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Bom, inicialmente é bom deixar claro pra que serve essa desconsideração. Basicamente visa englobar os bens pessoais dos sócios para sanar dívidas da sociedade; e ocorre geralmente quando uma sociedade possui limitação de patrimônio dos sócios. A personalidade jurídica não deixa de existir. O problema é que a pj é criada para diminuir a responsabilização dos sócios para com as dívidas da sociedade, diminuindo os riscos, mas algumas pessoas acabam passando do limite e utilizando isso como blindagem patrimonial, para que não coram NENHUM risco de perda de dinheiro. Essas limitações estão especificadas em cada tipo de sociedade, depende muito do tipo. Dentre as espécies de desconsideração tem a objetiva e a subjetiva: a) Espécie subjetiva: descreve a necessidade de se analisar a culpa dos sócios antes de ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica; b) Espécie objetiva: basta a ocorrência de um determinado fato para ocorrer a desconsideração da personalidade jurídica, independentemente de análise de culpa. Quanto ao momento dessa decretação: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica apenas será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, se este atuar intervindo no processo. Este é um ponto importante, porque a desconsideração da personalidade jurídica não pode ser realizada de ofício pelo juiz. No caso, deverá ser feito um incidente processual (novo processo), somente para analisar a questão da desconsideração da pj, ficando o processo principal suspenso até o julgamento deste novo. Resumindo, há um processo contra uma empresa, relacionado a credores/ dívidas e tal. Percebe-se, em qualquer fase desse processo que talvez tenha algum tipo de fraude por parte de um ou mais sócios quanto ao seu patrimônio e o patrimônio da pj (confusão entre patrimônios, caixa 2, desvios, retiradas indevidas e coisarada). Neste momento, abre-se um processo incidental, que paralisa o principal, até a decisão (interlocutória) pela desconsideração ou não.
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