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Antibióticos II

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Farmacologia dos Antibióticos II 
Marcella Ferreira Olintho 
 
 
Inibidores do metabolismo – sulfonamidas. 
Agem no metabolismo do ác. Fólico. 
Bacteriostáticos. 
 
Mecanismo de ação 
 
PABA 
 
 
ÁCIDO FÓLICO 
 
 
ÁCIDO FOLÍNICO 
 
 
DNA, PURINAS, TIMIDINAS 
 
Inibem a diidropteroato sintetase (enzima que transforma o PABA em ácido 
fólico para a síntese de purinas e timidinas e DNA). Inibe a síntese de ácidos 
nucleicos e de proteínas. 
A trimetropina bloqueia as redutases que reduzem o ácido fólico a ácido 
folínico, impedindo a formação dos ácidos nucleicos. 
O sulfametoxazol e o trimetoprim, embora bacteriostáticos quando isolados, 
apresentam atividade bactericida quando associados. 
O trimetoprim apresenta uma afinidade 50 a 100.000 vezes maior pela 
diidrofolato (redutase bacteriana) que pela diidrofolato (redutase humana). 
Ác. fólico é transformado em ác. folínico e esse é o precursor do dna. 
Sulfametoxazol inibe a diipropteroato. 
Diidropteroato 
sintetase 
Redutase 
Sulfametoxazol 
Trimetropina 
Trimetropina inibe a redutase que transforma o ác. folico em ác. folinico e ele 
é o verdadeiro precursor da sintese dos aminoácidos, purinas e timidinas. 
Características gerais 
Primeiro agente quimioterápico eficaz no homem para profilaxia e cura das 
doenças. Principal medicamento antes da penicilina. 
Espectro de ação: G+, G-, protozoários e alguns fungos. 
A sulfa é muito parecida com o PABA então ela bloqueia por mecanismo de 
competição. 
Mecanismos de resistência 
Superprodução de ácido p-aminobenzóico (mesmo com o antibiótico 
destruindo, não dá conta pois produzem mais ainda). 
Diminuição da afinidade da enzima diidropteroato sintase pela sulfonamida. 
Diminuição da permeabilidade da bactéria ao fármaco. 
Efeitos adversos 
Síndrome de Steven-Johnson, prurido, dor nas articulações e músculos, 
febre, fotossensibilidade, descamação, cristalúria, anemia hemolítica (ác. 
fólico está envolvido com a maturação das hemácias no nosso organismo), 
icterícia nuclear. 
 
Classificação 
➢ Sulfonamidas de ação curta ou intermediária (½ vida aproximada de 12 
horas): 
Sulfametoxazol: 
• Rapidamente absorvida por via oral. 
• É eliminada por via renal –filtração glomerular. 
• Distribui-se amplamente pelos tecidos. 
• Atravessa a barreira placentária e hematoencefálica. 
• É pouco metabolizado pelo fígado (vantagem). 
• É comercializada em associação à trimetoprima (cotrimazol). 
A SULFA É BEM ELIMINADA POR FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
➢ Sulfonamidas de ação longa ação (½ vida aproximada de 150 horas): 
Sulfadoxina (em associação com pirimetamina constitui o Fansidar): 
• É uma sulfa de ação ultra-prolongada. 
• É absorvida por via oral e administrada por via IV. 
• Em associação com a pirimetamina pode ser utilizada no 
combate a toxoplasmose e malária. 
• Devido a toxicidade usa-se a sulfadiazina em 
substituição. 
• Indicações: a associação sulfa + trimetoprim pode ser 
adotada em diversos processos infecciosos – 
Salmoneloses, Shigeloses, Pneumonia por 
Pneumocystis jiroveci (P. carinii). 
 
 
 
 
Interações medicamentosas 
Se liga fortemente a proteínas plasmáticas. 
Consegue ultrapassar barreira hematoencefálica e hematoplacentária. 
Apesar de não haver estudos que relacionem efeitos cinéticos com o uso de 
ciclosporina, a nefrotoxicidade aumenta com o uso concomitante dos dois 
fármacos. 
Inibição enzimática CYP2C8 e CYP2C9 culminando com aumento moderado 
da concentração plasmática de: amiodarona, carvedilol, cetamina, fenitoína, 
fluoxetina, glimepirida, glipizida, pioglitazona, propofol, rosiglitazona, 
sertralina, selegilina e varfarina, ou seja, aumenta os efeitos indesejados. 
A associação sulfametoxazol/trimetoprim, competindo com a ligação pela 
albumina, aumenta o nível sérico de várias drogas, entre elas: warfarin; 
metotrexato; clorpropamida; tolbutamida; diuréticos tiazídicos; fenitoína; 
rifampicina – prova 
❖ Fármacos podem ser distribuídos de duas formas: livre solúvel ou 
conjugado a proteínas plasmática, se for livre solúvel seu tempo de 
ação é rápido e curto ex: insulina, já as que se ligam a proteínas vão 
sendo infundida em pequenas doses. 
❖ Como a sulfa faz ligação por competição, ela desloca as drogas que se 
ligam com a albumina e essas ficam soltas, livre solúveis, ou seja, elas 
ficam com um pico de efeito, ação curta e toxicidade maior. 
Podem ter seu nível sérico aumentado por; indometacina; fenilbutazona; 
salicilatos; probenecida; sulfinpirazona (a afinidade desses fármacos é maior, 
eles deslocam a sulfa então ela aumenta os níveis plasmáticos, por 
consequência, seu tempo de ação fica mais rápido e curto e tem mais efeitos 
indesejados). 
Apresentações farmacológicas disponíveis no Brasil 
Uso oral: 
• SMZ/TMP(s): compr 400/80mg - Susp 200/40mg/5ml. 
• SMZ/TMP (d): comp 800/160mg. 
• Sulfasalazina: comp 500mg. 
• Sulfadoxina + pirimetamina (fansidar): compr 500 + 25mg. 
• Sulfadiazina: compr 500mg. 
• Sulfadiazina + trimetoprima: compr 410 + 90mg - Susp 205 + 45mg/5ml. 
Uso endovenoso: 
• SMZ/TMP: ampolas com 400/80mg cada 5ml. 
• Sulfadoxina/pirimetamina: ampolas com 500/25mg. 
 
Uso tópico: 
• Sulfadiazina de prata a 1%: - bisnagas com 15,30 e 50g 
- potes com 100 e 400g 
- creme vaginal com 30g 
Inibidores da síntese de ácido nucleico – Quinolonas. 
Existem várias gerações, com as gerações maiores aumentam seu espectro, 
então pegam mais bactérias. 
Agem na DNA girasse que é uma enzima que enrola o DNA. 
Quinolonas: ác. nalidíxco (1o geração – muito usado em infecção urinária, 
ciprofloxacina, novobiocina). 
Mecanismo de ação 
Atuam sobre a topoisomerase e DNA girase alterando a replicação do DNA 
bacteriano. 
Farmacocinética 
Bem absorvidas por v.o., t ½ varia de 3h (ciprofloxacina) e 10h (perfloxacina), 
concentram-se nos rins, próstata, pulmões e nos fagócitos, a maioria não 
atravessa as barreiras. Essa concentração é importante pois tem um tropismo 
para os locais que estão infectados e uma melhor resposta imune. 
São bacteriostáticas. 
Antiácidos interferem na absorção; biotransformadas no fígado por enzimas 
P450 (embora sejam inibidores desta enzima), são eliminadas na urina. 
Efeitos adversos 
Alterações gastrintestinais, erupções cutâneas, cefaléia e vômitos; podem 
ocorrer interações metabólicas com a teofilina (intoxicação – tem janela 
terapêutica estreita, pode fazer hiperestimulaçao do SNC). 
Indicações terapêuticas 
Amplo espectro, eficaz contra microorganismos Gram – e Gram + e 
organismos resistentes as penicilinas e cefalosporinas. 
Principais indicações 
Infecções do trato urinário, infecções respiratórias por Pseudomonas e H. 
influenzae, prostatite, gonorréia, otite e osteomielite bacilar. 
Principalmente 3o e 4o geração passam a ser uma opção aos resistente beta 
lactâmicos. 
A primeira quinolona não fluorada (ácido nalidíxico) foi obtida durante a 
síntese da cloroquina. 
Atualmente incluem agentes fluorados de amplo espectro: ciprofloxacina , 
levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina, acrosoxacina e pefloxacina; e os de 
menor espectro: ácido nalidíxico e a cinoxacina . 
 
Efeitos colaterais 
Ocorrem de 5 a 10%. 
Sintomas digestivos: náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal. 
SNC: inibição dos receptores gaba, sonolência, insônia, cefaleia, fadiga, 
depressão (mais com a CIPRO). 
Fotossensibilidade: escurecimento da pele (+comum em idosos). 
Hiperssensibilidade: urticaria, eosinofilia, erupção maculopapular, febre. 
Raro: aumento de transaminases, leucopenia, lesão renal. 
Lesão de cartilagem em animais de experimentação (artralgia – suspender o 
uso). 
 
Mecanismo de resistência 
Mutação cromossômica: Alteração nas enzimas-alvo (DNAgirasse e 
topoisomerase IV) e na permeabilidade à droga pela membrana celular 
bacteriana (porinas). 
É possível a existência de um mecanismo que aumentea retirada da droga do 
interior da célula (bomba de efluxo). 
Interações medicamentosas 
Excetuando-se o ciprofloxacino, o uso concomitante com fármacos que 
podem aumentar o intervalo QRST: amiodarona, clorpromazina, 
domperidona, droperidol, macrolídeos, haloperidol, imipramina, indapamida, 
octreotida, quetiapina, tioridazina, voriconazol etc. 
Excetuando-se o moxifloxacino, as quinolonas diminuem a excreção da 
procainamida. 
Excetuando-se o moxifloxacino, as quinolonas são menos absorvidas VO com 
o uso concomitante de sais de cálcio (leite). 
Risco aumentado de convulsões da associação entre derivados da teofilina 
com ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino e ofloxacino. 
Inibem o citocromo P 450 → aumentando a concentração sérica dos fármacos. 
 
**Se liga ao cálcio e diminui sua absorção. 
Inibidores da síntese da parede celular – Beta–lactâmicos. 
A parede celular tem função de permeabilidade, preserva as estruturas 
bacterianas. 
Famílias 
❖ Penicilinas (predominantemente gram+) 
❖ Cefalosporinas 
❖ Carbapenemas 
❖ Monobactâmicos Não clássicos 
❖ Inibidores betalactamases 
Beta lactâcmicos clássicos 
1- Penicilinas 
São bactericidas. 
Penicilinas: Fleming (1928) observou cultura de estafilococos contaminada 
por fungo do gênero penicillium. Em 1941, notáveis efeitos nos seres humanos. 
Antibióticos mais usados devido: 
• Alta eficácia e baixa toxicidade. 
• Todas as penicilinas atravessam a placenta. 
• Aparentemente não teratogênica ao homem. 
Podem ser destruídas por: amidases e ß lactamases (penicilinases). 
Tipos 
• Naturais - benzil fenoximetilpenicilina. 
• Semi-sintéticas –ampicilina, amoxacilina 
• Resistentes a ß lactamase – flucloxacilina. 
• Amplo espectro - ampicilina, amoxicilina. 
• Espectro ampliado- carbenicilina. 
Mecanismos de ação 
Interferem na síntese da parede celular bacteriana, inibem enzima de 
transpeptidização. 
Lisam a bactéria ao inibir um inativador de enzimas autolíticas da parede 
celular, ou seja, essa enzima autolítica fica ativa e destrói essa parede que dá 
a permeabilidade a bactéria (a bactéria tem essa camada permeabilizada por 
fora, mas essa camada tem que sumir na hora de se reproduzir). 
Farmacocinética 
Absorção oral variável, i.v. ou i.m. com ampla distribuição. Insolúveis em 
lipídeos não penetram nas células dos mamíferos nem atravessam barreiras; 
eliminação por secreção tubular com t½ curta. 
Efeitos adversos 
Hipersensibilidade causada pelos metabólitos. 
Superinfecção. 
Indicações terapêuticas 
Isoladas ou em associação, constituem fármaco de escolha na quimioterapia 
bacteriana; exs.: infecções por stafilococos e streptococos; meningite 
bacteriana; endocardite; bronquite; otite; faringite; gonorréia; sífilis; etc. 
Classificação 
As modificações realizadas do 6-APA permitiram a classificação das 
penicilinas nos seguintes grupos: 
I. Penicilinas sensíveis à penililinase (penicilina G, Penicilina V, 
Carbenicilina). 
II. Penicilinas que resistem à penicilinase / beta-lactamases (eticilina, 
nafcilina, oxacilina, dicloxacilina, cloxacilina). 
III. Penicilinas de espectro aumentado: aminopenicilinas ( amoxacilina, 
ampicilina) 
IV. Penicilinas antipseudomonas: carboxipenicilinas (ticarcilina, 
carbenicilina). 
V. Penicilinas de 4 geração: ureidopenicilinas ( azlocilina, mezlocilina, 
piperaciclina). 
 
**Destroem o anel beta lactâmico dos antibióticos. 
 
Penicilina antiestafilocócicas 
Bem efetiva contra microorganismos gram +. 
Resistentes a penicilinases. 
São ácidos e B lactamase resistentes. 
Oque muda são anéis colocados associados ao anel beta lactâmico (estrutura 
presente em todas as penicilinas). 
Aminopenicilinas 
Amoxicilina e ampicilina. 
Pega gram + e pouco -, espectro mais amplo. 
Combate influenza, E. coli, Salmonella, Shigella. 
Ureidopenicilinas 
Pega gram + e – e anaeróbicos. 
Piperacilina + tazobactam. 
Interações medicamentosas 
Probenecida diminui a secreção de penicilina, ou seja, aumenta sua 
concentração plasmática. 
Uricosuricos diminuem a secreção de penicilina também. 
ACO tem seu efeito diminuído com a penicilina. 
Tetraciclinas diminuem ação da penicilina (competem). 
Penicilinas antiestafilocóccicas (interações medicamentosas). 
Vide Penicilinas. 
Penicilinas de espectro expandido interagem quimicamente com 
aminoglicosídeos quando administrados na mesma solução. (interação 
farmacotécnica, não pode por junto na mesma ampola, tem que usar 
vias/dispositivos diferentes. 
Ocorre queda de 50% na T ½ dose dos aminoglicosídeos. 
2- Cefalosporina e cefamicinas 
Isoladas dos fungos Cephalosporium e Streptomyces as semi-sintéticas são 
de amplo espectro, hidrossolúveis e relativamente estáveis em PH ácido 
(segurança em ser administrado por via oral). 
Mecanismo de ação 
Idêntico ao das penicilinas (interferem na síntese do peptídeo da parede 
celular bactéria) ao inibir o inibidor da lise da célula. 
Resistência 
Produção de beta lactamase por estafilococos e bactérias Gram- que 
codificam uma ß lactamase mais ativa na hidrólise das cefalosporinas. 
Classificação 
1a. geração: cefalexina, cefalotina. 
2a. geração: cefuroxima, cefoxitina, cefaclor. 
3a. geração: cefotaxima, ceftriaxona. 
4a. geração: cefepime (>resistência a ß lactamase). 
Farmacocinética 
Algumas administradas por v.o.(cefalexina), a maioria i.m. ou i.v.; ampla 
distribuição, algumas atravessam barreiras (cefoperazona*, ceftriaxona* 
cefotaxima e cefuroxima); eliminação por secreção tubular, *eliminadas na 
bile. 
Utilizadas em grande escala nas sepses. 
Indicações terapêuticas 
Bactérias Gram – e Gram +, septicemia, pneumonia, infecção urinária, 
meningite, sinusite etc. 
Efeitos adversos 
Hipersensibilidade (todos os beta lactâmicos); nefro- toxicidade e intolerância 
ao álcool. 
 
Cefalosporina 1ª e 4ª – interações medicamentosas 
Probenecida diminui secreção de cefalosporinas, fica mais tempo na corrente 
sanguínea e aumenta seus efeitos tóxicos. 
Uricosúricos diminuem secreção de cefalosporinas. 
ACO têm seu efeito diminuído. 
O grupamento n-metil tiotetrazol presente em cefalotina e cefazolina, atua 
como antagonista da vit K (produzida por microorganismo, está no intestino, 
importante para os fatores de coagulação) na síntese de enzimas e proteínas 
cuja vitamina atua como cofator podendo por si só provocar sangramentos e, 
portanto o uso de anticoagulantes de qualquer natureza oferece risco de 
hemorragias. Potencializa muito os anticoagulantes. 
Cefalosporina 2ª e 3 – interações medicamentosas 
Vide cefalosporina 1ª G. 
O grupamento n-metil tiotetrazol presente na cefoxitina atua como antagonista 
da vit K na síntese de enzimas e proteínas cuja vitamina atua como cofator 
podendo por si só provocar sangramentos e, portanto o uso de 
anticoagulantes de qualquer natureza oferece risco de hemorragias. 
Aumenta o risco de hemorragia. 
Cefalosporina de 5 geração - Ceftaroline 
Nova geração ainda não disponível no Brasil. 
Atividade contra estafilococos meticilino-resistente ( MRSA,VISA, VRSA). 
Pouca atividade contra enterococos. 
Sem ação contra pseudomonas. 
Indicação: pele, partes moles e pneumonia. 
 
 
Beta lactâcmicos NÃO clássicos 
Características gerais 
São fármacos que possuem anel beta lactâmico às vezes fundidos com anel 
de 5 ou 6 membros. 
Diferem das cefalosporinas tanto na estrutura química como em propriedades 
biológicas. 
Alguns são obtidos por fermentação e outros por síntese parcial ou total. 
Mecanismo de ação 
Inibição da síntese de parede celular mediada através de sua ligação às 
proteínas ligadoras de penicilina. 
1- Monobactâmicos 
Pegam principalmente os Gram –. 
N. gonorrehea, N. meningitidis, H. influenzae. 
Alternativa a oto e nefrotoxicidade dos aminoglicosídeos. 
Hipersensibilidade: pouca reatividade cruzada alérgica com os demais 
betalactâmicos.➔ Muito útil no tratamento de infecções causadas por microorganismos 
Gram– que normalmente seriam tratadas com um antibiótico beta 
lactâmico se não fosse a história de reação alérgica prévia. 
Efeitos colaterais 
Em geral é bem tolerado. 
Reação local: dor, eritema, flebite (adm iv). 
Superinfecção por gram + (Facilita o aparecimento de Gram+ porque pega 
muito forte os gram –). 
Convulsões, confusão mental. 
Fármacos disponíveis 
Aztreonam: alta resistência as beta lactamases, atua apenas contra 
microorganismo G aeróbio, usado apenas como alternativa aos 
aminoglicosídeos ou cefalosporina da terceira geração, uso restrito aos 
hospitais. 
Quimicamente incompatível com metronidazol e vancomicina quando diluídos 
no mesmo frasco de infusão. 
2- Carbapênicos 
Espectro largo. 
Pegam gram + e –. 
Também pegam anaeróbicos e pseudomoonas SP. 
a- Ertapeném 
Ativo contra G- e G+ aeróbicas e anaeróbicas 
Espectro de ação mais estreito que imipeném e meropeném 
Pouca ou nenhuma atividade contra P. aeruginosa e Acinetobacter. 
Efeitos colaterais 
Agitação, complicações venosas resultantes da infusão, diarréia. 
b- Imipeném + cilastatina 
Antibiótico bactericida de amplo espectro não deve ser associado a outros 
antibióticos. 
Ativo contra grande variedade de bactérias G+ e G-, aeróbio e anaeróbios. 
Mistura no mesmo frasco ou recipientes com aminoglicosídicos pode 
inativar ambos. 
Uso em septicemia e endocardites. 
**Cilastatina 
O imipenem sofre rápida hidrólise por uma desidropeptidase presente 
na borda em escova do túbulo contorcido proximal. 
A cilastatina é um inibidor da desidropeptidase do TCP. 
Quando administrados concomitantemente, cerca de 70% do imipenem 
é recuperado na urina na sua forma ativa, ou seja, sofre reabsorção 
tubular, aumentando muito a meia vida desse fármaco. 
c- Meropeném 
Possui maior resistência a desidropeptidase I renal. 
Maior atividade contra P. aeruginosa e outras bactérias G-. 
Menor atividade pró-convulsionante em relação ao imipeném. 
Microrganismo de crescimento rápido são mortos de 2 a 8 horas. 
Não associar com probenecida (é um glicosúrico): competição pela 
excreção tubular e a probenecida ganha. 
Interações medicamentosas 
Probenecida diminui secreção de carbapênenicos, pois competem pela 
secreção. 
Uricosúricos diminuem secreção de carbapênenicos. 
Imipenem pode aumentar neurotoxicidade da ciclosporina sem mecanismo 
esclarecido. 
3- Inibidores betalactamases 
Associação de penicilina e inibidor de beta lactamase. 
 
Inibi a beta lactamase deixando o antibiótico agir melhor. 
Inibidores da síntese da parede celular – Polipeptídeos/Glicopeptídeos 
Espectro de ação mais voltado aos gram +. 
Características gerais 
Apresentam estrutura polipeptídica geralmente complexa, sendo 
predominantemente cíclica. 
Mecanismo de ação 
Na sua maioria, impedem a formação da parede celular bacteriana. 
Fármacos disponíveis 
1- Bacitracina 
Não é ativa contra P. aeruginosa. 
Altamente nefrotóxica. 
Utilizada por via tópica (por causa da nefrotoxidade) em associação 
(corticosteroides, neomicina ou polimixina) para ampliar o espectro de ação. 
2- Fusafungina 
Exerce atividade estritamente local. 
Utilizado no tratamento de infecções e inflamações do trato superior e dos 
brônquios. 
Forma de aerossol. 
3- Quinupristina + dalfopristina 
Utilizados no tratamento das infecções causadas por enterococcus faecium 
resistentes a vancomicina 
Bacteriostáticos contra enterococcus faecium e bactericidas contra cepas de 
estafilococos tanto sensíveis como resistentes a meticilina. 
Mecanismo de ação - Quinupristina inibe a fase inicial da síntese proteica 
no ribossomo e a dalfopristina inibe a fase final. 
4- Telcoplanina 
Tem duração de ação mais longa e pode ser administrada pelas vias 
intramuscular e intravenosa. 
Utilizada no tratamento das infecções graves causadas por bactérias G+ e 
como alternativa à vancomicina. 
Efeitos adversos - Febre, ototoxicidade, tontura, tromboflebite no local de 
administração 
5- Vancomicina 
Ativa contra cocos gram+ sendo altamente eficaz contra S. aureus e S. 
epidermidis. Atua também contra estreptococos, enterococos, clostridium e 
corynebacterium. 
Não tem atividade contra bacilos gram- e micobactérias. 
Por não apresentar reação química com outros antibióticos, não ocorre 
resistência cruzada. 
É um glicopeptídeo tricíclico produzido pelo Streptococos orientalis. 
Tem grande importância médica. 
Mecanismo de ação 
Bactericida, inibe a síntese da parede celular de bactérias sensíveis; 
resistência dos enterococos decorre da alteração da molécula de D-alanil da 
parede. 
Indicações terapêuticas 
Utilizada para tratamento de infecções graves e resistentes a outros 
antibióticos: osteomielite, endocardite, pneumonia, abcessos. 
Se um indivíduo é resistente a vancomicina ele está em situação grave. 
Farmacocinética 
Administração i.v. por infusão lenta (60 mins); t½ de 6hs., ampla distribuição, 
30% ligada a proteínas plasmáticas; excreção glomerular. 
Efeitos adversos 
Hipersensibilidade; flebite; infusão venosa rápida pode causar síndrome do 
pescoço vermelho (lib. histamina, prurido, angioedema, eritema, congestão e 
raramente choque); urticária; hipotensão; taquicardia; leucopenia; eosinofilia; 
ototoxicidade e principalmente nefrotoxicidade. 
Faz o ajuste da dose pelo clearence renal. 
Interações medicamentosas 
Reação sinérgica à nefro e ototoxicidade quando utilizados polipeptídeos com 
aminoglicosídeos. (1+1=10, muito potencializado) 
Sem mecanismo definido, pode ocorrer um aumento na T ½ de diversos 
AINEs na quando associado o uso de Vancomicina, portanto podendo 
aumentar seus efeitos tóxicos. 
Reação sinérgica à atividade antimicrobiana quando comparada com o uso 
isolado de aminoglicosídeos e Vancomicina. 
Nefro e ototoxicidade quando uso conjunto (a investigar): Polimixina, 
anfotericina, cefalosporinas, platinas e mostardas. 
Diminuição da atividade intrínseca de digitálicos (a investigar).

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