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Thaís Silva FARMACOLOGIA – 3º SEMESTRE INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA Os medicamentos são usados há milhares de anos como recursos para combater diversas doenças e assim manter e restaurar a saúde, que é uma necessidade básica do ser humano. Nos primordios, a terapeutica empregada era baseada no misticismo (mistério religioso), e acreditava-se que as doenças eram causadas por demônios e maus espiritos, vingança dos deuses. DOENÇA ESPIRITUAL CURA ESPIRITUAL Antes da invenção da química orgânica sintética, a farmacologia se relacionava exclusivamente com a compreensão dos efeitos de substâncias naturais, principalmente extratos botânicos - e algumas substâncias químicas (principalmente tóxicas) como mercúrio e arsênico. Entofarmacologia: ramo da farmacologia que agrupou a etnobotanica – a medicina tradicional ancestral utilizava plantas para tratar doenças - apartir de conhecimentos ancestrais, passou-se a pesquisar se as plantas teriam substancias ativas que provocariam determinado efeito farmacológico. 70.000 espécies utilizadas utilizadas por regioes especificas (tribos indigenas, quilombolas, povoados) 15% tiveram seu uso investigativo 25% dos farmacos utilizados possuem origem natural MORFINA: alcaloide, analegesico opioide isolado do latex da Papaver somniferum. VIMBLASTINA – alcaloide, antitumoral, isolado da Rosa vinca (Catharathus roseus). ARTEMISININA- isolada da Artemísia annaua. Utilizada pera o tratamento da malária. ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO: analgésico; teve sua origem na molécula de ácido salicílico - adicionou um acetato que manteve as propriedades analgesicas e deduziu as prorpiedades toxicas (C₂H₃O₂⁻). Foi isolado da casca do salqueiro (Salix alba – salicitato). Pioneiros a descreverem um vinculo da prática médica com a utilização da farmacologia: HIPOCRATES (460 – 370 a.C.) GALENO (131 – 201 a.C.) PARACELSUS (1493 – 1541) “Os médicos prescrevem medicamentos sobre os quais sabem pouco, para doenças das quais sabem menos, para organismos humanos, de que não sabe nada.” (Voltaire) “Todas as substancias são venenos, não há nenhuma que não seja. A dose correta é que diferencia um veneno de um remédio.” (Paracelsus) Farmacologia como ciência Iniciada, aproximadamente, a partir da segunda metade do século XIX. A palavra farmacologia deriva do grego: pharmakós (fármaco/veneno) e logos (estudo). Pode ser definida como o estudo de substâncias que interagem com sistemas vivos por meio de processos químicos, principalmente por ligação a moléculas reguladoras e ativação ou inibição de Thaís Silva FARMACOLOGIA – 3º SEMESTRE processos corporais normais. Essas substâncias podem ser produtos químicos administrados para se obter um efeito terapêutico benéfico sobre algum processo no paciente, ou por seus efeitos tóxicos sobre processos reguladores em parasitas que infectam o paciente. A disciplina, de modo geral, aborda os conceitos farmacológicos, as diversas classes de medicamentos, riscos e benefícios relacionados ao uso pelos pacientes e suas interações medicamentosas. Da pesquisa básica até a prateleira Desenvolvimento de um fármaco O desenvolvimento de um novo fármaco passa obrigatoriamente pelas seguintes etapas: 1. Pesquisa experimental ou fase pré-clínica: Antes de começar os testes em seres humanos, os pesquisadores realizam testes em células e em animais. 2. Pesquisa clínica: Nesta fase o objetivo principal é testar a segurança e a eficácia deste novo medicamento em seres humanos. Os testes clínicos possuem quatro fases: Fase I 10-100 participantes. Testado em pessoas hígidas, saudáveis. O objetivo é verificar se a substância causa algum malefício à saúde humana. Fase II 50-500 participantes São realizados testes em pessoas que apresentam a doença em questão para fazer o ajuste de dose, comprovar a eficácia. Fase III Estudos multicêntricos. São avaliados em diversas países para se ter uma analise global do medicamento. Fase IV Disponibilizado para comercialização sob a ação da Farmacovigilância (todo efeito adverso ou colateral observado que ainda não tenha sido descrito devem ser relatados no site da ANVISA). Uma vez comprovado que os efeitos são graves o medicamento deve ser retirado do mercado. A administração de um medicamento procura sempre um efeito benéfico (efeito farmacológico), mas todos os medicamentos, potencialmente, podem provocar efeitos prejudiciais em maior ou menor intensidade. EFEITOS ADVERSOS EFEITOS COLATERAIS Inesperados Esperados Prejudicial Ligados ao mecanismo de ação do fármaco Pode atrapalhar o tratamento Não atrapalha o tratamento Ex: hepatite fuminante (paracetamol), ataque cardíaco (cloroquina) Podem ser bons (Minoxidil, Sildenafil) e ruins (antibióticos) Ex: Naúseas, boca seca, diminuição do apetite. Fases do fármaco (OCORREM SIMULTANEAMENTE) FASE BIOFARMACÊUTICA Liberação do principio ativo Interações no sítio de administração Fármaco disponível para a absorção Thaís Silva FARMACOLOGIA – 3º SEMESTRE FASE FARMACOCINÉTICA Absorção Distribuição Biotransformação Excreção Fármaco disponível para a ação FASE FARMACODINÂMICA Interação fármaco/receptor em tecido alvo Efeito farmacológico CONCEITOS IMPORTANTES Medicamento: substância que tem o objetivo profilático, terapêutico ou auxiliar diagnóstico. Remédio: substância/processo utilizada para promover a cura. Principio ativo: substância presente na fórmula que deve promover o efeito esperado. Representada por uma medida de ED50 (dose responsável por gerar 50% do efeito/resposta) Efetividade: relacionado com a clínica, se determinado medicamento apresentou efeitos no individuo ou não. Associação medicamentosa: uma formulação que contenha dois ou mais princípios ativos. Fármaco: substancia química ativa, que tenha propriedades farmacológicas. Potência: tem haver com a quantidade que o sistema precisa para que ele atinja 50% da resposta máxima. Eficácia: representada pelo tamanho do efeito, magnitude da resposta, efeito máximo que pode ser conseguido com uma droga. Forma farmacêutica: é o produto sob o qual o principio ativo é fornecido ao paciente, ex: capsula, pomada, creme, solução, suspensão, xarope. GRÁFICO ILUSTRATIVO DA RELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA E EFICÁCIA DE DIFERENTES FÁRMACOS: Conforme a concentração de um fármaco no sistema (meio de cultura) aumenta, o efeito observado vai aumentando até atingir o efeito máximo, a partir daí, por mais que se efeito/resposta não muda (efeito platô) uma vez que o receptor do fármaco já esta saturado. Dose (ed): quantidade de fármaco em um organismo vivo. Concentração (ec): sistema fechado (Concentração/dose) Eficácia Fármaco A = Fármaco B
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