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Farmacologia - Introdução

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Aula inaugural 
Farmacologia 
Aula inaugural 
EMENTA 
Estudo dos agentes químicos de uso terapêutico, suas 
interações dinâmicas com os sistemas biológicos dos 
seres humanos e os riscos, benefícios, efetividade e 
custos associados, acompanhando e subsidiando os casos 
das sessões tutoriais. Estudo da terapêutica de 
pacientes com cardiopatias, pneumopatias, 
endocrinopatias, nefropatias e uropatias, conforme os 
casos das sessões tutoriais e embasando a prática 
ambulatorial do semestre. 
COMPETÊNCIAS GERAIS 
Tornar o estudante capaz de associar a patogênese de 
uma doença com o mecanismo de ação dos fármacos e, 
dessa forma, ser capaz de compreender e aplicar o uso 
de medicamentos nos diversos protocolos de 
tratamento. 
ESTRATÉGIAS DE ENSINO 
• Aulas expositivas; 
• Estudos orientados; 
• Discussão em grupos; 
• Organização de seminários. 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
• Antidiarreicos e reposição de eletrólitos 
• Anti-inflamatórios não esteroidais 
• Imunossupressores 
• Fármacos que atuam no tecido ósseo 
• Fármacos que afetam a coagulação 
• Farmacologia da neuropatia sensorial 
• Opióides 
• Tratamento de infecções por fungos 
• Tratamento de infecções por protozoários e 
helmintos 
• Fármacos antimetabólicos (DNA), inibidores de 
topoisomerases, inibidores de microtúbulos e 
agentes que modificam a estrutura do DNA. 
• Antidepressivos 
• Tratamento da asma e de alergias 
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 
• Avaliação processual (concomitante com o processo 
de ensino); 
• Avaliação somativa (provas escritas, entre outras), 
utilizando matrizes de avaliação com indicadores e 
descritores de desempenho dos alunos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
Farmacologia clínica 
Revisão do histórico e avaliação diagnóstico 
Objetivos 
• Refletir sobre a origem do estudo sobre os fármacos 
• Revisar os conceitos básicos da farmacologia 
• Ampliar a visão acerca da complexidade e 
importância da farmacologia na prática clínica 
médica 
Introdução 
Os medicamentos são usados há milhares de anos como 
recursos para combater diversas doenças e assim 
manter e restaurar a saúde, que é uma necessidade 
básica do ser humano. 
Nos primórdios, a terapêutica empregada era baseada 
no misticismo (mistério, religioso), e acreditava-se que 
as doenças eram causadas por demônios e maus 
espíritos, vingança dos deuses. 
 Doença espiritual → Cura espiritual 
 Doença física → Cura física 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Aula inaugural 
Etnofarmacologia: Ramo da farmacologia que tem como 
objeto de estudo a cultura popular. 
• 70.000 espécies utilizadas; 
• 15% uso investigado; 
• 25% dos fármacos utilizados atualmente possuem 
origem natural ... Ou a molécula ativa foi extraída 
diretamente de uma planta ou ela foi desenhada a 
partir de uma molécula de origem natural. A cada 
100 fármacos, 25 são de origem natural. 
 
• Morfina: Alcaloide extraído do leite obtido da 
Papaver somniferum. Analgésico opioide. Parente 
químico da cocaína e da cafeína. 
• Vimblastina: Antitumoral. Inibidor da formação de 
microtúbulos. Molécula extremamente complexa 
extraída da Catharanthus roseus. 
• Artemisinina: Utilizada na cultura tradicional 
chinesa antigamente. Atualmente é um antimalárico, 
sendo uma molécula tóxica para o plasmodium. 
Extraída da Artemisia annua. 
• Ácido Acetil Salicílico: Famoso AAS – aspirina. 
Derivada da casca do salgueiro (Salix alba – 
Salicilato). Ação analgésica e anti-inflamatória. 
 
Pioneiros a descreverem um vínculo da prática médica 
com a utilização da farmacologia: Hipócrates (Pai da 
Medicina), Galeno (Pai da farmácia) e Paracelsus 
(Pesquisador da Era Moderna). 
¨Os médicos prescrevem medicamentos sobre os quais 
sabem pouco, para doenças das quais sabem muito 
menos, para o organismo humano, de que não sabe nada. 
¨Voltarie¨ 
¨Todas as substâncias são venenos, não há nenhuma que 
não seja. A dose correta é que diferencia um veneno 
de um remédio¨. ¨Paracelsus¨ 
Farmacologia como ciência 
• A sua fase científica iniciou, aproximadamente, a 
partir da segunda metade de século XIX. 
• A palavra farmacologia deriva do grego: pharmakós 
(fármaco/veneno) e logos (estudo). 
• Disciplina de farmacologia, abordará os conceitos 
farmacológicos, as diversas classes de 
medicamentos, riscos e benefícios relacionados ao 
seu uso pelos pacientes e as suas interações 
medicamentosas. 
 
Da pesquisa básica até a prateleira: Em média 12 anos 
▪ Uma molécula leva 3 anos (aproximadamente) para 
chegar aos testes pré-clínicos (em animais ou in 
vitro). 
▪ De 10.000 substâncias, apenas 10 chegam aos 
testes pré-clínicos (1º teste – animais de pequeno 
porte / 2º teste – animais de médio/grande porte). 
 
• Síntese, testes e escrutínio 
• Testes pré-clínicos (animais) 
• Fase I: Testes com dezenas de pessoas (de 
preferência jovens) sem a doença em questão. 
Quando comprovado que não traz malefício para a 
saúde da pessoa, o fármaco passa para a fase II. 
• Fase II: Centenas de pessoas, já com a doença em 
questão (ex. hipertensão) para se determinar a 
posologia a ser utilizada. 
• Fase III: Testes clínicos com milhares de pessoas. 
Multicêntricos. Quanto maior a amplitude do estudo, 
mais confiável os dados. Uma vez aprovado na fase 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Aula inaugural 
III, o fármaco está apto para ser comercializado. 
Uma vez na prateleira ... os estudos não se cessam! 
• Fase IV: Vigilância pós-comercialização. 
Farmacovigilância, onde milhões de pessoas vão 
fazer o uso do medicamento. O profissional de 
saúde tem por obrigação comunicar a ANVISA 
acerca dos efeitos produzidos por determinado 
medicamento que foi utilizado pelo paciente, 
principalmente se diferente do que está na bula. 
Talidomida: fármaco teratogênico que foi 
comercializado antes de descobrir os efeitos adversos, 
pois não houve a utilização de animais. 
Efeitos adversos x efeitos colaterais 
A administração de um medicamento procura sempre 
um efeito benéfico (efeito farmacológico), mas não 
podemos esquecer que todos os medicamentos 
potencialmente, podem provocar efeitos prejudiciais 
em maior ou menor intensidade. 
 
Efeitos adversos 
• Geralmente efeitos inesperados; 
• Prejudicial sempre: Talidomida; 
• Pode atrapalhar o tratamento; 
• Ex: hepatite fulminante (ex.paracetamol), ataque 
cardíaco, insuficiência renal (dicoflenaco), morte. 
Efeitos colaterais 
• Geralmente efeitos esperados, ligados ao 
mecanismo de ação (maioria); 
• Bons: Minoxidil, Sildenafil (viagra); 
• Ruins: antibióticos; 
• Não atrapalha o tratamento principal; 
• Ex: Náuseas, boca seca, diminuição do apetite. 
Farmacodinâmica e farmacocinética 
Um medicamento, quando administrado, tem como 
objetivo atingir os alvos farmacológicos. Essas 
moléculas transportadores carreiam o medicamento 
para a corrente sanguínea, que quando desligado, 
consegue se distribuir nos diferentes orgãos. Quando 
o fármaco livre chega as enzimas metabolizadoras (ex. 
fígado – principal orgão metabolizador; pulmão; pele; 
corrente sanguínea), ocorre a sua metabolização. 
• Farmacodinâmica: Tudo que o fármaco faz com o 
corpo. Processos bioquímicos e fisiológicos 
(mecanismo de ação, eficácia, segurança). 
• Farmacocinética: Tudo que o corpo faz com o 
fármaco. Dinâmica das drogas (absorção, 
distribuição, metabolismo e eliminação). 
Variabilidade na eficácia ou toxicidade 
 
• Fase biofarmacêutica: Liberação do princípio 
ativo; interações no sítio de administração → 
Fármaco disponível para a absorção. 
Ex: Indivíduo faz uso de um comprimido via oral, o 
qual sai íntegro nas fezes. É possível que o efeito 
farmacológico tenha sido observado? Não! Pra um 
fármaco interagir com o alvo farmacológico, ele 
precisa ser liberado do princípio ativo. O comprimido 
precisa se desintegrar! 
• Fase farmacocinética: Absorção; Distribuição;Biotransformação; Excreção → Fármaco disponível 
para a ação. 
• Fase farmacodinâmica: Interação 
fármaco/receptor em tecido alvo → Efeito 
farmacológico. 
 
 
 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Farmacologia – Aula inaugural 
BRAIN STORMING 
 
• Medicamento: Preparação utilizada com fim 
terapêutico (Ex. antibiótico). Substância com 
propriedade profilática. Auxilia diagnóstico (Ex. 
vacina). 
• Medicação: Ato de administrar o medicamento. 
• Remédio: Processo ou produto utilizado para 
promover a cura (Ex. massagem, música, abraço, 
hipnose, acupuntura, cirurgia). 
• Droga: Substância ilícita. 
• Princípio ativo: Substância lícita. Molécula com 
estrutura conhecida e efeito farmacológico. 
Sinônimo de fármaco. 
• Fármaco: Sinônimo de princípio ativo. 
• Associação medicamentosa: É quando você tem dois 
princípios ativos em um único produto. 
• Efetividade: Relacionada com a resposta clínica. 
• Eficácia: Relação com o efeito máximo. 
• Potência: Relação com a concentração. O EC50 
representa a concentração de fármaco 
responsável por causar 50% do efeito máximo. 
Quanto menor a concentração para atingir os 
50%, maior a potência. 
• Forma farmacêutica: Como o medicamento é 
apresentado (Ex. comprimido, cápsula, creme, 
pomada, pastilha, supositório, óvulo). 
Efeito X Concentração 
O efeito máximo (eficácia) do 
medicamento verde é igual ao 
efeito máximo do azul. 
O fármaco verde é mais potente do que o azul.

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