Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Instituto de Ciência e Tecnologia Campus São José dos Campos LEI DE HOOKE Professora: Drª Thaciana Malaspina Alunos: Amanda Razaboni Davi Juliano Gustavo Ferracioli Hári Niklaus Rafaele Guimarães Turma: NA Abril de 2019 2 SUMÁRIO 1 RESUMO ............................................................................................................... 6 2 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 7 2.1 Contexto Histórico .......................................................................................... 7 2.2 Lei de Hooke .................................................................................................. 7 2.3 Associação de molas ...................................................................................... 9 2.3.1 Molas em Série ........................................................................................ 9 2.3.2 Molas em Paralelo ................................................................................... 9 2.4 Trabalho ....................................................................................................... 10 3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 11 4 MATERIAIS ......................................................................................................... 11 4.1 Painel de força .............................................................................................. 11 4.2 Peças metálicas ........................................................................................... 11 4.3 Ganchos, parafusos e suportes .................................................................... 12 4.4 Molas helicoidais .......................................................................................... 13 4.5 Régua milimetrada 350 – 0 – 350 mm .......................................................... 13 4.6 Dinamômetro ................................................................................................ 14 4.7 Grafite e fita adesiva ..................................................................................... 14 5 PROCEDIMENTO ............................................................................................... 15 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 17 6.1 Peças metálicas ........................................................................................... 17 6.2 Uma mola ..................................................................................................... 19 6.3 Três molas em paralelo ................................................................................ 21 6.4 Duas molas em série .................................................................................... 23 6.5 Estudo dos gráficos ...................................................................................... 25 7 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 26 8 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 27 3 INDÍCE DE TABELAS Tabela 1 - Equipamentos utilizados e suas características. ........................................ 15 Tabela 2 - Peso dos grupos das peças metálicas. ...................................................... 17 Tabela 3 - Arranjo com uma mola. .............................................................................. 19 Tabela 4 - Arranjo com 3 molas em paralelo. .............................................................. 21 Tabela 5 - Arranjo com 2 molas em série. ................................................................... 23 Tabela 6 - Valores de K. ............................................................................................. 25 4 INDÍCE DE FIGURAS Figura 1 - Diagrama tensão vs. deformação para determinado material. ...................... 7 Figura 2 - Associação de molas em paralelo. ............................................................... 8 Figura 3 - Associação de molas em Série. .................................................................... 9 Figura 4 - Associação de molas em Paralelo. ............................................................... 9 Figura 5 - Trabalho a partir da área. ........................................................................... 10 Figura 6 - Painel de força ............................................................................................ 11 Figura 7 - Peças metálicas. ......................................................................................... 11 Figura 8 - Parafusos. .................................................................................................. 12 Figura 9 - Gancho e suporte. ...................................................................................... 12 Figura 10 - Molas helicoidais. ..................................................................................... 13 Figura 11 - Régua milimetrada. ................................................................................... 13 Figura 12 - Dinamômetro. ........................................................................................... 14 Figura 13 - Grafite e fita adesiva. ................................................................................ 14 Figura 14 - Agrupamento das peças metálicas. .......................................................... 17 5 INDÍCE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Uma mola. ................................................................................................. 19 Gráfico 2 - Molas em paralelo. .................................................................................... 21 Gráfico 3 - Molas em série. ......................................................................................... 23 Gráfico 4 - Molas em paralelo corrigido....................................................................... 25 6 1 RESUMO Muitos dos fenômenos do dia a dia acabam passando despercebidos até pelos olhares mais atentos em função da banalização que a rotina promove no desenvolver dos fatos. No entanto, de tempos em tempos é necessário observar a natureza de uma maneira mais analítica para captar suas nuanças. É curioso pensar em como a humanidade utilizou diversas ferramentas e instrumentos, e observou vários fenômenos ao longo de anos sem saber profundamente os conceitos que estavam orquestrando a realidade aparente. Arcos e estilingues, por exemplo, são ferramentas antigas que possuem em seu funcionamento conceitos ligados às propriedades elásticas dos materiais, hoje se sabe disso pelos estudos e experimentos realizados com molas e pesos por Robert Hooke, que elaborou a lei de Hooke. Refinando-se a visão torna-se fácil perceber a influência desses conceitos (elasticidade) por trás das molas que constituem a suspensão de carros, do mecanismo de cadeiras de escritórios confortáveis, relógios e de lapiseiras, assim como no funcionamento da corda de sinal do ônibus, na estratégia de dispersão de uma espécie de urtiga (que armazena certa tensão no pericarpo de sua semente e quando atingidas por algum objeto acabam liberando essa energia – tensão acumulada – ‘explodindo’ e lançando as sementes em todas as direções) e em incontáveis outros exemplos. Esse relatório visa fazer uma revisão sobre os principais conceitos necessários à compreensão da lei de Hooke, elaborando um layout que permita explicar através da interpretação de gráficos da força deformante e distensão da mola distendida, determinando a constante elástica de molas sujeitas a forças peso de determinadas massas (que constitui uma força deformadora nesse caso) e, além disso,obter o trabalho que as forças elásticas poderiam exercer. Palavras-chave: Lei de Hooke, elasticidade, molas, constante elástica e trabalho realizado por uma força 7 2 INTRODUÇÃO 2.1 Contexto Histórico O cientista inglês Robert Hooke foi o responsável por formular a Lei de Hooke, que relaciona a força elástica, reação da força aplicada e deformação da mola. Tal lei foi publicada em 1676, após o físico analisar o comportamento mecânico de uma mola. Em sua observação, Hooke analisou um corpo suspenso por uma mola presa a um suporte fixo e concluiu que existia uma proporção entre força deformante e deformação elástica. Afinal, ele pôde perceber que quanto maior o peso do corpo que estava suspenso, maior seria a deformação sofrida pela mola. Sendo assim, concluiu: “As forças deformantes são proporcionais às deformações elásticas produzidas.”. 2.2 Lei de Hooke Qualquer material submetido a uma força sofre deformação, sendo ela visível, como ao apertar uma borracha, ou pouco dificilmente perceptível visualmente, como ao pressionar uma parede de concreto. Isso ocorre pois os corpos não são perfeitamente rígidos, ou seja, eles são suscetíveis a diversas deformações, como compressões, flexões, torções, entre outros. É importante destacar que tais deformações são classificadas em dois tipos: o Deformação plástica: é irreversível, provocada quando se ultrapassa o limite da elasticidade. o Deformação elástica: é reversível, desaparece quando a tensão é removida e obedece a lei de Hooke. É importante destacar que a lei de Hooke é utilizada desde que o limite elástico do material não seja ultrapassado. Pois, caso ele seja excedido, a relação de proporcionalidade deixa de ser definida, fazendo com que o corpo perca a sua elasticidade. Quando as deformações são grandes, o material pode adquirir uma deformação permanente, caracterizando o regime plástico (figura 1). Figura 1 - Diagrama tensão vs. deformação para determinado material. Disponível em <https://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/>. Acesso em 10 de Abril de 2019. https://www.infoescola.com/fisica/ensaio-de-tracao/ 8 É possível perceber que perceba que durante a fase de comportamento elástico (em azul) a relação é linear, ou seja, proporcional (realmente o que admite a lei de Hooke). Neste experimento em questão, todas as deformações sofridas pelas pequenas em molas serão temporárias (figura 2), ou seja, estarão situadas no regime elástico do material que as compõe. Figura 2 - Associação de molas em paralelo. Disponível em <https://www.cidepe.com.br/>.Acesso em 10 de Abril de 2019. Ao aplicar uma força em uma mola que encontra-se no estado relaxado, é possível verificar a ocorrência de deformação. Com isso, pode-se concluir que há uma dependência linear entre a intensidade da força elástica e a deformação da mola, que são grandezas diretamente proporcionais. Tal comportamento é descrito pela lei de Hooke que, matematicamente pode ser evidenciada por: Fel = k x Ou, vetorialmente: Fel = - k x Em ambas, k representa uma constante positiva, nomeada de Constante Elástica da mola. Ela indica a rigidez da mola. Ou seja, quanto maior for a constante, maior será a dureza. Na expressão vetorial, pode-se observar um sinal negativo, representando que o vetor Força Elástica (Fel) apresenta sentido oposto ao vetor deformação. A dependência linear entre a força e a deformação da mola na Lei de Hooke pode ser descrita pela equação da reta y=ax+b (equação da reta). Sendo assim, observa-se que o coeficiente angular (inclinação) da reta formada é correspondente ao valor da constante elástica K da mola. Dessa maneira, pode-se determinar a constante elástica da mola graficamente. https://www.cidepe.com.br/ 9 2.3 Associação de molas A associação de molas combina no mínimo 2 molas, que resulta em uma mola equivalente, com uma constante elástica também equivalente. As associações de molas que obedecem a lei de hooke são as em série e em paralelo. 2.3.1 Molas em Série Na associação em série, as molas são presas uma na outra a partir de suas extremidades. Resultando em uma mola com um comprimento maior e constante elástica menor. Dessa maneira, a constante elástica equivale a: 1/Kr = 1/K1 + 1/K2 +....+ 1/Kn para n molas Com essa fórmula, pode-se concluir que o Kr fica reduzido, resultando em uma mola menos rígida e mais deformável. Figura 3 - Associação de molas em Série. Disponível em < http://fisica2015-thiagokyamamoto.blogspot.com/2015/11/forca-elastica-lei-de-hooke.html>. Acesso em 10 de Abril de 2019. 2.3.2 Molas em Paralelo Na associação em paralelo, as molas são presas em um apoio fixo comum, onde as duas molas são distendidas de maneira a ficarem iguais no sistema. No sistema paralelo, foi analisado que o Kr do sistema é a soma das constantes elásticas das molas, sendo que o comprimento de cada mola quando for aplicada a força elástica será menor devido à constante elástica resultante. De maneira analítica, temos: Kr = K1 + K2 +....+ Kn para n molas Com essa conclusão, é visualizado que o Kr é sempre maior que qualquer K apresentado nas molas, sendo a resultante sempre a constante maior do sistema, resultando em uma mola mais rígida e menos deformável. Figura 4 - Associação de molas em Paralelo. Disponível em < http://fisica2015-thiagokyamamoto.blogspot.com/2015/11/forca-elastica-lei-de-hooke.html>. Acesso em 10 de Abril de 2019. http://fisica2015-thiagokyamamoto.blogspot.com/2015/11/forca-elastica-lei-de-hooke.html http://fisica2015-thiagokyamamoto.blogspot.com/2015/11/forca-elastica-lei-de-hooke.html 10 2.4 Trabalho A relação entre a força e o deslocamento resulta em uma medida de energia que é conhecida como trabalho. Tal energia ser um valor positivo, quando a força é exercida no sentido do deslocamento, ou pode resultar em um valor negativo, quando a força é exercida no sentido oposto do deslocamento. Além disso, ela pode ser considerada como energia cinética ou energia potencial, variando de acordo com o sistema que está sendo analisado. É importante ressaltar que a existência de uma força não significa necessariamente que há realização de trabalho. Para que haja trabalho, é necessário que exista sim a força, mas também um deslocamento. Isso é possível de verificar na equação abaixo, que mostra de forma geral como o trabalho é calculado utilizando integral. o F – Força o R – Vetor Deslocamento Na equação é possível verificar um produto interno entre F e R, demonstrando que é necessário o deslocamento do ponto em que a força é aplicada e que exista uma componente não nula da força na direção do deslocamento. O trabalho resultante é pode ser obtido por meio da soma dos trabalhos de cada força aplicada no corpo, ou seja, calculando a força resultante no corpo. Considerando uma força paralela ao deslocamento, o trabalho é calculado pelo produto da força x deslocamento, em Joule (J). T = F.d Outra forma utilizada para o cálculo do trabalho é a partir da área de um gráfico, ou seja, dado um gráfico que relaciona a força versus deslocamento, sua área resultante será o trabalho total, considerando valores positivos e negativos conforme mostra a figura abaixo. Figura 5 - Trabalho a partir da área. Disponível em < http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/trabalho-de-uma-forca/>. Acesso em 10 de Abril de 2019. 11 3 OBJETIVOS o Construir e interpretar o gráfico de força deformante x distensão da mola; o Determinar a constante elástica de molas através da Lei de Hooke; o Aplicar a lei de Hooke em associações de molas em série e em paralelo; o Determinar o trabalho realizado por uma força ao distender uma mola. 4 MATERIAIS 4.1 Painel de força O equipamento é da marca Cidepe e foi utilizado como suporte para realizaçãodo experimento. Figura 6 - Painel de força Disponível em < https://www.cidepe.com.br/index.php/br/404> Acesso em 11 de Abril de 2019. 4.2 Peças metálicas Tais objetos foram feitos em latão de formato cilíndrico e usados como massas acopláveis. Figura 7 - Peças metálicas. Autoria própria. https://www.cidepe.com.br/index.php/br/404 12 4.3 Ganchos, parafusos e suportes Esses itens fazem parte do kit do painel e possibilitaram acoplar as peças metálicas ao painel através de diversas configurações de montagens das molas. Figura 8 - Parafusos. Autoria própria. Figura 9 - Gancho e suporte. Autoria própria. 13 4.4 Molas helicoidais Fabricadas em aço, foram utilizadas em conjunto com os demais itens do painel, e que foram distendidas sob aplicação de carga dentro dos seus limites de deformação elástica. Figura 10 - Molas helicoidais. Autoria própria. 4.5 Régua milimetrada 350 – 0 – 350 mm O instrumento é da marca Cidepe, possui o modelo de graduação espelhada, ou seja, com o referencial 0 no centro, e foi utilizado para medir a distensão da mola. Figura 11 - Régua milimetrada. Autoria própria. 14 4.6 Dinamômetro O instrumento é da marca Cidepe e foi utilizado para medir a força peso das massas acopláveis por meio da deformação causada por tal força em um sistema elástico. Figura 12 - Dinamômetro. Autoria própria. 4.7 Grafite e fita adesiva O grafite, da marca Faber-Castell, foi conectado por meio de uma fita adesiva, da marca 3M, a um suporte de massas, a fim de facilitar a leitura da distensão da mola e amenizar ao máximo o erro de paralaxe. Figura 13 - Grafite e fita adesiva. Autoria própria. 15 Antes da prática ser iniciada, verificou-se tópicos fundamentais que auxiliam na obtenção de um resultado preciso de dois dos instrumentos que seriam utilizados. Os tópicos foram: o Incerteza Instrumental: possível valor de erro do instrumento. Calculado como ½ da Precisão do equipamento; o Faixa nominal de operação: consiste na faixa de medida que determina o valor máximo e mínimo que o instrumento é capaz de medir. Esses valores foram listados na tabela abaixo: Instrumento Marca e modelo Tipo (anal/digit) Faixa nominal de operação Incerteza(δ) Régua milimetrada Cidepe Analógico 0 - 350mm 0,5 mm Dinamômetro Cidepe Analógico 0 - 2N 0,01 N Tabela 1 - Equipamentos utilizados e suas características. 5 PROCEDIMENTO Antes da prática ser iniciada o técnico responsável pelo laboratório já havia disposto sobre a bancada todos os materiais que seriam utilizados. Sendo assim, para dar continuidade ao experimento, os seguintes passos foram executados sucessivamente: o Os dados a respeito dos instrumentos de medição a serem utilizados (régua e dinamômetro) foram recolhidos e inseridos na tabela I; o Foram separados 5 grupos diferentes de peças metálicas, a fim de obter suas massas, mas de modo que não fossem muito pesados para não deformar permanentemente as molas, e pesados na balança e no dinamômetro, respectivamente; o Foi decidido que a referência (zero da régua) seria colocado na extremidade inferior da mola; o Montou-se um conjunto contendo uma mola, um gancho e um suporte para as massas conectado por fita adesiva a um grafite, de modo que a leitura da distensão da mola tivesse o menor erro de paralaxe possível; o O primeiro grupo de peças metálicas foi acrescentado ao conjunto montado anteriormente e foi feita a leitura da distensão da mola em mm, completando a tabela II.a com os dados coletados; o Repetiu-se o processo do item anterior para os outros 4 grupos de peças metálicas restantes; o Utilizando um software, um gráfico da força (N - newton) em função do deslocamento causado pelas massas (m - gramas) foi plotado; o Determinou-se graficamente a constante da mola por meio da Lei de Hooke: F(N) = k (N / M) * d(m). o Foi calculado graficamente o trabalho (J) realizado na mola pela maior massa utilizada, por meio da integral da função gerada pelo gráfico, uma vez que o trabalho é numericamente igual área sob a curva; 16 o Repetiu-se estes procedimentos, porém colocando três molas em paralelo, determinando a constante de cada uma das molas e completando a tabela II.b com os dados coletados; o Repetiu-se estes procedimentos, mas colocando duas molas em série, determinando a constante de cada uma das molas e completando a tabela II.c com os dados coletados. OBSERVAÇÃO: o Deve-se utilizar na expressão dos resultados, as imprecisões, propagação de erros e um número de algarismos significativos adequado; o Os gráficos não podem deixar de apresentar: a) Título; b) Grandezas apresentadas em cada eixo; c) Unidades; d) Barras de erro em cada ponto; e) Regressão linear (utilizando o software) para a determinação da melhor reta entre os pontos. 17 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6.1 Peças metálicas Inicialmente, as peças metálicas disponibilizadas foram dividas em 5 grupos, seguindo uma ordem crescente de tamanho, conforme a figura abaixo: Figura 14 - Agrupamento das peças metálicas. Autoria própria. Posteriormente, foi realizada a pesagem dos mesmos, tanto na balança, quanto no dinamômetro, encontrando os valores dispostos na Tabela 2: Grupo Balança (g) Dinamômetro (N) 1 22,67 0,2 2 42,2 0,4 3 49,97 0,48 4 72,66 0,7 5 99,95 0,96 Tabela 2 - Peso dos grupos das peças metálicas. 18 Em seguida, considerando o peso teórico como o peso dado pela balança e a força peso como aquela obtida pelo dinamômetro, calculou-se o peso prático, obtido experimentalmente, de todos os grupos formados com as peças metálicas, através da fórmula: F peso = m (massa) * g ( gravidade) Grupo 1: Grupo 2: m = F peso / g m = F peso / g = 0,2 / 9,8 = 0,4 / 9,8 = 0,021 Kg. = 0,041 Kg. Grupo 3: Grupo 4: m = F peso / g m = F peso / g = 0,48 / 9,8 = 0,70 / 9,8 = 0,049 Kg. = 0,072 Kg. Grupo 5: m = F peso / g = 0,96 / 9,8 = 0,098 Kg. Adiante, comparou-se o peso teórico com o peso prático obtido em cada grupo por meio de um regra de três: Grupo 1: Grupo 2: Kg % Kg % 0,02267 100 0,04520 100 0,021 x 0,041 x x = 2,1 / 0,02267 x = 4,1 / 0,04520 = 92,63 %. = 90,71 %. Grupo 3: Grupo 4: Kg % Kg % 0,04997100 0,07266 100 0,049 x 0,072 x x = 4,9 / 0,04997 x = 7,2 / 0,07266 = 98,01 %. = 99,09 %. Grupo 5: Kg % 0,09995 100 0,098 x x = 9,8 / 0,9995 = 98,05 %. 19 A partir dos resultados, conclui-se que os pesos obtidos experimentalmente foram muito próximos dos pesos teóricos, visto que todos representaram mais de 90% do valor. Desse modo, também pode-se afirmar que os erros sistemáticos existentes, por exemplo, o erro instrumental do dinamômetro e o erro de paralaxe, foram responsáveis pelos pesos práticos não serem exatamente os mesmos dos teóricos, porém não foram tão relevantes, uma vez que distanciaram no máximo 9,29 % e no mínimo 0,91 % o valor empírico do conceitual. 6.2 Uma mola Inicialmente, após ser montado um arranjo com somente uma mola helicoidal ao painel, mediu-se, sucessivamente, a distensão (d) da mola causada por cada um dos grupos de massas acopláveis. Os resultados encontrados foram expostos juntamente com a força peso (F) de cada grupo de massas, medida através do dinamômetro, na seguinte tabela: Grupos de peças metálicas [F±δ](N) [d ±δ] (mm) 1 0,2 ± 0,01 10 ± 0,5 mm 2 0,4 ± 0,01 23 ± 0,5 mm 3 0,48 ± 0,01 25 ± 0,5 mm 4 0,7 ± 0,01 37 ± 0,5 mm 5 0,96 ± 0,01 52 ± 0,5 mm Tabela 3 - Arranjo com uma mola. A partir dos mesmos dados, gerou-se, com auxílio de um software, um gráfico da força em função do deslocamento causado pelas massas: Gráfico 1 - Uma mola. 20 A reta y = 18,482x + 0,0039 obtida através do gráfico, representa uma regressão linear, a qual constitui-se em uma tentativa de estabelecer a melhor reta que descreva o relacionamento entre duas variáveis, nesse caso, entre força e deslocamento. Sabendo que, segundo a Lei de Hooke, F (força elástica ) = k ( constante) * d (deslocamento) e que isso equivale a equação reduzida da reta, ou seja, a y = ax + b, pode-se afirmar que b não foi considerado por apresentar um valor muito próximo de zero e que a constante k da mola é representada pelo coeficiente a da equação da reta, portanto, nesse caso, k é igual a 18,482 N/m. Por meio do mesmo gráfico, calculou-se o trabalho (W) realizado na mola pela maior massa utilizada através da integral da função f(x) = 18,482x + 0,0039. W = ∫ 18,482x + 0,0039 dx 0,05 0 W = 92𝑥 5 + 39 1000 = 1,085 + 0,0039 = 1,0889 J Por último, calculou-se a incerteza de K e de W. Como o valor do trabalho é obtido pela força e pelo deslocamento e como o K é obtido dessa maneira, a proporção de incerteza de trabalho é a mesma que a do Coeficiente elástico. = 1/100 √(( 0,01 * 100 / 0,96)² + (0,5 * 100 / 52) ²) = 0,0154 J Portanto, Keq= 18,4820 ± 0,0154N/m W = 1,0889 ± 0,0154J 21 6.3 Três molas em paralelo Inicialmente, após ser montado um arranjo com três mola helicoidais em paralelo ao painel, mediu-se, sucessivamente, a distensão (d) da mola causada por cada um dos grupos de massas acopláveis. Os resultados encontrados foram expostos juntamente com a força peso (F) de cada grupo de massas, medida através do dinamômetro, na seguinte tabela: Grupos de peças metálicas [F±δ](N) [d ±δ] (mm) 1 0,2 ± 0,01 5 ± 0,5 mm 2 0,4 ± 0,01 10 ± 0,5 mm 3 0,48 ± 0,01 10 ± 0,5 mm 4 0,7 ± 0,01 14 ± 0,5 mm 5 0,96 ± 0,01 19 ± 0,5 mm Tabela 4 - Arranjo com 3 molas em paralelo. A partir dos mesmos dados, gerou-se, com auxílio de um software, um gráfico da força em função do deslocamento causado pelas massas: Gráfico 2 - Molas em paralelo. 22 A reta y = 51,295x + 0,0392 obtida através do gráfico, representa uma regressão linear, a qual constitui-se em uma tentativa de estabelecer a melhor reta que descreva o relacionamento entre duas variáveis, nesse caso, entre força e deslocamento. Sabendo que, segundo a Lei de Hooke, F (força elástica ) = k ( constante) * d (deslocamento) e que isso equivale a equação reduzida da reta, ou seja, a y = ax + b, pode-se afirmar que b não foi considerado por apresentar um valor muito próximo de zero e que a constante k da mola é representada pelo coeficiente a da equação da reta, portanto, nesse caso, k é igual a 51,295 N/m. Posteriormente, o k teórico ( Kr) do sistema de molas em paralelo foi calculado, tomando que Kr é a soma das constantes elásticas das três molas (K1, K2, K3) e substituindo o Kr do sistema de uma única mola nessas constantes. Logo, Kr = K1 + K2 + K3 Kr = 18,4 + 18,4 + 18,4 = 55,2 N/m. Dessa forma, pode-se afirmar que o valor teórico de 55,2 N/m se aproxima em 92,93 % do valor experimental de 51,295 N/m e que a diferença desses valores provém das forças dissipativas - as forças que transformam a energia mecânica em outras formas de energia - que agem no sistema elástico, como, por exemplo, a força de atrito. Por meio do mesmo gráfico, calculou-se o trabalho (W) realizado na mola pela maior massa utilizada através da integral da função f(x) = 51,295x + 0,0392. W = ∫ 51,295x + 0,0392 dx 0,019 0 W = 10259𝑥 200 + 49 1000 = 0,97 + 0,0392 = 1,0092 J Como o valor do trabalho é obtido pela força e pelo deslocamento e como o K é obtido dessa maneira, a proporção de incerteza de trabalho é a mesma que a do Coeficiente elástico. = 1/100 √(( 0,01 * 100 / 0,96)² + (0,5 * 100 / 19) ²) = 0,0285 J Portanto, Keq= 51,2950 ± 0,0285 N/m W = 1,0092 ± 0,0285 J 23 6.4 Duas molas em série Inicialmente, após ser montado um arranjo com duas molas helicoidais em série ao painel, mediu-se, sucessivamente, a distensão (d) da mola causada por cada um dos grupos de massas acopláveis. Os resultados encontrados foram expostos juntamente com a força peso (F) de cada grupo de massas, medida através do dinamômetro, na seguinte tabela: Grupos de peças metálicas [F±δ](N) [d ±δ] (mm) 1 0,2 ± 0,01 24 ± 0,5 mm 2 0,4 ± 0,01 49 ± 0,5 mm 3 0,48 ± 0,01 54 ± 0,5 mm 4 0,7 ± 0,01 80 ± 0,5 mm 5 0,96 ± 0,01 112 ± 0,5 mm Tabela 5 - Arranjo com 2 molas em série. A partir dos mesmos dados, gerou-se, com auxílio de um software, um gráfico da força em função do deslocamento causado pelas massas: Gráfico 3 - Molas em série. 24 A reta y = 8,6536x + 0,0034 obtida através do gráfico, representa uma regressão linear, a qual constitui-se em uma tentativa de estabelecer a melhor reta que descreva o relacionamento entre duas variáveis, nesse caso, entre força e deslocamento. Sabendo que, segundo a Lei de Hooke, F (força elástica ) = k ( constante) * d (deslocamento) e que isso equivale a equação reduzida da reta, ou seja, a y = ax + b, pode-se afirmar que b não foi considerado por apresentar um valor muito próximo de zero e que a constante k da mola é representada pelo coeficiente a da equação da reta, portanto, nesse caso, k é igual a 8,6536 N/m. Posteriormente, o k teórico ( Kr) do sistema de molas em paralelo foi calculado, tomando que Kr é a soma das constantes elásticasdas duas molas(K1, K2) e substituindo o Kr do sistema de uma única mola nessas constantes. Logo, 1/Kr = 1/K1 + 1/K2 1/Kr = 1/18,4 + 1/18,4 = 9,2 N/m Dessa forma, pode-se afirmar que o valor teórico de 9,2 N/m se aproxima em 94,05 % do valor experimental de 8,653 N/m e que a diferença desses valores provém das forças dissipativas - as forças que transformam a energia mecânica em outras formas de energia - que agem no sistema elástico, como, por exemplo, a força de atrito. Por meio do mesmo gráfico, calculou-se o trabalho (W) realizado na mola pela maior massa utilizada através da integral da função f(x) = 8,6536x + 0,0034. W = ∫ 8,6536x + 0,0034 dx 0,112 0 W = 10817𝑥 1250 + 17 500 = 0,969 + 0,034 = 1,003 J Como o valor do trabalho é obtido pela força e pelo deslocamento e como o K é obtido dessa maneira, a proporção de incerteza de trabalho é a mesma que a do Coeficiente elástico. = 1/100 √(( 0,01 * 100 / 0,96)² + (0,5 * 100 / 112)² ) = 0,0123 J Portanto, Keq= 8,6536 ± 0,0123 N/m W = 1,0003 ± 0,0123 J 25 6.5 Estudo dos gráficos Nos três gráficos foi considerado o ponto 0,0 pois este é o ponto de calibração do conjunto para medição, portanto um ponto válido. Por meio dos coeficientes angulares das retas, foram encontrados os valores de K (constante de elasticidade). Os valores foram colocados na tabela abaixo para análise. Arranjo de molas K (N/m) Uma mola 18,482 Três molas em paralelo 51,295 Duas molas em série 8,6536 Tabela 6 - Valores de K. Como pode ser observado, embora a constante de cada mola não varie, a sua associação apresenta um valor resultante dessa combinação, sendo assim é possível verificar valores distintos. O valor de K em uma mola ficou entre os valores de K em série e em paralelo. Isso ocorre pois em série os deslocamentos aumentam para a mesma força, gerando uma constante de elasticidade com o valor menor, sendo assim, a mola sofre uma maior elongação. Ao contrário é observado para as molas que estão em paralelo, uma vez que as forças são distribuídas entre elas. Com a análise dos gráficos, visualizou-se um erro no ponto 2 do gráfico “Molas em paralelo”, visto que a linha de tendência se encontra para além de sua margem de erro. A partir disso, foi verificado a leitura de deslocamentos iguais para pesos diferentes. Este comportamento é característico de um erro sistemático de paralaxe, ou seja, um aparente deslocamento do objeto em análise causado por uma mudança no posicionamento do observador. Tal divergência não foi notada na execução da atividade, e, devido a isso, propagou-se para os resultados. Caso retire-se o ponto dois do conjunto de dados, é possível observar uma melhora na correlação -medida do ajuste da reta aos pontos, valor dado entre 0 e 1- dos pontos com a linha de tendência. Gráfico 4 - Molas em paralelo corrigido. 26 7 CONCLUSÃO Portanto, o objetivo da prática foi alcançado, uma vez que o resultados obtidos foram condizentes com as equações definidas por Robert Hooke há mais de duzentos anos. Foi observado que a constante elástica sofre alterações de acordo com os arranjos das molas, verificando que a constante elástica (K) das molas em paralelo (51,295 N/m) possui um valor maior que das molas em série (8,6536 N/m), sendo assim demonstra que o arranjo em paralelo dispõe de uma maior rigidez. Além disso, notou-se que o valor da massa prática do Grupo 4 foi o que mais se aproximou do valor da massa teórica, diferenciando-se em apenas 0,91%. Vale ressaltar que, apesar da diferença dos outros valores serem maiores, todos estão em uma média de 95,69% de aproximação com o valor teórico. A constante de mola k definida por Hooke foi encontrada – por meio de regressão linear e uso da segunda lei da mecânica clássica – e tem seu valor determinado em módulo durante as três fases do experimento; associações entre molas, foram também estudadas e suas relações matemáticas verificadas neste experimento. Observou-se que o valor do K prático em relação ao teórico obteve melhor resultado nas molas em série, diferenciando-se em apenas 5,95%. Uma vantagem do experimento é a simplicidade com que ele é construído. E a possibilidade de, também, ser explorado na aprendizagem de conceitos matemáticos, como proporção e gráfico de função linear, por exemplo. É importante destacar que os pesos utilizados na mola devem ser definidos com cuidado, pois para obedecer a lei de Hooke a elongação da mola deve variar em um determinado intervalo de valores. Caso contrário, a mola pode sofrer uma deformação permanente. 27 8 REFERÊNCIAS o TIPLER, Paul A; Física para cientistas e engenheiros - Vol.1, 6ª ed., Livros Técnicos e Científicos. o E- Física. Resumo de fórmulas para propagação de incerteza. Disponível em: <http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/incertezas/formulas/> Acesso em: 8 de Abril de 2019 o Só Física. Trabalho Disponível em: <https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/trabalho.php> Acesso em: 31 de Março de 2019 o CAVALCANTI, Eduardo. Lei de Hooke. Disponível em: <https://engenharia360.com/lei-de-hooke/>. Acesso em 10 de Abril de 2019
Compartilhar