Buscar

AcaCulProCulAtuBib-U3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

69
O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A 
PROPRIEDADE INTELECTUAL: COPYRIGHT 
E COPYLEFT
Objetivos 
• Compreender a noção de Sistema e sua relação com o Sistema de Produção 
Cultural.
• Aprender a noção de Propriedade Intelectual a partir dos conceitos de 
Copyright e Copyleft.
• Apresentar uma visão geral do desenvolvimento dos conceitos de Direito 
Autoral.
• Possibilitar a identificação dos impactos resultantes do uso indevido do 
Direito Autoral.
• Promover o reconhecimento dos impedimentos legais no uso cotidiano de 
informações nos âmbitos físico e virtual.
Conteúdos 
• Noções sobre Sistema e Sistemas de Produção Cultural. 
• Descrição do desenvolvimento histórico e sociológico do Direito Autoral.
• Noções de Propriedade Intelectual e suas relações com os conceitos de 
Copyright e Copyleft.
• Descrição sobre questões de ordem legal a respeito do Direito Autoral nos 
âmbitos físico e virtual.
UNIDADE 3
70 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite ao conteúdo deste material didático; busque outras 
informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas 
apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade 
EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu 
crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados e siga a linha 
gradativa dos assuntos.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no 
Conteúdo Digital Integrador. 
71© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
1. INTRODUÇÃO
Quando pensamos em um Sistema de Produção Cultural, 
devemos considerar como elementos circundantes desse tema 
a delimitação das expressões culturais como objetos resultantes 
das Práticas Culturais, sem, no entanto, reduzir tais objetos à 
ordem de um simples produto conceituado apenas por seu valor 
econômico, ou seja, sem a observância de que, ainda que a ele 
esteja, ou seja, anexado um índice monetário, tal índice não deve 
predominar em detrimento de seu caráter de objeto produzido 
e compartilhado na dimensão dos indivíduos e da comunidade 
que nele se inscrevem como Identidades Culturais originais e, 
portanto, potencial e factualmente detentoras da administração 
de seu uso e circulação.
Nessa perspectiva, temas como Propriedade Intelectual, 
Copyright e Copyleft surgem como assuntos relevantes, pois, 
tanto na ordem de um direito natural de produção quanto na 
ordem de um direito patrimonial de fruição dos derivados e 
resultantes da criação de um objeto cultural (sejam tais ordens 
consideradas por seu caráter moral ou econômico), são questões 
que devem ser respeitadas e defendidas na estrutura social e 
política.
Dessa forma, esta unidade considerará as relações de 
pertinências dos temas acima mencionados (Sistema de Produção 
Cultural, Propriedade Intelectual, Copyright e Copyleft) como 
aspectos de que derivam considerações de várias outras noções, 
que, por sua vez, deverão ser aprofundadas nos subtópicos 
apresentados a seguir.
72 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma 
sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, consideramos necessário o aprofundamento desses 
conteúdos por meio do Conteúdo Digital Integrador.
2.1. O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE 
INTELECTUAL
Para tratar do conceito de Sistema Cultural, a nosso ver, 
requer-se vasculhar, rapidamente, a noção de Sistema, que será 
abordada aqui pelas considerações de Morin (2015) acerca da 
Teoria dos Sistemas, nascida a partir de uma reflexão de Ludwig 
von Bertalanffy, na década de 1950, que se expandiu em diversos 
sentidos. Segundo Morin (2015, p. 19):
[...] o campo da teoria dos sistemas é muito mais amplo, quase 
universal, já que num certo sentido toda realidade conhecida, 
desde o átomo até a galáxia, passando pela molécula, a célula, 
o organismo e a sociedade, pode ser concebida como sistema, 
isto é, associação combinatória de elementos diferentes.
A partir dessa consideração, podemos simplificar, no 
interesse didático desta unidade, a ideia de Sistema como um 
conjunto de outros componentes interdependentes. Se fizermos 
uma analogia entre um Sistema qualquer e um Sistema biológico 
(tal como o do organismo humano), podemos observar que 
ambos se compõem, e se mantêm, pela combinação funcional 
e eficiente dos seus vários subsistemas (sendo possível indicar 
como subsistemas do Sistema biológico de um ser humano, por 
exemplo, o sistema cardíaco, o sistema sanguíneo, o sistema 
digestório etc.).
73© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
As considerações de Morin (2015), no entanto, amplificam 
o conceito de Sistema, categorizando-o em duas modalidades: 
aberto, em que “[...] há desequilíbrio no fluxo energético que 
o alimenta [...]” (p. 21); e fechado, que: “[...] está em estado de 
equilíbrio, ou seja, as trocas de matéria/energia com o exterior 
são nulas” (p. 21).
Nessas condições, insistindo no interesse didático 
desta unidade, podemos entender um Sistema Cultural como 
pertencente, idealmente, à categoria de sistema aberto, pelo 
qual há influência constante entre ele e o ambiente que o cerca, 
assim como no interior de sua estrutura, refletindo uma interação 
dinâmica e constante.
Um dos componentes interdependentes de um Sistema 
Cultural, seguindo essa lógica, poderia ser concebido como 
de ordem produtora, um subsistema que Coelho (2001, p. 74) 
apresenta como um “sistema de produção cultural”, reconhecido 
pelo funcionamento em:
[...] quatro clássicas fases: 1. a produção propriamente dita do 
bem cultural; 2. sua distribuição aos pontos nos quais pode 
vir a entrar em contato com seu eventual destinatário; 3. a 
troca do bem (em nosso regime, sua troca por dinheiro), que o 
coloca em contato direto com seu virtual usuário, (adquirente 
ou consumidor); 4. a fase última, a do consumo ou uso efetivo 
desse bem.
No contexto brasileiro, pode ser reconhecida a existência 
desses “momentos” de produção, distribuídos em diversos 
setores da Cultura (subsistemas tais como o cinematográfico, 
literário, cênico etc.), que, numa tentativa de organização, podem 
ser abrigados em sistemas gestores institucionais dirigidos pelo 
Estado, pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), por Conselhos 
Municipais de Cultura (CMC), entre outros; ou por associações 
74 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
profissionais, Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT), 
Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), entre 
outros.
Cabe salientar que o “regime” mencionado pelo autor 
no item 3 da citação anterior se refere ao regime econômico 
capitalista, que perpassa toda a estrutura de manutenção dessa 
ordem produtiva observada. Ordem essa que confere valores e 
sentidos simbólicos aos objetos produzidos nesse sistema maior 
que é a Sociedade Capitalista.
Um dos resultantes dessa questão valorativa atribuída aos 
objetos culturais em circulação, como produtos de interesse 
monetário, é a atribuição, pelo sistema social, de direitos de 
uso da forma e do conteúdo desses objetos a outros indivíduos. 
Aos criadores desses objetos, considerados “proprietários 
intelectuais” dessas criações, é reservado o direito de liberação, 
ou não, do uso de suas obras – que, consequentemente,são 
consideradas como uma “propriedade intelectual” de seu autor-
criador. Tal mecanismo é conhecido como Direito Autoral (ou 
Copyright).
Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você poderá 
aprofundar essas noções de sistema e subsistemas. Antes de 
prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, 
procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.2. COPYRIGHT
Considera-se pertinente observar que o percurso narrativo 
desta seção é similar ao apresentado por Furnival, Almeida e 
Silva (2015), definido como base de condução desse tema pelo 
75© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
grau de sintetização que o trabalho desses autores oferece em 
relação ao desenvolvimento do conceito de Copyright.
Segundo Gandelmam (2007), a história do Direito Autoral 
pode ser observada, inicialmente, a partir dos seguintes períodos 
e nas seguintes condições:
• Na era Clássica [e Medieval]: como um reconhecimento 
de ordem moral, sem resultar, no entanto, em 
remuneração (por exemplo, quem recebia pelo trabalho 
(manual) de transcrição do material original eram os 
copistas, e não os autores da obra).
• No século 15, a partir da invenção da imprensa por 
Gutenberg: os governantes concediam os direitos de 
impressão/comercialização de obras aos editores, e não 
aos autores, pressupondo-se que os primeiros detinham 
autorização dos autores.
Na Inglaterra, o conceito de Copyright, segundo Gandelman 
(2007), nasceu da lei do Copyright Act (1709), outorgada na 
regência da Rainha Ana. Por meio dessa lei, a coroa concedia um 
privilégio (direito de royalties) de imprimir cópias impressas de 
determinadas obras (por 21 anos, a partir do registro formal da 
obra).
Na França, por sua vez, o Droit d’auter (1791) nasceu em 
razão dos princípios instaurados pela Revolução Francesa (1789), 
relacionando o direito do autor às ideias de manutenção de 
ineditismo, paternidade e integridade de sua obra, entendendo 
tais qualidades como direitos morais inalienáveis e irrenunciáveis, 
classificando-os como direitos patrimoniais (transferíveis para 
seus herdeiros e sucessores legais).
76 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
No Brasil, o desenvolvimento da noção de Direito Autoral 
pode ser descrito a partir da seguinte ordenação de fatos:
• De 1827 a 1917: instauraram-se leis que regiam o tema 
de forma inconstante, até que, em 1917, se caracteriza 
o Direito Autoral como uma propriedade “literária, 
científica e artística”.
• Em 1973: fez-se a revisão da maior parte da lei anterior, 
mantendo-se sua caracterização como um direito 
jurídico.
Pela Lei do Direito Autoral, o sujeito-autor (titular da 
obra intelectual) e o objeto protegido (independentemente 
do suporte físico ou veículo material pelo qual se formaliza) se 
incluem numa dimensão moral a qual garante ao primeiro:
[...] o controle à menção de seu nome na divulgação de sua obra 
e o respeito à sua integridade, além dos direitos de modificá-la 
ou retirá-la de circulação [...] (GANDELMAN, 2007, p. 33).
No que diz respeito à dimensão patrimonial, por sua vez, a lei 
“[...] visa regular as relações jurídicas da utilização econômica das 
obras intelectuais” (GANDELMAN, 2007, p. 33), estabelecendo-se 
por meio de princípios legislativos que consideram: as ideias na 
forma de expressão; a independência do valor literário da obra; e 
a originalidade como um valor situado em sua forma de expressão 
e não no seu conteúdo.
Os aspectos de territorialidade e prazos de proteção 
são, respectivamente, definidos como nacional (podendo ser 
administrado por meio de tratados e convenções em caso de usos 
no exterior) e dependente da tipologia do trabalho. Observa-
se, ainda, que o caráter legal ou ilegal de uso de uma obra está 
condicionado por autorizações prévias e expressas do autor, ou 
de quem detém seus direitos (herdeiros, por exemplo).
77© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
Se observarmos o Direito Autoral de uma perspectiva 
territorial global, observamos que há uma série de tentativas 
de se manter um grau de “reciprocidade” a respeito do tema. 
O Brasil, por exemplo, buscou aderir a uma série de tratados e 
convenções – de Roma, em 1965; de Berna e Genebra, em 1975; e 
o Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual 
Relacionados ao Comércio (TRIPS), em 1994, que incluía, entre 
seus interesses, a proteção de programas de computadores.
Trazendo a questão dos Direitos Autorais para o ambiente 
virtual (sobretudo da internet), podemos, primeiramente, fazer 
referência a leis que visam proteger os Direitos Autorais no 
ciberespaço, citando, por exemplo: Right in Sound Recordings 
Act (1995) ou a Public Law 104-39. A abrangência desta última, 
segundo Gandelman (2007, p. 182), propõe:
[...] direito exclusivo de execução pública (performance) para 
as gravações sonoras que estão sendo executadas, por meio de 
assinatura de transmissões digitais. Cria [...] novo diploma legal 
[...] Copyright Act [...] que [...] abrange expressamente esse 
novo direito de execução pública na transmissão digitalizada de 
gravações sonoras. 
Tratando especificamente da internet, podemos citar 
contratos pioneiros de Sociedades Civis (no caso, norte-
americanas) que administram questões de licença e arrecadação 
das criações de seus associados. Entre essas, mencionamos: 
a Broadcast Music, Inc. (BMI), que propôs a licença para 
transmissão (distribuição) dessas criações via internet (Internet 
Computer Agreement); e a American Society of Composers, 
Authors and Publishers (ASCAP), que propôs a licença de obras 
musicais no ciberespaço (Experimental License Agreement for 
Computer Online Services, Eletronic Bulletin Boards, Internet 
Sites and Similar Operations).
78 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
As questões jurídicas levantadas em torno da internet se 
dão em razão de não se poder afirmar se a internet é um meio de 
comunicação impresso ou um veículo de broadcasting (caso das 
emissoras de TV). Da definição dessa questão, derivariam duas 
consequências legais: no primeiro caso, estabeleceria a internet 
como um meio livre de censura e controle governamental; 
no segundo caso, a internet ficaria sujeita a esse controle e à 
autorregulação.
Alguns complicadores dessa situação são apontados por 
Gandelman (2007): o primeiro é que a internet não tem dono, 
ou seja, não seria possível ainda estabelecer responsabilidades 
nesse âmbito; o segundo é seu princípio elementar, pois, embora 
ela seja formada a partir da transformação de átomos em bits 
(questão do suporte), isso não altera a legitimidade de cobrança 
do Direito Autoral. 
Alguns pontos ainda se encontram em discussão: a obra 
transmitida é uma reprodução, uma distribuição ou ambas? A 
responsabilidade é do servidor de acesso ou do indivíduo que 
incorpora conteúdo e o transmite? Qual a importância dos 
territórios onde se origina, onde se recepciona e onde se vende 
o sinal?
Na categoria de manipulação de imagens e sons, o 
princípio de plágio é o elemento fundamental de transgressão 
potencial, passível de penalidade no caso de reconhecimento 
total ou parcial, na obra produzida, de outra obra sem menção 
de seu autor original. Segundo Gandelman (2007, p. 191), em 
solo americano:
Quaisquer alterações na informação de titularidade e outros 
detalhes fraudulentos e de utilização ilegal, que venham a 
prejudicar os legítimos interessados, estarão sujeitos a sanções 
79© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL:COPYRIGHT E COPYLEFT
civis e penais que podem chegar a multas de 500 mil dólares e 
ou prisão de até cinco anos. 
Referindo-nos à atualização de publicações sobre a internet 
no Brasil, lançando mão de Kurbalija (2016, p. 230), observa-
se que: “A Lei 12.965, de 23 de abril de 2014 (o Marco Civil da 
internet) contém um detalhamento excepcional sobre direitos e 
deveres no âmbito da internet pelo Comitê Gestor da internet 
no Brasil”. 
Segundo o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de 
Direito do Rio De Janeiro, abrigado na Fundação Getúlio Vargas, 
o Marco Civil da internet no Brasil:
[...] busca traçar as diretrizes, os parâmetros, as pautas que 
serão detalhadas e desenvolvidas no futuro por legisladores, 
governantes, magistrados, além de estudantes e pesquisadores 
de temas ligados ao desenvolvimento da rede (FUNDAÇÃO..., 
2012, p. 23).
São três os pilares do Marco Civil da internet; o primeiro, o 
de Fundamentos, tem como base:
[...] [o] reconhecimento da escala mundial da rede; os direitos 
humanos e o exercício da cidadania em meios digitais; a 
pluralidade e a diversidade; a abertura e a colaboração; a 
livre-iniciativa; a livre concorrência e a defesa do consumidor 
(FUNDAÇÃO..., 2012, p. 23).
O segundo pilar, o de Princípios, por sua vez, tem como 
base:
[...] [a] garantia da liberdade de expressão, comunicação e 
manifestação de pensamento, nos termos da Constituição; 
a proteção da privacidade; a proteção aos dados pessoais; a 
preservação e a garantia da neutralidade da rede; a preservação 
da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio 
de medidas compatíveis com os padrões internacionais e pelo 
estímulo ao uso de boas práticas; a responsabilização dos 
80 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
agentes de acordo com suas atividades nos termos da lei; e, 
finalmente, a preservação da natureza participativa da rede. 
(FUNDAÇÃO..., 2012, p. 24).
Por último, o terceiro pilar, o de Objetivos, procura efetivar:
[...] a promoção do direito de acesso à internet a todos os 
cidadãos; a promoção do acesso à informação, ao conhecimento 
e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos 
públicos; a promoção da inovação e o fomento à ampla difusão 
de novas tecnologias e modelos de uso e acesso; e a promoção 
da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a 
comunicação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre 
aplicações e bases de dados (FUNDAÇÃO..., 2012, p. 24). 
A lei que estabelece os princípios de uso da internet no 
Brasil, aprovada em 2014, apresenta em seu art. 19, parágrafo 
2, o seguinte enunciado a respeito dos Direitos Autorais na rede:
A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos 
de autor ou a direitos conexos depende de previsão legal 
específica, que deverá respeitar a liberdade de expressão e 
demais garantias previstas no art. 5º da Constituição Federal 
(BRASIL, 2014b, p. 1).
Na opinião de Joost Smiers (2006), o Copyright, no contexto 
globalizado, tornou-se um negócio administrado por uma tendência 
em fixar controle sobre bens culturais por meio de fusões que 
possibilitam acesso, manipulação e “domínio” dos componentes 
“autoria” e “obra”, impondo como lógica do entretenimento atual 
a oferta reduzida e, consequentemente, o consumo exacerbado 
de produtos-patrimônios de empresas. Segundo o autor:
A melhor forma de adquirir direitos de imensas quantidades 
de entretenimento e outros materiais artísticos é por meio 
de fusões. Sinergia é a base lógica para os conglomerados 
abocanharem tanto material de copyright quanto possível [...] 
(SMIERS, 2006, p. 92).
81© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
Nesse contexto, o mundo cultural pode ser entendido 
como espaço de lutas simbólicas – um Campo, pela acepção de 
Bourdieu (1989), orientado por valores simbólicos de uma cultura 
dominante –, organizado a partir das demandas por direitos de 
propriedade particular e atuação de advogados, mas, também, 
relacionados com os determinantes dessas lutas. Um exemplo 
citado por Smiers (2006) que ilustra essa tendência a disputas de 
ordem legal refere-se à causa movida pelo artista Daniel Buren, 
autor das fontes instaladas na monumental Place de Terreaux, 
em Lyon (França): “Ele pleiteava receber copyright de todos que 
fotografassem a praça” (SMIERS, 2006, p. 94).
As leituras indicadas no Tópico 3.2 tratam da questão do 
Copyright e possibilitam a compreensão desse tema por outros 
ângulos. Neste momento, você deve realizar essas leituras para 
aprofundar o tema abordado.
2.3. COPYLEFT (SOFTWARE LIVRE)
Todo movimento exagerado em uma direção, em nível 
social, repercute numa tentativa de mudança de perspectiva, 
ou de “correção” de rota, buscando uma adequação do que se 
considera inconciliável. Nesse sentido, em oposição ao princípio 
de Copyright, nasceu o princípio de Copyleft.
A princípio, o movimento de Copyleft (Software Livre) 
foi uma reação ao predomínio da Microsoft no mercado de 
software de computadores, de que derivou a criação do sistema 
operacional Linux, instalando um novo modelo de negócio, 
baseado no princípio de Cooperativismo.
Com o desenvolvimento da ideia do Software Livre – 
liberdade de produção por cooperação coletiva –, estabeleceu-
82 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
se – pela dinamização da liberdade de compartilhamento de 
informação pela internet – um ambiente propício ao aparecimento 
de outras formas de gerenciamento do conhecimento social; 
entre alguns exemplos de softwares que se baseiam nesses 
princípios, podemos citar:
1) Wikipedia: enciclopédia construída integralmente pelo 
princípio de colaboração internacional, permitida, por 
sua vez, pelo conceito de “licença de uso”, que dá 
liberdade aos usuários visitantes de criarem novos 
verbetes e revisarem os já existentes, sem intervenção 
“editorial”. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/>. 
Acesso em: 14 nov. 2017.
2) Revista Kuno5hin: site colaborativo sobre tecnologia 
e cultura. Tanto separadamente como em suas 
interações, é uma comunidade virtual movida pelo 
“agrupamento” de pessoas inquietas, dispostas a 
discutir o mundo e as condições de viver esse mundo 
enquanto realidade mútua. Disponível em: <http://
www.kuro5hin.org/>. Acesso em: 14 nov. 2017.
3) Creative Commons: mecanismo que objetiva 
desenvolver licenças para disponibilização de trabalhos 
realizados por qualquer indivíduo ou entidade 
interessados na liberação de uso público desses 
trabalhos. Disponível em: <http://creativecommons.
org.br/>. Acesso em: 14 nov. 2017.
4) Sherpa/Romeo: é parte dos Serviços SHERPA da 
University of Nottingham. Romeo tem colaborado 
com outros parceiros internacionais, contribuindo 
para o desenvolvimento e a manutenção do serviço. 
Disponível em: <http://www.sherpa.ac.uk/index.
html>. Acesso em: 14 nov. 2017.
83© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
No nível institucional brasileiro, o portal Software Público, 
desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento 
e Gestão (BRASIL, 2014a, p. 1), descreve o instrumento Software 
Público brasileiro como:
[...] um tipo específico de software livre que atende às 
necessidades de modernização da administração pública 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e é compartilhado sem ônus no Portal 
do Software Público Brasileiro, resultando na economia de 
recursos públicos e constituindo um recurso benéfico para a 
administração pública e para a sociedade.
Outros ambientes têm pesquisado e publicado a respeito 
dotema no Brasil – espaços como o da Fundação Getúlio 
Vargas do Rio de Janeiro, por exemplo –, possibilitando maior 
aprofundamento dessa discussão.
Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no 
Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 3.3 para 
compreender melhor a questão do Copyleft e sua implicação no 
trabalho bibliotecário.
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone 
Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível 
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 
(Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a 
lista de vídeos.
•	 Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e 
selecione: Ação Cultural – Vídeos Complementares – Complementar 
3.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
84 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmente 
os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE 
INTELECTUAL
Tanto a noção de Sistema de Produção Cultural quanto a 
de Propriedade Intelectual serão aprofundadas neste subtópico. 
Nosso objetivo com esta seleção de textos é sensibilizá-lo no 
tocante aos elementos essenciais desses dois componentes, a 
nosso ver, desapercebidamente entrelaçados em nosso cotidiano.
• LIMA, Marília de. Seminário de produção cultural vídeo 
01: cultura e produção cultural: introdução. ECOOA 
Cursos. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=ljSPCOwjYtA>. Acesso em: 23 ago. 2017.
• O MERCADO e o negócio da indústria cultural no 
Brasil. SEBRAE-SP. 2013. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=uMiuu6PrkiM>. Acesso em: 23 
ago. 2017.
• TEORIA Crítica e a indústria cultural. Rádio e TV UNESP 
Bauru. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=mLmw6JaJNlc>. Acesso em: 23 ago. 2017.
3.2. COPYRIGHT
O conceito de Copyright – sinônimo de Direito Autoral, no 
Brasil – é aprofundado pelo material apresentado nesta subseção. 
85© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
Tentamos realizar uma seleção abrangente que contemplasse 
questões de aplicação e de conceituação do tema, esperando 
que a seleção oportunizasse uma visão mais relacionada com o 
fazer bibliotecário no contexto contemporâneo.
• CRUZ, Ranielle Sauzem. A tutela dos direitos autorais 
na idade mídia e a garantia da liberdade de acesso à 
informação no âmbito internacional. In: CONGRESSO 
INTERNACIONAL DE DIREITO E CONTEMPORANEIDADE. 
1., Santa Maria. Anais... Santa Maria: Universidade 
Federal de Santa Maria, 2012. Disponível em: <http://
coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2012/9.pdf>. 
Acesso em: 23 ago. 2017.
• MAGRANI, Eduardo. II Seminário Diálogos Biblioo: 
Legislação de direitos autorais do Brasil. Biblioo Cultura 
Informacional. 2016. Disponível em: <http://biblioo.
cartacapital.com.br/eduardo-magrani-2/>. Acesso em: 
22 ago. 2017.
• ZANINI, Leonardo Estevam de Assis. A proteção 
internacional do direito de autor e o embate entre 
os sistemas do copyright e do droit d’auteur. Revista 
Videre, v. 3, n. 5, 2011. Disponível em: <http://ojs.ufgd.
edu.br/index.php/videre/article/view/971>. Acesso 
em: 23 ago. 2017.
3.3. COPYLEFT
Tal como objetivado na subseção anterior, nos mesmos 
moldes, tentamos elaborar uma seleção de textos que 
exemplificassem as aplicações do conceito e, em algum sentido, 
aprofundassem sua dimensão teórica.
86 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
• BENETI, Daniela. Fanfiction.net: o fenômeno da 
escrita colaborativa, criatividade, storytelling e a 
questão do copyright na internet. Cultura de Rede. 
2009. Disponível em: <http://Culturaderede.Pbworks.
Com/W/Page/9823229/Daniela%20Beneti%20-%20
Fanfiction>. Acesso em: 22 ago. 2017.
• CORDEIRO, André. A informação que quer ser livre: 
Crescem as iniciativas para tornar os artigos científicos 
acessíveis a todos. Revista.br, v. 12, n. 8, p. 20-23, 2017. 
Acesso em: <https://cgi.br/media/docs/publicacoes/3/
revista-br-ano-08-2017-edicao12.pdf>. Acesso em: 23 
ago. 2017.
• O MENINO da internet: a história de Aaron Swartz. 
Direção: Brian Knappenberger. Produção: Kickstarter, 
2014. Home page. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=uAe_9qBxwOc>. Acesso em: 23 
ago. 2017.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos 
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O conceito de Direito Autoral (Copyright) é, especificamente, uma das di-
mensões da: 
a) a) produção científica.
b) b) produção tecnológica.
c) c) propriedade intelectual.
d) d) produção nacional.
87© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
2) Qual dos tratados a seguir incluiu a questão dos computadores?
a) Berna.
b) Roma.
c) TRIPS.
d) Genebra.
3) O movimento Copyleft, inicialmente, foi uma reação à:
a) ideologia fundamentalista da Linux.
b) tolerância ao desenvolvimento tecnológico.
c) criação de tecnologias midiáticas.
d) predominância da Microsoft no mercado de computadores (software).
4) Tente explicar em que contexto podem ser aplicados os seguintes 
questionamentos: a obra transmitida é uma reprodução, uma distribuição 
ou ambas? A responsabilidade é do servidor de acesso ou do indivíduo 
que incorpora conteúdo e o transmite? Qual a importância dos territórios 
onde se origina, onde se recepciona e onde se vende o sinal?
Gabarito 
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões 
autoavaliativas propostas:
1) c.
2) c. 
3) d.
4) Espera-se que você consiga estabelecer relações entre questões 
apresentadas na abordagem do ambiente virtual e alguns pontos da Lei 
de Direitos Autorais relacionados ao ambiente físico, demonstrando que 
prevalece uma controvérsia entre estes dois aspectos, físico e virtual. 
88 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
5. CONSIDERAÇÕES
Por meio dos pontos salientados durante esta unidade, 
tentamos estabelecer alguns elementos orientadores da prática 
bibliotecária em relação à questão dos objetos culturais em 
circulação no Sistema de Produção Cultural no âmbito nacional, 
abordando, no entanto, alguns referenciais estrangeiros.
Supomos que o tema não se esgota, de maneira nenhuma, 
a partir desses recortes, mas que estes são promotores do 
desenvolvimento de uma atitude responsável e criticamente 
aplicada, principalmente, pela limitação e complexidade 
inerente ao contexto contemporâneo, em que a internet e as TICs 
proliferam sua influência na troca e disseminação de mensagens 
em variados suportes.
Na próxima unidade, abordaremos a relação da biblioteca 
com o tema das Políticas Culturais no Brasil, trazendo como temas 
conexos a ideia de Proximidade entre Públicos, Consumo e Práticas 
Culturais. Consideramos tais assuntos como desdobramentos 
dos temas anteriormente desenvolvidos, cabendo, entretanto, 
enfatizá-los enquanto componentes críticos na Ação Cultural do 
bibliotecário.
6. E-REFERÊNCIAS
BENETI, D. Fanfiction.net: o fenômeno da escrita colaborativa, criatividade, 
storytelling e a questão do copyright na internet. Cultura de Rede. 2009. Disponível 
em: <http://Culturaderede.Pbworks.Com/W/Page/9823229/Daniela%20Beneti%20-%20Fanfiction>. Acesso em: 22 ago. 2017.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. O que é o 
Software Público. Portal Software Público Brasileiro. 2014a. Disponível em: <https://
softwarepublico.gov.br/social/spb/o-que-e-o-software-publico>. Acesso em: 23 ago. 
2017.
89© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 12.965, de 23 de abril de 2014: estabelece 
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Brasília: 
Casa Civil, 2014b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12965.htm>. Acesso em: 27 ago. 2017.
CORDEIRO, A. A informação que quer ser livre: Crescem as iniciativas para tornar os 
artigos científicos acessíveis a todos. Revista .br, v. 12, n. 8, p. 20-23, 2017. Acesso em: 
<https://cgi.br/media/docs/publicacoes/3/revista-br-ano-08-2017-edicao12.pdf>. 
Acesso em: 23 ago. 2017.
CRUZ, R. S. A tutela dos direitos autorais na idade mídia e a garantia da liberdade 
de acesso à informação no âmbito internacional. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE 
DIREITO E CONTEMPORANEIDADE. 1., Santa Maria. Anais... Santa Maria: Universidade 
Federal de Santa Maria, 2012. Disponível em: <http://coral.ufsm.br/congressodireito/
anais/2012/9.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017.
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito 
do Rio de Janeiro. Relatório de políticas de internet Brasil 2011. São Paulo: Comitê 
Gestor da Internet no Brasil, 2012. Disponível em: <http://www.cgi.br/sobre-cg/index.
htm>. Acesso em: 10 nov. 2017.
FURNIVAL, A. C. M.; ALMEIDA, B. M.; SILVA, M. D. P. As Políticas de Direitos Autorais e 
de Reuso Presentes nas Revistas Brasileiras de Acesso Aberto das Áreas Biológicas e de 
Saúde Disponibilizadas na Plataforma Scielo-Brasil. Encontros Bibli, v. 20, n. 44, p. 25-
42, 2015. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-
2924.2015v20n44p25>. Acesso em: 02 dez. 2015.
GANDELMAN, H. De Gutemberg à internet: direitos autorais das origens à era digital. 
Rio de Janeiro: Editora Record, 2007. <http://www.cgi.br/media/docs/publicacoes/1/
CadernoCGIbr_Uma_Introducao_a_Go
vernanca_da_Internet.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.
LIMA, M. de. Seminário de produção cultural vídeo 01: cultura e produção cultural: 
introdução. ECOOA Cursos. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=ljSPCOwjYtA>. Acesso em: 23 ago. 2017.
MAGRANI, Eduardo. II Seminário Diálogos Biblioo: Legislação de direitos autorais do 
Brasil. Biblioo Cultura Informacional. 2016. Disponível em: <http://biblioo.cartacapital.
com.br/eduardo-magrani-2/>. Acesso em: 22 ago. 2017.
O MENINO da internet: a história de Aaron Swartz. Direção: Brian Knappenberger. 
Produção: Kickstarter, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=uAe_9qBxwOc>. Acesso em: 23 ago. 2017.
O MERCADO e o negócio da indústria cultural no Brasil. SEBRAE-SP. 2013. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=uMiuu6PrkiM>. Acesso em: 23 ago. 2017.
90 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO 
UNIDADE 3 – O SISTEMA DE PRODUÇÃO CULTURAL E A PROPRIEDADE INTELECTUAL: 
COPYRIGHT E COPYLEFT
TEORIA Crítica e a indústria cultural. Rádio e TV UNESP Bauru. 2017. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=mLmw6JaJNlc>. Acesso em: 23 ago. 2017.
ZANINI, L. E.de A. A proteção internacional do direito de autor e o embate entre os 
sistemas do copyright e do droit d’auteur. Revista Videre, v. 3, n. 5, 2011. Disponível 
em: <http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/videre/article/view/971>. Acesso em: 23 ago. 
2017.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: DIFEL, 1989.
COELHO, T. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001.
KURBALIJA, J. Uma introdução à governança da internet. Tradução Carolina Carvalho. 
São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2016.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015.
SMIERS, J. As artes sob pressão: promovendo a diversidade cultural na era da 
globalização. São Paulo: Escritura Editora; Instituto Pensante, 2006. 367 p.

Outros materiais