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1 4· Período Flávia Demartine Aula 4 – 12/02/21 Chegada da criança à família e assistência ao recém-nascido na atenção primária A família de uma criança recém-nascida O profissional de saúde, desde o pré-natal, deve estar atento às mudanças e às necessidades de adaptação que ocorrem nas famílias diante do nascimento de um novo ser. De igual forma, o profissional de saúde deve saber que não é uma tarefa fácil uma família adaptar-se a uma nova realidade, especialmente quando se trata do primeiro filho. A formação do vinculo/apego O apego, vínculo emocional recíproco entre um bebê e seu cuidador, constrói-se baseado em relacionamentos preliminares estabelecidos ainda com o feto e com a criança imaginada pelos pais, antes mesmo do seu nascimento. O desenvolvimento da função parental Considerando-se que a relação que se estabelece entre pais e filhos é fundamental para os futuros relacionamentos da criança, o profissional de saúde deve estar atento e deve estimular o desenvolvimento da parentalidade. A participação paterna A participação paterna em todas as fases de desenvolvimento da criança é um elemento importante para o seu crescimento saudável, pois representa um relevante fator protetivo para a saúde de todos os envolvidos. Dificuldades comuns da fase •Depressão pós-parto; •Melancolia pós-parto; O nascimento de um segundo filho A chegada de mais um bebê é também um acontecimento que altera a dinâmica familiar, pois – além da felicidade com a vinda do novo membro da prole – tal fato pode gerar ansiedade algumas vezes, porque é diferente do nascimento do primeiro filho em função das mudanças dele decorrentes. Assistência ao recém-nascido na atenção primária Os cuidados no puerpério devem ser individualizados, a fim de atender às necessidades da dupla mãe-bebê, respeitando as crenças e opiniões da mulher e de sua família sobre os cuidados nessa fase da vida. Devem incluir avaliação física e observação da mãe e da criança, cuidados com o recém-nascido, checagem de vacinação e a avaliação do aleitamento materno, empoderamento da família para os cuidados com o bebê e promoção de bem-estar fisiológico e emocional da família, além do eficiente reconhecimento de problemas relacionados ao período, que devem ser adequada e oportunamente avaliados. Recomenda-se uma visita domiciliar na primeira semana após a alta do bebê. Caso o recém-nascido (RN) tenha sido classificado como de risco, a visita deverá acontecer nos primeiros 3 dias após a alta. O retorno da mulher e do recém-nascido ao serviço de saúde e uma visita domiciliar, entre 7 a 10 dias após o parto, devem ser incentivados desde o pré-natal, na maternidade e pelos agentes comunitários de saúde na visita domiciliar. Ações relacionadas ao recém-nascido • Verifique a existência da Caderneta de Saúde da Criança; • Verifique as condições de alta da mulher e do RN; • Observe e oriente a mamada; • Observe a criança em geral; • Realize o teste do pezinho e registre o resultado na Caderneta da Criança; • Verifique se foram aplicadas no RN, as vacinas BCG e de hepatite B; Agende as próximas consultas Condutas e orientações a puérpera sobre: 2 4· Período Flávia Demartine • Higiene, alimentação, atividades físicas; • Atividade sexual; • Cuidados com as mamas; • Cuidados com o recém-nascido; • Direitos da mulher; • O planejamento familiar; Recomenda-se o início precoce da deambulação. Estudos observacionais demostraram redução do risco de trombose venosa puerperal e de embolia pulmonar com a indicação dessa conduta no puerpério imediato. A suplementação rotineira de vitamina A, para lactantes não tem impacto na morbimortalidade materna ou infantil. Educação sobre contracepção no puerpério leva a um maior uso de métodos contraceptivos e a menos gestações não planejadas. É importante que as mulheres recebam informação sobre o processo fisiológico de recuperação após o nascimento e saibam que alguns problemas de saúde são comuns. Instruções escritas, como a utilização de folhetos educativos, costumam ser úteis. Atributos UBS (Unidade Básica de Saúde) • Atentos a sinais e sintomas da puerpéra; •Importância do acompanhamento da puérpera desde a primeira semana após o parto; • Fornecer orientações quanto ao aleitamento materno exclusivo; Aula 5 – 26/02/21 Aleitamento materno através da história Prática habitual e Prática do desmame O pré natal é a melhor oportunidade para incentivar o aleitamento materno Ação a promoção à saúde de fundamental relevância. Segundo a revista The Lancelt de 2016 diz que: A amamentação a longo prazo “poderia salvar mais de 800.000 vidas de criança a cada ano em todo o mundo, o equivalente a 13% de todas as mortes em crianças menores de 2 anos”, explicam os autores, tomando como base uma série de estudos. O aleitamento materno, antes de ser um ato natural, fisiológico, tornou-se uma opção nos dias de hoje. Na década de 70, quando as taxas de aleitamento materno alcançaram os níveis mais baixos da história da humanidade, começou a ocorrer um movimento internacional para resgatar a “cultura da amamentação”. SE QUASE A TOTALIDADE DAS GESTANTES QUEREM AMAMENTAR SEUS BEBÊS, PORQUE APENAS 50% DELAS CONSEGUEM? É NECESSÁRIO PARA A GESTANTE AMAMENTAR: Informação; Interação entre mãe e filho; Suporte familiar; Suporte profissional apropriado. PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO NO PRÉ-NATAL 1. Vantagens do aleitamento materno 2. Formas corretas de amamentar 3. Formas de enfrentar os problemas mais comuns caso ocorram ORIENTAÇÕES SOBRE AMAMENTAÇÃO NO PRÉ-NATAL Orientações sobre como o extrair o leite das mamas para evitar o ingurgitamento; Evitar uso de chupeta, mamadeira e outros bicos artificiais; Amamentação em livre demanda; Importância do contato pele a pele imediatamente após o nascimento do bebê; Como produzir e manter a produção de leite; Mitos e verdades da amamentação; Saber onde buscar ajuda no caso de dificuldades. RECOMENDAÇÕES DO MINISTERIO DA SAÚDE Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade. Não deve oferecer nenhum outro alimento complementar; 3 4· Período Flávia Demartine A partir dos 6 meses de idade introduzir alimentos gradativamente (sopa, frutas, legumes, etc.) e manter o aleitamento materno; As crianças devem continuar a se alimentar até os 2 anos de idade. VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ Alto valor de proteínas, vitaminas, gorduras, carboidratos, anticorpos (proteção de doenças infecciosas), etc; Sempre pronto, a qualquer hora e momento; Na temperatura ideal! Limpinho e fresquinho; Proteção contra alergias e doenças infecciosas; VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA O BEBÊ Vínculo afetivo mãe e filho(a); Menor risco de doenças respiratórias, infecções urinárias, ou diarreias; Problemas que podem levar a internações e até a morte; No futuro menos chances de desenvolver diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares; Estudos mostram que crianças amamentadas são mais inteligentes; Vantagens para a família, evitando gastos com mamadeiras, bicos , etc; VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO PARA A MÃE Reduz o peso mais rapidamente após o parto; Ajuda o útero a voltar a seu tamanho normal, diminuindo o risco de hemorragia e anemias após o parto; Reduz o risco de diabetes, de Câncer de mama e do colo do útero; O aleitamento materno exclusivo pode ser utilizado como método contraceptivo; AMAMENTAÇÃO Inicie a amamentação dentro da 1a hora logo após o nascimento da criança; Amamente a sua criança SOMENTE com leite do peito durante os primeiros 6 meses de vida, e introduzindo gradualmenteoutros alimentos a partir dos 6 meses e continuando com o aleitamento materno até os dois anos ou mais. Inicie a amamentação dentro da 1a hora logo após o nascimento da criança; Amamente a sua criança SOMENTE com leite do peito durante os primeiros 6 meses de vida, e introduzindo gradualmente outros alimentos a partir dos 6 meses e continuando com o aleitamento materno até os dois anos ou mais. FISIOLOGIA DA AMAMENTAÇÃO A produção do leite humano depende de: ✓ Níveis adequados dos hormônios “Ocitocina” e “Prolactina” ✓ Esvaziamento completo ou adequado das mamas. 4 4· Período Flávia Demartine 5 4· Período Flávia Demartine SINAIS E SINTOMAS DE QUE O REFLEXO DA OCITOCINA ESTÁ ATIVO Contrações uterinas ou sede repentina; Vazamento de leite quando pensa ou ouve sons do bebê; Pressão ou sensação de formigamento ou “fisgada” nas mamas antes ou durante uma mamada; Sucção lentas e profundas seguidas de deglutição, indicam que o leite está fluindo para a boca do bebê. PROBLEMAS DA AMAMENTAÇÃO Ingurgitamento mamário; Fissuras mamilares; Mastite; ALIMENTAÇÃO DA LACTANTE A mulher deve ter uma alimentação equilibrada em quantidade e qualidade; A mulher deve comer pelo menos 3 refeições por dia, frutas e vegetais diariamente; Beber muitos líquidos durante a amamentação; AÇÕES QUE PODEM INIBER A PRODUÇÃO DE LEITE Estresse, fadiga, medo, ansiedade, má alimentação, baixa auto estima; O bebê suga, mas o leite não é liberado; O LEITE SÓ É PRODUZIDO QUANDO O BEBÊ É ESTIMULADO A SUGAR !!!” MITOS QUE PREJUDICAM A AMAMENTAÇÃO Dar de mamar faz os peitos caírem” “Meu leite é fraco e o bebê chora com fome.” 6 4· Período Flávia Demartine “Só meu leite não sustenta o bebê” “Criança que nasceu antes do tempo ou muito pequena não pode mamar.” “Mãe que trabalha fora não pode amamentar” “Não tenho leite!” A PARTIR DOS 6 MESES INICIA A INTRODUÇÃO ALIMENTAR 7 4· Período Flávia Demartine OBSERVAÇÕES GERAIS O leite materno já deve ser oferecido logo após o parto, na primeira hora de vida; Amamentar o bebê até que ele se sacie, ou seja fique satisfeito (livre demanda); Primeiro oferece uma mama, e quando esvaziar oferece a outra. O melhor para a alimentação da mãe para estimular a produção de leite, é a grande ingestão de líquidos (água, sucos Naturais, etc.) Evitar ingestão e refrigerantes, e bebidas alcoólicas e com cafeína.
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