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BIOLOGIA DOS FUNGOS

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Biologia dos fungos
O QUE É UM FUNGO?
São organismos heterotróficos, eucarióticos e não móveis. Podem ser saprófritas (digerem matéria orgânica morte e dejetos orgânicos) / simbiontes/ comensais/ parasitas (obtêm nutrientes dos tecidos de outros organismos). 
Aclorofilados; Aeróbios. 
CÉLULA FÚNGICA 
A maioria dos fungos, tais como bolores e os cogumelos, é multicelular, mas as leveduras são unicelulares. É constituída pelos principais componentes encontrado em organismos eucarióticos. 
Parede celular – é responsável pela rigidez da célula fúngica. É formada basicamente por quitinas, mananas, proteínas, glucanas e lipídios (alguns contem celulose, mas a maioria é quitina). Pode apresentar variações na composição dependendo da espécie e da idade do fungo, da composição do substrato de crescimento, do pH e da temperatura. 
Membrana plasmática- responsável pelo contato do meio externo e interno da célula (sistema de vacúolos e vesículas). Contém esteróis na forma de ergosterol (sitio de ação antifúngica). 
Citoplasma – a principal substância de reversa de energia é o glicogênio. As mitocôndrias responsáveis pelo mecanismo energético - contém DNA, e dependo do grupo, pode ter várias formas, tamanho e relações diferentes. Aparelho de golgi e reticulo endoplasmático. 
MORFOLOGIA DOS FUNGOS 
A identificação das espécies de fungos é realizada considerando as características morfológicas. A identificação de um patógeno é necessária para o tratamento adequado da doença e para prevenir disseminação. 
Os fungos, incluem, basicamente, as leveduras, os bolores ou morfos (são microscópicos), os cogumelos, as orelhas de pau (são macroscópicos). 
O corpo ou estrutura vegetativa de fungo é designado de talo. 
O talo varia (complexidade e tamanho):
- Multicelular (ex. bolores), macroscópico (ex. cogumelos) ou
- Unicelular e microscópico (ex. leveduras)
A identificação das leveduras envolve testes bioquímicos. Entretanto, fungos multicelulares são identificados considerado seu aspecto, incluindo características da colônia e dos esporos reprodutivos. 
LEVEDURAS
São unicelulares, não filamentosos, esferoidais ou ovais e podem se reproduzir assexuada ou sexuadamente. São encontradas como um pó branco cobrindo frutas e folhas. 
Reprodução assexuada: 
Cissiparidade ou divisão direta – o núcleo das células se divide em dois, por amitose, e um septo divide a célula original em duas células filhas exatamente iguais à célula de origem. 
Brotamento ou gemulação – a célula parental forma um broto na sua superfície externa. O núcleo da célula parental se divide, por amitose, e um dos núcleos migra para o broto. 
(pseudo-hifas ou pseudomicélio filamentoso– leveduras produzem brotos que não se separam uns dos outros e formam uma pequena cadeia de células. Ex. Candida) 
Algumas leveduras se reproduzem por processo sexuado, dando-se também por processo sexuado, dando-se a fusão celular de duas células compatíveis (plasmogamia) e posterior fusão nuclear (cariogamia) seguida de meiose, como ocorre Saccharomyces cerevisiae.
Em meios de culturas, apresentam colônias pastosas ou cremosas, de cor branca, creme, rosa, laranja ou preta, dependo da espécie. 
São capazes de crescimento anaeróbico facultativo (oxigênio ou composto orgânico), fazendo com que possam sobreviver em diferentes ambientes. (Fermentação é usada na fabricação de cerveja e vinho e nos processos de panificação.
BOLORES
São filamentosas, multicelulares, com células tubulares (hifas) - (conjunto de hifas – micélio). Na maioria desses fungos, as hifas contem paredes cruzadas (septos), que dividem as hifas em distintas unidades celulares uninucleadas (um único núcleo) – hifas septadas. 
Hifas cenocíticas- as hifas que não contem septos e se apresentam como células longas e continuas com muitos núcleos. 
Em cultivo – colônias filamentosas, que podem ser algodonosas, aveludadas, purulentas ou com outras características e com vários tipos de pigmentação. 
O micélio dos bolores pode ser dividido em duas partes morfologicamente distintas: 
- Micélio vegetativo: função de crescimento da espécie. 
- Micélio reprodutivo: funções de reprodução e disseminação da espécie, através da formação de esporos (propágulos). 
MICÉLIO VEGETATIVO 
 Apresentar septos ou não (cenocíticos). Outras espécies, também podem apresentar outras estruturas de propagação ou resistência com morfologia especificas:
Artrósporo ou artroconídio – fragmentos do micélio em formas retângulares com parede espessa ao redor. (Trichosporon; Geotrichum)
Clamidósporo ou clamidoconídio: células frequentemente arrredondas, com volume aumentado, parede de dupla e espessa, podendo ter localização apical ou intercalar ao micélio. 
Esclerócio: corpúsculo duro e parenquimatoso de coloração escura, formado pelo entrelaço de hifas.
Rizoides: prolongamento semelhante a uma raiz vegetal, com a função de absorver alimentos (Rhizopus; Absidic)
 
MICELIO REPRODUTIVO 
Tem a função de preservação e disseminação da espécie, sendo importante para identificação morfológica de muitas espécies de fungos. 
Possuem estruturas morfológicas diferenciadas, responsável pela formação de células especiais (esporos – propágulos). Algumas espécies, produzem esporos também ao longo do micélio vegetativo (esporos sésseis). 
Esporos – cilidrincos, baciliformes, piriformes e de outras formas; hialinos ou pigmentados; simples ou septados; septos transversais, longitudinais; lisos, verrugosos ou ciliados; grandes, pequenos. 
CICLO DE VIDA
	Os fungos filamentosos se reproduzem de forma assexuada pela fragmentação de suas hifas. A formação de esporos ocorre tanto na reprodução sexuada quanto a assexuada. A identificação dos fungos é realizada pelo tipo de esporo. 
	Alguns esporos de fungos podem sobreviver por longos períodos em ambientes secos ou quentes, mas a maioria não possui essa mesma tolerância. 
 	Os esporos serão formados a partir de hifas aéreas, depende da espécie. 
Esporos assexuais ocorre com a formação de esposos endógenos e exógenos. Produzidos por mitose e subsequente divisão celular (não há fusão de núcleos). 
Endosporos (formados em hifas especiais): é o esporangióporo, formado no interior de uma bolsa (esporângio), que se encontra na extremidade de uma hifa aérea- esporangióforo. (ex: Zygomycota)
Ectosporos (extremidade de hifas especiais): 
- Conidiósporos ou conídio: unicelular ou multicelular que não é armazenado em uma bolsa. Os conídios são produzidos em cadeias na extremidade do conidióforo (ex: Aspergillus). Os que formam por fragmentação de uma hifa septada em células única, levemente espessas, são os Artroconídios (ex: Coccidioides immitis). Outro tipo, o blastoconídio, é um broto originado de uma célula parental (ex: Candida albicans e Cryptococcus). O clamidoconídio é um esporo com paredes espessas, que se forma pelo arredondamento e alargamento no interior de um segmento de hifa (ex: C. albicans)
Esporos Sexuais: é extremamente variada em detalhes e proporciona uma flexibilidade a adaptações a condições adversas (variabilidade genética) 
Consiste em três etapas: 
1. Plasmogamia – um nuleo haploide de uma célula doadora (+) penetra no citoplasma da célula receptora (-). 
2. Cariogamia _ os núcleos se fundem para forma um núcleo zigoto diploide.
3. Meiose – núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporo sexuais, dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos. 
A reprodução sexuada ocorre entre fungos filamentosos, cogumelos e entre algumas espécies de leveduras. 
Endósporos: são denominados ascósporos que se forma no interior de células especiais (ascos). Os ascos com os ascósporos são encontrados no interior de receptáculos (ascocarpos), que recebem, de acordo com sua morfologia, as seguintes denominações: peritécio, cleistotécio e apotécio.
Ectosporos: formando na extremidade de uma hifa fértil (basídio), que recebem o nome de basidiósporos. (Ex. Basidiomycota)
Fungos Dimórficos.
Alguns fungos, mais notadamente as espécies patogênicas, exibem dimorfismo – duas formas de crescimento. Tais fungos podemcrescer tanto na forma de fungos filamentosos quanto na forma de levedura. A forma de fungo filamentoso produz hifas aéreas e vegetativas; a forma de levedura se reproduz por brotamento. O dimorfismo nos fungos patogênicos é dependente de temperatura: a 37°C, o fungo apresenta forma de levedura; a 25°C, de fungo filamentoso.
REFERENCIAS: 
TORTORA, Gerard J.; CASE, Christine L.; FUNKE, Berdell R. Microbiologia-12ª Edição. Artmed Editora, 2016.
Zaitz C, Campbell I, Marques SA, Ruiz LRB, Framil VMS. 2010. Compêndio de Micologia Médica. Guanabara – Koogan, v.2.

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