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ROC - Processo Penal III-1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
RECORRENTE: ZECA
RECORRIDO: Ministério Público do Estado de Goiás
Processo de origem: HC N xxx TJGO
ZECA, já qualificados nos autos de HABEAS CORPUS, de número acima indicado, via de seus advogados e defensores, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 105, II, a, da Constituição Federal, c/c artigo 30 da Lei 8.038/90, interpor o presente	
				
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
requerendo seja o mesmo processado na forma das razões, ora apresentadas, em anexo e encaminhado ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça para apreciação.
Nestes termos, 
Pede deferimento, 
Goiânia, 19 de outubro de 2020.
Victor Meneses
OAB/GO nº 99.999
Reisla Carvalho
OAB/GO nº 99.998
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
ÍNCLITA TURMA
DOUTA PROCURADORIA DA REPÚBLICA
MERITÍSSIMOS MINISTROS,
A Egrégia 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, ao negar a concessão da ordem de Habeas Corpus, de número acima referido, por maioria de votos entendeu que o crime, ora imputado ao recorrente possui natureza “muito grave", conforme consta do v. aresto. Contudo, o recorrente discorda da r. decisão e entende que a mesma deve ser reformada nos termos das razões a seguir expostas:
DOS FATOS 
ZECA, delegado de polícia, está preso no Presídio Especial da Polícia Civil de Goiânia por força de auto de prisão em flagrante delito e denunciado como violador do artigo 316, do Código Penal, sendo certo que teve concedida a fase do artigo 514, do Código de Processo Penal, e que os prazos legais estão sendo observados. É primário, tem residência fixa (DOC. 02) e exerce atividade lícita (DOC.03).
DO DIREITO
a)	DA AUSÊNCIA DE MOTIVOS PARA A MANUTENÇÃO DA MEDIDA EXTREMA
Extrai-se dos autos que o recorrente foi preso em flagrante pela suposta prática por crime previsto no artigo 316 do Código Penal.
Em observância ao princípio constitucional da não-culpabilidade, a prisão cautelar só pode ser mantida se expressamente justificada sua real indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução criminal ou a aplicação da lei penal (artigo 312 do Código de Processo Penal) fundamentação que, sendo condição absoluta de sua validade e eficácia, nos termos do artigo 93, inciso IX da Constituição Federal, deve ser deduzida em relação a fatos concretos, não lhe servindo para tanto considerações de ordem genérica e abstrata.
Vale frisar que, o condutor procedimental, sequer aduziu ao fato concreto, hipoteticamente praticado pelo recorrente, elencado tão somente ilações genéricas, sem ao menos justificar a imprescindibilidade da segregação.
Nesse sentido, sustenta o STJ:
PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. PRISÃO EM FLAGRANTE. DECRETAÇÃO DA PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO IDÔNEA. SENTENÇA. MANTIDA A CONSTRIÇÃO POR ESTAR O RÉU PRESO DURANTE O CURSO PROCESSUAL. DEVIDA A REVOGAÇÃO DA PRISÃO PARA RECORRER EM LIBERDADE. QUESTÕES LEVANTADAS EM HABEAS CORPUS NO TRIBUNAL. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO. APRECIAÇÃO FUTURA EM SEDE DE APELAÇÃO. 1. A negativa do direito de recorrer em liberdade, contra sentença penal condenatória, é invariavelmente excepcional, subordinando-se à demonstração de sua criteriosa imprescindibilidade, à luz dos fatos concretos da causa, e não em relação à percepção do julgador a respeito da gravidade abstrata do tipo penal, tampouco se admite como efeito automático da sentença ou o fundamento de que o paciente permaneceu preso durante o curso processual. Recurso em habeas corpus provido, a fim de que o recorrente possa aguardar em liberdade o julgamento da apelação, se por outro motivo não estiver preso, sem prejuízo de que o Juízo a quo, de maneira fundamentada, examine se é caso de aplicar uma das medidas cautelares. (STJ - SEXTA TURMA - RHC 0000601-55.2013.8.26.0000 SP 2013/0206310-6 Rel.: Sebastião Reis Júnior - DJe 22/03/2017)
Fica claro, portanto, em face do sólido respaldo jurisprudencial à tese ora sustentada, que a prisão ao recorrente imposta pela autoridade coatora, é totalmente destituído de qualquer fundamentação válida, ilegal e arbitrário. Razão pela qual impõe-se o provimento do recurso para revogar a prisão preventiva, ora decretada, restituindo-lhe a liberdade.
b)	DA NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA PARA DECRETAR PRISÃO PREVENTIVA:
O Tribunal de Justiça de Goiás, data vênia, não poderia ter decretado a prisão preventiva do recorrente com base na gravidade em abstrato do delito, pois não é motivação idônea para tal fim, conforme o artigo 312 do CPP.
É certo que a antecipação cautelar da prisão – qualquer modalidade autorizada pelo ordenamento positivo (prisão temporária, prisão preventiva ou prisão decorrente da sentença de pronúncia) - não se revela conflitante com o princípio constitucional de não-culpabilidade (RTJ 133/280 RTJ 138/216 RTJ 142/878 RTJ 148/429 HC 68.726-DF, Relator o eminente Ministro NÉRI DA SILVEIRA).
Isso significa, portanto, que o instituto da prisão cautelar considerada a função processual que lhe é inerente não pode ser utilizado com o objetivo de promover a antecipação satisfativa da pretensão punitiva do Estado, pois, se assim fosse lícito entender, subverter-se-ia a finalidade da prisão preventiva, daí resultando grave comprometimento para o princípio da liberdade.
Nesse sentido, tese adotada pelo STJ sobre prisão preventiva e gravidade abstrata do delito:
“As prisões cautelares materializam-se como exceção às regras constitucionais e, como tal, sua incidência em cada caso concreto deve vir fulcrada em elementos que demonstrem a sua efetiva necessidade no contexto fático-probatório apreciado, sendo inadmissível sem a existência de razão sólida e individualizada a motivá-la, especialmente com a edição e entrada em vigor da Lei n. 12.403⁄2011. 4. No caso, da leitura das decisões que ordenaram e mantiveram a segregação cautelar do paciente, constata-se que não foi apresentado qualquer fundamento idôneo para tanto, limitando-se o Juiz singular a fazer referência à gravidade em abstrato do delito que lhe foi imputado, ao clamor público e à credibilidade da justiça, o que, por si só, não justifica a segregação antecipada.” (HC 497.006/MS, j. 07/05/2019)
De acordo com o artigo 312, CPP temos: 
A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
Destarte, a prisão cautelar é medida excepcional que somente deverá ocorrer se comprovada sua real necessidade, que no caso em tela, não restou devidamente demonstrada. 
Ademais, de acordo com o art. 315, §2º, do CPP: Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
1) limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
2) empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
3) invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
4) não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
 5) limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
6) deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Não obstante, carece de fundamentação a decisão, conforme violação ao artigo acima supracitado. De tal sorte que, a manutenção de sua prisão reveste-se de ilegalidade, por ausência de fundamentação idônea, nesse viés,salienta o Professor Nestor Távora:
“Faltando fundamentação e uma vez impetrado habeas corpus, não haverá a convalidação da preventiva e supressão da omissão pelas informações prestadas pela autoridade ao Tribunal. A fundamentação deve existir no momento em que a preventiva foi decretada. Não havendo, o prejuízo é presumido, não podendo o Tribunal manter a medida, no curso da apreciação do HC, por se conformar com as informações prestadas pela autoridade coatora.”
Nesse parâmetro verifica-se que a Egrégia 1ª Câmara deixou de motivar de forma clara e concreta. 
A necessidade de manutenção do cárcere, vez que não é possível vislumbrar na decisão que converteu a prisão flagrancial em preventiva, em que fato concreto estaria caracterizada a periculosidade do recorrente, tendo fundamentada a medida de forma genérica. Com efeito, o simples juízo valorativo, sobre a gravidade genérica do delito imputado ao recorrente, não serve para justificar a custódia preventiva, eis que presente em todos os delitos de igual natureza. Aliás entendimento contrário resultaria na obrigatoriedade de decretação da medida extrema para todos os acusados pelo delito supostamente praticado, o que não é admitido.
Ante tais fundamentos, faz-se necessária a revogação da prisão preventiva do recorrente, sendo compreensível e proporcional ao réu, a imposição das medidas cautelares, previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal.
c)	DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL FRENTE AOS BONS ANTECEDENTES DO AGENTE:
Inicialmente, tem-se que a ordem pública não se encontra comprometida em uma provável soltura do recorrente. Sabe-se que, este fundamento consiste buscar impedir que o agente continue a delinquir, pondo em risco a segurança da sociedade. Ora não é razoável pensar que um cidadão, que jamais foi réu em qualquer outro processo, sendo, portanto, réu primário e de bons antecedentes venha por em risco a ordem pública.
Assim, sendo ZECA funcionário público, possuidor de residência fixa e de primariedade, não preenche os requisitos necessários para a decretação da prisão preventiva definida no artigo 312 do Código de Processo Penal . Além de que, a prisão preventiva se mostra cabível somente em ultima racio, por meio de uma concreta e aprofundada análise das circunstâncias do fato e do acusado, incluindo assim os bons ou maus antecedentes do agente, em que pese, no caso não houve essa apreciação por parte do julgador, que revestiu a medida de ilegalidade, restando somente a revogação da prisão ilícita, conforme demonstra os doutrinadores Victor Rios Gonçalves e Alexandre Cebrian Araújo:
“A prisão preventiva é, evidentemente, medida excepcional — embora tenha se tornado comum em razão da escalada da criminalidade violenta em nosso país. Em face dessa excepcionalidade, o instituto rege-se ainda pelos princípios da taxatividade, adequação e proporcionalidade, não se sujeitando a regime de aplicação automática. Não pode a lei determinar hipóteses compulsórias de decretação da prisão preventiva que, assim, sempre pressupõe análise do fato concreto pelo juiz a fim de verificar a necessidade desta forma de prisão. A decisão, ademais, deve ser suficientemente fundamentada em uma das hipóteses legais, não bastando ao juiz, por exemplo, dizer, genericamente, que aquele tipo de crime é grave. Deve, desse modo, apreciar as circunstâncias específicas que tornam grave aquele crime em apreciação no caso concreto e que tornam temerária a liberdade do réu ou, ainda, justificar a medida em outra das hipóteses legais (risco de fuga, ameaça a testemunhas etc.). A insuficiência da fundamentação dará causa à revogação da prisão por meio de habeas corpus interposto em prol do acusado.”
Observa -se que na decretação da prisão preventiva não deve a autoridade judiciária ater-se, simplesmente na gravidade do delito hipoteticamente imputado, como fez o então julgador, mas sim, nos requisitos elencados nos artigos 312 e 313 do CPP, na análise da situação fática como foi explicitado anteriormente. Nesse sentido o Judiciário não pode manter detido indivíduo sem qualquer histórico de violação da paz social ou de prática de outros crimes, por perigo de configurar constrangimento ilegal. Consoante decisão recente do Superior Tribunal de Justiça, temos que:
“AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. DECISÃO MANTIDA. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. PRISÃO PREVENTIVA REVOGADA. AUSÊNCIA DE DADOS CONCRETOS A JUSTIFICAR A CONSTRIÇÃO CAUTELAR. FUNDAMENTAÇÃO INIDÔNEA. DESPROPORCIONALIDADE DA CUSTÓDIA. QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA QUE NÃO SE MOSTRA ELEVADA. RÉU PRIMÁRIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. AGRAVO DESPROVIDO. 1. Em vista da natureza excepcional da prisão preventiva, somente se verifica a possibilidade da sua imposição quando evidenciado, de forma fundamentada e com base em dados concretos, o preenchimento dos pressupostos e requisitos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal CPP. Por sua vez, a Lei n. 13 964/2019 o denominado "pacote anticrime" alterou o art. 315, caput, do CPP e inseriu o §1°, estabelecendo que a decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada, devendo o Magistrado indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada, vedando a exposição de motivos genéricos e abstratos. Deve, ainda, ser mantida a prisão antecipada apenas quando não for possível a aplicação de medida cautelar diversa, nos termos do previsto no art. 319 do CPP. Todavia, destaca-se que a quantidade do entorpecente recolhido 4,5g de crack não se mostra exacerbada, o que permite concluir que a potencialidade lesiva da conduta imputada ao ora agravado não pode ser tida como das mais elevadas. Tais elementos, somados às circunstâncias do delito, não ultrapassam a normalidade do tipo penal, não havendo nos autos notícias de envolvimento do agravado em outros ilícitos, sendo, a princípio, primário e com bons antecedentes, o que indica a prescindibilidade da prisão preventiva e a suficiência das medidas cautelares menos gravosas. Assim, demonstrada a inadequação e a desproporcionalidade no encarceramento do agravado, foi concedida a ordem para que fosse revogada, in casu, sua prisão preventiva.. (STJ, AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS -> AgRg no HC 651175 / MS 2021/0071916-9, Min. Rel. JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 20/04/2021, DJe de 26/04/2021).”
O julgado acima confirma que em caso de o acusado possuir predicados pessoais que foram devidamente comprovados, deverá ser considerada dispensável a segregação. No caso em tela, Zeca, é primário, possui bons antecedentes, residência fixa e não representa qualquer perigo à instrução criminal. 
É dever judicial a fundamentação idônea de qualquer decisão, ausente esta, da forma adequada, teremos a ofensa ao preceito constitucional da obrigatoriedade da fundamentação das decisões, o que pode ensejar, também, a nulidade da referida decisão.
DO PEDIDO:
Ante o exposto, requer seja CONHECIDO e PROVIDO o presente recurso para REVOGAR a prisão preventiva, adrede decretada, para conceder-lhe o benefício da LIBERDADE PROVISÓRIA vinculada, com aplicação das medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319 do CPP, com a expedição de alvará de soltura em seu favor, como critério de JUSTIÇA.
Finalmente, requer o PROVIMENTO do recurso para ANULAR a decisão do juiz singular de primeira instância pela ausência de fundamentação idônea na decretação da prisão preventiva do recorrente – art. 93, inciso IX, da CF/88.
Termos em que, pede e confia no deferimento,
Goiânia, 19 de outubro de 2020.
Victor Meneses
OAB/GO nº 99.999
Reisla Carvalho
OAB/GO nº 99.998
Rol documentos: 
Doc. 01- procuração;
Doc. 02 - comprovante de endereço;
Doc.03. comprovante de trabalho;
Doc. 04. cert. antecedentes.

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