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Saúde Pública SANAR (1)

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editorasanar.com.br
2
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL (SISVAN)
O SISVAN foi recomendado em 1974 na Conferência Mundial de Alimentação, 
pela OMS, OPAS, FAO e UNICEF, com o objetivo de: “(...) monitorar as 
condições dos grupos desfavorecidos da população de risco, e proporcionar 
um método de avaliação rápida e permanente de todos os fatores que 
influenciam os padrões de consumo alimentar e o estado nutricional.” (FAO/
OMS, 1974).
No Brasil, o início de sua implantação se deu em 1977, com a proposta 
de organização de um sistema de informação para vigilância do estado 
nutricional e da situação alimentar da população brasileira e seus fatores 
determinantes. Sua regulamentação, no entanto veio posteriormente, em 
1990, como atribuição do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da 
Portaria nº 080-P, de 16 de outubro de 1990, do Ministério da Saúde e da Lei 
nº 8080/ 1990, capítulo I, artigo 6º, inciso IV – Lei Orgânica da Saúde. Antes 
desse momento, existiam inúmeras experiências locais em diversas partes 
do País, sem uma articulação estadual e nacional. Operacionalização e o 
ganho de eficiência das ações do governo.
Além de descrever de forma contínua e possibilitar a predição de tendências 
das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores 
determinantes, o SISVAN fornece subsídios para a tomada de decisões e 
ações em alimentação e nutrição nas três esferas do governo.
SAÚDE PÚBLICA E
ÉTICA PROFISSIONAL
SISVAN
Formulação
de políticas
públicas,
estratégias,
programas e 
projetos
Operacionaliza-
ção e o ganho
de eficiência
das ações do
governo.
Planejamento, 
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programas
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Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
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Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
NOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SISVAN
A Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos serviços de saúde inclui 
a avaliação antropométrica (medição de peso e estatura) e do consumo 
alimentar cujos dados são consolidados no Sistema de Vigilância Alimentar 
e Nutricional (SISVAN), fornecendo suporte aos gestores e profissionais 
de saúde no processo de organização e avaliação da atenção nutricional, 
permitindo que sejam observadas prioridades a partir do levantamento de 
indicadores de alimentação e nutrição da população assistida. Destaca-se 
ainda que o SISVAN permite o registro dos dados da população atendida 
na atenção básica, com destaque para os beneficiários do Programa Bolsa 
Família que devem realizar acompanhamento nutricional semestral.
SISVAN NO CONTEXTO DA PNAN
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição propõe para o SISVAN o 
monitoramento da situação alimentar e nutricional, de modo a agilizar os 
seus procedimentos e a estender sua cobertura a todo o País. A consolidação 
do Sistema é feita, especialmente, com o apoio de Centros Colaboradores 
em Alimentação e Nutrição e as Áreas Técnicas Estaduais em Alimentação 
e Nutrição existentes na quase totalidade dos estados e em centenas de 
municípios brasileiros. 
Monitoramento da 
situação alimen-
tar e nutricional
Deve se concentrar na atenção a gestante e no crescimento e 
desenvolvimento das crianças, servindo de eixo para todo traba-
lho empreendido na rede de serviços, especialmente na Atenção 
básica, considerando a universalização
Rede de serviços
O SISVAN deve ser incorporado às rotinas de atendimento para: 
• Monitorar o estado nutricional de cada usuário
• Detectar situação de risco, prescrição de ações que possibili-
tem a prevenção de seus efeitos e a garantia da reversão ao 
quadro de normalidade.
• Mapeamento das endemias carenciais
Acompanhamento
da situação 
das DCNT’S
Coleta, geração, fluxo, processamento e análise dos dados, dos 
sistemas:
• Sistema de Informação de Mortalidade(SIM)
• Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC)
• Sistema Nacional de Agravos Notificáveis (SINAN)
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Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
• Coleta e a análise de dados macroeconômicos e sociais indi-
cativos da situação alimentar de riscos difusos ou localizados 
de insegurança
Desta forma, o SISVAN é por excelência o suporte para o desenho e o ajuste 
de programas, a atualização contínua e a análise sistemática de informações 
concernentes à situação alimentar e nutricional do País, produzindo, assim, 
o desejado feed-back entre informação, ação e avaliação de resultados.
ESTRATÉGIAS EPIDEMIOLÓGICAS
Inquéritos populacionais periódicos: Sistema informatizado:
• Pesquisas de base populacional que 
fornecem uma visão pontual da situa-
ção de saúde da população, incluindo 
a temática da alimentação e Nutrição. 
• Indicadores bioquímicos, antropomé-
tricos e de consumo alimentar.
• Alto custo e excessivo trabalho opera-
cional.
• Sisvan web: registro de dados da ali-
mentação e nutrição, provenientes dos 
atendimentos da Unidade Básica de 
Saúde. 
• DATASUS: manutenção e o suporte 
técnico, aos estados e aos municípios, 
sistema informacional para a entrada 
e o processamento de dados gerados 
pelas ações do SISVAN.
Chamadas Nutricionais:
• Estratégias vinculadas às Campanhas 
de Imunização.
• Mobilização das secretarias municipais 
e estaduais de saúde para a importân-
cia do acompanhamento do cresci-
mento de crianças. 
• Realização do levantamento de infor-
mações sobre indicadores antropomé-
tricos e indicadores de consumo em 
crianças menores de 5 anos.
Acesso a produção científica e financia-
mento de pesquisas:
• Levantamento periódico, sistemático e 
exaustivo da produção científica nacio-
nal sobre a situação alimentar e nutri-
cional da população. 
• Apoio a estudos e pesquisas na área 
de Alimentação e Nutrição.
POLITICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO
E NUTRIÇÃO(PNAN)
A PNAN foi aprovada pela Portaria n.º 710, de 10 de junho de 1999 integrando 
esforços do Estado Brasileiro por meio de um conjunto de políticas públicas 
para respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e 
à alimentação. 
 Inicialmente, em 1999, a PNAN atesta o compromisso do Ministério da Saúde 
com os males relacionados à escassez alimentar e à pobreza, sobretudo 
6
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
à desnutrição infantil e materna. Contudo após as transformações sociais 
ocorridas e seus impactos sobre o padrão de saúde e consumo alimentar, 
tais como o fenômeno da transição nutricional e aumento da prevalência 
de obesidade e doenças relacionadas ao excesso nutricional, as chamadas 
Doenças Crônicas Não transmissíveis (DCNT’s), fenômeno intimamente 
relacionado a mudança no padrão alimentar da população com o aumento 
do consumo de alimentos industrializados percebeu-se a necessidade de 
atualização desta política e em 2011, através da portaria nº 2.175/2011 a 
PNAN foi atualizada e aprimorada. Esta portaria revoga a Portaria nº 710/
GM/MS, de 10 de junho de 1999, publicada no Diário Oficial da União - DOU 
de 11 de junho de 1999, seção 1, página 14.
1. Propósito:
O propósito da PNAN é a melhoria das condições de alimentação, nutrição 
e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas 
alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a 
prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e 
nutrição. (BRASIL, 2013)
2. Princípios, Diretrizes, Ações estratégicas e Financiamento
Os Princípios, Diretrizes, Ações estratégicas e Financiamento do PNAN 
encontram-se tabela a seguir:
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Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
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8
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Princípios: 
Além dos princípios relacionados na tabela 1, a PNAN é orientada pelos 
princípios doutrinários e organizativos do Sistema Único de Saúde 
(universalidade, integralidade, equidade, descentralização, regionalização 
e hierarquização e participação popular), e reafirma o direito à saúde e à 
alimentação.
Diretrizes:
1. Organização da Atenção Nutricional:
Compreende os cuidados relacionado à alimentação e nutrição com o 
objetivo de promoção, proteção à saúde e prevenção, diagnóstico e 
tratamentos de agravos devendo estar associado a outras esferas do 
SUS . Esta atenção é voltada tanto para pessoas individualmente como 
para famílias, comunidades. 
No que se refere ao índividuo deve-se identificar características específicas 
e fases de vida que deve ser foco de atenção nutricional, priorizando fases 
mais vulneráveis e problemas em relação à alimentação e a nutrição. Para 
as famílias e comunidades deve ser considerado para atenção nutricional 
as especificidades dos diferentes grupos populacionais, povo, comunidades 
tradicionais, culturas tradicionais, por exemplo a população negra, 
quilombolas. 
A atenção nutricional deve fazer parte da Rede de Atenção à Saúde, 
tendo a atenção Básica como coordenadora, tendo esta, a capacidade 
de identificar as necessidades de saúde da população e sob sua 
responsabilidade, contribuir para a organização da atenção nutricional 
que deve basear-se no diagnóstico da situação alimentar da população 
através do SISVAN e demais ferramentas que permitam identificar grupos 
e/ ou indivíduos com agravos/ riscos relacionados ao estado nutricional e 
consumo alimentar.
Atenção nutricional, deve priorizar a realização de ações no âmbito da 
Atenção Básica, mas deve incluir outros pontos de atenção à saúde 
quando necessário, como os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, 
hospitais, atenção domiciliar entre outros. 
2. Promoção da Alimentação Adequada e Saudável:
A PAAS tem como enfoque prioritário a realização de um direito humano 
básico, que proporcione a realização de práticasalimentares apropriadas 
dos pontos de vista biológico e sociocultural, bem como o uso sustentável 
do meio ambiente. E tem também por objetivo apoiar Estados e 
municípios brasileiros no desenvolvimento da promoção e proteção à 
saúde da população, possibilitando um pleno potencial de crescimento 
e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Além 
disso, reflete a preocupação com a prevenção e com o cuidado integral 
9
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
dos agravos relacionados à alimentação e nutrição como a prevenção das 
carências nutricionais específicas, desnutrição e contribui para a redução 
da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas não 
transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais 
tais como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, doença celíaca, 
entre outras.
3. Vigilância Alimentar e Nutricional:
Consiste na avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da 
população e seus fatores determinantes cujos dados são consolidados no 
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), apoiando gestores 
e profissionais de saúde no processo de organização e avaliação da 
atenção nutricional, permitindo que sejam observadas prioridades a partir 
do levantamento de indicadores de alimentação e nutrição da população 
assistida. Destaca-se ainda que o SISVAN permite o registro dos dados da 
população atendida na atenção básica, com destaque para os beneficiários 
do Programa Bolsa Família.
4. Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição
A PNAN representa uma estratégia que articula dois sistemas: o SUS, e o 
Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). 
Tendo natureza transversal às demais políticas de saúde e caráter 
intersetorial, esta política é responsável pelo desafio da articulação de 
uma agenda comum de alimentação e nutrição com os demais setores do 
governo e sua integração às demais políticas, programas e ações do SUS. 
Aos Gestores do SUS, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, 
cabe a responsabilidade de promover a implementação da PNAN por meio 
da viabilização de parcerias e da articulação interinstitucional necessária 
para fortalecer a convergência dela com os Planos de Saúde e de Segurança 
Alimentar e Nutricional.
5. Participação e controle social
Aborda a importância da participação social nas Comissões intersetoriais 
de Alimentação e Nutrição (CIAN), em âmbito estadual, distrital e municipal 
que potencializará o debate acerca da PNAN na agenda dos Conselhos de 
Saúde. E ressalta o fortalecimento do papel dos conselheiros de saúde na 
expressão de demandas sociais relativas aos direitos humanos à saúde e à 
alimentação, definição e acompanhamento de ações derivadas da PNAN, 
em seu âmbito de atuação.
6. Qualificação da Força de Trabalho
Aborda a importância da qualificação de gestores e profissionais em 
consonância com as necessidades de saúde, alimentação e nutrição da 
10
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
população. Reforça a importância desta qualificação para implementação 
de políticas, programas e ações de alimentação e nutrição voltados à 
atenção e vigilância alimentar e nutricional, promoção da alimentação 
adequada e saudável e a segurança alimentar e nutricional. E apresenta 
a educação permanente em saúde como a principal estratégia para 
qualificar as práticas de cuidado, gestão e participação popular, destaca-
se os cursos de graduação e pós-graduação na área de saúde, em especial 
de Nutrição,como forma de contemplar a formação de profissionais que 
atendam às necessidades sociais em alimentação e nutrição e que estejam 
em sintonia com os princípios do SUS e da PNAN.
7. Controle e Regulação dos Alimentos
A PNAN e o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS se convergem 
na finalidade de promover e proteger a saúde da população na perspectiva 
do direito humano à alimentação, por meio da normatização e do controle 
sanitário da produção, comercialização e distribuição de alimentos.
O Controle e Regulação dos alimentos contemplam uma série de ações 
que buscam garantir a promoção da alimentação adequada e saudável e 
a proteção à saúde da população, dos pontos de vista sanitário, biológico, 
tecnológico e nutricional, respeitando sempre o direito de escolha individual.
De forma mais simplificada, estas ações objetivam monitorar e assegurar 
à população a oferta de alimentos seguros e adequados nutricionalmente, 
respeitando o direito individual na escolha e decisão sobre os riscos aos 
quais irá se expor.
 As medidas de regulação são as ações que impedem que haja exposição 
da população a fatores e situações que estimulem práticas não saudáveis, 
dentre elas estão: a regulamentação da venda e propaganda de alimentos 
nas cantinas escolares; de publicidade dirigida ao público infantil e de 
rotulagem de produtos dirigidos a lactentes. Já as medidas de controle são 
aquelas que buscam incentivar e facilitar a adesão a práticas saudáveis 
por indivíduos e coletividades, deixando-os informados e motivados, como 
a rotulagem nutricional, programas de alimentação institucional, cantinas 
saudáveis nas escolas e ambiente de trabalho e espaços que favoreçam a 
amamentação.
8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição
Esta Diretriz reforça a importância do desenvolvimento do conhecimento e 
o apoio à pesquisa, à inovação e à tecnologia, no campo da alimentação 
e nutrição em saúde coletiva para a geração de evidências e instrumentos 
necessários para implementação e avaliação da efetividade das ações da 
PNAN. 
Para isto é fundamental a alimentação de ferramentas tais como o SISVAN 
que permitam traçar o perfil nutricional da população e diagnosticar de 
11
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
forma contínua e dinâmica a situação alimentar e nutricional da população 
brasileira de forma que os gestores de saúde possam se utilizar de uma 
base sólida de evidências que fundamentem o planejamento e a decisão 
para a atenção nutricional no SUS. Desta, forma deve-se manter atualizada 
uma agenda de prioridades de pesquisas em alimentação e nutrição de 
interesse nacional e regional, pautada na agenda nacional de prioridades 
de pesquisa em saúde.
9. Cooperação e articulação para segurança alimentar e nutricional
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é o direito de todos ao acesso 
regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, 
sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo 
como base: práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a 
diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente 
sustentáveis.
A garantia de SAN para a população, assim como a garantia do direito à 
saúde, não depende exclusivamente do setor saúde, mas este tem papel 
essencial no processo de articulação intersetorial.
Esta diretriz objetiva principalmente: 
• A melhoria da saúde e nutrição das famílias beneficiárias de programas 
de transferência de renda - acesso aos serviços de saúde;
• A interlocução com os setores responsáveis pela produção agrícola, 
distribuição, abastecimento e comércio local de alimentos visando o 
aumento do acesso a alimentos saudáveis;
• A promoção da alimentação adequada e saudável em ambientes 
institucionais;
• A articulação com as redes de educação e sócio - assistencial para a 
promoção da educação alimentar e nutricional;
• A articulação com a vigilância sanitária para a regulação da qualidade 
dos alimentos processados e o apoio à produção de alimentos advinda 
da agricultura familiar, dos assentamentos da reforma agrária e de 
comunidades tradicionais, integradas à dinâmica da produção de 
alimentos do país.
PROGRAMA NACIONAL DE
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (PNAE)
O PNAE é um programa suplementar de educação que oferece alimentação 
escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas 
as etapas da educação básica pública. Foi criado em 1995com o objetivo de 
contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem, rendimento 
escolar dos estudantes e a formação de hábitos alimentares saudável, por 
12
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
meio da oferta da alimentação escolar e de ações de educação alimentar e 
nutricional.
PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E AÇÕES
Princípios Diretrizes AçõesEstratégicas
Descentralização Emprego da alimentação saudável e adequada
Inserção de educa-
ção nutricional no 
currículo escolar
Universalidade: garantia 
de alimentação gratuita 
aos estudantes da rede pú-
blica na educação básica
Educação Alimentar e 
nutricional no processo de 
ensino e aprendizagem
Capacitação de nutricionis-
tas, conselheiros, meren-
deiros, gestores públicos 
e agricultores familiares
Equidade: acesso ao di-
reito a alimentação esco-
lar de forma igualitária
Universalidade do aten-
dimento aos alunos ma-
triculados na rede pública 
de educação básica
Projeto Educando com 
a Horta Escolar;
Sustentabilidade e conti-
nuidade: acesso regular e 
permanente à alimenta-
ção saudável na escola
Participação da comuni-
dade no controle social;
Cooperação Interna-
cional para implemen-
tar programas de Ali-
mentação Escolar.
Participação da co-
munidade no controle 
social e acompanha-
mento das ações
Apoio ao desenvolvi-
mento sustentável;
Direito a alimentação 
escolar, visando garan-
tir segurança alimentar e 
nutricional dos alunos.
EXECUÇÃO
O financiamento do programa está assegurado no Orçamento da União, sendo 
assim os recursos são oriundos do tesouro nacional, a verba é repassada 
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às Entidades 
executoras (Escolas federais, Secretárias de Educação Municipais, Estaduais 
e Distrito federal) em contas correntes especificamente criadas pelo próprio 
FNDE para estes fins. O programa pode ser acompanhado e fiscalizado 
diretamente pela sociedade através dos Conselhos de Alimentação escolar 
(CAE), pelo FNDE, Tribunal de Contas da União e Ministério Público. Sendo 
o CAE o principal órgão onde é exercido o controle social, este deve ser 
constituído por representantes do poder Legislativo (1), Poder Executivo (1), 
13
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Educação (2), Pais (2), Sociedade Civil (1). Sua constituição é condição para o 
repasse dos recursos financeiros pelo FNDE.
Atribuições da CAE:
• Acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas;
• Acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos financeiros;
• Acompanhar a elaboração de cardápios / qualidade dos alimentos;
• Emitir parecer conclusivo acerca da aprovação da execução do Programa.
Os valores repassados pela União aos estados e municípios, por dia letivo 
para cada aluno está descrito na tabela a seguir: 
Modalidade Valor (R$)
Creches R$: 1,07
Pré- escola R$: 0,53
Escolas indígenas e quilombolas R$: 0,64
Ensino fundamental médio R$: 0,36
Educação de jovens e adultos. R$:0,32
Ensino Integral R$: 1,07
Programa mais Educação R$: 0,90
Estudantes em Atendimento Especializado no turno oposto R$: 0,53
Destes recursos repassados pelo FNDE, 30% devem ser utilizados para 
adquirir gêneros alimentícios de origem da agricultura familiar e/ou 
empreendedor familiar rural segundo a lei nº 11.947, de 16/6/2009.
Critérios Nutricionais, segundo a Resolução nº 26, de 17 de Junho de 2013.
Exigências para elaboração do Cardápio Recomendações Nutricionais
Ser elaborado pelo Nutricionista responsável utili-
zando gêneros alimentícios básicos, respeitando as 
recomendações nutricionais, os hábitos alimentares 
e culturais local, pautando-se na sustentabilidade e 
alimentação saudável e adequada.
10% do VET de açúcar de adição
Fornecer 20% das necessidades nutricionais a alu-
nos matriculados em período parcial e 70% aos alu-
nos matriculados em período integral matriculados 
na atenção básica.
15 a 30% do VET de lipídeos
Se ofertadas duas ou mais refeições, oferecer no mí-
nimo 30% das necessidades nutricionais de alunos 
em período parcial
10% de gorduras saturadas
14
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Atribuições Obrigatórias do Nutricionista no Âmbito do PNAE, segundo a 
Resolução do CFN Nº 465/2010.
Base Legal:
• Art. 205 e 208 da Constituição Federal de 1988
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação 1996
• Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.172, de 09/01/01)
• Resolução nº 32, de 10/08/06
• Resolução CFN nº 358, de 18/05/2005 
• Portaria Interministerial nº 1.010/06 
• Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN 
• Resolução n° 38, de 19/08/2008 
• Lei nº 11.947, de 16/06/09 
Realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional dos escolares.
Planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio da alimentação escolar.
Elaborar fichas técnicas das preparações que compõem o cardápio.
Planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção, compra, armazenamento, 
produção e distribuição dos alimento.
Orientar e supervisionar as atividades de higienização de ambientes, armazenamento 
de alimentos, veículos de transporte de alimentos, equipamentos e utensílios da insti-
tuição.
Realizar ações de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar.
Elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
Assessorar o CAE no que diz respeito à execução técnica do PNAE.
Exigências para elaboração do Cardápio Recomendações Nutricionais
Os cardápios deverão diferenciar-se de acordo com 
a faixa etária dos estudantes e para aqueles que ne-
cessitam de atenção específica.
1% de gordura trans
Sódio: 1 refeição =400mg
2 refeições= 600mg
3 refeições=1.400mg
Deverão conter alimentos seguros, variados que res-
peitem a cultura e hábitos alimentares saudáveis, 
contribuindo para o crescimento, desenvolvimento e 
melhoria do rendimento escolar dos alunos.
Pelo menos 3 porções de frutas 
e hortaliças por semana (200g/ 
aluno/semana)
A oferta de doces e/ou prepara-
ções doces fica limitada a duas 
porções por semana, equivalen-
te a 110 kcal/porção.
15
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
NÚCLEO DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA (NASF)
1. Criação
O Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), 
mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de 
março de 2008. O principal objetivo foi o de apoiar a inserção da Estratégia 
de Saúde da Família na rede de serviços, além de ampliar a abrangência e 
o escopo das ações da Atenção Básica, e aumentar a resolutividade dela, 
reforçando os processos de territorialização e regionalização em saúde.
2. Objetivo
O NASF é uma estratégia inovadora que objetiva apoiar, ampliar, aperfeiçoar 
a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. Além 
do conhecimento técnico, os Nasfs tem também a responsabilidade por 
determinado número de equipes de Saúde da Família e o desenvolvimento 
de habilidades relacionadas ao paradigma da Saúde da Família. O Núcleo 
deve estar comprometido, também, com a promoção de mudanças na atitude 
e na atuação dos profissionais da Saúde da Família e entre sua própria 
equipe (Nasf), incluindo na atuação ações intersetoriais e interdisciplinares, 
promoção, prevenção, reabilitação da saúde e cura, além de humanização 
de serviços, educação permanente, promoção da integralidade e da 
organização territorial dos serviços de saúde.
3. O que é?
O NASF é constituído por equipes multiprofissionais para atuarem no apoio 
e em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família, com 
foco nas práticas em saúde nos territórios sob responsabilidade destas 
equipes.
A composição do NASF deve ser definida pelos próprios gestores municipais 
e as equipes de Saúde da Família, mediante critérios de prioridades 
identificadas a partir das necessidades locais e da disponibilidade de 
profissionais de cada uma das diferentes ocupações. O NASF não se 
constitui porta de entrada do sistema paraos usuários, mas sim de apoio 
às equipes de Saúde da Família.
4. Atuação e Diretrizes
O NASF deve atuar dentro de algumas diretrizes relativas à Atenção Primária 
a Saúde: ação interdisciplinar e intersetorial; educação permanente em saúde 
dos profissionais e da população; desenvolvimento da noção de território; 
integralidade, participação social, educação popular; promoção da saúde e 
humanização. Desta forma, a organização dos processos de trabalho dos 
Nasf, tem sempre como foco o território sob sua responsabilidade, e deve 
16
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
ser estruturada priorizando o atendimento compartilhado e interdisciplinar, 
com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, gerando 
experiência para todos os profissionais envolvidos, mediante amplas 
metodologias, como estudo e discussão de casos e situações, projetos 
terapêuticos, orientações e atendimento conjunto etc.
Abordagem integral do 
individuo (contexto so-
cial, familiar e cultural ) 
e garantia de cuidado 
longitudinal
Organização do sistema 
de saúde de forma a ga-
rantir o acesso às redes 
de atenção, conforme 
as necessidades de sua 
população.
Práticas de saúde orga-
nizadas a partir da in-
tegração das ações de 
promoção, prevenção, 
reabilitação e cura
INTEGRALIDADE
5. Modalidades de NASF's
A Portaria 154/2008 estabelece as Modalidades 1 e 2 de NASF, 
posteriormente a portaria 3124/2012 cria o NASF 3 que define parâmetros 
para populações específicas. As informações sobre as modalidades dos 
NASF’s estão descritos na tabela a seguir:
NASF 1 NASF 2 NASF 3
Equipes
Vinculadas
5 a 9 eSF e/ou eAB 
para populações es-
pecíficas (eCR, eSFR e 
eSFF)
3 a 4 eSF e/ou eAB 
para populações es-
pecíficas (eCR, eSFR e 
eSFF)
1 a 2 eSF e/ou eAB 
para populações es-
pecíficas (eCR, eSFR e 
eSFF)
Carga
horária
Somatório da Equipe 
deve ser de 200hrs 
semanais, onde cada 
profissional deve ter 
CH mínima de 20 e 
máxima de 40 horas.
Somatório da Equipe 
deve ser de 120hrs 
semanais, onde cada 
profissional deve ter 
CH mínima de 20 e 
máxima de 40 horas.
Somatório da Equi-
pe deve ser de 80hrs 
semanais, onde cada 
profissional deve ter 
CH mínima de 20 e 
máxima de 40 horas.
Quantitativo
de profissionais 5 a 10 profissionais 3 a 6 profissionais 2 a 4 profissionais
Profissões 
integrantes 
do NASF.
Conforme a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, os NASF’s 
deverão ser compostos pelas seguintes ocupações do Código Brasilei-
ro de Ocupações - CBO: Médico Acupunturista; Assistente Social; Pro-
fissional/Professor de Educação Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; 
Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; Médico Homeopata; 
Nutricionista; Médico Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; Terapeu-
ta Ocupacional; Médico Geriatra; Médico Internista (clínica médica),
continua ↓
17
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
6. Implantação do NASF
Passo a passo para implantação do NASF:
NASF 1 NASF 2 NASF 3
Médico do Trabalho, Médico Veterinário, profissional com formação 
em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanita-
rista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-gra-
duação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em 
uma dessas áreas. 
IMPORTANTE! A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores 
municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epi-
demiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.
eCR - Equipe Consultório na Rua; eSFR - Equipe Saúde da Família Ribeirinha; eSFF - Equipe Saúde da 
Família Fluvial 
Passo 1
O município deverá apresentar projeto contendo as seguintes informações:
• Área geográfica a ser coberta, com estimativa da população residente;
• Dados levantados em diagnóstico elaborado pelo município que justifi-
que a implantação do NASF;
• Definição dos profissionais que irão compor as equipe do NASF e as 
principais atividades a serem desenvolvidas, de acordo com o diagnós-
tico de território citado acima;
• Descrição de quais eSF serão vinculadas, bem como o código do Cadas-
tro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) da Unidade Básica 
de Saúde em que o NASF será credenciado;
• Descrição de uma proposta de agenda para o início do trabalho com-
partilhado entre as eSF e as equipes do NASF;
• Descrição da forma de recrutamento, seleção, contratação e carga ho-
rária dos profissionais do NASF.
Passo 2
O município submete o projeto para aprovação do Conselho Municipal de 
Saúde – caso a implantação de NASF não esteja contemplada no Plano 
Municipal de Saúde, já aprovado pelo referido Conselho.
Passo 3 A Secretaria Municipal de Saúde envia as informações para análise da Se-cretaria Estadual de Saúde.
Passo 4
A Secretaria Estadual de Saúde submete o pleito do(s) município(s) à apre-
ciação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) no prazo máximo de 30 
(trinta) dias após a data do protocolo de entrada do projeto de implantação.
Passo 5 A Secretaria Estadual de Saúde envia ofício com a resolução da CIB para o Ministério da Saúde, comunicando o número de NASF aprovados.
Passo 6 O Ministério da Saúde publica o credenciamento da(s) equipe(s) do NASF no Diário Oficial da União
Passo 7 O município cadastra no CNES os profissionais que atuarão no NASF.
18
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
7. Financiamento e Suspensão de Repasses
1. Financiamento:
INCENTIVO PARA IMPLANTAÇÃO:
• NASF 1 - R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais), em parcela única
• NASF 2 - R$ 12.000,00 (doze mil 
reais), em parcela única
• NASF 3 - R$ 8.000,00 (oito mil 
reais), em parcela única
Piso da Atenção
Básica Variável
• NASF 1- R$ 5.000,00 (cinco mil 
reais));
• NASF 2 - R$ 3.000,00 (três mil 
reais)
• NASF 3 - R$ 2.000,00 (dois mil 
reais)
Programa Nacional de 
Melhoria do Acesso e da 
Qualidade da Atenção 
Básica (PMAQ-AB)
INCENTIVO PARA CUSTEIO:
• NASF 1 - R$ 20.000,00 (vinte mil 
reais), mensalmente
• NASF 2 - R$ 12.000,00 (doze mil 
reais), mensalmente
• NASF 3 - R$ 8.000,00 (oito mil 
reais), mensalmente
2. Condições para Suspensão do Repasse:
I. inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das 
equipes;
II. descumprimento da carga horária mínima prevista por modalidade 
NASF;
III. ausência de alimentação de dados no Sistema de Informação 
definidos pelo Ministério da Saúde que comprovem o início de suas 
atividades;
IV. descumprimento aos parâmetros de vinculação do NASF às 
Equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para 
populações específicas;
V. forem detectados, malversação ou desvio de finalidade na utilização 
dos recursos e;
VI. ausência, por um período superior a 60 (sessenta) dias, de qualquer 
um dos profissionais que compõem as equipes, com exceção dos 
períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida 
19
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
por legislação específica e, ainda, na situação prevista no § 2º do 
art. 3º desta Portaria
IMPORTANTE! A suspensão dos incentivos financeiros pelo Ministério da Saúde será 
mantida até a adequação das irregularidades identificadas.
Princípios Diretrizes AçõesEstratégicas
Descentralização Emprego da alimentação saudável e adequada
Inserção de educa-
ção nutricional no 
currículo escolar
Universalidade: garantia 
de alimentação gratuita 
aos estudantes da rede pú-
blica na educação básica
Educação Alimentar e 
nutricional no processo de 
ensino e aprendizagem
Capacitação de nutricionis-
tas, conselheiros, meren-
deiros, gestores públicos 
e agricultores familiares
Equidade: acesso ao di-
reito a alimentação esco-
lar de forma igualitária
Universalidade do aten-
dimento aos alunos ma-
triculados na rede pública 
de educação básica
Projeto Educando com 
a Horta Escolar;
Sustentabilidade e conti-
nuidade: acesso regular e 
permanente à alimenta-
ção saudável na escola
Participação da comuni-
dade no controle social;
Cooperação Interna-cional para implemen-
tar programas de Ali-
mentação Escolar.
Participação da co-
munidade no controle 
social e acompanha-
mento das ações
Apoio ao desenvolvi-
mento sustentável;
Direito a alimentação 
escolar, visando garan-
tir segurança alimentar e 
nutricional dos alunos.
20
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
8. Responsabilidades e ações:
1. Responsabilidades:
Ações
multiprofissionais e 
transdisciplinares, 
desenvolvendo a 
responsabilidade 
Atuar, de forma 
integrada e plane-
jada, nas atividades 
desenvolvidas pelas 
ESF e de Interna-
ção Domiciliar
Elaborar
estratégias de
comunicação 
para divulgação 
e sensibilização Identificar
atividades, ações e 
as práticas, Públi-
co e prioridades
Desenvolvimento e a 
implementação das 
ações e a medida de 
seu impacto sobre a 
situação de saúde Intersetorialidade: 
educação,esporte,
cultura, trabalho,
lazer 
TODOS OS
PROFISSIONAIS
Acolhimento e 
humanização
Gestão integrada e 
participação social 
Elaborar
e divulgar ma-
terial educativo 
e informativo 
2. Ações de Alimentação e Nutrição no NASF
As ações de alimentação e nutrição a serem desenvolvidas pela Estratégia 
de Saúde da Família, em parcerias com os Núcleos de Apoio à Saúde da 
Família (Nasf), devem pautar-se nos princípios do SUS (universalidade, 
integralidade e equidade), além do trabalho interdisciplinar, intersetorial, 
ético, resolutivo, longitudinal, acolhedor, com vínculo e responsabilização.
21
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
A atuação do nutricionista no NASF tem como sujeito, primeiramente, a 
equipe de SF, mas também, no plano coletivo, a comunidade, as famílias, os 
indivíduos que a compõem. Os determinantes sociais do processo saúde–
doença devem ser objeto de especial atenção, condicionando as práticas em 
saúde e o direcionamento do processo de trabalho. O processo de trabalho 
diferenciado da Estratégia de Saúde da Família, o contato com a realidade 
das comunidades e o investimento na educação permanente das equipes 
possibilitam a criação de vínculos e a busca de soluções compartilhadas, 
visando a melhoria da qualidade de vida da população. A inserção das 
ações de alimentação e nutrição na Estratégia de Saúde da Família, por 
meio dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, favorece a discussão e a 
implementação das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição 
(PNAN), potencializa a prática de promoção da alimentação saudável 
junto aos profissionais e a comunidade, situa a alimentação e nutrição na 
perspectiva do Direito Humano à Alimentação Adequada, permitindo visão 
ampliada do processo saúde e doença, a partir do processo de trabalho 
multidisciplinar e interdisciplinar.
3. Ações de Saúde Mental:
A mudança do modelo de atenção em saúde mental tem como principal 
objetivo a ampliação e a qualificação do cuidado às pessoas com transtornos 
mentais nos serviços, com base no território. No novo modelo, a atenção 
hospitalar deixa de ser o centro, como era antes, tornando-se complementar. 
Trata-se de mudança fundamental na concepção e na forma de como se 
deve dar o cuidado: o mais próximo da rede familiar, social e cultural do 
paciente, para que seja possível a reapropriação de sua história de vida e 
de seu processo de saúde/adoecimento.
Eixos Estratégicos das ações de Alimentação e Nutrição
Promoção de práticas alimentares saudáveis, em âmbito individual e coletivo, em to-
das as fases do ciclo de vida;
Contribuição na construção de estratégias para responder às principais demandas 
assistências quanto aos distúrbios alimentares, deficiências nutricionais, desnutrição 
e obesidade;
Desenvolvimento de projetos terapêuticos, especialmente nas doenças e agravos não 
transmissíveis;
Realização do diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação 
de áreas geográficas, segmentos sociais e grupos populacionais de maior risco aos 
agravos nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas 
potencialidades para promoção da saúde;
Promoção da segurança alimentar e nutricional fortalecendo o papel do setor saúde 
no sistema de segurança alimentar e nutricional instituído pela Lei nº 11.346, de 15 de 
setembro de 2006, com vistas ao direito humano à alimentação adequada.
22
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
A Política Nacional de Saúde Mental tem como diretriz principal a 
redução gradual e planejada de leitos em hospitais psiquiátricos, com a 
desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internações. A 
rede de saúde mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta por 
diversas ações e serviços de saúde mental: ações de saúde mental na 
Atenção Primária, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), ambulatórios, 
residências terapêuticas, leitos de atenção integral em saúde mental (em 
Caps III e em hospital geral), Programa de Volta para Casa, cooperativas de 
trabalho e geração de renda, centros de convivência e cultura, entre outros.
Diretrizes para a atuação das Equipes de Saúde nas Ações de Saúde Mental
Deve-se identificar, acolher e atender às demandas de saúde mental do território, em 
seus graus variados de severidade – os pacientes devem ter acesso ao cuidado em 
saúde mental o mais próximo possível do seu local de moradia, de seus laços sociais 
e familiares.
Devem ser priorizadas as situações mais graves, que exigem cuidados mais imediatos 
(situações de maior vulnerabilidade e risco social).
As intervenções devem se dar a partir do contexto familiar e comunitário – a família e 
a comunidade devem ser parceiras no processo de cuidado.
É fundamental a garantia de continuidade do cuidado pelas equipes de Saúde da Fa-
mília, seguindo estratégias construídas de forma interdisciplinar.
As redes sanitária e comunitária são importantes nas estratégias a serem pensadas 
para o trabalho conjunto entre saúde mental e equipes de Saúde da Família.
O cuidado integral articula ações de prevenção, promoção, tratamento e reabilitação 
psicossocial.
A educação permanente deve ser o dispositivo fundamental para a organização das 
ações de saúde mental na Atenção Primária
4. Ações de Reabilitação
Os profissionais do NASF, deverão com base no diagnostico territorial, 
apoiar as equipes de Saúde da Família para que desenvolvam ações de 
promoção e de proteção à saúde, além de subsidiar o acompanhamento das 
ações voltadas para as deficiências em todas as fases do ciclo de vida, com 
especial atenção à população idosa. As ações da reabilitação devem estar 
em constante processo de avaliação, pela equipe de Saúde da Família e 
pelo NASF, na tentativa de buscar adequação e promover o melhor cuidado 
aos usuários. 
Ações das equipes NASF na reabilitação
Discutir e construir Projeto Terapêutico Singular (PTS);
Desenvolver projetos e ações intersetoriais, como o Projeto de Saúde no Território 
(PTS);
Orientar e informar as equipes SF, as pessoas com deficiência, os cuidadores sobre 
manuseio, posicionamento e as atividades de vida diária;
23
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
5. Ações de Assistência Farmacêutica 
A Assistência Farmacêutica (AF) é um conjunto de ações voltadas à 
promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como 
coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso 
e ao seu uso racional, a AF no NASF é desenvolvida por meio do apoio aos 
profissionais da equipe de Saúde da Família e da própria equipe do NASF, 
compartilhando as práticas em saúde nos territórios, mediante troca de 
saberes entre os profissionais envolvidos no cuidado.
A inclusão da Assistência Farmacêutica como uma das áreas estratégicas de 
atuação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família tem o objetivo de assegurar 
o acesso aos medicamentos com segurança, eficácia e resolubilidade da 
atenção, por meio da atividade farmacêutica comprometida com os princípios 
da Atenção Primária. Assim, essa é mais uma forma para o farmacêutico 
exercer sua profissãode forma integrada às equipes de Saúde da Família e 
contribuir para a resolutividade das ações em saúde, conforme as diretrizes 
da Estratégia de Saúde da Família, da Política Nacional de Medicamentos e 
da Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
Mobilizar recursos e tecnologias assistenciais para o desempenho funcional;
Desenvolver propostas de ações de reabilitação baseadas na comunidade;
Encaminhar e orientar, quando necessário, procedimentos para obtenção de órteses, 
próteses e meios auxiliares de locomoção;
Realizar ações que facilitem a inclusão escolar, laboral ou social de pessoas com defi-
ciência, conforme prevê a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência
Apoiar as equipes de SF no acompanhamento de idosos com problemas de locomoção 
ou acamados.
As ações de AF no NASF contemplam:
Planejamento das ações de assistência farma-
cêutica no NASF; Participação social;
Promoção do uso racional de medicamentos; Atividades de assistência à saúde;
Educação permanente em saúde com destaque 
aos temas: utilização correta das diferentes for-
mas farmacêuticas; as justificativas para a admi-
nistração de um medicamento em um período de 
tempo determinado; possíveis reações adversas; 
as interações medicamentosas e demais especifi-
cidades de cada fármaco e cada situação; a auto-
medicação; bem como as questões relacionadas 
ao acesso e ao uso abusivo dos medicamentos;
Práticas integrativas e comple-
mentares;
Gestão da assistência farmacêutica;
24
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
6. Ações de Serviço Social
Objetivos Ações Processo deTrabalho
Incentivar e contribuir no 
processo de fortalecimento 
da autonomia e da organi-
zação pessoal do usuário;
Discutir e refletir permanen-
temente com as equipes 
de SF a realidade social e 
as formas de organização 
social dos territórios, de-
senvolvendo estratégias de 
como lidar com suas adver-
sidades e potencialidades
Abordagem familiar
Apoiar os usuários na cons-
trução e ressignificação 
de seu projeto de vida;
Estimular e acompanhar o de-
senvolvimento de trabalhos de 
caráter comunitário em con-
junto com as equipes de SF
Abordagem in-
dividual
Criar espaços grupais que 
possibilitem a construção 
de relações humanizadoras 
e socializadoras por meio 
de trocas de experiências e 
construção de rede de apoio
Coordenar os trabalhos 
de caráter social adstri-
tos às equipes de SF;
Abordagem de 
rede social
Desenvolver ações integra-
das com os profissionais 
da equipe correlaciona-
dos com a área de atuação 
em atenção à saúde e de-
mais políticas públicas;
Apoiar e desenvolver téc-
nicas de educação e mo-
bilização em saúde;
Visitas Domiciliares
Socializar informações nas 
equipes e participar de dis-
cussão de situações vivencia-
das por usuários e/ou familia-
res com as demais categorias 
profissionais, valorizando as 
ações desenvolvidas por eles
Atenção às famílias de forma 
integral, em conjunto com as 
equipes de SF, estimulando 
a reflexão sobre o conheci-
mento dessas famílias, como 
espaços de desenvolvimento 
individual e grupal, sua di-
nâmica e crises potenciais
Grupos Educativos e 
/ou de convivência
Promover a integração 
dos demais membros da 
equipe de trabalho;
Estimular e acompa-
nhar as ações de con-
trole social em conjunto 
com as equipes de SF
Visitas Institucionais
Produzir conhecimento so-
bre a população atendida 
na área da saúde, processo 
de pesquisa e a especifi-
cidade do serviço social
Identificar no território, junto 
com as equipes de SF, valo-
res e normas culturais das 
famílias e da comunidade 
que possam contribuir para 
o processo de adoecimento
Estudo Social
25
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Objetivos Ações Processo deTrabalho
Participar da elaboração 
conceitual/metodológi-
ca para apoiar as práticas 
educativo-participativas 
desenvolvidas pela equipe 
de trabalho, com usuários 
e população atendida;
Desenvolver junto com os 
profissionais das equipes de 
SF estratégias para identificar 
e abordar problemas vincu-
lados à violência, ao abuso 
de álcool e a outras drogas;
Aperfeiçoamento, 
formação e produção 
de conhecimentos
Construir coletivamente e de 
forma participativa entre a 
equipe de saúde, segmen-
tos organizados da comu-
nidade, usuários e demais 
sujeitos sociais populares 
envolvidos a organização 
do trabalho comunitário
Discutir e realizar visitas 
domiciliares com as equi-
pes de SF, desenvolven-
do técnicas para qualifi-
car essa ação de saúde
Intervenção coletiva
Incentivar a participação dos 
usuários nos fóruns de discus-
são e deliberação, tais como: 
Conselhos Locais de Saúde, 
Conselho Distrital de Saúde, 
Conselhos de Assistência 
Social, Conselho de Direitos 
da Criança e do Adolescente, 
Conselhos do Idoso e demais 
Conselhos de direitos, Reuni-
ões da Comunidade, e outros.
Possibilitar e compartilhar 
técnicas que identifiquem 
oportunidades de geração de 
renda e desenvolvimento sus-
tentável na comunidade ou 
de estratégias que propiciem 
o exercício da cidadania em 
sua plenitude, com as equi-
pes de SF e a comunidade;
Planejamento 
e gestão
LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E NUTRICIONAL – LOSAN
A proposta de criação da LOSAN foi uma das principais deliberações da II 
Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em 
Olinda (PE) em 2004. Na época, cerca de 1,3 mil participantes decidiram 
que a segurança alimentar deveria ter respaldo legal, como já ocorria com 
a saúde, que possui o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Lei Orgânica da 
Saúde (8080/90). A partir daí, a proposta da lei foi elaborada, de forma 
participativa, sob coordenação do CONSEA.
A LOSAN, lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 expressa a natureza 
da segurança alimentar e nutricional (SAN) como objetivo estratégico a 
ser buscado com ações e políticas públicas permanentes e intersetoriais, 
orientadas pelos princípios da soberania alimentar e do direito humano a 
alimentação adequada, além de criar o Sistema Nacional de Segurança 
Alimentar e Nutricional (SISAN).
26
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
DHAA
O direito humano à alimentação adequada tem duas dimensões: o direito 
de estar livre da fome e o direito à alimentação adequada. A realização 
destas duas dimensões é de crucial importância para a fruição de todos 
os direitos humanos. Os principais conceitos empregados na definição de 
Direito Humano à Alimentação Adequada são disponibilidade de alimentos, 
adequação, acessibilidade e estabilidade do acesso a alimentos produzidos 
e consumidos de forma soberana, sustentável, digna e emancipatória. Este 
direito foi incluído na Constituição Federal, que teve o artigo 6º alterado para 
introduzir a alimentação como direito social. Até então, eram considerados 
direitos sociais educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, 
previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos 
desamparados. Nesse mesmo ano, também foi publicado o decreto 7.272, 
que regulamentou o Sisan e instituiu a Política Nacional de Segurança 
Alimentar e Nutricional.
SISAN
O Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, é um sistema 
público que possibilita a gestão intersetorial, ou seja, possibilita a 
articulação entre os três níveis de governo para a implementação e execução 
das Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional em perspectiva de 
complementariedade e otimização das potencialidades de cada setor. O 
objetivo central é a promoção do direito humano a alimentação adequada 
(DHAA) em todo território nacional.
Integram o SISAN:
I. a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E 
NUTRICIONAL; 
É a instância máxima de deliberação do SISAN, o evento é composto 
por delegados e delegadas da sociedade civil e de governo, eleitos em 
conferências municipais, territoriais, do Distrito Federal e estaduais 
ocorridas por todo o país
II. o CONSEA;
O CONSEA é um órgão de assessoramento imediato à Presidênciada 
República que integra o SISAN, um espaço institucional para o controle 
social e participação da sociedade na formulação, monitoramento e 
avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional, 
com vistas a promover a realização progressiva do Direito Humano à 
Alimentação Adequada, em regime de colaboração com as demais 
instâncias do SISAN.
Recriado em 2003, o Conselho tem caráter consultivo. Compete ao 
Consea, dentre outras atribuições, propor à Câmara Interministerial de 
27
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) as diretrizes e prioridades 
da Política e do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 
com base nas deliberações das Conferências Nacionais de Segurança 
Alimentar e Nutricional.
III. a CAISAN;
É uma das instâncias integrantes do SISAN. Tem por finalidade promover 
a articulação e a integração dos órgãos e entidades da administração 
pública federal afetos à área de segurança alimentar e nutricional. Dentre 
suas competências está a Elaboração do Plano Nacional de Segurança 
Alimentar e Nutricional e a Coordenação da execução da política e do 
plano. 
IV. os órgãos e entidades de segurança alimentar e nutricional da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e 
V. as instituições privadas, com ou sem fins lucrativos, que manifestem 
interesse na adesão e que respeitem os critérios, princípios e diretrizes 
do SISAN.
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES:
Princípios 
Universalidade e Equidade no acesso a alimentação adequada.
Preservação da autonomia e respeito a dignidade das pessoas.
Participação social 
Transparência dos programas, ações e dos recursos públicos e privados e dos cri-
térios para sua concessão.
Diretrizes
Promoção da intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e 
não governamentais.
Descentralização das ações: Três esferas do governo.
Monitoramento da situação alimentar e nutricional.
Conjugação de medidas diretas e imediatas de garantia de acesso à alimentação ade-
quada: Capacidade de subsistência autônoma da população
Articulação entre orçamento e gestão.
Estímulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de recursos humanos.
28
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
PNSAN
Foi criada através do art. 3o da Lei no 11.346, de 15 de setembro de 2006 
com o objetivo geral de promover a segurança alimentar e nutricional, 
bem como assegurar o direito humano à alimentação adequada em todo 
território nacional
Diretrizes Objetivos Específicos
Acesso universal à alimentação 
adequada e saudável;
Identificar, analisar, divulgar e atuar sobre os fatores 
condicionantes da insegurança alimentar e nutricio-
nal no Brasil;
Abastecimento e estruturação 
de sistemas sustentáveis;
Articular programas e ações de diversos setores que 
respeitem, protejam, promovam e provejam o direito 
humano à alimentação adequada, observando as di-
versidades social, cultural, ambiental, étnico-racial, a 
equidade de gênero e a orientação sexual, bem como 
disponibilizar instrumentos para sua exigibilidade;
Instituição de processos perma-
nentes de educação alimentar e 
nutricional
Promover sistemas sustentáveis de base agroeco-
lógica, de produção e distribuição de alimentos que 
respeitem a biodiversidade e fortaleçam a agricul-
tura familiar, os povos indígenas e as comunidades 
tradicionais e que assegurem o consumo e o acesso 
à alimentação adequada e saudável, respeitada a 
diversidade da cultura alimentar nacional; e
Ações de segurança alimentar 
e nutricional voltadas para qui-
lombolas;
Incorporar à política de Estado o respeito à soberania 
alimentar e a garantia do direito humano à alimen-
tação adequada, inclusive o acesso à água, e pro-
movê-los no âmbito das negociações e cooperações 
internacionais.
Fortalecimento das ações de 
alimentação e nutrição;
Acesso universal à água de 
qualidade e em quantidade su-
ficiente;
Apoio a iniciativas de promo-
ção da soberania alimentar;
Monitoramento da realização 
do DHAA.
PLANSAN
O Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – PLANSAN é 
o principal instrumento da Política Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional, instituída pelo Decreto nº 7.272/2010. Nele estão previstas as 
diferentes ações do governo federal que se propõem a respeitar, proteger, 
29
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
promover e prover o Direito Humano à Alimentação Adequada para todas 
as pessoas que estão no Brasil.
GUIA ALIMENTAR PARA
POPULAÇÃO BRASILEIRA (2014)
O guia Alimentar para população Brasileira foi lançado em primeira versão 
no ano de 2006 e apresentou as primeiras diretrizes alimentares oficiais 
para população. Em 2014, foi atualizado em consonância a recomendação 
da OMS de atualizar a partir de 2011 as recomendações sobre alimentação 
adequada e saudável, e em virtude das mudanças sociais, econômicas, 
políticas, culturais e demográficas que impactaram sobre as condições 
de saúde e nutrição da população, e baseado neste novo cenário foram 
elaboradas novas recomendações. O guia é destinado as pessoas, famílias 
e comunidades, e aos profissionais cujo ofício está relacionado à promoção 
da saúde da população (profissionais de saúde, agentes comunitários, 
educadores e formadores de recursos humanos, entre outros.)
1. Conceito
O guia é um documento oficial que aborda os princípios e as recomendações 
de uma alimentação adequada e saudável para a população brasileira, e 
se configura como instrumento de apoio às ações de educação alimentar 
e nutricional no SUS e também em outros setores. E se constitui ainda, 
em uma das estratégias para implementação da diretriz de promoção 
da alimentação adequada e saudável que integra a Política Nacional de 
Alimentação e Nutrição. Além de reforçar o compromisso do Ministério da 
Saúde de contribuir para o desenvolvimento de estratégias para a promoção 
e a realização do direito humano à alimentação adequada.
2. Objetivos
Melhorar os padrões de alimentação e nutrição da população e contribuir 
para a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos.
3. Estrutura:
• Apresentação 
• Preâmbulo 
• Introdução 
• Capítulo 1. Princípios 
• Capítulo 2. A escolha dos alimentos 
• Capítulo 3. Dos alimentos à refeição 
• Capítulo 4. O ato de comer e a comensalidade 
• Capítulo 5. A compreensão e a superação dos obstáculos 
30
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
• Dez passos para uma alimentação adequada e saudável
Capítulo 1 - Princípios:
Alimentação é mais que 
ingestão de nutrientes
Trata o ato de alimentar-se além dos aspectos fisiológicos, 
considerando os aspectos sociais, culturais, afetivos e com-
portamentais da alimentação.
Recomendações sobre ali-
mentação devem estar em 
sintonia com seu tempo
As recomendações de guias alimentares devem ser pauta-
das no cenário atual da alimentação e condições de saúde 
da população. Sendo assim as recomendações deste Guia 
objetivam promover a alimentação adequada e saudável 
e acelerar o declínio da desnutrição e reverter a tendência 
de aumento da obesidade e de outras doenças crônicas 
relacionadas à alimentação. 
Alimentação adequada e 
saudável deriva de siste-
ma alimentar sustentável.
Considera o impacto das formas de produção e distribui-
ção dos alimentos sobre a justiça social e a integridade 
do ambiente privilegiando desta forma os sistemas de 
produção e distribuição socialmente e ambientalmente 
sustentáveis. 
Diferentes saberes ge-
ram o conhecimento 
para a formulação de 
guias alimentares.
Ressalta a importância de estudos clínicos, experimen-
tais, populacionais e antropológicos em alimentação e 
nutrição para a formulação de recomendações em ali-
mentação. “As várias dimensões da alimentação e sua
complexa relação com a saúde e bem-estar das pessoas 
demandam articulação dos diferentes saberes”.
Guias alimentares am-
pliam a autonomia nas 
escolhas alimentares.
Afirma que o acesso a informaçõesconfiáveis sobre ali-
mentação adequada e saudável contribui para que as 
pessoas ampliem sua autonomia para fazerem escolhas 
alimentares e exijam o cumprimento do Direito Humano a 
Alimentação Adequada.
Capitulo 2 - A Escolha dos Alimentos:
Aborda as recomendações gerais (de acordo com os princípios do Guia) que 
orientam a escolha dos alimentos, e a importância do tipo de processamento 
a que são submetidos os alimentos: influência sobre o perfil de nutrientes, o 
gosto e o sabor da alimentação; A influência que o processamento exerce na 
escolha dos outros alimentos a serem consumidos, em quais circunstâncias 
(quando, onde e com quem) e que quantidade.
Classificação dos Alimentos
• In natura: obtidos diretamente de plantas ou de animais sem que tenham 
sofrido qualquer alteração.
Ex: Ovos, frutas, verduras, raízes, legumes, etc.
31
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
• Minimamente processados: são alimentos in natura que, antes de 
sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas como limpeza, 
secagem, embalagem, pasteurização, congelamentos, fermentação 
e processos em que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos e 
gorduras, aditivos ou outras substâncias. 
Ex: Carnes, arroz, feijão, carnes, especiarias, frutas secas ,etc.
• Oléos, gorduras, sal e açúccar: São produtos extraídos de alimentos 
in natura ou da natureza por processos como prensagem, moagem, 
trituração, pulverização e refino. São utilizados para temperar e cozinhar 
alimentos e para criar preparações culinárias.
Ex: Manteiga, Óleos de Soja, milho, oliva, banha de porco, açúcar branco, 
demerara ou mascavo, açúcar de côco, sal de cozinha refinado ou grosso. 
• Alimentos Processados: São produtos fabricados basicamente através 
da adição de sal ou açúcar a um alimento in natura com o objetivo de 
aumentar a duabilidade e a palatabilidade.
Ex: Alimentos em conserva, frutas em calda, queijos e pães feitos de 
farinha de trigo, leveduras, água e sal.
• Alimentos Ultraprocessados: Produtos cuja fabricação envolve diversas 
etapas, técnicas de processamento e ingredientes, muitos deles de uso 
exclusivamente industrial como os corantes, aromatizantes, realçadores 
de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de 
propriedades sensoriais atraentes. Apresentam composição nutricional 
desbalanceada, favorecem o consumo excessivo de caloria devido aos 
elevados teores de açúcares e gorduras. 
Ex: Biscoitos, sorvetes, guloseimas, refrigerantes, salsichas e embutidos, 
etc.
RECOMENDAÇÕES:
• Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base de sua alimen-
tação.
• Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozi-
nhar alimentos e criar preparações culinárias
• Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os, em pequenas quantidades, 
como ingredientes de preparações culinárias ou como parte de refeições baseadas 
em alimentos in natura ou minimamente processados.
• Evite alimentos ultraprocessados.
REGRA DE OURO!
Prefira sempre alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culi-
nárias a alimentos ultraprocessados.
Capitulo 3 - Dos Alimentos às refeições:
Apresenta orientações sobre como combinar alimentos na forma de 
refeições. Essas orientações são consistentes com as recomendações 
32
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
gerais do capítulo 2 e se baseiam em refeições consumidas por uma parcela 
substancial da população brasileira que ainda baseia sua alimentação 
em alimentos in natura ou minimamente processados e nas preparações 
culinárias feitas com esses alimentos.
Apresenta opções de refeições saudáveis para as principais (café da manhã, 
almoço e jantar) e pequenas refeições (lanches e ceia). As refeições sugeridas 
não são recomendações rígidas e não deve ser utilizadas como cardápios 
fixos. Desta forma, a recomendação do guia é combinar alimentos para criar 
alternativas de refeições saudáveis e saborosas, considerando seu grupo 
(alimentos que possuem uso culinário e perfil nutricional semelhantes).
Descrição dos Principais Grupos alimentares
Grupo dos Feijões
• Variar os tipos e as preparações ampliam o aporte de nutrien-
tes. 
• Quantidade moderada de calorias. Fonte de Proteínas, Fi-
bras,Vitaminas complexo B e Minerais (Fe, Zn, Ca)
Grupo dos Cereais
• Arroz, Milho e Trigo
• Fontes de Carboidrato, Fibras, Vitaminas (Complexo B) e Mi-
nerais.
Grupo das
Raízes e
Tubérculos
• São versáteis e em vários locais substituem arroz e pão.
• Fontes de Carboidrato, Fibras, Vitaminas (A e C) e Minerais 
(ex: K).
Grupo dos
Legumes e 
Verduras
• Diversas formas de preparo e apresentação (crus, cozidos, re-
fogados, assados, gratinados, empanados, ensopados).
• Vegetais em conserva são considerados processados. Consu-
mo limitado! 
• Fontes de várias vitaminas e minerais e de fibras.
• Quantidade relativamente pequena de calorias.
• Antioxidantes (proteção contra alguns tipos de câncer)
• Alternativa para o consumo excessivo de carne vermelha.
Grupo das Frutas
• Diversas formas de consumo (frescas, secas, como parte de 
refeições, em saladas, sobremesas). 
• Prefira a fruta inteira aos sucos (perda de fibras e nutrientes).
• Frutas em calda e cristalizadas são considerados processa-
dos. Consumo limitado!
• Fontes de várias vitaminas, minerais e de fibras.
• Quantidade relativamente pequena de calorias. 
• Antioxidantes (proteção contra alguns tipos de câncer).
33
Material complementar - Saúde Pública e Ética Profissional
Capitulo 4 - O ato de Comer e a Comensalidade:
Apresenta orientações sobre o ato de comer e a comensalidade, abordando 
as circunstâncias – tempo e foco, espaço e companhia – que influenciam o 
aproveitamento dos alimentos e o prazer proporcionado pela alimentação. 
São dadas três orientações principais:
Comer com regularidade e atenção:
• Procure fazer suas refeições diárias em horários semelhantes. 
• Evite “beliscar” nos intervalos entre as refeições. 
Grupo das
Castanhas 
e Nozes
• Ótimas opções para pequenas refeições.
• Ricos em minerais.
• Ricos em vitaminas
• Ricos em fibras/Gorduras insaturadas.
• Antioxidantes
• Castanhas, nozes amêndoas e amendoins adicionados de sal 
ou açúcar são alimentos processados. Consumo limitado!
Grupo do
Leite e Queijos
• Minimamente processados: leite de vaca, coalhadas e iogur-
tes naturais. Puros ou em preparações. 
• Processados: queijos. Especialmente em preparações culinárias.
• Amplamente utilizados. 
• Opção para pequenas refeições. 
• Bebidas lácteas e iogurtes adoçados adicionados de corantes 
e saborizantes são ultraprocessados! EVITAR!
Grupo das
Carnes e Ovos
CARNES VERMELHAS
• Consumidas com frequência.
• Cortes com mais gordura: assar, grelhar ou refogar. 
• Cortes com menos gordura: ensopados, cozidos. 
• Consumo excessivo ↑ risco de câncer intestino.
CARNE DE AVES 
• Cortes com mais gordura (coxa, sobrecoxa e asas): assar ou 
grelhados. 
• Gordura saturada (concentrada na pele). PESCADOS: 
• Peixes, crustáceos e moluscos. 
• Oferta e preços variados no País.
• Alta proporção de gordura insaturada. 
OVOS 
• Baratos e versáteis. 
• Bons substitutos para carnes vermelhas
Água
• Essencial para a manutenção da vida.
• Necessidade: variável (idade, peso, atividade física, clima, 
temperatura...)
• Alimentos in natura e minimamente processados: alto conte-
údo de água.
• Alimentos ultraprocessados: pobres em água
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• Coma sempre devagar e desfrute o que está comendo, sem se envolver 
em outra atividade.
Comer em ambientes apropriados
• Procure comer sempre em locais limpos, confortáveis e tranquilos e 
onde não haja estímulos para o consumo de quantidades ilimitadas de 
alimentos.
Comer em companhia
• Sempre que possível, prefira comer em companhia, com familiares, 
amigos ou colegas de trabalho ou escola. 
• Procure compartilhar também as atividades domésticas que antecedem 
ou sucedem o consumo dasrefeições.
Capitulo 5 - Compreensão e superação de obstáculos:
Analisa fatores que podem ser obstáculos para a adesão das pessoas às 
recomendações do Guia – informação, oferta, custo, habilidades culinárias, 
tempo e publicidade – e propõe para sua superação a combinação de ações 
no plano pessoal e familiar e no plano do exercício da cidadania.
1. Informação: Há informações sobre alimentação e saúde, mas poucas 
são de fontes confiáveis. 
Recomendação: Utilizar, discuta e divulgue o conteúdo deste guia na sua 
família, com seus amigos e colegas, e em organizações da sociedade 
civil de que você faça parte.
2. Oferta: Alimentos ultraprocessados são encontrados em toda parte, 
sempre acompanhados de muita propaganda, descontos e promoções, 
enquanto alimentos in natura ou minimamente processados nem sempre 
são comercializados em locais próximos às casas das pessoas.
Recomendação: Procure fazer compras de alimentos em mercados, 
feiras livres e feiras de produtores e em outros locais que comercializam 
variedades de alimentos in natura ou minimamente processados, dando 
preferência a alimentos orgânicos da agroecologia familiar. Participe de 
grupos de compra de alimentos orgânicos adquiridos diretamente de 
produtores e da organização de hortas comunitárias. Evite fazer compras 
em locais que só vendem alimentos ultraprocessados.
3. Custo: Impressão de que a alimentação saudável é necessariamente 
cara, porém, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in 
natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o 
custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados.
Recomendação: Dê sempre preferência a legumes, verduras e frutas da 
estação e produzidos localmente e, quando comer fora de casa, prefira 
restaurantes que servem “comida feita na hora”. Reivindique junto às 
autoridades municipais a instalação de equipamentos públicos que 
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comercializem alimentos in natura ou minimamente processados a 
preços acessíveis e a criação de restaurantes populares e de cozinhas 
comunitárias.
4. Habilidades culinárias: O enfraquecimento da transmissão de habilidades 
culinárias entre gerações favorece o uso de alimentos ultraprocessados
Recomendação: Desenvolva, exercite e partilhe suas habilidades 
culinárias; valorize o ato de preparar e cozinhar alimentos; defenda a 
inclusão das habilidades culinárias como parte do currículo das escolas; e 
integre associações da sociedade civil que buscam proteger o patrimônio 
cultural representado pelas tradições culinárias locais.
5. Tempo: As recomendações deste guia podem implicar a dedicação de 
mais tempo à alimentação.
Recomendação: Para reduzir o tempo dedicado à aquisição de alimentos 
e ao preparo de refeições, planeje as compras, organize a despensa, 
defina com antecedência o cardápio da semana, aumente o seu 
domínio de técnicas culinárias e faça com que todos os membros de sua 
família compartilhem da responsabilidade pelas atividades domésticas 
relacionadas à alimentação. Para encontrar tempo para fazer refeições 
regulares, comer sem pressa, desfrutar o prazer proporcionado pela 
alimentação e partilhar deste prazer com entes queridos, reavalie como 
você tem usado o seu tempo e considere quais outras atividades poderiam 
ceder espaço para a alimentação.
6. Publicidade: A publicidade de alimentos ultraprocessados domina os 
anúncios comerciais de alimentos, frequentemente veicula informações 
incorretas ou incompletas sobre alimentação e atinge, sobretudo, 
crianças e jovens.
Recomendação: Esclareça as crianças e os jovens de que a função da 
publicidade é essencialmente aumentar a venda de produtos e não 
informar ou, menos ainda, educar as pessoas. Procure conhecer a 
legislação brasileira de proteção aos direitos do consumidor e denuncie 
aos órgãos públicos qualquer desrespeito a esta legislação.
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Dez passos para alimentação saudável:
Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a 
base da alimentação. 
1
Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantida-
des ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culi-
nárias.
2
Limitar o consumo de alimentos processados.3
Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados4
Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropria-
dos e, sempre que possível, com companhia.
5
Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos 
in natura ou minimamente processados.
6
Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.7
Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que 
ela merece.
8
Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem re-
feições feitas na hora. 
9
Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens 
sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
10
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REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento 
de Atenção Básica. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e 
Nutricional – SISVAN na assistência à saúde / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.– 
Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância 
Alimentar e Nutricional http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_vigilancia_
alimentar.php?conteudo=van_sisvan
Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2.246, DE 18/10/2004. Institui 
e divulga orientações básicas para a implementação das Ações de 
Vigilância Alimentar e Nutricional, no âmbito das ações básicas de 
saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, em todo o território nacional. 
Brasília, 2004.
Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 1.156, DE 31 DE AGOSTO DE 
1990. Fica instituído, no Ministério da Saúde, o Sistema de Vigilância 
Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília,1990.
Brasil. Ministério da Saúde. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.509, 
DE 18 DE NOVEMBRO DE 2004. Dispõe sobre as atribuições e normas 
para a oferta e o monitoramento das ações de saúde relativas às 
condicionalidades das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. 
Brasília, 2004.
BRASIL. SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL – SISVAN 
Histórico e Definição . Biblioteca Virtual de Saúde Ministério da Saúde. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sisvan.pdf 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição, 
1° edição ,2013 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_
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BRASIL. Departamento de Atenção Básica. Diretrizes da PNAN <http://
dab.saude .gov.br/portaldab/diretrizes_pnan.php> 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada e Saudável. http://dab.
saude.gov.br/portaldab/ape_promocao_da_saude.php 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância 
Alimentar e Nutricional nos Serviços de Saúde e SISVAN. http://dab.saude.
gov.br/portaldab/ape_vigilancia_alimentar.php?conteudo=van_sisvan
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle 
e Regulação dos Allimentos. http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_
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BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
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BRASIL. Ministério da Educação. Caderno de Legislação – PNAE 2018
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da Família (NASF-AB). http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes do NASF: Núcleo de Apoios a Saúde 
da Família. Cadernos de Atenção Básica. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 3.124, DE 28 DE DEZEMBRO 
DE 2012. Redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à 
Saúde da Família (NASF) Modalidades

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