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DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

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Seminário para o Mundo do 
Trabalho
Fundamentos de Mecânica Industrial
Professor: Roger R. Rocha 
Desenho Técnico Mecânico
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a
fala ou passar seus pensamentos para o papel na forma de
palavras escritas. Quem lê a mensagem fica conhecendo os
pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha,
acontece o mesmo: passa seus pensamentos para o papel na
forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho representam
idéias e pensamentos.
Desenho Técnico Mecânico
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma
importante de comunicação. E essa comunicação (representação
gráfica) trouxe grandes contribuições para a compreensão da
História, porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos
antigos, podemos conhecer as técnicas utilizadas por eles, seus
hábitos e até suas ideias.
O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos,
animais, plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma
forma intensa as suas vivências.
Os desenhos mais antigos são datados entre 12000 a.C. e 
os egípcios usavam símbolos para se comunicarem.
Dentro desta linha de raciocínio, o desenho foi evoluindo, 
ganhando normas e regras. A partir dai, o desenho passou a ser 
usado e conhecido como uma forma de comunicação mundial.
Para que o desenho se transformasse em uma linguagem 
gráfica, foi necessária uma padronização dos elementos gráficos. 
Esta padronização é garantida por meio do desenvolvimento de 
normas técnicas, respeitadas mundialmente.
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é 
a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Normas ABNT 
Editadas e distribuídas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. 
Normas ISO 
Editadas e distribuídas pela ISO - International Organization for 
Standardization. 
Representante no Brasil: ABNT - que também representa o Brasil na 
ISO e possui coleção completa das normas ISO. 
Normas DIN 
DIN - Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie - Normen). 
Editada pelo DIN - Deutsche Institut fur Normung - Instituto Alemão 
para Normalização. 
Representante no Brasil: ABNT - que possui na sua sede no Rio de 
Janeiro e na Delegacia de São Paulo coleções completas e em dia de 
todas as normas DIN. 
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi
desenvolvido graças ao matemático francês Gaspar Monge
(1746-1818). Os métodos de representação gráfica que existiam
até aquela época não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos
de forma completa, correta e precisa.
Monge criou um método que permite representar, com
precisão, os objetos que têm três dimensões (comprimento,
largura e altura) em superfícies planas, como, por exemplo, uma
folha de papel, que tem apenas duas dimensões (comprimento e
largura).
O desenho para execução, que tanto pode ser 
feito na prancheta como no computador, deve atender 
rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem 
sobre o assunto. 
O desenho técnico mecânico chega pronto às 
mãos do profissional que vai executar a peça. Esse 
profissional deve ler e interpretar o desenho técnico 
para que possa executar a peça. Quando o profissional 
consegue ler e interpretar corretamente o desenho 
técnico, ele é capaz de imaginar exatamente como será 
a peça, antes mesmo de executá-la.
Formato do papel:
Os formatos de papel para a execução dos desenhos
técnicos são padronizados obedecendo as normas estabelecidas
pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
O formato básico, designado por A0 é o do retângulo de
lado medindo 841 e 1189 mm, tendo área de 1 m². A partir deste
formato básico derivam os demais da série A, pela bipartição ou
duplicação sucessiva, que são: A0, A1, A2, A3 e A4 os mais
usados, porém existem ainda formatos menores que A4 e
maiores que A0.
LEGENDA
A legenda é um elemento obrigatório e deve conter todos
os dados para identificação do desenho (número, origem, título,
executor etc.). Sempre estará situada no canto inferior direito da
folha.
MARGENS
Dobragem de Folhas
Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma
recomendada de dobragem. Esta forma visa que o desenho seja
armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com
facilidade sem necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda
esteja visível com o desenho dobrado. As ilustrações a seguir
mostram a ordem das dobras. Primeiro dobra-se na horizontal
(em “sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando a dobra
com a parte da legenda na frente. A dobra no canto superior
esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira,
possibilitando desdobrar o desenho sem retirar do arquivo.
FIGURAS GEOMETRICAS
Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos
situam-se no mesmo plano. A seguir você vai recordar as
principais figuras planas. Algumas delas você terá de identificar
pelo nome, pois são formas que você encontrará com muita
frequência em desenhos mecânicos. Observe a representação de
algumas figuras planas de grande interesse para nosso estudo:
SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
Sólidos geométricos são figuras geométricas que 
possuem três dimensões e, por isso, só podem ser definidas 
no espaço tridimensional. São exemplos de sólidos 
geométricos cone, esfera, pirâmide e prisma. Todas essas figuras 
não podem ser construídas em espaços bidimensionais e são 
classificadas em poliedros, corpos redondos ou outros.
Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies
planas, estudaremos os prismas, cubo e as pirâmides. Dentre os
sólidos geométricos limitados por superfícies curvas,
estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que são também
chamados de sólidos de revolução.
Prismas 
O prisma é um prisma sólido geométrico limitado por
regiões planas poligonais. Você pode imaginá-lo como uma pilha
de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, como mostra
a ilustração:
O encontro entre duas faces de um prisma é um segmento
de reta chamado aresta, e o encontro entre duas ou mais arestas
de um prisma é chamado vértice. Arestas também podem receber
nomes especiais dependendo de sua localização em um prisma:
aresta da base e aresta lateral.
Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas
por figuras geométricas iguais, temos um sólido geométrico
regular. O prisma que apresenta as seis faces formadas por
quadrados iguais recebe o nome de cubo.
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua
base. Na próxima figura, temos uma pirâmide quadrangular, pois
sua base é um quadrado. O número de faces da pirâmide é
sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base
mais um. Cada lado do polígono da base é também uma aresta da
pirâmide. O número de arestas é sempre igual ao número de
lados do polígono da base vezes dois. O número de vértices é
igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os
vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O
vértice principal é o ponto de encontro das arestas laterais.
Pirâmides
Sólidos de revolução
Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de
revolução, podem ser formados pela rotação de figuras planas
em torno de um eixo. Rotação significa ação de rodar, dar uma
volta completa. A figura plana que dá origem ao sólido de
revolução chama-se figura geradora. A linha que gira ao redor do
eixo formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz.
O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de
revolução.
Cilindro
O cilindro é um sólido geométrico, limitado lateralmente por
uma superfície curva. Você pode imaginar o cilindro como
resultado da rotação de um retângulo ou de um quadrado em
torno de um eixo que passa por um de seus lados. No desenho,
está representado apenas o contorno da superfície cilíndrica. A
figura plana que forma as bases do cilindro é o círculo. Note que
o encontro de cada base com a superfície cilíndrica forma as
arestas.
Cone
O cone também é um sólido geométrico limitado
lateralmente por uma
superfície curva. A formação do cone pode
ser imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em torno de
um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que
forma a base do cone é o círculo. O vértice é o ponto de encontro
de todos os segmentos que partem do círculo. No desenho está
representado apenas o contorno da superfície cônica. O encontro
da superfície cônica com a base dá origem a uma aresta.
Esfera
A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma 
superfície curva chamada superfície esférica. Podemos imaginar 
a formação da esfera a partir da rotação de um semicírculo em 
torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro.
O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da 
esfera a qualquer um de seus pontos. Diâmetro da esfera é o 
segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo dois de 
seus pontos.
Linhas
A linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a
lápis, ou a nanquim, uniformemente negras, densas e nítidas.
São necessárias três espessuras de linhas: grossa, média
e fina, a grossa de espessura livre, a média de metade da
espessura da grossa e a fina com metade da espessura da
média. A NB-8 de 1950 recomenda que, quando a linha grossa
tiver menos de 0,4mm de espessura, utiliza-se a linha fina com
um terço da grossa ou igual à média. Todos os requisitos do
desenho de engenharia podem ser obedecidos utilizando-se
essas espessuras de linhas.
ESCALAS
Deve-se sempre que possível, procurar fazer o desenho
nas medidas reais da peça, para transmitir uma idéia melhor de
sua grandeza. Para componentes que são demasiadamente
pequenos, precisamos fazer ampliações que permitam a
representação de todos os detalhes conforme norma. No caso
inverso, isto é, para peças de grande tamanho, o desenho deve
ter proporções menores, sendo possível assim a sua execução
dentro dos formatos padronizados.
A Norma NBR 8196 OUT / 1983, define que a designação
completa de uma escala deve consistir da palavra "ESCALA",
seguida da indicação da relação como segue:
Perspectivas
O desenho, em perspectiva, mostra a
peça como ela aparece aos olhos do
observador e dá uma idéia clara de sua
forma.
Em desenho mecânico, a perspectiva,
por ser um desenho ilustrativo, ajuda a
interpretação de peças, embora em muitos
casos, não mostre todos os detalhes.
São três os tipos de perspectiva:
• Perspectiva cavaleira
• Perspectiva dimétrica DIN-5
• Perspectiva isométrica DIN-5
Perspectiva - Cavaleira
A perspectiva cavaleira é uma projeção cilíndrica oblíqua
sobre um plano paralelo a uma das faces principais do objeto. A
figura obtida por esta projeção não está conforme à visão, mas à
inteligência que temos dos objetos representados, e daí a sua
aceitação natural.
Perspectiva Isométrica
É uma perspectiva axonométrica onde os raios projetantes
são ortogonais a um plano vertical de projeção.
Os eixos x, y e z têm a mesma inclinação em relação ao
plano vertical. As projeções dos eixos formam entre si ângulos de
120.
Projeção Ortogonal
A projeção ortográfica de um modelo em um único plano algumas
vezes não representa o modelo ou partes dele em verdadeira
grandeza. Mas, para produzir um objeto, é necessário conhecer
todos os seus elementos em verdadeira grandeza. Por essa
razão, em desenho técnico, quando tomamos sólidos
geométricos ou objetos tridimensionais como modelos,
costumamos representar sua projeção ortográfica em mais de um
mais de um plano de projeção. No Brasil, onde se adota a
representação no 1º diedro, além do plano vertical e do plano
horizontal, utiliza-se um terceiro plano de projeção: o plano
lateral. Este plano é, ao mesmo tempo, perpendicular ao plano
vertical e ao plano horizontal.
Vista frontal
Imagine um prisma retangular paralelo a um plano de
projeção vertical visto de frente de frente por um observador, na
direção indicada pela seta, como mostra a figura seguinte.
Vista superior
A vista frontal não nos dá
a idéia exata das formas do
prisma. Para isso necessitamos
de outras vistas, que podem ser
obtidas por meio da projeção do
prisma em outro plano.
Imagine, então, a
projeção ortográfica do mesmo
prisma visto de cima por um
observador na direção indicada
pela seta, como aparece na
próxima figura.
Vista lateral
Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e
superior uma terceira vista é importante: a vista lateral esquerda.
vista lateral esquerda Imagine, agora, um observador vendo o
mesmo modelo de lado, na de lado direção indicada pela seta,
como mostra a ilustração a próxima figura.
Cotagem
A NBR 10126 (ABNT, 1987 - Versão Corrigida: 1998) tem como objetivo fixar os 
princípios gerais de cotagem, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico 
numa unidade de medida. As recomendações na aplicação de cotas são: 
• Cotagem completa para descrever de forma clara e concisa o objeto;
• Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as cotas sem o 
emprego do símbolo;
• Evitar a duplicação de cotas, cotar o estritamente necessário; 
• Sempre que possível evitar o cruzamento de linhas auxiliares com linhas de 
cotas e com linhas do desenho;
• A cotagem deve se dar na vista ou corte que represente mais claramente o 
elemento. 
Os elementos gráficos para a representação da cota são:
• Linha de cota;
• Linha auxiliar;
• Limite da linha de cota (seta ou traço oblíquo);
• Valor numérico da cota. 
As linhas auxiliares e de cotas devem ser desenhadas
como linhas estreitas contínuas. A linha auxiliar deve ser
prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota. Um
pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de contorno e a
linha auxiliar.
A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de
setas ou traços oblíquos. Somente uma indicação deve ser usada
num mesmo desenho, entretanto, se o espaço for pequeno, outra
forma pode ser utilizada. As indicações são as seguintes:
• a seta é desenha com linhas curtas formando ângulos de 15°.
A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida;
• o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a
45°.
Eixos, linhas de centro, arestas e contornos de objetos não
devem ser usados como linha de cota (exceção aos desenhos
esquemáticos).
As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser como
mostra a Figura abaixo.
Em grandes raios, onde o centro esteja fora dos limites
disponíveis para cotagem, a linha de cota deve ser quebrada.
A linha de centro e a linha de
contorno, não devem ser usadas como
linha de cota, porém, podem ser
usadas como linha auxiliar. A linha de
centro, quando usada como linha
auxiliar, deve continuar como linha de
centro até a linha de contorno do
objeto.
São utilizados símbolos para identificação de elementos
geométricos, tais como: diâmetro ( ), raio (R), quadrado (□). Os
símbolos de diâmetro e quadrado podem ser omitidos quando a
forma for claramente identificada. As cotas devem ser localizadas
de tal modo que não sejam cortadas ou separadas por qualquer
outra linha.
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles
deve ser utilizado num mesmo desenho:
Método 1: as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente
às suas linhas de cotas e preferivelmente no centro, exceção
pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada. As cotas
devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou
lado direito do desenho.
Método 2: as cotas devem ser lidas da base da folha de papel.
As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no
meio, para inscrição da cota.
Corte
Cortar quer dizer dividir, secionar, separar partes de um
todo. Corte é um recurso utilizado em diversas áreas do ensino,
para facilitar o estudo do interior dos objetos. Veja alguns
exemplos usados em Ciências.
Sem tais cortes, não seria possível analisar os detalhes
internos dos objetos mostrados. Em Mecânica, também se
utilizam modelos representados em corte para facilitar o estudo
de sua estrutura
interna e de seu funcionamento.
Mas, nem sempre é possível aplicar cortes reais nos
objetos, para seu estudo. Em certos casos, você deve apenas
imaginar que os cortes foram feitos. É o que acontece em
desenho técnico mecânico. Compare as representações a seguir.
Corte total
Corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua
extensão.
Lembre-se que em desenho técnico mecânico os cortes são
apenas imaginários. Os cortes são imaginados e representados
sempre que for necessário mostrar elementos internos da peça ou
elementos que não estejam visíveis na posição em que se
encontra o observador.
Corte nas vistas do desenho técnico
Os cortes podem ser representados em qualquer das
vistas do desenho técnico mecânico. A escolha da vista onde o
corte é representado depende dos elementos que se quer
destacar e da posição de onde o observador imagina o corte.
Corte na vista frontal
O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é
chamado plano longitudinal vertical. Este plano de corte divide o
modelo ao meio, em toda sua extensão, atingindo todos os
elementos da peça. Veja as partes em que ficou dividido o
modelo atingido pelo plano de corte longitudinal vertical.
Tipos de Cortes 
Corte pleno ou total: O objeto é cortado em toda a sua 
extensão. Normalmente o plano passa pelo eixo principal. 
Meio-corte: É utilizado no desenho de peças simétricas, 
onde metade aparece em corte e a outra metade aparece em 
vista externa.
Corte em desvio: Quando o plano muda de direção para
mostrar detalhes fora do eixo principal.
Corte parcial: Representado sobre parte de uma vista, para
mostrar algum detalhe interno da peça.
Corte rebatido: Quando
o objeto possui detalhes
simétricos que não
passam pelo plano de
corte.
Conjuntos Mecânicos
Desenho de conjunto
Desenho de conjunto é o desenho da máquina, dispositivos ou
estrutura, com suas partes montadas. As peças são
representadas nas mesmas posições que ocupam no conjunto
mecânico.
O desenho de conjunto é representado, normalmente, em
vistas ortográficas. Cada uma das peças que compõem o
conjunto é identificada por um numeral.
Os numerais são ligados a
cada peça por linhas de chamada. As
linhas de chamada são representadas
por uma linha contínua estreita. Sua
extremidade termina com um ponto,
quando toca a superfície do objeto.
Quando toca a aresta ou contorno do
objeto, termina com seta. Uma vez
que as peças são desenhadas da
mesma maneira como devem ser
montadas no conjunto, fica fácil
perceber como elas se relacionam
entre si e assim deduzir o
funcionamento de cada uma.
FIM

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