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91 BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Objetivos • Apresentar as relações da biblioteca com o conceito de Política Cultural. • Promover o conhecimento dos elementos básicos de um Projeto Cultural. • Possibilitar o reconhecimento dos pontos de apoio do conceito de Políticas Culturais de Proximidade em relação à Ação Cultural. • Possibilitar a identificação das questões relacionais entre consumo e Prá- ticas Culturais. • Estabelecer uma noção global que permita a possibilidade de compati- bilização entre a Ação Cultural eficiente e a complexidade sociocultural contemporânea. Conteúdos • Descrição dos movimentos de aproximação entre o espaço biblioteca e o conceito de Políticas Culturais. • Descrição das fases e dos componentes básicos de um Projeto Cultural. • Aprofundamento do conceito de Política Cultural de Proximidade. • Relação entre consumo e Práticas Culturais. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: UNIDADE 4 92 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS 1) Não se limite ao conteúdo deste material didático; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual. 2) Busque identificar os principais conceitos apresentados e siga a linha gradativa dos assuntos. 3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador. 93© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS 1. INTRODUÇÃO Retomando um pouco o conceito de Sistema como um conjunto de componentes interdependentes que se conformam em condições de abertura (Sistema Aberto) e fechamento (Sistema Fechado), nas considerações de Morin (2015), compreende-se a Cultura, necessariamente, como um Sistema Aberto, que permite trocas entre o meio que o cerca e os próprios segmentos internos que o formam. Entendemos que uma Política Cultural de Proximidade, no âmbito nacional, deva ter como pauta os elementos que influenciam tais dinâmicas. Nesse sentido, temas como Territórios (espaços de delimitação física, virtual ou conceitual), Públicos (indivíduos, grupos ou coletivos a que se direcionam determinada ação e/ou mensagem) e Práticas Culturais (ações voltadas para concretização ou desenvolvimento de determinada cultura, seja esta local, nacional ou global) são elementos determinantes do funcionamento, ou da prospecção para projetos de ordem cultural. Cerezuela (2015, p. 16) salienta, no tocante à proposição/ elaboração de um Projeto: Seria um equívoco pensar que um bom projeto é aquele que está tecnicamente bem formulado. O melhor dos projetos é aquele que está bem fundamentado em suas finalidades e seu contexto, e depois, mas só depois, está bem exposto num documento que ajuda o redator a apresentá-lo e o leitor a entendê-lo. Apropriando-nos dessa premissa, compreendemos que o aconselhamento é que, mesmo cuidando da forma, não nos esqueçamos nunca do conteúdo, seus embasamentos e objetivos, pois uma forma bem elaborada, mas vazia de “alma” resultaria 94 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS em frustração pelo uso ineficiente dos recursos, resultando em uma situação ineficaz. Assim, contextualizando a noção de Projeto com o objeto Cultura, Cerezuela (2015, p. 24) define o Projeto como: “[...] a concretização de uma vontade que, particularmente no campo cultural, chamaremos de política cultural [...].” Com o objetivo de enfatizar a definição que o autor dá de Política Cultural, continuamos na mesma citação: “[...] entendendo por isso [Política Cultural] o conjunto de valores, ideias, orientações e diretrizes que uma organização quer desenvolver” (p. 24). Desse modo, nos tópicos apresentados a seguir, trataremos dessas confluências entre a execução, o meio e os objetivos da interação, tendo como motivador de nossa discussão a obtenção de uma solução que contemple: a harmonização entre as questões de diversidade cultural pela busca de um consenso entre os agentes e o espaço social da ação. 2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão integral, consideramos necessário o aprofundamento desses conteúdos pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador, apresentado no Tópico 3 desta unidade. 2.1. BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL No Brasil, o pensamento a respeito da biblioteca sob o aspecto histórico, geralmente, se elabora a partir da chegada da família real portuguesa, no século 17. Outras abordagens, 95© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS relacionando a biblioteca com o desenvolvimento da Biblioteconomia, indicam o movimento jesuíta (século 16). Milanesi (1983) inclui ambos os eventos em sua narrativa sobre o desenvolvimento da biblioteca, no capítulo dedicado ao tema no Brasil. De maneira precisa, pelo recorte de Política Cultural no Brasil, em relação ao espaço biblioteca, dependendo do autor – pela perspectiva de Cunha (2010), por exemplo, utilizado em unidade precedente –, o conceito de Política Cultural pode se mesclar com o conceito de Política Pública relacionada à Cultura, possibilitando uma visão um pouco menos rigorosa do conceito, empregado em relação às iniciativas governamentais de financiamento da Cultura. Nesta unidade, complementarmente, utilizaremos a visão de Teixeira Coelho (2001), um pouco mais crítica, em que o Investimento Financeiro, em si, é considerado uma das etapas das Políticas Culturais, cabendo estabelecer outros componentes do ciclo de desenvolvimento total da Cultura. Segundo o autor: Para existir, um bem cultural tem de ser produzido. Mas isso não basta [...] é preciso que esse bem chegue a seu usuário ou consumidor, e isto requer um mecanismo de distribuição que leve o produto aos diversos pontos onde aquele usuário ou o inevitável intermediário se localiza. Tendo-se garantido a produção e a distribuição, ainda não se garantiu quase nada: aquele usuário deve poder apossar-se fisicamente do produto cultural, para o que, em nossa sociedade, precisará de dinheiro (troca). E isto resolvido, seja porque o usuário tem dinheiro, seja porque se encontre alguma forma substitutiva (doação, subsídio, financiamento), para que o processo cultural se complete é preciso que o usuário realmente use o bem, integre-o em si, penetre nele (COELHO, 2001, p. 76). 96 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Pela posição de Coelho (2001), essa gama de ações e exigências não é contemplada pelas “Políticas Culturais”, que, dessa maneira, deixam de ser uma política eficiente, ou melhor, são apenas ações isoladas, incapazes de darem à Cultura – em médio ou longo prazo – uma chance razoável de desenvolvimento e uso “democrático” tanto do ponto de vista do artista quanto do usuário. Os momentos históricos da Ação Cultural, no geral, são classificados por Coelho (2001) como de caráter Institucional (visão patrimonialista, que dá ênfase à valorização da obra de arte), Sociológico (pelo qual se enfoca a questão social, valorizando sua função pedagógica) e Individualista (não existente no Brasil, segundo o autor,é aquela que se interessa pelo desenvolvimento do sujeito como ser autônomo). O autor não chega a destacar o papel da biblioteca como espaço destinado ao desenvolvimento de uma Política Cultural; faz, no máximo, uma distinção entre a biblioteca e espaços como Centros de Cultura/Casas de Cultura, que, em território francês, envolvem um interesse educativo, contrastante com o interesse cultural defendido por Coelho (2001). Assim, vemos então que, independentemente do uso do termo biblioteca, a lógica de atuação que o autor confere ao Centro de Cultura francês é, de modo geral, a mesma atribuída às bibliotecas brasileiras, ou seja, de instrução pedagógico- educacional, sem motivação libertário-cultural, prevalecendo uma ideia de dominação sobre o outro pela imposição de uma “imagem” civilizatória de Cultura, desconsiderando o que esse outro entende, ou quer entender, sobre Cultura. Podemos perceber que a posição é semelhante à naturalização da atribuição de um valor cultural a determinados 97© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS tipos de conhecimentos (como padrões certificados) em detrimento de outros (como padrões destituídos de certificação), estabelecendo valorização do indivíduo conforme o conteúdo informacional que este detém em relação a essa escala de valores, o que Bourdieu (1989) denominou de Capital Cultural. Nas considerações de Coelho (2001), ainda precisamos construir essa ideia de Política Cultural – sobretudo no Brasil –, desvinculando-a de uma visão reducionista que a considera como sinônimo de Política Educacional e de Produção Cultural Mercantil. No sentido dessa desvinculação, um primeiro desafio seria reconsiderar o conceito de Produção Cultural numa escala mais “vital”, ou seja: [...] romper os monopólios da produção e colocá-Ia ao alcance efetivo do maior número de pessoas. A isto é que se poderá chamar de “democratização da cultura” propriamente dita. Criemos cem, mil, um milhão de produtores. Esta seria a ação cultural por excelência, em sintonia com tendências radicais na arte detectadas pelo menos desde o início da década de 60 (COELHO, 2001, p. 84). O que supomos, então, como prerrogativa de uma Política Cultural real, no âmbito da biblioteca (ou de outros espaços semelhantes), poderia ser resumido pela consideração desse espaço como lugar de descoberta e de exercício de desenvolvimento criativo tanto de uma cidadania quanto de uma subjetividade inerente a cada indivíduo, comunidade ou grupo social. Dessa maneira, o que propomos no tópico a seguir, é abordar o tema do Projeto Cultural, como uma estratégia de solidificação desse interesse. 98 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS A ideia de projeto Tendo como ponto de partida as ideias de Coelho (2001) sobre como o Agente Cultural deve proceder, faremos uso da “localização” estratégica desse elemento, que, segundo o autor: [...] está no centro de um cruzamento ligando diversas figuras normalmente afastadas umas das outras: a arte, o artista, a coletividade, o indivíduo e os recursos econômicos (ou fontes financiadoras, como o Estado ou a iniciativa privada, que não produzem a cultura diretamente, mas detêm o poder de torná- la realidade) (COELHO, 2001, p. 67). Em consequência dessa carga de atribuições, tratar da questão do projeto parece algo que ultrapassa os limites físicos desse indivíduo, que, no entanto, lançando mão de certa sensibilidade, disciplina e senso administrativo, poderá produzir um Projeto Cultural tanto bem elaborado quanto bem fundamentado. Concentrando-nos, agora, na questão do projeto, parece- nos até contraditório abordá-lo enquanto subtópico – dado o valor que representa. No entanto, a ideia do projeto, ainda que sutilmente, perpassa todo o complexo de unidades desse trabalho, uma vez que os assuntos-temas dessas unidades são delineados como ações ou combustíveis para uma ação efetiva, “politicamente” estabelecida. Falar em projeto é falar em ação planejada e, portanto, logicamente, falar em Projeto Cultural é falar em Ação Cultural planejada. Retomando Cerezuela (2015), todo projeto envolve o risco, uma vez que planejar algo significa estabelecer ações que visam ao cumprimento de objetivos futuros (sejam em curto, médio ou longo prazo), havendo, portanto, a possibilidade de interferências não pensadas e a alteração dos trajetos idealizados no momento de proposição. 99© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Todo bom projeto, nessas circunstâncias, prevê ações se baseando em um quadro contextual realista. Todo ótimo projeto é, nesse sentido, o projeto finalizado dentro do objetivo estabelecido no início e, etapa por etapa, construído, executado e realizado dentro de um período de tempo pré-estabelecido. As etapas apresentadas por Cerezuela (2015) podem ser sintetizadas por duas dimensões básicas: 1) Planejamento/Formulação: propõe-se o que se pretender fazer e formaliza-se essa pretensão em um documento dirigido a uma avaliação interna ou externa. 2) Produção/Execução: sendo validado o projeto, parte-se para sua realização, cabendo também sua avaliação. O autor detalha sua proposta de elaboração de Projetos Culturais nas seguintes fases: • Bases conceituais: vetor composto das definições de finalidades do projeto, dinâmicas territoriais e setoriais, enquadramento por outras propostas, origens e antecedentes do projeto, análise interna da organização pela qual o projeto será gerido e diagnóstico. • Definição: em que se verificam quais são os destinatários do projeto, os objetivos e as previsões de avaliação, os conteúdos, as estratégias e as atividades a serem contempladas, e o modelo de gestão a ser empregado na execução. • Produção: em que se apresenta um planejamento da produção, sua estrutura organizacional e de recursos humanos, a forma de comunicação, os requisitos tanto técnicos quanto de infraestrutura, as questões jurídicas envolvidas e a forma de gestão econômica e financeira. 100 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você poderá acompanhar as influências dos laços relacionais entre a biblioteca e as Políticas Culturais. Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. 2.2. POLÍTICAS CULTURAIS DE PROXIMIDADE Uma questão intimamente relacionada à ideia de Política Cultural, conforme já salientado, é o de Política Pública, que, se comparada à primeira, pode levantar a seguinte distinção: uma Política Cultural não precisa ser necessariamente “planejada” pelo Estado, podendo ser elaborada por organizações de ordem civil, ao passo que uma Política Pública advém, teórica e praticamente, de uma iniciativa do Estado na ordem pública. Nesses termos, mesmo que uma Política Pública envolva elementos da Sociedade Civil ou do Setor Privado – em papéis claramente definidos –, ela continua a ser uma ação política que tem no Estado seu agente deliberador, sendo necessário que sua iniciativa atenda aos interesses desses diversos públicos, ou que os reflexos de sua “intervenção” atinjam os objetivos e as classes que deles se abasteçam. Já tocamos no ponto da grande diversidade de Identidades e Culturas no plano social contemporâneo, considerando, inclusive, o fenômeno da Globalização como um fator impactante na condução de Políticas Públicas Globais em detrimento de realidades locais. Neste subtópico, a questão a ser desenvolvidaé a de que o uso de Políticas Culturais de Proximidade entre públicos diversificados é, essencialmente, uma questão política. Guerreiro (2011, p 179) observa que: 101© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Refletir sobre o patrimônio simbólico de uma sociedade não é tarefa trivial. O conceito de cultura adotado por determinado governo na definição de uma política de Estado refletirá diferenciadamente na execução da política cultural a ser executada. Isso nos conduz para outro componente inerente à Cultura, de grande impacto na proposição/execução de Políticas Culturais, a diversidade, pois, segundo Coelho (2011, p. 21), caminhar para a “diluição” das diferenças numa sociedade é descaracterizar a Cultura, “[...] que move o indivíduo, o grupo, para longe da indiferença, da indistinção [...]”. Segundo Silva (2011, p. 95), os aspectos considerados relevantes para uma Política Cultural de Proximidade são aqueles: [...] que procuravam dar conta de algumas facetas dos processos culturais locais, tais como: participação na vida cultural da comunidade; intercâmbio cultural; políticas com foco na cultura como direito; contribuição às políticas públicas; transversalidade da cultura; e gestão compartilhada. Tais aspectos parecem fortalecer a noção de um movimento que solidifique o envolvimento orgânico dos indivíduos com seu meio, desenvolvendo a ideia de uma identidade multifacetada (capaz de se orientar tanto pelos estímulos exteriores ao seu espaço de articulação social quanto aos apelos de sua própria comunidade). Ou seja, o reconhecimento de uma Cultura Global não diminui o valor de uma Cultura Local, pelo contrário (e até contraditoriamente), fortalece a ambas. Também se verifica uma ideia de responsabilidade mútua entre coletividade, Estado e Instituições envolvidas no processo de desenvolvimento dessa política, deslocando a tarefa do agente cultural para um patamar que Coelho (2001, p. 65) considera “coadjuvante”, pois caberia a esse agente “[...] reconhecer que na 102 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS ação cultural seu objetivo não é criar diretamente, mas apenas criar as condições para que outros o façam.” As leituras indicadas no Tópico 3.2 trazem aspectos relativos à questão das Políticas Culturais de Proximidade. Neste momento, você deve realizar essas leituras para aprofundar o tema abordado. 2.3. CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS Por último (mas não menos importante), nos deparamos com a questão do Consumo Cultural e sua relação com as Práticas Culturais. Aborda-se primeiramente o conceito de Consumo, no contexto da Cultura, pela concepção de Coelho (2001, p. 82), que considera o termo mais: [...] apropriado para designar aquilo que ocorre numa sociedade alienada onde, por motivos fúteis e exteriores àqueles que assim procedem, coisas são compradas e “utilizadas” de um modo superficial. Ele também orienta sobre a utilização do termo Uso, a ser empregado, segundo o autor: “[...] quando o processo por ele coberto [...] [implique] a apropriação plena do bem pelo sujeito, na exploração de todo seu potencial, na integração entre bem e sujeito.” (COELHO, 2001, p. 82). Cabe salientar que ambos os conceitos são abordados por Coelho (2001), no contexto de Ação Cultural, como resultantes desta, e, portanto, limitados a essa condição. Ou seja, o autor tenta ordenar um sentido menos “alienante” e mais “consciente”. A repercussão desse controle terminológico provoca impacto relevante na forma com que se conduziria, inclusive, 103© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS o processo de construção dessa Ação Cultural e dessa Política Cultural, pois, na proposta de Coelho (2001), o grau de envolvimento do indivíduo no processo de construção de uma Cultura própria – ou reconhecimento dos principais elementos que compõem essa Cultura – estaria relacionado com a condição de Ator Cultural (para distinguir do papel de Agente Cultural) ocupada pelo sujeito, grupo ou comunidade no centro da ação. Trata-se de criar o maior número possível de oportunidades para que o maior número possível de interessados conheça a parte essencial da aventura cultural que é a criação, distanciada milhões de anos-luz da experiência passiva da contemplação, da recepção. (COELHO, 2001, p. 85) A Prática Cultural, nesse sentido, deixa de ser uma palavra vazia, ou situada em fenômenos localizados – e engessados. Ela passa a ser uma realidade do próprio sujeito que a experimenta em toda a sua potencialidade – o que não implica, segundo o autor, a exclusão dos profissionais do sistema produtivo de consumo artístico, mas, sim, a inclusão do leigo como produtor também de sua realidade cultural. As esferas de vida impactadas por essa Prática Cultural, enquanto resultado de uma Ação Cultural eficiente, são elencadas por Coelho (2001), e apresentadas aqui, sinteticamente como: • Imaginação: esfera em que “[...] a consciência reflete sobre si mesma, inventa a si mesma, se abre para as possibilidades, libertando-se do ser e do dever ser para aceitar o desafio do poder ser [...]” (p. 93). • Ação: esfera em que “[...] o sujeito, ativamente pronto, sem tensão ou distração, penetra no tempo presente e viabiliza aquilo que sua imaginação ‘pré-sentiu’, ‘pré- dispôs’ [...]” (p. 43). 104 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS • Reflexão: esfera em que é permitido “[...] fazer a si mesmo uma proposta de continuidade de si próprio, de sua consciência e de sua ação, numa integração com o passado capaz de permitir-lhe o exercício teórico [...]” (p. 94). Assim, a finalidade e os objetivos de uma Ação Cultural relativos a uma Cultura vivamente estabelecida se realizam pela manutenção desse fenômeno, sem, no entanto, tentar controlá- lo ou moldá-lo a partir de contingências próprias do Agente Cultural. A biblioteca se encerra nessa realidade pela própria missão de armazenar e distribuir conhecimento. A prática cultural bibliotecária, seja esta representada pelo agente ou pela instituição, não deve ser confundida com a prática de sua comunidade, ou daqueles que nela buscam respostas (ou mais questionamentos) acerca de suas necessidades informacionais. Sua missão também não deve ser a de impor valores a bel-prazer, ela deve se conduzir de acordo com as necessidades de seus usuários, atendendo-os de maneira que estes mesmos obtenham os recursos informacionais de que estão necessitados. Antes de realizar as questões autoavaliativas propostas no Tópico 4, você deve fazer as leituras propostas no Tópico 3.3 para compreender um pouco a mais o tema do Consumo e das Práticas Culturais. Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. • Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo 105© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS (Complementar). Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos. • Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e selecione: Ação Cultural – Vídeos Complementares – Complementar 4. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR O Conteúdo Digital Integradorrepresenta uma condição necessária e indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL No tocante à realidade da biblioteca e à sua relação com a Política Cultural no Brasil, foram selecionados os seguintes textos, considerados auxiliares de uma visão mais abrangente do tema. • ITAÚ CULTURAL. Políticas culturais, passado e presente: observatório (2016): episódio 6. Itaú Cultural. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=57WGVQAz0OY>. Acesso em: 26 ago. 2017. • MACHADO, Elisa Campos; CALIL JUNIOR, Alberto; ACHILLES, Daniele. Mapeamento das políticas culturais nacionais voltadas para as bibliotecas públicas no Brasil. Questões em Rede. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 15., 2014, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2014, p. 2283-2301. Disponível em: <http://enancib2014.eci. ufmg.br/documentos/anais/anais-gt5>. Acesso em: 26 nov. 2017. 106 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS • SOUZA, Alison Barbosa de; SILVEIRA, Fabrício José Nascimento da. Organização, cultura e políticas públicas: reflexões acerca da Biblioteca do Centro Cultural Vila Fátima. Políticas Culturais em Revista, v. 9, n. 1, 2016. Disponível em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/ pculturais/article/view/17297>. Acesso em: 26 ago. 2017. 3.2. POLÍTICAS CULTURAIS DE PROXIMIDADE O conceito de Políticas Culturais de Proximidade é estabelecido a partir de uma série de iniciativas que ultrapassam a perspectiva de Política Pública, entrelaçando essa esfera do Estado a uma ideia de coletividade localizada. Assim, selecionamos a seguir alguns autores que refletem sobre tais entrelaçamentos. • BOLÁN, Eduardo Nivón. Políticas culturais locais: a experiência das cidades mexicanas, os institutos locais de cultura e as celebrações do bicentenário como tensão entre o local, o nacional e o global. In: Módulo 2: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=-tMvcLI2Meg>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 5/6. 148 min.). • DE LEÓN, Jorge Fernandez. Políticas culturais locais como motor do desenvolvimento: os processos de descentralização e a aplicação de políticas de proximidade. In: Módulo 1: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=VBcD13Io0ME>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 5/6. 148 min.). 107© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS • MATOSO, Rui. Que opções para uma política cultural transformadora? Revista Lusófona de Estudos Cultu- rais, v. 2, n. 2, 2014. Disponível em: <http://estudos- culturais.com/revistalusofona/index.php/rlec/article/ view/116/112>. Acesso em: 26 ago. 2017. 3.3. CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS As ideias de Consumo e de Práticas Culturais são amplificadas pelas abordagens de Coelho (2001). Visando estabelecer uma contraposição eficiente, sem, necessariamente, ser contrária às ideias desse autor, sugerimos a leitura das obras abaixo relacionadas. • CARASSO, Jean Gabriel. Ação cultural, ação artística: se há duas palavras... há duas coisas! Sala Preta, v. 12, n. 1, 2012. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ salapreta/article/view/57543/60579>. Acesso em: 26 ago. 2017. • COELHO, José Teixeira. Cultura, sustentabilidade e re- configuração. In: Módulo 2: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Dispo- nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ad5- -RvZvM7Y>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 1/6. 103 min.). • SARAVIA, Enrique. Cultura e economia: encontros e con- flitos. In: Módulo 2: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=X4Adj0OU1cc>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 2/6. 116 min.). 108 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS 4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas. 1) Teixeira Coelho (2001) considera o Financiamento/Investimento na Ação Cultural: a) uma etapa essencial. b) uma etapa importante, mas não única. c) uma etapa desnecessária. d) uma situação de exploração. 2) Um bom Projeto é, na visão de Cerezuela (2015): a) algo bem embasado em sua finalidade e no contexto em que se insere. b) algo que compreende várias tentativas de conversão do entorno. c) algo que se prolonga por vários meses. d) algo continuamente modificado. 3) Qual a principal distinção entre Política Pública e Política Cultural? a) A primeira é proposta pelo Estado e a segunda, pela Cultura. b) A primeira é iniciada pela Sociedade Civil e a segunda, pelo Estado. c) Não há distinção, ambas são idênticas. d) A primeira é proposta pelo Estado e a segunda pode também ser proposta pela Sociedade Civil. 4) Coelho (2001) apresenta três esferas da vida impactadas pela Prática Cultural: Imaginação, Ação e Reflexão. Baseados na descrição do autor, mas com suas próprias palavras, tentem descrever cada uma delas. Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas: 109© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS 1) b. 2) a. 3) d. 4) Espera-se que sejam observadas as características essenciais dos con- ceitos a partir do que o autor descreve, que podem ser sintetizadas no desenvolvimento de: Imaginação, pela capacidade de criar condições de ação; Ação, pela capacidade de agir a partir das condições “imaginadas”; e Reflexão, pela capacidade de pensar a si mesmo e promover aprofunda- mento dessa capacidade. 5. CONSIDERAÇÕES De uma maneira geral, esperamos que com este material você possa ter desenvolvido, tanto pela teoria quanto pela observação dessa teoria aplicada ao campo da Biblioteconomia, visões mais elaboradas do que vem a ser uma Ação Cultural, assim como dos elementos que compõem sua efetiva realização a partir de várias perspectivas. Ao longo das unidades, foram destacadas perspectivas de ordem institucional, ordem sociológica e relacionadas à sociedade civil. Nessa lógica, foram discutidas questões que abordam o Financiamento ou o Investimento de origem estatal, as Políticas Culturais de Proximidade e as disparidades entre importantes conceitos, como Identidades Culturais, Comunidades e o Consumo e Produção da Cultura. Essas dimensões não são, e não pretendem ser, uma “definição final” de tais questões, elas objetivam, apenas, servir de combustível para aprofundamentos que tendem a ser cada vez mais elaborados e, até mesmo, investigados empiricamente (no próprio exercício profissional). Uma disciplina como a nossa 110 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS não nos parece reduzível a conceituações e observações das práticas teorizadas, exigindo, antes, que estas sejam aplicadas em situações reais, e administradas de maneira em que seja possível verificar quais as soluções e os aprendizados derivados dessa articulação entre o que se “sabe” e o que se apreende. Assim, agradecemos o interesse por nossas proposições e pela seleção de autores (e ideias), dos quais nos sentimos porta-vozes. Sabemos que, às vezes, as exigênciasde nosso dia a dia nos impedem de dedicarmos o tempo necessário a algumas fases e etapas de nosso aprendizado. No entanto, como frisado anteriormente, nosso exercício profissional nos intimará a revisitar os textos ora apresentados, e aí, certamente, todos perceberemos que aprendemos mais do que achávamos ter aprendido. 6. E-REFERÊNCIAS BOLÁN, E. N. Políticas culturais locais: a experiência das cidades mexicanas, os institutos locais de cultura e as celebrações do bicentenário como tensão entre o local, o nacional e o global. In: Módulo 2: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=- tMvcLI2Meg>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 5/6. 148 min.). CARASSO, Jean Gabriel. Ação cultural, ação artística: se há duas palavras... há duas coisas! Sala Preta, v. 12, n. 1, 2012. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/ salapreta/article/view/57543/60579>. Acesso em: 26 ago. 2017. COELHO, J. T. Cultura, sustentabilidade e reconfiguração. In: Módulo 2: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Ad5-RvZvM7Y>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 1/6. 103 min.). DE LEÓN, Jorge Fernandez. Políticas culturais locais como motor do desenvolvimento: os processos de descentralização e a aplicação de políticas de proximidade. In: Módulo 1: curso de especialização em gestão cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2009. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=VBcD13Io0ME>. Acesso em: 26 ago. 2017. (Parte 5/6. 148 min.). 111© AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS GARCIA CANCLINI, N. Leitores, espectadores e internautas. Tradução de Ana Goldberger. São Paulo: Iluminuras, 2008. Disponível em: <http://d3nv1jy4u7zmsc.cloudfront.net/ wp-content/uploads/itau_pdf/000726.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2017. ITAÚ CULTURAL. Políticas culturais, passado e presente: observatório (2016): episódio 6. Itaú Cultural. 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=57WGVQAz0OY>. Acesso em: 26 ago. 2017. MACHADO, E. C.; CALIL JUNIOR, A.; ACHILLES, D. Mapeamento das políticas culturais nacionais voltadas para as bibliotecas públicas no Brasil. Questões em Rede. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 15., 2014, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2014, p. 2283-2301. Disponível em: <http:// enancib2014.eci.ufmg.br/documentos/anais/anais-gt5>. Acesso em: 26 nov. 2017. MATOSO, R. Que opções para uma política cultural transformadora? Revista Lusófona de Estudos Culturais, v. 2, n. 2, 2014. Disponível em: <http://estudosculturais.com/ revistalusofona/index.php/rlec/article/view/116/112>. Acesso em: 26 ago. 2017. SANTOS, P. L. V. 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Tradução de Marcela Ferreira Zaccari. São Paulo: SESC-SP, 2015. COELHO, T. O que é ação cultural. São Paulo: Brasiliense, 2001. GUERREIRO, J. Política cultural de inserção social? In: BARBOSA, F.; CALABRE, L. Pontos de cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011. MILANESE, L. O que é biblioteca. São Paulo: Brasiliense, 1983. 112 © AÇÃO CULTURAL: PROJETOS CULTURAIS E ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO UNIDADE 4 – BIBLIOTECA E POLÍTICA CULTURAL NO BRASIL: POLÍTICAS DE PROXIMIDADE; CONSUMO E PRÁTICAS CULTURAIS MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015. SILVA, L. S. Indicadores para políticas culturais de proximidade: o caso Prêmio Cultura Viva. In: BARBOSA, F.; CALABRE, L. Pontos de cultura: olhares sobre o Programa Cultura Viva. Brasília: Ipea, 2011.
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