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NOÇÕES PRELIMINARES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 1. Taxinomia do direito administrativo • O direito administrativo é o cotidiano na esfera pública → É uma disciplina pertencente ao ramo do direito público • Estudar regime jurídico-administrativo é estudar os princípios que regem essa matéria • Divide-se o Direito em ramos para que ele seja melhor compreendido → O direito em si é uno, indivisível e indecomponível, assim como o poder → Cada um dos poderes pode exercer as funções dos demais (função atípica) - Os idealizadores da tripartição dos poderes são Aristóteles, Locke e Montesquieu • Bobbio idealiza a dicotomia do Direito: O público de um lado e o privado do outro → O poder também é um só → A Constituição fala em separação dos poderes - Para Bobbio, o que se tem na verdade é uma separação das funções estatais Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 2. Codificação • O direito administrativo é uma disciplina não codificada, não possui um código próprio → Leis espalhadas pelo sistema jurídico, não reunidas em um só documento - Lei 8666/93: Licitações e contratos - Lei 8429/92: Improbidade administrativa - Lei 9784/99: Processo administrativo no âmbito federal - Lei 8112/90: Lei dos regimes jurídicos dos servidores públicos civis da união - Lei 8987/95: Lei de serviços públicos • As regras administrativas mudam com muita rapidez → Um código viveria em constante modificação • O administrador só pode fazer o que a lei permite 3. Fontes do Direito Administrativo • A fonte primária do direito administrativo é a lei → Sua fundamentação, estrutura e validade vêm da lei de modo primário → O princípio da legalidade é a tônica do direito administrativo (Art. 37, CF) Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: • O administrador público só pode fazer o que a lei autoriza ou determina → Autoriza: Atos discricionários, com certa margem de liberdade → Determina: Atos vinculados, sem margem de liberdade • Também são fontes: → A jurisprudência: Conjunto reiterado de julgados no mesmo sentido → A doutrina → Os costumes 4. Sistemas Administrativos ou Mecanismos de Controle • Sistemas clássicos a partir dos quais os atos administrativos podem ser vistos/controlados: → O sistema francês (jurisdição dual) → O sistema inglês (jurisdição una) • No sistema francês há duas justiças → Uma jurisdição que julga as questões comuns → Outra jurisdição que julga as questões administrativas: Conselho Administrativo → Elogia-se a especialidade desse sistema e critica-se a falta de imparcialidade • O Brasil adota o sistema inglês, de jurisdição una, onde há um único poder judiciário → Essa jurisdição julga as questões dos administrados e as questões da administração → Não existe um outro órgão que julga as questões da Administração Pública 5. Critérios para Conceituação do Direito Administrativo • Improvável que se analisem os diferentes critérios existentes • O critério adotado no Brasil é o do professor Hely Lopes Meireles → “O direito administrativo se preocupa com a atividade de administrar” “O direito administrativo pode ser conceituado como o conjunto harmônico de regras e de princípios que regem os órgãos públicos, os agentes públicos e a própria atividade administrativa, realizando de forma direta, concreta e imediata os fins desejados pelo Estado” • Disciplina autônoma: Tem um conjunto próprio de regras e princípios → Tem um regime jurídico → Então o direito administrativo é autônomo → Esse regime autônomo existe nos vários poderes • O Direito Constitucional dita os fins que são perseguidos/desejados pelo Estado → Ele desenha, o Direito administrativo constrói (engenheiro) → Exemplo: Art. 3º, CF, revela os objetivos da República Federativa do Brasil - O Direito administrativo é que vai realizar esses fins. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. • De forma direta: O direito administrativo não depende de provocação → Ex.: desapropriação, intervenção do Estado na propriedade privada → Diferente da função jurisdicional, do poder judiciário, que age de maneira indireta - Só podendo agir a partir do momento em que é provocado, princípio da inércia • De forma concreta: A atividade administrativa possui destinatários determinados → Produz efeitos concretos - Ex.: Nomeação de um servidor → Diferente da atividade legiferante, do poder legislativo, cuja função é abstrata - A função legiferante consiste no poder de estabelecer leis - Tem função legiferante o órgão competente para criar leis • De forma imediata: É a própria atividade jurídica de Estado → Diferente da atividade social, porque a atividade social é a atividade mediata, indireta 6. Estado x Governo x Administração “A responsabilidade civil da administração pública no Brasil está sujeita à teoria da responsabilidade objetiva” • A afirmativa acima é falsa pois não há responsabilidade civil da administração pública → Apenas o Estado pode responder, então é responsabilidade civil do Estado • Nesse tópico, analisaremos a diferença entre os termos acima 6.1. Estado • Responde na responsabilidade civil • É uma pessoa jurídica, tem personalidade jurídica → Tem aptidão para ser considerada sujeito de direitos e obrigações • O Estado é permanente, o governo que é temporário • Elementos constitutivos: Povo, Território e Poder (= Soberania) → Esses são os elementos clássicos, recentemente insere-se a finalidade 6.2. Governo • É a cúpula diretiva do Estado, sinônimo de comando, direção • Atividade de índole discricionária → Ex.: Cada governo tem o seu slogan • O governo é temporário → Característica da república, permite a oxigenação do poder → Cláusula pétrea da periodicidade do voto - De 2 em 2 anos há a possibilidade de mudar de governo - Eleições solteiras (municipais) e casadas (estaduais e federais) “O governo muda, mas o Estado permanece” 6.3. Administração Pública • Existem 2 critérios de estudo: O formal/orgânico/subjetivo e o material/funcional/objetivo • Formal/Orgânico/Subjetivo → Pergunta-se “Quem (realiza)?” → A Administração Pública é OAB: Órgãos, Agentes e Bens - Compõem a estrutura administrativa → Enxerga a administração pública através do instrumental, do maquinário - Estrutura instrumental que o Estado possui para a consecução dos seus interesses • Material/Funcional/Objetivo → Pergunta-se “O quê (é realizado)?” → A administração pública é a própria atividade administrativa - Consiste na prestação de serviço público, desempenho da polícia administrativa, atividade de fomento e atividade de intervenção (Ir de SP ao PA de carro dá FOMI) 7. Princípios 7.1. Princípios Implícitos • São as pedras de toque/pilares de sustentação do regime jurídico-administrativo → Segundo Celso Bandeira de Melo • Não aparecem previstos explicitamente na Constituição Federal, apenas implícitos • Desses princípios decorrem os demais • Supremacia do interesse público sobre o interesse privado • Indisponibilidade do interesse público • Predominância do interesse da coletividade sobre o interesse do indivíduo → Ex.: Desapropriação, que é a retirada da propriedade do particular → Interesse público = Interesse das pessoas que compõem a coletividade - Desde que ele represente a maioria dentro da coletividade - Não significa ignorar as minorias, pois senão haveria uma ditadura das maiorias • Indisponibilidadedo interesse público → É violado quando contrata-se sem concurso público ou licitação - Esses procedimentos buscam contratar os mais aptos - Viola o interesse público e o princípio da indisponibilidade → O agente público não pode dispor desse interesse, pois ele não o pertence - Ele é um representante da coletividade, o presentante do Estado 7.2. Princípios Expressos no Artigo 37, caput, CF Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: • A Emenda Constitucional 19/98 trouxe o princípio da eficiência → Conhecida como a emenda da reforma administrativa • Mnemônico: LIMPE 7.2.1. Legalidade • A lei é a fonte primária do direito administrativo • Existem duas perspectivas para estudar esse princípio no direito → Critério de subordinação à lei → Critério de não contradição à lei • Critério de subordinação à lei → Princípio da legalidade no direito público → O administrador público só pode fazer o que a lei autoriza ou determina - Autoriza = Atos discricionários - Determina = Atos vinculados • Critério de não contradição à lei → Princípio da legalidade no direito privado → Ao particular é dado o direito de fazer tudo, exceto o que a lei veda/proíbe • Legalidade =/= Reserva Legal/De Lei → Reserva de lei = Uma determinada matéria está “separada” para ser tratada por certa espécie normativa - Ex.: Matéria X só será tratada por Lei Complementar 7.2.2. Impessoalidade • Sinônimo de igualdade e isonomia • É uma ausência de subjetivismo → O administrador, na condução da atividade administrativa, não pode buscar interesses pessoais, de parentes ou de amigos • Diferente de ser neutro, pois é impossível não ter uma vontade inconsciente • Institutos que prestigiam esse princípio: → Licitação → Concurso Público • Não se prestigiam parentes e amigos • Todos podem disputar em paridade de armas, todos tem a chance de contratar com o poder público 7.2.3. Moralidade • Era um princípio implícito até a CF/88, que o explicitou • O Poder Judiciário nunca julga com base apenas na moralidade, deve uni-la a outros princípios • Relacionada a lealdade, ao decoro, a boa-fé “A moralidade administrativa enquanto princípio da administração pública é diferente da moralidade particular do administrador. A primeira é muito mais exigente, pois exige do administrador público uma boa administração, pois se esta é ineficiente então é também imoral administrativamente” 7.2.4. Publicidade • Transparência, Conhecimento • O povo tem o direito de saber como está sendo conduzido o seu direito → O povo é titular do direito • Condição de eficácia dos atos, para que ocorra a produção de efeitos → Os atos administrativos se tornam exigíveis e passam a produzir efeitos a partir do momento em que é dada publicidade • Condição para o início da contagem de prazos Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. • Enaltece a impessoalidade por meio da publicidade, o foco é o primeiro 7.2.5. Eficiência • Relacionado à economia, à ausência de desperdícios • Modelo gerencial, pautado na busca de resultados e na meritocracia → Substitui um modelo burocrático pautado em um formalismo exacerbado • Ainda é uma utopia → Desabafo do legislador constituinte → Não é só colocar na constituição que se torna real 7.3. Demais Princípios 7.3.1. Isonomia • Sinônimo de igualdade e relacionada à impessoalidade → Agir sem subjetivismo e tratar os administrados igualmente - Especialmente quando algum benefício está sendo oferecido • O princípio da igualdade é dividido em: → Igualdade formal = Todos são iguais perante a lei (Art. 5º, caput e § 1º, CF) → Igualdade material/substancial = Tratar igualmente os iguais e tratar os desiguais na medida das suas desigualdades Súmula 683/STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. • A Súmula 683 do STF aplica o princípio da igualdade → Não se pode discriminar sem que o fator discriminatório seja justificado - Sem justificativa, a diferenciação é ilegítima → Refere-se especificamente à idade, mas aplica-se para qualquer fator. Ex.: Peso, Altura → Em concursos, a justificativa deve estar relacionada a natureza das atribuições do cargo - Tem que estar previsto no edital e na lei da carreira (STJ) - Ex.: Limitação de altura no concurso de salva-vidas 7.3.2. Ampla defesa e Contraditório • São desses princípios e do princípio do devido processo legal que decorrem os outros → Devido processo legal = Due process of law, art. 5º, LIV - Regras pré-determinadas e conhecidas de antemão + respeito ao indivíduo • Tem sede constitucional: Art. 5º, LV → Processo judicial, administrativo, privados • Esses princípios andam juntos Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; • Ampla defesa = Oportunidade efetiva de defesa → Por todos os meios previstos, como provas, advogado, etc • Contraditório = Ciência da existência do processo → Forma a bilateralidade do processo → O sujeito precisa saber que está sendo processado 7.3.3. Razoabilidade e Proporcionalidade • São princípios implícitos na Constituição Federal → Estão no art. 2º da lei de processo administrativo em âmbito federal (Lei 9.784/99) Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. • Razoabilidade = Lógica, Coerência, Congruência, Bom senso • Proporcionalidade = Equilíbrio entre os meios empregados e os fins visados → Agir de maneira proporcional é agir de maneira razoável → “Não se abatem pardais disparando canhões” - Meio oneroso para um pequeno fim • O Poder Judiciário pode anular um ato administrativo por ele ser desproporcional → O ato desproporcional costuma ofender a legitimidade → Violação da legalidade constitucional em sentido amplo - O sentido amplo engloba os princípios implícitos → O controle de legalidade é, inclusive, dever do Poder Judiciário → Não cabe anulação quando não há mérito - Ex.: Casos de ampla discricionariedade do gestor público - Respeitando a margem da legalidade constitucional - Ex.: Prefeito decide construir hospital em vez de escola, não pode anular - Ex.: Prefeito constrói parque aquático chique, precisando de escola, pode anular Obs.: Os atos com vício de ilegitimidade/ilegalidade devem ser anulados Os atos inconvenientes/inoportunos devem ser revogados 7.3.4. Continuidade • É um desdobramento da obrigação de prestar serviços públicos → O serviço tem que acontecer mesmo se o administrado não pedir → Ocorrem ex officio e são ininterruptos - Princípioda prestação obrigatória de serviço público Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; • A greve não viola esse princípio → O direito de greve tem que ser respeitado (Art. 37, VII, CF) → Exceto em casos de serviços públicos essenciais, que não podem parar - É inconstitucional → A greve em si é um direito do servidor Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. §3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. • Possibilidades de interrupção no fornecimento do serviço público → Art. 6º, § 3º, Lei 8.987/95 → Em questão emergencial de segurança, não precisa de aviso → Para manutenção rotineira, deve-se avisar → No caso de inadimplemento do usuário, faz-se o aviso e posterior interrupção - Ex.: Fornecimento de energia elétrica → Nessas situações, há a quebra da continuidade, mas não a violação do princípio 7.3.5. Autotutela • Proteção que a administração exerce sobre si mesma • Súmulas 346 e 473 do STF, que se completam → A própria administração pública pode anular seus atos - Atos eivados de vícios que os tornam ilegais, deles não surgem direitos → A administração pública pode revogar seus atos por inconveniência ou inoportunidade Súmula 346/STF: A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. Súmula 473/STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 7.3.6. Especialidade Obs.: Os entes da administração direta foram criados pelos artigos 1º e 18 da CF → São criados diretamente pela Constituição Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. • Os entes da administração indireta surgem pelo artigo 37, XIX, CF → Podem ser criados por lei, como as autarquias - Ex.: Esta lei cria a autarquia X → Uma lei autoriza a sua criação, como as fundações, empresas e sociedades - Ex.: Esta lei autoriza a criação de … (outro ato complementar cria) → Não é a própria Constituição que os cria Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; • Quando o ente da AD cria um ente da AI por meio de lei, essa lei já diz a finalidade do ente → Ex.: A autarquia vai atuar na área de educação (UFBA) → Ex.: A empresa pública vai atuar no mercado financeiro (Caixa) • O princípio da especialidade é aquele que vincula/prende os entes da administração pública indireta às finalidades legais para as quais eles foram criados → Ex.: UFBA não pode atuar na área de segurança Administração Indireta (Descentralizada) Autarquias Fundações Públicas Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Administração Direta (Centralizada) União Estados Distrito Federal Municípios 7.3.7. Motivação • É importante diferenciar motivo de motivação → O motivo é um dos elementos/requisitos do ato administrativo - Sujeito competente, forma, motivo, objeto e finalidade • Motivo = Pressupostos de fato e de direito que dão ensejo à prática do ato → Ex.: Ato = Fechamento da indústria, Motivo = Poluição • Motivação = Exteriorização do motivo → Das explicações, das razões e das justificativas que ensejam a prática do ato → Todos os atos administrativos, em regra, precisam de motivação - Exceção: Exoneração de servidor público ocupante de cargo em comissão - Ordinariamente, não é necessário motivar, motivando, há vinculação - Teoria dos motivos determinantes do ato: Se a motivação for falsa, a pessoa volta - A motivação não obrigatória, mas existindo vincula a exoneração a ela - Cargo em comissão é demissível ad nutum (livre nomeação e livre exoneração)
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