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Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Com certificado online 80 horas Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador Samara Calixto Gomes Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador Samara Calixto Gomes 80 horas Com certificado online SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5 BIOSSEGURANÇA ............................................................................................................ 6 SAÚDE DO TRABALHADOR .......................................................................................... 8 ENFERMAGEM DO TRABALHO ................................................................................ 13 4.1 MAS O QUE FAZ EXATAMENTE O ENFERMEIRO DO TRABALHO? ........... 13 EQUIPE DE ENFERMAGEM DO TRABALHO .......................................................... 16 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR .......................... 17 A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT .......................................... 20 ACIDENTE DE TRABALHO E OBRIGAÇÕES DA EMPRESA .............................. 22 8.1 ALGUNS TERMOS UTILIZADOS DIANTE DE UM ACIDENTE DE TRABALHO ................................................................................................................... 24 8.1.1 Aposentadoria por Invalidez ............................................................................... 24 8.1.2 Auxílio- Acidente ............................................................................................... 25 8.1.3 Auxílio-Doença .................................................................................................. 25 8.2 O SEGURADO SERÁ CONSIDERADO PELA EMPRESA COMO LICENCIADO 25 8.2.1 Comunicação do Acidente .................................................................................. 25 8.2.2 Contaminação Acidental..................................................................................... 26 8.2.3 Dia Do Acidente ................................................................................................. 26 8.2.4 Doenças do Trabalho .......................................................................................... 26 8.2.5 Doenças Profissionais ......................................................................................... 26 8.2.6 Pensão por Morte ................................................................................................ 27 8.2.7 Seguro Acidente do Trabalho – SAT ................................................................. 27 DOENÇAS OCUPACIONAIS ......................................................................................... 28 9.1 AS DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS SÃO ..................................... 28 9.1.1 Dermatoses Ocupacionais................................................................................... 28 9.1.2 Doenças das Vias Aéreas .................................................................................... 29 9.1.3 Estresse e Excesso de Trabalho .......................................................................... 29 9.2 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS ............................................................................... 29 9.2.1 Podem ser Causadas por ..................................................................................... 30 9.3 LER, DORT OU AMERT ......................................................................................... 30 9.4 PERDA AUDITIVA RELACIONADA AO TRABALHO (PAIR) ......................... 31 PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS ........................................................ 32 ERGONOMIA ................................................................................................................... 34 REDUZINDO RISCOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO ............................ 35 12.1 NORMAS DE PRECAUÇÕES PADRÃO ............................................................. 35 12.1.1 Luvas ................................................................................................................ 36 12.1.2 Avental ............................................................................................................. 37 12.1.3 Máscara ............................................................................................................. 37 12.1.4 Óculos Protetores .............................................................................................. 37 12.1.5 Botas ................................................................................................................. 38 12.3 TIPOS DE RISCOS ................................................................................................. 38 12.3.1 Riscos Ergonômicos ......................................................................................... 38 12.3.2 Riscos Físicos ................................................................................................... 39 12.3.3 Riscos Mecânicos ou de Acidentes .................................................................. 40 12.3.4 Riscos Químicos ............................................................................................... 41 12.3.5 Riscos Biológicos ............................................................................................. 42 AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 45 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 48 Unidade 1 – Apresentação 5 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO Nesta unidade, vamos tratar de um assunto de extrema importância e interesse para o profissional de saúde: Biossegurança e Saúde do Trabalhador. Nesse curso, iremos abordar os principais riscos ocupacionais, acidentes de trabalho e doenças que acometem trabalhadores e o papel do Enfermeiro do Trabalho. Todos os dias assistimos casos e mais casos de acidentes de trabalho. Como sabemos, todas as pessoas que trabalham em serviços de saúde estão altamente expostas a vários agentes desencadeadores de doenças de ordem física, química e biológica. Esse tipo de acidente poderia ser facilmente evitado com a utilização de apenas alguns cuidados básicos e ações de prevenção. O objetivo desse curso é inserir a Biossegurança nas nossas atividades diárias em uma forma preventiva e como controle para riscos ocupacionais, e principalmente frisar a sua importância como instrumento de proteção à vida, e qualquer que seja seu ambiente de trabalho. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 6 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgaçãocomercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 BIOSSEGURANÇA Biossegurança, que significa Vida + Segurança, em sentido amplo é conceituada como a vida livre de perigos. Dessa forma, medidas de biossegurança são ações que contribuem para a segurança da vida, no dia-a-dia das pessoas, como cinto de segurança, faixa de pedestres, entre outros. Assim, normas de biossegurança incluem todas as medidas que visam evitar riscos ocupacionais, que iremos aprender no decorrer do curso. Em um ambiente hospitalar, por exemplo, encontramos exemplos de todos estes tipos de riscos ocupacionais para o trabalhador de saúde. Entre eles: radiações, alguns medicamentos e produtos químicos. Precisamos inicialmente definir o que é biossegurança: Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, físicos e biológicos à biodiversidade. Outra definição nessa linha diz que: a biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. Alguns autores definem a Biossegurança baseada na Medicina do Trabalho, como o “conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes em ambientes biotecnológicos”. Tais definições demonstram que a biossegurança envolve as relações tecnologia/risco/homem. O risco biológico será sempre uma resultante de diversos fatores e, portanto, seu controle depende de ações em várias áreas, priorizando-se o desenvolvimento e divulgação de informações além da adoção de procedimentos correspondentes ás boas práticas de segurança para profissionais, pacientes e seu ambiente de trabalho. Unidade 2 – Biossegurança 7 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O estudo sobre a Biossegurança iniciou-se na década de 70 na reunião de Asilomar na Califórnia, onde a comunidade científica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade. Esta reunião é um marco na história da ética aplicada à pesquisa, pois foi a primeira vez que se discutiram os aspectos de proteção aos pesquisadores e demais profissionais envolvidos nas áreas onde se realiza o projeto de pesquisa. A partir daí o termo biossegurança, vem, ao longo dos anos, sofrendo alterações. Nessa época, o foco de atenção voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional. Segundo a Organização Mundial da Saúde, as práticas preventivas para o trabalho em contenção a nível laboratorial, com agentes patogênicos para o homem. Já na década de 80, a própria OMS incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em ambientes de trabalho, os agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos. Portanto, os profissionais de saúde que trabalham com a diversidade de agentes desencadeadores de doenças, sejam eles os agentes físicos, químicos ou biológicos, estão potencialmente expostos a esses riscos. As ações que contribuem para a segurança de vida no dia-a-dia do profissional são genericamente consideradas medidas de biossegurança. Por essa razão, precisamos compreender biossegurança como uma garantia de direitos que direcionam e afirmam a saúde humana, a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Os procedimentos de biossegurança terão que ser assegurados como instrumentos fundamentais dos profissionais de saúde. Assim, a Biossegurança está centrada na prevenção de acidentes em ambientes ocupacionais. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 8 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 SAÚDE DO TRABALHADOR A proteção da saúde do trabalhador se fundamenta, basicamente, na Lei Federal 6.514 de 22 de dezembro de 1977, que alterou o capítulo V, título II da Consolidação das Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto Lei 54.522 de 1º de maio de 1943. Recentemente, tem sido motivo de preocupação e discussão nas várias esferas governamentais, encontrando amparo em legislações específicas: a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080 de 19/9/1990) cita textualmente a saúde do trabalhador no âmbito do Sistema Unificado de Saúde (SUS) em seu art. 6º, parágrafo 3º. Da mesma forma procede a Lei Estadual Complementar 791 de 9/3/1995 (parte 2, título 1, cap. II, seção II, art. 17, inciso VI). As leis orgânicas municipais, em sua grande maioria, enfocam e destacam os programas de Atenção à Saúde do Trabalhador, a exemplo do município de São Paulo (título VI, cap. II, art.216 inciso II e título VI, cap. III artigos 219 e 220). O Ministério do Trabalho, através da Portaria 3.214 (de 8/6/1978), estabelece as Normas Regulamentadoras (NR). As NRs regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho no país e estabelecem os requisitos técnicos e legais sobre os aspectos mínimos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO). Atualmente existem 36 NRs, que abaixo estão listadas: NR1 – Estabelece as disposições gerais, ou seja, a importância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho. NR2 – Refere-se à Inspeção Prévia. Define que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego. NR3 – Diz respeito ao Embargo ou Interdição. A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o Unidade 3 – Saúde do Trabalhador 9 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). trabalhador, poderá interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra. NR4 – A organização dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador em seu local de trabalho; o dimensionamento dos SESMT, o número de funcionários e a graduação de risco. NR5 – Regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), que deverá manter contato estreito e permanente com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). NR6 – Regulamenta os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), conceituados como todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador no local de trabalho. NR7 – Estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Refere-se à obrigatoriedade de exames médicos periódicos por ocasião de admissão, demissão, mudança de cargo/função ou setor e retorno às atividades, após afastamento por mais de 30 dias por motivo de saúde, inclusive gestação. Destaca-se que "o empregador é livre para decidir a quem deve empregar, masnão lhe é permitido exigir teste sorológico como condição de manutenção ou admissão do emprego ou cargo público, por caracterizar interferência indevida na intimidade dos trabalhadores e restrição ou discriminação não prevista na CLT e Código Penal Brasileiro". NR8 – Essa NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos seus trabalhadores. NR9 – Estabelece o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). São considerados riscos ambientais os agentes agressivos físicos, químicos e biológicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador em ambientes de trabalho, em função da natureza, concentração, intensidade e tempo de exposição ao agente. São considerados agentes biológicos os microorganismos como bactérias, fungos, rickettsias, parasitas, bacilos e vírus presentes em determinadas áreas profissionais. Estas duas importantes Normas Regulamentadoras – NR-7 e NR-9 –, que cuidam da saúde do funcionário e controle do ambiente, foram alteradas pela Portaria nº 24 de 29 de dezembro de 1994. NR10 – Esta NR estabelece os requisitos e condições mínimas exigidas para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas, em suas etapas de projeto, construção, montagem, operação emanutenção, bem como de quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades. NR11 – Refere-se ao Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. O armazenamento de materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para cada tipo de material. NR12 – Diz respeito à Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. Estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a máquinas e Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 10 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). equipamentos, comopiso, áreas de circulação, dispositivos de partida e parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem como manutenção e operação. NR13 – Estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país. NR14 – procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revestida com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores de fornos industriais. NR15 – Conceitua as atividades e operações insalubres, assegurando ao trabalhador, nestes casos, remuneração adicional (incidente sobre o salário mínimo regional). NR16 – Refere-se a atividades e operações perigosas, visando proteção aos trabalhadores que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção. NR17 – Essa NR está relacionada à ergonomia. Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, incluindo os aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. NR18 – Refere-se às Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização. NR19 – Situa os procedimentos para manusear, transportar e armazenar explosivos de uma forma segura, evitando acidentes. NR20 – Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis e gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e como devem ser manuseados pelos trabalhadores. NR21 – Posiciona os critérios mínimos para os serviços realizados a céu aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos com boa estrutura, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. NR22 – Dispõe sobre procedimentos de Saúde e segurança ocupacional na mineração, determinando que a empresa adotará métodos e manterá locais de trabalho que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias. NR23 – Estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir proteção contra incêndio, saídas de emergência para os trabalhadores, equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto. Unidade 3 – Saúde do Trabalhador 11 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). NR24 – Propõe critérios mínimos, para fins de aplicação de condições sanitárias e de conforto, cujas instalações deverão ser separadas por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos. NR25 – Situa critérios para eliminação de resíduos industriais dos locais de trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhado. NR26 – Tem por objetivos fixar as cores que devam ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes com sinalização de segurança. NR27 – Esta NR estabelecia que o exercício da profissão de técnico de segurança do trabalho dependia de registro no Ministério do Trabalho, fosse efetuado pela SSST, com processo iniciado através das DRT. Esta NR foi revogada pela portaria Nº 262 de 29 de maio de 2008 (DOU de 30 de maio de 2008 – Seção 1 – Pág. 118). De acordo com o Art. 2º da supracitada portaria, o registro profissional do técnico de segurança do trabalho no ministério do trabalho será efetivado pelo Setor de Identificação e Registro Profissional das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo sindicato da categoria. O lançamento do registro será diretamente na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTP. NR28 – Estabelece que fiscalização, embargo, interdição e penalidades, no cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador. NR29 – Regulariza a proteção contra acidentes e doenças profissionais, alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde dos trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados. NR30 – Aplica-se aos trabalhadores de plataformas marítimas e fluviais. NR31 – Tem o objetivo estabelecer segurança em atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração forestal e aquicultura. NR32 –Tem por finalidade estabelecer medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde. NR33 – Propõe requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes. NR34 – Tem por finalidade estabelecer os requisitos mínimos de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval. NR35 – Entrou em vigor em setembro de 2012. Esta Norma estabelece os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura. Considera-se trabalhoem altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 12 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). NR36 – Entrou em vigor em dezembro de 2012. Esta Estabelece os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a garantir a segurança, sem prejuízo da observância do disposto nos demais Normas Regulamentadoras. Unidade 4 – Enfermagem do Trabalho 13 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 ENFERMAGEM DO TRABALHO A Enfermagem do trabalho pode ser entendida como cuidados. São adotados pela empresa, visando à prevenção de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. Em sua formação, o Enfermeiro do Trabalho estuda diversas disciplinas como Higiene e Biossegurança, Prevenção e Controle de Riscos, Equipamentos e Instalações, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. 4.1 MAS O QUE FAZ EXATAMENTE O ENFERMEIRO DO TRABALHO? De acordo com o Código Brasileiro de Ocupação (CBO - 0-71.40), O Enfermeiro do Trabalho estuda as condições de segurança e de perigo de uma empresa, observando locais de trabalho e identificando as necessidades do ambiente, higiene e melhoria do trabalho, sempre com o apoio da equipe do serviço. Além disso: Elabora e executa plano e programas de proteção à saúde dos funcionários; Executa e avalia programas de prevenções de acidentes e de doenças profissionais ou não profissionais; Analisa os fatores de insalubridade, riscos e condições de trabalho do menor e da mulher, propiciando a preservação da integridade física e mental do trabalhador; Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 14 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Presta primeiros socorros no local de trabalho, em caso de acidente ou doença; administra medicamentos, realiza curativo e imobilizações, para posterior atendimento médico adequado, reduzindo as consequências e proporcionando apoio e conforto ao funcionário acidentado ou enfermo; Elabora, executa, supervisiona e avalia as atividades de assistência de enfermagem aos trabalhadores, controlando sinais vitais, coletando material para exame laboratorial, vacinações e outros tratamentos, para reduzir o absenteísmo profissional (ausência de profissionais); Organiza e administra o setor de enfermagem da empresa, provendo pessoal e material necessários, treinando e supervisionando auxiliares de enfermagem do trabalho, atendentes e outros, para promover o atendimento adequado às necessidades de saúde do trabalhador; Treina trabalhadores, instruindo-os sobre o uso de roupas e material adequado ao tipo de trabalho, para reduzir a incidência de acidentes; Planeja e executa programas de educação sanitária, divulgando conhecimentos e estimulando a aquisição de hábitos sadios, prevenindo doenças profissionais, mantendo cadastros atualizados, preparando informes para subsídios processuais nos pedidos de indenização e orientando em problemas de prevenção de doenças profissionais. A Enfermagem do trabalho surgiu junto às primeiras leis de acidente do trabalho, na Alemanha a ano de 1884. Iniciou-se no Brasil por meio do Decreto legislativo nº. 3.724 de 15 de janeiro de 1919, com o intuito de dar parâmetros legais para os trabalhadores que estão expostos aos ricos do dia-a-dia. O cuidado da Enfermagem Profissional veio para ser dirigido aos trabalhadores através de palestras de educação em saúde, primeiros-socorros, e até a reduzir o consumo de mão de obra desamparada por aspectos ético-legais, fazendo com que surja a enfermagem do trabalho. A enfermagem do trabalho é um ramo da enfermagem de saúde pública e, como tal utiliza os mesmos métodos e técnicas empregadas na saúde pública visando à promoção da saúde do trabalhador; proteção contra os riscos decorrentes de suas atividades labora; proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos e psicossociais; manutenção de sua saúde no mais alto grau de bem-estar físico e mental e recuperações de lesões, doenças ocupacionais ou não-ocupacionais e sua reabilitação ao trabalho. Além disso, tem um vasto campo para desempenhar suas funções, quer na prestação de assistência de enfermagem trabalhadores da empresa e aos seus dependentes, quer assumindo funções administrativas, educativas, de integração e de pesquisa. A inclusão do enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional aconteceu por meio da portaria nº3. 460 do ministério do trabalho, em 1975. A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmente a assistência de enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento emergencial na Unidade 4 – Enfermagem do Trabalho 15 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). empresa, entretanto, não muito valorizada. Contudo, o espaço para o desempenho profissional, principalmente do enfermeiro do trabalho está se ampliando a cada dia, seja na assistência direta aos trabalhadores e familiares ou no desempenho de funções administrativa, educacionais, de integração ou de pesquisa. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 16 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 EQUIPE DE ENFERMAGEM DO TRABALHO A equipe é composta pelo auxiliar de enfermagem do trabalho, técnico de enfermagem do trabalho e o enfermeiro do trabalho. O Enfermeiro do Trabalho (ET) é uma profissional no nível de 3º grau, classificado pelo COFEN no Quadro III - Lei 7.498/86 e Decreto nº 94.406, portador do Certificado de Estudos Complementares de Enfermagem do Trabalho e enquadrado nos serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, através da Portaria nº 06 do DSST, de 12/06/90, Art. 1º, subitem 4.4.1. O Técnico de Enfermagem do Trabalho (TET), o profissional de Enfermagem de Nível de 2º grau; Classificado pelo COFEN no Quadro II - Lei 7.498/86 e Decreto nº 94.406/87 - Art. 10, portador do Certificado de Estudos Complementaresde Enfermagem do Trabalho, enquadrado nos serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, através da Portaria nº 06 do DSST, de 12/06/90, Art. 1º, subitem 4.4.1. O Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (AET) é o profissional no nível de 2º grau, classificado pelo COFEN no Quadro III - Lei 7.498/86 e Decreto nº 94.406 - Art. 11, portador do Certificado de Estudos Complementares de Enfermagem do Trabalho, enquadrado nos serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, através da Portaria nº 06 do DSST, de 12/06/90, Art. 1º, subitem 4.4.1. Unidade 6 – Condições de Segurança e Saúde do Trabalhador 17 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR Dentro das perspectivas dos direitos do trabalhador em usufruir de uma boa e saudável qualidade de vida, verifica-se, a grande preocupação com as condições do trabalho. O que observamos ao longo da história da sociedade moderna é a dificuldade de conciliar economia e saúde no trabalho. As doenças aparentemente modernas (stress, neuroses e as lesões por esforços repetitivos), já há séculos vêm sendo diagnosticadas. Os problemas relacionados com a saúde intensificam-se a partir da Revolução Industrial. As doenças do trabalho aumentam em proporção a evolução e a potencialização dos meios de produção, com as deploráveis condições de trabalho e da vida das cidades. Em meados de 1919, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), objetivando uniformizar as questões trabalhistas, a superação das condições subumanas do trabalho e o desenvolvimento econômico, adota convenções destinadas à proteção da saúde e à integridade física dos trabalhadores: Limitação da jornada de trabalho; Proteção à maternidade; Trabalho noturno para mulheres; Idade mínima para admissão de crianças; Trabalho noturno para menores. Atualmente, diversas ações foram implementadas envolvendo a qualidade de vida do trabalho, buscando intervir diretamente nas causas e não apenas nos efeitos a que estão expostos os trabalhadores. Ainda em 1919, por meio do Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919, implantaram-se serviços de medicina ocupacional, com a Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 18 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). fiscalização das condições de trabalho nas fábricas. Em 1948, com a criação da OMS - Organização Mundial da Saúde estabelece-se o conceito de que: “Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de afecções ou enfermidades” e que “o gozo do grau máximo de saúde que se pode alcançar é um dos direitos fundamentais de todo ser humano.” Em 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Nações Unidas, aprova a Declaração Universal dos Direitos Humanos do Homem, que se constitui uma fonte de princípios na aplicação das normas jurídicas, que assegura ao trabalhador: O direito ao trabalho; À livre escolha de emprego; As condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra ao desemprego; O direito ao repouso e ao lazer; Limitação de horas de trabalho; Férias periódicas remuneradas; Padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar. Em 1949, a Inglaterra pesquisa a ergonomia, que objetiva a organização do trabalho em vista da realidade do meio ambiente laboral adequar-se ao homem. Na década de 1960 inicia-se um movimento social renovado, revigorado e redimensionado marcado pelo questionamento do sentido da vida, o valor da liberdade, o significado do trabalho na vida, o uso do corpo, notadamente nos países industrializados como a Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália. Nesse período, o problema da saúde do trabalhador passa a ser outro, desloca-se da atenção dos efeitos para as causas, o que envolve as condições e questões do meio ambiente. No início da década de 1970, o Brasil já apontava o maior índice de acidentes de trabalho. Em 1977, o legislador dedica no texto da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, por sua reconhecida importância Social, capítulo específico à Segurança e Medicina do Trabalho. Trata-se do Capítulo V, Título II, artigos 154 a 201, com redação da Lei nº 6.514/77. Com a publicação da Portaria nº 3214/78 se estabelece a concepção de saúde ocupacional. Em 1979, a Comissão Intersindical de Saúde do Trabalhador, promove a Semana de Saúde do Trabalhador com enorme sucesso e em 1980 essa comissão de transforma no Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes do Trabalho. Os eventos dos anos seguintes enfatizaram a eliminação do risco de acidentes, da insalubridade ao lado do movimento das campanhas salariais. Os diversos Sindicatos dos Unidade 6 – Condições de Segurança e Saúde do Trabalhador 19 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Trabalhadores, como o das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, tiveram fundamental importância denunciando as condições inseguras e indignas observadas no trabalho. Com a Constituição de 1988 nasce o marco principal da etapa de saúde do trabalhador no nosso ordenamento jurídico. Está garantida a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. E, ratificadas as Convenções 155 e 161 da OIT, que também regulamentam ações para a preservação da Saúde e dos Serviços de Saúde do Trabalhador. Os problemas referentes à segurança, à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no trabalho vêm ganhando importância no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais e na sociedade como um todo. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 20 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 A CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho. A CLT é o resultado de propostas que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador". Ela regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar-se à realidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores. Seus principais assuntos são: Registro do Trabalhador/ Carteira de Trabalho; Jornada de Trabalho; Período de descanso; Férias; Medicina do Trabalho; Categorias Especiais de Trabalhadores; Proteção do Trabalho da Mulher; Contratos Individuais de Trabalho; Unidade 7 – A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT 21 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Organização Sindical; Convenções Coletivas; Fiscalização; Justiça do Trabalho e Processo Trabalhista. Apesar das críticas que vem sofrendo, a CLT cumpre seu papel, especialmente na proteção dos direitos do trabalhador. Entretanto, pelos seus aspectos burocráticos e excessivamente regulamentador, carece de uma atualização, especialmente para simplificação de normas aplicáveis a pequenas e médias empresas. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 22 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 08 ACIDENTE DE TRABALHO E OBRIGAÇÕES DA EMPRESA O Enfermeiro do Trabalho, além de executar e planejar ações de prevenção de acidentes nas empresas e aos trabalhadores, também tem que conhecer as obrigações da empresa frente ao trabalhador acidentado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança (SOBES), um Acidente de trabalho ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. Consideram-se acidente do trabalho: I. Doença profissional, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social; II. Doença do trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério da Previdência Social. Não são consideradas como doença do trabalho: I. Doença degenerativa; II. A inerente a grupo etário; III. A que não produza incapacidade laborativa; Unidade 8 – Acidente de Trabalho e Obrigações da Empresa 23 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). IV. A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Equiparam-se ao acidente do trabalho: I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: III. Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; IV. Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; V. Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; VI. Ato de pessoa privada do uso da razão; VII. Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; VIII. A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IX. O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho: X. Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; XI. Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; XII. Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhorar capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; XIII. No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado; XIV. Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho; Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 24 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. Na ocorrência de um acidente de Trabalho, a empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador, sendo também seu dever prestar informações detalhadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. Caso contrário, constitui-se em contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. Em casos de negligência às normas de segurança e saúde do trabalho, a previdência social proporá ação regressiva contra os responsáveis. O pagamento pela Previdência Social das prestações decorrentes do acidente do trabalho não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de terceiros. A empresa deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo de apenas um dia útil. Nesta hipótese, a empresa permanecerá responsável pela falta de cumprimento da legislação. Cabe ao setor de benefícios do INSS comunicar a ocorrência ao setor de fiscalização, para a aplicação e cobrança da multa devida. 8.1 ALGUNS TERMOS UTILIZADOS DIANTE DE UM ACIDENTE DE TRABALHO 8.1.1 Aposentadoria por Invalidez Ocorre quando o segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição. A concessão dependerá da verificação mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança. Sendo dessa forma confirmada, a aposentadoria por invalidez será devida ao segurado empregado, a contar do 16º dia do afastamento da atividade, ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamentoe a entrada do requerimento decorrer mais de 30 dias. Unidade 8 – Acidente de Trabalho e Obrigações da Empresa 25 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno. 8.1.2 Auxílio- Acidente O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 8.1.3 Auxílio-Doença Será destinado ao segurado que, cumprido o período de carência exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar o segurado empregado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar os quinze dias. O segurado em auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processos de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não-recuperável, for aposentado por invalidez. 8.2 O SEGURADO SERÁ CONSIDERADO PELA EMPRESA COMO LICENCIADO 8.2.1 Comunicação do Acidente A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 26 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo o prazo previsto de um dia, sendo que a empresa não se exime de sua responsabilidade pela comunicação do acidente feita pelos terceiros acima citados. 8.2.2 Contaminação Acidental A doença proveniente de contaminação acidental do empregado, no exercício de sua atividade, é prevista em lei. Assim, se um funcionário de hospital, responsável pela triagem de pacientes, entre eles portadores de doenças infectocontagiosas, eventualmente contrair tuberculose, a hipótese estará coberta pelo seguro, ou seja, presume-se que a tuberculose tenha sido adquirida no hospital ou serviço de saúde e o profissional terá direito aos benefícios previstos em lei. 8.2.3 Dia Do Acidente Considera-se no caso de doença profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laboral para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo o que ocorrer primeiro. 8.2.4 Doenças do Trabalho Também consideradas doenças profissionais atípicas. Referem-se a males originados, desencadeados ou agravados por condições especiais do trabalho. Também exigem comprovação do vínculo causal com o trabalho. Resultam de risco específico e direto, havendo necessidade de notificação e documentação que comprovem o nexo. Para tanto, como comprovar que o funcionário adquiriu hepatite B após uma exposição acidental, já que a doença pode ser adquirida por contato sexual? Somente com documentação adequada da fonte de contágio, do acidente e da soroconversão laboratorial poderá ser estabelecido nexo causal. 8.2.5 Doenças Profissionais Consistem em doenças características de determinadas ocupações ou atividades. Algumas necessitam de comprovação de vínculo de causalidade com o trabalho, existindo presunção legal em tal sentido. Decorrem de agressões cotidianas que vulneram as defesas orgânicas, e por efeito cumulativo, desencadeiam o processo mórbido; resultam de risco específico direto. Unidade 8 – Acidente de Trabalho e Obrigações da Empresa 27 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.2.6 Pensão por Morte A pensão por morte, seja por acidente típico, seja por doença ocupacional, é devida aos dependentes do segurado. 8.2.7 Seguro Acidente do Trabalho – SAT O Seguro Acidente do Trabalho (SAT) tem sua base constitucional estampada no inciso XXVIII do art. 7º, Inciso I do art. 195 e inciso I do art. 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo ao empregado um seguro contra acidente do trabalho, a expensas do empregador, mediante pagamento de um adicional sobre a folha de salários, com administração atribuída à Previdência Social. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 28 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 09 DOENÇAS OCUPACIONAIS Chamamos de Doenças Ocupacionais, as doenças que causam alterações na saúde do trabalhador e que são provocadas por fatores relacionados ao ambiente de trabalho, exposição do trabalhador aos riscos da atividade que desenvolve, podendo resultar em afastamentos temporários, repetitivos e até definitivos. A maior incidência destas doenças ocorre na faixa dos 30 aos 40 anos, causando um prejuízo à produtividade do trabalhador e consequentemente a interrupção de sua carreira e desestabilizar a sua vida. As mais comuns são doenças do sistema respiratório e da pele. Os cuidados são essencialmente preventivos, pois a maioria é de difícil tratamento. Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção compatível com o risco envolvido. Essa proteção pode ser na forma de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ou Equipamento de Proteção Individual (EPI). No Brasil, a doença ocupacional é equiparada ao acidente de trabalho, gerando os mesmos direitos e benefícios. O diagnóstico das doenças ocupacionais é feito através de exames físicos, ocupacionais e complementares, conforme critérios médicos. 9.1 AS DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS SÃO 9.1.1 Dermatoses Ocupacionais Também chamadas de dermatites de contato, são alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. O tipo mais comum é causado pelocontato com substâncias que podem ser Unidade 9 – Doenças Ocupacionais 29 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). irritantes, como ácidos, materiais alcalinos como, por exemplo, sabonetes, detergentes, solventes e outras substâncias químicas. Também podem ser provocados pela exposição a um determinado material ao qual a pessoa seja hipersensível ou alérgica, como perfumes, fragrâncias, adesivos e cosméticos. Há o caso em que produtos causam reações somente quando em contato com a pele e expostos à luz solar, a esse evento damos o nome de fotossensibilidade. Exemplo: loções para barbear, filtros solares, pomadas com sulfas, perfumes, produtos com alcatrão. Alguns poucos alérgenos transportados pelo ar, como a ambrosia e os inseticidas em spray, também podem causar uma dermatite de contato. Os principais sintomas são: Prurido (coceira) na pele; Formação de bolhas que formar crostas e descamações; Pele grossa e rachada, quando não tratada corretamente. 9.1.2 Doenças das Vias Aéreas Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica, como a silicose e do asbesto, como a asbestose, além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento. 9.1.3 Estresse e Excesso de Trabalho O estresse não é propriamente uma doença e sim, um estado do organismo quando submetido ao esforço e à tensão. Numa situação estressante, o corpo sofre reações químicas normais que preparam o organismo para enfrentar a situação. O prejuízo, entretanto acontece, quando as situações estressantes são contínuas e o organismo começa a sofrer com as constantes reações químicas que se sucedem, sem que haja tempo para a eliminação dessas substâncias e sem o tempo necessário para o descanso e recuperação física e emocional. Na maioria das vezes, é causado por sobrecarga de tarefas e ausência de intervalos para descanso e/ou exercícios físicos. Os sintomas do estresse são indefinidos e ao mesmo tempo abrangentes. Podem ir desde uma dor de cabeça, distúrbios do sono, irritabilidade, cansaço, dificuldade de concentração ou tensão muscular, a dificuldades respiratórias, dificuldade de memória, problemas digestivos, pressão alta, problemas cardíacos, e até mesmo distúrbios psíquicos como síndromes, depressão e pânico. 9.2 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 30 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 9.2.1 Podem ser Causadas por Agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente; Chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas); Mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas; Solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação. 9.3 LER, DORT OU AMERT Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros. Chamamos de LER a Lesão por Esforço Repetitivo. A LER não é propriamente uma doença, é uma síndrome constituída por um grupo de doenças que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. É um distúrbio que provoca dor e inflamação, podendo alterar a capacidade funcional da região comprometida. Sua prevalência é maior no sexo feminino. Também chamada de DORT - Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, LTC - Lesão por Trauma Cumulativo e AMERT - Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho. Todas essas siglas identificam um conjunto de doenças com características próprias, reunidas entre si porque têm como aspecto comum a dor crônica musculoesquelética e correlação direta ou indireta com o trabalho que o indivíduo executa. A mudança de nomenclatura ajudou a reconhecer que as doenças ocupacionais são causadas por múltiplas causas e não só pela repetitividade e priorizou o diagnóstico e tratamento precoce dessas doenças ao mudar o termo de lesão para distúrbio. A AMERT é uma patologia moderna causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, que não respeitam o ritmo muscular normal, postura inadequada e estresse. Unidade 9 – Doenças Ocupacionais 31 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Tal associação de terminologias fez com que a condição fosse entendida apenas como uma doença ocupacional, e que existem profissionais expostos a maior risco: pessoas que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou operam britadeiras, assim como digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem trabalhos manuais, como tricô e crochê. São patologias que tem sua causa no trabalho e não fora dele. Entre estas patologias se se encontram: Bursites; Cefaleias (dores de cabeça); Cervicalgias (dor no pescoço); Dedo em gatilho; Epicondilites (dor no cotovelo); Hérnia de disco; Lombalgias; Mialgias; Síndrome do desfiladeiro torácico; Síndrome do pronador redondo; Síndrome do túnel do carpo; Tenossinovite; Tendinites. Os principais sintomas de LER iniciam com cansaço e um pouco de dor que melhoram no final de semana, fase onde geralmente acontece a automedicação. Com o tempo a dor aumenta e outros sintomas iniciam, tais como formigamento, inchaço, dores de cabeça e gastrite. A gastrite por muitas vezes é consequência do uso indevido de antiinflamatórios. Podem evoluir até incapacidade de movimentos, impossibilitando o trabalhador de realizar suas tarefas. O trabalhador AMERT, apresenta um grande desequilíbrio no sistema musculoesquelético. Além disso, o sistema visceral também está prejudicado com sensação de pirose, inchaço abdominal, digestão lenta, constipação intestinal, taquicardia, etc. O sistema neurovegetativo, responsável pela circulação, estado de vigília e emocional, também estará alterado causando cansaço e desânimo. O principal tratamento é controlar e eliminar a dor, realizar rodízios no local de trabalho ou troca de atividades, adequar-se a uma postura correta. O tempo de tratamento dependerá da cronicidade da doença. 9.4 PERDA AUDITIVA RELACIONADA AO TRABALHO (PAIR) Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outras alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador32 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 10 PREVENÇÃO DE DOENÇAS OCUPACIONAIS É função do Enfermeiro do Trabalho orientar trabalhadores a conhecer e identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de qualquer desconforto, para em seguida, buscar adaptar as técnicas da ergonomia ao seu local de trabalho. Abaixo listamos alguns sintomas mais comuns, e que requerem a procura por um médico: Cansaço excessivo; Desconforto após a jornada de trabalho; Inchaço; Formigamento dos pés e das mãos; Sensação de choque nas mãos; Dor nas mãos; Perda dos movimentos da mão. Ativar os músculos com exercícios diários, mesmo os de relaxamento, é um bom começo para se livrar do estresse. Além de exercícios físicos, alguns cuidados devem ser tomados visando à prevenção das afecções de trabalho. Conforto durante a realização das tarefas. As operações de trabalho devem estar ao alcance das mãos. Unidade 10 – Prevenções de Doenças Ocupacionais 33 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). As máquinas devem estar posicionadas de forma que a pessoa não tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com frequência. A mesa deve estar posicionada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas. As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para o quadril e encosto ajustável. Pausa durante a realização das tarefas permite um alívio para os músculos mais ativos. Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco. Se possível, realize exercícios de alongamento. Evitar o contato com a substância que desencadeou a reação por contato, no caso de dermatites ou outras doenças ocupacionais. É importante o uso de EPI ou outras formas de isolamento. A lavagem de mãos sempre é indispensável. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 34 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 11 ERGONOMIA A ergonomia é uma disciplina científica que estuda as relações entre o homem, seu trabalho, equipamentos e meio ambiente. Previne o surgimento de doenças ocupacionais durante o processo de produção de atividades. O objetivo é a adaptação do posto de trabalho, instrumentos, máquinas, horários e meio ambiente às exigências da função. Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho. Está relacionada à postura adequada ao trabalho. Unidade 12 – Reduzindo Riscos nas Diversas Áreas de Atuação 35 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 12 REDUZINDO RISCOS NAS DIVERSAS ÁREAS DE ATUAÇÃO Inicialmente, temos que conhecer os riscos, seus tipos e estabelecer um mapeamento de risco. Ao notificar acidentes e situações anômalas aos especialistas em saúde ocupacional e controle de infecção hospitalar, estaremos estabelecendo uma base de dados que servirão de análise e logo após, transformadas em propostas preventivas e melhoria do conforto e da qualidade do trabalho. 12.1 NORMAS DE PRECAUÇÕES PADRÃO O conhecimento das vias de transmissão de microrganismos nos permite a racionalização das medidas de isolamento, necessárias para interromper a cadeia de propagação dos agentes infecciosos em serviços de saúde. Segundo informações disponíveis no Ministério da Saúde, os casos de infecção profissional pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ocorreram pelo contato com sangue, secreções sexuais, fluídos e secreções contendo sangue. Diante disso e do crescimento de casos de AIDS nos EUA, os Centers for Disease Controland Prevention (CDC) recomendaram o uso de medidas de barreira todas as vezes que ocorrer a possibilidade de contato com os materiais supracitados, independentemente do conhecimento do estado sorológico dos pacientes. Tais medidas foram denominadas Precauções Universais (PU). Devido às dificuldades detectadas em sua aplicação, essas medidas foram revisadas para reduzir o risco de transmissão de microorganismos a partir de fontes em hospitais, surgindo à proposta de utilização de novas medidas, chamadas de Precauções Padrão. As PP incluem o uso de barreiras (Equipamento de Proteção Individual) e são aplicadas todas Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 36 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). as vezes que houver a possibilidade de contato com sangue, secreções, excreções e fluidos corpóreos (exceto suor), mucosas e pele não-íntegra. Incluem também os seguintes isolamentos Precauções com aerossóis, no qual é obrigatório o uso de máscaras N-95 para doenças como sarampo, varicela e tuberculose; Precauções com gotículas, incluídas todas as doenças que necessitem de isolamento com máscaras, exceto as três já citadas, como exemplo, difteria e doença meningocócica; Precauções de contato, tipo de isolamento em que são incluídas as doenças como cólera e aquelas causadas por microorganismos multirresistentes. De forma bastante resumida, tais medidas compreendem o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tais como luvas, aventais, máscaras, protetores oculares e botas, para proteger áreas do corpo expostas ao contato com materiais infectantes. Faz-se necessário evitar tanto o exagero quanto a displicência na utilização dos materiais usados nas precauções, discriminados a seguir. 12.1.1 Luvas A luva é uma vestimenta que serve de barreira física na proteção contra acidentes de trabalho. Cobre mãos, punho e alguns modelos, cobre parte do antebraço. Podem proteger em aço, inox, cortes indevidos em facas, lâminas ou outros objetos cortantes. As luvas de látex são superiores às de vinil por apresentarem maior resistência e menor número de defeitos de fabricação. Em procedimentos cirúrgicos recomenda-se o uso de luvas reforçadas (de maior espessura) ou, em sua falta, de duas luvas para reduzir a chance de exposições em acidentes perfurocortantes. A existência de camadas internas de algodão, poliéster ou kevlar aumenta a proteção de funcionários e de pacientes em caso de acidente. Ressalta-se a importância da adequação das luvas às características de cada setor e de suas atividades (ex.: as de limpeza não precisam permitir a mesma sensibilidade que as cirúrgicas). Devem ser usadas quando houver contato com sangue e fluidos corpóreos, mucosas ou pele não íntegra, para manuseio de itens ou superfícies sujas com sangue e fluidos e para punção venosa ou outros acessos vasculares. As luvas deverão ser trocadas apóscontato com cada paciente, enfatizando-se ao profissional que as utiliza a importância de conhecer as limitações de suas atividades, de forma a não prejudicar outras pessoas (exemplo: desencorajar funcionários com luvas a apertar botões de elevadores, atenderem telefones ou tocar maçanetas). Vale lembrar que o uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos. Unidade 12 – Reduzindo Riscos nas Diversas Áreas de Atuação 37 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 12.1.2 Avental Indicado em procedimentos de isolamento com risco de contato com material infectante e procedimentos cirúrgicos. Em situações com grande exposição a sangue, como partos vaginais, cirurgias cardiovasculares, convém usar aventais impermeáveis que protejam tronco, membros superiores e, se necessário, membros inferiores. Outros tipos de aventais, como os de pano, são satisfatórios para a maioria das situações em serviços de saúde. Apesar das dificuldades vividas na prática quanto à quantidade de aventais necessários e à impossibilidade de compra de aventais descartáveis, existem alternativas para se racionalizar o uso por enfermaria ao evitar o trânsito desnecessário em outras dependências do hospital. 12.1.3 Máscara As máscaras de pano, por se tornarem úmidas, são menos eficientes que as demais para a filtragem de partículas. Têm sido substituídas por máscaras descartáveis que, no entanto, protegem por tempo limitado, apesar de atenderem à maioria das situações clínicas. Máscaras que filtram partículas de até 5 micra são as melhores para impedir a aquisição de tuberculose. Este tipo de máscara, embora mais dispendioso, é indispensável em determinadas situações. As máscaras ou respiradores (chamadas N-95) devem ser utilizados pelos profissionais de saúde em contato com pacientes com: tuberculose, sarampo ou varicela; sintomáticos respiratórios; em procedimentos cirúrgicos; durante necrópsia de pacientes suspeitos de tuberculose. Uma máscara é adequada quando se adapta bem ao rosto do usuário e filtra partículas de tamanho correto, de acordo com sua indicação. Em estudo realizado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, observou-se que 66% dos profissionais de atenção direta entrevistados referiram adesão ao uso do respirador N-95. A principal queixa alegada para não utilização foram o desconforto e a dificuldade para respirar. 12.1.4 Óculos Protetores Aqueles feitos de materiais rígidos, como acrílico e polietileno, são bons protetores oculares e limitam a entrada de respingos pelas porções superiores e laterais dos olhos. Indicados em procedimentos invasivos, como a entrada cirúrgica nos tecidos, cavidades ou órgãos e mucosas que possam gerar respingos e devem ser usados também em necrópsia. As maiores limitações ao seu uso têm sido relacionadas à embaçamento ou distorção de imagens, especialmente por ocasião de cirurgias. Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 38 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Para a correção do problema, algumas mudanças quanto a material e uso de substâncias surfactantes têm sido estudadas. 12.1.5 Botas Seu uso é indicado durante procedimentos de limpeza hospitalar, para profissionais da área contaminada da lavanderia e para aqueles que realizam autópsias. A necessidade do uso de EPI é variável segundo a doença, estado clínico dos pacientes e procedimento a ser executado. Vale salientar a importância da lavagem das mãos independentemente do uso de EPI, como método preventivo para a quebra da cadeia de transmissão do profissional para os clientes. Mas já que falamos sobre as medidas de proteção, que tal revisarmos sobre os riscos? 12.3 TIPOS DE RISCOS Chamamos de Risco toda chance de lesão, dano ou perda. Os riscos no ambiente de trabalho podem ser classificados em cinco tipos, de acordo com a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta Portaria contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam a legislação trabalhista, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Encontramos a classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora nº 5 (NR- 5). São eles: Riscos Ergonômicos Riscos Físicos Riscos Mecânicos Riscos Químicos Riscos Biológicos 12.3.1 Riscos Ergonômicos Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Estes riscos são contrários às técnicas de Unidade 12 – Reduzindo Riscos nas Diversas Áreas de Atuação 39 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). ergonomia, que exigem que os ambientes de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico. Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e internos (do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e seu posto de trabalhos. Ex: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho. RISCOS ERGONÔMICOS CONSEQUÊNCIAS Esforço físico; Levantamento e transporte manual de pesos; Exigências de posturas. Cansaço, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna vertebral. Ritmos excessivos; Trabalho de turno e noturno; Monotonia e repetitividade; Jornada prolongada; Controle rígido da produtividade; Outras situações (conflitos, ansiedade, responsabilidade). Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações do sono, da libido e da vida social, com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade, medo e comportamentos estereotipados. 12.3.2 Riscos Físicos São riscos físicos as diversas formas de energia que possam estar expostos os trabalhadores. Ex: ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes, vibração etc. RISCOS FÍSICOS CONSEQUÊNCIAS Ruídos Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de infarto. Vibrações Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença do movimento, artrite, problemas digestivos, Enfermagem do Trabalho – Biossegurança e Saúde do Trabalhador 40 Este material é parte integrante do curso online "Enfermagem do Trabalho - Biossegurança e Saúde do Trabalhador" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias, etc. Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos, fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão. Radiações Ionizantes Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho. Radiações não Ionizantes Queimaduras, lesões
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