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PROBLEMA 4- LOCOMOTOR Fraturas: ➥ Solução de continuidade que se produz em um osso quando a força aplicada sobre ele é superior à sua elasticidade Mecanismo causal . Direto: golpe sobre o osso e é atingido por um objeto cortante ou contundente, produzindo a fratura no mesmo lugar onde se recebeu o traumatismo . Indireto: quando o osso é submetido a uma força de torção ou angulação, resultando fratura no lugar onde se acumulou mais tensão ou onde o osso apresenta maior debilidade. Geralmente essa torção ocorre no maléolo lateral, ou seja, torceu o pé, tracionou a musculatura inserida nesse maléolo provocando a fratura (pode ocorrer em inversão ou eversão) Extensão: . Completas: Ocorre quando a fratura se dá em toda a superfície do segmento ósseo, forma fragmento . Incompletas: quando a fratura ocorre apenas em uma parte da superfície óssea, ficando os dois segmentos ainda ligados. Ex: fratura em galho verde Fratura em Galho Verde: ➥ parcial, onde um lado do osso se quebra e o outro se dobra. Ocorre somente em crianças, porque elas possuem uma quantidade de colágeno muito maior que no adulto fazendo o osso ficar mais maleável 1 OBS: o que vai determinar uma gravidade de uma fratura é o deslocamento e a angulação dos fragmentos fraturados CAUSA: ➥ Traumática: São as mais características de acidentes, por exemplo, em que há aplicação de uma força excessiva no osso, mas também pode ser devido a movimentos repetitivos que lesionam o osso aos poucos, favorecendo a fratura. O agente vulnerante é forte (alta energia) ➥ Patológica: São aquelas que ocorrem sem explicação ou devido a pequenas pancadas, como na osteoporose ou em tumores ósseos, já que deixam os ossos mais frágeis. O agente vulnerante é fraco (baixa energia) e é favorecido por lesões ósseas preexistentes. Ex: o idoso quando anda, ele muda de direção, quando isso ocorre ele torce o osso quebrando-o e fazendo ele cair ➥ Por estresse ou Esforço: É uma série de fissuras microscópicas no osso, que se forma sem qualquer indício de lesão a outros tecidos. Ocorre quando o osso é submetido a tensões não costumeiras e não teve tempo suficiente para condicionar-se por hipertrofia pro trabalho; além de ocorrer por processos patológicos que interrompem a calcificação óssea, como a osteoporose. Na imagem abaixo, a fratura está no segundo dedo, onde vemos um deslocamento periostal e edema. Dá para perceber pela cor mais branca por conta do processo inflamatório ➥ Em adultos saudáveis, essas fraturas resultam de atividades vigorosas repetidas, como correr, saltar e, também, resultam de processos patológicos que interrompem a calcificação óssea normal, como a osteoporose ➥ É muito dolorosa e 25% delas comprometem a tíbia TIPOS: Fratura Exposta (aberta): ➥ as extremidades fraturadas do osso se projetam para fora da pele 2 Tipo I: Ferida na pele de até 1 cm com deslocamento mínimo de periósteo e partes moles. Associada a fratura transversa ou oblíqua. Lesão de dentro pra fora. Contaminação mínima Tipo II: Ferida na pele de 1 a 10cm., com deslocamento do periósteo e partes moles moderado e extenso, como retalho e avulsão. Contaminação moderada Tipo III: Ferida maior que 10cm, onde a lesão de partes moles e periostal pode acontecer por esmagamento ou deslocamento. Alto risco de contaminação. Trauma de alta energia. A: Cobertura óssea com partes moles adequada, apesar da laceração e retalhos presentes. Fratura segmentar. Ex: lesão por arma de fogo B: Lesão extensa, não permitindo cobertura óssea e normalmente necessita de reconstrução cirúrgica C: Fratura com lesão arterial necessitando de reparo cirúrgico Fratura Fechada: ➥ não rompe a pele Fratura Cominutiva: ➥ o osso é fragmentado, esmagado ou quebrado em pedaços e fragmentos principais. É o tipo mais difícil de tratar Fratura Impactada: ➥ uma extremidade do osso fraturado é inserida à força no interior de outra Fratura de Pott: ➥ fratura da extremidade distal da fíbula (osso lateral da perna), com lesão grave da articulação distal da fíbula Fratura de Colles: 3 ➥ fratura da extremidade distal do rádio (osso lateral do antebraço), na qual o fragmento distal é deslocado posteriormente TRAÇO E DIREÇÃO: ⇾ Tranversa: Quando a linha de fratura ocorre perpendicular ao comprimento do osso. ⇾ Oblíqua: Quando a linha de fratura ocorre em diagonal ao comprimento do osso. ⇾ Espiral: Quando a linha de fratura ocorrer em circular ao comprimento do osso. ⇾ Múltipla: Representam associações desses diferentes tipos de fratura. ACOMETIMENTO ARTICULAR: ➥ Intra-Articular: O traço da fratura atinge o território articular. Nesse caso, exige-se redução (correção do desvio da fratura) perfeita, pois a Consolidação da Fratura com degrau articular levará ao desgaste articular (artrose) ➥ Extrarticular: o traço da fratura não acomete a articulação. Fatores que predispõe as fraturas Osteoporose: fratura metabólica ➥ O problema básico está na reabsorção óssea (degeneração) maior que a deposição óssea (formação). Isso se deve sobretudo à depleção de cálcio do corpo – mais cálcio é perdido na urina, fezes e suor do que é absorvido da alimentação. A massa óssea é tão depletada que ocorrem fraturas, muitas vezes de maneira espontânea, sob as tensões mecânicas cotidianas. Por exemplo, uma fratura de quadril pode resultar da simples ação de sentar-se muito rapidamente 4 ➥ A osteoporose afeta principalmente pessoas idosas e de meia idade, sendo 80% delas mulheres. As mulheres mais velhas sofrem de osteoporose com mais frequência que os homens por dois motivos: (1) os ossos das mulheres são menos compactos que os dos homens e (2) a produção de estrogênios nas mulheres cai de maneira dramática na menopausa, enquanto a produção do principal andrógeno, testosterona, nos homens mais velhos diminui de maneira gradativa e apenas discretamente. Os estrogênios e a testosterona estimulam a atividade dos osteoblastos e a síntese de matriz óssea Diabetes: ➥ Recentemente, estudos apresentados por pesquisadores da Universidade Médica da Bielorrússia, no Congresso Mundial de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas, apontaram que a diabetes enfraquece os ossos, deixando-os mais propensos a lesões ➥ Mulheres que desenvolveram diabetes tipo 2 na menopausa apresentavam uma probabilidade quase três vezes maior de ter vértebras fraturadas em comparação com mulheres saudáveis ➥ Uma das hipóteses levantadas é que o excesso de açúcar no sangue prejudica o processo de remodelação óssea e na formação de matriz de colágeno Alimentação ➥ Lipídeos – O risco de osteopenia, osteoporose e fraturas osteoporóticas é significativamente elevado em pacientes com alto percentual de gordura corpórea, independente do peso corpóreo, atividade física e idade ➥ Cálcio – A saúde óssea depende diretamente da ingestão regular de Ca na infância e adolescência; isso elevaria o PMO (pico de massa óssea) e reduziria o risco de osteoporose décadas mais tarde. Necessidades dietéticas variam nos estágios da vida, sendo maiores durante o rápido crescimento de crianças/adolescentes, gestação/lactação e envelhecimento. Vários eventos concomitantes concorrem para utilização do Ca pelo organismo, como: capacidade de absorção intestinal, metabolismo ósseo, excreção renal; ingestão de vitamina D ➥ Fósforo – O P é regulador da formação óssea e inibidor da reabsorção; contudo, há concordância de que altas quantidades poderiam ser prejudiciais para o osso Osteogênese Imperfeita ➥ Osteogênese imperfeita (ossos de vidro, doença de Lobstein ou doença de Ekman Lobstein) ➥ Pode ser congênita e afetar o feto que sofre fraturas ainda no útero materno e apresenta deformidades graves ao nascer. Ou, então, as fraturas patológicas e recorrentes, muitas vezes 5 https://www.wco-iof-esceo.org/sites/all/files/wco18/WCO18-AbstractBook.pdf espontâneas, ocorrem depois donascimento, o que é característico da osteogênese imperfeita tardia. ➥ Classificação: ● Tipo I – forma leve e não deformante que se manifesta mais tarde aos 20, 30 anos, com perda leve da resistência óssea; ● Tipo II – é a forma mais grave de todas; em geral, os portadores morrem ainda dentro do útero ou logo depois do nascimento; ● Tipo III – surgem deformidades graves como consequência das fraturas espontâneas e do encurvamento dos ossos; dificilmente, o paciente consegue andar; ● Tipo IV – deformidades moderadas na coluna, curvatura nos ossos longos, especialmente nos das pernas, baixa estatura. ➥ A causa da doença é uma deficiência na produção de colágeno do tipo 1, o principal constituinte dos ossos, ou de proteínas que participam do seu processamento. O resultado é o surgimento de quadros de osteoporose bastante graves. A falta de colágeno afeta não só os ossos, mas também a pele e os vasos sanguíneos. ➥ Ainda não existe a cura para ossos de vidro. O tratamento visa à melhor qualidade de vida e envolve equipe multidisciplinar, uma vez que o portador do distúrbio requer atendimento clínico, cirúrgico e de reabilitação fisioterápica. Outro recurso terapêutico é a cirurgia para colocação de uma haste metálica que acompanha o crescimento dos ossos e deve ser implantada por volta dos seis anos Mecanismo de fraturas: ➥ Rotação: Provavelmente o mecanismo de trauma foi uma força de torção. Na imagem abaixo, a fíbula está completamente desviada do local que ela deveria estar ➥ Angular: quanto maior o ângulo, mais grave a fratura. Na imagem abaixo, a fíbula além de angular também cavalgou 6 ➥ Lateralidade: luxação/separação completa entre os fragmentos ósseos. Nessa imagem abaixo, a medula óssea amarela foi exposta, causando risco de embolia, de infecção ➥ Cavalgamento: ocorre uma sobreposição de um fragmento em relação ao outro. Na imagem abaixo, em locais que não existem muitos recursos cirúrgicos, essa fratura acaba sendo engessada, causando uma deformidade no paciente e funcionalmente ele terá uma diminuição de um membro em relação ao outro ➥ Diástase: afastamento do segmento. Mecanismo de trauma extremamente violento. Na imagem abaixo, a própria força de contratura muscular para proteger o osso foi vencida Dor Óssea ➥ A dor óssea é no periósteo. 7 ➥ Quando temos uma lesão óssea, temos uma inflamação. Macrófagos e neutrófilos vão liberar histamina que vai estimular os nociceptores, estes liberam prostaglandina e leucotrieno, os mediadores hiperalgésicos. ➥ Estes mediadores não deixam a inflamação cessar, então estimulam ainda mais o processo inflamatório. ➥ Os macrófagos vão deixar os canais de sódio dependente de voltagem com menor potencial de ação, ou seja, vai ficar mais fácil de atingir o limiar para a despolarização. ➥ A passagem da via da dor vai ficar constante, a via trato corticoespinhal. Reparo ósseo MECANISMO: ➥ Entre os fatores sistêmicos associados à homeostase do tecido ósseo, o paratormônio (PTH), e calcitonina, a 1,25-dihidroxi-vitamina D3 [1,25(OH)2D3 os glicocorticóides e o estrógeno são importantes para a regulação do metabolismo ósseo. Alguns autores acreditam que, com exceção da calcitonina, os demais fatores sistêmicos atuam sobre osteoblastos, os quais por meio da liberação de fatores locais, interferem na formação, na atividade e na sobrevivência de osteoclastos 14. Entre os fatores sistêmicos, o estrógeno apresenta grande importância para a homeostase do tecido ósseo, visto que a queda nas taxas desse hormônio está relacionada à ocorrência de osteoporose Menopausa x Remodelação óssea 🔺Evidências mostram que o estrógeno atua sobre os monócitos promovendo redução dos níveis de IL-1 e TNF-α. Como ambas as citocinas induzem a produção de IL-6, M-CSF e GM-CSF, a fusão dos precursores de osteoclastos e a conseqüente formação de pré-osteoclastos e osteoclastos são reduzidos 🔺 O estrógeno atua sobre as células osteoprogenitoras levando à diminuição dos níveis de RANKL e ao aumento dos níveis de OPG. A OPG liga-se ao RANKL, que apresenta taxas reduzidas, e impede sua ligação com o RANK. Inibindo, então, a formação dos osteoclastos 🔺 Estrógeno atua sobre proteases, como a catepsina K e a MMP-9, inibindo a atividade reabsortiva do osteoclasto. Além disso, o estrógeno também promove a apoptose do osteoclasto. A morte dos osteoclastos leva à redução de seu número, contribuindo consequentemente para a diminuição da reabsorção óssea. 🔺 A ação do estrógeno sobre os osteoclastos ocorre por diversas vias. Assim, diante da deficiência estrogênica, ocorre aumento na formação de osteoclastos, bem como aumento no tempo de sobrevivência dessas células, o que leva ao aumento do número e da atividade reabsortiva dos osteoclastos. FASES: 8 ➥ Fase reativa: Fase inflamatória inicial. Os vasos sanguíneos que cruzam a linha de fratura estão rompidos. Com o extravasamento sanguíneo das extremidades rompidas dos vasos, um hematoma de fratura se forma ao redor do local da fratura (em geral entre 6 a 8h depois da lesão). Visto que a circulação sanguínea no local onde o hematoma de fratura se desenvolve é interrompida, as células ósseas circunvizinhas morrem. O edema e a inflamação que ocorrem em resposta às células ósseas mortas produzem mais resíduos celulares. Os fagócitos (neutrófilos e macrófagos) e osteoclastos começam a remover o tecido morto ou danificado dentro e ao redor do hematoma de fratura. Este estágio pode durar até algumas semanas ➥ Fase de reparação: possui duas fases Formação do calo fibrocartilaginoso: vasos sanguíneos começam a crescer no hematoma da fratura e fagócitos começam a limpar as células ósseas mortas. Os fibroblastos do periósteo invadem o local e produzem fibras de colágeno, além disso, as células desse periósteo se desenvolvem em condroblastos e produzem fibrocartilagem nessa região. Isso promove a formação de um calo fibrocartilaginoso (mole) que é uma massa de tecido de reparação composto por fibras de colágeno e cartilagem que une as extremidades do osso (leva cerca de 3 semanas) Formação do calo ósseo: nas áreas próximas ao tecido ósseo saudável bem vascularizado, células osteogênicas se desenvolvem em osteoblastos que começam a produzir trabéculas (unem as porções vivas e mortas dos fragmentos ósseos originais) de osso esponjoso. A fibrocartilagem é convertida em osso esponjoso formando o calo ósseo (persiste por 3 a 4 meses) ➥ Fase de remodelação óssea: as porções mortas dos fragmentos originais do osso fraturado são reabsorvidas pelos osteoclastos. Osso compacto substitui osso esponjoso na periferia da fratura 9 TIPOS DE CONSOLIDAÇÃO: A consolidação pode ocorrer primariamente, na presença de uma fixação rígida, ou secundariamente, na ausência de uma fixação rígida: ➥ Consolidação Primária: ocorre com o contato direto e íntimo entre os segmentos fraturados ➜ O osso novo cresce diretamente através das extremidades ósseas comprimidas, a fim de unir a fratura. ➜ A consolidação primária do osso cortical é muito lenta e não pode unir lacunas na fratura. ➜ Ocorre quando é realizada uma fixação rígida da fratura por compressão. ➜ O processo de consolidação depende basicamente da reabsorção osteoclástica do osso, seguida pela formação osteoblástica de osso novo ➥ Consolidação Secundária: denota mineralização e substituição, por osso, de uma matriz cartilaginosa com um aspecto radiográfico característico de formação de calo ➜ Quanto maior for a mobilidade no local da fratura, maior será a quantidade de calo; ➜ Esse calo de união externa aumenta a estabilidade no local da fratura, por aumentar a espessura do osso; ➜ Esse é o tipo mais comum de consolidação óssea; 10 ➜ Essas fases se superpõem, e os eventos que ocorrem principalmente numa fase, podem ter começado numa fase anterior Marcha: ➥ Deambulação: método de locomoçãoque envolve o uso dos membros inferiores, de forma alternada, em apoio e propulsão, com pelo menos um pé em contato com o solo durante o tempo todo ➥ Marcha: padrão de locomoção que diferencia dois indivíduos. - A consideração da normalidade do processo de locomoção deve ser feita com certa tolerância, uma vez que varia em função de sexo, idade, peso corporal, altura. -Também deve ser observado que podem ocorrer variações ou adaptações do indivíduo a determinadas condições. - A marcha é afetada por mecanismos corporais, como o balanço do tronco, o balanço dos braços e o movimento da cabeça, além de ser dependente de vários reflexos – postural, labiríntico e de endireitamento ➥ Requisitos para nossa marcha: o mínimo que tem para caminhar ➜ Integração sensorial (propriocepção, visão, sistema vestibular e receptores somáticos) ser importante para determinar o tipo de marcha (ex: os diferentes tipos de terreno que se anda, numa praia, a marcha muda) ➜ Centros de controle, tanto medulares (para controle motor), tanto para o encéfalo, que integrando-se ajudam na nossa caminhada ➜Ação muscular (se tiver alguma disfunção, mudará também na nossa marcha) Ciclo da marcha: Intervalo de tempo entre duas ocorrências sucessivas do mesmo evento. Em geral considera-se como início do ciclo o momento em que o pé toca o solo, denominado contato inicial POSSUI DUAS FASES: - Durante um ciclo, 2 fases distintas podem ser definidas para cada membro: → Fase de apoio ou de estação: durante a qual o pé está em contato com o solo, e o tronco faz a ultrapassagem do membro apoiado. → Fase de balanço ou de oscilação: quando ocorre o avanço do membro. PERÍODOS DA MARCHA - Tanto a fase de apoio como a de balanço podem ser subdivididas em períodos, demarcados por sucessivos eventos. Durante o ciclo da marcha, 3 atividades devem ocorrer: 11 1. Aceitação do peso: Ocorre no início da fase de apoio, quando o pé toca o solo e o peso do corpo começa a ser transferido para esse membro inferior; 2. Apoio em um membro inferior: Quando o peso do corpo é totalmente transferido para o membro inferior de apoio, permitindo que o outro membro possa se deslocar para frente; 3. Avanço do membro inferior: Ocorre durante a fase de balanço, quando o membro inferior se desloca para frente. FASE DE APOIO: 60% ➤ Período de duplo apoio inicial (10%): ➽ Começa com os dois pés no solo e o pé analisado (direito) está na frente realizando o contato inicial; ➽ Ocorre a transferência do peso do corpo de um membro (perna esquerda) para outro (direita); ➽ Termina com o desprendimento do pé oposto (esquerdo); ➽ Podendo ser denominado, também, como período de primeiro duplo apoio ou transferência de carga. ➤ Período de apoio simples (40%): ➽ Fase na qual o tronco está apoiado totalmente em apenas um dos membros (direito); ➽ Coincide com a fase de balanço do membro contralateral. ➽ Inicia no momento em que o pé oposto (esquerdo) se desprende do solo e termina quando esse mesmo pé, contralateral, faz seu contato inicial ➤ Período de duplo apoio final: ➽Também denominado de período de segundo duplo apoio; ➽ Inicia quando o membro contralateral (pé esquerdo) termina sua fase de balanço e toca o solo, mas o direito ainda não saiu do chão. Logo, ambos os pés estão no solo novamente. ➽ A partir desse momento, a carga é transferida para o outro membro (esquerdo), aliviando o membro que está acabando sua fase de apoio (direito). 12 FASE DE BALANÇO: 40% Esta fase é dividida em 3 momentos: aceleração, balanço médio e desaceleração ➤ Período de balanço inicial: ➽ Começa com o desprendimento do pé e termina no momento em que o tornozelo do membro em balanço superpõe-se ao que está apoiado ➽ Neste período ocorre a maior aceleração do membro inferior durante o ciclo da marcha. ➤ Período de médio balanço: ➽Sucede o balanço inicial e termina no momento em que o eixo da perna ocupa a posição vertical em relação ao solo. ➤ Período de balanço terminal: ➽Observado nos últimos 20% do ciclo, quando ocorre a desaceleração do membro inferior, que se prepara para tocar o solo, iniciando um novo ciclo. ➽Também pode ser denominado período de desaceleração. Diferenças no comprimento do passo: Obs: Além de influenciar no comprimento do passo, influencia nas semi fases da marcha A: marcha normal, passada normal, com quadril equilibrado (leve anterversão) B: O comprimento do passo diminui. Em rosa, o membro doloroso; Não faz uma boa fase de impulso. Deixa o membro doloroso em muito tempo de apoio; Passo curto; Quadril inclinado (tentando equilibrar o centro de massa C: AVE, traumas cranioencefálicos: Hemiparesia (perda de função motora 13 de um lado do corpo: reduz o comprimento do passo, anteversão do quadril quando o membro doente está como apoio (por muito tempo D: comprimento do passo muito menor, quadril muito para frente Contratura no tornozelo: imagem 1 ➧ Começa com o contato do pé com o antepé (região anterior do pé) ➧ Apoio intermediário diferente/ disfuncional ➧ Hiperflexão do joelho ➧ Não consegue se impulsionar ➧ Não consegue fazer o apoio terminal, para se equilibrar, inclina o tronco para frente para inclinar o centro de massa Imagem 2: ➧ Queda do pé: músculo não contrai, por conta da paralisia do nervo ➧ Faz uma flexão excessiva do joelho e do quadril ➧ Sem inervação adequada o músculo tibial inferior fica paralisado ➝ flexão do joelho (para não encostar o pé no chão) Imagem 3: ➧Fraqueza nos flexores do joelho: músculos posteriores da coxa ➧ Flexiona menos o joelho ➧ Anda na ponta do pé para andar ➧ Conduta: Fortalecimento muscular Padrões da marcha relacionada com a idade: Crianças: 14 - Base da marcha mais larga; - Cadência mais alta; - Comprimento da passada mais curto; - Contato inicial com o solo feito com o apoio completo dos pés, e não com o calcanhar; - Pernas permanecem estendidas durante a fase de apoio; - Maior número de passos curtos e irregulares em um menor período; - Há pouco balanço recíproco dos membros superiores. Idosos: - Caminham mais devagar, logo há um aumento da duração da fase de apoio, com períodos mais longos de apoio duplo; - Como passos são mais curtos o deslocamento vertical também é menor; - Caminham com base mais larga, logo possuem um maior deslocamento horizontal; - Maior elevação dos dedos em relação ao solo. Reabilitação: ➥ Lesões no tornozelo. Ligamentares nível 1 e 2 (difícil de operar. Nesse casos podemos realizar a manobra de PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão e elevação), após isso, geralmente vai para o tratamento conservador com uso de robofoot (bota) Proteção ajuda a prevenir mais lesões que poderiam piorar a original. Pode envolver limitar o uso da parte lesionada, evitar colocar peso sobre a parte lesionada, usar muletas e/ou usar gesso ou tala. Repouso previne mais lesões e pode acelerar a cura. Gelo e compressão minimizam o inchaço e a dor. O gelo é colocado em um saco plástico, toalha ou pano e aplicado por 15 a 20 minutos por vez, sempre que possível durante as primeiras 24 a 48 horas. Em geral, a compressão é aplicada à lesão com uma bandagem elástica. Elevar o membro lesionado ajuda a drenar os líquidos para fora da lesão e, desta forma, reduzir o inchaço. O membro lesionado é elevado acima do nível do coração durante os primeiros dois dias. 15 Fratura do Colo do Fêmur: ➦ Geralmente o mecanismo do trauma é de alta energia ➦Ocorre muito em acidentes automobilísticos ou em idosos devido a osteoporose (quase sempre por quedas) ➦ Classificação de Garden: utilizada em fraturas desse tipo ➦ Paciente apresenta dor articular, limitação funcional, raramente apresenta hematona, encurtamento do membro inferior, dor no joelho ➦ Tratamento: 1. Conservador: menos indicado pela morbidade alta (fraturas incompletas) 2. Cirúrgico: mais indicado (fixação da fratura/ prótese total ou parcialdo quadril) OBS: nos pacientes idosos o tratamento cirúrgico com colocação de prótese de quadril é geralmente o mais indicado pelo risco de complicação local (morbidade alta) e os riscos clínicos de um novo procedimento cirúrgico caso evolua com complicação local na fratura Piezoeletricidade: ➤ É a habilidade de certos materiais cristalinos de desenvolver carga elétrica proporcional a um estresse mecânico. ➤ A modelação e a remodelação respondem principalmente à deformação do osso (Piezoeletricidade). ➤ As maiores cargas sobre os ossos vêm da ação dos músculos e não do peso corporal, portanto, a força muscular afeta de forma significativa a sua massa e resistência. 16 ⦁ EFEITO PIZOELÉTRICO: voltagem gerada pela deformação dos cristais de hidroxiapatita que atrai Ca2+ para a estrutura óssea. - As cargas positivas aumentam a atividade dos osteoclastos e as cargas negativas dos osteoblastos. ⦁ LEI DE WOLF: a tensão imposta aos ossos gera modificações em seu tamanho, forma e densidade. Quando um osso é estimulado mecanicamente transversalmente, há aumento da atividade osteoclástica na área pressionada e aumento da atividade osteoblástica na área contralateral. 17
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