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Tratamento da Hipertensão

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Anti hipertensivo
parte II
Professora Cristiane Paiva 
Tratamento da hipertensão
- Antagonista beta adrenérgico (metoprolol, atenolol)
- Antagonista alfa adrenérgicos (prazosina, terazosina, doxazosina,
fentolamina)
- Antagonista adrenérgico misto (labetalol, carvedilol)
- Agentes de ação central (metildopa, clonidina)
- Modulação do tônus do músculo vascular liso – bloqueadores do canal de
cálcio (verapamil, diltiazem, nifedipina, anlodipina.
- Bloqueadores do canal de potássio (hidralazina)
- Inibição dos reguladores neuro-humorais da circulação (inibidores da ECA,
antagonistas dos receptores de angiotensina II).
Receptores Adrenérgicos
Regulação do Tônus Simpático
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
Ex.: metoprolol, propranolol, atenolol
Ações: 
1) inibição dos receptores β pré-sinápticos → < liberação de Noradrenalina : 
diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas 
2) ↓ produção de renina 
3) ↓ débito cardíaco 
4) modulação da regulação da PA no SNC 
5) readaptação dos barorreceptores → < influxo eferente simpático. 
Regulação do Tônus Simpático
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
- Diferentes subtipos de receptores: β1, β2 e β3.
-Receptores β1: Aumento do débito cardíaco, por aumento da frequência
cardíaca e do volume ejetado em cada batimento. Liberação de renina nas
células justaglomerulares.
Regulação do Tônus Simpático
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
- Receptores β2: são predominantes nos músculos lisos e causam o
relaxamento visceral.
Funções conhecidas: relaxamento da musculatura lisa, por exemplo, nos
brônquios; relaxamento gastrintestinal, do esfíncter urinário, e do útero
gravídico; relaxamento da parede da bexiga; dilatação das artérias do músculo
esquelético; glicogenólise e gliconeogênese; aumento da secreção das
glândulas salivares; inibição da liberação de histamina dos
mastócitos; aumento da secreção de renina dos rins.
Regulação do Tônus Simpático
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
- Receptores β3: receptores adrenérgicos que causam efeitos metabólicos,
nos quais as ações específicas incluem, a estimulação da lipólise do tecido
adiposo.
Os betabloqueadores podem ser diferenciados em três categorias de acordo
com a seletividade .
a) Não seletivos: bloqueiam tantos os receptores adrenérgicos β1 quanto os
β2.
b) Cardiosseletivos: bloqueiam apenas os receptores β1 adrenérgicos,
portanto, sem os efeitos de bloqueio periférico indesejáveis.
Obs.: Em doses muito altas podem também ter ação nos receptores β2 .
c) Ação vasodilatadora: antagonismo ao receptor alfa-1 periférico.
Indicação
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
- HA com estresse, ansiedade
- Hipertensão em jovens
- Coronariopatia
- Taquicardia
- Tremor essencial
- Enxaqueca
- IAM
Mecanismo de ação antagonista β1
Contra indicação
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
a) Asma Brônquica – ICC – Choque Cardiogênico – Bradicardias
b) Não usar com Verapamil
c) Usar com cuidado no diabetes – mascaramento da hipoglicemia
Efeitos Colaterais Metabólicos:
↑ triglicérides
↓ HDL
Outros: ↓ tolerância ao exercício, insônia, fadiga, bradicardia, depressão,
disfunção sexual.
Vantagens
Antagonistas dos receptores β adrenérgicos
Eficácia comprovada
Prevenção secundária do IAM
Preço acessível
Boa tolerabilidade
Classificação - seletividade
Agonista dos Receptores Adrenérgicos
Vasodilatadores diretos
Atua diretamente nos vasos sanguíneos, dilatando.
Hidralazina – tem ação direta sobre a musculatura lisa dos vasos de
resistência.
• Produz vasodilatação, queda da resistência periférica e redução da PA.
• Conseqüência: liberação de catecolaminas, de renina e taquicardia reflexa.
Obs.: Geralmente utilizada como droga de 2a ou 3a escolha associada à
diurético ou β-bloqueador.
VASODILATADORES
HIDRALAZINA
• Relaxamento direto da musculatura somente arteriolar = ¯ RVP = ¯ PA:
ü Usos terapêuticos: 
• Uso na hipertensão grave em combinação com outro anti-hipertensivo
• Mulheres com hipertensão gravídica
ü Farmacocinética: 
Rapidamente absorvida via oral, Metabolismo 1ª passagem (Hepático)
Biod. 25 %, T1/2= 2-4h, Administrado 2 ou 3 vezes ao dia
ü Reações adversas: Cefaleia, náusea, anorexia, palpitações, sudorese, rubor. Em altas doses, 
síndrome semelhante ao Lúpus (artralgia, mialgia, erupções cutâneas, febre)
USO LIMITADO: Ativação simpática reflexa (Taquicardia) e retenção de líquidos
Usar em associação com um β-Bloqueador ou Diurético
Última linha de tratamento: 
quando o paciente não 
responde a nenhuma outra
NO Guanilil
Ciclase
¯ Ca2+ citoplasmático = Relaxamento 
de arteríolas e vênulas, reduzindo a 
pré- e pós- carga
­ GMPc
+
Vasodilatadores diretos
Minoxidil – ação direta sobre a musculatura lisa dos vasos de resistência,
modulando os canais de K+ na musculatura lisa dos vasos.
Obs.: É mais potente que a hidralazina.
É droga de 4a escolha em hipertensão severa.
Utilizado associado a outras drogas, principalmente simpatolíticos e
diuréticos.
Mecanismo de ação dos vasodilatadores direto
Outros vasodilatadores diretos
Venodilatadores: nitroglicerina
Ação mista: nitroprussiato de sódio
Contra indicação:
- Insuficiência Coronária
- Enxaqueca
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO
• Dilatação arteriolar e venosa: ↓RVS e retorno venoso
• Liberação de Óxido Nítrico (NO) = Vasodilatação
ü Farmacocinética:
• Administrado por Infusão venosa
• É metabolizado pelo musculo liso com liberação de cianetos e
em seguida de NO à Uso máximo 24 horas (Toxicidade por
cianeto: Anorexia, náuseas, fadiga, desorientação e psicose tóxica.)
• Curta duração 1-10min
ü Indicação: Emergências hipertensivas (Encefalopatia
hipertensiva), IC grave
ü Efeitos adversos: Hipotensão severa e intoxicação por cianeto
VASODILATADORES
Prevenção de 
fotodesativação
CN CN
CN CN
Fe
NO
CN
- -
--
++
-
+
VASODILATADORES
MINOXIDIL
• Dilatação arterial, mais eficaz que a Hidralazina
• Abertura de canais de K+ = Promove Hiperpolarização e retarda a despolarização no músculo liso e 
cardíaco = Promove a Vasodilatação e o relaxamento da musculatura vascular lisa ¯ RVP ® ¯ PA
ü Farmacocinética:
• Abs. V.O., T1/2= 4h, porém a sua duração de ação é de 24 horas ou mais
• Pró-fármaco: Adm. 1 vez ao dia (metabólito ativo com T1/2 mais longa)
ü Efeitos Adversos: Taquicardia, angina, edema, cefaleia, sudorese, hipertricose
ü Indicação: 
• USO LIMITADO: Terapia para HAS severa, com danos e quando não respondem a outros fármacos
• Insuficiência renal
• Uso tópico para tratamento da cálvice
Uso na hipertensão grave em combinação com outros anti-hipertensivos 
(β-Bloqueador ou Diuréticos de Alça)
VASODILATADORES
DIAZÓXIDO
• Mesmo mecanismo Minoxidil: Abertura de canais de K+ = ¯ RVP ® ¯ PA
ü Farmacocinética:
• Administrado por via parenteral (bolus ou infusão intravenosa)
• Ligação extensa a albumina sérica e tecidos; t ½ 24h
• Efeitos duram várias horas 4-12h, risco do uso. 
ü Indicação: 
• Emergências hipertensivas
• Tratamento da eclampsia: Relaxa a musculatura uterina, e interrompe o trabalho de parto
ü Efeitos Adversos: 
• Hipotensão: Resposta SNS à Isquemia IM, AVE.
• Retenção de sal e água: uso rápido 
Simpaticolíticos de ação central
Fármacos
Alfa-Metildopa:
Por ação da DOPA descarboxilase transforma-se em alfa metilnoradrenalina
que atua no SNC.
Atuação em receptores α 2 adrenérgicos inibindo o efluxo neuronal
adrenérgico do tronco cerebral
Obs.: este efeito o principal responsável por sua ação anti-hipertensiva.
Simpaticolíticos de ação central
Fármacos
Clonidina / Guanabenzo / Guanfacina
Atuam como agonistas α 2 adrenérgicos no tronco cerebral reduzindo o efluxo
simpático do SNC
*O efeito hipotensivo está diretamente relacionado à redução plasmática de
catecolaminas.
Metildopa 
Clonidina
Receptores 
α2-adrenérgicos
(Bulbo)
ESTIMULAM
¯ Descarga dos nervos 
simpáticos = ¯ NE = 
Promovendo 
VASODILATAÇÃO
¯ P.A.
METILDOPA, CLONIDINA
MOXONIDINA
FÁRMACOS DE AÇÃO CENTRAL
- Ação Farmacológica: Agonista a2 (Inibiçãosimpática central): ↓PA, ↓DC, ↓RVS
ü Farmacocinética:
• Absorvidos VO, lipossolúvel à Atua no SNC
• Duração de ação: 24 horas (Administração 1 ou 2 vezes/dia)
- Uso terapêutico: Anti-hipertensivo na gravidez
• Precursor de falso transmissor (metil-norepinefrina) que ativa os receptores α2 e reduzir a
PA (Semelhante ao mecanismo da Clonidina)
• Reações adversas (Muitos efeitos – Tratamento à longo prazo intolerável em adultos):
Hipotensão postural e HAS de rebote (Clonidina), sonolência, cansaço, depressão,
pesadelos, reações de sensibilidade, ginecomastia e anemia hemolítica auto-imune .
Simpaticolíticos de ação central
Efeitos colaterais
Metildopa = sedação, sonolência, ressecamento da boca, ↓ libido.
Pode precipitar bradicardia em pacientes com disfunção do nó sinusal.
Clonidina / Guanabenzo / Guanfacina = sedação, boca seca, impotência,
tonturas.
Obs.: A interrupção súbita causa síndrome de abstinência ⎯ efeito rebote
(cefaléia, apreensão, tremores, sudorese, taquicardia e elevação da PA).
Simpaticolíticos de ação central
Vantagens
- Boa experiência mundial.
- Alfa-Metildopa pode ser usada na gravidez.
- Essas drogas devem ser associadas a diuréticos, especialmente a
metildopa.
Desvantagens
- Menor eficiência como monoterapia.
- Efeito rebote da clonidina
Simpatolíticos de ação periférica (bloqueadores de receptores alfa-
adrenérgicos)
São drogas que bloqueiam a ativação dos receptores α1 periféricos pós
sinápticos pela Noradrenalina causando dilatação nos vasos de resistência e
capacitância.
Ocasiona queda da resistência periférica sem grandes mudanças no débito
cardíaco.
• Bloqueio de receptores adrenérgicos a-1 na musculatura lisa vascular:
- Promove vasodilatação arterial e venosa = ↓RVP = ↓ retorno venoso = ↓ PA
Seletivos a-1 seletivos: Prazosina (Menos Taquicardia reflexa – Ação Curta), Terazosina, Doxazosina
(Ação de longa duração)
Não-seletivos (a-1 e a-2) – Longa duração: Fentolamina e Fenoxibenzamina (Não são utilizados em
tratamento a longo prazo de hipertensão, visto que seu uso prolongado pode resultar em respostas
compensatórias excessivas)
PRAZOSINA*, TERAZOSINA*, 
DOXAZOSINA
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES α-ADRENÉRGICOS
O bloqueio concomitante dos receptores α2 tende a ↑ a liberação de NA, fato que 
potencializa a Taquicardia reflexa
Uso da fenoxibenzamina (bloqueio α1/α2 irreversível) no Feocromocitoma 
(Tumor secretor de catecolaminas)
DESUSO NA HA
ü Indicação:
• HA em associação com diuréticos e β- bloqueadores (Não recomendados como monoterapia)
• Tansulosina (α1A): Pacientes hipertensos com Hiperplasia prostática: (relaxamento do esfíncter da 
bexiga e uretral) alívio dos sintomas obstrutivos
• Efeito na hipertrofia ventricular
ü Efeitos adversos: 
• Hipotensão postural: Prazosina - “Efeito de primeira dose” 30-90 min
• Taquicardia reflexa (Não-seletivos)
• Cefaleia, tontura e náusea, boca seca (α2 SNS)
• Insuficiência cardíaca congestiva
• Incontinência urinária em mulheres
PRAZOSINA, TERAZOSINA, 
DOXAZOSINA
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES α-ADRENÉRGICOS
Simpatolíticos de ação periférica (bloqueadores de receptores alfa-
adrenérgicos)
Efeitos Colaterais: Cefaléia, fraqueza, tontura, palpitações, hipotensão postural
(geralmente nas 1as doses)
Vantagens: Bom perfil hemodinâmico, ↑ níveis de HDL-Colesterol, não
apresentam alterações metabólicas adversas
Desvantagens: Taquifilaxia
Bloqueadores dos canais de cálcio
Mecanismo de ação
Impedem a captação de cálcio do meio extracelular e também a liberação do
cálcio das organelas intracelulares.
Diminuição do cálcio citosólico com menor ligação Ca++ / calmodulina ⎯
conseqüente relaxamento da musculatura lisa dos vasos e dilatação das
arteríolas, redução da resistência periférica e queda da pressão arterial.
BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca2+
- São divididos de acordo com suas características químicas: 
• Diidropiridinas (Núcleo de Piridina): Nifedipina (Adalat®), Anlodipina (Nicord®), 
Nimodipina (Noodipina®)
• Não possuem o núcleo de Piridina: Verapamil (Dilacoron®) e Diltiazem (Cardizem®)
Vasoseletivos
Cardiosseletivos
Diferem em seletividade para o canal de cálcio na 
musculatura lisa vascular e tecidos cardíacos
Nifedipina, Anlodipina, Nimodipina, 
Verapamil, Diltiazem
Bloqueiam canais de Ca2+ tipo L voltagem-dependente na musculatura lisa 
vascular ® Relaxamento, ↓ RVP e o Débito Cardíaco, Reduzindo a PA
Reduzem o influxo de Ca2+ nos cardiomiócitos = Reduz a contratilidade
Efeitos anti-anginosos e antiarrítmicos e anti-hipertensivos
VASODILATAÇÃO 
(ARTERÍOLAS 
PERIFÉRICAS E 
ARTÉRIAS 
CORONÁRIAS)
DEPRESSÃO DA 
CONTRATILIDADE 
CARDÍACA
DEPRESSÃO DA 
AUTOMATICIDADE 
(NÓ SA)
DEPRESSÃO DA 
CONDUÇÃO (NÓ AV)
Nifedipino 5 1 1 0
Diltiazem 3 2 5 4
Verapamil 4 4 5 5
Os efeitos das três classes diferentes de bloqueadores dos canais de Ca2+ sobre o tônus vascular, a 
contratilidade cardíaca, a frequência cardíaca e a condução do nó AV são graduados de 0 a 5. 0 = 
ausência de efeito; 5 = efeito significativo. Observe que nifedipino é o fármaco mais seletivo para 
vasodilatação periférica, enquanto diltiazem e verapamil apresentam efeitos mais seletivos sobre o 
coração.
SELETIVIDADE DOS BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CA2+
Força Frequência Velocidade
Bloqueadores dos canais de cálcio
Vantagens
Reduzem a pressão arterial sem interferir com a função renal.
Não causam retenção de sódio, têm ação natriurética.
Não causam aumento de lipídeos, da glicemia e do ácido úrico.
Principais indicações
- Hipertensão Sistólica isolada do idoso
- Angina de Peito
BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca2+
ü Farmacocinética:
• Nifedipina: Biod. oral de 45-70%, T1/2= 4 h, Metabolização hepática
Apenas a nifedipina de liberação prolongada está aprovado para a hipertensão.
• Anlodipina: Biod. oral de 65-90%, T1/2= 30-50 h, Metabolização hepática
Administração 1X ao dia – Adequado para uso crônico
• Verapamil e Diltiazem: Biod. oral de 20-65%, T1/2= 4-6 h (Não são anti-hipertensivos de 1º Escolha)
Alto metabolismo de primeira passagem (Hepático) – Usado IV
Maior efeito cardíaco: Reduz as demandas de O2 pelo miocárdio
Nifedipina, Anlodipina, Nimodipina, 
Verapamil, Diltiazem
Excelente ação na população negra – Eficácia superior aos iECA e b-Bloqueadores.
BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca2+
ü Indicações terapêuticas:
- Hipertensão (Vasoseletivos: Preferidos em monoterapia na hipertensão leve)
- Em adição aos β-bloqueadores (pacientes com hipertensão severa ou moderada).
- Angina (Obstrução das artérias coronárias)
- Arritmias (Somente o Verapamil e o Diltiazem) 
ü Contra-indicações: Insuficiência cardíaca (Pode inibir ainda mais)
ü Interações farmacológicas: 
• Cimetidina (Antagonista de receptor H2): São inibidores enzimáticos da enzima que 
metaboliza os Bloqueadores de Canais de Ca2+ = Pode promover a competição e o acúmulo
• Betabloqueadores + Cardiosseletivos (Potencializam a inibição da função cardíaca)
Nifedipina, Anlodipina, Nimodipina, 
Verapamil, Diltiazem
BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca2+
VERAPAMIL DILTIAZEM NIFEDIPINA
Taquicardia 0 0 +
Bradicardia + + 0
Depressão da condução +++ ++ 0
Efeito inotrópico negativo ++ + 0
Rubor, edema, hipotensão e cefaleia + + +++
Constipação, náusea ++ + +
ü Reações Adversas:
• Alteração da função cardíaca, hipotensão, tontura, cefaleia, edema periférico, 
rubor, nervosismo, náuseas, constipação (Relacionados à vasodilatação)
• Broncodilatação à Benefício em pacientes asmáticos
Nifedipina, Anlodipina, Nimodipina, 
Verapamil, Diltiazem
Não afetam as concentrações plasmáticas de colesterol e triglicerídeos
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina
Na década de 1960, Ferreira e colaboradores constataram que o extrato 
do veneno da jararaca-da-mata (Bothrops jararaca) continha fatores que 
promoviam as respostas vasodilatadoras
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina
Mecanismo de Ação
Inibe a enzima que converte a Angiotensina I em Angiotensina II:
↓ a PA e ↑ bradicinina (Vasodilatação)
Dilatação de arteríolas® ↓RVP, ↓PA
• Inibição da secreção de Aldosterona = Contribui para o efeito anti-hipertensivo dos iECA
Aumento da natriurese (Excreção de Na+)
Diminuição da liberação da noradrenalina ® Redução da atividade simpática (Não se associa com
taquicardia reflexa)
Influencia no remodelamento arteriolar e do ventrículo esquerdo, o que se ser importante na
patogênese da Hipertensão Essencial no estado pós-IAM.
Mediadora 
Vasodilatadora
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
ECA:
Regula o balanço entre Bradicinina 
(vasodilatação, natriurese) e 
Angiotensina II 
(vasoconstrição, retenção de Na+)
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina
ü CAPTOPRIL:
Biodisponibilidade de 70 % após Adm. V.O. (em jejum) – O alimento ↓ Biodisponibilidade
Metabolização hepática, Eliminação renal
Não atravessa a BHE
T1/2= 3 h, Adm. 2 ou 3 vezes ao dia (Bastante uso na prática clínica)
ü ENALAPRIL:
Adm. V.O., T1/2= 2h
Pró-fármaco: Enalapril (T1/2= 25 h) 
Metabólito ativo (Necessita de metabolização): Enalaprilat – Adm. 1 ou 2 X ao dia – Não é 
inativado por alimento e ↑ T1/2
ü LISINOPRIL:
Análogo do Enalaprilat
Adm. V.O. Absorção lenta, T1/2= 12 h, Adm. 1 vez ao dia – Biodisponibilidade não afetada por 
alimento
ü Indicação:
• Hipertensão arterial (Entre os fármacos de primeira escolha)
• Insuficiência Cardíaca e pode limitar a extensão do infarto do miocárdio
• Maior eficácia na redução de hipertrofia ventricular esquerda (HVE)
• Rigidez vascular, melhorando a disfunção endotelial
• Indicados para pacientes com diabetes (Efeito favorável na progressão da nefropatia Diabética)
ü Efeitos adversos (bem tolerados):
• Tosse seca (incidência de até 30 %) – Pode ser reduzido com outros fármacos, sibilos e angioedema
• Hipotensão na primeira dose, hiperpotassemia (raro), insuficiência renal aguda, alteração do
paladar, erupções cutâneas alérgicas, prurido (↑ concentrações de cininas: Reações de urticária e
edema angioneurótico)
ü Contraindicação na gravidez: Injúria fetal e malformação craniofacial
INIBIDORES DA ECA Captopril, Enalapril, Lisinopril, 
Ramipril, Fosinopril
Útil para contrabalançar a redução no potássio plasmático causada pelos diuréticos tiazídicos.
iECA interrompem o aumento da atividade da renina plasmática induzido pelos 
diuréticos (Tiazídico) e aumento do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina
Efeitos Colaterais
- Tosse – 5 a 8 % dos casos
- Tosse seca geralmente noturna ( devido ao acúmulo de bradicinina nas vias
aéreas)
- Hipercalemia (quando existe insuficiência renal)
- Urticária
Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina
Vantagens
- Bom perfil hemodinâmico
- Boa tolerabilidade
- Eficazes na proteção renal, principalmente em diabéticos
Desvantagens
- Tosse
- Hipercalemia
- Contra-indicação absoluta na gestação
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II 
OU
BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE AT1 (BRA)
Losartan (Cozaar®), Valsartan (Diovan®), Candersatan (Atacand®), Irbesartan
(Aprovel®), Telmersatan (Micardis®)
Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II
LOSARTAM
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II 
OU BRA Losartan, Valsartan, Candersatan, 
Irbesartan, Telmersatan
Bloqueadores AT1 não bloqueiam 
receptores AT2, que acabam 
ficando expostos a uma maior 
concentração de Angiotensina II
(AT2 promovem efeitos 
antagonistas às do Receptor AT1)
Angiotensinogênio (Secretado pelo fígado)
Angiotensina I
Angiotensina II 
(Vasoconstritor ativo)
Renina (Secretada pelo rim)
Enzima conversora de angiotensina (ECA)
(Expressa no endotélio pulmonar)
AT1 AT2
(Presente no músculo liso vascular)
Ativação da Proteína Gq = ↑Ca2+ = 
Contração = Vasoconstrição 
↑ Liberação de Aldosterona nos ductos coletores 
(↑ Reabsorção de Na+ e H20 e Liberação de NE 
dos terminais nervosos simpáticos)
Promove a Elevação da PA
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA
Losartan, Valsartan, Candersatan, 
Irbesartan, Telmersatan
ü Mecanismo de ação:
Bloqueadores dos receptores AT1 (Inibidores competitivos da Angiotensina II)
• ↓ PA como os iECA e têm a vantagem de promover menor incidência de efeitos adversos
resultantes do acúmulo de bradicinina (tosse, edema) pelos iECA.
• Efeitos potencializados por ativação de AT2
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II OU BRA
AT2
Vasodilatador
Mas a AngII tem menor afinidade
Mecanismo de ação
ü LOSARTAN:
Adm. V.O. com rápida absorção, metabolismo hepático. Excreção renal e hepática
Pró-fármaco: Metabólito ativo e mais potente – meia-vida prolongada
Administrado 1 vez ao dia – T1/2: 9h
Inibe o TXA2 ↓ Agregação plaquetária
ü VALSARTAN:
Ativo VO, Absorção lenta com alimentos, Cp 2-4 h, T½ 9h
Depuração hepática (reduzida pela insuficiência hepática)
ü CANDESARTAN: 
Pro-fármaco VO, Ativo no TGI, Biodisponibilidade baixa, Cp 3-4h, T1/2 9h, Depuração renal e biliar
ü IRBESARTANA: 
Ativo VO, Cp 1,5h a 2h; T1/2 11-15h. 
Metabolismo hepático, excreção renal e biliar. 
Losartan, Valsartan, Candersatan, 
Irbesartan, Telmersatan
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II OU BRA
ü Indicação:
• Todos são aprovados para Hipertensão
• Insuficiência renal aguda
• Efeito Renoprotetor no DM tipo 2 (Drogas de escolha para diabéticos)
• Recomendações atuais: Iniciar com iECA para insuficiência cardíaca e caso não respondam
bem, trocar para os Antagonistas de Receptores de Angiotensina
ü Efeitos adversos:
• Hiperpotassemia (Semelhante aos iECAs)
• Hipotensão / Aumentam efeito de outros anti-hipertensivos
• Causam toxicidade renal e fetal (como os iECA)
- Estas drogas reduzem os níveis de aldosterona e causa acúmulo de potássio (podendo
gerar níveis tóxicos – perigoso em pacientes com insuficiência renal).
ü Contraindicação na gravidez: Toxicidade renal fetal
ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II OU BRA
Losartan, Valsartan, Candersatan, 
Irbesartan, Telmersatan
A combinação de um IECA e um bloqueador do receptor AT1 não é recomendada
ü Mecanismo de ação:
• Promove a inibição direta da ação da renina com consequente diminuição da formação de
angiotensina II
ü Farmacocinética
• Biodisponibilidade 2,5% com diminuição da absorção com alimentos
• Alta afinidade e alta potência, meia vida 20-45 horas
ü Efeitos Adversos:
• Apresentam boa tolerabilidade
• Diarreia (especialmente com doses elevadas, acima de 300 mg/dia), dor abdominal
• Tosse
ü Seu uso é contraindicado na gravidez.
INIBIDOR DIRETOS DA RENINA
Alisquireno
Pode ser usado no tratamento da hipertensão em monoterapia 
ou em associação com hidroclorotiazida (Tiazídico) – Rasilez HCT.
INIBIDORES DO SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA (SRRA) 
E O CORONAVIRUS
ACE2 
(Enzima conversora da angiotensina 2)
INIBIDORES DO SRA E O CORONAVIRUS
INIBIDORES DO SRA E O CORONAVIRUS
‘Angiotensin-Converting Enzyme inhibitors’, 
‘Angiotensin Receptor Blockers’
Mecanismo de ação
DIURÉTICOS SIMPATICOLÍTICOS VASODILATADORES
BLOQUEADORES DO 
SISTEMA RENINA-
ANGIOTENSINA
Diuréticos tiazídicos 
Hidroclorotiazida 
(Trocador Na+/Cl)
β-Bloqueador
Propanolol / 
Atenolol
Bloqueadores dos 
canais de Ca2+
Nifedipina
Verapamil 
Diltiazen
Inibidores da ECA
Captopril
Enalapril
(Causam tosse)
Diuréticos de alça
Furosemida (Trocador 
Na+/K+/2Cl-)
α1-Bloqueador
Prazosina
Vasodilatadores
Minoxidil
Hidralazina
Antagonistas dos Receptores 
de Angiotensina II (AT1)
Losartan
Diuréticos poupadores 
de K+ 
Espironolactona 
(Antagonista 
aldosterona);
Triantereno e Amilorida 
(Bloqueadores Na+) 
Agonista dos 
receptores α2-
adrenérgicos 
Metildopa, 
Clonidina
Moxonidina
Inibidor direto da Renina
Alisquireno
RESUMO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
RESUMO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
RESUMO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
RESUMO FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS
FONTE: Sociedade 
Brasileira de 
Cardiologia. 7ª 
Diretriz Brasileira 
de Hipertensão 
Arterial, 2016.
TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL 
DEVE SER INDIVIDUALIZADO PARA A CONDIÇÃO DE CADA PACIENTE
O agente ideal é aquele que reduz a pressãoarterial 
para a faixa ótima com o mínimo de efeitos adversos.
CASO CLINICO ANTI-HIPERTENSIVOS-
G.A.R, sexo masculino, 62 anos de idade chega a unidade de saúde de Goiabeiras (Vitória/ES)
para consulta agendada. Relata que tinha plano de saúde e o médico anterior solicitou vários
exames. Não apresenta história de comorbidades prévias e histórico família de hipertensão
arterial sistêmica, mas é tabagista. No momento, encontra-se assintomático, com pressão
arterial em consultório de 145 x 95 mmHg. Exame físico sem alterações. Exames
complementares revelaram os seguintes resultados: colesterol total = 190 mg/dL; LDL =
95mg/dL; triglicerídeos = 165 mg/dL; hemoglobina glicada = 7,2%.
Paciente foi classificado como HAS Estágio 1 e o médico orientou mudanças no estilo de vida
associado ao tratamento farmacológico utilizando Anlodipina 5 mg, 1 comprimido por dia.
Poucos dias depois, G.A.R. volta para nova avaliação e seu clínico percebe que paciente não
está bem controlado, apresentando uma PA de 158 x 99 mmHg, e decide aumentar a dose
de Anlodipina para 10 mg/dia. Ocorrem rubor, tonteira e nervosismo logo após a utilização
do medicamento (<30 min) e esses sintomas persistem durante cerca de 1 hora. O clínico
então opta por substituir a Anlodipina por Captopril 25 mg, porém, apresentou novos efeitos
adversos como erupção cutânea e tosse. Por fim, o clínico afere novamente a pressão
arterial do paciente, que agora está elevada (PA = 165 x 100 mmHg), e decide substituir o
Captopril por Hidroclorotiazida e Verapamil.
1. Explique o mecanismo de ação de todas as drogas anti-hipertensivas utilizadas por este
paciente.
2. Explique o aparecimento de rubor e tonteira relacionada na consulta de
acompanhamento
3. Explique o aparecimento de erupção cutânea e tosse após a troca da medicação. 74
1. Homem de 48 anos realiza tratamento para hipertensão arterial com uso de
diurético tiazídico. A inclusão de espironolactona ao diurético tiazídico é feita para
alcançar qual das seguintes opções?
a. Reduzir hiperuricemia
b. Reduzir perda de Mg+
c. Diminuir perda de Na+
d. Reduzir perda de K+
2. Uma mulher de 50 anos de idade tem diabetes tipo II há 20 anos. Sabe-se que ela
tem hipertensão com pressão alta na faixa de 150/94. O exame de urina mostra
proteinúria leve. Qual dos seguintes fármacos seria o melhor para tratar a
hipertensão nessa paciente?
a. Enalapril
b. Propanolol
c. Hidroclorotiazida
d. Nifedipina
EXERCÍCIOS – ANTI-HIPERTENSIVOS
1. Letra D. A espironolactona é um diurético “poupador de potássio”, que reduz a excreção de
K+ no ducto coletor. Ela diminui os efeitos de perda de K+ dos diuréticos tiazídicos.
2. Letra A. Inibidores da ECA como Enalapril, demonstraram reduzir a perda da função renal
que é frequentemente observada em pacientes diabéticos. O betabloqueador não seletivo,
propranolol, pioraria o diabetes devido a diminuição na produção de insulina relacionada a
inibição da atividade β2 pancreática.
GABARITO EXERCÍCIOS – ANTI-HIPERTENSIVOS
Referências
BRUNTON, L.L.; HILAL-DANDAN, R; KNOLLMAN, B. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de
Goodman & Gilman. 13ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2019.
GOLAN, D. E.; TASHJIAN, A.H.; ARMSTRONG, E.J. Princípios de farmacologia: a base
fisiopatológica da farmacoterapia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.
LÜLLMANN, H.; MOHR, K.; HEIN, L. Farmacologia: texto e atlas. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed,
2017.
KATZUNG, B.G.; TREVOR, A.J. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.
RANG, H. P. et al. Rang & Dale Farmacologia. 8ª. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
Rev. dor vol.15 no.3 São Paulo July/Sept. 2014
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed,
2016.

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