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Doenças Virais Doença de Newcastle É causada por um RNA do gênero Avulavírus, família Paramyxoviridae. Os sinais clínicos observados variam com a virulência da cepa infectbioseguridadeante, a espécie aviária infectada, e a predileção do vírus infectante pelos sistemas digestivo, respiratório, e/ou sistema nervoso. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames sorológicos e isolamento do vírus. O controle e a profilaxia devem ser baseados em biosseguridade nas criações com implantação de vacinas, que deve estar de acordo com as condições epidemiológicas do local. Influenza Aviária Causada por um vírus pertencente à família Orthomyxoviridade. O vírus possui pouca resistência ambiental, sendo inativado pelo calor, desinfetantes químicos comuns, entre outras. Os sinais clínicos dependem da saúde da ave, da virulência da cepa viral e da presença de complicações bacterianas e fúngicas. Geralmente causam depressão, pálpebras edemaciadas, lacrimejamento, secreções nasais, asas caídas e inapetência. O diagnóstico pode ser feito por isolamento viral, teste de ELISA e imonofluorêscencia. É necessária a realização de diagnóstico diferencial para doença de newcastle, clamidiose, enterite viral, entre outras. O controle e profilaxia devem ser feitos através de medidas de bioseguridade. Doença de Gumboro Causada por um vírus da familia Birnaviridae, que tem apensas um gênero, o Birnavirus. Quando manifestada de forma aguda, observa-se prostração, diarréia aquosa e penas arrepiadas. Na forma subclínica há perda da capacidade de resposta imune adequada à vacinação e ao aumento da susceptibilidade aos patógenos oportunistas. A doença clássica ocorre entre 3 a 6 semanas de idade e compreende alta mortalidade e perda de peso, agrava inflamação e necrose da bolsa cloacal. O diagnóstico pode ser sorológico por meio de ELISA e o isolamento viral é feito pela inoculação em ovo embrionado ou cultivo celular. A terapia de suporte, com hidratação e analgésicos, pode ajudar na recuperação de alguns animais e algumas vacinas disponíveis. Doença do bico e das penas (DBPP) É causada por um circovírus DNA não envelopado com duas variantes: PsCV-1 e PsCV-2. Os sinais clínicos iniciais englobam apatia, letargia, regurgitação e anorexia, podendo desenvolver hepatite necrótica focal, enterite, pneumonia e septecemia. Na forma crônica são observadas penas anormais após a muda e deformidades do bico com crescimento anormal e hiperqueratose. Como método de diagnóstico pode ser realizado principalmente o exame histopatológico e PCR (Proteína C Reativa). No tratamento são feitos o controle de infecções fúngicas e bacterianas secundárias, fluidoterapia e todo tratamento de suporte além do uso de imunoestimulantes. Na profilaxia é importante separar a ave contaminada e tomar medidas higiênico-sanitárias. Principais patologias das Aves Doenças bacterianas Clamídiose É uma zoonose causada pela bactéria Chlamydophila psittaci, que atinge especialmente os psitacídeos. Os sinais clínicos se apresentam principalmente com conjuntivite, sinusite, blefarite e alterações respiratórias; anorexia, desidratação, asas pendentes, tremores, alterações urinárias e neurológicas. Os métodos de diagnóstico são feitos por DNA com isolamento bacteriano e PCR. O tratamento consiste em antibióticos, especialmente as tetraciclinas, vitaminas e suporte para cada sinal apresentado. Como profilaxia é recomendado separar a ave das demais e fazer a desinfecção do ambiente assim como higienização após contato com o animal. Micoplasmose A bactéria micoplasma spp. é responsável pela Micoplasmose, uma doença que afeta diversas espécies de aves, causando sinais de espirros, secreção nasal, sinusite, aerossaculite, conjuntivite, sinovite e artrite. O exame de PCR tem sido o mais utilizado para o diagnóstico. Antibióticos como a eritromicina podem ser somadas com nebulização dos medicamentos, antiinflamatórios e vitaminas. Doenças fúngicas Aspergilose A levedura Aspergillus spp. causa uma doença comum nas aves conhecida como Aspergilose. Os sinais clínicos incluem principalmente a grave dispnéia, prostração, anorexia, diarréia, perda de peso, edemaciação, sinais neurológicos e morte. Em casos somam a taquipnéia, inapetência, poliúria e sinais nervosos. O diagnóstico é feito por meio de cultura, citologia e biópsia de amostras do pulmão e a radiografia pode apontar cáseos nos pulmões, sacos aéreos e traquéia. No tratamento, é utilizado o itraconazol ou cetoconazol, além da anfoterecina B por nebulização. São somados também antibióticos sistêmicos quando necessários e suplementação vitamínica. Candidíase É causada pela levedura Candida albicans que faz parte da flora intestinal das aves, causando patogenia por imunossupressão. Os sinais clínicos incluem inapetência, prostração, penas arrepiadas, perda de peso, diarréia, regurgitação, dificuldade de deglutição, estase de inglúvio, hiperqueratose no bico e principalmente presença de cáseos na cavidade oral. O diagnóstico é realizado no exame físico, constando a presença de cáseos e por citologia por swab traqueal, com identificação fúngica. O tratamento se baseia a base de nistatina associada a antifúngico (cetoconazol ou fluconazol), imunoestimulantes e vitaminas. Doenças parasitárias Coccidiose É uma patologia causada geralmente pelos protozoários Isospora spp. e Eimeria spp, encontrados no trato digestivo das aves. Os sinais clínicos são apresentados com diarréia aquosa esverdeada ou hemorrágica, inatividade, perda de peso, anemia, desidratação. Em casos mais graves podem- se observar tremores, convulsão, claudicação. O diagnóstico é feito pelo exame coproparasitológico e o tratamento é a base de antibióticos como sulfadiazina, tetraciclinas, vitaminas e fluidoterapia. Escabiose A Sarna knemidocóptica é causada pelo ácaro Knemidocoptes spp, sendo caracterizada pela presença de hiperqueratose nas regiões do bico, cera, pálpebras e patas. Esses locais podem apresentar crescimento anormal de unhas e bico, dificultando a locomoção, respiração e alimentação. Para o diagnóstico, deve-se realizar o exame microscópio de raspado das lesões para visualização dos ácaros. O tratamento consiste em antiparasitário, antibióticos para possíveis infecções secundárias, anti-sepsia das regiões e desinfetarão do ambiente. Doenças consequentes por falhas de manejo Distocia de ovos A distocia ou dificuldades na formação e postura dos ovos ocorrem por falhas no manejo nutricional, principalmente deficiências de cálcio, vitamina e selênio, apesar de outras possíveis causas serem metabólicas, malformações dos ovos, ambientais, estresse, obesidade, hereditariedade e torção do oviduto que é uma das causas principais também. Ocorre no período de postura de ovos e as maiores incidências são em aves jovens, sendo um tempo demorado de expulsão do ovo pelo oviduto, onde pode ocorrer necrose do oviduto devido à pressão do ovo. Geralmente a ave com distocia apresenta um histórico de recentemente montar ninho. Os sinais clínicos incluem cloaca e penas da sujas de fezes, dispnéia, dilatação abdominal, anorexia, prostração e devido à compressão circulatória podem apresentar cianose dos membros e paresia devido à compressão dos nervos isquiáticos e renais, podendo causar colapso circulatório. O diagnóstico é realizado exame físico com palpação abdominal, cloacal e radiografia. O tratamento consiste na remoção do ovo por manipulação abdominal e cloacal, cirúrgico ou conservativo com administração de cálcio, fluidos e utilização com cautela de prostaglandina e ocitocina apenas quando há passagem para saída do ovo, estimulando a postura. Pododermatite É uma patologia de comum ocorrência em diferentes ordens e família de aves. São causadas principalmente por substrato incorreto e hipovitamioses. Os sinais clínicos são apresentados por lesões plantares nos pés, com calos, abscessos ou pontos de necrose em casos avançados. O tratamento se baseia em antibioticoterapia sistêmica e tópica, antissepsia daregião, antiinflamatórios e debridamento das lesões se necessário.
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