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O vereador João Marcelo apresentou projeto de lei aumentando a alíquota do ISS no Município de Campo Grande

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1. O vereador João Marcelo apresentou projeto de lei aumentando a alíquota do ISS no Município de Campo Grande. Inicialmente, o prefeito não concordava politicamente com a medida, considerando o impacto negativo que o aumento tributário poderia trazer. Porém, a lei foi votada e aprovada na Câmara de vereadores, e quando enviada para a prefeitura houve a sanção do prefeito, que passou a considerar que o aumento aliviaria os cofres públicos. A publicação da lei foi realizada no dia 20/05/2020 e a alíquota majorada passou a ser cobrada no início do ano seguinte. Em relação à cobrança realizada em janeiro de 2021, responda: (1,5)
1. A. A cobrança é ilegal, por vício de iniciativa quanto ao projeto de lei;
2. B. A cobrança é ilegal, por violar o princípio da anterioridade;
3. C. A cobrança é ilegal, por violar o princípio da anterioridade nonagesimal;
4. D. Não há ilegalidade na cobrança realizada.
1. A tapiocaria Tapioca do Dia foi autuada por não ter cumprido com os deveres instrumentais previstos na legislação tributária do Estado, relativos ao envio diário das vendas realizadas. Em que pese a falha da empresa, jamais houve falha no pagamento do tributo. A tapiocaria apresentou defesa administrativa. Durante a tramitação da defesa, foi aprovada lei que revogava a necessidade de apresentação diária das vendas realizadas. Com base no exposto, responda: (1,5)
0. A. A tapiocaria deverá pagar a multa, pois cometeu infração tributária;
0. B. A multa não poderia ter sido aplicada, pois as multas só decorrem de falta de pagamento do tributo;
0. C. A nova lei poderá retroagir, afastando a aplicabilidade da multa;
Art. 106, II, b do CTN
0. D. O Estado não poderia ter imposto a obrigatoriedade de envio diário das vendas, mesmo por meio de lei.
1. O município de Campo Grande aprovou planta de valores definindo a base de cálculo do IPTU da cidade em 2019. Em razão da enorme especulação imobiliária houve uma variação do preço dos terrenos acima do índice oficial previsto em lei. O prefeito, visando aumentar a arrecadação dos cofres públicos, ajustou, por meio de decreto, os valores dos terrenos (que compõem a base de cálculo do IPTU) de acordo com a média dos preços praticados em cada bairro. Alguns terrenos foram reajustados em percentual acima do índice oficial, enquanto outros terrenos foram reajustados em percentual abaixo do índice oficial, refletindo o valor de mercado. Com base no exposto, responda:
0. A. O prefeito só poderia alterar a alíquota do IPTU por meio de decreto, e não a base de cálculo do tributo;
0. B. A alteração da base de cálculo foi ilegal;
0. C. A alteração da base de cálculo obedeceu às regras previstas na legislação, tendo em vista a manutenção do valor de mercado dos terrenos;
0. D. A base de cálculo só pode ser reajustada por lei.
De acordo com decisão do STF prefeituras municipais não podem alterar a base de cálculo e elevar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) por decreto, mas apenas por lei, aprovada pelo Legislativo, além do artigo 150 da Constituição Federal, que proíbe o Estado de exigir ou aumentar tributo sem lei.
1. O Estado de Mato Grosso do Sul aprovou lei que prevê multas para o não pagamento de tributos e para o descumprimento de deveres instrumentais. Conforme previsão legal, as multas para o não pagamento de tributos foram estabelecidas em 35%, e as multas punitivas em 50% para atos não dolosos, e 100% para atos dolosos. Com base no exposto, e em decisões de Tribunais Superiores, conforme visto em aula, responda:
0. A. Somente a multa moratória viola o princípio da vedação ao confisco;
0. B. Somente a multa punitiva viola o princípio da vedação ao confisco;
0. C. Ambas as multas violam o princípio da vedação ao confisco;
0. D. Nenhuma das multas violam o princípio da vedação ao confisco.
Para multa moratória, até 20% é aceitável (STF, AR no AI 727.872/RS.
1. Após a grave crise econômica causada pela Covid-19, o Presidente da República, visando aquecer a economia do país, enviou projeto de lei complementar concedendo isenção tributária em relação a todos os impostos brasileiros pelo prazo de 6 meses. A lei foi aprovada e sancionada. Com base no exposto, responda:
0. A. A isenção concedida é permitida, em razão da situação de necessidade de aquecimento da economia;
0. B. A isenção é permitida, pois foi aprovada por lei complementar;
0. C. A isenção é permitida, pois está dentro das atribuições da União enquanto ente político;
0. D. A isenção não é permitida, pois invade competência de outros entes políticos.
A Constituição Federal, no seu art. 151, inciso III, proíbe o que a doutrina chama de isenção heterônoma, dispondo que é vedado à União instituir isenções de tributos cuja competência não seja sua.
1. O município de Campo Grande criou taxa de limpeza pública, elegendo como contribuinte o proprietário dos imóveis na cidade de Campo Grande, e estabelecendo a base de cálculo como sendo o valor venal do imóvel (que também é a base de cálculo do IPTU). O sistema de prestação de serviços permite conhecer exatamente quantos km² de ruas, avenidas e praças são limpas por semana, porém não é possível averiguar as pessoas que efetivamente utilizam o serviço. Com base no exposto, responda:
0. A. Não há ilegalidade na taxa instituída;
0. B. A taxa é ilegal em razão da sua base de cálculo;
0. C. A taxa é ilegal em razão da ausência dos requisitos necessários para a instituição de taxa;
0. D. A taxa é ilegal em razão tanto de sua base de cálculo como da ausência dos requisitos legais para sua instituição.
A CF dispõe em seu artigo 145, inciso II, que a União, Estados e Municípios podem cobrar “taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição”
A taxa cobrada em razão da prestação de um serviço público é devida, ainda que o contribuinte não faça uso efetivo deste serviço, desde que, é claro, esse serviço esteja à sua disposição (Artigo 79, do CTN).

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