Baixe o app para aproveitar ainda mais
Leia os materiais offline, sem usar a internet. Além de vários outros recursos!
Prévia do material em texto
69 O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT Objetivos • Compreender a noção de Sistema e sua relação com o Sistema de Produção Cultural. • Aprender a noção de Propriedade Intelectual a partir dos conceitos de Copyright e Copyleft. • Apresentar uma visão geral do desenvolvimento dos conceitos de Direito Autoral. • Possibilitar a identificação dos impactos resultantes do uso indevido do Direito Autoral. • Promover o reconhecimento dos impedimentos legais no uso cotidiano de informações nos âmbitos físico e virtual. Conteúdos • Noções sobre Sistema e Sistemas de Produção Cultural. • Descrição do desenvolvimento histórico e sociológico do Direito Autoral. • Noções de Propriedade Intelectual e suas relações com os conceitos de Copyright e Copyleft. • Descrição sobre questões de ordem legal a respeito do Direito Autoral nos âmbitos físico e virtual. UNIDADE 3 70 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) Não se limite ao conteúdo deste material didático; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual. 2) Busque identificar os principais conceitos apresentados e siga a linha gradativa dos assuntos. 3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador. 71© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT 1. INTRODUÇÃO Quando pensamos em um Sistema de Produção Cultural, devemos considerar como elementos circundantes desse tema a delimitação das expressões culturais como objetos resultantes das Práticas Culturais, sem, no entanto, reduzir tais objetos à ordem de um simples produto conceituado apenas por seu valor econômico, ou seja, sem a observância de que, ainda que a ele esteja, ou seja, anexado um índice monetário, tal índice não deve predominar em detrimento de seu caráter de objeto produzido e compartilhado na dimensão dos indivíduos e da comunidade que nele se inscrevem como Identidades Culturais originais e, portanto, potencial e factualmente detentoras da administração de seu uso e circulação. Nessa perspectiva, temas como Propriedade Intelectual, Copyright e Copyleft surgem como assuntos relevantes, pois, tanto na ordem de um direito natural de produção quanto na ordem de um direito patrimonial de fruição dos derivados e resultantes da criação de um objeto cultural (sejam tais ordens consideradas por seu caráter moral ou econômico), são questões que devem ser respeitadas e defendidas na estrutura social e política. Dessa forma, esta unidade considerará as relações de pertinências dos temas acima mencionados (Sistema de Produção Cultural, Propriedade Intelectual, Copyright e Copyleft) como aspectos de que derivam considerações de várias outras noções, que, por sua vez, deverão ser aprofundadas nos subtópicos apresentados a seguir. 72 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, consideramos necessário o aprofundamento desses conteúdos por meio do Conteúdo Digital Integrador. 2.1. O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL Para tratar do conceito de Sistema Cultural, a nosso ver, requer-se vasculhar, rapidamente, a noção de Sistema, que será abordada aqui pelas considerações de Morin (2015) acerca da Teoria dos Sistemas, nascida a partir de uma reflexão de Ludwig von Bertalanffy, na década de 1950, que se expandiu em diversos sentidos. Segundo Morin (2015, p. 19): [...] o campo da teoria dos sistemas é muito mais amplo, quase universal, já que num certo sentido toda realidade conhecida, desde o átomo até a galáxia, passando pela molécula, a célula, o organismo e a sociedade, pode ser concebida como sistema, isto é, associação combinatória de elementos diferentes. A partir dessa consideração, podemos simplificar, no interesse didático desta unidade, a ideia de Sistema como um conjunto de outros componentes interdependentes. Se fizermos uma analogia entre um Sistema qualquer e um Sistema biológico (tal como o do organismo humano), podemos observar que ambos se compõem, e se mantêm, pela combinação funcional e eficiente dos seus vários subsistemas (sendo possível indicar como subsistemas do Sistema biológico de um ser humano, por exemplo, o sistema cardíaco, o sistema sanguíneo, o sistema digestório etc.). 73© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT As considerações de Morin (2015), no entanto, amplificam o conceito de Sistema, categorizando-o em duas modalidades: aberto, em que “[...] há desequilíbrio no fluxo energético que o alimenta [...]” (p. 21); e fechado, que: “[...] está em estado de equilíbrio, ou seja, as trocas de matéria/energia com o exterior são nulas” (p. 21). Nessas condições, insistindo no interesse didático desta unidade, podemos entender um Sistema Cultural como pertencente, idealmente, à categoria de sistema aberto, pelo qual há influência constante entre ele e o ambiente que o cerca, assim como no interior de sua estrutura, refletindo uma interação dinâmica e constante. Um dos componentes interdependentes de um Sistema Cultural, seguindo essa lógica, poderia ser concebido como de ordem produtora, um subsistema que Coelho (2001, p. 74) apresenta como um “sistema de produção cultural”, reconhecido pelo funcionamento em: [...] quatro clássicas fases: 1. a produção propriamente dita do bem cultural; 2. sua distribuição aos pontos nos quais pode vir a entrar em contato com seu eventual destinatário; 3. a troca do bem (em nosso regime, sua troca por dinheiro), que o coloca em contato direto com seu virtual usuário, (adquirente ou consumidor); 4. a fase última, a do consumo ou uso efetivo desse bem. No contexto brasileiro, pode ser reconhecida a existência desses “momentos” de produção, distribuídos em diversos setores da Cultura (subsistemas tais como o cinematográfico, literário, cênico etc.), que, numa tentativa de organização, podem ser abrigados em sistemas gestores institucionais dirigidos pelo Estado, pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), por Conselhos Municipais de Cultura (CMC), entre outros; ou por associações 74 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT profissionais, Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), entre outros. Cabe salientar que o “regime” mencionado pelo autor no item 3 da citação anterior se refere ao regime econômico capitalista, que perpassa toda a estrutura de manutenção dessa ordem produtiva observada. Ordem essa que confere valores e sentidos simbólicos aos objetos produzidos nesse sistema maior que é a Sociedade Capitalista. Um dos resultantes dessa questão valorativa atribuída aos objetos culturais em circulação, como produtos de interesse monetário, é a atribuição, pelo sistema social, de direitos de uso da forma e do conteúdo desses objetos a outros indivíduos. Aos criadores desses objetos, considerados “proprietários intelectuais” dessas criações, é reservado o direito de liberação, ou não, do uso de suas obras – que, consequentemente,são consideradas como uma “propriedade intelectual” de seu autor- criador. Tal mecanismo é conhecido como Direito Autoral (ou Copyright). Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você poderá aprofundar essas noções de sistema e subsistemas. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. 2.2. COPYRIGHT Considera-se pertinente observar que o percurso narrativo desta seção é similar ao apresentado por Furnival, Almeida e Silva (2015), definido como base de condução desse tema pelo 75© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT grau de sintetização que o trabalho desses autores oferece em relação ao desenvolvimento do conceito de Copyright. Segundo Gandelmam (2007), a história do Direito Autoral pode ser observada, inicialmente, a partir dos seguintes períodos e nas seguintes condições: • Na era Clássica [e Medieval]: como um reconhecimento de ordem moral, sem resultar, no entanto, em remuneração (por exemplo, quem recebia pelo trabalho (manual) de transcrição do material original eram os copistas, e não os autores da obra). • No século 15, a partir da invenção da imprensa por Gutenberg: os governantes concediam os direitos de impressão/comercialização de obras aos editores, e não aos autores, pressupondo-se que os primeiros detinham autorização dos autores. Na Inglaterra, o conceito de Copyright, segundo Gandelman (2007), nasceu da lei do Copyright Act (1709), outorgada na regência da Rainha Ana. Por meio dessa lei, a coroa concedia um privilégio (direito de royalties) de imprimir cópias impressas de determinadas obras (por 21 anos, a partir do registro formal da obra). Na França, por sua vez, o Droit d’auter (1791) nasceu em razão dos princípios instaurados pela Revolução Francesa (1789), relacionando o direito do autor às ideias de manutenção de ineditismo, paternidade e integridade de sua obra, entendendo tais qualidades como direitos morais inalienáveis e irrenunciáveis, classificando-os como direitos patrimoniais (transferíveis para seus herdeiros e sucessores legais). 76 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT No Brasil, o desenvolvimento da noção de Direito Autoral pode ser descrito a partir da seguinte ordenação de fatos: • De 1827 a 1917: instauraram-se leis que regiam o tema de forma inconstante, até que, em 1917, se caracteriza o Direito Autoral como uma propriedade “literária, científica e artística”. • Em 1973: fez-se a revisão da maior parte da lei anterior, mantendo-se sua caracterização como um direito jurídico. Pela Lei do Direito Autoral, o sujeito-autor (titular da obra intelectual) e o objeto protegido (independentemente do suporte físico ou veículo material pelo qual se formaliza) se incluem numa dimensão moral a qual garante ao primeiro: [...] o controle à menção de seu nome na divulgação de sua obra e o respeito à sua integridade, além dos direitos de modificá-la ou retirá-la de circulação [...] (GANDELMAN, 2007, p. 33). No que diz respeito à dimensão patrimonial, por sua vez, a lei “[...] visa regular as relações jurídicas da utilização econômica das obras intelectuais” (GANDELMAN, 2007, p. 33), estabelecendo-se por meio de princípios legislativos que consideram: as ideias na forma de expressão; a independência do valor literário da obra; e a originalidade como um valor situado em sua forma de expressão e não no seu conteúdo. Os aspectos de territorialidade e prazos de proteção são, respectivamente, definidos como nacional (podendo ser administrado por meio de tratados e convenções em caso de usos no exterior) e dependente da tipologia do trabalho. Observa- se, ainda, que o caráter legal ou ilegal de uso de uma obra está condicionado por autorizações prévias e expressas do autor, ou de quem detém seus direitos (herdeiros, por exemplo). 77© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT Se observarmos o Direito Autoral de uma perspectiva territorial global, observamos que há uma série de tentativas de se manter um grau de “reciprocidade” a respeito do tema. O Brasil, por exemplo, buscou aderir a uma série de tratados e convenções – de Roma, em 1965; de Berna e Genebra, em 1975; e o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS), em 1994, que incluía, entre seus interesses, a proteção de programas de computadores. Trazendo a questão dos Direitos Autorais para o ambiente virtual (sobretudo da internet), podemos, primeiramente, fazer referência a leis que visam proteger os Direitos Autorais no ciberespaço, citando, por exemplo: Right in Sound Recordings Act (1995) ou a Public Law 104-39. A abrangência desta última, segundo Gandelman (2007, p. 182), propõe: [...] direito exclusivo de execução pública (performance) para as gravações sonoras que estão sendo executadas, por meio de assinatura de transmissões digitais. Cria [...] novo diploma legal [...] Copyright Act [...] que [...] abrange expressamente esse novo direito de execução pública na transmissão digitalizada de gravações sonoras. Tratando especificamente da internet, podemos citar contratos pioneiros de Sociedades Civis (no caso, norte- americanas) que administram questões de licença e arrecadação das criações de seus associados. Entre essas, mencionamos: a Broadcast Music, Inc. (BMI), que propôs a licença para transmissão (distribuição) dessas criações via internet (Internet Computer Agreement); e a American Society of Composers, Authors and Publishers (ASCAP), que propôs a licença de obras musicais no ciberespaço (Experimental License Agreement for Computer Online Services, Eletronic Bulletin Boards, Internet Sites and Similar Operations). 78 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT As questões jurídicas levantadas em torno da internet se dão em razão de não se poder afirmar se a internet é um meio de comunicação impresso ou um veículo de broadcasting (caso das emissoras de TV). Da definição dessa questão, derivariam duas consequências legais: no primeiro caso, estabeleceria a internet como um meio livre de censura e controle governamental; no segundo caso, a internet ficaria sujeita a esse controle e à autorregulação. Alguns complicadores dessa situação são apontados por Gandelman (2007): o primeiro é que a internet não tem dono, ou seja, não seria possível ainda estabelecer responsabilidades nesse âmbito; o segundo é seu princípio elementar, pois, embora ela seja formada a partir da transformação de átomos em bits (questão do suporte), isso não altera a legitimidade de cobrança do Direito Autoral. Alguns pontos ainda se encontram em discussão: a obra transmitida é uma reprodução, uma distribuição ou ambas? A responsabilidade é do servidor de acesso ou do indivíduo que incorpora conteúdo e o transmite? Qual a importância dos territórios onde se origina, onde se recepciona e onde se vende o sinal? Na categoria de manipulação de imagens e sons, o princípio de plágio é o elemento fundamental de transgressão potencial, passível de penalidade no caso de reconhecimento total ou parcial, na obra produzida, de outra obra sem menção de seu autor original. Segundo Gandelman (2007, p. 191), em solo americano: Quaisquer alterações na informação de titularidade e outros detalhes fraudulentos e de utilização ilegal, que venham a prejudicar os legítimos interessados, estarão sujeitos a sanções 79© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL:COPYRIGHT E COPYLEFT civis e penais que podem chegar a multas de 500 mil dólares e ou prisão de até cinco anos. Referindo-nos à atualização de publicações sobre a internet no Brasil, lançando mão de Kurbalija (2016, p. 230), observa- se que: “A Lei 12.965, de 23 de abril de 2014 (o Marco Civil da internet) contém um detalhamento excepcional sobre direitos e deveres no âmbito da internet pelo Comitê Gestor da internet no Brasil”. Segundo o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito do Rio De Janeiro, abrigado na Fundação Getúlio Vargas, o Marco Civil da internet no Brasil: [...] busca traçar as diretrizes, os parâmetros, as pautas que serão detalhadas e desenvolvidas no futuro por legisladores, governantes, magistrados, além de estudantes e pesquisadores de temas ligados ao desenvolvimento da rede (FUNDAÇÃO..., 2012, p. 23). São três os pilares do Marco Civil da internet; o primeiro, o de Fundamentos, tem como base: [...] [o] reconhecimento da escala mundial da rede; os direitos humanos e o exercício da cidadania em meios digitais; a pluralidade e a diversidade; a abertura e a colaboração; a livre-iniciativa; a livre concorrência e a defesa do consumidor (FUNDAÇÃO..., 2012, p. 23). O segundo pilar, o de Princípios, por sua vez, tem como base: [...] [a] garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição; a proteção da privacidade; a proteção aos dados pessoais; a preservação e a garantia da neutralidade da rede; a preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas; a responsabilização dos 80 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT agentes de acordo com suas atividades nos termos da lei; e, finalmente, a preservação da natureza participativa da rede. (FUNDAÇÃO..., 2012, p. 24). Por último, o terceiro pilar, o de Objetivos, procura efetivar: [...] a promoção do direito de acesso à internet a todos os cidadãos; a promoção do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos públicos; a promoção da inovação e o fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso; e a promoção da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados (FUNDAÇÃO..., 2012, p. 24). A lei que estabelece os princípios de uso da internet no Brasil, aprovada em 2014, apresenta em seu art. 19, parágrafo 2, o seguinte enunciado a respeito dos Direitos Autorais na rede: A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de autor ou a direitos conexos depende de previsão legal específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e demais garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal (BRASIL, 2014b, p. 1). Na opinião de Joost Smiers (2006), o Copyright, no contexto globalizado, tornou-se um negócio administrado por uma tendência em fixar controle sobre bens culturais por meio de fusões que possibilitam acesso, manipulação e “domínio” dos componentes “autoria” e “obra”, impondo como lógica do entretenimento atual a oferta reduzida e, consequentemente, o consumo exacerbado de produtos-patrimônios de empresas. Segundo o autor: A melhor forma de adquirir direitos de imensas quantidades de entretenimento e outros materiais artísticos é por meio de fusões. Sinergia é a base lógica para os conglomerados abocanharem tanto material de copyright quanto possível [...] (SMIERS, 2006, p. 92). 81© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT Nesse contexto, o mundo cultural pode ser entendido como espaço de lutas simbólicas – um Campo, pela acepção de Bourdieu (1989), orientado por valores simbólicos de uma cultura dominante –, organizado a partir das demandas por direitos de propriedade particular e atuação de advogados, mas, também, relacionados com os determinantes dessas lutas. Um exemplo citado por Smiers (2006) que ilustra essa tendência a disputas de ordem legal refere-se à causa movida pelo artista Daniel Buren, autor das fontes instaladas na monumental Place de Terreaux, em Lyon (França): “Ele pleiteava receber copyright de todos que fotografassem a praça” (SMIERS, 2006, p. 94). As leituras indicadas no Tópico 3.2 tratam da questão do Copyright e possibilitam a compreensão desse tema por outros ângulos. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado. 2.3. COPYLEFT (SOFTWARE LIVRE) Todo movimento exagerado em uma direção, em nível social, repercute numa tentativa de mudança de perspectiva, ou de “correção” de rota, buscando uma adequação do que se considera inconciliável. Nesse sentido, em oposição ao princípio de Copyright, nasceu o princípio de Copyleft. A princípio, o movimento de Copyleft (Software Livre) foi uma reação ao predomínio da Microsoft no mercado de software de computadores, de que derivou a criação do sistema operacional Linux, instalando um novo modelo de negócio, baseado no princípio de Cooperativismo. Com o desenvolvimento da ideia do Software Livre – liberdade de produção por cooperação coletiva –, estabeleceu- 82 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT se – pela dinamização da liberdade de compartilhamento de informação pela internet – um ambiente propício ao aparecimento de outras formas de gerenciamento do conhecimento social; entre alguns exemplos de softwares que se baseiam nesses princípios, podemos citar: 1) Wikipedia: enciclopédia construída integralmente pelo princípio de colaboração internacional, permitida, por sua vez, pelo conceito de “licença de uso”, que dá liberdade aos usuários visitantes de criarem novos verbetes e revisarem os já existentes, sem intervenção “editorial”. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/>. Acesso em: 14 nov. 2017. 2) Revista Kuno5hin: site colaborativo sobre tecnologia e cultura. Tanto separadamente como em suas interações, é uma comunidade virtual movida pelo “agrupamento” de pessoas inquietas, dispostas a discutir o mundo e as condições de viver esse mundo enquanto realidade mútua. Disponível em: <http:// www.kuro5hin.org/>. Acesso em: 14 nov. 2017. 3) Creative Commons: mecanismo que objetiva desenvolver licenças para disponibilização de trabalhos realizados por qualquer indivíduo ou entidade interessados na liberação de uso público desses trabalhos. Disponível em: <http://creativecommons. org.br/>. Acesso em: 14 nov. 2017. 4) Sherpa/Romeo: é parte dos Serviços SHERPA da University of Nottingham. Romeo tem colaborado com outros parceiros internacionais, contribuindo para o desenvolvimento e a manutenção do serviço. Disponível em: <http://www.sherpa.ac.uk/index. html>. Acesso em: 14 nov. 2017. 83© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT No nível institucional brasileiro, o portal Software Público, desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (BRASIL, 2014a, p. 1), descreve o instrumento Software Público brasileiro como: [...] um tipo específico de software livre que atende às necessidades de modernização da administração pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e é compartilhado sem ônus no Portal do Software Público Brasileiro, resultando na economia de recursos públicos e constituindo um recurso benéfico para a administração pública e para a sociedade. Outros ambientes têm pesquisado e publicado a respeito dotema no Brasil – espaços como o da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, por exemplo –, possibilitando maior aprofundamento dessa discussão. Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 3.3 para compreender melhor a questão do Copyleft e sua implicação no trabalho bibliotecário. Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. • Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos. • Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: Ação Cultural – Vídeos Complementares – Complementar 3. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 84 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL Tanto a noção de Sistema de Produção Cultural quanto a de Propriedade Intelectual serão aprofundadas neste subtópico. Nosso objetivo com esta seleção de textos é sensibilizá-lo no tocante aos elementos essenciais desses dois componentes, a nosso ver, desapercebidamente entrelaçados em nosso cotidiano. • LIMA, Marília de. Seminário de produção cultural vídeo 01: cultura e produção cultural: introdução. ECOOA Cursos. 2017. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=ljSPCOwjYtA>. Acesso em: 23 ago. 2017. • O MERCADO e o negócio da indústria cultural no Brasil. SEBRAE-SP. 2013. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=uMiuu6PrkiM>. Acesso em: 23 ago. 2017. • TEORIA Crítica e a indústria cultural. Rádio e TV UNESP Bauru. 2017. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=mLmw6JaJNlc>. Acesso em: 23 ago. 2017. 3.2. COPYRIGHT O conceito de Copyright – sinônimo de Direito Autoral, no Brasil – é aprofundado pelo material apresentado nesta subseção. 85© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT Tentamos realizar uma seleção abrangente que contemplasse questões de aplicação e de conceituação do tema, esperando que a seleção oportunizasse uma visão mais relacionada com o fazer bibliotecário no contexto contemporâneo. • CRUZ, Ranielle Sauzem. A tutela dos direitos autorais na idade mídia e a garantia da liberdade de acesso à informação no âmbito internacional. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE. 1., Santa Maria. Anais... Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. Disponível em: <http:// coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2012/9.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017. • MAGRANI, Eduardo. II Seminário Diálogos Biblioo: Legislação de direitos autorais do Brasil. Biblioo Cultura Informacional. 2016. Disponível em: <http://biblioo. cartacapital.com.br/eduardo-magrani-2/>. Acesso em: 22 ago. 2017. • ZANINI, Leonardo Estevam de Assis. A proteção internacional do direito de autor e o embate entre os sistemas do copyright e do droit d’auteur. Revista Videre, v. 3, n. 5, 2011. Disponível em: <http://ojs.ufgd. edu.br/index.php/videre/article/view/971>. Acesso em: 23 ago. 2017. 3.3. COPYLEFT Tal como objetivado na subseção anterior, nos mesmos moldes, tentamos elaborar uma seleção de textos que exemplificassem as aplicações do conceito e, em algum sentido, aprofundassem sua dimensão teórica. 86 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT • BENETI, Daniela. Fanfiction.net: o fenômeno da escrita colaborativa, criatividade, storytelling e a questão do copyright na internet. Cultura de Rede. 2009. Disponível em: <http://Culturaderede.Pbworks. Com/W/Page/9823229/Daniela%20Beneti%20-%20 Fanfiction>. Acesso em: 22 ago. 2017. • CORDEIRO, André. A informação que quer ser livre: Crescem as iniciativas para tornar os artigos científicos acessíveis a todos. Revista.br, v. 12, n. 8, p. 20-23, 2017. Acesso em: <https://cgi.br/media/docs/publicacoes/3/ revista-br-ano-08-2017-edicao12.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017. • O MENINO da internet: a história de Aaron Swartz. Direção: Brian Knappenberger. Produção: Kickstarter, 2014. Home page. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=uAe_9qBxwOc>. Acesso em: 23 ago. 2017. 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas. 1) O conceito de Direito Autoral (Copyright) é, especificamente, uma das di- mensões da: a) a) produção científica. b) b) produção tecnológica. c) c) propriedade intelectual. d) d) produção nacional. 87© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT 2) Qual dos tratados a seguir incluiu a questão dos computadores? a) Berna. b) Roma. c) TRIPS. d) Genebra. 3) O movimento Copyleft, inicialmente, foi uma reação à: a) ideologia fundamentalista da Linux. b) tolerância ao desenvolvimento tecnológico. c) criação de tecnologias midiáticas. d) predominância da Microsoft no mercado de computadores (software). 4) Tente explicar em que contexto podem ser aplicados os seguintes questionamentos: a obra transmitida é uma reprodução, uma distribuição ou ambas? A responsabilidade é do servidor de acesso ou do indivíduo que incorpora conteúdo e o transmite? Qual a importância dos territórios onde se origina, onde se recepciona e onde se vende o sinal? Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas: 1) c. 2) c. 3) d. 4) Espera-se que você consiga estabelecer relações entre questões apresentadas na abordagem do ambiente virtual e alguns pontos da Lei de Direitos Autorais relacionados ao ambiente físico, demonstrando que prevalece uma controvérsia entre estes dois aspectos, físico e virtual. 88 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT 5. CONSIDERAÇÕES Por meio dos pontos salientados durante esta unidade, tentamos estabelecer alguns elementos orientadores da prática bibliotecária em relação à questão dos objetos culturais em circulação no Sistema de Produção Cultural no âmbito nacional, abordando, no entanto, alguns referenciais estrangeiros. Supomos que o tema não se esgota, de maneira nenhuma, a partir desses recortes, mas que estes são promotores do desenvolvimento de uma atitude responsável e criticamente aplicada, principalmente, pela limitação e complexidade inerente ao contexto contemporâneo, em que a internet e as TICs proliferam sua influência na troca e disseminação de mensagens em variados suportes. Na próxima unidade, abordaremos a relação da biblioteca com o tema das Políticas Culturais no Brasil, trazendo como temas conexos a ideia de Proximidade entre Públicos, Consumo e Práticas Culturais. Consideramos tais assuntos como desdobramentos dos temas anteriormente desenvolvidos, cabendo, entretanto, enfatizá-los enquanto componentes críticos na Ação Cultural do bibliotecário. 6. E-REFERÊNCIAS BENETI, D. Fanfiction.net: o fenômeno da escrita colaborativa, criatividade, storytelling e a questão do copyright na internet. Cultura de Rede. 2009. Disponível em: <http://Culturaderede.Pbworks.Com/W/Page/9823229/Daniela%20Beneti%20-%20Fanfiction>. Acesso em: 22 ago. 2017. BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O que é o Software Público. Portal Software Público Brasileiro. 2014a. Disponível em: <https:// softwarepublico.gov.br/social/spb/o-que-e-o-software-publico>. Acesso em: 23 ago. 2017. 89© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT BRASIL. Presidência da República. Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014: estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Brasília: Casa Civil, 2014b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2014/lei/l12965.htm>. Acesso em: 27 ago. 2017. CORDEIRO, A. A informação que quer ser livre: Crescem as iniciativas para tornar os artigos científicos acessíveis a todos. Revista .br, v. 12, n. 8, p. 20-23, 2017. Acesso em: <https://cgi.br/media/docs/publicacoes/3/revista-br-ano-08-2017-edicao12.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017. CRUZ, R. S. A tutela dos direitos autorais na idade mídia e a garantia da liberdade de acesso à informação no âmbito internacional. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE. 1., Santa Maria. Anais... Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2012. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/congressodireito/ anais/2012/9.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017. FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito do Rio de Janeiro. Relatório de políticas de internet Brasil 2011. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2012. Disponível em: <http://www.cgi.br/sobre-cg/index. htm>. Acesso em: 10 nov. 2017. FURNIVAL, A. C. M.; ALMEIDA, B. M.; SILVA, M. D. P. As Políticas de Direitos Autorais e de Reuso Presentes nas Revistas Brasileiras de Acesso Aberto das Áreas Biológicas e de Saúde Disponibilizadas na Plataforma Scielo-Brasil. Encontros Bibli, v. 20, n. 44, p. 25- 42, 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518- 2924.2015v20n44p25>. Acesso em: 02 dez. 2015. GANDELMAN, H. De Gutemberg à internet: direitos autorais das origens à era digital. Rio de Janeiro: Editora Record, 2007. <http://www.cgi.br/media/docs/publicacoes/1/ CadernoCGIbr_Uma_Introducao_a_Go vernanca_da_Internet.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017. LIMA, M. de. Seminário de produção cultural vídeo 01: cultura e produção cultural: introdução. ECOOA Cursos. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=ljSPCOwjYtA>. Acesso em: 23 ago. 2017. MAGRANI, Eduardo. II Seminário Diálogos Biblioo: Legislação de direitos autorais do Brasil. Biblioo Cultura Informacional. 2016. Disponível em: <http://biblioo.cartacapital. com.br/eduardo-magrani-2/>. Acesso em: 22 ago. 2017. O MENINO da internet: a história de Aaron Swartz. Direção: Brian Knappenberger. Produção: Kickstarter, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=uAe_9qBxwOc>. Acesso em: 23 ago. 2017. O MERCADO e o negócio da indústria cultural no Brasil. SEBRAE-SP. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=uMiuu6PrkiM>. Acesso em: 23 ago. 2017. 90 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT E COPYLEFT TEORIA Crítica e a indústria cultural. Rádio e TV UNESP Bauru. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=mLmw6JaJNlc>. Acesso em: 23 ago. 2017. ZANINI, L. E.de A. A proteção internacional do direito de autor e o embate entre os sistemas do copyright e do droit d’auteur. Revista Videre, v. 3, n. 5, 2011. Disponível em: <http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/971>. Acesso em: 23 ago. 2017. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: DIFEL, 1989. COELHO, T. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001. KURBALIJA, J. Uma introdução à governança da internet. Tradução Carolina Carvalho. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2016. MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015. SMIERS, J. As artes sob pressão: promovendo a diversidade cultural na era da globalização. São Paulo: Escritura Editora; Instituto Pensante, 2006. 367 p.
Compartilhar