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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO - Resumo dos Assuntos tratados em aula - Materiais da área de Jornalismo

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HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO
Resumo dos Assuntos tratados em aula - Materiais da área de Jornalismo 
Sumário
1 - Origem dos códigos escritos
Desenvolver formas de comunicação é uma necessidade que sempre esteve presente na história da humanidade. Após criar sons que representassem algo, idiomas surgiram e o passo seguinte foi descobrir como deixar os seus registros. Aos poucos o alfabeto, que variava de língua para língua, surgiu. Ao juntar letras, criavam-se palavras, que constituíam frases e transmitiam história e ideias para os seus semelhantes e descendentes.
Acredita-se que a escrita tenha se originado a partir dos simples desenhos de ideogramas: por exemplo, o desenho de uma maçã a representaria, e um desenho de duas pernas poderia representar tanto o conceito de andar como de ficar em pé. A partir daí os símbolos tornaram-se mais abstratos, terminando por evoluir em símbolos sem aparente relação aos caracteres originais
1. 1 - A comunicação do antigo ao Medieval
Por volta de 4000 a.C, na antiga Mesopotâmia, os sumérios criaram a escrita cuneiforme usando placas de barro. Graças a isso foi possível preservar um pouco dessa época, já que esse povo costumava registrar fatos do cotidiano, informações administrativas e políticas.
Na mesma época, os egípcios também desenvolveram sua própria escrita, que era curiosamente dividida nas formas: a hieroglífica (complexa e formada por símbolos) e a demótica (simplificada). Eles usavam um tipo de papel chamado papiro para escrever. As pirâmides eram cheias de textos com orações rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores, além de relatos das vidas de seus governantes.
Na antiga Roma, o alfabeto local era composto apenas por letras maiúsculas. Entretanto, quando os romanos começaram a escrever em pergaminhos, os instrumentos que usavam, como hastes de bambu ou penas de aves, criaram um novo tipo de escrita chamado uncial. Tal estilo resistiu até o século VIII e até foi utilizado na escritura de Bíblias.
No século VIII, alta Idade Média, um monge inglês de nome Alcuíno, elaborou, a pedido do imperador Carlos Magno, um novo estilo de alfabeto composto por letras maiúsculas e minúsculas. Por ter um estilo muito rebuscado, acabou em desuso a partir do século XV.
Em 1522, o italiano Lodovico Arrighi, publicou o primeiro caderno de caligrafia, dando origem ao estilo que hoje denominamos itálico. Outros cadernos de caligrafia foram produzidos com o passar do tempo utilizando a técnica de impressão calcográfica (tipos gravados em chapas de cobre).
2 - Escrita como Metalinguagem
2. 2 - Códigos Alfabéticos / Escrita Alfabética e Comunicação
O alfabeto fenício, baseado no semita, foi criado pelo Fenícios no terceiro milênio a.C.
Este alfabeto, composto apenas por consoantes, originou a escrita de diversos povos, como os árabes e gregos, exceto os estabelecidos ao sul da Etiópia e da Arábia.
Acredita-se que a escrita grega foi derivada da semítica, pois a Grécia recebia constantes visitas de comerciantes fenícios.
No lugar das vogais, os gregos adaptaram alguns símbolos fenícios que não tinham valor fonético em grego.
Contudo, a escrita grega teve seu desenvolvimento, com efeito, à volta do século IX a.C. e é utilizada até hoje, tanto em algumas ciências quanto no grego moderno.
Entre os séculos XVI a.C. e XII a.C. o alfabeto grego era escrito com um silabário, conhecido como linear B, utilizado em Creta, Micenas e Pilos.
Atualmente tal período é conhecido apenas como micénico.
3 - A Comunicação da Filosofia Grega
3.1 - Período pré-socrático ou cosmológico
· Escola Jônica (séculos VI e V a.C): Anaximandro de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Hercáclito de Éfeso e Tales de Mileto;
· Escola Itálica (linhagem que iniciou em torno do século VI a.C): Arquitas de Tarento, Filolau de Crotona e Pitágoras de Samos;
· Escola Eleata (século VII ao V a.C.): Parmênides de Eléia e Zenão de Eléia;
· Escola da Pluralidade (iniciada em meados do século V a.C): Anaxágoras de Clazômena, Empédocles, Demócrito de Abdera e Leucipo de Abdera.
3.3.1 - Período socrático
Sócrates - 470-399 a.C 
Nada deixou escrito, e teve suas idéias divulgadas por dois de seus principais discípulos, Xenofonte e Platão. Evidentemente, devido ao brilho deles, é de se supor que nem sempre fossem realmente fiéis ao pensamento do mestre. 
Nos diálogos que Platão escreveu, Sócrates figura sempre como principal interlocutor. Mesmo tendo sido incluído muitas vezes entre os sofistas, Sócrates recusava tal classificação, e opunha – se a eles de forma crítica. 
Sócrates se indispôs com os poderosos do seu tempo, sendo acusado de não crer nos deuses da cidade e corromper a mocidade, e por isso foi condenado à morte e teve que beber cicuta ( veneno ) o que fez com bravura e serenidade. 
Costumava conversar com todos, fossem velhos ou moços, nobres ou escravos, preocupado com o método do conhecimento, Sócrates parte do pressuposto só sei que nada sei, que consiste justamente na sabedoria de reconhecer a própria ignorância, ponto de partida para a procura do saber. 
Por isso seu método ( daimon ) começa pela parte considerada destrutiva, chamada ironia ( em grego, perguntar ). Nas discussões afirma inicialmente nada saber, diante do oponente que só se diz conhecedor de determinado assunto. 
Com hábeis perguntas, desmonta as certezas até o outro reconhecer a ignorância, parte então para a Segunda etapa do método, a maiêutica ( em grego parto ). 
Dá esse nome em homenagem a sua mãe, que era parteira, acrescentando que, ela fazia parto do corpo, e ele dava luz às novas idéias. 
Sócrates, por meio de perguntas, destrói o saber constituído para reconstruí – lo na procura da definição do conceito, esse processo aparece bem ilustrado nos diálogos relatados por Platão, e é bom lembrar que, no final, nem sempre Sócrates tem a resposta, ele também se põe em busca do conceito e às vezes as discussões não chegam a conclusões definitivas.
Platão - 427-347 a.C. 
Principal discípulo de Sócrates, fundou a Academia de Atenas, para melhor sintetizar as suas idéias, recorremos ao livro VII de A República, onde seu pensamento é ilustrado pelo famoso mito da caverna. 
Platão imagina uma caverna onde estão acorrentados os homens desde a infância, de tal forma que, não podendo se voltar para a entrada, apenas enxergam o fundo da caverna. 
Aí são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. 
Se um desses homens conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, quando regressasse, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco, não acreditando em suas palavras. 
A análise do mito pode ser feita pelo menos sob dois pontos de vista : o epistemológico ( relativo ao conhecimento ) e o político ( relativo ao poder ) . 
Segundo a dimensão epistemológica, o mito da caverna é uma alegoria a respeito das duas principais formas de conhecimento, na teoria das idéias, Platão distingue o mundo sensível, dos fenômenos, e o mundo inteligível, dá idéias. 
O mundo sensível, acessível aos sentidos, é o mundo da multiplicidade, do movimento, e é ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. 
Assim, mesmo se percebemos inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a idéia de abelhas deve ser uma, imutável, a ver verdadeira. 
Com isso, Platão se aproxima só do instrumental teórico de Parmênides e , aliando – se aos conhecimentos de Sócrates, elaborou uma teoria original. 
Do seu mestre aproveita a noção nova de logos ( palavras ), e continuando o processo de compreensão do real, cria a palavra ideia ( eidos ) para referir – se à instituição intelectual, distinta da intuição sensível . 
Portanto, acima do ilusório mundo sensível, há o mundo das idéias gerais, das essências imutáveis que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos. 
Mas como é possível aos homens ultrapassarem o mundo das aparências ilusórias ? Platão supõe que os homens já teriam vivido como puro espírito quando contemplavamo mundo das idéias. 
Mas todas esquecem quando se degradam ao se tornarem prisioneiros do corpo que é considerado o túmulo da alma. 
Pela teoria da reminiscência, Platão explica como os sentidos se constituem apenas na ocasião para despertar nas almas as lembranças adormecidas. Em outras palavras, conhecer é lembrar. 
No diálogo Menon, Platão descreve como um escravo, ao examinar figuras sensíveis que lhe são oferecidas, é induzido a lembrar – se da idéias e descobre uma verdade geométrica. 
Voltando ao mito da caverna, o filósofo ( aquele que se libertou das correntes ) , ao contemplar a verdadeira realidade e ter passado da opinião ( doxa ) à ciência ( episteme ), deve retornar ao meio dos homens para orientá-los. 
As suas obras mais importantes foram: Apologia de Sócrates, Críton..O Banquete, Fédon, Fedro e A República.
Aristóteles - 384-322 a.C 
Nasceu em Estagira, na Calcídica ( região dependente da Macedônia ). Seu pai era médico de Felipe, rei da Macedônia, mais tarde, Alexandre, filho de Filipe, foi discípulo de Aristóteles até o momento em que precisou assumir precocemente o poder e continuar a expansão do império. 
Frequentou a Academia de Platão e a fidelidade ao mestre foi entremeada por críticas que mais tarde justificaria dizendo. 
Sou amigo de Platão, mas mais amigo da verdade, sua extensa obra forma um dos grandes sistemas filosóficos cuja importância se encontra na abrangência dos assuntos abordados como na interligação rigorosa entre as partes constitutivas. 
A teoria aristotélica se baseia em três distinções fundamentais, que passamos a descrever simplificadamente : 
substância – essência – acidente ; ato – potência : forma – matéria, que por sua vez desembocam na teoria das quatro causas. 
Aristóteles traz as idéias do céu à terra e rejeita o mundo das idéias de Platão, fundindo o mundo sensível e o inteligível no conceito da substância, enquanto aquilo que é em si mesmo , ou enquanto suporte dos atributos. 
Todo ser é constituído de matéria e forma, princípios indissociáveis, enquanto a forma é o princípio inteligível, a essência comum aos indivíduos da mesma espécie, pela qual todos são o que são, a matéria é pura passividade, contendo a forma em potência. 
Numa estátua, por exemplo, a matéria é o mármore, a forma é a ideia que o escultor realiza na estátua. Toda a estrutura teórica da filosofia aristotélica desemboca na teologia, assim podemos destacar:
· Princípio da não contradição, o ser é ou não é , não existe nada que possa ser ou não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo ponto de vista ;
· Princípio da Substância, na existência dos seres podemos distinguir a substância ( a essência, propriamente dita, de uma coisa, sem a qual ela não seria aquilo que é ) do acidente ( a qualidade não essencial, acessória do ser ) ;
· Princípio da causa eficiente. Todos os seres que captamos pelos sentidos são seres contingentes, isto é, não possuem, em si próprios, a causa eficiente de suas existências. Portanto para existir, o ser contingente depende de outro ser que representa a sua causa eficiente, chamado de ser necessário ;
· Princípio da Finalidade, todo ser contingente existe em função de uma finalidade, de um objetivo, de uma razão de ser. Enfim ,todo ser contingente possui uma causa final ;
· Princípio do Ato da Potência, todo ser contingente possui duas dimensões o ato e a potência. O Ato representa a existência atual do ser, aquilo que está realizado e determinado. A Potência representa a capacidade real do ser, aquilo que não se realizou mas pode realizar-se . É a passagem da potência para o ato que explica toda e qualquer mudança.
4 - Outras Doutrinas
4.1 - Estoicismo
Considerado o primeiro projeto de uma filosofia sistemática. Fundada por Zenão de Cício em Atenas, por volta de 300 a.C., a escola se propôs, pela primeira vez na história, a pensar o mundo em sua totalidade orgânica e contínua. Os principais temas desenvolvidos pelos estóicos foram os de justiça natural e direito natural, baseados na própria essência do homem e na sua ligação com a divindade.
O estoicismo é uma doutrina filosófica que afirma que todo o universo é corpóreo e governado por um Logos divino (noção que os estóicos tomam de Heráclito e desenvolvem). A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence. Este lógos (ou razão universal) ordena todas as coisas: tudo surge a partir dele e de acordo com ele, graças a ele o mundo é um kosmos (termo que em grego significa "harmonia").
A partir disso surgem duas consequências éticas: deve-se «viver conforme a natureza»: sendo a natureza essencialmente o logos, essa máxima é prescrição para se viver de acordo com a razão.
Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.
A última época do estoicismo, ou período romano, caracteriza-se pela sua tendência prática e religiosa, fortemente acentuada como se verifica nos Discursos e no Enchiridion de Epicteto e nos Pensamentos ou Meditações de Marco Aurélio.
Estóico: Diz-se daquele que revela fortaleza de ânimo e austeridade. Impassível; imperturbável; insensível.
A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista, além da clara influência de Sócrates.
O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.
O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.
4.2 - Epicurismo
Sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas.
Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinónimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.
A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.
No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.
A ideia que Epicuro tinha era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Essa filosofia é o que rege muitas empresas de marketing e propaganda, em vez de vender o produto ela vende uma destas três opções associadas ao produto. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam.
Até hoje empresas que vendem produtos se baseiam na filosofia da felicidade de Epicuro para venderem seus produtos e até hoje acreditamos que seremos felizes comprando esses produtos.
4.3 - Cinismo
Foi uma correntefilosófica fundada por um discípulo de Sócrates, chamado Antístenes, e cujo maior nome foi Diógenes de Sínope, por volta de 400 a.C., que pregava essencialmente o desapego aos bens materiais e externos.
Ao contrário da acepção moderna e vulgar da palavra para o cinismo, o objetivo essencial da vida era a conquista da virtude moral, que somente seria obtida eliminando-se da vontade todo o supérfluo, tudo aquilo que fosse exterior. Defendiam um retorno à vida da natureza, errante e instintiva, como a dos cães.
Afirmavam que dispunha o homem de tudo que necessitava para viver, independente dos bens materiais. A isto chamavam de Autarcia (ou a variante, porém com outra acepção mais difundida, Autarquia) - condição de auto-suficiência do sábio, a quem basta ser virtuoso para ser feliz. O termo grego original é autárkeia - significando auto-suficiência. Além dos cínicos, foi uma proposição também defendida pelos estóicos.
Desacredita nas conquistas da civilização, e suas estruturas jurídicas, religiosas e sociais - elas não trariam qualquer benefício ao homem. Sendo auto-suficiente, tudo aquilo que naturalmente não é dado ao homem pelo nascimento (como o instinto), não pode servir de base para a conceituação da ética. Este pensamento pode ser encontrado no mito do "bom selvagem", de Rousseau.
Sua filosofia partia do princípio de que a felicidade não depende de nada externo à própria pessoa, ou seja, coisas materiais, reconhecimento alheio e mesmo a preocupação com a saúde, o sofrimento e a morte, nada disso pode trazer a felicidade. Segundo os Cínicos, é justamente a libertação de todas essas coisas que pode trazer a felicidade que, uma vez obtida, nunca mais poderia ser perdida.
Aliado ao discurso, também o modo de vida do cínico deveria ser conforme as idéias defendidas. Para eles a virtude reside, sobretudo, na conduta moral do homem, naquilo que lhe é intrínseco - e não nas conquistas materiais, na aparência exterior.
Os cínicos, assim como Sócrates, nada de escrito deixaram. O que se sabe sobre eles foi narrado por outros, em geral críticos de suas ideias.
5 - A Comunicação dos Romanos
O latim é uma antiga língua indo-europeia do ramo itálico originalmente falada no Lácio, a região do entorno de Roma. 
Foi amplamente disseminada, especialmente na Europa, como a língua oficial da República Romana, do Império Romano e, após a conversão deste último ao cristianismo, da Igreja Católica. 
Através da Igreja, tornou-se a língua dos acadêmicos e filósofos europeus medievais. 
Por ser uma língua altamente flexível e sintética, a sua sintaxe (ordem das palavras) é, em alguma medida, variável, se comparada com a de idiomas analíticos como o português, embora em prosa os romanos tendessem a preferir a ordem SOV. 
A sintaxe é indicada por uma estrutura de afixos ligados a temas. O alfabeto latino, derivado dos alfabetos etrusco e grego (por sua vez, derivados do alfabeto fenício), continua a ser o mais amplamente usado no mundo.
Embora o latim seja hoje uma língua morta, com poucos falantes fluentes e sem que ninguém o tenha por língua materna, ainda é empregado pela Igreja Católica. Exerceu enorme influência sobre diversas línguas vivas, ao servir de fonte vocabular para a ciência, o mundo acadêmico e o direito. 
O latim vulgar, um dialeto do latim, é o ancestral das línguas neolatinas (italiano, francês, espanhol, português, romeno, catalão, romanche e outros idiomas e dialetos regionais da área); muitas palavras adaptadas do latim foram adotadas por outras línguas modernas, como o inglês. 
O fato de haver sido a língua franca do mundo ocidental por mais de mil anos é prova de sua influência.
O latim ainda é a língua oficial da Cidade do Vaticano e do Rito Romano da Igreja Católica. 
Foi a principal língua litúrgica até o Concílio Vaticano Segundo nos anos 1960. O latim clássico, a língua literária do final da República e do início do Império Romano, ainda hoje é ensinado em muitas escolas primárias e secundárias, embora seu papel tenha se reduzido desde o início do século XX.
6 - Divulgação no Renascimento e na Reforma Religiosa
Desde milênios antes, publicações tinham sido criadas e distribuídas regularmente pelos governos. As primeiras reproduções da escrita foram, sem dúvida, obtidas sob um suporte de cera ou de argila com os selos cilíndricos e cunhas, encontrados nas mais antigas cidades da Suméria e da Mesopotâmia do século XXVIII a. C.
O primeiro jornal regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandou colocar no Fórum Romano no século I de nossa era. A publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 a.C. por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo Ditador (conceito romano do termo). Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, obituários, crônicas esportivas, entre outros assuntos.
O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 d.C., em Kaiyuan, em Pequim, na China. Kaiyuan era o nome dado ao ano em que o jornal foi publicado. Em 1041, também na China, foi inventado o tipo móvel. O alfabeto chinês, entretanto, por ser ideográfico e não fonético, utiliza um número de caracteres muito maior que o alfabeto latino europeu. No ano de 1908, os chineses comemoraram o milênio do jornal Ta Kung Pao (Gazeta de Pequim), apesar de a informação não ter comprovação absoluta.
Uma tipografia do século XV, Xilogravura de Jost Amman, 1568
Em 1440, Gutenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram arrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.
Na Baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruidosas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Idade Contemporânea.
Esta arte propagou-se com uma rapidez impressionante pelo vale do Rio Reno e por toda a Europa. Entre 1452 e 1470, a imprensa conquistou nove cidades germânicas e várias localidades italianas, bem como Paris e Sevilha. Dez anos depois, registrava-se a existência de oficinas de impressão em 108 cidades; em 1500, o número era de 226.
Durante o século XVI os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continuou a ser a capital da imprensa, seguida de perto por Paris, Leon, Frankfurt e Antuérpia. A Europa tipográfica começava a deslocar-se de Itália para os países do Norte da Europa, onde funcionava como elemento difusor do humanismo e da Reforma oriunda das cidades italianas.
7 - Brasil: Colosso Latino – Porque não houve divisão
7.1 - A História da Imprensa no Brasil
    Com medo de Napoleão Bonaparte e seu exército, a família real portuguesa veio instalar-se no Brasil em 1808, e uma das primeiras medidas adotadas por D. João foi abrir os portos brasileiros para as nações amigas.
    A Inglaterra, por sua vez, se aproveitou disso para exercer sua influência sobre o Brasil. Os comerciantes ingleses deixaram seu país, vindo para o Brasil; com isso, trouxeram sua cultura e suas idéias. A chegada da corte também permitiu mudanças: foram fundadas novas escolas e o ensino superior foi implantado, assim, o grau de instrução dos estudantes tornou-se mais alto.
   Ainda em 1808, D. João autorizou a Imprensa Régia, sujeita a forte censura para impedir o aparecimento ou divulgação de qualquer coisa contra o reino, a família e os bons costumes.
   No dia 10 de setembro de 1808 foi publicado o primeiro jornal brasileiro oficial: “A Gazeta do Rio de Janeiro”. Este publicava notícias sobre a natureza européia, documentos oficiais, as virtudes da família real, enfim, divulgava pontos a favor da família real e suas origens.
   Havia também jornais não oficiais. “O Correio Braziliense" ou “Armazém literário”, deHipólito José da Costa, maçônico foragido que redigia o jornal na Inglaterra e exportava por meio de contrabando para o Brasil, tinha mais de 100 páginas. Era vendido, em média, uma vez por mês.
   A Revolução do Porto pôs fim ao absolutismo português e exigiu a volta de D. João VI em 1820. O processo de independência foi acelerado com muitos grupos brasileiros por terem diferentes projetos. 
   Um dos maiores exemplos do papel da imprensa na independência foi o “Revérbero Constitucional Fluminense”, escrito por Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, em setembro de 1821. Em São Paulo, o primeiro jornal impresso só foi surgir em 1823; era o chamado “Farol Paulistano”.
   O “Diário do Rio de Janeiro” era um jornal um pouco diferente. Ele levava a neutralidade ao extremo. 
   Após a independência, a imprensa viveu um período de agressões aos jornalistas e muitos tumultos. A aristocracia rural brasileira, liderada por José Bonifácio, perseguia de maneira implacável seus opositores. Os liberais radicais e seus jornais foram os principais alvos. Como consequência, o jornal “Malagueta Extraordinária”, de Augusto May, criticou a falta de liberdade da imprensa e o abuso de autoridade do governo. Porém, recebeu muitas ofensivas por resposta, inclusive vulgares, e, não bastando isto, foi espancado violentamente em sua própria casa.
  Os jornais não davam trégua aos portugueses, embora a Assembléia Constituinte e o imperador fizessem parte do maior palco de atritos. Com o espancamento do jornalista David Pamplona, a situação tornou-se mais grave. D. Pedro I, então, dissolveu a Assembléia Constituinte, dando força à imprensa. Cipriano Barata foi o jornalista que mais se destacou na época, que foi caracterizada pela participação de grandes escritores, dentre eles, alguns dos maiores autores da literatura brasileira. 
Em 1857, “O Diário do Rio de Janeiro” publicou “O Guarani”, série de incrível sucesso.  
No ano de 1855, o “Brasil Ilustrado” iniciou a publicação regular de uma revista de caricaturas. Já em 1876, foi o ano da “Revista Ilustrada”, semanal, cujo destaque era Ângelo Agostini.
O jornal “A República”, surgiu no Rio de Janeiro, em 1870. Ficou famoso pela publicação do manifesto republicano. Em São Paulo, o “Correio Paulistano” agitava a opinião pública sobre a abolição e a República. Nesta época já haviam jornais espalhados por todo o país. 
Em 16 de novembro de 1889, o jornal republicano “A Província de São Paulo” publicava em letras ocupando toda a página: ``Viva a República” e passava a se chamar “O Estado de São Paulo”.
1907 - O carioca Gazeta de Notícias é o primeiro jornal editado em cores.
1910  funda a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no Rio de Janeiro
7.2 - Constituições Brasileiras
A Constituição é a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém um conjunto de normas reguladoras referentes, entre outras questões, à forma de governo, à organização dos poderes públicos, à distribuição de competências e aos direitos e deveres dos cidadãos. O Brasil tem na sua história sete constituições, uma no período monárquico e seis no período republicano. As mudanças constitucionais, em geral, ocorrem no contexto de importantes modificações sociais e políticas do país.
A Constituição de 1824 – Primeira Constituição do país, outorgada por dom Pedro I. Mantém os princípios do liberalismo moderado. 
Principais medidas – Fortalecimento do poder pessoal do imperador com a criação do Poder Moderador acima dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. As províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador. Eleições indiretas e censitárias, com o voto restrito aos homens livres e proprietários e condicionado a seu nível de renda
Reformas – Ato Adicional de 1834, que cria as Assembléias Legislativas provinciais. Legislação eleitoral de 1881, que eliminou os dois turnos das eleições legislativas.
A Constituição de 1891 – Promulgada pelo Congresso Constitucional que elege Deodoro da Fonseca presidente. Tem espírito liberal, inspirado na tradição republicana dos Estados Unidos. 
Principais medidas – Estabelece o presidencialismo, confere maior autonomia aos estados da federação e garante a liberdade partidária. 
Institui eleições diretas para a Câmara, o Senado e a Presidência da República, com mandato de quatro anos. O voto é universal e não-secreto para homens acima de 21 anos e vetado a mulheres, analfabetos, soldados e religiosos. Determina a separação oficial entre o Estado e a Igreja Católica e elimina o Poder Moderador. 
A Constituição de 1934 – Promulgada pela Assembléia Constituinte durante o primeiro governo do presidente Getúlio Vargas, reproduz a essência do modelo liberal anterior. 
Principais medidas – Confere maior poder ao governo federal. Estabelece o voto obrigatório e secreto a partir dos 18 anos e o direito de voto às mulheres, já instituídos pelo Código Eleitoral de 1932. Prevê a criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho. 
A Constituição de 1937 – Outorgada por Getúlio Vargas, é inspirada nos modelos fascistas europeus. Institucionaliza o regime ditatorial do Estado Novo. 
Principais medidas – Institui a pena de morte, suprime a liberdade partidária e anula a independência dos poderes e a autonomia federativa. Permite a suspensão de imunidade parlamentar, a prisão e o exílio de opositores. Estabeleceu eleição indireta para presidente da República, com mandato de seis anos. 
A Constituição de 1946 – Promulgada durante o governo Dutra, reflete a derrota do nazi-fascismo na II Guerra Mundial e a queda do Estado Novo. 
Principais medidas – Restabelece os direitos individuais, extinguindo a censura e a pena de morte. Devolve a independência dos três poderes, a autonomia dos estados e municípios e a eleição direta para presidente da República, com mandato de cinco anos. 
Reformas – Em 1961, sofreu importante reforma com a adoção do parlamentarismo, posteriormente anulado pelo plebiscito de 1963, que restaura o regime presidencialista. 
CONSTITUIÇÃO DE 1967 – Promulgada pelo Congresso Nacional durante o governo Castello Branco. Institucionaliza a ditadura do Regime Militar de 1964. 
Principais medidas– Mantém o bipartidarismo criado pelo Ato Adicional nº 2 e estabelece eleições indiretas para presidente da República, com mandato de quatro anos. 
Reformas – Emenda Constitucional nº 1, de 1969, outorgada pela Junta Militar. Incorpora nas suas Disposições Transitórias os dispositivos do Ato Institucional nº 5 (AI-5), de 1968, permitindo que o presidente, entre outras coisas, feche o Congresso, cassar mandatos e suspender direitos políticos. Dá aos governos militares completa liberdade de legislar em matéria política, eleitoral, econômica e tributária. Na prática, o Executivo substitui o Legislativo e o Judiciário. No período da abertura política, várias outras emendas preparam o restabelecimento de liberdades e instituições democráticas. 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 – A oitava constituição brasileira é promulgada durante o governo José Sarney. A carta de 1988 define maior liberdade e direitos ao cidadão, reduzidos durante o Regime Militar, viabiliza a incorporação de emendas populares e mantém o status do Estado como república presidencialista.

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