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ESTUDO DE CASO SURDEZ

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Atendimento Educacional 
Especializado para Pessoas 
com Surdez
Estudo de 
Caso
Professora Thais Costa de Sousa
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Unicesumar
estudo de 
caso
Lívia é uma menina de seis anos que nasceu com deficiência auditiva dentro de um quadro 
progressivo que, segundo os médicos, a levaria a surdez.
Como nos primeiros anos de vida Lívia ainda apresentava resíduo auditivo, interagia 
com a família por meio da linguagem oral. Contudo seus pais começaram a perceber que, 
aos poucos, a menina diminuía o seu vocabulário oral e introduzia gestos na sua conversa.
Assim como foi alertado pelos médicos, Lívia foi perdendo a audição e seus pais resol-
veram procurar uma escola especializada para que Lívia e também seus pais aprendessem a 
língua brasileira de sinais (LIBRAS), pois eles sabiam que em algum momento passaria a ser 
a língua pela qual a menina se comunicaria com o mundo.
Era o momento de valorizar o potencial cognitivo, manual e tátil de Lívia, para propi-
ciar um momento de aprendizagem tranquilo, sem traumas, oportunizando interação entre 
escola e família. 
Lívia e seus pais já estavam utilizando a Libras como meio de comunicação, mesmo que 
de forma discreta, quando a menina completou seis anos. Era o momento da menina in-
gressar na escola comum e iniciar o seu processo de alfabetização e escolarização. Nesse 
momento, os pais de Lívia apresentaram a primeira preocupação:
Qual seria a melhor escola para acolher a filha?
Os pais de Lívia resolveram conhecer a escola do bairro, entendo que, de acordo com 
a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) e 
também a Lei Brasileira de Inclusão (2015), toda escola deve acolher a diversidade e traba-
lhar de forma inclusiva, com oferta de atendimento educacional especializado.
Quando chegaram na escola, perceberam um olhar diferenciado para o processo de in-
clusão dos alunos - professores preocupados com a individualidade e com as especificidades 
de aprendizagem para os nossos alunos em sala de aula.
Ao conversar com a coordenação da escola, entenderam que alguns princípios que nor-
teiam as práticas visam compreender as necessidades específicas e comunicacionais das 
crianças com deficiência auditiva, valorizando seu potencial sem enfatizar a deficiência.
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estudo de 
caso
Perceberam também que a escola estabelece parceria com os profissionais da educa-
ção especial, como os intérpretes, por exemplo, para garantir a comunicação com os alunos. 
Bem como desenvolver estratégia desde a adaptação de materiais até o posicionamento 
desses alunos em sala de aula.
Vygotsky (2002, 1997) alerta para um dos princípios da compensação biológica e social. 
O cérebro compensa um sentido por outro e as interações sociais contribuem para o de-
senvolvimento por meio das relações entre as zonas de desenvolvimento real e proximal. 
Assim, para a escola é necessário propiciar a interação entre as crianças, garantindo acesso 
e convivências heterogêneas, pois é o lugar em que podemos propiciar a quebra de barrei-
ras físicas, atitudinais e comunicacionais, um lugar de formação humana onde professores 
formam e são constantemente formados na diversidade.
Segundo o Decreto nº 5696, de 02 de Dezembro (BRASIL, 2004), a deficiência auditiva cor-
responde à perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida 
por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz.
Esta condição está dividida em surdez e deficiência auditiva:
Surdez: considera-se pessoa surda aquela que, por perda auditiva, compreende e inte-
rage com o mundo por meio de experiências visuais em geral, manifestando sua cultura 
principalmente pela Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Deficiente auditivo: considera-se pessoa com deficiência auditiva aquela que consegue, 
com ou sem o aporte de recursos de ampliação sonora, fazer o contato por meio do som.
 A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação su-
perior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita para superar as barreiras 
no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo 
com os princípios constitucionais do nosso país (BRASIL, 2007, p.10).
Quando falamos em educação de surdos, neste caso da pequena Lívia, temos que rever as 
metodologias, pois não se trata apenas da linguagem, e sim de todos os demais aspectos 
relativos aos processos de ensinar e aprender, que envolvem todas as crianças.
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estudo de 
caso
De acordo com o documento sobre o Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 
2007), podemos abordar a educação de surdos por meio do:
Oralismo: objetiva ensinar o surdo a falar. Busca iniciar a fala o mais cedo possível, utilizando di-
versos instrumentos, entre eles o aparelho auditivo.
Procura explorar os resíduos auditivos que a criança surda possui.
Comunicação Total: objetiva utilizar de todos os meios que possam facilitar a comunicação, desde 
a fala sinalizada, passando por uma série de sistemas, até chegar aos sinais. Muitos dos sistemas 
objetivavam auxiliar a compreensão da língua falada.
Bilinguismo: defende o uso da língua de sinais (LIBRAS, no Brasil) e do Português, como duas 
línguas distintas, reconhecendo o surdo na sua diferença e especificidade. As duas línguas são 
usadas, mas não simultaneamente. No bilinguismo, a primeira língua dos surdos é a Língua de 
Sinais. A língua falada ou escrita a ser adquirida (o Português, por exemplo) é a segunda língua. 
A Língua de Sinais é, ainda, considerada a língua natural dos surdos (BRASIL, 2007, p.15).
A escola escolhida por Lívia, está implementando a educação de alunos com surdez por meio 
do bilinguismo, pois entende que o Bilinguismo deve ser trabalhado desde cedo, assim como 
a fala para as crianças ouvintes. A criança surda passa por estágios linguísticos, assim como 
as ouvintes. No bilinguismo a surdez é compreendida como especificidade e não como de-
ficiência. Entende-se que o surdo é apenas usuário de outra língua e o português escrito é 
a segunda língua utilizada, principalmente para a comunicação escrita.
Porém, além da postura da escola Primavera em adotar a educação por meio do bi-
linguismo, de propiciar a inclusão dos alunos valorizando a diversidade e compreender a 
cultura surda e a Libras, o que é necessário fazer para realmente incluir essa aluna e garan-
tir o sucesso no processo de ensino e aprendizagem?
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caso
• Desenvolver o processo de ensino e aprendizagem com o aluno surdo, adotando a 
mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem sua 
inclusão;
• Propiciar acesso ao currículo, utilizando sistemas de comunicação alternativos, como a 
Língua Brasileira de Sinais, a mímica, o desenho, a expressão corporal;
• Utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação compatíveis com as 
necessidades do aluno surdo, sem alterar os objetivos da avaliação e o seu conteúdo;
• Substituir atividades que não possam ser alcançadas pelo aluno surdo devido à sua 
deficiência, por outras acessíveis, significativas e básicas. Porém, sem a eliminação de 
conteúdos curriculares.
• Acomodar os alunos com deficiências auditivas na primeira fila na sala de aula;
• Falar sempre olhando para o aluno, permitindo a leitura orofacial, quando for o caso;
• Fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da 
terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das 
palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada; (nem sempre existem sinais da Libras 
para representar termos técnicos);
• Garantir ampliação de tempo extra para avaliações;
• Garantir a contratação de Intérprete da Libras para mediar a comunicação professor x 
aluno e aluno x aluno.
• Interagir com os profissionais da educação especial a fim de qualificar os processos de 
aprendizagem.
 As crianças costumamincluir o amigo com deficiência com maior facilidade que os adultos, 
tendo em vista que ainda não desenvolveram o olhar preconceituoso, muitas vezes cons-
truído a partir de estereótipos sociais. Os professores da escola Primavera manifestaram 
preocupação com receio de conseguirem se comunicar com a menina e, nesse caso, preci-
sariam do auxílio de um intérprete para fazer a mediação por meio da Libras.
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estudo de 
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O que fazer? 
Qual plano de ação e atendimento educacional especializado será necessário para incluir 
Lívia, garantir acesso à comunicação e contribuir com o processo de ensino e aprendiza-
gem na escola?
Qual a função do professor de sala e dos professores de área nesse processo tão importante?
Lívia está em uma turma de alfabetização e letramento. Quais os cuidados pedagógicos 
necessários para incluir todos os alunos?

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