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PROVA A 2 DE TRIBUTARIO COM RESPOSTAS

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Disciplina: Direito Tributário I 
	
	Docente: 
	
	Turma: 
	A1 ( ) A2 ( x) A3 ( ) A4 ( )
	Aluno(a):
	Matrícula: 
	Data: 
	Nota da Prova:
	Nota de Trabalho(s):
	Nota Final:
	Instruções: 
Prezado(a) aluno(a) a prova é individual e a interpretação faz parte do contexto geral da prova. 
Cada questão discursiva vale 2,0 pontos.
Cada questão objetiva vale 1,0 ponto.
Você poderá utilizar até o limite de 10 linhas, para as respostas (tanto das questões discursivas, como das questões objetivas). 
As respostas das questões objetivas também deverão ser justificadas.
O aluno deverá postar o arquivo com as respostas no trabalho avaliativo individual até 16/06/2020.
QUESTÕES DISCURSIVAS
1) O Município de Teresópolis instituiu, por meio de lei municipal, uma taxa de limpeza cujo fato gerador é, exclusivamente, o serviço público de coleta, remoção e tratamento de lixo domiciliar de imóveis no município. A lei também determinou a utilização da área do imóvel como base de cálculo da taxa. Diante desse quadro fático, responda aos itens a seguir.
a)   O fato gerador da taxa determinado pela lei municipal violou a Constituição da República?
R. Não, sem duvida a taxa tem como fato gerador serviços específicos a cobrança exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo proveniente de imóveis não viola o Art. 145, inciso II, da CRFB/88, por possuírem tais serviços caráter específico e divisível, conforme a Súmula Vinculante 19 do STF.
b)   A base de cálculo adotada pelo Município de Teresópolis violou regra constitucional? 
R. Não. É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra, conforme a Súmula Vinculante 29 do STF.
2) O estado de Pernambuco pretende realizar obras de saneamento básico, contudo não dispõe em caixa da totalidade dos recursos necessários para sua realização. Diante desse contexto, o Governador foi orientado a editar lei para disciplinar a cobrança da futura contribuição, já que a obra irá gerar valorização imobiliária dos particulares. Assim, foi editada a lei que instituiu a contribuição de melhoria e delimitou como contribuintes da exação todos aqueles que possuíam imóveis localizados em áreas urbanas no estado de Pernambuco, próximos ou não ao local das obras. Ademais, a referida lei determinou que o custo total da obra deveria ser dividido igualmente entre todos os contribuintes para que fosse respeitado o princípio da isonomia tributária, por fim, todo o valor arrecadado com a contribuição foi destinado à realização da obra de saneamento. Salete, moradora do estado de Pernambuco, recebeu, antes mesmo do início da realização da obra, notificação para o pagamento da contribuição de melhoria. Ressalte- se que seu imóvel está em área não beneficiada pela obra pública. Com base nessas informações, comente se é legítima a atuação do estado de Pernambuco. Justifique sua resposta, tanto em caso positivo quanto em caso negativo e responda se Salete deverá proceder o pagamento dessa exação fiscal? Aponte fundamentos legais que embasam a sua resposta.
R. É válida, pois a base de cálculo quantificou a valorização imobiliária decorrente de obra pública. Art. 81 CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Parágrafo 1 - A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. O CTN não faz diferenciação entre os imóveis que podem ser abrangidos pelo manto da incidência da contribuição de melhoria prevista em seu artigo 81, exigindo apenas que haja a valorização imobiliária do imóvel, seja ele construído ou não, a exemplo dos terrenos baldios. Logo, a contribuição de melhoria pode ser cobrada da União, em relação a terreno baldio de sua propriedade, por Município que tenha realizado obra pública da qual tenha resultado valorização do referido imóvel.
Além disso, a imunidade presente no artigo 150, VI, “a”, da CF/88, não abrange as contribuições de melhoria ou outros tributos que não os impostos, podendo a contribuição ser livremente cobrada da União pelo município que realizou a obra pública e da qual resultou valorização imobiliária de imóvel de propriedade daquele ente político.
3) O deputado federal João da Silva apresentou dois projetos de lei ordinária. O primeiro pretende alterar o Código Tributário Nacional (CTN) no que se refere aos artigos que tratam de responsabilidade tributária (obrigação tributária) e o segundo pretende instituir uma taxa de limpeza de vias e logradouros públicos, cuja base de cálculo é o valor venal dos imóveis urbanos.
a) Examine a constitucionalidade do primeiro projeto de lei apresentado pelo deputado. 
 R. Segundo o Código Tributário Nacional da Lei Ordinária nº 5.172/66 , que foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988,como lei complementar, uma vez que estabelece normas gerais em matéria de legislação tributária. Sendo assim, a alteração do CTN, especialmente no que se refere à responsabilidade tributária, deve ser feita por lei complementar, conforme o Art. 146, III, “b”, da Constituição Federal.
 b) A taxa a ser instituída é constitucional? Justifique.
R. A referida taxa possui a mesma base de cálculo do imposto de importação. O Art. 145, § 2º, da Constituição Federal, veda a instituição de taxa com base de cálculo própria de imposto. Sendo assim, a taxa será inconstitucional, caso o projeto de lei seja aprovado.
4) Certa empresa de produtos químicos recebeu notificação do Município de Volta Redonda para que pagasse um imposto por ele instituído no ano de 2013. O fato gerador do imposto era o ato de poluir o meio ambiente e a sua base de cálculo era a quantidade de lixo produzida. Com base em tais fatos, responda aos itens a seguir.
a) Pode o fato gerador de um imposto ser o ato de poluir o meio ambiente? Justifique.
R. Não . De acordo com o Art. 3º do CTN é da essência de um tributo não ter natureza sancionatória, Ou seja o fato gerador não tem qualquer relação com demonstração de capacidade contributiva , conforme Art. 145, §1º da CRFB/88.
b) O Município de Volta Redonda teria competência constitucional para criar um novo imposto? Justifique sua resposta.
R. É negativa a resposta. Só a União tem competência para instituir impostos residuais (isto é, impostos não indicados na própria Constituição da República), conforme o Art. 154, inciso I, da CRFB/88.
QUESTÕES OBJETIVAS
5) Os Estados costumam apreender mercadorias e não permitir a emissão de notas fiscais a quem deve para o Fisco. Examine as assertivas abaixo e assinale a CORRETA. Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes.
X a) São inconstitucionais os procedimentos referidos, já assim declarados mais de uma vez pelo STF.
R.CORRETA, A Constituição não admite imposto que resulta em confisco - CF/88, artigo 150, inciso IV.Por imposto confiscatório devemos entender aquele que absorve grande parte do valor da propriedade ou de sua renda, havendo uma diferença apenas entre o imposto constitucional e o confiscatório.Desta forma, o confisco se caracteriza quando a alíquota efetiva, sobre uma operação, resulte que mais de 50% do seu valor econômico líquido (preço menos tributos) seja destinado ao fisco.Trata-se, portanto, de confisco, pois fica evidenciado a inconstitucionalidade do lançamento tributário, no montante superior ao permitido pela Constituição Federal Brasileira.
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. §§ 2.ºE 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal. Ação julgada procedente. – STF - ADI 551 / RJ - DJ 14-02-2003 PP-00058. 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI Nº 8.846/94 EDITADA PELA UNIÃO FEDERAL - TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - É cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição da República. Hipótese que versa o exame de diploma legislativo (Lei 8.846/94, art. 3º e seu parágrafo único) que instituiu multa fiscal de 300% (trezentos por cento). - A proibição constitucional do confisco em matéria tributária - ainda que se trate de multa fiscal resultante do inadimplemento, pelo contribuinte, de suas obrigações tributárias - nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais básicas.
b) O procedimento de apreensão é o correto, pois muitas vezes se a fiscalização permitir que a mercadoria passe, mesmo com tributo recolhido a menor, poderá ocorrer de o Estado não mais conseguir cobrar.
.c) O procedimento de apreensão é incorreto, mas é possível interditar o estabelecimento comercial do sujeito em débito com a Fazenda Pública.
.d) Apreender as mercadorias é correto, mas impedir a empresa de emitir notas fiscais ou vender produtos não.
.e) Não há incidência de ICMS na circulação de mercadorias.
.
6) O município de Cabo Frio instituiu, por lei ordinária, taxa de coleta e remoção de lixo para os imóveis urbanos situados em seu território, estabelecendo como base de cálculo do tributo a área construída do imóvel, que, multiplicada pelo valor de R$ 2, resultaria no valor do tributo devido pelo contribuinte. Acerca dessa situação hipotética e dos preceitos constitucionais pertinentes ao poder de tributar, assinale a opção correta. Justifique sua resposta, indicando dispositivos legais e jurisprudência pertinentes.
a) A utilização da área construída do imóvel como parte da base de cálculo do tributo em questão, por também compor a base de cálculo do IPTU, torna inconstitucional
a instituição do mencionado tributo.
b) A restrição constitucional para que haja identidade da base de cálculo atinge apenas as contribuições, e não as taxas, sendo, portanto, constitucional o tributo em questão. 
X c) O serviço de coleta e remoção de lixo em questão pode adotar um dos elementos de base de cálculo de impostos, desde que não haja identidade completa e o valor pago pelo contribuinte seja proporcional ao serviço que lhe é prestado.
R. Súmula Vinculante n. 29 do STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
d) A coleta e remoção de lixo é serviço público inespecífico e indivisível, por beneficiar toda a coletividade, sendo, portanto, inconstitucional a instituição da referida taxa.
e) É inconstitucional a taxa que visa remunerar a coleta de lixo domiciliar, por ser um serviço indivisível.
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