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Módulo VIII- Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento

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NASCIMENTO
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO
MÓDULO V I I I
BY TATIANE LEON
Tatiane Leon 
 
 RN com mais de 2 
kg; 
 RN com mais de 35 
semanas; 
 RN com APGAR 
maior ou igual a 7 
no 1ª e 5ª min. de 
vida. 
Módulo VIII- Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento 
Intermediária PB01 
 
 
 
1. Discorrer sobre os princípios do 
alojamento conjunto, assim como seus 
testes de triagem e atendimento ao recém-
nascido na sala de parto. 
 
Alojamento Conjunto 
Segundo o Caderno de Atenção à Saúde da Criança, 
do Ministério da Saúde, o Alojamento Conjunto é o 
sistema hospitalar onde o recém-nascido sadio já 
pode ficar junto à mãe desde o nascimento até a alta 
hospitalar. Os cuidados prestados nesse sistema 
hospitalar envolvem tanto as orientações à mãe 
sobre os cuidados que deve ter com o seu bebê como 
a realização dos principais exames de triagem 
neonatal. 
Benefícios do Alojamento Conjunto: 
 Incentivar o Aleitamento Materno; 
 Estimular o vinculo do binômio mãe-filho; 
 Reduzir a ansiedade dos pais; 
 Diminuir o risco de infecção hospitalar; 
 Facilitar a interação multidisciplinar da 
com a equipe de saúde, como enfermeiros e 
pediatras; 
 Facilitar a participação paterna nos 
cuidados ao recém-nascido 
 
Indicações: 
 
- Em relação à mãe: ausência de patologia de risco 
para o recém-nascido. 
 
-Em relação ao bebê: 
 boa capacidade de sucção; 
 Boa vitalidade 
 
 
 
 
 
 
 
Contraindicações: 
 RN com APGAR menor que 7 nos 1ª e 5ª 
min. de vida; 
 RN com malformações que impedem a 
amamentação (ex. não fechamento da 
fenda palatina, lábio leporino); 
 RN com mãe diabética; 
 RN com patologias. 
 
Primeira Visita: 
 Ocorre durante o 1ª e o 2ª dia de vida; 
 Objetivos: 
 Avaliação do vínculo 
estabelecido entre a mãe e o 
bebê; 
 Avaliação da amamentação 
(posição adequada, sucção 
satisfatória); 
 Avaliação do colostro 
(quantidade, aspecto) 
Tatiane Leon 
 
 Avaliação da primeira diurese 
(normal até 24 horas); 
 Avaliação do mecônio (aceitável 
até 48 horas); 
 Principais exames: teste do 
reflexo vermelho (“teste do 
olhinho”) e triagem auditiva 
(“teste da orelhinha”) 
 Verificação de icterícia neonatal, 
principalmente nas primeiras 
horas de vida. 
Segunda Visita: 
 Ocorre entre o 2ª e o 3ª dia de vida; 
 Objetivos: 
 Realização do exame físico 
completo; 
 Verificação da possibilidade de 
alto do neonato: 
 Amamentação sem 
problemas; 
 RN sem risco de vida; 
 RN com peso maior que 
2kg ou menor que 1,9 
kg, porém com 
evolução no peso de 20 
g/dia; 
 Obs: A alta deve ser 
dada entre 36 e 48 
horas de vida do RN. 
 Principais exames: triagem para 
cardiopatia congênita (“teste do 
coraçãozinho”). Realizado a 
partir de 24 horas de vida; 
Obs: Exames Físicos do Recém-nascido 
 Estado Geral 
 Face 
 Crânio 
 Neurológico 
 Pescoço 
 
Triagem Neonatal 
 
Teste do Olhinho 
 Exame simples, rápido e indolor; 
 Deve ser feito logo após o nascimento; 
 Consiste na iluminação de um feixe de luz 
no olho do bebê. Se esse reflexo for 
enxergado pelo bebê significa que não há 
defeitos no eixo óptico que impeçam a 
entrada e saída de luz pela pupila. 
 Importância: Possibilidade de detectar e 
tratar precocemente possíveis alterações 
no eixo óptico do bebê que impeçam a 
entrada e saída da luz. Essas alterações 
podem ser causadas, por exemplo, por 
glaucoma e catarata. 
Teste da Orelhinha 
 Exame rápido, seguro, indolor e 
obrigatório; 
 Deve ser feito a partir de 48h de vida; 
 Geralmente se faz quando o bebê está 
dormindo; 
 Segundo a SBP, o teste consiste na 
produção de um estímulo sonoro e na 
captação do seu retorno através de uma 
sonda introduzida na orelha do bebê. 
 Importância: Detectar e corrigir, logo que 
possível, defeitos auditivos, como surdez. 
 
Teste do Coraçãozinho 
 É a aferição da oximetria de pulso; 
 Deve ser feito entre 24 e 48 h de vida; 
 O teste consiste na colocação do aparelho 
chamado de oxímetro na mão direita do 
bebê e em um dos pés. Mede a 
Tatiane Leon 
 
concentração de oxigênio no sangue 
arterial do neonato; 
 Importância: detectar e tratar 
precocemente cardiopatias graves. 
 Diagnóstico/Resultado: 
 Normal: saturação maior ou 
igual a 95% nos MMII e nos 
MMSS. E diferença menor que 
3% entre as medidas do membro 
superior direito e membro 
inferior; 
 Anormal: saturação inferior a 
95% ou diferença igual ou 
maior que 3% entre as medidas 
de membro superior direito e 
membro inferior 
Teste do Pezinho 
 Obrigatório por lei; 
 Conjunto de exames realizados através do 
sangue coletado do calcanhar do bebê; 
 Deve ser realizado entre o 3ª e 7ª dia de 
vida; 
 Importância: detecta doenças associadas 
a danos físicos e mentais, como: 
 Fenilcetonúria; 
 Hipotireoidismo Congênito; 
 Anemia Falciforme; 
 Fibrose Cística. 
 
2. Evidenciar as alterações fisiológicas 
cardiopulmonares no neonato, atrelado 
às alterações fisiológicas 
relacionadas à asfixia perinatal. 
 
Função Pulmonar Neonatal 
 
A função pulmonar neonatal só poderá ser 
estabelecida mediante o desenvolvimento e 
maturidade do controle respiratório pelo neonato. 
No período fetal, os pulmões estão preenchidos 
por líquido, porém ao nascer (e até mesmo um 
pouco antes desse período, através do transporte 
ativo de sódio feito pelo epitélio pulmonar) esse 
líquido vai sendo substituído por ar. Durante o 
parto normal, a compressão feita no tórax auxilia 
ainda mais na remoção desse líquido. Já a partir 
da 25ª semana de gestação, os alvéolos fetais e 
pneumócitos tipo II, produtores de surfactante, 
estão em constante amadurecimento, o que facilita 
ainda mais a respiração do bebê ao nascer. Vale 
lembrar ainda da importância do surfactante 
para a minimização da chance dos alvéolos se 
colabarem. Caso a produção desse surfactante 
seja insuficiente, poderá causar no neonato o 
quadro de atelectasia, ocorrendo a síndrome do 
desconforto respiratório. 
 
 
Função Cardiovascular Neonatal 
 
A principal característica cardiovascular no 
período fetal é o desvio de sangue feito da direita 
para a esquerda, através do ducto arterioso 
patente (conectando artéria pulmonar e aorta) e do 
forame oval (conectando átrios direito e esquerdo). 
Geralmente, logo após o nascimento essas duas 
estruturas se fecham. O desvio é feito devido à 
elevada resistência das arteríolas pulmonares e 
pela baixa resistência ao fluxo sanguíneo na 
circulação sistêmica. 
O forame oval permanece aberto devido às 
diferenças das pressões dos átrios: a pressão no 
átrio esquerdo (AE) é mais baixa porque pouco 
sangue retorna dos pulmões, em contrapartida, a 
pressão no átrio direito(AD) é mais elevada 
devido ao grande volume de sangue que retorna 
da placenta. Ao nascer, o inverso ocorre: a 
pressão do AE aumenta, pois o fluxo pulmonar 
também aumenta e a pressão do AD diminui 
decorrente da cessação ou diminuição do fluxo 
sanguíneo placentário. Isso justifica o fechamento 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos
Tatiane Leon 
 
do ducto arterioso e do forame oval após o 
nascimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Internet. 
 
 
Asfixia Perinatal 
 
Quadro caracterizado pela falta de oxigenação 
adequada fetal-neonatal no periparto (período 
entre o último mês de gestação até 5 meses após o 
parto), ao nascimento ou nos primeiros minutos de 
vida. As principais causas associadas à asfixia 
perinatal são: 
 Interrupção do fluxo sanguíneo através do 
cordão umbilical; 
 Interrupção da troca gasosa devido ao 
descolamento placentário; 
 Alteração da perfusão placentária; 
 Falha na expansão pulmonar logo após o 
nascimento (Ex. produção insuficiente de 
surfactante) 
 
 
ApneiaPrimária e Secundária 
 
A fase inicial da asfixia neonatal é marcada por 
respirações rápidas e profundas, associada ao 
aumento da frequência cardíaca (FC) e da pressão 
arterial(PA). Se o quadro continuar, os movimentos 
respiratórios param e a FC começa a cair, 
mantendo-se ainda a PA. Essa fase é chamada de 
apneia primária e quando o neonato ainda se 
encontra nela, a estimulação táctil e o oxigênio 
inalatório revertem o quadro. No entanto, se o 
quadro persistir, a FC e a PA continuar caindo e a 
frequência respiratória se tornar cada vez mais 
irregular e fraca até desaparecer (último gasping), 
o neonato entra na fase de apneia secundária. 
Nesta fase, a estimulação táctil o oxigênio 
inalatório não são mais eficazes, sendo necessária 
a aplicação de ventilação com pressão positiva e 
oxigênio a 100%. Na sala de parto, frente a um 
RN em apneia, deve-se considerá-lo como em 
apneia secundária, iniciando imediatamente a 
ventilação com pressão positiva e oxigênio a 100%. 
 
 
 
Reanimação Neonatal 
 
Mundialmente, a prematuridade e a asfixia 
neonatal são as duas principais causas da 
mortalidade neonatal. E de todas as lesões 
neurológicas que podem acometer o neonato, a 
asfixia neonatal, sem dúvidas, é a causa mais 
grave, pois poderá causar danos irreversíveis, 
como epilepsia, retardo mental e paralisia 
cerebral. Segundo dados do Programa de 
Reanimação Neonatal, só no período de 2005 e 
2010, no Brasil, ocorreram 5-6 mortes diárias 
de neonatos associados à asfixia neonatal 
decorrente da síndrome de aspiração de mecônio. 
Seja qual for a causa da asfixia, a reanimação 
neonatal é um dos procedimentos realizados no 
neonato para reverter essa complicação. As 
práticas dessa reanimação são baseadas nas 
recomendações da International Liaison Committee 
on Resuscitation (ILCOR), que foram publicadas 
também no Programa de Reanimação Neonatal da 
Sociedade Brasileira de Pediatria. A depender da 
gravidade, as manobras de reanimação ainda 
incluem: 
 Intubação traqueal (ex. Em caso de 
presença de líquido amniótico meconial); 
Tatiane Leon 
 
 Massagem cardíaca coordenada com 
ventilação adequada (3:1); 
 Avaliar FC continua com monitor; 
 Considerar cateterismo venoso; 
 Medicações. 
 
Fluxograma da reanimação neonatal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Internet. 
 
Valores desejáveis de Sat O2 
 
 
 
3. Explanar as escalas de vitalidade no 
recém-nascido e da idade gestacional. 
 
 
Avaliação e Classificação do RN 
 
A idade gestacional pode ser determinada a partir 
do primeiro dia do último período menstrual ou 
pelos métodos de Capurro, Dubovitz ou Ballard. 
 
Classificação do RN: 
 Pré-termo: nascidas ate 36 semanas e 6 
dias de gestação ou nascidas ate 37 
semanas e 6 dias (256 dias), segundo 
AAP (Academia Americana de Pediatria). 
 A termo: nascidas entre 37 e 41 semanas 
e 6 dias de gestação (OMS) e nascidas 
entre 38 e 41 semanas e 6 dias(AAP). 
 Pós-termo: nascidas com 42 semanas ou 
mais de gestação 
 Baixo peso: todo RN com PN inferior a 
2500g. 
 Muito baixo peso: RN com menos de 
1500g. 
 Extremo baixo peso: RN com menos de 
1000g. 
 
 
Avaliação da idade Gestacional (IG) do RN 
 
A idade gestacional do RN pode ser determinada 
também através das características somáticas e 
neurológicas encontradas no RN. 
 
Método de Capurro 
 Utiliza 5 parâmetros somáticos e 2 
neurológicos 
 
 
 
 
Minutos de Vida Sat. O2 pré-ductal 
Até 5 70 a 80% 
5 a 10 80 a 90% 
> 10 85 a 95% 
Tatiane Leon 
 
 
*parâmetros somáticos 
*parâmetros neurológicos 
 
Pontuação: 
 
 Forma da orelha 
0 = chata, disforme, pavilhão não encurvado; 
8 = pavilhão parcialmente encurvado na borda; 
16 = pavilhão parcialmente encurvado em toda 
parte superior; 
24 = pavilhão totalmente encurvado. 
 
 Textura da pele 
0 = muito fina; 
5 = fina e lisa; 
10 = um pouco mais grossa, com discreta 
descamação superficial; 
15 = grossa, com rugas superficiais e descamação 
nas mãos e pés; 
20= grossa, apergaminhada, com rugas 
profundas. 
 
 Glândula mamária 
0 = não palpável; 
5 = palpável, menor de 5 mm; 
10 = entre 5 e 10 mm; 
15 = maior de 10 mm; 
 
 Pregas plantares 
0 = sem pregas; 
5 = marcas mal definidas na parte anterior; 
10 = marcas bem definidas sobre a metade anterior 
e sulcos no terço anterior; 
15 = sulcos na metade anterior da planta; 
20 = sulcos em mais da metade anterior da planta. 
 
 Formação do mamilo 
0 = visível; 
5 = aréola pigmentada, com diâmetro menor que 75 
mm; 
10 = aréola pigmentada, pontiaguda, diâmetro 
;menor que 75 mm, borda não elevada; 
15 = borda elevada, diâmetro maior que 75 mm. 
 
 
 Sinal de xale 
0 = o cotovelo alcança a linha axilar anterior do 
lado oposto; 
6 = o cotovelo situado entre a linha axilar anterior 
do lado oposto e a linha media; 
12 = o cotovelo situado ao nível da linha media; 
16 = o cotovelo situado entre a linha média e a 
linha axilar anterior do mesmo lado. 
 
 Posição da cabeça ao levantar o RN 
0 = cabeça totalmente deflexionada, com ângulo 
torácico de 270°; 
4 = ângulo cervicotorácico entre 180 e 270°; 
8 = ângulo cervicotorácico igual a 180°; 
12 = ângulo cervicotorácico menor do que 180°. 
 
Capurro somático: 
A + B + C + D + G + 204 = IG em dias 
 
Capurro somatico e neurologico: 
A + B + C + D + E + F + 200 =IG em dias 
Desvio padrão (DP)=8,4 dias 
 
Método de Ballard 
 Criado em 1991por Ballard e outros 
colaboradores; 
 Utiliza 6 parâmetros somáticos e 6 
neurológicos; 
 Aplicável a todo recém-nascido; 
 Foi modificado em 1993 para ser 
aplicado também a prematuros com menos 
de 29 semanas. 
 
 
 
Forma da orelha* 0 8 16 24 
Textura da pele* 0 5 10 15 20 
Glândula mamária* 0 5 10 15 
Pregas plantares* 0 5 10 15 20 
Formação do mamilo* 0 5 10 15 
Sinal de Xale * 0 6 12 18 
Posição da cabeça ao 
levantar o RN* 
 
0 
 
4 
 
8 
 
12 
 
Tatiane Leon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escala ou Índice de Apgar 
 
 Consiste na avaliação de cinco sinais no 
1ª, no 5ª e no 10ª minuto após o 
nascimento; 
 A escala varia de uma pontuação de 0 a 
2; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Ministério da Saúde. 
 
 A soma desses pontos resultará no Índice 
de Apgar: 
 8-10: presente em cerca de 
90% dos recém- nascidos. 
Condições ótimas; 
 5 a 7: neonato apresentou 
dificuldade leve; 
 3 a 4: o bebê apresentou 
dificuldade moderada; 
 0 a 2: o bebê apresentou 
dificuldade grave. 
 
 
4. Elucidar o mecanismo fisiológico da 
icterícia neonatal, bem como as alterações 
de pele mais comuns. 
 
Icterícia Neonatal 
 
 Um dos problemas mais frequentes no 
período neonatal; 
 É caracterizado pelo quadro de 
hiperbilirrubinemia; 
 Hiperbilirrubinemia  bilirrubina 
indireta maior que 1,5mg/dL ou 
bilirrubina direta maior que1,5mg/dL; 
 A bilirrubina é majoritariamente 
proveniente da destruição das hemácias 
velhas. No entanto, quando os níveis de 
bilirrubina estão muito elevados no corpo e 
se não forem tratados de modo correto 
poderão causar complicações cerebrais, 
chamado de Kernicterus; 
 Fisiopatologia: 
 Causa fisiológica: RN possui 
baixa capacidade de captação, 
conjugação e excreção hepática 
da bilirrubina, além de produzir 
maior quantidade dessa 
substância, visto que possui 
mais hemoglobina e hemácias 
com menor meia vida; 
 Causa patológica: pode decorrer 
de 3 fatores: 
o aumento na produção 
de bilirrubina. Pode 
ser decorrente de 
doenças hemolíticas e 
policitemia; 
Fonte: Ministério da Saúde. 
Tatiane Leon 
 
o diminuição da 
clearance. Ocorre na 
Síndrome Crigler-
Najar tipo I e II, 
síndrome de Gilbert, 
diabetes materna, 
hipotiroidismo 
congênito e 
galactosemia; 
o aumento da circulação 
êntero-hepática. Pode 
ser decorrente de 
alterações da 
motilidade intestinal. 
 Quadro clínico: coloração amarelada na 
pele e nos olhos do bebê 
 A icterícia tende a desaparecer em torno 
de duas semanas; 
 Tratamento: 
o Fototerapia: É a mais utilizada 
mundialmente e é eficaz em 
quase todosos casos, exceto em 
RN com quadros hemolíticos 
graves. Ou seja, a eficácia 
depende de fatores como: causa 
da icterícia, concentração sérica 
de bilirrubina, tipo de luz 
emitida (fluorescente, branca, 
que é a luz solar ou azul) e dose 
de radiância; 
o Exanguineotransfusão: A 
principal indicação é para casos 
de doença hemolítica grave por 
incompatibilidade Rh. Pode ser 
indicada logo após o nascimento 
e a escolha do tipo de sangue 
depende da causa da icterícia. 
Se for por DH por 
incompatibilidade Rh, utiliza-se 
o tipo sanguíneo do RN, Rh 
negativo ou tipo ORh-. O sangue 
também deve ter menos de 3 dias 
de estocagem e estar a 
temperatura de 37 graus 
Celsius. Possui algumas 
complicações, como: quadros de 
trombocitopenia, trombose de 
veia porta, perfuração da veia 
porta ou umbilical, infecções 
virais, entre outras. 
 
Alterações de pele mais comuns 
 
Eritema Tóxico 
 Quadro benigno e assintomático; 
 Frequente nas primeiras 48 horas de 
vida; 
 Causa desconhecida, porém alguns 
estudiosos relacionam o eritema tóxico a 
uma reação inflamatória da pele 
decorrente da colonização microbiana 
após o nascimento; 
 Manifestação clínicas: erupção de 
pápulas pequenas e eritematosas, de 
vesículas e de pústulas, principalmente no 
tronco, nádegas e membros proximais; 
 Geralmente regridem em até 2 semanas 
sem deixar sequelas. 
 
Hiperplasia sebácea 
 Causada pelo estimulo hormonal materno; 
 Caracterizada pelo aparecimento de 
pápulas pequenas e numerosas (cerca de 
1 mm), de cor amarelada, atingindo 
áreas do dorso nasal, bochechas e lábio 
superior; 
 Desaparece em poucas semanas. 
 
 
Milária 
 Observada a partir da 2ª semana de 
vida; 
 Caracterizada pela presença de pequenas 
vesículas superficiais na pele; 
Tatiane Leon 
 
 Ocasionada por obstrução ou imaturidade 
dos canais das glândulas sudoríparas do 
neonato; 
 Mais comum na época de calor ou após 
fototerapia; 
 Ao melhorar, deixam descamação 
residual; 
 Existem 3 tipos: cristalina, rubra e 
profunda. 
 
Impetigo Bolhoso 
 Comuns em lactentes e geralmente são 
assintomáticos; 
 Caracterizado por bolhas flácidas e 
superficiais, que se rompem facilmente, 
deixando áreas desnudas; 
 Aparecem principalmente ao redor do 
umbigo, na área da fralda e nas dobras 
do pescoço e axila; 
 O tratamento se dá pela limpeza diária da 
região atingida com água e sabão e com 
antibióticos tópicos. 
 
Dermatite seborreica 
 Frequente nas primeiras semanas de vida; 
 Caracterizada pela erupção eritematosa 
coberta por escamas oleosas de cor 
amarelo-acinzentadas, principalmente, no 
couro cabeludo, rosto, sobrancelhas, 
nariz e pregas axilares e inguinais; 
 Acredita-se que fatores hormonais 
maternos, ao produzirem aumento na 
produção sebácea e fatores nutricionais, 
como a deficiência de biotina, podem estar 
associados às casas da dermatite sebo 
 
 
 
 
 
Fechamento PB01 
 
 
1. Discorrer sobre a consulta de 
Puericultura, bem como sua importância 
para o desenvolvimento efetivo do neonato. 
 
As consultas de Puericultura são caracterizadas 
pelo acompanhamento do crescimento e 
desenvolvimento da criança. Devem ser feitas a 
partir do nascimento, pois, são importantes para a 
detecção precoce de doenças, o que auxilia na 
escolha de um tratamento eficaz e em tempo hábil. 
As consultas envolvem tanto avaliações físicas e 
psicomotoras quanto orientações sobre 
amamentação, alimentação e cuidados. 
Frequências das Consultas 
Frequência Idade 
Mensal Até 6 meses 
Trimestral 6-12 meses 
Semestral 12-24 
Anual A partir dos 3 anos 
 
Durante a primeira consulta, deve ser feita uma 
anamnese completa: 
 Avaliar condições de nascimento do bebê 
(local e tipo do parto, se prematuro ou 
não, índice de Apgar...); 
 Condição de saúde dos pais; 
 Verificar exames de triagem neonatal; 
 Verificar vacinas tomadas; 
 Alimentação (adequada, dificultada, 
nutritiva...); 
 Higiene física e mental. 
 
 
 
 
Tatiane Leon 
 
Exame Físico 
Avaliar: 
 Avaliar peso, comprimento e perímetro 
cefálicos adequados para a idade; 
 
 
 
 
Fonte: Sanar. 
Obs: É aceitável que o bebê perca cerca de 10% do 
peso ao nascer, porém que recupere em até 15 dias 
de vida. 
 Desenvolvimento social e psicoafetivo: 
interação da família com o bebê; 
 Estado Geral: postura, respiração, 
temperatura axilar, estado de vigília; 
 Face: assimetria, malformação ou 
deformidade; 
 Pele: verificar presença de edema, 
palidez, cianode e icterícia. 
 Crânio: examinar as fontanelas 
 Olhos: reflexo fotomotor e Teste do 
reflexo vermelho; 
 Orelhas e audição: teste da 
orelhinha, verificar formato, tamanho 
e simetria da orelhas; 
 Nariz, boca: presença ou não de 
secreção(sífilis), dificuldade que 
atrapalhe a pega na hora da 
amamentação; 
 Pescoço: posição viciosa da cabeça, 
torcicolo 
 Tórax: procurar por assimetrias 
 Abdome: observar a respiração, 
procurar por hérnias inguinal e 
umbilical; 
 Genitália: meninos: verificar a 
presença dos testículos, apalpando a 
bolsa escrotal e presença de fimose; 
meninas: pode haver presença de 
secreção esbranquiçada devido à o 
passagem de hormônios maternos; 
 Ânus e reto: analisar permeabilidade 
anal, posição do orifício e se há 
presença de fissuras. 
 Sistema osteoarticular: examinar 
MMSS e MMII, testes de Ortolani e 
de Barlow; 
 Coluna vertebral: examinar a coluna, 
sobretudo da região lombo-sacra até 
a linha média; 
 Avaliação neurológica: reflexos 
arcaicos e movimentos espontâneos de 
flexão/extensão dos membros. 
Orientações 
 Importância da amamentação 
exclusiva até os 6 meses; 
 Após os 6 meses, oferecer à criança 
alimentos de forma gradual. Oferecer 
papinhas de frutas, verduras 
 Importância da continuidade das 
consultas de Puericultura; 
 Cuidado e prevenção de acidentes com 
crianças; 
 Importância do vínculo afetivo 
familiar; 
 Vacinação em dias; 
 Importância da suplementação de 
Vitamina D e Ferro; 
 Higiene bucal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tatiane Leon 
 
Desenvolvimento 
Idade(meses) Esperado 
 
Até 3 meses 
Bebê já sorri, levanta a 
cabeça e segue objetos 
com os olhos 
 
3-6 
Senta com apoio, rola 
na cama, acompanha 
sons, leva os pés à boca 
 
6-9 
Já senta sem apoio, 
brinca de “cadê-
achou”, reconhece o 
rosto materno 
 
 
9-12 
Consegue levantar se 
apoiando, tenta dar os 
primeiros passos, 
balbucia, emite sons, 
como “não” 
 
12-36 
Controla esfíncteres, 
anda e fala com maior 
autonomia. 
 
 
2. Evidenciar a fisiopatologia das cólicas 
neonatais. 
A cólica é uma das causas mais comuns associadas 
ao choro excessivo ou inconsolável do neonato. Ela é 
comum, sobretudo, nos primeiros três meses de vida 
e corresponde a cerca de 20% nas consultas 
pediátricas. 
Principais manifestações: 
 choro forte, inconsolável, agudo e 
estridente; 
 o bebê fica vermelho com as coxas 
fletidas sobre o abdome; 
 O bebê se sente aparentemente mais 
aliviado ao soltar pum; 
 O choro do bebê tem breves pausas, 
no entanto, pode se prolongar por 
horas. 
Etiologia 
 Possui causas desconhecidas; 
 Porém alguns estudiosos associam a 
cólica à imaturidade do TGI do 
neonato, que faz digestão incompleta, 
principalmente da lactose. 
Diagnóstico 
 Não possui exame físico nem 
laboratorial para diagnosticar a 
cólica, sendo, portanto, totalmente, 
clínico; 
 Os critérios clínicos mais utilizados 
ainda são os de Wessel, chamado de 
a “regra dos 3”; 
 Se o choro dura pelo menos 3 horas, 
pelo menos 3 dias por semana e pelo 
menos 3 semanas seguidas, 
desaparecendo aos 3 meses de vida é 
classificado como quadro típico de 
cólica; 
 O choro também pode ocorrer em 
horário predeterminado, geralmente 
no finalzinho da tarde e início da noite 
(19-23 horas). 
Tratamento 
 Baseado em acalcar o bebê e tentar 
conter o choro; 
 A mãe que amamenta deve evitar 
comer alimentos gordurosos, 
chocolate, feião, repolho, enfim, 
alimentosque possam causar 
desconforto intestinal no bebê; 
 Fazer “manobras de bicicletinha” nas 
pernas do bebê; 
 Fármacos: Apenar de fármacos como 
a simeticona serem utilizados com 
frequência, eles não mostram eficácia 
prolongada. É o sabor adocicado da 
simeticona que acalma o bebê. Porém 
depois de algum tempo, o bebê volta a 
chorar. 
 
3. Discutir acerca das possíveis causas do 
aparecimento das lesões bolhosas da 
região abdominal e inguinal. 
 
Tatiane Leon 
 
Eritema Tóxico Neonatal 
 
 Doença benigna e frequente em 
recém-nascidos; 
 Acomete meninos e meninas 
igualmente; 
 Tem duração curta; 
 As áreas mais afetadas são face, 
tronco, braços e nádegas; 
 A extensão das pápulas varia de 
milímetros a centímetros; 
 Geralmente, desaparecem em horas 
ou dias; 
 Etiologia: desconhecida; 
 Diagnóstico: clinico e teste 
laboratorial. 
 
Melanose pustulosa transitória Neonatal 
 Doença mais comum em recém-nascidos 
negros; 
 Doença benigna; 
 Caracterizada pela presença de pústulas 
ou vesículas sem eritema circundante, mas 
que se rompem com facilidade; 
 Podem persistir por meses mas, 
geralmente, desaparecem dentro de 3 a 4 
semanas; 
 As áreas mais afetadas são fronte, parte 
posterior das orelhas, pescoço, parte 
superior do tórax, costas, nádegas, 
abdômen e coxas; 
 Etiologia: desconhecida. 
 
Acne Neonatal 
 Surge nas primeiras semanas de vida; 
 Caracteriza-se pelo aparecimento de 
múltiplas pápulas ou pústulas 
eritematosas inflamatórias no nariz, 
fronte e bochechas. 
 Etiologia: indefinida, no entanto, acredita-
se estar associada estímulo de glândulas 
sebáceas por andrógenos maternos e do 
recém-nascido; 
 Desaparecem dentro de um a três meses e, 
geralmente, não formam cicatriz; 
 Tratamento: não requer, no entanto, a 
loção de peróxido de benzoíla e solução de 
eritromicina são utilizadas. 
 
Foliculite pustulosas eosinofílica 
 Pode surgir ao nascer ou durante os 
primeiros dias de vida; 
 Caracterizada pela presença de pústulas 
amareladas no couro cabeludo, face, 
tronco e extremidades. A presença de 
prurido (coceira) e irritabilidade são 
comuns também em lactentes; 
 Essas pústulas podem formar crostas 
dois a três dias após o surgimento; 
 Diagnóstico: clínico e laboratorial (teste 
de Tzanck e a coloração de Gram); 
 Etiologia: desconhecida; 
 A persistência dessa dermatite em 
lactentes pode ser devido a AIDS; 
 Tratamento: Os corticosteóides tópicos de 
baixa e média potência e/ou antibióticos 
são opções utilizadas. 
 
Dermatite atópica 
 Doença crônica mais comum na infância; 
 Mais comum em zonas urbanas; 
 Caracterizada por pele seca e prurido em 
regiões típicas que variam de acordo com 
a faixa etária; 
 Etiologia: multifatorial (clima, sudorese, 
infecções, alimentos, estresse) 
 Nos lactentes, o quadro é iniciado no 
rosto e bochechas, na superfície de 
extensão dos membros e na área da 
fralda; 
 Já em pré-escolares e escolares, inicia-
se nas pregas antecubitais e dobras 
poplíteas, com xerose, placas eritêmato-
escamosas e prurido aumentado; 
 Profilaxia: banho com água morna sem 
friccionar a pele, usar perfumes e loções 
diluídos em água; 
Tatiane Leon 
 
 Tratamento: uso de corticosteroides e 
hidratantes que diminuam o prurido. 
 
Infecção pelo vírus herpes simples 
 Corresponde a cerca de 5% das infecções 
neonatais intrauterinas, resultando em 
infectado neonatal; 
 As manifestações podem ocorrer a 
qualquer momento entre as primeiras 4 a 
6 semanas de vida; 
 Até um quarto dos recém-nascidos 
infectados apresentam manifestações no 
primeiro dia de vida; 
 A maior parte, cerca de 70% das 
infecções pelo vírus herpes simples são 
causadas pelo tipo 2, que pode ser 
adquirido pelo neonato por via 
placentária, por viremia durante a 
gestação, durante o nascimento ou após o 
nascimento pelo contato com pessoas 
infectados; 
 Manifestações iniciais: letargia, 
hipotermia ou hipertermia, irritabilidade e 
má alimentação. Na pele, aparecem 
vesículas ou pústulas solitárias ou 
agrupadas com eritema na pele e nas 
membranas mucosas. Os olhos também 
podem ser afetados; 
 As pústulas e vesículas podem se 
espalhar rapidamente e afetar não só o 
SNC como também vários órgãos internos; 
 O diagnóstico, que é clínico e laboratorial, 
deve ser imediato, pois se não tratada, 
pode ser fetal em muitos casos. 
 
4. Explanar sobre a triagem neonatal e seus 
exames complementares disponibilizados. 
Os exames complementares são exames 
complementares aos exames físicos e à anamnese. 
Esses exames servem não só para detectar alguma 
doença ou problema que não foi diagnosticado 
anteriormente como também confirmar determinadas 
doenças, como fibrose cística, anemio falciforme, 
hiperplasia adrenal congênita, entre outras. 
 
Hemograma 
É um dos exames mais solicitados na pediatria. Sua 
interpretação deve ser minuciosa e cuidadosa, pois 
seus valores, principalmente, de hemácias e 
leucócitos são diferentes quando comparado aos do 
adulto. 
 
Fenilcetonúria 
 É um erro inato do metabolismo, com 
padrão de herança autossômico 
recessivo; 
 Fisiopatologia: A enzima fenilalanina 
hidroxilase é responsável por 
converter a fenilalanina (aminoácido), 
em excesso no sangue, em tirosina. Se 
por algum defeito ou falta dessa 
enzima, a fenilalanina se acumula no 
sangue e pode causar uma série de 
problemas no corpo, sobretudo no 
cérebro; 
 Principais manifestações: atraso global do 
desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), 
deficiência mental, autismo, convulsões, 
alterações eletroencefalográficas e odor 
na urina; 
 É importante lembrar que se o bebê for 
diagnosticado e tratado (tratamento 
dietético) de forma precoce, esses 
sintomas não aparecerão; 
 Várias metodologias podem ser utilizadas 
para triagem: fluorimétrica, enzimática ou 
espectrometria de massa. 
 Classificação: 
 Clássica: atividade da enzima 
fenilalanina hidroxilase quase 
inexistente < 1%. Níveis de 
fenilalanina plasmática > 20 
mg/dL; 
Tatiane Leon 
 
 Leve: atividade da enzima entre 
1% e 3%. Níveis de fenilalanina 
entre 10 mg/dL e 20 mg/dL; 
 Hiperfenilalaninemia Transitória 
ou Permanente: atividade 
enzimática > 3%. Níveis de 
fenilalanina entre 4 mg/dL e 10 
mg/dL. Considerada benigna. 
 O tratamento com dietas alimentares 
deverá ser mantido por toda a vida. 
Estudos realizados 
 A dieta utilizada é hipoproteica, 
suplementada por uma fórmula de 
aminoácidos isenta de Fenilalanina. 
 
 Hipotireoidismo Congênito 
 Quadro caracterizado pela incapacidade 
da glândula tireoide do neonato em 
produzir quantidades adequadas de 
hormônios tireoideanos; 
 Classificação: 
 Primária: a falha ocorre na 
glândula tireoide; 
 Secundária: deficiência do 
hormônio estimulador da tireoide 
(TSH) hipofisário; 
 Terciária: deficiência do 
hormônio liberador da 
tireotrofina (TRH)hipotalâmico; 
 Resistência periférica à ação 
dos hormônios tireóideos. 
 Principais manifestações: hipotonia 
muscular, dificuldades respiratórias, 
cianose, icterícia, constipação, 
bradicardia, anemia, sonolência, 
alargamentode fontanelas, dificuldade na 
alimentação, entre outras. 
 Tratamento: reposição hormonal dentro do 
tempo oportuno. 
 
 
 
Doença falciforme 
 Doença genética com padrão de herança 
autossômico recessivo, causada por um 
defeito na estrutura da cadeia beta da 
hemoglobina, que leva as hemácias a 
assumirem forma de lua minguante ou 
foice; 
 As alterações genéticas nessa proteína 
(hemoglobina) são hereditárias; 
 Principais manifestações: anemia 
hemolítica, crises de dor, insuficiência 
renal progressiva, AVC, maior 
suscetibilidade a infecções e sequestro 
esplênico, entre outros. 
 Classificação: 
 HbAS: portador de traço 
falciforme; 
 HbSS: portador da doença 
falciforme; 
 Tratamento: farmacológico ou transfusão 
sanguínea; 
 É importante que o tratamento seja iniciado 
antes dos quatro meses de vida para 
evitar infecçõesque poderão levar o 
neonato a óbito. 
 
 
Hiperplasia Adrenal Congênita 
 É um conjunto de síndromes transmitidas 
de forma autossômica recessiva; 
 Caracteriza-se por diferentes deficiências 
enzimáticas responsáveis pela síntese dos 
esteroides adrenais, como o cortisol e a 
aldesterona; 
 As manifestações clínicas dependem da 
enzima envolvida e do grau de deficiência 
enzimática, se parcial ou total; 
 Classificação: forma clássica e não 
clássica; 
 Forma clássica: manifesta-se logo após o 
nascimento e ainda é classificada em dois 
tipos: 
 Forma perdedora de sal: 
corresponde a cerca de 70-
75% dos casos de forma 
clássica e é caracterizada pelo 
comprometimento na síntese de 
aldesterona, resultando na 
perda de sal e desidratação 
Tatiane Leon 
 
hiponatrêmica nas primeiras 
semanas de vida; 
 Forma Virilizante Simples: 
frequente no sexo feminino e é 
caracterizada pela atividade 
enzimática da enzima 21-
hidroxilase(21-OH) totalmente 
comprometida. Manifesta-se 
desde citoromegalia isolada até 
a aparência semelhante a de 
uma genitália masculina, porém 
sem a presença de gônadas 
palpáveis; 
 Forma não clássica: os sintomas iniciam-
se de forma tardia, na infância, 
puberdade ou na fase adulta. A 
intensidade e complicações são menores do 
que a forma clássica; 
 Tratamento: reposição hormonal. 
 
 
Fibrose Cística 
 Chamada também de Mucoviscidose, é 
determinada por um padrão de herança 
autossômico recessivo, trazendo 
complicações, sobretudo, pulmonares e 
pancreáticas; 
 Caracteriza-se pela obstrução causada 
pelo aumento da viscosidade do muco. Nos 
pulmões, o aumento na viscosidade 
bloqueia as vias aéreas, facilitando a 
proliferação de bactérias, o que leva à 
infecção crônica, lesão pulmonar e óbito 
por disfunção respiratória; 
 Já no pâncreas, quando os ductos estão 
obstruídos pelo aumento do muco, ocorre 
uma perda de enzimas digestivas, levando 
à má nutrição; 
 Alguns neonatos podem ser assintomáticos 
por anos, no entanto, os sintomas mais 
graves e complicações relacionados à essa 
doença são: desnutrição, diabetes, 
insuficiência hepática e a osteoporose; 
 Tratamento: consiste em acompanhamento, 
médico regular, suporte dietético, 
utilização de enzimas pancreáticas, 
suplementação vitamínica (vitaminas A, D, 
E, K) e fisioterapia respiratória. 
 
 
Deficiência de Biotinidase 
 Doença metabólica hereditária, 
caracterizada pelo defeito no metabolismo 
da biotina, causando uma depleção dessa 
vitamina devido à incapacidade do 
organismo em reciclá-la ou usá-la; 
 Apresenta uma herança autossômica 
recessiva, com mais de 140 mutações 
descritas; 
 Classificação: 
 Deficiência profunda de 
biotinidase: atividade enzimática 
menor que 10%; 
 Deficiência parcial de 
biotinidase: atividade enzimática 
entre 10% e 30%; 
 Sem deficiência de biotinidase: 
atividade enzimática acima de 
30%; 
 Manifesta‑se a partir da sétima semana 
de vida, com distúrbios neurológicos e 
cutâneos, como crises epiléticas, 
hipotonia, microcefalia, atraso do 
desenvolvimento neuropsicomotor, alopécia 
e dermatite eczematoide; 
Tratamento: através da utilização da biotina 
diariamente, onde as doses utilizadas estarão de 
acordo com o grau de deficiência dessa vitamina. 
 
Intermediária PB02 
 
1. Evidenciar os diferentes tipos de 
aleitamento, técnica de amamentação, 
atrelado a sua composição, benefícios e 
prejuízos para o lactante e lactente e 
descrever a morfofisiologia do mama e a 
síntese do leite. 
Tatiane Leon 
 
 
O aleitamento materno, além de causar maior 
interação da mãe com o filho, promove também 
repercussões no estado nutricional da criança, a 
prevenindo-a de infecções, a curto e longo prazo. 
 
Tipos de aleitamento 
 Aleitamento materno exclusivo: a criança 
recebe somente leite materno direto da 
mama ou ordenhado; ou leite humano de 
outra fonte; 
 Aleitamento materno predominante: a 
criança recebe não só leite materno como 
também água ou bebidas, como chás, 
sucos de frutas; 
 Aleitamento materno: a criança recebe leite 
materno (direto da mama ou ordenhado), 
independente de receber ou não outros 
alimentos; 
 Aleitamento materno complementado: a 
criança recebe, além do leite materno, 
qualquer alimento sólido ou semissólido 
com a finalidade de complementá-lo; 
 Aleitamento materno misto ou parcial: 
quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
 
 
 
Técnica de Amamentação 
A técnica de amamentação consiste em orientações 
para que tanto a mãe consiga posicionar o bebê de 
forma correta quanto o bebê consiga ter uma pega 
adequada, para que ele consiga se alimentar sem 
dificuldades e preservar o mamilo materno, evitando 
assim, fissuras e sangramentos nessa região. É bom 
lembrar que o bebê já nasce com certo reflexo de 
sucção, porém ele deverá aprender a mamar. E a 
técnica de amamentação torna essa etapa mais fácil 
e prazerosa para o bebê e para a mãe. 
Algumas orientações: 
 A mãe deve escolher a posição que seja 
confortável para amamentar o bebê, 
atentando sempre para uma vestimenta 
que oportunize a exposição total dos 
seios; 
 O bebê sempre deve estar vestido com 
roupas que deixem os seus braços livres; 
 O bebê deve estar voltado e bem próximo à 
mãe; 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Internet 
 
Composição do leite materno 
O leite materno é composto por proteínas, 
carboidratos, lipídeos, micronutrientes, 
microminerais e vitaminas. No entanto, as 
concentrações desses compostos estarão em menores 
ou maiores quantidade a depender do estágio de 
lactação em que a mulher se encontra. Esses 
estágios são: 
 Colostro: é produzido nos primeiros dias 
após o parto. É mais viscoso e possui 
maiores concentrações de proteínas, 
minerais e vitaminas lipossolúveis, 
principalmente A, E e carotenoides. Possui 
menores quantidades de lactose, 
gorduras e vitaminas do complexo B. As 
imunoglobulinas representam a maior 
parte da fração protéica do colostro; 
 Leite de transição: Produzido do sexto ao 
décimo quinto dia. Possui menos proteínas 
e mais gorduras; 
 Leite maduro: como não dá pra mensurar 
exatamente o tempo de mudança entre o 
leite de transição e o leite maduro, os 
Tatiane Leon 
 
autores possuem divergências nessas 
transições. No entanto, o caderno do 
Ministério da Saúde sobre Aleitamento 
Materno considera a produção do leite 
maduro como sendo a partir do sétimo ao 
décimo dia após. Possui mais gordura e 
menos proteína. 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Internet. 
 
 
Importância e benefícios do leite materno 
Inúmeras pesquisas têm mostrado, ao longo dos 
tempos, a importância e os benefícios que do leite 
materno traz tanto para a mãe quanto para o bebê. 
E alguns deles são: 
 Evita mortes infantis: os nutrientes 
presentes no leite materno, como proteínas 
e anticorpos maternos passados através 
da amamentação têm a capacidade de 
ajudar o sistema imunológico do bebê a se 
proteger contra alguns microrganismos 
que afetam, sobretudo, o trato 
respiratório e digestório; 
 Diminui o risco de hipertensão, colesterol 
alto e diabetes; 
 Reduz a chance de obesidade; 
 Efeito positivo na inteligência: 
 Proteção contra câncer de mama; 
 Evita nova gravidez: funciona como 
contraceptivo durante os seis primeiros 
meses, desde que a mãe mantenha a 
amamentação exclusiva; 
 Menores custos financeiros: uma vez que 
os pais não terão gastos relacionados a 
compra de leite em fórmulas, que 
possuem custo elevado; 
 Promoção do vínculo afetivo entre mãe e 
filho. 
 
Contraindicações para o aleitamento 
Situações em que o leite materno não é 
recomendado: 
 Mães portadoras do vírus HIV; 
 Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2; 
 Mães que fazem uso de antineoplásicos e 
radiofármacos; 
 Bebê portador de galactosemia, doença 
rara em que ele não pode ingerir qualquer 
tipo de leite, por causa de deficiência na 
enzima Galactose-1-fosfato; 
Situaçõesem que amamentação é temporariamente 
suspensa: 
 Mães com vesículas herpéticas 
localizadas na pele da mama; 
 Mães com varicela, apresentar vesículas 
na pele cinco dias antes do parto ou até 
dois dias após o parto; 
 Mães com Doença de Chagas, na fase 
aguda ou quando houver sangramento 
mamilar evidente; 
 Consumo de drogas de abuso, como 
anfetaminas, cocaína, heroína, maconha e 
fenciclidina. 
 
 
 
 
 Fonte: Internet. 
 
Mamas 
Tatiane Leon 
 
São glândulas exócrinas constituídas por ductos 
lactíferos e milhões de alvéolos, onde o leite é 
produzido e secretado. Ao redor dos alvéolos ainda 
encontram-se células mioepiteliais que se contraem, 
expulsando o leite para fora dos alvéolos. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Internet. 
 
Lactação 
A lactação ocorre nas mamas e é estimulada por 
hormônios como estrogênio, progesterona e lactina 
que aumentam, sobretudo, na gestação. O estrógeno 
e a progesterona inibem, durante a fase gestacional, 
a secreção do leite. No entanto, logo após o parto, 
as taxas de estrógeno e progesterona caem de 
forma súbita, fazendo com que os níveis de lactina 
fiquem elevados, estimulando, assim, a produção e 
secreção do leite. A produção do leite após o parto é 
também influenciada pela sucção que o bebê 
executa. Ao sugar o leite na mama, ocorre a 
produção de impulsos sensitivos somáticos, 
produzidos nas terminações nervosas do mamilo. 
Esses impulsos são conduzidos até o hipotálamo, 
que estimula a liberação da prolactina e ocitocina, 
que ao promoverem a contração das células 
mioepiteliais dos alvéolos mamários, resultam na 
ejeção do leite. 
 
 
 
 
 
2. Abordar a curva de crescimento e os 
distúrbios nutricionais relacionados aos 
marcos de crescimento e desenvolvimento 
neuropsicomotor e cognitivo de acordo com 
a idade da criança. 
 
Os marcos do desenvolvimento infantil são avaliados 
através de domínios específicos, que são o motor 
grosseiro, motor fino, linguagem, cognitivo e 
crescimento social/emocional. A cada fase da vida 
da criança, espera-se que ela seja capaz de 
executar certos domínios. Veja a tabela abaixo. 
 
Até o 1ª ano de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tatiane Leon 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NELSON, Tratado de Pediatria. 
 
 
Do 1ª ao 5ª ano de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NELSON, Tratado de Pediatria 
 
Obs: Assim como os marcos de desenvolvimento 
infantil são importantes na avaliação dos aspectos 
cognitivos, motores e de linguagem da criança, as 
curvas de crescimento também são ótimas 
avaliadoras do crescimento infantil, pois a partir da 
idade da criança são avaliadas variáveis como o 
peso, IMC, altura e perímetro cefálico. Escores 
abaixo ou acima da curva, com desvio acentuado do 
padrão, constitui sinal de alerta, já os índices com 
pouco ou nenhum desvio são tidos como normais. 
 
Distúrbios no desenvolvimento 
As causas para os distúrbios no desenvolvimento 
podem ser classificadas: 
 
Quanto a etiologia: 
 
 Genéticas: como Síndrome de Down 
 Biológicas: como prematuridade, hipóxia 
neonatal, meningites 
 Ambientais: como fatores familiares, de 
ambiente físico, fatores sociais... 
 
As causas biológicas, como baixo peso ao nascer e 
a prematuridade são situações que aumentam as 
chances da criança desenvolver alterações em seu 
desenvolvimento, como distúrbios de linguagem, de 
motricidade, de aprendizagem e atraso 
neuropsicomotor. 
 
Quanto ao comprometimento: 
 
 Mental: caracterizado por uma redução 
significativa do desenvolvimento intelectual 
da criança. Está associado a pelo menos 
duas dessas funcionalidades: 
comunicação, cuidados pessoais, 
atividades diárias, habilidades sociais, 
autonomia, aptidões escolares ,lazer e 
trabalho. Principais causas: hipóxia 
perinatal e infecções congênitas 
 Físico: a nutrição alimentar da criança se 
for inadequada e insuficiente para o 
crescimento e desenvolvimento dentro dos 
padrões esperados, poderá causar 
repercussões graves, como obesidade, 
Tatiane Leon 
 
sobrepeso, magreza excessiva causada 
pela desnutrição, entre outras coisas; 
 Auditivo: como a surdez, que pode ser 
causada por doenças infecciosas, como 
sífilis e rubéola; 
 Visual: como exemplo, podemos citar a 
cegueira, que pode ser provocada também 
pela rubéola e sífilis; 
 Relacional: caracterizado por distúrbios na 
integração social e comunicacional. Autismo é 
um exemplo. 
 
 
 
 
3. Diferenciar o leite materno do leite de vaca 
em relação aos aspectos nutricionais, 
bioquímicos e imunológicos. 
 
Inúmeros são os benefícios e a importância descritos 
do leite materno. Em comparação ao leite da vaca, o 
leite humano possui mais vantagens. Ele possui 
inúmeros anticorpos que protegem a criança contra 
infecções. E o principal deles é IgA, que atua contra 
microrganismos presentes nas superfícies mucosas. 
Esses anticorpos que foram produzidos pela mãe 
proporcionam proteção para o bebê contra aqueles 
organismos prevalentes no meio em que a mãe vive. 
Além da IgA, o leite materno contém outros fatores 
de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, 
macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, 
lactoferrina, lisosima e fator bífido. O fator bífido é 
importante, pois facilita o crescimento do 
Lactobacilus bifidus, bactéria não patogênica que 
acidifica as fezes, dificultando a proliferação de 
bactérias causadoras de diarreia,como Shigella, 
Salmonella e Escherichia coli. Outra questão 
importante é o tipo predominante de proteína 
encontrada no leite humano e de vaca. A principal 
proteína presente no leite humano é a lactoalbumina, 
que em comparação a proteína presente no leite da 
vaca (caseína) é bem mais fácil de ser digerida pela 
espécie humana. Bioquimicamente, o leite da vaca 
possui mais proteínas e menos lactose 
Cientificamente é comprovado que crianças que são 
amamentadas contraem menos infecções do que 
aquelas que não foram. Isso por que, geralemente, 
precisa-se adicionar à fórmula água e coloca-la 
em mamadeiras, podendo ser, facilmente, 
contaminada durante esse processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde. Caderno Aleitamento 
Materno. 
 
4. Descrever as propostas de orientação 
nutricional adequadas para crianças de 
até 1 ano, bem como os aspectos 
imunológicos do TGI. 
 
A recomendação do Ministério da Saúde (MS) é 
que a criança mame de forma exclusiva até os 6 
meses de idade, ou seja, não tomar chás, água ou 
quaisquer alimentos líquidos ou solidificados que 
não seja apenas o leite materno. No entanto, após 
esse período, a mãe deve iniciar a introdução 
alimentar, oferecendo papinhas de frutas e 
verduras ao bebê, de forma lenta e gradual. É muito 
comum no início a criança rejeitar essas papinhas, 
no entanto, com o tempo ela vai se acostumando aos 
novos sabores. É importante frisar ainda que o MS 
recomenda que a mãe continue amamentando o bebê 
até os 2 anos de idade e não só até os seis meses. 
 
Tatiane Leon 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra coisa importante de se dizer é a respeito da 
orientação dada à mãe no período da introdução 
alimentar. Não adianta o profissional da área da 
saúde orientar a mãe a dar ao bebê alimentos que 
são difíceis de achar, que não fazem parte de sua 
cultura alimentar ou que não são nativos da sua 
região apenas porque fazem bem à saúde da 
criança. Na hora dessas orientações, deve-se levar 
em conta os alimentos, principalmente frutas, 
verduras, grãos e cereais da região e espaço 
cultural onde essa mãe se encontra, tentando, 
sempre que possível, substituir os alimentos que 
contenham os mesmos nutrientes ou nutrientes 
semelhantes aos dos alimentos que não são 
encontrados por essa mãe. 
 
Importância da Introdução Alimentar somente a 
partir dos 6 meses 
Antes dos 6 meses, o leite materno sozinho é capaz 
de suprir todas as necessidades nutricionais do 
bebê, não sendo, portanto, necessário a 
complementaçãopor outro tipo de alimento. Outro 
aspecto é em relação à imaturidade do TGI antes 
desse período. O bebê ainda tá desenvolvendo o trato 
digestório, o que pode ocorrer complicações, como 
intoxicação alimentar ou má digestão caso outros 
alimentos sejam acrescentados à sua dieta. Após os 
6 meses, a criança já desenvolve os reflexos 
necessários para a deglutição, como o reflexo 
lingual, já manifesta excitação à visão do alimento e 
já sustenta a cabeça, facilitando a alimentação 
oferecida em colher. A erupção dos dentes decíduos 
também começa a partir desse período. Todos esses 
eventos, associados à paciência, suporte e cuidados 
maternos são importantíssimos para o sucesso da 
introdução alimentar no bebê. 
 
Fechamento PB03 
 
 
1. Discorrer a cerca da fisiopatologia, 
quadro clínico e diagnóstico das principais 
IVAS na criança. 
 
As IVAS (Infecções das Vias Respiratórias 
Superiores) são infecções que abrangem a região 
superior das vias respiratórias, ou seja, o nariz, o 
canal nasal, a faringe e estruturas associadas. As 
principais IVAS na infância estão descritas abaixo. 
 
 Rinofaringite aguda 
 
 Quadros de resfriado comum 
 É a doença mais comum da infância. 
 Crianças menores de cinco anos podem ter 
de cinco a oito episódios por ano. 
 Doença causada geralmente por vírus, 
sendo os mais frequentes rinovírus, 
coronavírus, vírus sincicial respiratório 
(VSR), parainfluenza, influenza, 
adenovírus. 
 Gera processo inflamatório da mucosa 
nasal, pode ocorrer obstrução dos óstios 
dos seios paranasais e tubária, 
permitindo a instalação de infecção 
bacteriana secundária (sinusite e otite 
média aguda). 
Tatiane Leon 
 
 A gripe, causada pelo vírus da influenza, 
geralmente é por um quadro de IVAS e 
não apenas como resfriado comum. 
 Transmissão: através de gotículas 
produzidas pela tosse e espirros (como um 
aerossol), ou pelo contato de mãos 
contaminadas com a via aérea de 
indivíduos sadios; 
 Período de incubação: dois a cinco dias. 
 Sinais e sintomas: 
 dor de garganta 
 coriza 
 obstrução nasal 
 espirros e tosse seca 
 febre 
 diarreia (causada por alguns 
tipos de vírus 
 Diagnóstico: essencialmente clínico, ou 
seja, através da observação de sinais e 
sintomas do paciente 
 
 
 Sinusite aguda 
 
 Infecção bacteriana dos seios paranasais, 
com duração menor de 30 dias, no qual 
os sintomas desaparecem completamente; 
 Os seios paranasais são constituídos por 
quatro estruturas ósseas: maxilar, 
etmoidal, frontal e esfenoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Elas comunicam-se com as fossas nasais 
através de pequenos orifícios, chamados 
óstios; 
 Os seios mais frequentemente 
comprometidos são o maxilar e etmoidal. 
 A etmoidite costuma aparecer após os seis 
meses de idade; 
 A infecção maxilar produz manifestações 
clínicas após o primeiro ano de vida; 
 A sinusite frontal é rara antes dos 10 
anos de idade; 
 Os agentes bacterianos mais comuns são 
o Streptococcus pneumoniae e 
a Moraxella catarrhalis; 
 Sinais e sintomas: 
 Lento ou súbito. 
 Nas formas leves de sinusite, 
as manifestações podem se 
prolongar por mais de 10 dias 
ou persistirem sintomas nasais, 
como obstrução e secreção nasal 
purulenta; 
 Halitose; 
 Tosse diurna, com piora à noite; 
 Febre; 
 Nas formas moderadas a 
graves, as manifestações 
citadas podem ser mais intensas, 
acompanhadas de cefaleia, 
prostração e desconforto. 
 Diagnóstico: clínico. A história clínica, 
associada aos achados de exame físico 
anteriormente mencionados. 
 Faringoamigdalite aguda estreptocócica 
(FAE) 
 Infecção aguda da orofaringe, geralmente 
causada pelo Streptococcus pyogenes do 
grupo alfa. 
 Frequente em crianças acima de cinco anos 
Tatiane Leon 
 
 Mais mais comum no final do outono, 
inverno e primavera, nos climas 
temperados. 
 O período de incubação é de dois a cinco 
dias. 
 O meio de contágio mais comum é pelo 
contato direto com o doente, por secreções 
respiratórias. 
 
 Sinais e sintomas: 
 febre alta 
 dor de garganta 
 prostração, 
 cefaléia, 
 calafrios, 
 vômitos 
 dor abdominal. 
 Diagnóstico: clínico. Observar aumento 
significativo das amígdalas, 
linfonodomegalia cervical dolorosa, 
erupção escarlatiniforme e ausência de 
coriza. 
 Laringite viral aguda 
 Chamada também de crupe viral; 
 É uma inflamação da porção subglótica da 
laringe, que ocorre durante uma infecção 
por vírus; 
 A congestão e edema dessa região 
acarretam um grau variável de obstrução 
da via aérea; 
 Frequente em lactentes e pré-escolares, 
sobretudo aos dois anos de idade; 
 O vírus parainfuenza I e II e o vírus 
sincicial respiratório são os agentes 
causais mais comuns; 
 Adenovírus, influenza A e B e vírus do 
sarampo também podem estar envolvidos; 
 Sinais e sintomas: 
 coriza 
 obstrução nasal 
 tosse seca 
 febre baixa 
 Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou 
choro rouco e estridor inspiratório. 
 
2. Elucidar o desenvolvimento do sistema 
imune até sua maturação 
 
 O sistema imunológico é caracterizado 
pela alta funcionalidade em manter o 
corpo em homeostase, utilizando para isso 
órgãos, moléculas e células 
especializadas na desefa do corpo contra 
antígenos invasores; 
 O desenvolvimento do sistema imunológico 
começa ainda na vida intrauterina, 
período em que a mãe transfere, através 
da placenta, anticorpos IgG para o filho; 
 Ao nascer, a criança começa a produzir 
ainda de forma tímida anticorpos e só por 
volta dos 6 meses de idade que já se 
observa uma certa produtividade 
significativa pela criança; 
 A maturação desses anticorpos acontece 
durante a infância e a adolescência; 
 Os neutrófilos, o sistema complemento, os 
componentes da imunidade inata 
completam o seu desenvolvimento durante o 
primeiro ano de vida, já os linfócitos T 
atingem a maturação no segundo ano de 
vida; 
 As variadas classes de anticorpos 
atingem a maturação na idade escolar e 
na adolescência; 
 Visto a imaturidade imunológica das 
crianças, as mesmas estão mais 
suscetíveis a apresentares mais infecções 
nessa fase; 
 É bom lembrar ainda que apesar da 
consciência da imaturidade do sistema 
Tatiane Leon 
 
imunológico infantil, ainda assim, existe 
um limite para considerar isso normal; 
 Crianças que foram infectadas duas ou 
mais vezes com pneumonias durante o ano, 
que tiveram quatro ou mais otites no ano, 
que possuem familiares com histórico de 
imunodeficiência, são candidatas fortes a 
terem também imunodeficiências. 
 
3. Evidenciar os diferentes calendários 
vacinais da criança (SUS (PNI), SBP e 
SBIM), indicações e contraindicação, os 
tipos (subconjugada, atenuada, inativada) 
e efeitos colaterais 
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é 
seguido pela rede pública, ou seja, pelo SUS. Porém 
a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a 
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) vieram 
para complementar o PNI. Portanto, possuem 
algumas diferenças. 
 
 Meningocócita 
PNI: disponibiliza apenas a tipo C. Duas doses + 1 
reforço. Não recomenda a tipo B. 
SBP e SBIm: recomenda 2 ou 3 doses da Men. 
Conjugada (ACWY) + 2 reforços durante os 12-
15 meses e 4-6 anos. Recomendam 3 doses do tipo 
B no primeiro ano de vida+ 1 reforço aos 12 meses 
ou duas doses a partir de um ano. 
 
 Gripe (Influenza) 
PNI: vacina disponível apenas para determinados 
grupos: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 
6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos,11 
meses e 29 dias), gestantes, trabalhadores da 
saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas 
não transmissíveis e outras condições clínicas 
especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos 
de idade sob medidas socioeducativas, população 
privada de liberdade(presos), funcionários do 
sistema prisional e professores das escolas 
públicas e privadas. 
SBP e SBIm: recomendam 2 doses para a partir dos 
6 meses de idade. Após esse período, doses anuais 
são aconselhadas para todasas idades. 
 
 Hepatite A 
PNI: dose única 
SBP e SBIm: 2 doses (aos 12 e aos 18 meses) 
 
 Varicela 
PNI: dose única 
SBP: Duas doses: 12-15 meses 
SBIm: Duas doses:12 e 15-24 meses 
 
 Dengue 
PNI: não recomenda 
SBIm e SBP: 3 doses, a partir dos 9 anos de 
idade 
É importante se atentar que o PNI possui um 
calendário vacinal focado na saúde coletiva, 
onde algumas pessoas são indiretamente 
imunizadas pela vacinação de outras. 
Já as SBP e a SBIm possuem calendários 
focados na proteção individual. 
 
 
Tatiane Leon 
 
Contraindicações: 
 Pessoas com imunodeficiência congênita 
adquirida ou adquirida; 
 Portadores de neoplasia congênita; 
 Essas pessoas não devem ser vacinadas 
com vírus ou bactérias atenuadas. 
Tipos de vacinas 
 Bactéria viva, atenuada ou morta 
 Ex: Cólera 
 Vírus vivos atenuados 
 Ex: Pólio, raiva 
 Vacinas de subunidades (antígeno) 
 Fragmento isolado do 
microrganismo, como uma 
proteína 
 Ex: toxoide ,tetânico, hepatite B, 
HPV 
 Vacinas Conjugadas 
 Ex: pneumococos 
 Vacinas sintéticas 
 Ex: hepatite 
 Vacinas Toxoides 
 Quando a doença não é causada 
pelo microorganismo, mas sim 
pela toxina que ele produz. 
Essas vacinas estimulam a 
resposta contra a toxina 
liberada pelo microorganismo; 
 Ex: tétano, difteria 
 Vetores virais 
 Ex: ensaios clínicos de antígenos 
de HIV 
 Vacinas de DNA 
 Ex: ensaios clínicos em 
andamento 
 
 
 
 Efeitos colaterais 
 Raros; 
 Reações inflamatórias locais; 
 Efeitos sistêmicos, como a 
exacerbação de doenças 
autoimunes e alergias. 
 
4. Explanar as escalas de crescimento e 
desenvolvimento, assim como sua 
interpretação (focar na escala de 
DENVER) 
 O desenvolvimento infantil é um processo iniciado 
desde a vida intrauterina e envolve vários aspectos, 
como o crescimento físico, a maturação neurológica 
e a construção de habilidades relacionadas ao 
comportamento nas esferas cognitiva, social e 
afetiva da criança. Existem inúmeras escalas de 
crescimento e desenvolvimento criadas ao longo dos 
anos. Por questões de prioridade, abordarei com 
maior ênfase a Escala de Denver II. 
Marcos de Desenvolvimento Infantil 
A partir dos 4 meses de idade, a criança já começa 
a demonstrar sinais de desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: No Caderno Saúde da Criança, do Ministério 
da Saúde, existem alguns marcos de 
Tatiane Leon 
 
desenvolvimento importantes., inclusive a medida do 
perímetro cefálico. 
 
Escala de Denver 
 O teste de Denver foi desenvolvido em 
1967 por Frankenburg e outros 
colaboradores; 
 É um teste que tem como principal objetivo 
detectar precocemente as condições de 
desenvolvimento ao qual a criança se 
encontra 
 O teste é aplicado em crianças de 0 à 6 
anos e seu tempo de aplicação dura entre 
20 e 30 minutos; 
 Em 1990, criou-se uma nova versão 
desse teste, o Teste de Triagem do 
Desenvolvimento de Denver Revisado 
(TTDD-R) ou Denver II. Alguns itens 
relacionados à linguagem foram retirados 
e outros que eram considerados de difícil 
aplicação ou interpretação sofreram 
algumas modificações ou foram excluídos 
da escala; 
 O Denver II passou a ser composto por 
125 itens e mudou também a maneira de 
interpretar e aplicar as tarefas; 
 Os 125 itens são distribuídos em 4 áreas: 
 Pessoal-social (25 itens): 
envolve aspectos da socialização 
da criança dentro e fora do 
ambiente familiar; 
 Motricidade fina ou motor fino 
adaptativo (29 itens): 
coordenação e manipulação de 
pequenos objetos; 
 Linguagem (39 itens): produção 
de som, capacidade de entende, 
ouvir e se comunicar; 
 Motricidade ampla ou motor 
grosseiro (32 itens) : controle 
motor corporal, sentar, 
caminhar, pular e os demais 
movimentos realizados pela 
musculatura ampla 
 
Os resultados e dados obtidos indicam se 
a criança está progredindo de acordo com 
a idade ou não. 
 
Interpretação da Escala 
 Normal: quando a criança realiza a 
atividade esperada para a sua idade; 
 Cuidado/ cautela: quando a criança não 
realiza ou se nega a realizar atividade 
realizada por 75%-90% das crianças 
da sua idade; 
 Atraso: quando a criança não executa ou 
recusa-se a realizar atividade já 
realizada por 90% das crianças com a 
mesma idade que a sua. 
Obs: imprimir a escala de Denver para 
estudar/praticar. 
 
Fechamento PB04 
 
 
Objetivos: 
1) Discutir a fisiopatologia da 
desnutrição energético-proteica, assim 
como as medidas preventivas e 
tratamentos na criança, associando 
com as medidas antropométricas. 
 
A desnutrição é definida como o estado de 
deficiência ou escassez de micro ou 
Tatiane Leon 
 
macronutrientes, que de alguma forma 
interferem no desenvolvimento das funções 
metabólicas do organismo. A DEP (Desnutrição 
Enérgetica- Preteica) é um tipo de desnutrição 
associada à escassez de energia mediante falta 
de proteínas. 
Ela pode ser classificada em primária, quando 
não está associada a nenhuma outra doença ou 
secundária, quando está associada a outras 
doenças (ex. desnutrição associada à 
cardiopatia congênita, a imunodeficiência 
adquirida). Quanto à gravidade, pode ser 
moderada ou grave. As formas graves são 
classificadas em: 
 Marasmo: Geralmente atinge crianças 
menores de 12 meses de idade e é 
caracterizada pela magreza 
excessiva, evidente perda de massa 
muscular e abdômen às vezes 
proeminente. A face tem aparência de 
“velho” ou “simiesca”. Pregas frouxas 
da pele podem ser vistas, 
principalmente nas nádegas. Há 
também retardo no crescimento. 
Quadros de diarreia, infecção 
respiratória, hipotermia, parasitoses e 
tuberculose são frequentes, bem como 
sinais de carências de micronutrientes, 
como xeroftalmia, deficiência de 
vitamina B, anemia ferropriva e 
outras. 
 Kwashiorkor: Atinge, geralmente, 
crianças acima de dois anos e é 
caracterizada pelas alterações na pele 
(lesões hipercrômicas, hipocrômicas ou 
descamativas). Ocorre também 
retardo no crescimento, perda de 
gordura subcutânea e muscular, 
porém menos intensa que no marasmo. 
Há modificações na textura, coloração 
do cabelo, com certa facilidade de 
soltar do couro cabeludo. Quadro de 
hepatomegalia, ascite e edema de 
membros inferiores são comuns. 
 Kwashiorkor-marasmático: Forma 
mista de desnutrição, com 
manifestações clínicas tanto do 
marasmo quanto do Kwashiokor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Antes de fazer o diagnóstico, deve-se levar em 
consideração os recursos econômicos regionais 
(ex. saber que na região NE predomina as 
formas graves do marasmo) e as riquezas de 
recursos naturais (ex. saber que apesar da 
região Norte ter uma flora e fauna 
diversificada, muitas pessoas desconhecem os 
valores nutricionais desses recursos. 
Avaliação Nutricional 
 Anamnese detalhada: obter 
informações sobre prematuridade, 
RCIU, aspectos nutricionais no período 
gestacional, aspectos psicossociais, 
condições de saneamento e moradia, 
entre outros. 
 Exame Físico detalhado: Observar 
presença de emagrecimento intenso, 
alteração no cabelo, dermatoses, 
Marasmo Kwashiorkor 
Tatiane Leon 
 
hipertrofia muscular, sobretudo na 
área das nádegas, entre outros 
aspectos. 
 
Tratamento 
 
Antes de tratar, deve-se levar em 
consideração: 
 Quem é a criança (antecedentes 
neonatais, período em que a criança 
começou a alteração do peso e altura) 
 Onde mora (região, condição de 
moradia, relação com a equipe de 
saúde) 
 
 
 
Terapia Nutricional Hospitalar 
 
Dividida em 3 fases: 
 
1. Estabilização: Visa tratar doenças 
associadas com risco de morte. Deve-
se corrigir as deficiências 
nutricionais, fazer estabilização 
hemodinâmica, hidroeletrolítico e 
ácido-básica. Inicia-se também a 
alimentação. 
Calorias: 100 Kcal/ kg/dia, 
fornecendo 50-60 kcal/ kg/dia no 1ª 
dia e aumentar de acordo com a 
avaliação clínica e laboratorial. 
Oferta hídrica: 130 mL/ Kg/dia 
Proteínas: 1-1,5 g/kg/dia 
2. Reabilitação: Visa recuperar grande 
parte do peso perdido e estimular 
físicoe emocionalmente. Esse fase 
também objetiva preparar a criança 
para a alta. Deve ser oferecida 1,5 
vez a recomendação energética para a 
idade. 
Calorias: 150 kcal/kg/dia 
Oferta hídrica: 150-200mL /kg/dia 
Proteínas: 3-4 g/kg/dia 
 
3. Acompanhamento Ambulatorial: 
Objetiva prevenir recaída. Pode ser 
realizada em hospitais-dia ou 
ambulatórios. Fase de monitoramento 
do desenvolvimento da criança. Deve-
se também orientar os pais ou 
cuidadores sobre a importância da 
nutrição adequada. 
 
Principais causas da DEP: 
 
1. Fatores socioeconômicos: 
famílias que possuem condições 
financeiras ruins e que habitam em 
moradias precárias e insalubres 
geralmente não possuem condições de 
comprar frutas, verduras e outros 
alimentos adequados para o 
desenvolvimento saudável dos filhos. 
2. Fatores culturais e 
educacionais: famílias cujos pais 
possuem baixa escolaridade 
desconhecem termos científicos ou 
técnicos importantes para adquirir 
informações sobre alimentação 
saudável. Muitas vezes, essa baixa 
escolaridade é associada ao 
despreparo de certos profissionais da 
área da saúde que, ao invés de 
facilitar o diálogo, utilizando palavras 
Tatiane Leon 
 
mais simples, lançam mão de palavras 
técnicas e rebuscadas. 
 
 
Algumas medidas preventivas 
 
 Incentivo ao aleitamento materno 
exclusivo até os 6 meses de vida; 
 Manter a regularidade das idas às 
consultas de Puericultura 
 Continuidade do incentivo do governo 
na criação de políticas e ações 
voltadas para a informação e 
conscientização sobre a importância da 
alimentação saudável, principalmente, 
durante os primeiros anos de vida. 
 
Obs: Ver a fisiopatologia da 
Desnutrição da página seguinte. 
 
Medidas antropométricas 
 
Os dados antropométricos, como o 
peso, estatura, comprimento e 
perímetro cefálico devem ser avaliados 
e registados em todas as consultas de 
crianças até 2 anos de idade. De 2 
aos 10 anos, o peso e a altura devem 
continuar sendo registrados, pois 
ainda assim constituem dados 
importantes na avaliação nutricional 
da criança, sendo bons marcadores de 
sobrepeso ou desnutrição, por 
exemplo. A avaliação nutricional de 
uma criança é feita a partir de dados, 
como: estatura/idade, peso/idade, 
peso/estatura e IMC/idade. Abaixo, 
podemos verificar os valores de 
referência (escore Z e percentil) e o 
diagnóstico nutricional. 
 
Valores antropométricos para 
crianças de 0 a 5 anos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Internet. 
 
 
2) Elucidar a fisiopatologia da deficiência 
de ferro e anemia ferropriva, 
relacionando com sua prevenção e 
tratamento. 
 
Tatiane Leon 
 
Segundo a OMS, anemia é a condição 
na qual a concentração de hemoglobina 
se encontra abaixo do esperado (-2 
DV), o que torna insuficiente para 
satisfazer as demandas fisiológicas 
do corpo. A anemia ferropriva é 
caracterizada pelo desequilíbrio na 
absorção, digestão ou demanda 
aumentada ou perda de Ferro. Quando 
não há Ferro disponível para produção 
de hemoglobina, o organismo usa o 
Ferro estocado ,o que faz o nível de 
ferritina cair, até ocorrer a diminuição 
sérica de Ferro no organismo, levando 
ao quadro de anemia ferropriva. 
 
 
Consequências da Anemia Ferroptiva 
 
 Pré-natal: Especialmente no 1ª e 2ª 
trimestres da gestação, a anemia está 
associada a desfechos obstétricos 
desfavoráveis, como RN prematuro, 
com baixo peso e alta taxa de 
mortalidade perinatal e neonatal. 
 Período neonatal: A longo prazo, a 
anemia ferropriva causa problemas no 
desenvolvimento cognitivo, 
comportamental, linguístico e motor 
das crianças. Pré-disposição à cáries 
dentárias também são consequências 
da anemia ferropriva nas crianças. 
 
Diagnóstico Clínico e Laboratorial 
As manifestações clínicas ocorrem em três 
estágios: 
1ª: Depleção de Ferro: Caracterizada pela 
diminuição dos depósitos de Ferro no fígado, 
baço e medula óssea. Pode ser diagnosticada 
através da ferritina sérica. Ferritina normal 
está acima de 30ug/dL. Ferritina abaixo de 
15ug/dL indicam deficiência grave de depleção 
das reservas corporais de Ferro. 
2ª: Deficiência de Ferro: Exames que vão 
diagnosticar a própria diminuição do Fe sérico, 
do aumento da capacidade total de ligação da 
transferrina e a diminuição da saturação da 
transferrina (<16%) . 
3ª: Anemia Ferropriva: Estágio final de 
deficiência de Fe. Valores de hemoglobina estão 
abaixo de 11g/dL para crianças de 6-
60meses e 11,5 g/dL para crianças de 5-11 
anos. 
Sinais Clínicos 
 Síndrome anêmica (fadiga, 
irritabilidade, cefaleia) 
 Anorexia 
 Síndrome das pernas inquietas 
 Respiração ofegante 
 Unhas quebradiças e rugosas 
 Gastrite atrófica, entre outros 
sintomas. 
 
Tratamento 
 
 
 
Fonte: Internet. 
Tatiane Leon 
 
 
Prevenção 
 Manutenção de políticas públicas 
voltadas ao incentivo do aleitamento 
materno 
 Reforço da consulta pediátrica 
 Estímulo aos testes de triagem 
neonatal 
 Orientação adequada para 
alimentação complementar da lactente 
e uso adequado de fórmulas infantis. 
 
 
3) Evidenciar as leis e direitos que 
vigoram a necessidade de obtenção do 
atestado médico para família. 
 
Segundo a CLT (Consolidação das 
Leis do Trabalho), o atestado médico é 
um documento que comprova a 
necessidade do trabalhador de se 
ausentar do trabalho por motivo de 
doença, acidente, acompanhamento ou 
ida ao médico. O atestado médico é 
garantido pelo artigo 6, da Lei 
nª605/49 e também pelo CFM 
(Conselho Federal de Medicina), 
nª1.658/2002. 
Para ter validade, o atestado de conter 
as seguintes informações: 
 Tempo concedido para a 
recuperação do paciente (ou 
seja, os dias que irá se 
ausentar); 
 Diagnóstico ou CID (Código 
Internacional de Doenças), 
quando autorizado pelo 
paciente; 
 Identidade do médico 
(assinatura e carimbo ou 
número do CRM); 
 Informações verídicas e 
legíveis. 
O atestado médico faz parte da ação médica, 
por isso, jamais deve ser cobrada. 
 
4) Associar a fratura com a desnutrição 
energético proteica, assim como os 
acidentes mais comuns na infância e as 
medidas protetivas. 
Nas últimas décadas, a literatura científica 
tem buscado investir na saúde óssea de 
crianças e adolescentes, visto a importância da 
manutenção da integridade óssea na prevenção 
de possíveis fraturas e complicações na fase 
adulta. Apensar da osteoporose ser uma 
doença comumente associada a idosos, as suas 
causas, geralmente, estão ligadas à fatores 
nutritivos e hábitos de vida firmadas ainda da 
infância. Como sabemos, os ossos são 
importantes tanto para na sustentação do 
esqueleto quanto na proteção e participação do 
metabolismo mineral. 
 
Prevenção e Tratamento 
Cálcio e Fósforo: Dieta pobre em Cálcio diminui 
a massa óssea, limitando a deposição óssea no 
crescimento e pode causar perda óssea na fase 
adulta. Já a dieta pobre em P interfere na ação 
osteoblástica e torna a deposição mais lenta e a 
Tatiane Leon 
 
iniciação da mineralização pelos osteoclastos 
mais reduzidas. 
Vitamina D: Auxilia na absorção do Cálcio. 
Vitamina C, Cu, Zn, Manganês: São co-fatores 
para a síntese ou para a formação de ligação 
cruzada de proteínas da matriz. 
 
 
 
Acidentes mais comuns na infância 
1) Queimaduras: Podem ser causadas 
pelo sol, escaldamento, fogo, 
substâncias químicas, queimaduras 
por contato, acidentes com micro-
ondas. A prevenção gira em torno de 
nunca deixar produtos químicos no 
alcance de crianças, não deixar 
crianças perto do fogão, não expo-las 
ao sol por muito tempo, entre outros 
cuidados. 
2) Afogamento: É comum toda criança 
gostar de brincar com água, seja em 
dornas, rios, piscinas. No entanto, o 
fato da criança não ter noção de perigo 
é comum também acontecer o 
afogamento. Algumas prevenções são: 
manter o local da piscina cercado por 
grade, usar colete em crianças com 
menos de quatro anos, não usar boias 
tipo pneus, entre outros cuidados. 
3) Traumatismo crânioencefálico: 
Acidentes mais prevalentesem 
crianças com menos de cinco anos de 
idade. Causado por quedas, acidentes 
com brinquedos. A prevenção é usar 
equipamentos de proteção nas 
crianças, deixar pisos sempre secos 
para evitar escorregões. Uma 
observação importante é notar 
possíveis maus-tratos à criança, 
causando, muitas vezes, a Síndrome 
do bebê sacudido. 
4) Outros: atropelamento, acidentes no 
trânsito, intoxicação, quedas. 
 
5) Descrever os fatores que estão 
relacionados com os dentes decíduos 
assim como permanente de acordo com 
o período erupção dentaria e 
crescimento dos germes. 
 
Odontogênese é o processo de formação dos 
dentes dentro dos ossos: maxila e 
mandíbula. O processo de odontogênese é 
dividido em 6 fases: 
 Lâmina dental: Nessa fase, o tecido 
bucal começa a se preparar para a 
formação dos dentes. A lâmina dental 
é a primeira constatação da formação 
de um dente. Ela se separa em duas 
lâminas vestibular, que dará origem 
ao fundo de sulco vestibular e a 
lâmina dentária, que dará origem ao 
elemento dentário. 
 Botão: também é chamada de fase de 
broto. Essa etapa é desenvolvida a 
partir da concentração de várias 
células prontas para o desenvolvimento 
dos elementos dentários. 
Tatiane Leon 
 
 Capuz: é responsável pela formação de 
elementos importantes. É nessa fase 
que acontece a formação da papila 
dentária, do folículo dental e do órgão 
do esmalte-conjunto que se dá o nome 
de germe dental.Por isso, é nessa fase 
que acontece o desenvolvimento do 
germe dental. 
 Campânula: Nessa fase acontece 
a separação do germe dental e as 
células se dividem em 4 grupos: 
Epitélio externo do órgão do esmalte; 
Epitélio interno do órgão do esmalte; 
Estrato intermediário (participa na 
formação do dente); e Retículo 
estrelado. As células formam a bainha 
radicular de Hertwig, que participa na 
formação da raiz do dente; 
 Coroa: é o penúltimo estágio da 
formação dos dentes. Nelas ocorre a 
deposição da dentina e do esmalte 
dentário na coroa do dente que irá se 
desenvolver. 
 Raiz: última fase de formação dos 
dentes. É nela que, como o próprio 
nome sugere, acontece a formação da 
raiz radicular. Além disso, é nessa 
fase que ocorre a erupção do dente. 
Assim, é nessa etapa que você 
finalmente consegue ver o seu dente 
nascendo e crescendo. 
Erupção dentária 
Dentição Decídua 
É o primeiro conjunto dentário do ser 
humano e totalizam 20 dentes. Eles 
começam a nascer entre o 6ª e o 8ª meses 
de vida. E por volta dos 6-7 anos de idade 
começam a cair. Os dentes de leite são 
responsáveis pela fonética, mastigação e 
respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: internet. 
 
Dentição Permanente 
Os dentes permanentes começam a crescer 
assim que a dentição decídua começa a 
cair. A partir da adolescência até a fase 
adulta os dentes se desenvolvem e chegam 
ao total de 32 dentes. A dentição 
permanente são classificadas em: 
Incisivos: possuímos 4 incisivos superiores 
e 4 incisivos inferiores. São os primeiros 
dentes a aparecer quando sorrimos. Além 
disso, eles são afiados, tendo como 
finalidade a de cortar alimentos. 
Incisivo Superior Central; 
Superior Lateral; 
Incisivo Inferior Central: e 
Incisivo Inferior Lateral. 
Tatiane Leon 
 
Caninos: temos 2 dentes caninos superiores 
e 2 dentes caninos inferiores. Eles são 
pontiagudos e servem para rasgar os 
alimentos. 
Dois Caninos Superiores; e 
Dois Caninos Inferiores. 
Pré-molares: temos 8 dentes pré-molares. 
Eles se localizam entre os caninos e os 
molares. Sua função é finalidade triturar 
os alimentos. 
Quatro Pré-Molares Superiores; e 
Quatro Pré-Molares Inferiores. 
Molares: temos 8 dentes molares, situados 
no fundo da boca. São lisos e servem para 
triturar e mastigar os alimentos. 
Quatro Molares Superiores; e 
Quatro Molares Inferiores. 
Sisos: algumas pessoas apresentam os 
dentes do siso, mas isso não é regra. No 
total, são 4 dentes, mas o crescimento 
varia de pessoa para pessoa. 
Dois Sisos Superiores; e 
Dois Sisos Inferiores. 
 
 
 
 
 
 
Fechamento PB05 
 
1. Elucidar o agente etiológico e a 
fisiopatologia das principais 
enteroparasitoses na infância, bem como 
quadro clínico, diagnóstico, tratamento e 
prevenção. 
 
 
 Segundo o livro Armas, germes e aço, de 
Jared Diamond, as enteroparasitoses são as 
infecções mais antigas da espécie humana, haja 
vista que elas evoluíram junto com o ser humano. As 
parasitoses intestinais constituem um importante 
problema de saúde pública, uma vez que contribuem 
de forma significativa para a mortalidade e 
morbidade em todo o mundo, principalmente em 
países em desenvolvimento, onde ainda existem 
sérios problemas de saneamento básico. As 
crianças são as mais afetadas por esses problemas 
devido aos hábitos de higiene inadequados e também 
por terem o sistema imune ainda em desenvolvimento. 
As enteroparasitoses podem ser causadas por 
helmintos ou protozoários. As principais 
parasitoses provocadas por helmintos mais são: 
 
 
 
 
Parasitose Ag. etiológico 
Ascaridíase Ascaris lumbricoides 
 
Ancilostomíase 
Ancylostoma duodenale/ Necator 
americanus 
Oxiuríase Enterobius vermicularis 
Teníase Taenia solium e saginata 
Esquitossomose Schistossoma mansoni 
Tatiane Leon 
 
E as principais enteroparasitoses causadas por 
protozoários são: 
Parasitose Ag. Etiológico 
Giardíase Giardia lamblia 
Amebíase Eantamoeba histolytica 
 
Ascaridíase 
 Popularmente conhecimento como lombriga; 
 É o parasita humano mais prevalente; 
 Ciclo biológico: desenvolve-se a partir da 
ingestão dos ovos do parasita que eclodem 
no intestino delgado e liberam larvas que 
vão para o fígado, depois para o coração 
e para o pulmão. Ao chegar aos pulmões, 
rompem os capilares e chegam até a 
faringe, as quais são expelidas pelas 
tosses do paciente ou ainda deglutidas, 
chegando novamente ao intestino delgado. 
No intestino, completam a maturação 
sexual, cerca de 60 dias, e liberam ovos, 
recomeçando o ciclo; 
 Obs: Nos pulmões, esse parasita pode 
causar a Síndrome de Loeffler, 
caracterizada pela reação de 
hipersensibilidade causada pela 
infestação das larvas. Alguns sintomas 
são: pneumonia, tosse, edema alveolar e 
bronquite. 
Ancilostomíase 
 Popularmente conhecida como amarelão; 
 No Brasil, o principal agente etiológico é o 
necator americanos; 
 Ciclo biológico: Ocorre a partir da 
ingestão dos ovos do parasita ou pela 
penetração ativa da larva na pele. Essas 
larvas migram para o pulmão, chegam até 
o intestino e completam o seu 
desenvolvimento, liberando ovos. Ao 
entrarem de forma ativa na pele, essas 
larvas causam lesões cutâneas, 
associadas a prurido. Ao chegaram no 
intestino, se fixam nas paredes com 
estruturas semelhantes a dentes, 
causando lesões e perda sanguínea pela 
hematofagia do verme. 
 Principais sintomas: anemia, 
hipoproteinemia. 
Oxiuríase 
 Conhecida também como enterobiose; 
 Ciclo biológico: desenvolve-se a partir da 
ingestão dos ovos do parasita, que 
eclodem e maturam ao chegar no intestino 
grosso. Após a cópula, o macho morre, 
sendo eliminado nas fezes, porém a fêmea 
migra para a região perianal para 
colocar os ovos. O prurido anal 
característico dessa parasitose pode levar 
a infecção secundária. 
Teníase 
 Conhecida como solitária, pois é causada 
por apenas um verme, podendo chegar a 
12 metros; 
 A subespécie solium infecta tanto suínos 
quanto humanos, já a saginata acomete 
tanto bovinos quanto humanos; 
 Ciclo Biológico: Inicia-se quando o boi ou 
porco ingere os ovos do parasita no solo. 
Esses ovos eclodem em larvas e se 
diferenciam em cisticercos, que migram 
para os músculos esqueléticos e 
cardíacos, olhos, cérebro e pele desses 
animais. Quando o ser humano ingere 
essa carne, sobretudo malpassada, está 
ingerindo também os cisticercos, que se 
fixam no intestino, evoluem para a fase 
adulta e fazem a postura dos ovos. 
 Obs: A neurocisticercose é caracterizada 
pela presença de cisticercos em qualquer 
Tatiane Leon 
 
parte do

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