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Estrutura de armazenamento e terminais - Tema 3 - Planejamento de layout de armazéns e terminais

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DESCRIÇÃO
A utilização da armazenagem como estratégia competitiva das empresas.
PROPÓSITO
Compreender o funcionamento do sistema de armazenagem de produtos pelas empresas, suas
subdivisões e como esse artifício pode ser usado em favor da estratégia competitiva frente à
concorrência.
PREPARAÇÃO
É importante que, ao iniciar os estudos, você esteja conectado à internet, de modo que dúvidas
acerca de determinadas expressões utilizadas no cotidiano dos profissionais de logística sejam
facilmente dirimidas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir tecnicamente as condições adequadas para o correto acondicionamento dos produtos no
armazém
MÓDULO 2
Distinguir espaços que sejam eficientes para as operações desempenhadas nas instalações de
armazenagem
MÓDULO 3
Calcular os espaços de acesso ao armazém, de modo a permitir maior eficiência nas operações,
bem como a segurança e a satisfação dos colaboradores
INTRODUÇÃO
Neste tema, estudaremos como uma empresa deve utilizar a armazenagem de maneira ótima
para que esse planejamento funcione como uma estratégia competitiva.
Não existe uma receita de arranjo físico ótimo para todas as empresas. O arranjo depende da
relação da organização com seu mercado consumidor e dos tipos de produtos que são estocados
e movimentados no armazém.
O tema é dividido em três módulos. No primeiro, estudaremos quais são as condições apropriadas
para um bom arranjo dos produtos dentro de um armazém. No segundo, calcularemos os espaços
eficientes para as operações desempenhadas nas instalações de armazenagem. No terceiro e
último módulo, dimensionaremos os espaços de ingresso aos armazéns para que haja eficiência
nas operações, segurança e satisfação dos colaboradores.
MÓDULO 1
 Definir tecnicamente as condições adequadas para o correto acondicionamento dos
produtos no armazém
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
PRINCÍPIOS PARA A PREPARAÇÃO DE UM
BOM LAYOUT
Layout, ou arranjo físico de um armazém, é a maneira como homens, máquinas e materiais estão
dispostos dentro de um armazém.
Por meio da análise de diversos fatores de produção e de métodos de trabalho que incluam os
princípios básicos de layout pode-se chegar a um arranjo ótimo.
Durante a elaboração do layout, algumas considerações práticas devem ser feitas inicialmente,
como planejar as atividades de forma sistêmica e depois de forma detalhada, bem como planejar o
ideal e depois o prático. Desse modo, uma vez identificado o local onde será estudada a
implantação da facilidade, inicia-se o layout com uma visão global, que, posteriormente, deverá
ser detalhada de forma mais precisa.
 ATENÇÃO
Ressalta-se que, após a implantação do layout, este deverá ser reformulado ou redimensionado
sempre que for necessário, seguindo-se as recomendações anteriores.
Para as atividades de elaboração do layout, várias considerações devem ser levadas em conta, de
modo que o resultado seja o mais eficiente possível. Para tanto, profissionais experientes deverão
ser incluídos no planejamento e execução da formulação do layout, como forma de se evitar
retrabalhos, erros por inexperiência e outros percalços que poderiam comprometer a eficiência das
atividades e prazos a serem cumpridos.
Um dos primeiros itens a ser determinado para a elaboração de um layout é a quantidade que
será armazenada, uma vez que esta informação será importante para o cálculo do número de
equipamentos, máquinas, área de estocagem, dimensionamento de equipe e outros.
Ressalta-se que, com o número de máquinas determinado, pode-se estabelecer o tipo de layout
considerando-se quais serão os processos e tipos de equipamentos e maquinário a ser utilizado.
Essas informações também serão importantes caso a edificação ainda esteja na fase de
planejamento para posterior construção, uma vez que poderá adequar-se às necessidades
operacionais das atividades outrora planejadas.
 ATENÇÃO
Salientamos que a elaboração do layout de um armazém é uma atividade multidisciplinar, que
envolve várias áreas da empresa. Por isso, é importante utilizar a experiência de todos os
participantes na elaboração, na verificação e nas possíveis determinações de soluções
necessárias. Isso também é importante, uma vez que poderá facilitar que o layout proposto agrade
aos diversos interesses operacionais dos departamentos da empresa.
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
CONSIDERAÇÕES BÁSICAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DE UM LAYOUT
A atividade básica dos serviços de armazenagem compreende algumas funções cujo
conhecimento prévio é fundamental para o desenvolvimento de um layout adequado e eficiente. A
saber:
DESCARGA, CONFERÊNCIA E RECEBIMENTO
MARCAÇÃO
SEPARAÇÃO, SEGREGAÇÃO E ENDEREÇAMENTO
ARMAZENAGEM PROPRIAMENTE DITA
REGISTROS E CONTROLE
PREPARAÇÃO DE PEDIDOS
ENTREGA
SERVIÇOS ACESSÓRIOS
DESCARGA, CONFERÊNCIA E RECEBIMENTO
retirada das mercadorias a serem armazenadas do veículo transportador, conferência das
mercadorias e documentação.
MARCAÇÃO
marcação dos volumes recebidos, identificando-se o lote, a data do recebimento, o destino da
mercadoria, o local onde será armazenada, a identificação de cargas perigosas etc.
SEPARAÇÃO, SEGREGAÇÃO E ENDEREÇAMENTO
separação dos volumes conforme a natureza dos produtos e as exigências de diferentes tipos de
armazenagem. Ex.: cargas perigosas, frigorificadas, cargas vivas etc.
ARMAZENAGEM PROPRIAMENTE DITA
adequada transferência dos volumes desde o recebimento até o local onde serão armazenados.
REGISTROS E CONTROLE
sequência de registros manuais, mecânicos ou eletrônicos que relatem o histórico de ocorrências
de cada lote de mercadorias, desde o seu recebimento até a entrega ao cliente.
PREPARAÇÃO DE PEDIDOS
montagem dos pedidos, requisitando-se materiais dos locais de armazenagem de acordo com a
seleção dos clientes. Envolve o empacotamento do pedido montado e envio para o local de
entrega.
ENTREGA
conferência de documentação de retirada, identificação do lote no armazém, transferência do setor
de armazenagem para o local da entrega, arquivamento de documentos etc.
SERVIÇOS ACESSÓRIOS
serviços prestados pelos armazéns além daqueles que abrangem atividade básica de
armazenagem, tais como: embalagem, montagem, limpeza, vigilância etc.
Um bom layout de armazém tem como objetivo principal facilitar a movimentação e a
armazenagem das mercadorias de forma segura e eficiente para que sejam posteriormente
encaminhadas aos pontos de venda ou mesmo aos seus clientes.
O layout deve ser pensado e projetado segundo características técnicas e operacionais que
beneficiem e priorizem a armazenagem adequada de cada produto, segundo suas necessidades,
fragilidades, segurança e outros itens que devem ser previamente estabelecidos
Basicamente, os objetivos específicos do layout se traduzem em redução de custo e maior
produtividade, que podem ser alcançados por meio de:
MELHOR UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL
os projetos deverão priorizar a utilização eficiente dos espaços para o armazenamento das
mercadorias e a racionalização da necessidade de espaços, uma vez que sua aquisição costuma
ser bastante onerosa, seja para aluguel ou construção.
REDUÇÃO DA NECESSIDADE DE MOVIMENTAÇÃO DE
MATERIAL E PESSOAL
quando se opta por planejar o layout adequado às necessidades da empresa, uma das prioridades
a ser estabelecida é a redução da necessidade de movimentação, visto que os custos inerentes às
atividades de movimentação podem ser bastante custosos e aumentam o risco de danos ou
perdas. Produtos que necessitam de movimentação constante sempre estão sujeitos a quedas,
abalroamentos e perdas, que podem ser traduzidas em grandes prejuízos para a organização. Por
outro lado, os custos inerentes à energia e manutenções associadas ao excesso de
movimentações de produtos também podem ser traduzidos em grandes prejuízos quando se
observam os equipamentos de movimentação de carga.
FLUXO MAIS RACIONAL DE MERCADORIAS
todo centro de distribuição ou armazém deve ser elaborado de forma que o fluxo de mercadoriasem seu interior seja feito da forma mais eficiente e inteligente possível. Essa preocupação, além
de reduzir os custos de movimentação, torna as atividades de disposição e recuperação de
produtos mais rápidas e eficientes. Assim, grandes perdas de tempo com fluxos inadequados de
mercadorias poderão ser evitadas e revertidas em ganhos de tempo — cruciais para os tempos de
entrega das mercadorias aos clientes. Fluxos de mercadorias mais racionais traduzem-se em
menor necessidade de viagens, redução de espaço físico para armazenagem e aumento da
movimentação de cargas no mesmo espaço.
MENOR TEMPO PARA O DESENVOLVIMENTO DOS
PROCESSOS
layouts projetados de forma eficiente e profissional contribuem para a redução do tempo das
atividades inerentes à armazenagem e ao fluxo de materiais dentro do armazém. Isso ocorre pelo
fato de que as diversas atividades desenvolvidas no interior de um armazém são complexas e
extremamente repetitivas. Desse modo, por tratarem-se de atividades que são processadas no dia
a dia de forma repetitiva, quaisquer pequenas ineficiências operacionais podem traduzir-se em
grandes prejuízos de tempo ao final de um grande período. Assim, recomenda-se que sejam feitas
medições e correções frequentes em todos os processos, de forma a se evitar que essas
pequenas ineficiências mencionadas sejam propagadas por grandes períodos de tempo.
MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
os layouts eficientes também têm como finalidade melhorar as condições de trabalho dos
colaboradores, de modo que eles sintam satisfação ao executar suas atividades de forma eficiente
e segura. Os projetos de layouts precisam levar em consideração questões relacionadas à
ergonomia do trabalho, fadiga e riscos de acidentes. Profissionais que compreendem esses
requisitos de planejamento precisam fazer parte da equipe que desenvolve o layout do armazém,
para que sejam priorizados itens e requisitos operacionais necessários aos cuidados e melhorias
das condições de trabalho dos funcionários.
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
PRINCÍPIOS DA BOA ARMAZENAGEM
Os princípios de uma boa armazenagem devem estar alinhados com os objetivos principais dessa
importante atividade para as empresas de produção e logística. Alguns critérios técnicos precisam
ser observados durante o desenvolvimento do layout de um armazém, de forma que torne-se cada
vez mais adequado às necessidades da empresa e eficiente, no que diz respeito ao
acondicionamento e à movimentação das cargas.
Um bom layout de armazém deve satisfazer a seis princípios básicos:
Integração: homens, materiais e máquinas precisam estar sempre bem integrados, de forma que
se priorizem a segurança operacional e a eficiência das atividades desenvolvidas no âmbito do
armazém.
Mínima distância: um bom layout deve ser aquele no qual o produto é movimentado o mínimo
possível. Deve-se priorizar apenas os movimentos indispensáveis, bem como procurar reduzir ao
mínimo a distância entre operações. Este quesito garantirá que as mercadorias sofram menos
riscos de danos e perdas, bem como a redução dos custos inerentes à movimentação excessiva.
Fluxo: as áreas de trabalho deverão ser arranjadas de forma a permitir o fluxo constante de
materiais, sem os inconvenientes de prolongadas esperas ou mesmo estocagem, recomendando-
se evitar os cruzamentos de materiais. Fluxo sem interrupções constantes de matérias garantem
redução de tempo, que, posteriormente, se refletirá nos prazos de entrega dos produtos aos
clientes.
Uso de espaço cúbico: devem ser utilizadas as três dimensões: LARGURA, COMPRIMENTO e
ALTURA. O planejamento do layout de um armazém deverá ser concebido de forma a ocupar todo
o espaço disponível da edificação, inclusive sua máxima altura.
Satisfação e segurança: os layouts não devem negligenciar a razão primeira da produção: O
HOMEM. Trabalhadores satisfeitos produzem melhor e os acidentes de trabalho devem ser
evitados. Pode-se observar na prática que os trabalhadores tendem a produzir mais e melhor
quando os layouts são projetados de forma adequada, priorizando a satisfação e a segurança dos
trabalhadores.
Flexibilidade: o arranjo deve ser flexível, de modo que se possam prever futuras modificações.
Nenhum layout deverá ser concebido de modo que não possa ser modificado posteriormente,
segundo as necessidades da empresa. Sabe-se que o mercado passa por constantes mudanças
na demanda pelos produtos aos clientes e, portanto, eventualmente podem ser necessárias
mudanças internas no armazém. Essas mudanças vão desde alterações no fluxo dos materiais até
a disposição dos produtos e máquinas em seu interior.
INSTALAÇÕES BÁSICAS DE UM ARMAZÉM
Um bom armazém pode ser dividido em algumas partes básicas, que são necessárias ao
desenvolvimento de suas atividades de acondicionamento e movimentação, conforme descrito em
projeto.
As instalações de um armazém podem ser divididas em três partes:
 
Siwakorn1933/shutterstock
Área externa
Portaria, balança, área de circulação de veículos, estacionamento. O correto dimensionamento da
área externa garante que as atividades desempenhadas nesse local sejam executadas de forma
eficiente e segura.
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fizkes/shutterstock
Área de serviço
Aquela destinada aos escritórios, recebimento, conferência, inspeção, expedição, copa, vestiários
e sanitários. Nessa área, devem ser observados os quesitos relacionados à ergonomia do
trabalho, bem como deve ser equipada com os equipamentos necessários para o desenvolvimento
das tarefas pertinentes.
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industryviews/shutterstock
Área de estocagem
Aquela destinada à localização dos materiais a serem estocados, bem como à circulação e acesso
às zonas de estocagem. Pode-se observar que essa área deverá ser a mais importante do
armazém, uma vez que nesse espaço será desenvolvida a atividade principal da edificação. Essa
área é composta por: Circulação, Acessos e Zonas de estocagem.
CIRCULAÇÃO
Espaço destinado ao trânsito de equipamentos e pessoas no armazém. Deverão ser
tomados os devidos cuidados durante o processo de dimensionamento desses passos de
circulação de modo a observar a eficiência da circulação de equipamentos, bem como a
segurança dos trabalhadores que por aí irão transitar.
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
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ACESSOS
Espaços localizados junto aos equipamentos de estocagem, que permitam acesso eficiente
e seguro às cargas ali colocadas. As principais tarefas de acondicionamento e recuperação
de produtos utilizarão esses espaços para trafegar com o maquinário deslocando os
produtos. Assim, acredita-se que um bom planejamento e dimensionamento desses acessos
deverá ser concebido de modo a desenvolver as atividades da forma mais eficiente e segura
possível.
ZONAS DE ESTOCAGEM
Espaços destinados à estocagem propriamente dita dos materiais. Esses espaços serão
destinados ao acondicionamento das mercadorias propriamente ditas, ou seja, serão os
locais destinados à acomodação dos produtos até que sejam requisitados para
encaminhamento aos pontos de venda ou aos clientes finais. Esses espaços precisam ser
cuidadosamente escolhidos de forma a atender às necessidades de cada produto enquanto
permanecerem guardados, bem como devem atender também às necessidades
operacionais das atividades de movimentação de cargas.
PRINCÍPIOS PARA A PREPARAÇÃO DE UM BOM
LAYOUT
Neste vídeo, abordaremos os principais pontos que permitem que um layout de armazenagem
bem elaborado e seguindo os critérios técnicos possa contribuir para o diferencial competitivo da
logística empresarial.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM
BOM LAYOUT PARA ARMAZENAGEM DE PRODUTOS ESTÁ A
FLEXIBILIDADE PARA FUTURAS MUDANÇAS. DENTRE OS MOTIVOS PARA
QUE HAJA TAL FLEXIBILIDADE, TEM-SE:
A) Eventualmente, o mercado pode passar por mudanças nas demandas pelos produtos e,
portanto, o layout do armazém poderá sofrer alterações.B) A flexibilidade deve-se ao fato de que é quase impossível organizar tantos produtos dentro de
um armazém.
C) As constantes mudanças no layout do armazém favorecem a localização dos produtos por
parte dos colaboradores.
D) A maior integração entre homens materiais e máquinas é impossibilitada pelas alterações
constantes no layout.
E) As mudanças constantes no layout garantem que o fluxo de produtos dentro do armazém seja
efetuado de forma mais constante.
2. SABE-SE QUE A ÁREA DE ESTOCAGEM É UM DOS ESPAÇOS MAIS
IMPORTANTES DO ARMAZÉM, UMA VEZ QUE OS MATERIAIS DESTINADOS
À ESTOCAGEM DEVERÃO FICAR NESSE LOCAL. PARA QUE A ATIVIDADE
DE ESTOCAGEM SEJA DESEMPENHADA DE FORMA SATISFATÓRIA, ESSA
ÁREA DEVERÁ SER COMPOSTA POR:
A) Área externa, área de serviço e escritório.
B) Área de serviço, expedição e conferência.
C) Portaria, balança e área externa.
D) Circulação, acessos, zonas de estocagem.
E) Inspeção, conferência e circulação.
GABARITO
1. Dentre os princípios básicos para o desenvolvimento de um bom layout para
armazenagem de produtos está a flexibilidade para futuras mudanças. Dentre os motivos
para que haja tal flexibilidade, tem-se:
A alternativa "A " está correta.
 
Quando se opta por utilizar a armazenagem de produtos, deve-se levar em conta as frequentes
mudanças mercadológicas em relação à demanda. Eventualmente, um produto que é adquirido
em grande quantidade nos dias de hoje pode não ser tão demandado no futuro. Portanto, é
necessário que o layout de um armazém seja flexível a ponto de ser alterado para permitir
alterações em sua disposição de produtos e locais específicos de acondicionamento.
2. Sabe-se que a área de estocagem é um dos espaços mais importantes do armazém, uma
vez que os materiais destinados à estocagem deverão ficar nesse local. Para que a
atividade de estocagem seja desempenhada de forma satisfatória, essa área deverá ser
composta por:
A alternativa "D " está correta.
 
Uma boa área de estocagem deverá ser composta por área de circulação, que permita o trânsito
dos equipamentos e pessoas; acessos localizados junto aos equipamentos de estocagem, de
modo a permitir que as cargas ali depositadas sejam facilmente recuperadas e zonas de
estocagem, que são os espaços destinados à estocagem dos produtos de forma organizada e
segura.
MÓDULO 2
 Distinguir espaços que sejam eficientes para as operações desempenhadas nas
instalações de armazenagem
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
FORMAS DE UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS
INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM
A utilização da armazenagem de forma eficiente pode ser traduzida em ganhos para as atividades
de acondicionamento e movimentação de cargas. Para que isso seja possível, algumas premissas
precisam ser observadas e seguidas, de modo que as operações se processem com precisão e
rapidez operacional.
Para melhor utilização das instalações de um armazém, alguns aspectos devem ser levados em
consideração. Entre eles:
ASPECTO 1
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
Atividades a serem realizadas no manuseio e na movimentação de materiais no armazém: é
necessário que sejam conhecidas todas as atividades que necessitam ser realizadas, de modo a
se evitarem ajustes de última hora ou mesmo informalidades nas operações. Esse conhecimento
prévio garantirá que todas as atividades serão desempenhadas de forma segura e eficiente,
evitando-se assim eventuais problemas ou percalços operacionais.
ASPECTO 2
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
Tipos e características dos materiais a serem armazenados (tamanho, volume, tipo de palete,
equipamento usado etc.): assim como mencionado anteriormente, todos os materiais a serem
armazenados precisam ser devidamente catalogados, de modo que todas as suas características
sejam conhecidas antes de chegarem ao armazém para acomodação. Isto também garantirá
informalidades operacionais de última hora, que poderão gerar prejuízos inesperados.
ASPECTO 3
 
Fonte: Siwakorn1933/Shutterstock
Considerações acerca das características físicas do armazém, tais como:
A razão entre a largura do corredor e o tamanho do palete: é necessário manter
proporcionalidade técnica entre essas dimensões, de modo que a movimentação dos paletes
nos corredores seja efetuada de forma eficiente, segura e rápida.
Espaçamento do palete nos porta-paletes: esse espaçamento torna-se necessário para
evitar que os paletes fiquem muito justos (apertados) nos equipamentos porta-paletes. A
acomodação nesses equipamentos deverá ser feita de forma correta e com espaços
predeterminados tecnicamente, de forma que os paletes possam ser colocados e retirados
com facilidade e sem risco de abalroamentos ou quedas.
Espaçamento entre dois paletes: do mesmo modo, o espaço entre dois paletes deverá
obedecer a critérios técnicos relacionados à movimentação, sem o risco de um atrapalhar o
outro em seus locais de acondicionamento.
Espaçamento das colunas: as colunas de paletes deverão ser devidamente localizadas de
modo a permitir espaços adequados entre elas. Esses espaços têm por finalidade permitir a
movimentação de equipamentos necessários ao deslocamento de outros paletes, bem como
garantir que a movimentação se processe de forma eficiente, segura e rápida.
Forma e tamanho do prédio: a edificação deverá ser corretamente dimensionada com vistas
a atender às necessidades operacionais pertinentes à atividade de armazenagem dos
produtos. Caso a edificação seja construída a partir do zero, será mais fácil adequar a
edificação às necessidades operacionais de armazenagem. No entanto, caso a edificação
seja adquirida ou alugada, eventuais ajustes ou modificações estruturais poderão ser
necessários para que seja possível que o espaço se adeque às necessidades operacionais.
 
Fonte: industryviews/Shutterstock
ORGANIZAÇÃO POR ATIVIDADES
Uma forma de organizar o layout de um armazém é dividi-lo conforme os serviços a serem
realizados no processo de armazenagem. Esse critério de organização é bastante utilizado pelas
empresas e mostra-se bastante eficiente, uma vez que baseia-se nas operações que serão
efetivamente realizadas no interior do armazém. Sabe-se que as atividades pertinentes a
movimentação e acondicionamento de cargas podem ser extremamente detalhadas e numerosas,
necessitando de diversos tipos de equipamentos, locais, pessoal e maquinário.
Portanto, deverá ser realizado um minucioso estudo que detalhe de forma precisa todas as
atividades a serem desenvolvidas durante o processo de armazenagem.
 ATENÇÃO
Salienta-se, mais uma vez, que um layout bem organizado pode resultar em consideráveis ganhos
econômicos para a empresa, com consequente economia de recursos. Esses ganhos poderão ser
posteriormente repassados aos clientes em forma de produtos com preços reduzidos, o que
naturalmente poderá contribuir para maior satisfação do cliente e aumento de sua fidelização.
 
Fonte: wavebreakmedia/Shutterstock
DISPOSIÇÃO DOS MATERIAIS NO ARMAZÉM
O que se procura aqui é equilíbrio entre custos de manuseio de materiais e utilização do espaço
do armazém, sem esquecer de satisfazer certas restrições de localização de mercadorias, tais
como segurança contra incêndio e compatibilidade entre os produtos. A disposição dos produtos
no armazém pode ser baseada em quatro critérios básicos:
 
Fonte: Trong Nguyen/Shutterstock
COMPLEMENTARIDADE
neste quesito, itens que são geralmente requisitados juntos devem ficar armazenados em locais
próximos. Ex.: tintas e pincéis, lâminas de barbear e creme de barbear, canetas e lápis etc. Na
maioria das vezes observa-se que esses itens são movimentados conjuntamente com seus
complementares, o que facilita bastante a recuperação desses produtos, caso estejam
armazenados em locais próximos. Sabe-se que qualquer ganho de tempo na movimentação de
mercadorias é muito bem-vindo quando se movimentam milhares de mercadorias diariamente.
Portanto, esse artifício pode ser bastante útil para economia de tempo de movimentação.
 
Fonte:Trong Nguyen/Shutterstock
COMPATIBILIDADE:
itens que não podem ser colocados próximos a outros. Ex.: produtos químicos e alimentos,
gasolina com fósforos etc. Existem produtos que, devido à sua natureza intrínseca, não podem ser
acondicionados nos mesmos locais que outros devido a riscos de contaminação, incêndio,
explosões e outros tipos de problemas de ordem técnica. Portanto, esses produtos deverão ser
identificados previamente e acondicionados em locais adequados e distintos daqueles onde serão
armazenados outros que não possuem afinidade com os primeiros pontos.
Essas duas decisões devem ser tomadas antes mesmo de se levar em consideração os custos
referentes à utilização do espaço e da movimentação dentro do armazém. Uma vez que essas
questões sejam consideradas, passa-se para os outros dois critérios. Portanto, essas primeiras
questões funcionarão como balizadoras para as próximas e deverão ser cuidadosamente
analisadas de forma a se tomar a melhor decisão.
 
Fonte: ESB Professional/shutterstock
Popularidade
produtos têm taxas de rotatividade diferentes em um armazém. Itens com alta rotatividade são
chamados itens populares e devem ficar localizados, sempre que possível, próximos às áreas de
saída, para se evitarem longas viagens dentro do armazém. A decisão sobre a localização dos
produtos deve ser cuidadosamente tomada seguindo-se esse critério de rotatividade quando se
trata de movimentação das mercadorias. O critério de rotatividade é apenas um dos vários
critérios que podem ser utilizados, porém sua consideração incide diretamente na redução de
movimentações desnecessárias para a busca de produtos que, supostamente, estariam no fundo
do armazém, quando, na verdade, deveriam estar próximos à entrada, devido a sua grande
frequência de vendas.
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Africa Studio/shutterstock
Tamanho e Peso
verificar somente a popularidade do item pode deixar de lado uma característica importante da
carga, o seu tamanho e peso. Colocar itens pequenos e leves distantes da área de saída pode
levar a longas viagens que não utilizarão toda a capacidade do equipamento de movimentação.
Portanto, a utilização de equipamentos de movimentação de carga deve ser feita de forma técnica
e eficiente, evitando-se ao máximo movimentação a longas distâncias de produtos de baixo peso.
Uma prática bastante utilizada é dividir o depósito em seções. Essa prática deve ser levada em
consideração de forma a organizar a disposição dos materiais e aumentar a eficiência da
movimentação dos produtos. Alguns tipos mais comuns de layout:
PRODUTOS COM BAIXA ROTATIVIDADE (GIRO):
PRODUTOS COM ALTA ROTATIVIDADE:
PRODUTOS COM ROTATIVIDADES DIFERENTES:
PRODUTOS COM BAIXA ROTATIVIDADE (GIRO):
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nesse caso, os pontos de armazenagem são largos e com grande profundidade, o que permite
que o empilhamento de mercadorias possa ser tão alto quanto permitir o pé-direito da edificação
ou a estabilidade da pilha. Entretanto, os corredores são estreitos. Ressalta-se que, nesse tipo de
projeto, além do tempo maior de permanência dos materiais em estoque, os pedidos são
coletados diretamente a partir de locais de armazenagem. Pelo fato desses produtos terem baixa
rotatividade, a movimentação das cargas não será desempenhada com alta frequência ou com
grande rapidez. Por tal motivo, deve-se priorizar o espaço de armazenagem em detrimento aos
espaços de acesso e tráfego de equipamentos.
PRODUTOS COM ALTA ROTATIVIDADE:
neste caso, o espaço físico é utilizado para acomodar produtos que não permanecem muito tempo
em estoque e, portanto, o custo do manuseio será mais importante do que o custo da área de
armazenagem. De modo a minimizar tempo e esforço no manuseio (equipamentos e mão de
obra), os produtos devem ser colocados em locais ou divisões de armazenagem de baixa altura e
pouca profundidade. À diferença dos produtos explicados anteriormente, deve-se reduzir os
empecilhos para a movimentação de carga, uma vez que esta será desempenhada de forma ágil e
frequente. Portanto, a recuperação dos produtos deverá ser feita da forma mais rápida possível,
de modo a se priorizar a velocidade das entregas.
PRODUTOS COM ROTATIVIDADES DIFERENTES:
neste caso, podem existir produtos com alta e baixa rotatividade no mesmo armazém. Por isso, o
armazém deve ser dividido em área de armazenagem longa e área de montagem de pedidos.
Mercadorias recebidas são geralmente encaminhadas aos locais ou divisões de armazenagem
longa ou reserva, que são, geralmente, divisões altas e profundas. Ao mesmo tempo, uma área de
divisões baixas e estreitas é montada em algum ponto do depósito para a montagem dos pedidos,
usualmente perto das docas de expedição, sendo chamada área de montagem de pedidos.
Quando as atividades de montagem de pedidos consomem o estoque ali disponível,
ressuprimentos são retirados da área de armazenagem longa ou reserva e encaminhados para a
área de montagem de pedidos.
A Figura 1 a seguir apresenta o layout para produtos com rotatividades diferentes:
 
Fonte: Autor
 Figura 1 - Organização do layout por atividades
LEGENDA:
Doca de carga e descarga.
Rampa de acesso de equipamentos de porte médio.
Escritório no piso superior.
Balcão auxiliar à conferência de materiais recebidos.
Espaços destinados a compartimentos frios, secos e estufa.
Estante de aço simples.
Corredores destinados à circulação (ruas e travessas).
Prateleira de madeira reforçada.
Estante de aço, dupla.
Quadra (demarcada no solo).
Sala de controle de estoque.
A Figura 2 demonstra o layout genérico de um armazém com suas diversas subdivisões e
nomenclaturas apropriadas a cada uma delas. Salienta-se que esse tipo de armazém é um dos
mais utilizados pelas empresas devido à sua flexibilidade operacional para a movimentação de
cargas distintas, com relativa rapidez e segurança operacional.
 
Fonte: Autor
 Figura 2 – Layout genérico de um armazém
ASPECTOS FÍSICOS
Dois aspectos são essenciais e devem ser previamente conhecidos. São eles:
 
Fonte: Narin Nonthamand /Shutterstock
DIMENSÕES
Medidas internas e pé-direito (altura) do armazém. Esses dados são imprescindíveis para a
determinação da área total do armazém e da capacidade volumétrica.
 
Fonte: everything possible /Shutterstock
PLANTA
Informações constantes da planta baixa (vista superior) do prédio onde se identificam as divisões
do espaço, elementos estruturais da edificação (que não podem ser demolidos), instalações
elétricas, hidráulicas e sanitárias, pontos de iluminação, redes de combate a incêndio etc.
O layout operacional é o arranjo físico de uma área de armazenagem, levando-se em conta a
separação de pilhas de materiais, acesso a volumes, fluxos de tráfego de pessoas e
equipamentos de movimentação e manuseio. Para definir um layout de armazéns, deve-se levar
em conta:
Quantidade, medidas e localização das portas ou DOCAS (locais destinados ao embarque e
descarga de veículos). Essas informações são imprescindíveis para a correta acomodação e
estacionamento dos veículos para embarque ou desembarque de cargas de forma eficiente e
segura.
Disposição e largura das RUAS (corredores internos no sentido longitudinal do armazém — no
sentido frente-fundo ou vice-versa) e TRAVESSAS (corredores internos no sentido transversal do
armazém — sentido que cruza as RUAS). Essas informações estão diretamente ligadas à
eficiência da movimentação de carga no interior do armazém, uma vez que esses locais serão
utilizados para o tráfego de equipamentos utilizados no deslocamento das mercadorias.
Localização, medidas e capacidade volumétrica da PRAÇA (total das zonas de estocagem). Este
quesito é importante, pois denota as dimensões principais e capacidades do espaço de
armazenagem.
Localização, medidas e capacidade volumétrica das COXIAS (cada uma das zonas de
empilhamento na praça, descontados os corredores e espaços não disponíveis). Ou seja, aqui
estão descritos os espaços úteis para armazenagemefetiva de mercadorias.
Localização e capacidade volumétrica das áreas reservadas à guarda segura de mercadorias de
alto valor agregado (XADREZ). Esses locais são de extrema importância, uma vez que vão
guarnecer produtos de alto valor agregado, que deverão ser cuidadosamente movimentados e
acondicionados a fim de se evitarem quaisquer tipos de problemas com perdas ou danos.
Localização, dimensões, capacidade volumétrica e dispositivos de segurança das áreas
destinadas à segregação (separação) de mercadorias perigosas. O dimensionamento dessas
áreas é importantíssimo, uma vez que serão utilizadas para atividades de triagem, unitização,
preparação de pedidos e demais atividades relacionadas a produtos classificados como perigosos.
Devido às suas características, esses locais deverão ser especialmente projetados para que as
atividades neles desenvolvidas sejam realizadas com os critérios máximos de segurança e
salubridade.
Localização, dimensões e capacidade volumétrica das áreas destinadas à unitização e
desunitização de cargas paletizadas (ou conteinerizadas, ou submetidas a qualquer processo de
unitização). Nesses locais, ocorrerão importantes atividades e processos de separação e
aglutinação de mercadorias, que deverão ser preparadas para posterior encaminhamento ao
mercado consumidor.
Algumas observações importantes:
Os fluxos são os sentidos e as rotas a serem percorridos pelos equipamentos de movimentação
das mercadorias pelas áreas de armazenagem. Esses movimentos não devem ocorrer de forma
aleatória, mas devem ser previamente planejados, levando-se em conta alguns fatores relativos ao
processo em si, às características construtivas da área e ao local onde se encontram. Se por
algum erro de planejamento, os movimentos começarem a ocorrer de forma aleatória, as chances
de problemas relacionados a acidentes com equipamentos e consequente perda de produtos e
danos físicos aos trabalhadores aumentarão de forma exponencial.
As condições e a resistência estrutural do piso significam o limite máximo de peso que o piso pode
suportar, o nivelamento com relação ao prumo, a regularidade e estado da pavimentação e
condições do sistema de drenagem (eliminação da água de limpeza ou de chuvas). Esses
quesitos técnicos relacionados à engenharia civil deverão ser observados de forma cuidadosa
para que as atividades de acondicionamento e movimentação no armazém sejam desempenhadas
de forma segura e operacionalmente eficientes. Os limites de carga e capacidade operacional
sempre deverão ser respeitados, além de estabelecidos os coeficientes de segurança
devidamente calculados e obedecidos.
 
Fonte: Zivica Kerkez/Shutterstock
Algumas medidas que devem ser conhecidas:
CAPACIDADE ESTÁTICA
é o limite de cargas que o armazém pode receber simultaneamente. A capacidade é obtida
multiplicando-se a área do armazém pela resistência do piso. Ex.:
Área do piso: 120 m x 40 m = 4.800 m²
Resistência do piso: 10 toneladas / m²
Capacidade Estática = 4.800 m² x 10 toneladas/m² = 48.000 toneladas
PRAÇA ÚTIL
trata-se de um conjunto de espaços destinados à armazenagem. Lembre-se que praça útil não é a
área de piso. Devem ser descontadas as áreas exigidas pela segurança, áreas de acesso (portas),
ruas e travessas, áreas administrativas etc. Cuidado especial com as áreas de cruzamento de
ruas e travessas. É comum descontar áreas mais de uma vez quando não se observa esse
aspecto.
Algumas medidas podem ser tomadas imediatamente para aumentar o tamanho da praça útil,
como eliminar portas que não são essenciais e reduzir a largura dos corredores. Essas alterações
devem ser feitas de forma planejada, pois a eliminação de portas e redução de corredores pode
dificultar o acesso a materiais estocados e diminuir a produtividade do armazém.
Os equipamentos de movimentação possuem especificações para suas necessidades de espaço
para manobra. Alguns equipamentos, como empilhadeiras trilaterais, permitem corredores
estreitos devido a sua característica operacional.
ALTURA DE EMPILHAMENTO
a utilização eficaz do espaço vertical é decisiva na definição da capacidade de uma área de
armazenagem, sobretudo quando os espaços de armazenagem são pequenos. Nesse caso, os
empilhamentos devem ser feitos tão altos quanto possível, com o emprego de equipamentos que
possuam capacidade para elevar a carga.
É comum encontrarmos armazéns com o pé-direito muito mais alto do que a capacidade de
elevação de cargas dos equipamentos utilizados. Isso resultará em perda de espaço, que estará
sendo custeado em forma de aluguel ou investimentos em imóvel. Ou seja, se estará pagando por
um espaço não utilizado.
Conhecidas a praça útil e a altura de equipamento, pode-se chegar facilmente ao máximo volume
de armazenagem, bastando multiplicar as duas medidas já conhecidas. Por exemplo:
Praça útil: 2.800 m²
Altura de empilhamento: 4 m
Volume de armazenagem = 2.800 m² x 4 m = 11.200 m³
FATOR DE ESTIVA
o volume (capacidade volumétrica), calculado no item 3, não nos informa a quantidade de material
que pode ser armazenada, pois alguns materiais ocupam menos espaço do que outros, mesmo
com peso maior. Para saber essa medida, precisamos determinar uma medida que expresse a
relação existente entre o peso e o volume.
Desse modo, o fator de estiva é o espaço ocupado por uma tonelada de determinada mercadoria.
Esse espaço não é determinado somente pela carga em si, mas sua acomodação quando
empilhada, os espaços vazios entre agrupamentos de carga etc.
Uma carga com fator de estiva elevado ocupará um grande espaço no armazém. Por outro lado,
uma carga com fator de estiva baixo ocupará um pequeno espaço.
Os fabricantes informam, geralmente, o fator de estiva de seus produtos, inclusive quando já
embalados. No caso de armazenar vários materiais, é possível encontrar uma média (ponderada),
desde que se saiba com antecedência o espaço que cada material ocupa ou ocupará no
armazém. Por exemplo:
Mercadoria
Fator de
estiva
Espaço ocupado no armazém
(em %)
Fator de estiva ponderado 
(Fator de estiva x Espaço
ocupado)
Fardos 2,5 20% 50
Sacaria 2,2 30% 66
Caixaria 3,0 30% 90
Tambores 2,0 20% 40
Total 100% 246
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Pelo quadro, calculamos o fator de estiva:
Fator de estiva médio = 246/100 = 2,63 m³ / tonelada
Agora é possível saber a quantidade de materiais que o armazém comporta, bastando para tanto
dividir a capacidade volumétrica pelo fator de estiva (individual ou médio), como no exemplo a
seguir:
Volume de Armazenagem: 11.200 m³
Fator de estiva: 2,63 m³/tonelada
Capacidade real de armazenagem = 11.200 m³ ÷ 2,63 m³ / tonelada = 4.259 toneladas
Taxa de ocupação do armazém: é a determinação do quanto o armazém está realmente sendo
usado. Essa medida é obtida dividindo-se a quantidade de carga realmente armazenada pela
capacidade do armazém, multiplicada por 100 (para obtermos o resultado em percentual). Por
exemplo:
Peso da mercadoria armazenada efetivamente: 3.200 toneladas
Capacidade de armazenagem: 4.000 toneladas
Taxa de ocupação = (3.200 toneladas ÷ 4.000 toneladas) x 100 = 80%
FORMAS DE UTILIZAÇÃO EFICIENTE DAS
INSTALAÇÕES DE ARMAZENAGEM
Assista ao vídeo em que o especialista aborda as questões técnicas de cálculos e
dimensionamentos relacionadas ao projeto interno das instalações de armazenagem.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1.UMA DAS MANEIRAS DE INICIAR O PROJETO DE UM LAYOUT É DIVIDIR
O ESPAÇO A SER UTILIZADO PELA EDIFICAÇÃO EM ATIVIDADES QUE
SERÃO DESEMPENHADAS EM SEU INTERIOR. ESSE CRITÉRIO É
BASTANTE EXPLORADO PELAS EMPRESAS QUANDO PRECISAM
EXPANDIR SEUS NEGÓCIOS E, PORTANTO, AUMENTAR O NÚMERO DE
ARMAZÉNS. UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO DO
LAYOUT POR ATIVIDADES É:
A) Garantir que as operações não sejam impactadas pela economia do mercado.
B) Permitir que a empresa experimente ganhos econômicos com consequente economia de
recursos.
C) Atender a demanda dos trabalhadores quanto àsegurança das operações.
D) Desenvolver parcerias com os clientes finais para que eles possam opinar sobre o layout.
E) Reduzir a quantidade de produtos armazenados nas instalações da empresa.
2. OS PRODUTOS COM ALTA ROTATIVIDADE MERECEM GRANDE
ATENÇÃO POR PARTE DOS PROFISSIONAIS DE LOGÍSTICA QUE
TRABALHAM EM ARMAZÉNS, UMA VEZ QUE CONTRIBUEM
SUBSTANCIALMENTE PARA AS RECEITAS DA EMPRESA. ENTRETANTO,
ALGUNS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS DE FORMA ESTRATÉGICA
PARA QUE A ARMAZENAGEM SEJA A MAIS EFICIENTE POSSÍVEL,
RESPEITANDO-SE AS CARACTERÍSTICAS DE ROTATIVIDADE. UMA
ESTRATÉGIA QUE DEVE SER UTILIZADA É:
A) Utilizar corredores estreitos para priorizar os espaços de armazenagem.
B) Reduzir os espaços entre as estruturas de armazenagens e os paletes.
C) Utilizar espaços de armazenagem largos e com grande profundidade.
D) Utilizar empilhamento alto para aproveitar o pé-direito da edificação.
E) Colocar os produtos em locais ou divisões de armazenagem de baixa altura e pouca
profundidade.
GABARITO
1.Uma das maneiras de iniciar o projeto de um layout é dividir o espaço a ser utilizado pela
edificação em atividades que serão desempenhadas em seu interior. Esse critério é
bastante explorado pelas empresas quando precisam expandir seus negócios e, portanto,
aumentar o número de armazéns. Um dos principais objetivos da organização do layout por
atividades é:
A alternativa "B " está correta.
 
Uma das formas eficientes de iniciar o projeto de um layout de armazém é estruturá-lo de forma a
atender às atividades que serão desenvolvidas em seu interior, uma vez que, se forem respeitados
todos os requisitos de movimentação e acondicionamento, os processos poderão ser
desenvolvidos de maneira mais eficiente, o que resultará em ganhos econômicos e redução de
recursos para a empresa.
2. Os produtos com alta rotatividade merecem grande atenção por parte dos profissionais
de logística que trabalham em armazéns, uma vez que contribuem substancialmente para
as receitas da empresa. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados de forma
estratégica para que a armazenagem seja a mais eficiente possível, respeitando-se as
características de rotatividade. Uma estratégia que deve ser utilizada é:
A alternativa "E " está correta.
 
De modo a minimizar os esforços de manuseio, bem como o tempo despendido com essa
atividade, para os produtos com alta rotatividade, deve-se priorizar a armazenagem em locais ou
divisões de baixa altura e pouca profundidade, o que facilitará a recuperação desses produtos
para envio aos clientes de forma rápida.
MÓDULO 3
 Calcular os espaços de acesso ao armazém de modo a se permitir maior eficiência nas
operações, bem como a segurança e a satisfação dos colaboradores
 
Fonte: Ekkaluck Sangkla/Shutterstock
LAYOUT DAS ÁREAS EXTERNAS DE
RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO
Um primeiro ponto a ser analisado diz respeito às áreas de acostagem de veículos ou plataformas
de acostagem. Essas áreas deverão ser devidamente dimensionadas para permitir a correta e
segura acostagem do veículo para embarque e desembarque de mercadorias no armazém.
Há duas opções principais:
1
Posicionamento dos veículos perpendicularmente à plataforma;

2
Posicionamento dos veículos diagonalmente à plataforma.
Vejamos, com mais detalhes, cada opção:
POSICIONAMENTO DOS VEÍCULOS
PERPENDICULARMENTE À PLATAFORMA
Conhecida como acostagem a 90 graus, a plataforma, neste caso, forma uma linha reta e contínua
e a descarga é realizada pela traseira do veículo. Caminhões-baú, por exemplo, são
descarregados pela traseira.
Vejamos as características dessa primeira forma na Figura 3, a seguir:
 
Fonte: Autor
 Figura 3 – Esquema de acostagem a 90 graus
ÁREA DE ACOSTAGEM
A extensão mínima de cada posição de acostagem, que chamaremos de doca, é de 3,3 m.
Quando há grande movimento de veículos, essa largura torna-se ineficiente, com a operação
perdendo bastante tempo com manobras e esperas para manobrar. Para não prejudicar o
rendimento, a prática recomenda docas de 3,50 m de largura (dimensão “b”).
Dependendo do caso, os equipamentos utilizados para descarga dos caminhões, como
empilhadeiras, carrinhos, paletes etc., podem exigir que essa largura seja maior, podendo chegar,
por exemplo, a 5,0 m.
ESPAÇO DE MANOBRA DE VEÍCULOS
Outra dimensão que deve ser prevista é o espaço de manobra para os veículos. O mínimo
absoluto é 33,5 m, sendo que a recomendação é de que esse espaço não seja menor do que 35,0
m (dimensão “d”). O dimensionamento correto do espaço de manobra de veículos garante que
efetuem suas manobras de forma segura, precisa e rápida, garantindo, portanto, acostagem
rápida para o início das atividades de embarque e desembarque de mercadorias.
FAIXA DE DESCARGA
Deve-se também prever uma faixa operacional de descarga, por meio da qual as pessoas terão
acesso aos veículos quando as primeiras movimentações ocorrerem. Essa faixa deve ter
aproximadamente 5,0 m (dimensão “a”). Nesses locais, haverá grande movimentação de carga
por trabalhadores e maquinários e, portanto, seu correto dimensionamento garantirá eficiência na
movimentação e segurança à operação.
ÁREA DE ACUMULAÇÃO DE CARGA DOS VEÍCULOS
Após a faixa operacional de descarga, outra área deve ser prevista, a chamada área de
acumulação de carga retirada dos veículos. Nessa área, a mercadoria passará pela primeira
triagem para depois ser encaminhada ao local de armazenagem ou à plataforma de embarque, se
for o caso de um Transit Point ou um Cross Docking.
TRANSIT POINT
é uma estratégia de distribuição que permite o atendimento de diferentes clientes a partir de
um armazém avançado, onde é feita a consolidação dos materiais de um fornecedor e o
envio para os destinos locais.
CROSS DOCKING
é o nome dado a um tipo de sistema de distribuição que funciona assim: quando alguém
compra determinado produto em um site, ele é enviado a um centro de distribuição ou
armazém que, por meio de um sistema organizado de redistribuição, o envia para o cliente.
Essa faixa deve ter comprimento aproximadamente igual ao da carroceria do veículo típico que
será descarregado no armazém. Recomenda-se uma faixa de 12,0 m para esse fim (dimensão
javascript:void(0)
javascript:void(0)
“c”). Essas áreas deverão trabalhar com grandes quantidades de cargas recém-desembarcadas
do veículo. Devem ser observados os dimensionamentos mínimos que permitam que as
mercadorias não fiquem em espaços apertados, dificultando o tráfego de empilhadeiras ou outros
tipos de equipamentos similares. Caso esses espaços estejam dimensionados de forma
insuficiente, o risco de danos aos produtos e aos trabalhadores aumentará sobremaneira.
POSICIONAMENTO DOS VEÍCULOS
DIAGONALMENTE À PLATAFORMA, OU A 45
GRAUS
É a forma mais usada quando a descarga dos veículos é feita não somente pela parte traseira,
mas também pela lateral, conforme pode ser visto na Figura 4 a seguir:
 
Fonte: Autor
 Figura 4 – Esquema de acostagem a 45 graus
Área de acostagem - As dimensões são um pouco maiores que a da forma a 90 graus, passando
de 3,5 m para 4,4 m (dimensão “b”) e a plataforma exibe uma linha em dente de serra. Esse
aumento da dimensão deve-se à função da posição do veículo e de suas portas de saída de
carga.
Espaço de manobra de veículos - Nesse caso, é bem menor do que a forma a 90 graus, pois a
manobra é facilitada. Sugere-se uma área com dimensão de 25 m (dimensão “d”). Como os
veículos já se posicionam no ângulo favorável à saída em linha reta com pequena curvatura, não
há necessidade de um espaço de manobra de grandes dimensões.
Faixa de descarga - A mesma da forma a 90 graus (dimensão “a”). Nesse caso, a dimensão da
faixa de descarga será preservada em relação à acostagem de 90 graus, uma vez que o mesmo
espaço deverá ser necessário para o correto e seguro manuseio das mercadorias.
Área de acumulação de carga dos veículos - A mesma da forma a 90 graus (dimensão “c”).
Também nessa área, o espaço de acumulação da carga deverá seguir os mesmoscritérios
utilizados para a forma de acostagem em 90 graus, uma vez que, tecnicamente, será acumulada a
mesma quantidade de carga desembarcada do veículo.
CÁLCULO DAS ÁREAS DE ACOSTAGEM (EXTERNAS E
INTERNAS)
Definidas as dimensões de acostagem, de acordo com a forma definida (90 ou 45 graus), pode-se
calcular a área necessária para abrigar a faixa externa de manobra e a área coberta, destinada à
recepção.
Área do terreno – faixa externa
AT = N X (A + C + D) X B
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que N é igual ao número de docas necessárias.
Sugere-se:
Para 90 graus: 182 m2 para cada posição de acostagem (doca).
Para 45 graus: 184,8 m2 para cada doca, ou seja, 1,5% a mais.
Naturalmente, a área total deverá ser multiplicada pela quantidade de docas a ser considerada em
cada armazém. A quantidade de docas deverá ser dimensionada previamente seguindo-se as
características relacionadas à capacidade de movimentação desejada para esse armazém, bem
como a demanda prevista para o mercado consumidor que será abastecido pela empresa.
Área coberta – recepção
Essa área englobará as áreas de descarga e de acumulação, e o seu cálculo deverá ser o
seguinte:
AC = N X (A + C) X B
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que N é igual ao número de docas necessárias.
Sugere-se:
Para 90 graus: 59,5 m2 para cada posição de acostagem (doca).
Para 45 graus: 74,8 m2 para cada doca, ou seja, 26% a mais.
Assim como anteriormente, a área total deverá ser multiplicada pela quantidade de docas a ser
considerada em cada armazém.
 COMENTÁRIO
Deve-se ressaltar que, em termos de investimento, a segunda opção é a mais cara, porém as
condições operacionais são melhores.
 
Fonte: Halfpoint/Shutterstock
RECOMENDAÇÕES PARA AS ATIVIDADES
EXTERNAS
Vejamos agora algumas recomendações para o projeto das áreas de circulação e plataformas de
um terminal ou armazém.
PORTARIA
A portaria é o ponto de contato do terminal ou armazém com o ambiente externo. Quanto mais
portarias houver no terminal ou armazém, mais “aberto” ao ambiente externo seu terminal estará.
 
Monkey Business Images/shutterstock
Segundo Moura (1998), há diversos motivos para se utilizar somente uma portaria, tais como:
Centralização do controle de entradas e saídas do pessoal e de visitantes, bem como dos
veículos de carga;
Maior segurança devido à facilidade de controle de entrada e saída;
Diminuição do número de funcionários (porteiros) necessários.

 
Monkey Business Images/shutterstock
Porém, ainda segundo Moura (1998), há inconvenientes de uma só portaria:
Congestionamento de veículos nos horários de início e fim de expediente de trabalho;
Confusão entre veículos de passeio (visitantes e funcionários) e veículos de carga;
Confusão entre veículos entrando e saindo do terminal ou armazém.
 DICA
Uma boa sugestão, desde que seja possível suportar os custos de mão de obra e instalação de
equipamentos, é que haja uma portaria de entrada para veículos que chegam com a carga
unitizada dos fornecedores, uma portaria de saída para veículos que farão a distribuição aos
clientes e uma portaria para funcionários e visitantes.
BALANÇA
A balança de carga deve ficar próxima à portaria, permitindo a conferência do peso do veículo
antes e depois de descarregado, bem como a verificação da quantidade de carga que
permaneceu no armazém. Esse equipamento deverá ser previamente dimensionado segundo as
capacidades dos veículos que irão embarcar e desembarcar cargas no armazém, bem como a
precisão nas medições desejadas.
 
Fonte: Monkey Business Images/Shutterstock
 
Fonte: Alba_alioth/Shutterstock
ESPAÇO PARA CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOS
Os veículos, após adentrarem o terminal, deverão circular na área do terreno até o
estacionamento na doca de recebimento e, após a descarga, deverão circular até a saída.
Além disso, há o espaço de manobra, dentro do terminal, para estacionamento e partida. Uma boa
sugestão é a entrada no terminal seguindo um fluxo horário, para que estacionem de ré na doca
no sentido anti-horário. Isso permitirá que o motorista tenha perfeita visão, não tendo que confiar
exclusivamente em espelhos retrovisores.
Tal sugestão pode parecer simplória, mas essa simples consideração pode trazer economia de
profundidade de manobra de aproximadamente 6,0 m (veja as Figuras 7 e 8).
 
Fonte: Autor
 Figura 5 – Entrada na doca no sentido anti-horário (esquerda)
Observando-se a Figura 5, pode-se constatar que o lado para o qual será efetuada a manobra
será o mesmo onde o motorista se posiciona no interior do veículo, o que facilita sua visualização
direta pela janela do veículo ou com auxílio do espelho retrovisor.
 
Fonte: Autor
 Figura 6 – Entrada na doca no sentido horário (direita)
Já na Figura 6, pode-se observar que o lado para o qual a manobra será efetuada é contrário à
posição do motorista no interior do veículo, o que irá dificultar um pouco mais sua visualização,
uma vez que só poderá ser efetuada com auxílio do espelho retrovisor externo.
Algumas sugestões de projeto de áreas de circulação:
As vias devem ter aproximadamente 4,0 m de largura por sentido de tráfego;
Os portões de entrada devem ter aproximadamente 6,0 m de largura para uma via de direção e
9,0 m no caso de entrada e saída pelo mesmo portão;
Caso haja circulação de pedestres através do portão de passagem de veículos, deve-se aumentar
sua largura em aproximadamente 2,0 m;
As vias devem permitir movimentação fácil do veículo, sem necessidade de manobras para fazer
curvas ou para mudar de direção.
PROJETO DAS PLATAFORMAS DE EMBARQUE E
DESEMBARQUE
As plataformas onde ficam localizadas as docas de entrada e saída de veículos são bastante
importantes, pois, se forem mal projetadas, podem dificultar o carregamento e o descarregamento
dos veículos, trazendo sérios prejuízos ao terminal ou armazém.
Algumas dicas:
O caminhão deve estar nivelado quando estacionado na plataforma;
Uma pequena inclinação (15 cm nos primeiros 10 m) no local de estacionamento permite
que o próprio peso do caminhão force-o contra a plataforma, evitando que ele se movimente
e se afaste da plataforma;
Inclinações maiores do que a sugerida no item anterior podem causar abalroamentos na
plataforma ou forçar muito sua estrutura;
Um equipamento chamado nivelador é bastante importante, pois veículos com alturas
diferentes podem usar adequadamente a mesma plataforma;
Uma plataforma bem iluminada facilita a operação e evita acidentes no carregamento ou
descarregamento.
LAYOUT DAS ÁREAS EXTERNAS
Assista ao vídeo e entenda quais são os pontos necessários ao dimensionamento das áreas
externas ao armazém.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUANDO SE OPTA POR UTILIZAR O POSICIONAMENTO DE VEÍCULOS
PERPENDICULARMENTE À PLATAFORMA, CONHECIDA COMO
ACOSTAGEM A 90 GRAUS, DEVERÃO SER PREVISTOS ESPAÇOS
ADEQUADOS PARA A MANOBRA DOS VEÍCULOS. ESSES ESPAÇOS
ADEQUADOS VISAM GARANTIR QUE:
A) Os veículos efetuem suas manobras de forma segura, precisa e rápida.
B) Serão evitados desperdícios de espaços na área da edificação.
C) As cargas não irão cair dos veículos durante as manobras.
D) Não haja acidentes com trabalhadores durante as operações de carregamento e
descarregamento.
E) A área de descarga seja melhor aproveitada em suas operações.
2. SABE-SE QUE A PORTARIA É O PRINCIPAL PONTO DE CONTATO ENTRE
O TERMINAL, OU ARMAZÉM, COM O AMBIENTE EXTERNO. NO ENTANTO,
ALGUMAS DECISÕES DEVEM SER TOMADAS COM RELAÇÃO A HAVER
APENAS UMA PORTARIA OU VÁRIAS PORTARIAS COM UTILIZAÇÕES
DIFERENCIADAS. DENTRE AS OPÇÕES ABAIXO, MARQUE AQUELA QUE
JUSTIFICA A UTILIZAÇÃO DE SOMENTE UMA PORTARIA:
A) Evitar congestionamento de veículos nos horários de início e fim de expediente.
B) Centralização do controle de entrada e saída do pessoal, visitantes e veículos.
C) Efetuar a separação entre veículos de funcionários ou visitantes dos veículos de carga.
D) Permitir maior fluxode veículos entrando e saindo simultaneamente do terminal.
E) Permitir maior flexibilidade das manobras dos veículos de carga.
GABARITO
1. Quando se opta por utilizar o posicionamento de veículos perpendicularmente à
plataforma, conhecida como acostagem a 90 graus, deverão ser previstos espaços
adequados para a manobra dos veículos. Esses espaços adequados visam garantir que:
A alternativa "A " está correta.
 
Os espaços de manobra de veículos nas áreas dos armazéns de uma empresa deverão ser
dimensionados de forma a atender as características físicas e operacionais dos veículos,
permitindo que efetuem suas manobras de forma rápida, precisa e segura.
2. Sabe-se que a portaria é o principal ponto de contato entre o terminal, ou armazém, com
o ambiente externo. No entanto, algumas decisões devem ser tomadas com relação a haver
apenas uma portaria ou várias portarias com utilizações diferenciadas. Dentre as opções
abaixo, marque aquela que justifica a utilização de somente uma portaria:
A alternativa "B " está correta.
 
Apesar de alguns inconvenientes operacionais, a utilização de somente uma portaria permite que
o controle da entrada e saída de pessoal e veículos seja centralizado e executado de forma mais
precisa, garantindo-se assim maior segurança das operações no armazém.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo que foi exposto, pode-se observar que a definição do layout tende a ser um dos pontos mais
importantes quando se resolve utilizar armazenagem como estratégia para empresas de produção
e logística. O layout ideal dependerá das atividades a serem desenvolvidas pela empresa junto ao
mercado consumidor, bem como das características dos produtos que serão efetivamente
movimentados no armazém.
Uma série de critérios técnicos deverão ser observados durante o processo de elaboração do
layout para que este seja o mais eficiente possível e se adeque perfeitamente às necessidades de
acondicionamento e movimentação de carga na empresa em questão.
Questões relacionadas à Engenharia também deverão ser estudadas para que as demandas dos
produtos e dos trabalhadores sejam atendidas, e a produtividade e a segurança sejam colocadas
como prioridade.
A armazenagem de produtos em empresas de produção e logística tende a ser uma atividade
estritamente técnica e bastante especializada, o que demandará profissionais qualificados,
estrutura e equipamentos especializados para desenvolver as atividades pertinentes a essa
prática.
Por ser uma atividade extremamente especializada e estritamente técnica, os erros ou
ineficiências deverão ser constantemente monitorados e corrigidos, de modo a reduzir os prejuízos
e perdas inerentes aos processos concebidos de forma inadequada.
As empresas planejam sempre utilizar a armazenagem de produtos como estratégia competitiva
que permita ganhos de tempo, que será convertida em ganhos econômicos. No entanto, se as
atividades relacionadas à armazenagem não forem corretamente desenhadas e os layouts
concebidos não atenderem aos critérios técnicos necessários, a atividade de armazenagem
poderá tornar-se um grande problema para empresas com geração de custos, ineficiência em
processos, perdas de produtos ou até mesmo acidentes.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ACKERMAN, K. 350 dicas para gerenciar seu armazém. São Paulo: IMAN, 2004.
ALVARENGA, A. C; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição Física. São
Paulo: Blücher, 2000.
ARAÚJO, J. S. Almoxarifados: administração e organização. São Paulo: Atlas, 1976.
BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição
física. São Paulo: Atlas, 1993.
BALLOU, R. R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e
logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BANZATO, E. Warehouse Management System – WMS: Sistema de Gerenciamento de
Armazéns. São Paulo: IMAN, 1998.
BANZATO, E. et al. Atualidades na armazenagem. São Paulo: IMAN, 2003.
BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo:
Saraiva, 2003.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de
suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
BUSTAMANTE, J. C. Terminais de transporte de cargas. UFES. Consultado em meio eletrônico
em: 10 set. 2020.
EXPLORE+
Pesquise na Internet e assista ao vídeo Logística Natura. Observe como a empresa Natura
distribuiu suas atividades no centro de distribuição graças a um layout bem elaborado.
Pesquise na Internet e leia sobre o layout de armazém no texto Entenda a importância do
layout de armazém e como ele contribui para o sucesso da logística, no site do
Bloglogística.
CONTEUDISTA
Aurélio Lamare Soares Murta
 CURRÍCULO LATTES
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