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1 A velocidade das reações CINÉTICA DE MATERIAIS Engenharia de Materiais UFS 2 Por que estudar cinética? Processos de transformação de matérias primas em produtos finais. Quanto tempo se leva pra obtenção de um produto final? Redução de tempo → redução de energia → eficiência (menor custo) 3 4 CINÉTICA DE REAÇÕES (EMPÍRICA) A 1ª etapa na análise da cinética de uma reação: • Estequiometria da reação; • Identificação das reações secundárias. Os dados básicos para determinação da velocidade são: 1. Concentração dos reagentes 2. Concentração dos produtos 3. Tempo 4. Método de monitoramento 5 TÉCNICAS EXPERIMENTAIS O método de acompanhamento das reações depende das características da reação. 2N2O5 (g) 4NO2 (g) + O2 (g) H2 (g) + Br2 (g) 4HBr (g) (CH3)3CCl (aq) + H2O (l) (CH3)3COH (aq) + H + (aq) +Cl - (aq) variação da pressão absorção no espectro visível condutividade elétrica pH CaCO3 (s) CaO (s) + CO2 (g) CaCO3 (calcita) (s) CaCO3 (aragonita) (s) H2 (g) + O2 (g) H2O (l) variação de peso variação de pressão difração de raios X calorimetria 7 TÉCNICAS EXPERIMENTAIS Como proceder a análise? 1. Análise em tempo real Um pequena amostra é retirada do sistema para análise ou a solução no sistema reacional é monitorada; 2. Método do Escoamento Os reagentes se misturam ao fluir em conjunto para uma câmara e a reação é monitorada em diversos pontos no tubo de saída. Necessidade de grandes volumes de reagentes! 3. Método do Escoamento Interrompido Os reagentes são misturados em uma câmara pequena que é provida de uma seringa em vez de um tubo de saída. Volumes pequenos e reações mais rápidas. 10 4. Método do Flash Fotólise A amostra é exposta a um rápido pulso luminoso que inicia a reação e depois se acompanha a modificação do sistema na câmara reacional. Reações muito rápidas. Ex: Cl2 + h Cl + Cl Cl + HBr HCl* + Br HCl* + M HCl + M M é um material ou molécula não reativa (paredes do recipiente) que absorve o excesso de energia térmica da molécula ativada. 11 Femtoquímica Métodos usuais: observa-se apenas reagentes e produtos finais! Fotoquímica: Possibilidade de se identificar reações intermediarias jamais observadas. 5. Método do Escoamento com Extinção Química: • Os reagentes são misturados de forma parecida com o que ocorre no método do escoamento, mas a reação é extinta por outro reagente. 6. Método da Extinção por Congelamento: • A reação é extinta por resfriamento súbito, em milissegundos, do sistema. A partir daí a concentração dos reagentes, intermediários e produtos são medidas por espectroscopia. Ensaios pos mortem Ensaios in situ 13 Microestrutura cimento do cimento A reação é extinta por adição de acetona e retirada completa da água do meio. Existem vários outros métodos capazes de extinguir a reação para se verificar adequadamente os produtos formados. 14 Analytica Chimica Acta, 216 (1989) 69- 107 Njegomir Radić and Lea Kukoc-Modun Department of Analytical Chemistry, Faculty of Chemistry and Technology, University of Split, Croatia Kinetic Methods of Analysis with Potentiometric and Spectrophotometric Detectors – Our Laboratory Experiences http://dx.doi.org/10.5772/52185 Thermodinâmica é o estudo do estado de equilíbrio em que as variáveis de estado de um Sistema não mudam com o tempo, e cinética é o estudo das taxas ou velocidades em que sistemas que estão for a do equilibrio mudam sob a influencia de diversas forças. TERMODINÂMICA IRREVERSIVEL E A CINÉTICA • Existem quatro fatores importantes que afetam as velocidades das reações: FATORES QUE AFETAM A VELOCIDADE DE REAÇÕES – o estado físico do reagente – as concentrações dos reagentes – a temperatura na qual a reação ocorre – a presença de um catalisador A VELOCIDADE DAS REAÇÕES • Existem duas maneiras de medir a velocidade da reação A B 1. A velocidade na qual os produtos são formado (por exemplo, a variação na quantidade de matéria de B por unidade de tempo); 2. A velocidade na qual os reagentes são consumidos (por exemplo, a variação na quantidade de matéria de A por unidade de tempo). dt Ad ][ A velocidade vai sempre ser uma grandeza positiva em cinética! • Definição da Velocidade de Reação: A + 2B 3C + D • Velocidade de consumo/formação instantânea: • Reagente: • Produto: Os vários reagentes e produtos são consumidos ou formados na mesma velocidade? dt Rd ][ dt Pd ][ VELOCIDADE INSTANTÂNEA Muitas reações reduzem a velocidade quando os reagentes são consumidos Perdem significado em intervalos de tempo muito longos (t) No gráfico: taxa real, medida pelo aumento da concentração de produto, varia continuamente, sendo maior no tempo zero A taxa instantânea da reação é dada pela inclinação da tangente da curva de concentração x tempo t = 0 velocidade inicial da reação (1) Tangente – derivadas cujos valores podem variar em cada ponto da curva, portanto a taxa instantânea é a taxa no limite Quanto maior o intervalo de tempo (t) menor será a precisão da taxa instantânea 19 Equilíbrio químico – termodinâmica Equação estequiométrica global da reação ou equação em cada etapa da reação Cinética química – fora da condição de equilíbrio Determinada experimentalmente O que acontece com a velocidade da reação no equilíbrio??? Lei de velocidade é determinada experimentalmente Lei de velocidade será: Velocidade ou taxa de reação tem dimensões de (concentração/tempo) A dimensão da constante de velocidade (k) vai depender dos expoentes (a, b, ...) p = a+b+... (ordem de reação, e é determinada experimentalmente, pode ser 0,1,2, ½,...; ordem global (p); pode ser por componente (a, b, ...) k tem dimensões = concentração 1-p/tempo Como evitar esse problema de uma única reação ser representada por varias velocidades? • Velocidade de Reação pode ser normalizada considerando: A + 2B 3C + D dt Bd dt Ad dt Cd dt Dd ][][][][ 2 1 3 1 23 J JJ nn 0, ξ = grau de avanço da reação (csi) nJ = número de moles da espécie J νJ = número estequiométrico da espécie J negativo p/ reagentes positivo p/ produtos Para se trabalhar em termos de concentração num sistema a volume constante: dt d V v 1 v = velocidade da reação V = volume mol/L s 24 dt d V v 1 [J] = concentração de J mol/L s dt dn V v J J 11 Reescrevendo, dt Jd v J 1 Como [J] = nJ/V • Considere a reação: C4H9Cl(aq) + H2O(l) C4H9OH(aq) + HCl(aq) VARIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO COM O TEMPO 1. Podemos calcular a velocidade média em termos do desaparecimento do C4H9Cl. 2. A unidade para a velocidade média é mol/L s. 3. A velocidade média diminui com o tempo. 4. Representamos graficamente [C4H9Cl] versus tempo. 5. A velocidade a qualquer instante de tempo (velocidade instantânea) é a inclinação da tangente da curva. 6. A velocidade instantânea é diferente da velocidade média. 7. Geralmente chamamos a velocidade instantânea de velocidade. 26 27 2N2O5 (g) 4NO2 (g) + O2 (g) Se O2 é formado a uma velocidade de 0,16 mmol L -1 s-1, qual a velocidade de consumo do N2O5, e a de formação do NO2? 28 2CH3 (g) CH3CH3 (g) Se d[CH3]/dt = -1,2 mol dm -3 s-1, determine a velocidade da reação e a taxa de formação do CH3CH3. 29 A determinação da lei de velocidade 30 COMO DETERMINAMOS A ORDEM E DEFINIMOS AS LEIS DE VELOCIDADE? 32 33 aA + bB → C + D ba BAkv Empiricamente, observou-se que muitas velocidades de reações são proporcionais às concentrações dos reagentes elevadas a certas potências. Se considerarmos a reação: Poderíamos escrever a velocidade da reação como: [A] = concentração do reagente A [B] = concentração do reagente B k = constante de velocidade a = ordem da reação em relação a A b = ordem da reação em relação a B 34 ba BAkv A concentração e a temperatura são determinantes para a velocidade de uma reação, então, onde fica o fator temperatura para uma lei de velocidade? Uma lei de velocidade é uma equação que dá a velocidade de reação em função das concentrações de todas as espécies presentes na equação química global. ,..., BAfv ,..., BA PPfv falando em reações homogêneas em fase gasosa: 35 A lei de velocidade de uma reação não pode ser determinada apenas pela definição da estequiometria da reação. Ex: HBrkBr BrHk v '2 2/3 22 Ela é determinada experimentalmente. Algumas vezes, ela é igual a estequiometria, mas isso é mera coincidência. Pode-se prever a composição da mistura reacional durante o tempo. O mecanismo das reações deve ser compatível com as velocidades medidas. H2(g) + Br2(g) → 2 HBr(g) 36 A ordem da reação BAkv 2/1 Ordem 1 (primeira ordem) em relação a B Ordem 1/2 em relação a A Ordem global 3/2 Ordem global é o somatório das ordens individuas da reação. Não é necessariamente um número inteiro. Ordem zero também é possível. (?????) kv 4PH3 → P4 + 4H2 (W a 600°C) Fosfina 37 - Quando a superfície disponível é saturada em termos de sítios reacionais - Quando há excesso de substrato em relação a enzima que está reagindo 38 Qual a ordem da reação? Ordem 1 em relação a H2 Ordem indefinida em relação a Br2 e HBr Ordem global igualmente indefinida HBrkBr BrHk v '2 2/3 22 39 40 Para reações elementares, temos: aA + bB → produtos ba BAkv Se considerarmos apenas um único ato elementar na reação de A com B (num meio homogêneo), a velocidade da reação deverá ser proporcional à probabilidade de encontros entre essas espécies. Assim, ...)...)((' ][ BBBAAA A A nnnnnnk dt nd v a vezes b vezes baA BAk dt Ad v ][ 41 DETERMINAÇÃO DA LEI DE VELOCIDADE O método do isolamento A + B → produtos BkkAkv cteBB tt t '' 1 0 Se tivermos todos os reagentes em excesso, exceto um deles, isso implica que a concentração deles poderá ser considerada constante ao longo do tempo, exceto para o que não encontra- se em excesso. BAkv reação de pseudo primeira ordem 42 DETERMINAÇÃO DA LEI DE VELOCIDADE O método das velocidades iniciais. A + B → produtos 00 00 logloglog Aakv Akv Akv a a Se isolarmos A como fizemos anteriormente, podemos medir a velocidade inicial da reação em função da concentração inicial usada: BAkv log v0 × log [A]0 Vários experimentos com concentrações iniciais de N2O5 diferentes Método da velocidade inicial 44 A velocidade inicial de uma reação depende da concentração de substância J conforme disposto abaixo: [J]0 (mmol dm -3) 5,0 8,2 17 30 v0 (10 -7 mol dm-3 s-1) 3,6 9,6 41 130 Determine a ordem da reação em relação a J e calcule a constante de velocidade. Resp: 2ª ordem k = 1,4×10-2 dm3 mol-1 s-1 45 As velocidades iniciais que foram medidos para a reação 2 I(g) + Ar(g) → I2(g) + Ar(g) foram as seguintes: [I]0 (10 -5 mol dm-3) 1,0 2,0 4,0 6,0 v0 (mol dm -3 s-1) a 8,7×10-4 3,48×10-3 1,39×10-2 3,13×10-2 b 4,35×10-3 1,74×10-2 6,96×10-2 1,57×10-1 c 8,86×10-3 3,47×10-2 1,38×10-1 3,13×10-1 Com concentrações de [Ar]0 de (a) 1,0 mmol dm -3, (b) 5,0 mmol dm-3 e (c) 10,0 mmol dm-3. Determine a ordem da reação em relação a I e Ar e a constante de velocidade. Resp: v0 = k[I]0 2[Ar]0 k = 9,0×109 mol-2 dm-6 s-1
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