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Fraturas ósseas

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PROBLEMA 4-
LOCOMOTOR
Fraturas:
➥ Solução de continuidade que se
produz em um osso quando a força
aplicada sobre ele é superior à sua
elasticidade
Mecanismo causal
. Direto: golpe sobre o osso e é atingido
por um objeto cortante ou
contundente, produzindo a fratura no
mesmo lugar onde se recebeu o
traumatismo
. Indireto: quando o osso é submetido a
uma força de torção ou angulação,
resultando fratura no lugar onde se
acumulou mais tensão ou onde o osso
apresenta maior debilidade.
Geralmente essa torção ocorre no
maléolo lateral, ou seja, torceu o pé,
tracionou a musculatura inserida nesse
maléolo provocando a fratura (pode
ocorrer em inversão ou eversão)
Extensão:
. Completas: Ocorre quando a
fratura se dá em toda a superfície
do segmento ósseo, forma
fragmento
. Incompletas: quando a fratura
ocorre apenas em uma parte da
superfície óssea, ficando os dois
segmentos ainda ligados. Ex: fratura
em galho verde
Fratura em Galho Verde:
➥ parcial, onde um lado do osso se
quebra e o outro se dobra. Ocorre
somente em crianças, porque elas
possuem uma quantidade de colágeno
muito maior que no adulto fazendo o
osso ficar mais maleável
1
OBS: o que vai determinar uma
gravidade de uma fratura é o
deslocamento e a angulação dos
fragmentos fraturados
CAUSA:
➥ Traumática: São as mais
características de acidentes, por
exemplo, em que há aplicação de uma
força excessiva no osso, mas também
pode ser devido a movimentos
repetitivos que lesionam o osso aos
poucos, favorecendo a fratura. O agente
vulnerante é forte (alta energia)
➥ Patológica: São aquelas que ocorrem
sem explicação ou devido a pequenas
pancadas, como na osteoporose ou em
tumores ósseos, já que deixam os ossos
mais frágeis. O agente vulnerante é
fraco (baixa energia) e é favorecido por
lesões ósseas preexistentes.
Ex: o idoso quando anda, ele muda de
direção, quando isso ocorre ele torce o
osso quebrando-o e fazendo ele cair
➥ Por estresse ou Esforço: É uma
série de fissuras microscópicas no osso,
que se forma sem qualquer indício de
lesão a outros tecidos. Ocorre quando o
osso é submetido a tensões não
costumeiras e não teve tempo suficiente
para condicionar-se por hipertrofia pro
trabalho; além de ocorrer por processos
patológicos que interrompem a
calcificação óssea, como a osteoporose.
Na imagem abaixo, a fratura está no
segundo dedo, onde vemos um
deslocamento periostal e edema. Dá
para perceber pela cor mais branca por
conta do processo inflamatório
➥ Em adultos saudáveis, essas
fraturas resultam de atividades
vigorosas repetidas, como correr,
saltar e, também, resultam de
processos patológicos que
interrompem a calcificação óssea
normal, como a osteoporose
➥ É muito dolorosa e 25% delas
comprometem a tíbia
TIPOS:
Fratura Exposta (aberta):
➥ as extremidades fraturadas do osso
se projetam para fora da pele
2
Tipo I: Ferida na pele de até 1 cm
com deslocamento mínimo de
periósteo e partes moles. Associada
a fratura transversa ou oblíqua. Lesão
de dentro pra fora. Contaminação
mínima
Tipo II: Ferida na pele de 1 a 10cm.,
com deslocamento do periósteo e
partes moles moderado e extenso,
como retalho e avulsão. Contaminação
moderada
Tipo III: Ferida maior que 10cm,
onde a lesão de partes moles e
periostal pode acontecer por
esmagamento ou deslocamento.
Alto risco de contaminação.
Trauma de alta energia.
A: Cobertura óssea com partes moles
adequada, apesar da laceração e
retalhos presentes. Fratura
segmentar. Ex: lesão por arma de
fogo
B: Lesão extensa, não permitindo
cobertura óssea e normalmente
necessita de reconstrução cirúrgica
C: Fratura com lesão arterial
necessitando de reparo cirúrgico
Fratura Fechada:
➥ não rompe a pele
Fratura Cominutiva:
➥ o osso é fragmentado, esmagado ou
quebrado em pedaços e fragmentos
principais. É o tipo mais difícil de tratar
Fratura Impactada:
➥ uma extremidade do osso fraturado é
inserida à força no interior de outra
Fratura de Pott:
➥ fratura da extremidade distal da
fíbula (osso lateral da perna), com lesão
grave da articulação distal da fíbula
Fratura de Colles:
3
➥ fratura da extremidade distal do
rádio (osso lateral do antebraço), na
qual o fragmento distal é deslocado
posteriormente
TRAÇO E DIREÇÃO:
⇾ Tranversa: Quando a linha de
fratura ocorre perpendicular ao
comprimento do osso.
⇾ Oblíqua: Quando a linha de
fratura ocorre em diagonal ao
comprimento do osso.
⇾ Espiral: Quando a linha de
fratura ocorrer em circular ao
comprimento do osso.
⇾ Múltipla: Representam
associações desses diferentes
tipos de fratura.
ACOMETIMENTO ARTICULAR:
➥ Intra-Articular: O traço da fratura
atinge o território articular. Nesse
caso, exige-se redução (correção do
desvio da fratura) perfeita, pois a
Consolidação da Fratura com degrau
articular levará ao desgaste articular
(artrose)
➥ Extrarticular: o traço da fratura não
acomete a articulação.
Fatores que predispõe as
fraturas
Osteoporose: fratura
metabólica
➥ O problema básico está na
reabsorção óssea (degeneração) maior
que a deposição óssea (formação). Isso
se deve sobretudo à depleção de cálcio
do corpo – mais cálcio é perdido na
urina, fezes e suor do que é absorvido
da alimentação. A massa óssea é tão
depletada que ocorrem fraturas, muitas
vezes de maneira espontânea, sob as
tensões mecânicas cotidianas. Por
exemplo, uma fratura de quadril pode
resultar da simples ação de sentar-se
muito rapidamente
4
➥ A osteoporose afeta principalmente
pessoas idosas e de meia idade, sendo
80% delas mulheres. As mulheres mais
velhas sofrem de osteoporose com mais
frequência que os homens por dois
motivos: (1) os ossos das mulheres são
menos compactos que os dos homens e
(2) a produção de estrogênios nas
mulheres cai de maneira dramática na
menopausa, enquanto a produção do
principal andrógeno, testosterona, nos
homens mais velhos diminui de maneira
gradativa e apenas discretamente. Os
estrogênios e a testosterona estimulam
a atividade dos osteoblastos e a síntese
de matriz óssea
Diabetes:
➥ Recentemente, estudos apresentados
por pesquisadores da Universidade
Médica da Bielorrússia, no Congresso
Mundial de Osteoporose e Doenças
Osteometabólicas, apontaram que a
diabetes enfraquece os ossos,
deixando-os mais propensos a lesões
➥ Mulheres que desenvolveram
diabetes tipo 2 na menopausa
apresentavam uma probabilidade quase
três vezes maior de ter vértebras
fraturadas em comparação com
mulheres saudáveis
➥ Uma das hipóteses levantadas é que o
excesso de açúcar no sangue prejudica o
processo de remodelação óssea e na
formação de matriz de colágeno
Alimentação
➥ Lipídeos – O risco de osteopenia,
osteoporose e fraturas osteoporóticas é
significativamente elevado em pacientes
com alto percentual de gordura
corpórea, independente do peso
corpóreo, atividade física e idade
➥ Cálcio – A saúde óssea depende
diretamente da ingestão regular de Ca
na infância e adolescência; isso elevaria
o PMO (pico de massa óssea) e reduziria
o risco de osteoporose décadas mais
tarde. Necessidades dietéticas variam
nos estágios da vida, sendo maiores
durante o rápido crescimento de
crianças/adolescentes,
gestação/lactação e envelhecimento.
Vários eventos concomitantes
concorrem para utilização do Ca pelo
organismo, como: capacidade de
absorção intestinal, metabolismo ósseo,
excreção renal; ingestão de vitamina D
➥ Fósforo – O P é regulador da
formação óssea e inibidor da
reabsorção; contudo, há concordância de
que altas quantidades poderiam ser
prejudiciais para o osso
Osteogênese Imperfeita
➥ Osteogênese imperfeita (ossos de
vidro, doença de Lobstein ou doença de
Ekman Lobstein)
➥ Pode ser congênita e afetar o feto
que sofre fraturas ainda no útero
materno e apresenta deformidades
graves ao nascer. Ou, então, as fraturas
patológicas e recorrentes, muitas vezes
5
https://www.wco-iof-esceo.org/sites/all/files/wco18/WCO18-AbstractBook.pdf
espontâneas, ocorrem depois donascimento, o que é característico da
osteogênese imperfeita tardia.
➥ Classificação:
● Tipo I – forma leve e não
deformante que se manifesta
mais tarde aos 20, 30 anos, com
perda leve da resistência óssea;
● Tipo II – é a forma mais grave de
todas; em geral, os portadores
morrem ainda dentro do útero ou
logo depois do nascimento;
● Tipo III – surgem deformidades
graves como consequência das
fraturas espontâneas e do
encurvamento dos ossos;
dificilmente, o paciente consegue
andar;
● Tipo IV – deformidades
moderadas na coluna, curvatura
nos ossos longos, especialmente
nos das pernas, baixa estatura.
➥ A causa da doença é uma deficiência
na produção de colágeno do tipo 1, o
principal constituinte dos ossos, ou de
proteínas que participam do seu
processamento. O resultado é o
surgimento de quadros de osteoporose
bastante graves. A falta de colágeno
afeta não só os ossos, mas também a
pele e os vasos sanguíneos.
➥ Ainda não existe a cura para ossos de
vidro. O tratamento visa à melhor
qualidade de vida e envolve equipe
multidisciplinar, uma vez que o portador
do distúrbio requer atendimento clínico,
cirúrgico e de reabilitação fisioterápica.
Outro recurso terapêutico é a cirurgia
para colocação de uma haste metálica
que acompanha o crescimento dos ossos
e deve ser implantada por volta dos seis
anos
Mecanismo de fraturas:
➥ Rotação: Provavelmente o mecanismo
de trauma foi uma força de torção. Na
imagem abaixo, a fíbula está
completamente desviada do local que ela
deveria estar
➥ Angular: quanto maior o ângulo, mais
grave a fratura. Na imagem abaixo, a
fíbula além de angular também cavalgou
6
➥ Lateralidade: luxação/separação
completa entre os fragmentos ósseos.
Nessa imagem abaixo, a medula óssea
amarela foi exposta, causando risco de
embolia, de infecção
➥ Cavalgamento: ocorre uma
sobreposição de um fragmento em
relação ao outro. Na imagem abaixo, em
locais que não existem muitos recursos
cirúrgicos, essa fratura acaba sendo
engessada, causando uma deformidade
no paciente e funcionalmente ele terá
uma diminuição de um membro em
relação ao outro
➥ Diástase: afastamento do segmento.
Mecanismo de trauma extremamente
violento. Na imagem abaixo, a própria
força de contratura muscular para
proteger o osso foi vencida
Dor Óssea
➥ A dor óssea é no periósteo.
7
➥ Quando temos uma lesão óssea,
temos uma inflamação. Macrófagos e
neutrófilos vão liberar histamina que vai
estimular os nociceptores, estes liberam
prostaglandina e leucotrieno, os
mediadores hiperalgésicos.
➥ Estes mediadores não deixam a
inflamação cessar, então estimulam
ainda mais o processo inflamatório.
➥ Os macrófagos vão deixar os canais
de sódio dependente de voltagem com
menor potencial de ação, ou seja, vai
ficar mais fácil de atingir o limiar para a
despolarização.
➥ A passagem da via da dor vai ficar
constante, a via trato corticoespinhal.
Reparo ósseo
MECANISMO:
➥ Entre os fatores sistêmicos
associados à homeostase do tecido
ósseo, o paratormônio (PTH), e
calcitonina, a 1,25-dihidroxi-vitamina D3
[1,25(OH)2D3 os glicocorticóides e o
estrógeno são importantes para a
regulação do metabolismo ósseo. Alguns
autores acreditam que, com exceção da
calcitonina, os demais fatores
sistêmicos atuam sobre osteoblastos, os
quais por meio da liberação de fatores
locais, interferem na formação, na
atividade e na sobrevivência de
osteoclastos 14. Entre os fatores
sistêmicos, o estrógeno apresenta
grande importância para a homeostase
do tecido ósseo, visto que a queda nas
taxas desse hormônio está relacionada à
ocorrência de osteoporose
Menopausa x Remodelação óssea
🔺Evidências mostram que o
estrógeno atua sobre os monócitos
promovendo redução dos níveis de
IL-1 e TNF-α. Como ambas as
citocinas induzem a produção de IL-6,
M-CSF e GM-CSF, a fusão dos
precursores de osteoclastos e a
conseqüente formação de
pré-osteoclastos e osteoclastos são
reduzidos
🔺 O estrógeno atua sobre as células
osteoprogenitoras levando à
diminuição dos níveis de RANKL e ao
aumento dos níveis de OPG. A OPG
liga-se ao RANKL, que apresenta
taxas reduzidas, e impede sua ligação
com o RANK. Inibindo, então, a
formação dos osteoclastos
🔺 Estrógeno atua sobre proteases,
como a catepsina K e a MMP-9,
inibindo a atividade reabsortiva do
osteoclasto. Além disso, o estrógeno
também promove a apoptose do
osteoclasto. A morte dos osteoclastos
leva à redução de seu número,
contribuindo consequentemente para a
diminuição da reabsorção óssea.
🔺 A ação do estrógeno sobre os
osteoclastos ocorre por diversas vias.
Assim, diante da deficiência
estrogênica, ocorre aumento na
formação de osteoclastos, bem como
aumento no tempo de sobrevivência
dessas células, o que leva ao aumento
do número e da atividade reabsortiva
dos osteoclastos.
FASES:
8
➥ Fase reativa: Fase inflamatória
inicial. Os vasos sanguíneos que cruzam a
linha de fratura estão rompidos. Com o
extravasamento sanguíneo das
extremidades rompidas dos vasos, um
hematoma de fratura se forma ao redor
do local da fratura (em geral entre 6 a
8h depois da lesão). Visto que a
circulação sanguínea no local onde o
hematoma de fratura se desenvolve é
interrompida, as células ósseas
circunvizinhas morrem. O edema e a
inflamação que ocorrem em resposta às
células ósseas mortas produzem mais
resíduos celulares. Os fagócitos
(neutrófilos e macrófagos) e
osteoclastos começam a remover o
tecido morto ou danificado dentro e ao
redor do hematoma de fratura. Este
estágio pode durar até algumas semanas
➥ Fase de reparação: possui duas fases
Formação do calo
fibrocartilaginoso: vasos
sanguíneos começam a crescer no
hematoma da fratura e fagócitos
começam a limpar as células
ósseas mortas. Os fibroblastos
do periósteo invadem o local e
produzem fibras de colágeno,
além disso, as células desse
periósteo se desenvolvem em
condroblastos e produzem
fibrocartilagem nessa região.
Isso promove a formação de um
calo fibrocartilaginoso (mole) que
é uma massa de tecido de
reparação composto por fibras
de colágeno e cartilagem que une
as extremidades do osso (leva
cerca de 3 semanas)
Formação do calo ósseo: nas
áreas próximas ao tecido ósseo
saudável bem vascularizado,
células osteogênicas se
desenvolvem em osteoblastos que
começam a produzir trabéculas
(unem as porções vivas e mortas
dos fragmentos ósseos originais)
de osso esponjoso. A
fibrocartilagem é convertida em
osso esponjoso formando o calo
ósseo (persiste por 3 a 4 meses)
➥ Fase de remodelação óssea: as
porções mortas dos fragmentos
originais do osso fraturado são
reabsorvidas pelos osteoclastos. Osso
compacto substitui osso esponjoso na
periferia da fratura
9
TIPOS DE CONSOLIDAÇÃO:
A consolidação pode ocorrer
primariamente, na presença de uma
fixação rígida, ou secundariamente,
na ausência de uma fixação rígida:
➥ Consolidação Primária: ocorre com o
contato direto e íntimo entre os
segmentos fraturados
➜ O osso novo cresce diretamente
através das extremidades ósseas
comprimidas, a fim de unir a fratura.
➜ A consolidação primária do osso
cortical é muito lenta e não pode unir
lacunas na fratura.
➜ Ocorre quando é realizada uma
fixação rígida da fratura por
compressão.
➜ O processo de consolidação depende
basicamente da reabsorção
osteoclástica do osso, seguida pela
formação osteoblástica de osso novo
➥ Consolidação Secundária: denota
mineralização e substituição, por osso,
de uma matriz cartilaginosa com um
aspecto radiográfico característico de
formação de calo
➜ Quanto maior for a mobilidade no
local da fratura, maior será a
quantidade de calo;
➜ Esse calo de união externa aumenta a
estabilidade no local da fratura, por
aumentar a espessura do osso;
➜ Esse é o tipo mais comum de
consolidação óssea;
10
➜ Essas fases se superpõem, e os
eventos que ocorrem principalmente
numa fase, podem ter começado numa
fase anterior
Marcha:
➥ Deambulação: método de locomoçãoque envolve o uso dos membros
inferiores, de forma alternada, em apoio
e propulsão, com pelo menos um pé em
contato com o solo durante o tempo
todo
➥ Marcha: padrão de locomoção que
diferencia dois indivíduos.
- A consideração da normalidade do
processo de locomoção deve ser feita
com certa tolerância, uma vez que varia
em função de sexo, idade, peso corporal,
altura.
-Também deve ser observado que podem
ocorrer variações ou adaptações do
indivíduo a determinadas condições.
- A marcha é afetada por mecanismos
corporais, como o balanço do tronco, o
balanço dos braços e o movimento da
cabeça, além de ser dependente de vários
reflexos – postural, labiríntico e de
endireitamento
➥ Requisitos para nossa marcha: o
mínimo que tem para caminhar
➜ Integração sensorial (propriocepção,
visão, sistema vestibular e receptores
somáticos) ser importante para
determinar o tipo de marcha (ex: os
diferentes tipos de terreno que se anda,
numa praia, a marcha muda)
➜ Centros de controle, tanto medulares
(para controle motor), tanto para o
encéfalo, que integrando-se ajudam na
nossa caminhada
➜Ação muscular (se tiver alguma
disfunção, mudará também na nossa
marcha)
Ciclo da marcha:
Intervalo de tempo entre duas
ocorrências sucessivas do mesmo
evento. Em geral considera-se como
início do ciclo o momento em que o pé
toca o solo, denominado contato inicial
POSSUI DUAS FASES:
- Durante um ciclo, 2 fases distintas
podem ser definidas para cada membro:
→ Fase de apoio ou de estação: durante
a qual o pé está em contato com o solo, e
o tronco faz a ultrapassagem do membro
apoiado.
→ Fase de balanço ou de oscilação:
quando ocorre o avanço do membro.
PERÍODOS DA MARCHA
- Tanto a fase de apoio como a de
balanço podem ser subdivididas em
períodos, demarcados por sucessivos
eventos.
Durante o ciclo da marcha, 3
atividades devem ocorrer:
11
1. Aceitação do peso: Ocorre no início
da fase de apoio, quando o pé toca o solo
e o peso do corpo começa a ser
transferido para esse membro inferior;
2. Apoio em um membro inferior:
Quando o peso do corpo é totalmente
transferido para o membro inferior de
apoio, permitindo que o outro membro
possa se deslocar para frente;
3. Avanço do membro inferior: Ocorre
durante a fase de balanço, quando o
membro inferior se desloca para frente.
FASE DE APOIO: 60%
➤ Período de duplo apoio inicial (10%):
➽ Começa com os dois pés no solo e o pé
analisado (direito) está na frente
realizando o contato inicial;
➽ Ocorre a transferência do peso do
corpo de um membro (perna esquerda)
para outro (direita);
➽ Termina com o desprendimento do pé
oposto (esquerdo);
➽ Podendo ser denominado, também,
como período de primeiro duplo apoio ou
transferência de carga.
➤ Período de apoio simples (40%):
➽ Fase na qual o tronco está apoiado
totalmente em apenas um dos
membros (direito);
➽ Coincide com a fase de balanço do
membro contralateral.
➽ Inicia no momento em que o pé oposto
(esquerdo) se desprende do solo e
termina quando esse mesmo pé,
contralateral, faz seu contato inicial
➤ Período de duplo apoio final:
➽Também denominado de período de
segundo duplo apoio;
➽ Inicia quando o membro contralateral
(pé esquerdo) termina sua fase de
balanço e toca o solo, mas o direito
ainda não saiu do chão. Logo, ambos os
pés estão no solo novamente.
➽ A partir desse momento, a carga é
transferida para o outro membro
(esquerdo), aliviando o membro que está
acabando sua fase de apoio (direito).
12
FASE DE BALANÇO: 40%
Esta fase é dividida em 3 momentos:
aceleração, balanço médio e
desaceleração
➤ Período de balanço inicial:
➽ Começa com o desprendimento do pé
e termina no momento em que o
tornozelo do membro em balanço
superpõe-se ao que está apoiado
➽ Neste período ocorre a maior
aceleração do membro inferior durante
o ciclo da marcha.
➤ Período de médio balanço:
➽Sucede o balanço inicial e termina no
momento em que o eixo da perna ocupa a
posição vertical em relação ao solo.
➤ Período de balanço terminal:
➽Observado nos últimos 20% do ciclo,
quando ocorre a desaceleração do
membro inferior, que se prepara para
tocar o solo, iniciando um novo ciclo.
➽Também pode ser denominado período
de desaceleração.
Diferenças no comprimento do passo:
Obs: Além de influenciar no
comprimento do passo, influencia nas
semi fases da marcha
A: marcha normal, passada normal, com
quadril equilibrado (leve anterversão)
B: O comprimento do passo diminui. Em
rosa, o membro doloroso; Não faz uma
boa fase de impulso. Deixa o membro
doloroso em muito tempo de apoio; Passo
curto; Quadril inclinado (tentando
equilibrar o centro de massa
C: AVE, traumas cranioencefálicos:
Hemiparesia (perda de função motora
13
de um lado do corpo: reduz o
comprimento do passo, anteversão do
quadril quando o membro doente está
como apoio (por muito tempo
D: comprimento do passo muito menor,
quadril muito para frente
Contratura no tornozelo: imagem 1
➧ Começa com o contato do pé com o
antepé (região anterior do pé)
➧ Apoio intermediário diferente/
disfuncional
➧ Hiperflexão do joelho
➧ Não consegue se impulsionar
➧ Não consegue fazer o apoio terminal,
para se equilibrar, inclina o tronco para
frente para inclinar o centro de massa
Imagem 2:
➧ Queda do pé: músculo não contrai,
por conta da paralisia do nervo
➧ Faz uma flexão excessiva do joelho e
do quadril
➧ Sem inervação adequada o músculo
tibial inferior fica paralisado ➝ flexão
do joelho (para não encostar o pé no
chão)
Imagem 3:
➧Fraqueza nos flexores do joelho:
músculos posteriores da coxa
➧ Flexiona menos o joelho
➧ Anda na ponta do pé para andar
➧ Conduta: Fortalecimento muscular
Padrões da marcha relacionada com a
idade:
Crianças:
14
- Base da marcha mais larga;
- Cadência mais alta;
- Comprimento da passada mais curto;
- Contato inicial com o solo feito com o
apoio completo dos pés, e não com o
calcanhar;
- Pernas permanecem estendidas
durante a fase de apoio;
- Maior número de passos curtos e
irregulares em um menor período;
- Há pouco balanço recíproco dos
membros superiores.
Idosos:
- Caminham mais devagar, logo há um
aumento da duração da fase de apoio,
com períodos mais longos de apoio duplo;
- Como passos são mais curtos o
deslocamento vertical também é menor;
- Caminham com base mais larga, logo
possuem um maior deslocamento
horizontal;
- Maior elevação dos dedos em relação
ao solo.
Reabilitação:
➥ Lesões no tornozelo. Ligamentares
nível 1 e 2 (difícil de operar. Nesse
casos podemos realizar a manobra de
PRICE (proteção, repouso, gelo,
compressão e elevação), após isso,
geralmente vai para o tratamento
conservador com uso de robofoot (bota)
Proteção ajuda a prevenir mais lesões
que poderiam piorar a original. Pode
envolver limitar o uso da parte
lesionada, evitar colocar peso sobre a
parte lesionada, usar muletas e/ou usar
gesso ou tala.
Repouso previne mais lesões e pode
acelerar a cura.
Gelo e compressão minimizam o inchaço
e a dor. O gelo é colocado em um saco
plástico, toalha ou pano e aplicado por 15
a 20 minutos por vez, sempre que
possível durante as primeiras 24 a 48
horas. Em geral, a compressão é aplicada
à lesão com uma bandagem elástica.
Elevar o membro lesionado ajuda a
drenar os líquidos para fora da lesão e,
desta forma, reduzir o inchaço. O
membro lesionado é elevado acima do
nível do coração durante os primeiros
dois dias.
15
Fratura do Colo do Fêmur:
➦ Geralmente o mecanismo do trauma é
de alta energia
➦Ocorre muito em acidentes
automobilísticos ou em idosos devido a
osteoporose (quase sempre por quedas)
➦ Classificação de Garden: utilizada em
fraturas desse tipo
➦ Paciente apresenta dor articular,
limitação funcional, raramente
apresenta hematona, encurtamento do
membro inferior, dor no joelho
➦ Tratamento:
1. Conservador: menos indicado pela
morbidade alta (fraturas incompletas)
2. Cirúrgico: mais indicado (fixação da
fratura/ prótese total ou parcialdo
quadril)
OBS: nos pacientes idosos o
tratamento cirúrgico com colocação
de prótese de quadril é geralmente o
mais indicado pelo risco de
complicação local (morbidade alta) e
os riscos clínicos de um novo
procedimento cirúrgico caso evolua
com complicação local na fratura
Piezoeletricidade:
➤ É a habilidade de certos materiais
cristalinos de desenvolver carga elétrica
proporcional a um estresse mecânico.
➤ A modelação e a remodelação
respondem principalmente à deformação
do osso (Piezoeletricidade).
➤ As maiores cargas sobre os ossos
vêm da ação dos músculos e não do peso
corporal, portanto, a força muscular
afeta de forma significativa a sua massa
e resistência.
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⦁ EFEITO PIZOELÉTRICO:
voltagem gerada pela deformação dos
cristais de hidroxiapatita que atrai Ca2+
para a estrutura óssea.
- As cargas positivas aumentam a
atividade dos osteoclastos e as cargas
negativas dos osteoblastos.
⦁ LEI DE WOLF: a tensão imposta
aos ossos gera modificações em seu
tamanho, forma e densidade. Quando um
osso é estimulado mecanicamente
transversalmente, há aumento da
atividade osteoclástica na área
pressionada e aumento da atividade
osteoblástica na área contralateral.
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