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DIREITO TRIBUTÁRIO I

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DIREITO TRIBUTÁRIO I
AP2
FORMAS DE DEFESA
· Embargos à Execução Fiscal;
· Exceção de pré-executividade.
O sujeito passivo pode simplesmente não pagar ou impugnar, mas ao final do PAF, o crédito subsiste, (na hipótese em que ele não ganha no PAF). Uma vez que não foi pago administrativamente, a cobrança tem que correr por meio judicial.
Então o Estado, na qualidade de autor, em uma ação de execução fiscal, peticiona ao juiz competente, pedindo que ele determine que seja citado o sujeito passivo para pagamento no prazo de cinco dias (a partir da citação), ou oferecer bens à penhora no montante igual ou superior ao devido na ação de execução fiscal. 
Por isso diz-se que ação de execução fiscal é imprópria ao que se entende com atribuição do poder judiciário. A função típica do judiciário é julgar, contrapor os interesses da lide, utilizando-se do direito para isso, entretanto, a ação de execução fiscal foge esse contexto, pois o juiz, quando tem conhecimento da ação de execução fiscal, verifica se estão presentes os pressupostos legais da ação (que são matérias de ordem pública). Estando presentes esses pressupostos, ele mandar citar o executado, não para que se defenda, mas que pague. 
A ampla defesa e o contraditório também são garantidos nesse âmbito, mas não dentro dos padrões tradicionais. É parecido com a lógica adotada no Direito do Consumidor, mas em favor do Estado. Mesmo sendo o Estado mais poderoso, o legislador entendeu que ele está coberto pelo interesse público, que o objetivo é o bem comum, é o dinheiro revertido para a sociedade, então ele deve estar coberto de todas as prerrogativas os privilégios possíveis. Por isso se dá a presunção de liquidez e certeza ao CDA. A consequência processual disso é inversão do ônus da prova em favor dele, ou seja, quem deve provar que não deve é o contribuinte. Deve ser considerado prova inequívoca. 
Então, ajuizada a ação e citado o contribuinte, ele pode resolver pagar ou oferecer bens para serem penhorados em cinco dias, pode não fazer nada e ter seu patrimônio (penhora da conta bancária ou penhora de bens) ao final do processo de execução, após a sentença, ou pode se defender. Como forma de defesa, há duas possibilidades: embargos à execução ou exceção de pré-executividade. Caso queira optar pela primeira, no prazo de cinco dias dado pelo juiz para o sujeito passivo pagar, ele tem que garantir o juízo. Após garantir o juízo, o contribuinte tem 30 dias para ajuizar a ação autônoma de embargos à execução. 
O Juiz competente dos embargos é necessariamente o mesmo competente da Execução Fiscal. O juiz quando conhece os embargos à execução fiscal, a primeira coisa do juízo de conhecimento é se há garantia do juízo. Garantia do juízo é a garantia de que o executado, caso perca o processo, o fisco irá receber efetivamente o que é devido. 
Havendo garantia do juízo, o juiz irá analisar o mérito dos embargos. Se não há garantia do juízo, ou a mesma não é idônea, o juiz não conhece os embargos e os declara ineptos, não se manifestando no mérito, extinguindo o processo. 
Para que os embargos sejam aptos, há a necessidade da garantia do juízo. 
EMARGOS À EXECUÇÃO
A natureza jurídica dos embargos é a Execução Fiscal. Trata-se de uma ação autônoma. Diz-se isso porque não há contestação à ação de execução fiscal. Dizer que é ação autônoma é dizer que para apresentar uma defesa a Execução Fiscal, é necessário entrar com outra ação, a ação de embargos à execução. Esta sobresta, ou seja, paralisa, a ação de execução fiscal. O juiz competente só pode julgar a ação de execução fiscal após julgar os embargos, sendo na prática feito de forma conjunta. 
Quando a petição dos embargos é protocolada, não vai para distribuição aleatória, pois o juiz da execução fiscal está prevento. Quem vai julgar os embargos é sempre o juiz que está julgando a ação de execução fiscal relativa aos embargos. A nova ação é apensada, de forma que seja uma nova petição inicial de outro processo concomitante. 
Para que o sujeito passivo possa efetivamente oferecer os embargos e que o juiz possa julgar o mérito, ele vai observar os pressupostos da ação estão presentes e, um desses requisitos é a garantia do juízo. Os embargos, portanto, só terão efetividade se manejado tempestivamente e se o juízo da execução fiscal for garantido. Previsto no art. 9° e 16° da Lei 6.830/80.
Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:
I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária;
II - oferecer fiança bancária ou seguro garantia
III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou
IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.
§ 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge.
§ 2o  juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária, do seguro garantia ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros
§ 3o  A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro, fiança bancária ou seguro garantia, produz os mesmos efeitos da penhora.                      
§ 4º - Somente o depósito em dinheiro, na forma do artigo 32, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.
§ 5º - A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições pré-estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.
 § 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor.
Art. 16 - O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I - do depósito;
II - da juntada da prova da fiança bancária ou do seguro garantia
III - da intimação da penhora.
§ 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.
§ 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite.
§ 3º - Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão argüidas como matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.
Art. 17 - Recebidos os embargos, o Juiz mandará intimar a Fazenda, para impugná-los no prazo de 30 (trinta) dias, designando, em seguida, audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo Único - Não se realizará audiência, se os embargos versarem sobre matéria de direito, ou, sendo de direito e de fato, a prova for exclusivamente documental, caso em que o Juiz proferirá a sentença no prazo de 30 (trinta) dias.
São formas de garantir o juízo: 
1) Para garantir o juízo, o contribuinte tem que depositar o valor devido ao fisco. No caso de provimento dos embargos, o crédito é extinto e o dinheiro é devolvido corrigido monetariamente. Caso perca, é convertido em renda para a fazenda pública;
2) Oferecimento de bens à penhora;
3) A terceira forma é o seguro judicial. Uma entidade de crédito seguradora dá um título segurando que se o contribuinte perder o crédito e não pagar, a seguradora pagará;
4) Há um quarto meio que é a fiança bancária, que geralmente ocorre com grandes empresas. 
Prazos:
· Para garantir o juízo: 5 dias;
· Para oferecer os embargos: 30 dias úteis contados da juntada nos autos da ação de execução fiscal da prova da efetivação da penhora, ou da fiança bancária, ou do seguro judicial. 
Observação: para refutar uma CDA errada antes da propositura da ação de execução fiscal, pode apresentar uma petição (inominada) junto à procuradoria, ainda no âmbito administrativo. 
Se há a propositura de ação de execução fiscal pela procuradoria, não cabe mais discussão da questão tratada nesta ação administrativamente, devido ao princípio da segurança jurídica. Não pode a Administração decidir uma coisa e o juiz outra segundo a SÚMULA CARF N°1:
	Importarenúncia às instâncias administrativas a propositura pelo sujeito passivo de ação judicial por qualquer modalidade processual, antes ou depois do lançamento de ofício, com o mesmo objeto do processo administrativo, sendo cabível apenas a apreciação, pelo órgão de julgamento administrativo, de matéria distinta da constante do processo judicial.
Nos embargos à execução cabe qualquer tese defensiva de mérito, tem custas e necessário garantir o juízo. Cabe, no âmbito dessa ação, dilação probatória. Quando o juiz julga os embargos, tem-se a sentença. Ela pode ser favorável ao executado, a Fazenda pode recorrer por meio de apelação, que é o recurso cabível. Se for desfavorável ao executado, este também poderá manejar a apelação, já que é ação autônoma. 
Observação: existe limite ao bem de família e à alienação fiduciária (o bem não é mais da pessoa, está penhorado). Mas em matéria tributária, a presunção em relação ao bem de família não é absoluta, é relativa. Na matéria tributária, se o crédito tributário que deu origem a CDA na execução fiscal é proveniente, na essência, de um tributo de natureza propter rem (o tributo não acompanha a pessoa, mas a coisa) não se aplica vedação à penhora de bem de família. O imóvel pode e deve ser executado. 
A lógica do legislador é que o fato gerador é por conta do imóvel (ou da coisa). Se você não tem condições de pagar o tributo, vende o imóvel e compra um mais barato. O que não pode acontecer é o estado deixar de receber o tributo porque alguém quer manter um patrimônio que não tem condições de manter. O bem pode ser adjudicado pela Administração Pública ou ser levado a leilão. 
Caso seja identificada fraude ou dolo do sujeito passivo na doação do bem de família, é nula a passagem e o contribuinte vai responder criminalmente. Existe uma ação para prevenir isso, que é a ação de cautelar fiscal, e a repressiva, que pode ser uma ação de anulação de negócio jurídico, além de responder criminalmente.
EXECEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
É acolhido pelo ordenamento jurídico através da jurisprudência. Em matérias de ordem pública, é possível que o executado se defenda sem necessidade garantir o juízo, mas não por uma ação autônoma de embargos, e sim por uma simples petição adicionada ao processo. 
Começou-se a adotar, com o tempo, a exceção de pré-executividade no âmbito da execução fiscal e, durante muito tempo, discutiu-se a legitimidade disso, até que o STJ pacificou a questão, dizendo que cabe sim essa peça no âmbito da execução fiscal, desde que estejam presentes, cumulativamente duas coisas: a matéria seja de ordem pública (aquela que deve ser conhecível de ofício pelo juiz, como prescrição e sujeito passivo errado) e que não tenha dilação probatória (ou seja, que contenha prova provada). Ou seja, quando o sujeito passivo alegar, já deve trazer a prova nos autos. 
É uma lógica parecida com a do Mandado de Segurança, pois como se trata de matéria que deveria ter sido conhecida pelo juiz, é necessário a prova de imediato, por isso não cabe dilação probatória. 
SÚMULA 393 STJ
A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíeis de ofício que não demandem dilação probatória. 
Natureza Jurídica: simples petição.
Condições/requisitos:
1) Ser matéria de ordem pública;
2) Não caber dilação probatória.
Vantagens ao sujeito passivo: nessa defesa, não há recolhimentos de custas, nem é necessário garantir o juízo, o que constitui a maior vantagem dessa opção para os executados. 
Prazo: não possui, pode ser atravessada até na 2° instância.
Observações: podem ser atravessados dois tipos de defesa, desde que versem sobre matérias distintas. Também podem ser feitas duas Execuções, se elas tratarem de temas diferentes. 
Natureza jurídica da sentença: se a decisão é a favor do executado, tem natureza jurídica de sentença e dela cabe apelação. Se a decisão é contra o executado, essa decisão tem natureza de decisão interlocutória e contra ela cabe agravo de instrumento. 
O crédito só é extinto quando há o trânsito em julgado, não na sentença. 
PEGADINHAS
· O juiz detectando erro determina de ofício a substituição da CDA da errada pela correta, desde que isso ocorra até a prolação da sentença de EMBARGOS. A súmula 392 diz: a fazenda pública pode substituir a certidão de dívida ativa CDA até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. 
Logo, se não houver embargos, não pode haver substituição da CDA. 
· Não é qualquer erro que é passível de substituição, o erro quanto a identificação do sujeito passivo é motivo de extinção da execução sem resolução do mérito. Se a fazenda pública, se ainda tiver prazo, entra com outra execução fiscal com a identificação correta do sujeito passivo. Passado o prazo, ocorre prescrição. O direito não socorre aos que dormem. 
	EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL
	EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
	ART. 9° E 16 DA LEI DE EXECUÇÃO FISCAL
	JURISPRUDÊNCIA – SUMULA 393-STJ
	É CABÍVEL DEFESA EM TODA E QUALQUER TESE
	É CABÍVEL EM MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA, OU SEJA, AQUELA QUE É CONHECÍVEL DE OFÍCIO PELO MAGISTRADO E QUE NÃO REQUEIRA DILAÇAO PROBATÓRIA
	TEM QUE GARANTIR O JUÍZO, OU SEJA, O JUÍZ SÓ IRA APRECIAR OS EMBARGOS SE HOUVER:
· EFETUAÇÃO DO DEPÓSITO EM DINHEIRO;
· OFERENCIMENTO DE FIANÇA BANCÁRIA OU SEGURO GARANTIA;
· NOMEAÇÃO DE BENS A PENHORA;
· INDICAÇÃO DE BENS A PENHORA OFERECIDOS POR TERCEIROS E ACEITOS PELA FAZENDA PÚBLICA
	
NÃO PRECISA GARANTIR O JUÍZO.
	É AÇÃO PRÓPRIA
	NÃO É AÇÃO PRÓRIA, É SIMPLES PETIÇÃO JUNTADA AOS AUTOS DA EXECUÇÃO FISCAL
	EXIGE RECOLHIMENTO DE CUSTAS JUDICIAIS
	NÃO HÁ RECOLHIMENTO DE CUSTAS JUDICIAIS
	CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
	É INCIDENTE PROCESSUSAL E PASSÍVEL DE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOS
	TEM PRAZO EFETIVO DE 30 DIAS A PARTIR DA EFEITVA PENHORA E ETC PARA MANEJAR EMBARGOS
	É ATEMPORAL. NÃO TEM PRAZO.
Sempre pedir condenação em honorários na forma da súmula 14 do STJ. A atualização monetária é do ajuizamento da ação. Súmula nº 14 do STJ: “Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento”.
IMUNIDADE E ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
	IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
	ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
	· POSSUI MATRIZ CONSTITUCIONAL;
· OCORRE QUANDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL AFASTA IMPLÍCITA OU EXPLICITAMENTE (INDIRETA/DIRETAMENTE) A INCIDÊNCIA DE DETERMINADO TRIBUTO SOBRE DETERMINADA COISA OU PESSOA;
· IMUNIDADE DIRETA OCORRE QUANDO A CONSTITUIÇÃO NOMEIA QUAL TRIBUTO NÃO IRÁ INCIDIR À PESSOA OU COISA DETERMINADA;
· IMUNIDADE INDIRETA OCORRE QUANDO A CONSTITUIÇÃO NOMEI SOMENTE ALGUNS TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE DETERMINADA COISA OU PESSOA. EX: OURO SÓ INCIDE IOF, LOGO, ESTÁ IMUNE AOS DEMAIS TRIBUTOS.
	· POSSUI NATUREZA JURÍDICA EX LEGE;
· NA ISENÇÃO, A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 SOMENTE APONTA REGRAS DE COMO A ISENÇÃO DEVE SER CONSTITUIDA;
· ART 150, §6° DIZ QUE É POR LEI ESPECÍFICA;
· ART 165 §6° ESTUDO DE IMPACTO ACOSTADOS NA LOA;
· A LEI ESPECÍFICA É LEI CRIADA PARA ISENTAR PESSOA OU COISA DA IMINÊNCIA DE TRIBUTO OU A PRÓPRIA LEI QUE INSTITUIR O TRIBUTO QUE SE QUER INSENTAR VERSA SOBRE SEUS REQUISITOS DE ISENÇÃO.
A diferença da imunidade tributária para isenção tributária é que mesmo que ambas tenham previsão constitucional, a Carta Magna não cria nenhuma isenção, apenas diz a forma da isenção ser criada, tendo duas perspectivas: uma tributária e outra financeira. Do ponto de vista tributário tem fulcro no art. 150 §6° da CFRB/88, que dá a natureza jurídica ex lege para isenção, só nascendo por intermédio de lei ou norma com status de lei, sendo essa lei específica. Em regra, o ente público competente para instituir por lei ou norma com status de lei a isenção é rigorosamente o mesmo ente público que tem a competência para instituir o tributo que se queira isentar. Exemplo: a isenção do IPTU do município de Niterói compete ao município de Niterói. 
No que tange ao ICMS não basta o ente público competente criar a isenção,é necessário que haja a ratificação pelo Conselho de Política Fazendária, que é um órgão colegiado do Ministério da Fazenda – CONFAZ. Com finalidade de evitar guerra fiscal, conforme §6° do art. 150 da Carta da República.
A exceção à regra de competência é a possibilidade de instituição de isenção tributária pela República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público externo, através de tratados e convenções internacionais, que possuem força de lei. Isso porque, segundo art. 1° da CRFB/88, a República Federativa do Brasil também representa os Estados, Municípios e o Distrito Federal além da própria União, conhecido como Pacto Federativo. Além disso, a vedação do art. 151, inciso III, é para UNIÃO e não para a REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
Além dessas regras de direito tributário, há uma outra de direito financeiro: quando um ente público, seja ele qual for, quiser instituir um benefício fiscal ou creditício, dentre eles isenção, o Poder Executivo desse ente ao apresentar ao Poder Legislativo a LOA, deverá também apresentar um estudo de impacto econômico-financeiro daquela isenção que se quer estabelecer. Se quiser instituir tal isenção durante o curso do exercício financeiro vigente, é necessário apresentar o estudo de impacto econômico-financeiro, sendo a não apresentação passível de inconstitucionalidade. 
A imunidade a proibição é de sequer criar lei ou norma com status de lei para instituir tributo, logo, a linha do tempo tributária não começa. Na isenção, temporariamente o contribuinte está protegido da incidência do tributo, embora haja fato gerador. A isenção não gera direito adquirido pois é possível que haja criação de outra lei retirando o benefício da isenção, ou reduzindo-a.
No caso do art. 104, inciso III, a lei que está acabando ou diminuindo com a isenção se não estabeleceu uma data posterior à primeiro de janeiro do exercício financeiro seguinte para surtir seus efeitos, aplicar-se-á no primeiro dia do exercício financeiro posterior a sua publicação. Caso tenha estabelecido data após primeiro de janeiro, só terá efeito na data estipulada pela própria lei. Por mais que a lei seja publicada hoje, e não tenha em seu texto a data que surtirá efeito, não poderá incidir até o próximo exercício financeiro com base no princípio da não-surpresa.
ART 104 CTN
Entram em vigor no primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que ocorra sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
III – que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observada o disposto no art. 178.
ART 178
A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no art. 104, III, CTN.
Imunidade e isenção é somente para a obrigação principal.
A isenção só acompanha a obrigação principal, e não a acessória. Bem como disposto a imunidade no art. 14 e 9° do CTN.
ART 175 CTN
Excluem o crédito tributário: 
I – a isenção;
II – a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias, dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. 
ART. 150 CF/88
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI – Instituir impostos sobre:
a) Patrimônio, renda ou serviços um dos outros;
b) Templos de qualquer culto;
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos aos requisitos da lei;
d) Livros, jornais, periódicos, e o papel destinado à sua impressão;
e) Fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Art. 150, VI, “a” a “e”.
Todas as imunidades elencadas no dispositivo legal acima mencionado só abarcam uma espécie do gênero tributo que são os impostos. A vedação nos incisos de I a V é sempre de “cobrar tributo”, logo, pressupõe-se que o tributo já foi instituído. A vedação no inciso VI é de INSTITUIR imposto (espécie do gênero tributo), logo, sendo a natureza jurídica do tributo ex lege, a vedação é da criação de lei que institua tributo a pessoa ou coisa.
Alínea “a”: Princípio da Reciprocidade Tributária
A constituição proíbe que o ente público institua impostos sobre a renda, serviços ou patrimônios um dos outros. 
O §2° do art. 150 diz que a vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Empresa pública, em regra, não é imune, mas existe exceção jurisprudencial. Essa exceção se dá que quando a empresa pública pratica monopólio sem finalidade lucrativa, a ela será estendida a imunidade, pois age como a administração pública. 
Por entendimento do STF, as empresas públicas que exerçam monopólio e não tenham concorrência na atividade desenvolvida, estão imunes aos impostos, como exemplo: empresas de correios e telégrafos.
Alínea “b”: Princípio da Livre Manifestação Religiosa
Esse princípio salvaguarda um direito fundamental com fulcro no art. 5° da CFRB/88. Ocorre para levar a efeito o Estado Laico, ou seja, o Estado está desatrelado à uma religião. Também é uma imunidade para pessoa. 
A proibição do imposto é para impedir que o ente público exerça controle sobre a liberdade religiosa. 
Templo é o espaço onde ocorre liturgia e culto é o conjunto de dogmas e preceitos defendidos e praticados pela entidade religiosa que não fira o ordenamento jurídico. A interpretação dada pelo STF foi extensiva porque numa análise sistêmica feita com o §4° do art. 150, que nomeia “templos de qualquer culto” como “entidade”, logo, entende-se como pessoa jurídica entidade religiosa.
Art. 150, §4° diz que as vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. 
Além disso, o STF entendeu que o dinheiro proveniente da utilização do espaço dos templos de qualquer culto também é imune uma vez provado que o dinheiro é revertido para seu próprio proveito. 
SÚMULA 724 
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. 
Não basta ser somente entidade religiosa para estar imune, precisa ser entidade religiosa que pratique culto que não fira o ordenamento jurídico, logo, seita não é imune. 
Existe alguns julgados que imunizam a maçonaria pela alínea “b”, mas pode ser imunizado também pela alínea “c”, pois a mesma não é religião e sim uma filosofia. 
Alínea “c”: Pessoas Jurídicas de Direito Privado
· Partidos políticos;
· Fundações mantidas e instituídas pelos partidos políticos;
· Entidades sindicais dos trabalhadores;
· Entidades educacionais;
· Entidades de assistência social.
· As entidades sindicais é somente a dos trabalhadores, patronal, ou seja, dos empregadores, não é imune.
· As imunidades referentes às entidades educacionais e entidades de assistência social não são autoaplicáveis. Serão consideradas imunes quando observados os requisitos do art. 14 e 9° do CTN. 
Aplica-se a SÚMULA 724 para quando uma dessas entidades tiver algum imóvel e o aluguel proveniente desse imóvel for para sua atividade essencial. Se não for para sua atividade essencial não estará imune.Entidade de assistência social sem fim lucrativo que obedeça aos requisitos do art. 14 e 9°, mas é uma entidade de previdência fechada. A imunidade só incidirá então quando somente a empresa pagar o benefício da previdência. Uma vez que haja contribuição do beneficiário, não há imunidade, segundo a SÚMULA 730 DO STF.
SÚMULA 730 STF 
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, “c” da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. 
Alínea “d”: livros, jornais, periódicos e o papel necessário à sua impressão. 
É uma imunidade relativa a coisa.
· E-book também está imune, bem como o livro falado. 
· Revista em quadrinho e álbum de copa de mundo também é imune. 
· A tinta da impressão NÃO é imune. 
· Fotolito está imune segundo a tese do STF comparando-o com o papel.
· Revista erótica, tendo conteúdo jornalístico também está imune, do contrário, não. Bem como catálogos (Avon, natura e etc).
· Atribui-se a imunidade ao catálogo de mercado quando este encontra-se dentro do jornal. 
Alínea “e”: Conhecido como emenda Roberto Carlos. 
Busca tornar o produto musical mais barato, no combate à pirataria. 
Também são relacionados a coisa, sendo produtos de ordem musicais ou literomusicais. 
A cópia original a laser não está imune com finalidade de privilegiar o artista. 
A replicação digital é imune (spotify, deezer e etc).
PEGADINHAS
· Nem toda a cadeia produtiva da obra está imune, o legislador brasileiro não imunizou as indústrias porque na fase de industrialização da queima, ou seja, da cópia dos produtos a laser, o legislador escolheu não imunizar. Exemplo: CD, DVD, BLUE-RAY, que são produtos cuja a gravação do original na cópia é feita por uma queima a laser (ou seja, impressão) nessa fase cuja a impressão industrial é a laser, não há imunidade. As demais fases estão imunes: gravação em estúdio, remasterização, foto de capa, maquiagem e afins. Isso porque o parlamentar resolveu privilegiar o artista e não a indústria. 
OUTRAS IMUNIDADES 
Taxas: art. 5°, XXXIV, “b” – certidões. 
São todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
Contribuições sociais: entidades de assistência social
Art. 195, §7°, CRFB/88
São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
Obs: ainda que use o vocábulo “isenta”, isso é uma imunidade. 
IMUNIDADES INDIRETAS
Quando a constituição diz que somente um tributo incidirá sobre determinada pessoa ou coisa, significa dizer que outro imposto além daquele expresso poderá incidir.
Exemplos: art. 153 §5° que diz que o ouro quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do caput deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos. 
Art. 155 §3° que diz que à exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. 
Nesse caso só incidirá os tributos II, IE e ICMS, logo, nenhum outro imposto poderá incidir. 
NÃO INCIDE ICMS: ART 155, §2°, X.
1) Mercadorias destinadas ao exterior não incide ICMS;
2) Serviços destinados ao exterior não incide ICMS;
3) Petróleo, lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivado e energia elétrica destinados a outro estado não incide ICMS;
4) Prestação de serviço de comunicação (radiodifusão sonora e imagens de recepção livre e gratuita) não incide ICMS.
ISENÇÃO
Isenção é modalidade de exclusão do crédito tributário, segundo caput do art. 175/CTN. Analisando o parágrafo único podemos entender que a isenção e imunidade alcançam somente a obrigação tributária principal, não surtindo nenhum efeito em relação a obrigação tributária acessória. 
Regra punitiva: é quando alguém para obter alguma isenção ou se obteve de maneira correta e para fins de continuar utilizando do benefício, comete dolo, fraude ou simulação, ou se por qualquer motivo, ainda que seja por caso fortuito ou força maior a pessoa deixa de cumprir os requisitos estabelecidos na lei de isenção, em qualquer caso, o fisco retira a isenção de ofício. Além disso o fisco cobra o tributo devido a partir do momento em que o sujeito passivo perde o benefício fiscal, daquele momento para frente o Fisco cobrará o tributo. Bem como, em qualquer caso, o fisco cobra os juros. 
Exemplo: o sujeito passivo perde o benefício fiscal em dezembro de 2018, o fisco descobre em novembro de 2019. O fisco então cobrará o tributo e o juros relativo a esse período no qual o sujeito passivo perde a isenção. 
Quando o sujeito passivo comete fraude, dolo ou simulação, seja para obter isenção ou quando é obtido de maneira lícita, mas durante o curso para MANTER o benefício o sujeito passivo comete fraude, dolo ou simulação, o Fisco retira o benefício de ofício, cobra o tributo devido e os juros, e ainda cobra multa, podendo vir a fazer representação fiscal no Ministério Público. 
Essa é uma regra de moratória, que é aplicada para isenção, anistia e remissão, além da moratória. 
ART.155 CTN
A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora:
I – com imposição de penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiros em benefício daquele;
II – sem imposição de penalidades, nos demais casos. 
Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. 
Natureza jurídica: quem cria isenção é lei ou norma com força de lei, logo, sua natureza jurídica é ex lege. A Constituição não estabelece nenhuma isenção, mas diz que só pode nascer isenção através de lei específica. Significa dizer que a lei específica precisa versar somente sobre a isenção ou na lei que institua o tributo que se quer isentar, venha descrito a isenção. 
Regra geral de competência de isenção
Iguala-se a regra de competência da divisão de competência tributária da Constituição Federal de 1988. Quem tem competência para instituir isenção é o ente público competente para INSTITUIR o tributo que SE QUER ISENTAR. Ou seja, quem tem competência para instituir isenção sobre o IPTU de Niterói é o MUNICÍPIO DE NITERÓI. 
Princípio da vedação às isenções heterônomas: 
art. 151, III, CRFB/88.
É vedada a união:
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
A exceção consiste de que essa vedação é a União, não a República Federativa do Brasil, por conta do art.1° da Carta da República, que trata do pacto federativo. É possível o estabelecimento de uma isenção por tratado ou convecção internacional, desde que esse tratado ou convecção internacional tenha como objeto uma isenção. Ao analisar o art. 1° da CF, na prática, são os municípios, estados e distrito federal entregando competência para representação internacional. 
Isenção, além de ter natureza jurídica ex lege, é considerada como favor fiscal. É uma liberalidade do poder público, conhecido como benefício fiscal e como tal, em regra, não gera direito adquirido. 
A são duas exceções a essa regra: 
· Em regra, as isenções não geram direito adquirido paraquem está isento, mas quando a isenção for em caráter individual, ou seja, proveniente de uma lei que estabelece requisitos e condições para que o possível beneficiário cumpra e somente após provar que cumpriu todos os requisitos e condições que o sujeito passivo estará isento por intermédio do despachado exarado pela autoridade competente. Então quando uma isenção em caráter individual estabeleça requisitos e/ou condições e também prazo de tempo (é necessário que haja os dois), ou seja, a lei isentiva traz o prazo em que a isenção vigerá para o beneficiário, criando assim o que a doutrina chama como direito adquirido pró-tempore. Enquanto durar aquele tempo da isenção estabelecido na lei isentiva e enquanto o sujeito passivo continuar cumprindo todos os requisitos e/ou condições, o sujeito passivo não pode sofrer nenhuma alteração na sua isenção. 
· Outra exceção é a súmula 544 do STF que diz: “isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas. ” A título gratuito gera obrigação só para uma parte, a título (condição) onerosa, gera obrigação para ambas as partes. Quando você tem uma isenção que gera uma obrigação também para o beneficiário, essa isenção não pode ser retirada ad nutum. 
Pela natureza jurídica da isenção ser ex lege, para que se retire a isenção basta a criação de uma nova lei extinguindo a anterior, porém, respeitando o disposto no art. 104, III, CTN. A partir da publicação da nova lei que retira a isenção, leva-se efeito o princípio da não surpresa. Há então duas regras: quando trata de patrimônio e renda só vai ter efeito no primeiro dia do exercício financeiro seguinte à data da sua publicação, justamente para dar um tempo para o sujeito passivo que hora estava isento se adeque a nova realidade. A outra regra é que a lei pode estabelecer prazo maior do que 1° de janeiro. 
ART 178 CTN
A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
ART 104, III, CTN.
Entram em vigor no primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que ocorra sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou renda:
III – que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no art. 178. (SÚMULA 544)
SÚMULA 544
Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas
LEI ISENTIVA
CARÁTER
	GERAL
	INDIVIDUAL
	· Basta a lei isentiva viger para que todos os que nela estejam abarcados já estejam isentos.
Exemplo: isenção de imposto de renda de pessoa física.
	· NÃO basta a lei isentiva viger para alguém ficar isento. O possível beneficiário da isenção deverá requerê-la a autoridade administrativa competente (quem a lei isentiva atribua competência), fazendo prova de que cumpre todos os requisitos e/ou condições estabelecidas na lei isentiva. Somente após o despacho concessivo da isenção exarado pela autoridade administrativa competente é que o sujeito passivo passa a ser isento. Exemplo: IPI e ICMS de veículos automotores para taxistas e portadores de necessidades especiais.
Obs: autoridade competente de praxe é secretário de Fazenda quando é crédito em cobrança amigável, quando é a correta inscrição em dívida ativa a autoridade competente é o Procurador-Geral.
· A isenção deve ser interpretada literalmente de acordo com art. 111, II, CTN;
· A isenção pode ser concedida por contrato, desde que suas cláusulas obedeçam aos requisitos e/ou condições estabelecidos em lei isentiva que antecedentemente autorizou a elaboração do contrato;
· Isenção pode ser concedida somente para determinada localidade do território do ente tributante;
· Diminuição ou retirada de isenção ocorre de acordo com art. 104, III, CTN;
· É legal requerer prova de cumprimento de requisitos e/ou condições em períodos certos de tempo para tributos certos de fato gerador que se repetem no tempo. 
ART. 176 E 177 CTN
A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica, e, sendo o caso, o prazo de sua duração.
Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
ART 177
Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:
I – às taxas e às contribuições de melhoria;
II – aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.
Também é possível conceder favor fiscal isenção a somente uma categoria econômica ou profissional, por exemplo: isenção de ISS para médicos. Sem ferir o princípio da isonomia. 
ANISTIA, REMISSÃO E CERTIDÕES
Anistia - 
· Modalidade excludente do crédito tributário;
· Perdão total ou parcial somente dos CONSECTÁRIOS do crédito tributário. NUNCA se perdoa o tributo.
· CRÉDITO TRIBUTÁRIO: tributo, juros e multa. Parcialmente pode-se anistiar um percentual do juros e/ou multa, ou extinguir um por completo. Totalmente, exclui-se os juros, multa e os demais consectários se houver (honorários e etc.).
· O caráter geral da lei de anistia iguala-se à lei de isenção, logo, basta viger para que todos nela abarcados sejam anistiados.
· No caráter limitado, para fazer jus ao benefício da anistia é necessário cumprir os requisitos elencados no art. 181 do CTN: 
ART. 181 CTN
A anistia pode ser concedida: 
I – em caráter geral;
II – limitadamente;
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. 
A anistia só alcança os fatos ocorridos antes da lei de anistia, ou seja, para trás e possui natureza ex lege.
Em caráter limitado, as alíneas do inciso dois descrevem as condições no qual se institui anistia, que dependendo da lei pode exigir que o sujeito passivo cumpra 1 ou mais requisitos:
· Sob condição do pagamento do tributo devido, de acordo com a alínea “d”, dentro do prazo estabelecido em lei;
· Pode também limitar a anistia a determinada área do território do ente tributante, conforme versa alínea “c”;
· Limitações percentuais, conforme alínea “b”, ou seja, a multa irá até determinado percentual e o juros a outro percentual, podendo ser feito por escala;
· Pode condicionar ao pagamento de outro tributo ou demais tributos, conforme alínea “a”. 
Anistia é para perdoar ilícito tributário, mas o sujeito passivo que agiu praticando crime ou contravenção, ou até mesmo com dolo, fraude ou simulação não fará jus à anistia, exceto se praticado em conluio, caso tenha disposição de lei.
Regra punitiva da anistia iguala-se à regra punitiva da moratória e, consequentemente, a da isenção, segundo art. 155 do CTN, podendo ser revogada de ofício nos casos de dolo, fraude ou simulação. 
Art. 180 CTN
A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente da lei que a concede, não se aplicando:
I- Aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;
II- Salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. 
ART. 182 CTN
A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. 
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se,quando cabível, o disposto no art. 155.
REMISSÃO
Atentar para o seguinte: remição é pagamento, modalidade extintiva do crédito tributário.
Remissão é modalidade extintiva do crédito tributário. É o perdão total ou parcial de TODAS AS PARTES do crédito tributário, inclusive o tributo em si. Natureza jurídica também é ex lege.
ART. 172 CTN
A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I- à situação econômica do sujeito passivo;
II- ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III- à diminuta importância do crédito tributário;
IV- a considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V- a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante;
Parágrafo único. O despacho referido nesse artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no art. 155.
CERTIDÕES
Certidão serve para certificar a condição fiscal do sujeito tributante.
São tipos de certidões:
· CERTIDÃO POSITIVA DE DÉBITO FISCAL;
· CERTIDÃO NEGATIVA DE BÉBITO FISCAL;
· CERTIDÃO POSITIVA COM EFEITO DE NEGATIVA DE DÉBITO FISCAL;
· CERTIDÃO DE NÃO CONTRIBUINTE.
SÚMULA 283
Para fim de habilitação, a Administração Pública não deve exigir dos licitantes a apresentação de certidão de quitação de obrigações fiscais, e sim prova de sua regularidade.
O prazo para que o fisco emita uma certidão é de 10 dias corridos. 
A certidão positiva com efeito de negativa de débito fiscal significa que você é devedor, mas naquele momento é como se devedor não fosse. 
Condições para emissão da certidão positiva com efeito de negativa:
· Crédito tributário vincendo;
· Quando credito constituído já esteja em curso de cobrança executivo e que esta execução fiscal esteja garantida pela efetivação da penhora;
· Garantia em juízo pelo seguro garantia;
· Moratória;
· O depósito do montante integral;
· As reclamações e recursos nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
· A concessão de medida liminar em mandado de segurança;
· A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;
· O parcelamento.
MODERECO-COPA. 
Entende-se como regularidade fiscal a quitação descrita no art. 193 do CTN. ART. 193 CTN
Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. 
Nas estatais, ou seja, empresas públicas, mudou, não é mais exigido a regularidade fiscal e trabalhista, sendo cabível a exigência no regulamento interno da empresa.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E NOVENTENA 
ART. 150 CF
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III – cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea “b”. 
A teleologia desses princípios é buscar dar efetividade ao super princípio da não surpresa. São princípios garantidores dos contribuintes, limitando o poder de tributar do Estado, não permitindo que o Estado surpreenda o contribuinte ao aumentar ou instituir novos tributos. 
Em regra, a anterioridade diz que se um tributo é criado num dado exercício financeiro só poderá ser efetivamente cobrado no primeiro dia do próximo exercício financeiro para dar tempo ao sujeito passivo se moldar as novas regras tributárias. 
O legislador constitucional derivado enxertou a alínea “c” criando a Noventena. Imaginemos que a lei que instituiu o tributo ou o aumentou foi publicada dia 15 de dezembro, pelo princípio da anterioridade anual, só poderá ser cobrado dia 1° de janeiro do exercício financeiro seguinte (1° de janeiro de 2020). Entretanto, ao analisar a alínea “c”, observa-se que a fazenda pública não poderá cobrar o tributo aumentado ou instituído antes de decorrido 90 dias da data em que haja sido publicada, observando sempre o disposto na alínea “b”. Entende-se então que aplicar-se-á aquele que conceder maior prazo para o sujeito passivo. 
90 dias contado a partir da data da publicação ou 91 dias contando a data da publicação.
Obs: o STF entende que a mera redução, atualização monetária, extinção de desconto ou antecipação do prazo para pagamento, não se caracteriza como aumento ou instituição do tributo, podendo ser cobrado de forma imediata. 
EXCEÇÕES DA ANTERIORIDADE E NOVENTENA
	ANTERIORIDADE
	NOVENTENA
	São os casos em que não se aplicam a alínea “b” do art. 150, III.
· ART. 148, I. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS instituído por guerra externa ou sua iminência ou calamidade pública. (Cobrança a partir da publicação).
· ART. 153, I, II, IV e V. Imposto de importação (II); Imposto de Exportação (IE); Imposto sobre Produto Industrializado (IPI); Imposto sobre operações financeiras (IOF). (II, IE e IOF tem cobrança a partir da publicação).
· ART 154, II. Imposto Extraordinário de Guerra. (Cobra assim que publicar).
· ART 195, §6° NOVENTENA RELATIVA ÀS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS. (Ou seja, só respeitam 90 dias).
· Diminuição ou reestabelecimento da alíquota: ICMS incidente sobre combustíveis em operação monofásica (art. 155, §4°, IV, “c” c/c art. 155, §2°, XII,’’h’’) e CIDE combustíveis (art. 177, §4°, I, “b”). (Pode ser feito por ato do executivo, referente ao art. 177)
	São os casos em que não se aplicam a alínea “c” do art. 150, III.
· ART. 148, I. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS instituído por guerra externa ou sua iminência ou calamidade pública. (Cobrança a partir da publicação).
· ART. 153, I, II, III, V. Imposto de importação (II); Imposto de Exportação (IE); Imposto de Renda (IR); Imposto sobre operações financeiras (IOF). (II, IE e IOF tem cobrança a partir da publicação).
· ART 154, II. Imposto Extraordinário de Guerra. (Cobra assim que publicar)
· FIXAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO dos Impostos previstos nos arts. 155, III e 156, I. (basta primeiro de janeiro do exercício financeiro seguinte à publicação). Pode ser feito por decreto uma vez que não configura aumento baseado no art. 97 CTN. O prefeito pode fazer mediante decreto desde que não seja superior a inflação monetária de acordo com a súmula do STJ 160.
	
SÚMULA 160 STJ
É defeso ao município atualizar IPTU mediante decreto em percentual superior ao índice oficial de correção monetária.
Defeso significa proibido. 
REGRA DO ART. 62, §2°, CRFB/88 QUE TRATA DE MEDIDA PROVISÓRIA.
													Art. 62, §2°, CF
Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts 153, I, II, IV e V e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último daquele em que foi editada.
O próprio dispositivo legal vai criar a regra informando quais impostos não observarão aquilo imposto no texto legal. 
O II, IE, IPI, IOF e IEG não se aplicam a essa regra por serem de caráter extrafiscal. Isso ocorre porque pode ser usado como mecanismo de intervenção econômica. Logo, se aplica a regra de medida provisória é válida apenas para o IR e ITR (imposto de renda e imposto sobre propriedade territorial).
Medida provisória que seja editada num dado exercício financeiro (5/11/19) que venha instituir aumento do IR e ITR só poderá ser cobrada no próximo exercício financeiro (1° jan. 2020) se essa medida provisória for convertida em lei (ordinária) dentro do mesmo exercício financeiro da edição da medida provisória. No exemplo, a conversão da medida provisória em lei tem que se dar até 31/12 para poder cobrar dia 1° de janeiro. 
A medida provisória vige por no máximo120 dias. Se a conversão for feita dia 05 de janeiro de 2019, só poderá ser cobrada dia 1° de janeiro de 2021. 
VERIFICAR SE A MEDIDA PROVISÓRIA SOFREU OU NÃO ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL
Se ocorreu alteração substancial quando houve a conversão para lei ordinária. 
A medida provisória que aumentou o ITR foi dia 10/10/2019 e foi convertida em lei 20/12/2019, a publicação da lei que advém da conversão só foi dia 05 de janeiro. Então será cobrado dia 1° de janeiro de 2020 porque conta o prazo a partir da DATA DA CONVERSÃO. 
Se essa conversão se deu sem alteração substancial, mantem-se a data de cobrança do exemplo anterior, ou seja, 1° de janeiro de 2020, aplicando-se pura e simplesmente a regra da medida provisória. 
Porém, a MP quando foi convertida em lei dia 20/12/2019 houve alteração substancial e publicação em 22/12/2019 (e é competência do judiciário dizer se houve alteração substancial ou não) e por isso usa-se a data da publicação e aplica a anterioridade e noventena e suas regras. Logo, nesse exemplo, cobra-se 90 dias após a publicação. Se for publicado dia 05 de janeiro, só poderá ser cobrado dia 1° de janeiro de 2021. 
A regra é, aplica-se aquele que tiver maior prazo para o sujeito passivo.

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