes possibilitam a criação de vínculos e a busca de soluções compartilhadas, visando a melhoria da qualidade de vida da população. A inserção das ações de alimentação e nutrição na Estratégia de Saúde da Família, por meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, favorece a discussão e a implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), potencializa a prática de promoção da alimentação saudável junto aos profissionais e a comunidade, situa a alimentação e nutrição na perspectiva do Direito Humano à Alimentação Adequada, permitindo visão ampliada do processo saúde e doença, a partir do processo de trabalho multidisciplinar e interdisciplinar. 3. Ações de Saúde Mental: A mudança do modelo de atenção em saúde mental tem como principal objetivo a ampliação e a qualificação do cuidado às pessoas com transtornos mentais nos serviços, com base no território. No novo modelo, a atenção hospitalar deixa de ser o centro, como era antes, tornando-se complementar. Trata-se de mudança fundamental na concepção e na forma de como se deve dar o cuidado: o mais próximo da rede familiar, social e cultural do paciente, para que seja possível a reapropriação de sua história de vida e de seu processo de saúde/adoecimento. Eixos Estratégicos das ações de Alimentação e Nutrição Promoção de práticas alimentares saudáveis, em âmbito individual e coletivo, em to- das as fases do ciclo de vida; Contribuição na construção de estratégias para responder às principais demandas assistências quanto aos distúrbios alimentares, deficiências nutricionais, desnutrição e obesidade; Desenvolvimento de projetos terapêuticos, especialmente nas doenças e agravos não transmissíveis; Realização do diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação de áreas geográficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos agravos nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas potencialidades para promoção da saúde; Promoção da segurança alimentar e nutricional fortalecendo o papel do setor saúde no sistema de segurança alimentar e nutricional instituído pela Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, com vistas ao direito humano à alimentação adequada. 22 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional A Política Nacional de Saúde Mental tem como diretriz principal a redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações. A rede de saúde mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta por diversas ações e serviços de saúde mental: ações de saúde mental na Atenção Primária, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios, residências terapêuticas, leitos de atenção integral em saúde mental (em Caps III e em hospital geral), Programa de Volta para Casa, cooperativas de trabalho e geração de renda, centros de convivência e cultura, entre outros. Diretrizes para a atuação das Equipes de Saúde nas Ações de Saúde Mental Deve-se identificar, acolher e atender às demandas de saúde mental do território, em seus graus variados de severidade – os pacientes devem ter acesso ao cuidado em saúde mental o mais próximo possível do seu local de moradia, de seus laços sociais e familiares. Devem ser priorizadas as situações mais graves, que exigem cuidados mais imediatos (situações de maior vulnerabilidade e risco social). As intervenções devem se dar a partir do contexto familiar e comunitário – a família e a comunidade devem ser parceiras no processo de cuidado. É fundamental a garantia de continuidade do cuidado pelas equipes de Saúde da Fa- mília, seguindo estratégias construídas de forma interdisciplinar. As redes sanitária e comunitária são importantes nas estratégias a serem pensadas para o trabalho conjunto entre saúde mental e equipes de Saúde da Família. O cuidado integral articula ações de prevenção, promoção, tratamento e reabilitação psicossocial. A educação permanente deve ser o dispositivo fundamental para a organização das ações de saúde mental na Atenção Primária 4. Ações de Reabilitação Os profissionais do NASF, deverão com base no diagnostico territorial, apoiar as equipes de Saúde da Família para que desenvolvam ações de promoção e de proteção à saúde, além de subsidiar o acompanhamento das ações voltadas para as deficiências em todas as fases do ciclo de vida, com especial atenção à população idosa. As ações da reabilitação devem estar em constante processo de avaliação, pela equipe de Saúde da Família e pelo NASF, na tentativa de buscar adequação e promover o melhor cuidado aos usuários. Ações das equipes NASF na reabilitação Discutir e construir Projeto Terapêutico Singular (PTS); Desenvolver projetos e ações intersetoriais, como o Projeto de Saúde no Território (PTS); Orientar e informar as equipes SF, as pessoas com deficiência, os cuidadores sobre manuseio, posicionamento e as atividades de vida diária; 23 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional 5. Ações de Assistência Farmacêutica A Assistência Farmacêutica (AF) é um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional, a AF no NASF é desenvolvida por meio do apoio aos profissionais da equipe de Saúde da Família e da própria equipe do NASF, compartilhando as práticas em saúde nos territórios, mediante troca de saberes entre os profissionais envolvidos no cuidado. A inclusão da Assistência Farmacêutica como uma das áreas estratégicas de atuação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família tem o objetivo de assegurar o acesso aos medicamentos com segurança, eficácia e resolubilidade da atenção, por meio da atividade farmacêutica comprometida com os princípios da Atenção Primária. Assim, essa é mais uma forma para o farmacêutico exercer sua profissãode forma integrada às equipes de Saúde da Família e contribuir para a resolutividade das ações em saúde, conforme as diretrizes da Estratégia de Saúde da Família, da Política Nacional de Medicamentos e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Mobilizar recursos e tecnologias assistenciais para o desempenho funcional; Desenvolver propostas de ações de reabilitação baseadas na comunidade; Encaminhar e orientar, quando necessário, procedimentos para obtenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção; Realizar ações que facilitem a inclusão escolar, laboral ou social de pessoas com defi- ciência, conforme prevê a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência Apoiar as equipes de SF no acompanhamento de idosos com problemas de locomoção ou acamados. As ações de AF no NASF contemplam: Planejamento das ações de assistência farma- cêutica no NASF; Participação social; Promoção do uso racional de medicamentos; Atividades de assistência à saúde; Educação permanente em saúde com destaque aos temas: utilização correta das diferentes for- mas farmacêuticas; as justificativas para a admi- nistração de um medicamento em um período de tempo determinado; possíveis reações adversas; as interações medicamentosas e demais especifi- cidades de cada fármaco e cada situação; a auto- medicação; bem como as questões relacionadas ao acesso e ao uso abusivo dos medicamentos; Práticas integrativas e comple- mentares; Gestão da assistência farmacêutica; 24 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional 6. Ações de Serviço Social Objetivos Ações Processo deTrabalho Incentivar e contribuir no processo de fortalecimento da autonomia e da organi- zação pessoal do usuário; Discutir e refletir permanen- temente com as equipes de SF a realidade social e as formas de organização social dos territórios, de- senvolvendo estratégias de como lidar com suas adver- sidades e potencialidades Abordagem familiar Apoiar os usuários na cons- trução e ressignificação de seu projeto de vida; Estimular e acompanhar o de- senvolvimento de trabalhos de caráter comunitário em con- junto com as equipes de SF Abordagem in- dividual Criar espaços grupais que possibilitem a construção de relações humanizadoras e socializadoras por meio de trocas de experiências e construção de rede de apoio Coordenar os trabalhos de caráter social adstri- tos às equipes de SF; Abordagem de rede social Desenvolver ações integra- das com os profissionais da equipe correlaciona- dos com a área de atuação em atenção à saúde e de- mais políticas públicas; Apoiar e desenvolver téc- nicas de educação e mo- bilização em saúde; Visitas Domiciliares Socializar informações nas equipes e participar de dis- cussão de situações vivencia- das por usuários e/ou familia- res com as demais categorias profissionais, valorizando as ações desenvolvidas por eles Atenção às famílias de forma integral, em conjunto com as equipes de SF, estimulando a reflexão sobre o conheci- mento dessas famílias, como espaços de desenvolvimento individual e grupal, sua di- nâmica e crises potenciais Grupos Educativos e /ou de convivência Promover a integração dos demais membros da equipe de trabalho; Estimular e acompa- nhar as ações de con- trole social em conjunto com as equipes de SF Visitas Institucionais Produzir conhecimento so- bre a população atendida na área da saúde, processo de pesquisa e a especifi- cidade do serviço social Identificar no território, junto com as equipes de SF, valo- res e normas culturais das famílias e da comunidade que possam contribuir para o processo de adoecimento Estudo Social 25 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Objetivos Ações Processo deTrabalho Participar da elaboração conceitual/metodológi- ca para apoiar as práticas educativo-participativas desenvolvidas pela equipe de trabalho, com usuários e população atendida; Desenvolver junto com os profissionais das equipes de SF estratégias para identificar e abordar problemas vincu- lados à violência, ao abuso de álcool e a outras drogas; Aperfeiçoamento, formação e produção de conhecimentos Construir coletivamente e de forma participativa entre a equipe de saúde, segmen- tos organizados da comu- nidade, usuários e demais sujeitos sociais populares envolvidos a organização do trabalho comunitário Discutir e realizar visitas domiciliares com as equi- pes de SF, desenvolven- do técnicas para qualifi- car essa ação de saúde Intervenção coletiva Incentivar a participação dos usuários nos fóruns de discus- são e deliberação, tais como: Conselhos Locais de Saúde, Conselho Distrital de Saúde, Conselhos de Assistência Social, Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente, Conselhos do Idoso e demais Conselhos de direitos, Reuni- ões da Comunidade, e outros. Possibilitar e compartilhar técnicas que identifiquem oportunidades de geração de renda e desenvolvimento sus- tentável na comunidade ou de estratégias que propiciem o exercício da cidadania em sua plenitude, com as equi- pes de SF e a comunidade; Planejamento e gestão LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – LOSAN A proposta de criação da LOSAN foi uma das principais deliberações da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Olinda (PE) em 2004. Na época, cerca de 1,3 mil participantes decidiram que a segurança alimentar deveria ter respaldo legal, como já ocorria com a saúde, que possui o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Lei Orgânica da Saúde (8080/90). A partir daí, a proposta da lei foi elaborada, de forma participativa, sob coordenação do CONSEA. A LOSAN, lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 expressa a natureza da segurança alimentar e nutricional (SAN) como objetivo estratégico a ser buscado com ações e políticas públicas permanentes e intersetoriais, orientadas pelos princípios da soberania alimentar e do direito humano a alimentação adequada, além de criar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). 26 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional DHAA O direito humano à alimentação adequada tem duas dimensões: o direito de estar livre da fome e o direito à alimentação adequada. A realização destas duas dimensões é de crucial importância para a fruição de todos os direitos humanos. Os principais conceitos empregados na definição de Direito Humano à Alimentação Adequada são disponibilidade de alimentos, adequação, acessibilidade e estabilidade do acesso a alimentos produzidos e consumidos de forma soberana, sustentável, digna e emancipatória. Este direito foi incluído na Constituição Federal, que teve o artigo 6º alterado para introduzir a alimentação como direito social. Até então, eram considerados direitos sociais educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Nesse mesmo ano, também foi publicado o decreto 7.272, que regulamentou o Sisan e instituiu a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. SISAN O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, é um sistema público que possibilita a gestão intersetorial, ou seja, possibilita a articulação entre os três níveis de governo para a implementação e execução das Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional em perspectiva de complementariedade e otimização das potencialidades de cada setor. O objetivo central é a promoção do direito humano a alimentação adequada (DHAA) em todo território nacional. Integram o SISAN: I. a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL; É a instância máxima de deliberação do SISAN, o evento é composto por delegados e delegadas da sociedade civil e de governo, eleitos em conferências municipais, territoriais, do Distrito Federal e estaduais ocorridas por todo o país II. o CONSEA; O CONSEA é um órgão de assessoramento imediato à Presidênciada República que integra o SISAN, um espaço institucional para o controle social e participação da sociedade na formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, com vistas a promover a realização progressiva do Direito Humano à Alimentação Adequada, em regime de colaboração com as demais instâncias do SISAN. Recriado em 2003, o Conselho tem caráter consultivo. Compete ao Consea, dentre outras atribuições, propor à Câmara Interministerial de 27 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) as diretrizes e prioridades da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional com base nas deliberações das Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional. III. a CAISAN; É uma das instâncias integrantes do SISAN. Tem por finalidade promover a articulação e a integração dos órgãos e entidades da administração pública federal afetos à área de segurança alimentar e nutricional. Dentre suas competências está a Elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Coordenação da execução da política e do plano. IV. os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e V. as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes do SISAN. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES: Princípios Universalidade e Equidade no acesso a alimentação adequada. Preservação da autonomia e respeito a dignidade das pessoas. Participação social Transparência dos programas, ações e dos recursos públicos e privados e dos cri- térios para sua concessão. Diretrizes Promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não governamentais. Descentralização das ações: Três esferas do governo. Monitoramento da situação alimentar e nutricional. Conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação ade- quada: Capacidade de subsistência autônoma da população Articulação entre orçamento e gestão. Estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos. 28 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional PNSAN Foi criada através do art. 3o da Lei no 11.346, de 15 de setembro de 2006 com o objetivo geral de promover a segurança alimentar e nutricional, bem como assegurar o direito humano à alimentação adequada em todo território nacional Diretrizes Objetivos Específicos Acesso universal à alimentação adequada e saudável; Identificar, analisar, divulgar e atuar sobre os fatores condicionantes da insegurança alimentar e nutricio- nal no Brasil; Abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis; Articular programas e ações de diversos setores que respeitem, protejam, promovam e provejam o direito humano à alimentação adequada, observando as di- versidades social, cultural, ambiental, étnico-racial, a equidade de gênero e a orientação sexual, bem como disponibilizar instrumentos para sua exigibilidade; Instituição de processos perma- nentes de educação alimentar e nutricional Promover sistemas sustentáveis de base agroeco- lógica, de produção e distribuição de alimentos que respeitem a biodiversidade e fortaleçam a agricul- tura familiar, os povos indígenas e as comunidades tradicionais e que assegurem o consumo e o acesso à alimentação adequada e saudável, respeitada a diversidade da cultura alimentar nacional; e Ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para qui- lombolas; Incorporar à política de Estado o respeito à soberania alimentar e a garantia do direito humano à alimen- tação adequada, inclusive o acesso à água, e pro- movê-los no âmbito das negociações e cooperações internacionais. Fortalecimento das ações de alimentação e nutrição; Acesso universal à água de qualidade e em quantidade su- ficiente; Apoio a iniciativas de promo- ção da soberania alimentar; Monitoramento da realização do DHAA. PLANSAN O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PLANSAN é o principal instrumento da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, instituída pelo Decreto nº 7.272/2010. Nele estão previstas as diferentes ações do governo federal que se propõem a respeitar, proteger, 29 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional promover e prover o Direito Humano à Alimentação Adequada para todas as pessoas que estão no Brasil. GUIA ALIMENTAR PARA POPULAÇÃO BRASILEIRA (2014) O guia Alimentar para população Brasileira foi lançado em primeira versão no ano de 2006 e apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais para população. Em 2014, foi atualizado em consonância a recomendação da OMS de atualizar a partir de 2011 as recomendações sobre alimentação adequada e saudável, e em virtude das mudanças sociais, econômicas, políticas, culturais e demográficas que impactaram sobre as condições de saúde e nutrição da população, e baseado neste novo cenário foram elaboradas novas recomendações. O guia é destinado as pessoas, famílias e comunidades, e aos profissionais cujo ofício está relacionado à promoção da saúde da população (profissionais de saúde, agentes comunitários, educadores e formadores de recursos humanos, entre outros.) 1. Conceito O guia é um documento oficial que aborda os princípios e as recomendações de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira, e se configura como instrumento de apoio às ações de educação alimentar e nutricional no SUS e também em outros setores. E se constitui ainda, em uma das estratégias para implementação da diretriz de promoção da alimentação adequada e saudável que integra a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Além de reforçar o compromisso do Ministério da Saúde de contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção e a realização do direito humano à alimentação adequada. 2. Objetivos Melhorar os padrões de alimentação e nutrição da população e contribuir para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. 3. Estrutura: • Apresentação • Preâmbulo • Introdução • Capítulo 1. Princípios • Capítulo 2. A escolha dos alimentos • Capítulo 3. Dos alimentos à refeição • Capítulo 4. O ato de comer e a comensalidade • Capítulo 5. A compreensão e a superação dos obstáculos 30 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional • Dez passos para uma alimentação adequada e saudável Capítulo 1 - Princípios: Alimentação é mais que ingestão de nutrientes Trata o ato de alimentar-se além dos aspectos fisiológicos, considerando os aspectos sociais, culturais, afetivos e com- portamentais da alimentação. Recomendações sobre ali- mentação devem estar em sintonia com seu tempo As recomendações de guias alimentares devem ser pauta- das no cenário atual da alimentação e condições de saúde da população. Sendo assim as recomendações deste Guia objetivam promover a alimentação adequada e saudável e acelerar o declínio da desnutrição e reverter a tendência de aumento da obesidade e de outras doenças crônicas relacionadas à alimentação. Alimentação adequada e saudável deriva de siste- ma alimentar sustentável. Considera o impacto das formas de produção e distribui- ção dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente privilegiando desta forma os sistemas de produção e distribuição socialmente e ambientalmente sustentáveis. Diferentes saberes ge- ram o conhecimento para a formulação de guias alimentares. Ressalta a importância de estudos clínicos, experimen- tais, populacionais e antropológicos em alimentação e nutrição para a formulação de recomendações em ali- mentação. “As várias dimensões da alimentação e sua complexa relação com a saúde e bem-estar das pessoas demandam articulação dos diferentes saberes”. Guias alimentares am- pliam a autonomia nas escolhas alimentares. Afirma que o acesso a informaçõesconfiáveis sobre ali- mentação adequada e saudável contribui para que as pessoas ampliem sua autonomia para fazerem escolhas alimentares e exijam o cumprimento do Direito Humano a Alimentação Adequada. Capitulo 2 - A Escolha dos Alimentos: Aborda as recomendações gerais (de acordo com os princípios do Guia) que orientam a escolha dos alimentos, e a importância do tipo de processamento a que são submetidos os alimentos: influência sobre o perfil de nutrientes, o gosto e o sabor da alimentação; A influência que o processamento exerce na escolha dos outros alimentos a serem consumidos, em quais circunstâncias (quando, onde e com quem) e que quantidade. Classificação dos Alimentos • In natura: obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham sofrido qualquer alteração. Ex: Ovos, frutas, verduras, raízes, legumes, etc. 31 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional • Minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas como limpeza, secagem, embalagem, pasteurização, congelamentos, fermentação e processos em que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos e gorduras, aditivos ou outras substâncias. Ex: Carnes, arroz, feijão, carnes, especiarias, frutas secas ,etc. • Oléos, gorduras, sal e açúccar: São produtos extraídos de alimentos in natura ou da natureza por processos como prensagem, moagem, trituração, pulverização e refino. São utilizados para temperar e cozinhar alimentos e para criar preparações culinárias. Ex: Manteiga, Óleos de Soja, milho, oliva, banha de porco, açúcar branco, demerara ou mascavo, açúcar de côco, sal de cozinha refinado ou grosso. • Alimentos Processados: São produtos fabricados basicamente através da adição de sal ou açúcar a um alimento in natura com o objetivo de aumentar a duabilidade e a palatabilidade. Ex: Alimentos em conserva, frutas em calda, queijos e pães feitos de farinha de trigo, leveduras, água e sal. • Alimentos Ultraprocessados: Produtos cuja fabricação envolve diversas etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial como os corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes. Apresentam composição nutricional desbalanceada, favorecem o consumo excessivo de caloria devido aos elevados teores de açúcares e gorduras. Ex: Biscoitos, sorvetes, guloseimas, refrigerantes, salsichas e embutidos, etc. RECOMENDAÇÕES: • Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimen- tação. • Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozi- nhar alimentos e criar preparações culinárias • Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados. • Evite alimentos ultraprocessados. REGRA DE OURO! Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culi- nárias a alimentos ultraprocessados. Capitulo 3 - Dos Alimentos às refeições: Apresenta orientações sobre como combinar alimentos na forma de refeições. Essas orientações são consistentes com as recomendações 32 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional gerais do capítulo 2 e se baseiam em refeições consumidas por uma parcela substancial da população brasileira que ainda baseia sua alimentação em alimentos in natura ou minimamente processados e nas preparações culinárias feitas com esses alimentos. Apresenta opções de refeições saudáveis para as principais (café da manhã, almoço e jantar) e pequenas refeições (lanches e ceia). As refeições sugeridas não são recomendações rígidas e não deve ser utilizadas como cardápios fixos. Desta forma, a recomendação do guia é combinar alimentos para criar alternativas de refeições saudáveis e saborosas, considerando seu grupo (alimentos que possuem uso culinário e perfil nutricional semelhantes). Descrição dos Principais Grupos alimentares Grupo dos Feijões • Variar os tipos e as preparações ampliam o aporte de nutrien- tes. • Quantidade moderada de calorias. Fonte de Proteínas, Fi- bras,Vitaminas complexo B e Minerais (Fe, Zn, Ca) Grupo dos Cereais • Arroz, Milho e Trigo • Fontes de Carboidrato, Fibras, Vitaminas (Complexo B) e Mi- nerais. Grupo das Raízes e Tubérculos • São versáteis e em vários locais substituem arroz e pão. • Fontes de Carboidrato, Fibras, Vitaminas (A e C) e Minerais (ex: K). Grupo dos Legumes e Verduras • Diversas formas de preparo e apresentação (crus, cozidos, re- fogados, assados, gratinados, empanados, ensopados). • Vegetais em conserva são considerados processados. Consu- mo limitado! • Fontes de várias vitaminas e minerais e de fibras. • Quantidade relativamente pequena de calorias. • Antioxidantes (proteção contra alguns tipos de câncer) • Alternativa para o consumo excessivo de carne vermelha. Grupo das Frutas • Diversas formas de consumo (frescas, secas, como parte de refeições, em saladas, sobremesas). • Prefira a fruta inteira aos sucos (perda de fibras e nutrientes). • Frutas em calda e cristalizadas são considerados processa- dos. Consumo limitado! • Fontes de várias vitaminas, minerais e de fibras. • Quantidade relativamente pequena de calorias. • Antioxidantes (proteção contra alguns tipos de câncer). 33 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Capitulo 4 - O ato de Comer e a Comensalidade: Apresenta orientações sobre o ato de comer e a comensalidade, abordando as circunstâncias – tempo e foco, espaço e companhia – que influenciam o aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação. São dadas três orientações principais: Comer com regularidade e atenção: • Procure fazer suas refeições diárias em horários semelhantes. • Evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. Grupo das Castanhas e Nozes • Ótimas opções para pequenas refeições. • Ricos em minerais. • Ricos em vitaminas • Ricos em fibras/Gorduras insaturadas. • Antioxidantes • Castanhas, nozes amêndoas e amendoins adicionados de sal ou açúcar são alimentos processados. Consumo limitado! Grupo do Leite e Queijos • Minimamente processados: leite de vaca, coalhadas e iogur- tes naturais. Puros ou em preparações. • Processados: queijos. Especialmente em preparações culinárias. • Amplamente utilizados. • Opção para pequenas refeições. • Bebidas lácteas e iogurtes adoçados adicionados de corantes e saborizantes são ultraprocessados! EVITAR! Grupo das Carnes e Ovos CARNES VERMELHAS • Consumidas com frequência. • Cortes com mais gordura: assar, grelhar ou refogar. • Cortes com menos gordura: ensopados, cozidos. • Consumo excessivo ↑ risco de câncer intestino. CARNE DE AVES • Cortes com mais gordura (coxa, sobrecoxa e asas): assar ou grelhados. • Gordura saturada (concentrada na pele). PESCADOS: • Peixes, crustáceos e moluscos. • Oferta e preços variados no País. • Alta proporção de gordura insaturada. OVOS • Baratos e versáteis. • Bons substitutos para carnes vermelhas Água • Essencial para a manutenção da vida. • Necessidade: variável (idade, peso, atividade física, clima, temperatura...) • Alimentos in natura e minimamente processados: alto conte- údo de água. • Alimentos ultraprocessados: pobres em água 34 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional • Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver em outra atividade. Comer em ambientes apropriados • Procure comer sempre em locais limpos, confortáveis e tranquilos e onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de alimentos. Comer em companhia • Sempre que possível, prefira comer em companhia, com familiares, amigos ou colegas de trabalho ou escola. • Procure compartilhar também as atividades domésticas que antecedem ou sucedem o consumo dasrefeições. Capitulo 5 - Compreensão e superação de obstáculos: Analisa fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às recomendações do Guia – informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo e publicidade – e propõe para sua superação a combinação de ações no plano pessoal e familiar e no plano do exercício da cidadania. 1. Informação: Há informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis. Recomendação: Utilizar, discuta e divulgue o conteúdo deste guia na sua família, com seus amigos e colegas, e em organizações da sociedade civil de que você faça parte. 2. Oferta: Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte, sempre acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções, enquanto alimentos in natura ou minimamente processados nem sempre são comercializados em locais próximos às casas das pessoas. Recomendação: Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e em outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados, dando preferência a alimentos orgânicos da agroecologia familiar. Participe de grupos de compra de alimentos orgânicos adquiridos diretamente de produtores e da organização de hortas comunitárias. Evite fazer compras em locais que só vendem alimentos ultraprocessados. 3. Custo: Impressão de que a alimentação saudável é necessariamente cara, porém, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados. Recomendação: Dê sempre preferência a legumes, verduras e frutas da estação e produzidos localmente e, quando comer fora de casa, prefira restaurantes que servem “comida feita na hora”. Reivindique junto às autoridades municipais a instalação de equipamentos públicos que 35 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional comercializem alimentos in natura ou minimamente processados a preços acessíveis e a criação de restaurantes populares e de cozinhas comunitárias. 4. Habilidades culinárias: O enfraquecimento da transmissão de habilidades culinárias entre gerações favorece o uso de alimentos ultraprocessados Recomendação: Desenvolva, exercite e partilhe suas habilidades culinárias; valorize o ato de preparar e cozinhar alimentos; defenda a inclusão das habilidades culinárias como parte do currículo das escolas; e integre associações da sociedade civil que buscam proteger o patrimônio cultural representado pelas tradições culinárias locais. 5. Tempo: As recomendações deste guia podem implicar a dedicação de mais tempo à alimentação. Recomendação: Para reduzir o tempo dedicado à aquisição de alimentos e ao preparo de refeições, planeje as compras, organize a despensa, defina com antecedência o cardápio da semana, aumente o seu domínio de técnicas culinárias e faça com que todos os membros de sua família compartilhem da responsabilidade pelas atividades domésticas relacionadas à alimentação. Para encontrar tempo para fazer refeições regulares, comer sem pressa, desfrutar o prazer proporcionado pela alimentação e partilhar deste prazer com entes queridos, reavalie como você tem usado o seu tempo e considere quais outras atividades poderiam ceder espaço para a alimentação. 6. Publicidade: A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, crianças e jovens. Recomendação: Esclareça as crianças e os jovens de que a função da publicidade é essencialmente aumentar a venda de produtos e não informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Procure conhecer a legislação brasileira de proteção aos direitos do consumidor e denuncie aos órgãos públicos qualquer desrespeito a esta legislação. 36 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional Dez passos para alimentação saudável: Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. 1 Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantida- des ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culi- nárias. 2 Limitar o consumo de alimentos processados.3 Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados4 Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropria- dos e, sempre que possível, com companhia. 5 Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. 6 Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.7 Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. 8 Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem re- feições feitas na hora. 9 Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. 10 37 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência à saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.– Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância Alimentar e Nutricional http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_vigilancia_ alimentar.php?conteudo=van_sisvan Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.246, DE 18/10/2004. Institui e divulga orientações básicas para a implementação das Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional, no âmbito das ações básicas de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, em todo o território nacional. Brasília, 2004. Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 1.156, DE 31 DE AGOSTO DE 1990. Fica instituído, no Ministério da Saúde, o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília,1990. Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.509, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2004. Dispõe sobre as atribuições e normas para a oferta e o monitoramento das ações de saúde relativas às condicionalidades das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. Brasília, 2004. BRASIL. SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – SISVAN Histórico e Definição . Biblioteca Virtual de Saúde Ministério da Saúde. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sisvan.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição, 1° edição ,2013 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_ nacional_alimentacao_nutricao.pdf BRASIL. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes da PNAN <http:// dab.saude .gov.br/portaldab/diretrizes_pnan.php> BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável. http://dab. saude.gov.br/portaldab/ape_promocao_da_saude.php 38 Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância Alimentar e Nutricional nos Serviços de Saúde e SISVAN. http://dab.saude. gov.br/portaldab/ape_vigilancia_alimentar.php?conteudo=van_sisvan BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle e Regulação dos Allimentos. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_ promocao_da_saude.php?conteudo=controle BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Pesquisa, Inovação e Conhecimento. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ apoio_pro_pesquisa_inovacao.php BRASIL. Ministério da Educação. Caderno de Legislação – PNAE 2018 BRASIL. Departamento de Atenção Básica. Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB). http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoios a Saúde da Família. Cadernos de Atenção Básica. Brasília, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 3.124, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012. Redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Modalidades
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