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RESUMO PROVA DOR - Fisiopatologia da dor e tipos de dor

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REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
1 
UNIME 2021 
Fisiopatologia da dor 
→ A dor é uma experiencia sensorial e emocional 
desagradável. E a dor sempre vai estar associada a 
um dano tecidual real (ex: quando recebemos uma 
agulhada) e potencial (ex: sentimos dor antes de 
receber a agulhada); 
FISIOPATOLOGIA DA DOR: 
→ A dor chega ao córtex cerebral através de 5 fases: 
1. Transdução 
2. Condução 
3. Transmissão 
4. Percepção 
5. Modulação 
Transdução 
A dor envolve nociceptores, que estão presentes na pele, 
no osso, no musculo, e nas visceras e que vão captar o 
estimulo nervoso. 
Os nociceptores são terminações nervosas livres de 
neurônios. 
Transdução: É o mecanismo de ativação dos 
nociceptores, fenômeno que se dá pela transformação 
de um estímulo nocivo (mecânico, térmico ou químico) 
em potencial de ação. 
 
Ex: estímulos mecânicos ou térmicos geram um dano 
tecidual e vascular, liberam citocinas, serotonina, 
histamina, prostaglandinas e substancia P e com isso 
excitam/estimula os nociceptores. 
Condução 
Na condução, o impulso elétrico é levado pelos axônios 
aferentes ate a raiz dorsal da medula. 
A condução pode ocorrer por meio das fibras: 
1. Fibra Aβ (beta): diâmetro grande, mielinizadas e 
condução rápida 
2. Fibras C: diâmetro pequeno, NÃO mielinizadas, com 
velocidade de condução lenta. (dor em queimação)→ 
estimulo mecânico, térmico e químico “dor crônica” 
3. Fibras Aδ (delta): diâmetro intermediário, 
mielinizadas, condução intermediaria. → estímulos 
térmicos e mecanismos “dor aguda” 
Até o final da condução, a pessoa ainda não sente dor. 
→ nessa fase tem somente a nocicepção. 
Transmissão 
Transmissão: É o conjunto de vias e mecanismos que 
permite que o impulso nervoso, gerado ao nível de 
nociceptores, seja conduzido para estruturas do SNC 
comprometidas com o reconhecimento da dor. Ex: 
tálamo e córtex 
 
A transmissão gera um impulso elétrico que libera 
neurotransmissores na raiz dorsal (corno posterior) da 
medula. 
Esses neurotransmissores vão se ligar aos neurônios da 
raiz dorsal. 
Com isso vai gerar fortes estímulos por esses 
neurotransmissores e mediadores bioquímicos 
excitatórios (glutamato, substancia P, fatores de 
crescimento). 
A substancia P gera forte resposta pos sináptica, com isso 
faz com que o sinal progrida (suba) para centros mais 
altas (córtex, tálamo). 
GLUTAMATO: excitação rápida dos neurônios medulares 
SUBSTÂNCIA P: excitação lenta 
Vias de Transmissão da Dor: 
→ Trato Neoespinotalâmico: Ou Trato Espinotalâmico 
Lateral 
 Via que transmite a dor rápida – pelas fibras A-delta 
 As fibras A-delta excitam os neurônios de segunda 
ordem do trato neoespinotalamico. 
 FIBRA A DELTA: 
VIA NEOESPINOTALÂMICA → BULBO → MESENCÉFALO 
→ ate então não interagiu →TÁLAMO (e ai interage) → 
CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL PRIMÁRIO. 
 
 GLUTAMATO: É a substância neurotransmissora 
secretada nas terminações nervosas para dor do tipo 
A Delta na medula espinhal. 
 Possui poucas sinapses 
 Chega a pontos específicos do tálamo 
 Sensação dolorosa bem definida e bem localizada. 
Ex: dor dentária 
 “dor em pontada” 
 
→ Trato Paleoespinotalâmico: 
 Via que transmite a dor lenta 
 Fibras C (amielínicas) 
 A informação é lenta, gradativa e prolongada/muito 
difusa. 
 Uma parte das fibras vai ao tálamo → córtex 
somestésico, Giro do Cíngulo e ínsula, mas a maioria 
se dirige à FORMAÇÃO RETICULAR →Córtex límbico 
e frontal, hipotálamo, núcleos motores. 
 
 Esta via produz dor crônica, mal localizada, difusa, 
contínua em queimação. Conduz o estímulo da 
periferia do SNC até o córtex cerebral, através de 
REVISÃO PROVA DOR Hyana Morato 
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UNIME 2021 
vários neurônios (no mínimo 4, podendo chegar a 
16). 
 
 Os terminais de fibras para dor do tipo C que entram 
na medula espinhal, liberam tanto o 
neurotransmissor glutamato quanto a substancia P. 
O glutamato atua de forma instantânea e dura por alguns 
milissegundos. 
A substancia P é liberada muito mais lentamente 
glutamato gerar sensação de dor rápida, enquanto o 
neurotransmissor substância P gera sensação mais 
duradoura. 
substância P está relacionada à dor crônica lenta 
glutamato é o neurotransmissor mais envolvido na 
transmissão da dor rápida 
 
A localização da dor transmitida pela via paleoespinotalâmica 
é imprecisa. 
 Por exemplo, a dor crônica em geral so pode ser localizada 
em uma parte principal do corpo, como braço e perna, mas 
não em um ponto especifico, ou seja, se você pedir para o 
paciente indiciar o local da dor no braço, ele não vai saber o 
local exato, ele vai falar que a dor é no braço todo. 
 E isso se deve a conectividade multissináptica difusa dessa 
via, com isso esse fenômeno explica porque os pacientes em 
geral, tem dificuldades em localizar a fonte de alguns tipos de 
dor crônica. 
 
Percepção 
A percepção acontece quando o impulso é percebido 
como dor. 
E isso acontece por meio da integração dos estímulos 
nocivos com as áreas corticais e do sistema límbico. 
A dor é percebida a partir do tálamo, antes do tálamo é 
percepção, depois do tálamo a dor vai ascender para o 
cortex e ai ativa varias áreas. 
Modulação 
Modulação: Capacidade de o SNC suprimir a sensação 
de dor quando conveniente. 
 A modulação pode ser facilitada ou inibida. 
 “Teoria do portal de controle da dor” ou teoria de 
comporta, no qual a estimulação sensorial pode 
inibir, mesmo parcialmente, a informação 
nociceptiva. 
 Como nosso cérebro vai facilitar ou inibir a dor? Isso 
vai depender de como perigosa essa dor vai ser para 
o nosso corpo nesse momento. 
 Se ela é muito perigosa, então a dor vai ser facilitada 
enquanto o nosso corpo estar em perigo, ou seja, a dor 
vai ser mais forte, pois precisamos entender que temos 
que resolver essa dor antes de fazer qualquer outra 
coisa. 
 Com a inibição, a dor não é mais tão perigosa, nesse 
momento então o cérebro vai inibir a dor. 
 
Umas das projeções descendentes tem origem nos 
neurônios do locus ceruleus, cujos axônios alcançam o 
corno posterior da medula e ali liberam norepinefrina. A 
norepinefrina inibe a liberação de substancia P (gera 
sensação mais duradoura da dor) pelos neurônios 
aferentes primários antes deles fazerem sinapse com os 
neurônios de segunda ordem, ou seja, fazem inibição 
pre-sinaptica,
tipos de dor 
1. Dor aguda: é a dor de duração mais previsível, 
autolimitada, (tem período limitado e determinado) 
e que facilmente é diagnosticada. 
Tem o papel de alerta, comunica ao cérebro que algo 
esta errado. 
2. Dor crônica: é uma dor de duração indeterminada, e 
não é autolimitada. 
Não tem qualquer função de alerta e determina 
acentuado estresse, sofrimento e perda na qualidade de 
vida. 
DOR NOCICEPTIVA: 
Causada pela ativação dos nociceptores e pela 
transmissão dos impulsos que percorrem as vias da dor 
ate as regiões do SNC, onde a dor. 
Características: 
- Começa simultaneamente ao início da estimulação, a 
qual pode ser usualmente identificada; 
- A remoção do fator causal provoca alívio da dor; 
- Nenhum déficit sensitivo é identificado; 
- A distribuição corresponde a das fibras nociceptivas 
estimuladas; 
- Pode ser espontânea ou evocada (quando 
desencadeada por determinada atividade); 
- Pode ser localizada (dor somática superficial) ou difusa 
(dor somática profunda e dor visceral). 
 
Dor somática: pele, músculos, periósteo, articulações. 
Dor visceral: é causada quase unicamente por 
distensão ou estiramento dos órgãos. 
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- Quanto maior o numero de segmentos medulares 
envolvidos na inervação de uma estrutura, mais difusa é 
a dor (somática profunda e visceral). 
- e quanto menos segmentos medulares envolvidosmais 
localizada é a dor (dor somática superficial). 
 Espontânea – expressa como pontada, facada, 
agulhada, aguda, rasgando, latejante, continua, 
profunda, vaga → são denominações de lesão 
tecidular. 
 Evocada: pode ser 
desencadeada por algumas 
manobras como Lasegue na 
ciatalgia, a dor provocada 
pelo estiramento da rais 
nervosa, pela elevação do membro inferior afetado, 
com o individuo em decúbito dorsal. E lavar o rosto 
e escovar os dentes, nos pacientes com neuralgia do 
trigêmeo. 
Dor somática superficial: 
 Forma de dor nociceptiva decorrente da estimulação 
de NOCICEPTORES DO TEGUMENTO. 
 Tende a ser bem localizada e se apresentar de 
maneira bem distinta (picada, pontada, rasgando, 
queimor). 
 
Dor somática profunda: 
 Dor nociceptiva consequente à ativação de 
nociceptores dos MÚSCULOS, FÁSCIAS, TENDÕES, 
LIGAMENTOS e ARTICULAÇÕES 
 Suas principais causas são: estiramento muscular, 
contração muscular isquêmica (exercício exaustivo 
prolongado), contusão, ruptura tendinosa e 
ligamentar, síndrome miofascial, artrite e artrose. 
 É mais difusa que a dor somática superficial, sua 
localização é imprecisa. 
 
Dor visceral: 
 É a dor nociceptiva decorrente da estimulação dos 
NOCICEPTORES VISCERAIS. 
 É uma dor difusa, de difícil localização, profunda, 
descrita como dolorimento. 
 Tende a melhorar com a solicitação funcional do 
órgão acometido. 
 
DOR REFERIDA: 
Dor referida é a dor sentida pela pessoa num local 
diferente daquele onde é produzido o estímulo que 
causa a dor. 
Ex: Dor na face medial do braço (dermátomo T1) em 
pacientes com infarto agudo do Miocárdio. 
DOR IRRADIADA: 
É a dor sentida a distância de sua origem, porém 
obrigatoriamente em estruturas inervadas pela raiz 
nervosa ou nervo cuja estimulação nociva é responsável 
pela dor. 
Ex: ciatalgia. 
DOR NEUROPÁTICA: 
A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre 
quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central 
e/ou Sistema nervoso periférico são feridos ou 
danificados. 
 Então, é a lesão de qualquer tipo, que se aplica ao 
SNC e SNP. 
 A remoção do fator causal usualmente não é 
possível, por não estar mais atuante ou por ser 
impossível interromper sua atuação. 
 A maioria apresenta déficit sensitivo no local exato 
da dor. 
 Pode ser espontânea (constante ou intermitente) ou 
evocada. 
 A única diferença da dor nociceptiva pra dor 
neuropática é a via (neurônio), na dor neuropática a 
via esta lesada e na nociceptiva não. 
DOR MISTA: 
É aquela através dos mecanismos de dor nociceptiva e 
neuropática 
 Ex: a dor oncológica, tanto tem a dor nociceptiva 
pela compressão das estruturas locais, como tem a 
dor neuropática, porque há uma destruição das 
terminações nervosas pela invasão do tumor. 
DOR PSICOGÊNICA: 
É uma dor de origem puramente psíquica, sem nenhum 
substrato orgânico.

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