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NASCIMENTO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO MÓDULO V I I I BY TATIANE LEON Tatiane Leon RN com mais de 2 kg; RN com mais de 35 semanas; RN com APGAR maior ou igual a 7 no 1ª e 5ª min. de vida. Módulo VIII- Nascimento, Crescimento e Desenvolvimento Intermediária PB01 1. Discorrer sobre os princípios do alojamento conjunto, assim como seus testes de triagem e atendimento ao recém- nascido na sala de parto. Alojamento Conjunto Segundo o Caderno de Atenção à Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, o Alojamento Conjunto é o sistema hospitalar onde o recém-nascido sadio já pode ficar junto à mãe desde o nascimento até a alta hospitalar. Os cuidados prestados nesse sistema hospitalar envolvem tanto as orientações à mãe sobre os cuidados que deve ter com o seu bebê como a realização dos principais exames de triagem neonatal. Benefícios do Alojamento Conjunto: Incentivar o Aleitamento Materno; Estimular o vinculo do binômio mãe-filho; Reduzir a ansiedade dos pais; Diminuir o risco de infecção hospitalar; Facilitar a interação multidisciplinar da com a equipe de saúde, como enfermeiros e pediatras; Facilitar a participação paterna nos cuidados ao recém-nascido Indicações: - Em relação à mãe: ausência de patologia de risco para o recém-nascido. -Em relação ao bebê: boa capacidade de sucção; Boa vitalidade Contraindicações: RN com APGAR menor que 7 nos 1ª e 5ª min. de vida; RN com malformações que impedem a amamentação (ex. não fechamento da fenda palatina, lábio leporino); RN com mãe diabética; RN com patologias. Primeira Visita: Ocorre durante o 1ª e o 2ª dia de vida; Objetivos: Avaliação do vínculo estabelecido entre a mãe e o bebê; Avaliação da amamentação (posição adequada, sucção satisfatória); Avaliação do colostro (quantidade, aspecto) Tatiane Leon Avaliação da primeira diurese (normal até 24 horas); Avaliação do mecônio (aceitável até 48 horas); Principais exames: teste do reflexo vermelho (“teste do olhinho”) e triagem auditiva (“teste da orelhinha”) Verificação de icterícia neonatal, principalmente nas primeiras horas de vida. Segunda Visita: Ocorre entre o 2ª e o 3ª dia de vida; Objetivos: Realização do exame físico completo; Verificação da possibilidade de alto do neonato: Amamentação sem problemas; RN sem risco de vida; RN com peso maior que 2kg ou menor que 1,9 kg, porém com evolução no peso de 20 g/dia; Obs: A alta deve ser dada entre 36 e 48 horas de vida do RN. Principais exames: triagem para cardiopatia congênita (“teste do coraçãozinho”). Realizado a partir de 24 horas de vida; Obs: Exames Físicos do Recém-nascido Estado Geral Face Crânio Neurológico Pescoço Triagem Neonatal Teste do Olhinho Exame simples, rápido e indolor; Deve ser feito logo após o nascimento; Consiste na iluminação de um feixe de luz no olho do bebê. Se esse reflexo for enxergado pelo bebê significa que não há defeitos no eixo óptico que impeçam a entrada e saída de luz pela pupila. Importância: Possibilidade de detectar e tratar precocemente possíveis alterações no eixo óptico do bebê que impeçam a entrada e saída da luz. Essas alterações podem ser causadas, por exemplo, por glaucoma e catarata. Teste da Orelhinha Exame rápido, seguro, indolor e obrigatório; Deve ser feito a partir de 48h de vida; Geralmente se faz quando o bebê está dormindo; Segundo a SBP, o teste consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno através de uma sonda introduzida na orelha do bebê. Importância: Detectar e corrigir, logo que possível, defeitos auditivos, como surdez. Teste do Coraçãozinho É a aferição da oximetria de pulso; Deve ser feito entre 24 e 48 h de vida; O teste consiste na colocação do aparelho chamado de oxímetro na mão direita do bebê e em um dos pés. Mede a Tatiane Leon concentração de oxigênio no sangue arterial do neonato; Importância: detectar e tratar precocemente cardiopatias graves. Diagnóstico/Resultado: Normal: saturação maior ou igual a 95% nos MMII e nos MMSS. E diferença menor que 3% entre as medidas do membro superior direito e membro inferior; Anormal: saturação inferior a 95% ou diferença igual ou maior que 3% entre as medidas de membro superior direito e membro inferior Teste do Pezinho Obrigatório por lei; Conjunto de exames realizados através do sangue coletado do calcanhar do bebê; Deve ser realizado entre o 3ª e 7ª dia de vida; Importância: detecta doenças associadas a danos físicos e mentais, como: Fenilcetonúria; Hipotireoidismo Congênito; Anemia Falciforme; Fibrose Cística. 2. Evidenciar as alterações fisiológicas cardiopulmonares no neonato, atrelado às alterações fisiológicas relacionadas à asfixia perinatal. Função Pulmonar Neonatal A função pulmonar neonatal só poderá ser estabelecida mediante o desenvolvimento e maturidade do controle respiratório pelo neonato. No período fetal, os pulmões estão preenchidos por líquido, porém ao nascer (e até mesmo um pouco antes desse período, através do transporte ativo de sódio feito pelo epitélio pulmonar) esse líquido vai sendo substituído por ar. Durante o parto normal, a compressão feita no tórax auxilia ainda mais na remoção desse líquido. Já a partir da 25ª semana de gestação, os alvéolos fetais e pneumócitos tipo II, produtores de surfactante, estão em constante amadurecimento, o que facilita ainda mais a respiração do bebê ao nascer. Vale lembrar ainda da importância do surfactante para a minimização da chance dos alvéolos se colabarem. Caso a produção desse surfactante seja insuficiente, poderá causar no neonato o quadro de atelectasia, ocorrendo a síndrome do desconforto respiratório. Função Cardiovascular Neonatal A principal característica cardiovascular no período fetal é o desvio de sangue feito da direita para a esquerda, através do ducto arterioso patente (conectando artéria pulmonar e aorta) e do forame oval (conectando átrios direito e esquerdo). Geralmente, logo após o nascimento essas duas estruturas se fecham. O desvio é feito devido à elevada resistência das arteríolas pulmonares e pela baixa resistência ao fluxo sanguíneo na circulação sistêmica. O forame oval permanece aberto devido às diferenças das pressões dos átrios: a pressão no átrio esquerdo (AE) é mais baixa porque pouco sangue retorna dos pulmões, em contrapartida, a pressão no átrio direito(AD) é mais elevada devido ao grande volume de sangue que retorna da placenta. Ao nascer, o inverso ocorre: a pressão do AE aumenta, pois o fluxo pulmonar também aumenta e a pressão do AD diminui decorrente da cessação ou diminuição do fluxo sanguíneo placentário. Isso justifica o fechamento https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/problemas-respirat%C3%B3rios-em-neonatos/s%C3%ADndrome-da-ang%C3%BAstia-respirat%C3%B3ria-em-neonatos Tatiane Leon do ducto arterioso e do forame oval após o nascimento. Fonte: Internet. Asfixia Perinatal Quadro caracterizado pela falta de oxigenação adequada fetal-neonatal no periparto (período entre o último mês de gestação até 5 meses após o parto), ao nascimento ou nos primeiros minutos de vida. As principais causas associadas à asfixia perinatal são: Interrupção do fluxo sanguíneo através do cordão umbilical; Interrupção da troca gasosa devido ao descolamento placentário; Alteração da perfusão placentária; Falha na expansão pulmonar logo após o nascimento (Ex. produção insuficiente de surfactante) ApneiaPrimária e Secundária A fase inicial da asfixia neonatal é marcada por respirações rápidas e profundas, associada ao aumento da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial(PA). Se o quadro continuar, os movimentos respiratórios param e a FC começa a cair, mantendo-se ainda a PA. Essa fase é chamada de apneia primária e quando o neonato ainda se encontra nela, a estimulação táctil e o oxigênio inalatório revertem o quadro. No entanto, se o quadro persistir, a FC e a PA continuar caindo e a frequência respiratória se tornar cada vez mais irregular e fraca até desaparecer (último gasping), o neonato entra na fase de apneia secundária. Nesta fase, a estimulação táctil o oxigênio inalatório não são mais eficazes, sendo necessária a aplicação de ventilação com pressão positiva e oxigênio a 100%. Na sala de parto, frente a um RN em apneia, deve-se considerá-lo como em apneia secundária, iniciando imediatamente a ventilação com pressão positiva e oxigênio a 100%. Reanimação Neonatal Mundialmente, a prematuridade e a asfixia neonatal são as duas principais causas da mortalidade neonatal. E de todas as lesões neurológicas que podem acometer o neonato, a asfixia neonatal, sem dúvidas, é a causa mais grave, pois poderá causar danos irreversíveis, como epilepsia, retardo mental e paralisia cerebral. Segundo dados do Programa de Reanimação Neonatal, só no período de 2005 e 2010, no Brasil, ocorreram 5-6 mortes diárias de neonatos associados à asfixia neonatal decorrente da síndrome de aspiração de mecônio. Seja qual for a causa da asfixia, a reanimação neonatal é um dos procedimentos realizados no neonato para reverter essa complicação. As práticas dessa reanimação são baseadas nas recomendações da International Liaison Committee on Resuscitation (ILCOR), que foram publicadas também no Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. A depender da gravidade, as manobras de reanimação ainda incluem: Intubação traqueal (ex. Em caso de presença de líquido amniótico meconial); Tatiane Leon Massagem cardíaca coordenada com ventilação adequada (3:1); Avaliar FC continua com monitor; Considerar cateterismo venoso; Medicações. Fluxograma da reanimação neonatal Fonte: Internet. Valores desejáveis de Sat O2 3. Explanar as escalas de vitalidade no recém-nascido e da idade gestacional. Avaliação e Classificação do RN A idade gestacional pode ser determinada a partir do primeiro dia do último período menstrual ou pelos métodos de Capurro, Dubovitz ou Ballard. Classificação do RN: Pré-termo: nascidas ate 36 semanas e 6 dias de gestação ou nascidas ate 37 semanas e 6 dias (256 dias), segundo AAP (Academia Americana de Pediatria). A termo: nascidas entre 37 e 41 semanas e 6 dias de gestação (OMS) e nascidas entre 38 e 41 semanas e 6 dias(AAP). Pós-termo: nascidas com 42 semanas ou mais de gestação Baixo peso: todo RN com PN inferior a 2500g. Muito baixo peso: RN com menos de 1500g. Extremo baixo peso: RN com menos de 1000g. Avaliação da idade Gestacional (IG) do RN A idade gestacional do RN pode ser determinada também através das características somáticas e neurológicas encontradas no RN. Método de Capurro Utiliza 5 parâmetros somáticos e 2 neurológicos Minutos de Vida Sat. O2 pré-ductal Até 5 70 a 80% 5 a 10 80 a 90% > 10 85 a 95% Tatiane Leon *parâmetros somáticos *parâmetros neurológicos Pontuação: Forma da orelha 0 = chata, disforme, pavilhão não encurvado; 8 = pavilhão parcialmente encurvado na borda; 16 = pavilhão parcialmente encurvado em toda parte superior; 24 = pavilhão totalmente encurvado. Textura da pele 0 = muito fina; 5 = fina e lisa; 10 = um pouco mais grossa, com discreta descamação superficial; 15 = grossa, com rugas superficiais e descamação nas mãos e pés; 20= grossa, apergaminhada, com rugas profundas. Glândula mamária 0 = não palpável; 5 = palpável, menor de 5 mm; 10 = entre 5 e 10 mm; 15 = maior de 10 mm; Pregas plantares 0 = sem pregas; 5 = marcas mal definidas na parte anterior; 10 = marcas bem definidas sobre a metade anterior e sulcos no terço anterior; 15 = sulcos na metade anterior da planta; 20 = sulcos em mais da metade anterior da planta. Formação do mamilo 0 = visível; 5 = aréola pigmentada, com diâmetro menor que 75 mm; 10 = aréola pigmentada, pontiaguda, diâmetro ;menor que 75 mm, borda não elevada; 15 = borda elevada, diâmetro maior que 75 mm. Sinal de xale 0 = o cotovelo alcança a linha axilar anterior do lado oposto; 6 = o cotovelo situado entre a linha axilar anterior do lado oposto e a linha media; 12 = o cotovelo situado ao nível da linha media; 16 = o cotovelo situado entre a linha média e a linha axilar anterior do mesmo lado. Posição da cabeça ao levantar o RN 0 = cabeça totalmente deflexionada, com ângulo torácico de 270°; 4 = ângulo cervicotorácico entre 180 e 270°; 8 = ângulo cervicotorácico igual a 180°; 12 = ângulo cervicotorácico menor do que 180°. Capurro somático: A + B + C + D + G + 204 = IG em dias Capurro somatico e neurologico: A + B + C + D + E + F + 200 =IG em dias Desvio padrão (DP)=8,4 dias Método de Ballard Criado em 1991por Ballard e outros colaboradores; Utiliza 6 parâmetros somáticos e 6 neurológicos; Aplicável a todo recém-nascido; Foi modificado em 1993 para ser aplicado também a prematuros com menos de 29 semanas. Forma da orelha* 0 8 16 24 Textura da pele* 0 5 10 15 20 Glândula mamária* 0 5 10 15 Pregas plantares* 0 5 10 15 20 Formação do mamilo* 0 5 10 15 Sinal de Xale * 0 6 12 18 Posição da cabeça ao levantar o RN* 0 4 8 12 Tatiane Leon Escala ou Índice de Apgar Consiste na avaliação de cinco sinais no 1ª, no 5ª e no 10ª minuto após o nascimento; A escala varia de uma pontuação de 0 a 2; Fonte: Ministério da Saúde. A soma desses pontos resultará no Índice de Apgar: 8-10: presente em cerca de 90% dos recém- nascidos. Condições ótimas; 5 a 7: neonato apresentou dificuldade leve; 3 a 4: o bebê apresentou dificuldade moderada; 0 a 2: o bebê apresentou dificuldade grave. 4. Elucidar o mecanismo fisiológico da icterícia neonatal, bem como as alterações de pele mais comuns. Icterícia Neonatal Um dos problemas mais frequentes no período neonatal; É caracterizado pelo quadro de hiperbilirrubinemia; Hiperbilirrubinemia bilirrubina indireta maior que 1,5mg/dL ou bilirrubina direta maior que1,5mg/dL; A bilirrubina é majoritariamente proveniente da destruição das hemácias velhas. No entanto, quando os níveis de bilirrubina estão muito elevados no corpo e se não forem tratados de modo correto poderão causar complicações cerebrais, chamado de Kernicterus; Fisiopatologia: Causa fisiológica: RN possui baixa capacidade de captação, conjugação e excreção hepática da bilirrubina, além de produzir maior quantidade dessa substância, visto que possui mais hemoglobina e hemácias com menor meia vida; Causa patológica: pode decorrer de 3 fatores: o aumento na produção de bilirrubina. Pode ser decorrente de doenças hemolíticas e policitemia; Fonte: Ministério da Saúde. Tatiane Leon o diminuição da clearance. Ocorre na Síndrome Crigler- Najar tipo I e II, síndrome de Gilbert, diabetes materna, hipotiroidismo congênito e galactosemia; o aumento da circulação êntero-hepática. Pode ser decorrente de alterações da motilidade intestinal. Quadro clínico: coloração amarelada na pele e nos olhos do bebê A icterícia tende a desaparecer em torno de duas semanas; Tratamento: o Fototerapia: É a mais utilizada mundialmente e é eficaz em quase todosos casos, exceto em RN com quadros hemolíticos graves. Ou seja, a eficácia depende de fatores como: causa da icterícia, concentração sérica de bilirrubina, tipo de luz emitida (fluorescente, branca, que é a luz solar ou azul) e dose de radiância; o Exanguineotransfusão: A principal indicação é para casos de doença hemolítica grave por incompatibilidade Rh. Pode ser indicada logo após o nascimento e a escolha do tipo de sangue depende da causa da icterícia. Se for por DH por incompatibilidade Rh, utiliza-se o tipo sanguíneo do RN, Rh negativo ou tipo ORh-. O sangue também deve ter menos de 3 dias de estocagem e estar a temperatura de 37 graus Celsius. Possui algumas complicações, como: quadros de trombocitopenia, trombose de veia porta, perfuração da veia porta ou umbilical, infecções virais, entre outras. Alterações de pele mais comuns Eritema Tóxico Quadro benigno e assintomático; Frequente nas primeiras 48 horas de vida; Causa desconhecida, porém alguns estudiosos relacionam o eritema tóxico a uma reação inflamatória da pele decorrente da colonização microbiana após o nascimento; Manifestação clínicas: erupção de pápulas pequenas e eritematosas, de vesículas e de pústulas, principalmente no tronco, nádegas e membros proximais; Geralmente regridem em até 2 semanas sem deixar sequelas. Hiperplasia sebácea Causada pelo estimulo hormonal materno; Caracterizada pelo aparecimento de pápulas pequenas e numerosas (cerca de 1 mm), de cor amarelada, atingindo áreas do dorso nasal, bochechas e lábio superior; Desaparece em poucas semanas. Milária Observada a partir da 2ª semana de vida; Caracterizada pela presença de pequenas vesículas superficiais na pele; Tatiane Leon Ocasionada por obstrução ou imaturidade dos canais das glândulas sudoríparas do neonato; Mais comum na época de calor ou após fototerapia; Ao melhorar, deixam descamação residual; Existem 3 tipos: cristalina, rubra e profunda. Impetigo Bolhoso Comuns em lactentes e geralmente são assintomáticos; Caracterizado por bolhas flácidas e superficiais, que se rompem facilmente, deixando áreas desnudas; Aparecem principalmente ao redor do umbigo, na área da fralda e nas dobras do pescoço e axila; O tratamento se dá pela limpeza diária da região atingida com água e sabão e com antibióticos tópicos. Dermatite seborreica Frequente nas primeiras semanas de vida; Caracterizada pela erupção eritematosa coberta por escamas oleosas de cor amarelo-acinzentadas, principalmente, no couro cabeludo, rosto, sobrancelhas, nariz e pregas axilares e inguinais; Acredita-se que fatores hormonais maternos, ao produzirem aumento na produção sebácea e fatores nutricionais, como a deficiência de biotina, podem estar associados às casas da dermatite sebo Fechamento PB01 1. Discorrer sobre a consulta de Puericultura, bem como sua importância para o desenvolvimento efetivo do neonato. As consultas de Puericultura são caracterizadas pelo acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. Devem ser feitas a partir do nascimento, pois, são importantes para a detecção precoce de doenças, o que auxilia na escolha de um tratamento eficaz e em tempo hábil. As consultas envolvem tanto avaliações físicas e psicomotoras quanto orientações sobre amamentação, alimentação e cuidados. Frequências das Consultas Frequência Idade Mensal Até 6 meses Trimestral 6-12 meses Semestral 12-24 Anual A partir dos 3 anos Durante a primeira consulta, deve ser feita uma anamnese completa: Avaliar condições de nascimento do bebê (local e tipo do parto, se prematuro ou não, índice de Apgar...); Condição de saúde dos pais; Verificar exames de triagem neonatal; Verificar vacinas tomadas; Alimentação (adequada, dificultada, nutritiva...); Higiene física e mental. Tatiane Leon Exame Físico Avaliar: Avaliar peso, comprimento e perímetro cefálicos adequados para a idade; Fonte: Sanar. Obs: É aceitável que o bebê perca cerca de 10% do peso ao nascer, porém que recupere em até 15 dias de vida. Desenvolvimento social e psicoafetivo: interação da família com o bebê; Estado Geral: postura, respiração, temperatura axilar, estado de vigília; Face: assimetria, malformação ou deformidade; Pele: verificar presença de edema, palidez, cianode e icterícia. Crânio: examinar as fontanelas Olhos: reflexo fotomotor e Teste do reflexo vermelho; Orelhas e audição: teste da orelhinha, verificar formato, tamanho e simetria da orelhas; Nariz, boca: presença ou não de secreção(sífilis), dificuldade que atrapalhe a pega na hora da amamentação; Pescoço: posição viciosa da cabeça, torcicolo Tórax: procurar por assimetrias Abdome: observar a respiração, procurar por hérnias inguinal e umbilical; Genitália: meninos: verificar a presença dos testículos, apalpando a bolsa escrotal e presença de fimose; meninas: pode haver presença de secreção esbranquiçada devido à o passagem de hormônios maternos; Ânus e reto: analisar permeabilidade anal, posição do orifício e se há presença de fissuras. Sistema osteoarticular: examinar MMSS e MMII, testes de Ortolani e de Barlow; Coluna vertebral: examinar a coluna, sobretudo da região lombo-sacra até a linha média; Avaliação neurológica: reflexos arcaicos e movimentos espontâneos de flexão/extensão dos membros. Orientações Importância da amamentação exclusiva até os 6 meses; Após os 6 meses, oferecer à criança alimentos de forma gradual. Oferecer papinhas de frutas, verduras Importância da continuidade das consultas de Puericultura; Cuidado e prevenção de acidentes com crianças; Importância do vínculo afetivo familiar; Vacinação em dias; Importância da suplementação de Vitamina D e Ferro; Higiene bucal. Tatiane Leon Desenvolvimento Idade(meses) Esperado Até 3 meses Bebê já sorri, levanta a cabeça e segue objetos com os olhos 3-6 Senta com apoio, rola na cama, acompanha sons, leva os pés à boca 6-9 Já senta sem apoio, brinca de “cadê- achou”, reconhece o rosto materno 9-12 Consegue levantar se apoiando, tenta dar os primeiros passos, balbucia, emite sons, como “não” 12-36 Controla esfíncteres, anda e fala com maior autonomia. 2. Evidenciar a fisiopatologia das cólicas neonatais. A cólica é uma das causas mais comuns associadas ao choro excessivo ou inconsolável do neonato. Ela é comum, sobretudo, nos primeiros três meses de vida e corresponde a cerca de 20% nas consultas pediátricas. Principais manifestações: choro forte, inconsolável, agudo e estridente; o bebê fica vermelho com as coxas fletidas sobre o abdome; O bebê se sente aparentemente mais aliviado ao soltar pum; O choro do bebê tem breves pausas, no entanto, pode se prolongar por horas. Etiologia Possui causas desconhecidas; Porém alguns estudiosos associam a cólica à imaturidade do TGI do neonato, que faz digestão incompleta, principalmente da lactose. Diagnóstico Não possui exame físico nem laboratorial para diagnosticar a cólica, sendo, portanto, totalmente, clínico; Os critérios clínicos mais utilizados ainda são os de Wessel, chamado de a “regra dos 3”; Se o choro dura pelo menos 3 horas, pelo menos 3 dias por semana e pelo menos 3 semanas seguidas, desaparecendo aos 3 meses de vida é classificado como quadro típico de cólica; O choro também pode ocorrer em horário predeterminado, geralmente no finalzinho da tarde e início da noite (19-23 horas). Tratamento Baseado em acalcar o bebê e tentar conter o choro; A mãe que amamenta deve evitar comer alimentos gordurosos, chocolate, feião, repolho, enfim, alimentosque possam causar desconforto intestinal no bebê; Fazer “manobras de bicicletinha” nas pernas do bebê; Fármacos: Apenar de fármacos como a simeticona serem utilizados com frequência, eles não mostram eficácia prolongada. É o sabor adocicado da simeticona que acalma o bebê. Porém depois de algum tempo, o bebê volta a chorar. 3. Discutir acerca das possíveis causas do aparecimento das lesões bolhosas da região abdominal e inguinal. Tatiane Leon Eritema Tóxico Neonatal Doença benigna e frequente em recém-nascidos; Acomete meninos e meninas igualmente; Tem duração curta; As áreas mais afetadas são face, tronco, braços e nádegas; A extensão das pápulas varia de milímetros a centímetros; Geralmente, desaparecem em horas ou dias; Etiologia: desconhecida; Diagnóstico: clinico e teste laboratorial. Melanose pustulosa transitória Neonatal Doença mais comum em recém-nascidos negros; Doença benigna; Caracterizada pela presença de pústulas ou vesículas sem eritema circundante, mas que se rompem com facilidade; Podem persistir por meses mas, geralmente, desaparecem dentro de 3 a 4 semanas; As áreas mais afetadas são fronte, parte posterior das orelhas, pescoço, parte superior do tórax, costas, nádegas, abdômen e coxas; Etiologia: desconhecida. Acne Neonatal Surge nas primeiras semanas de vida; Caracteriza-se pelo aparecimento de múltiplas pápulas ou pústulas eritematosas inflamatórias no nariz, fronte e bochechas. Etiologia: indefinida, no entanto, acredita- se estar associada estímulo de glândulas sebáceas por andrógenos maternos e do recém-nascido; Desaparecem dentro de um a três meses e, geralmente, não formam cicatriz; Tratamento: não requer, no entanto, a loção de peróxido de benzoíla e solução de eritromicina são utilizadas. Foliculite pustulosas eosinofílica Pode surgir ao nascer ou durante os primeiros dias de vida; Caracterizada pela presença de pústulas amareladas no couro cabeludo, face, tronco e extremidades. A presença de prurido (coceira) e irritabilidade são comuns também em lactentes; Essas pústulas podem formar crostas dois a três dias após o surgimento; Diagnóstico: clínico e laboratorial (teste de Tzanck e a coloração de Gram); Etiologia: desconhecida; A persistência dessa dermatite em lactentes pode ser devido a AIDS; Tratamento: Os corticosteóides tópicos de baixa e média potência e/ou antibióticos são opções utilizadas. Dermatite atópica Doença crônica mais comum na infância; Mais comum em zonas urbanas; Caracterizada por pele seca e prurido em regiões típicas que variam de acordo com a faixa etária; Etiologia: multifatorial (clima, sudorese, infecções, alimentos, estresse) Nos lactentes, o quadro é iniciado no rosto e bochechas, na superfície de extensão dos membros e na área da fralda; Já em pré-escolares e escolares, inicia- se nas pregas antecubitais e dobras poplíteas, com xerose, placas eritêmato- escamosas e prurido aumentado; Profilaxia: banho com água morna sem friccionar a pele, usar perfumes e loções diluídos em água; Tatiane Leon Tratamento: uso de corticosteroides e hidratantes que diminuam o prurido. Infecção pelo vírus herpes simples Corresponde a cerca de 5% das infecções neonatais intrauterinas, resultando em infectado neonatal; As manifestações podem ocorrer a qualquer momento entre as primeiras 4 a 6 semanas de vida; Até um quarto dos recém-nascidos infectados apresentam manifestações no primeiro dia de vida; A maior parte, cerca de 70% das infecções pelo vírus herpes simples são causadas pelo tipo 2, que pode ser adquirido pelo neonato por via placentária, por viremia durante a gestação, durante o nascimento ou após o nascimento pelo contato com pessoas infectados; Manifestações iniciais: letargia, hipotermia ou hipertermia, irritabilidade e má alimentação. Na pele, aparecem vesículas ou pústulas solitárias ou agrupadas com eritema na pele e nas membranas mucosas. Os olhos também podem ser afetados; As pústulas e vesículas podem se espalhar rapidamente e afetar não só o SNC como também vários órgãos internos; O diagnóstico, que é clínico e laboratorial, deve ser imediato, pois se não tratada, pode ser fetal em muitos casos. 4. Explanar sobre a triagem neonatal e seus exames complementares disponibilizados. Os exames complementares são exames complementares aos exames físicos e à anamnese. Esses exames servem não só para detectar alguma doença ou problema que não foi diagnosticado anteriormente como também confirmar determinadas doenças, como fibrose cística, anemio falciforme, hiperplasia adrenal congênita, entre outras. Hemograma É um dos exames mais solicitados na pediatria. Sua interpretação deve ser minuciosa e cuidadosa, pois seus valores, principalmente, de hemácias e leucócitos são diferentes quando comparado aos do adulto. Fenilcetonúria É um erro inato do metabolismo, com padrão de herança autossômico recessivo; Fisiopatologia: A enzima fenilalanina hidroxilase é responsável por converter a fenilalanina (aminoácido), em excesso no sangue, em tirosina. Se por algum defeito ou falta dessa enzima, a fenilalanina se acumula no sangue e pode causar uma série de problemas no corpo, sobretudo no cérebro; Principais manifestações: atraso global do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), deficiência mental, autismo, convulsões, alterações eletroencefalográficas e odor na urina; É importante lembrar que se o bebê for diagnosticado e tratado (tratamento dietético) de forma precoce, esses sintomas não aparecerão; Várias metodologias podem ser utilizadas para triagem: fluorimétrica, enzimática ou espectrometria de massa. Classificação: Clássica: atividade da enzima fenilalanina hidroxilase quase inexistente < 1%. Níveis de fenilalanina plasmática > 20 mg/dL; Tatiane Leon Leve: atividade da enzima entre 1% e 3%. Níveis de fenilalanina entre 10 mg/dL e 20 mg/dL; Hiperfenilalaninemia Transitória ou Permanente: atividade enzimática > 3%. Níveis de fenilalanina entre 4 mg/dL e 10 mg/dL. Considerada benigna. O tratamento com dietas alimentares deverá ser mantido por toda a vida. Estudos realizados A dieta utilizada é hipoproteica, suplementada por uma fórmula de aminoácidos isenta de Fenilalanina. Hipotireoidismo Congênito Quadro caracterizado pela incapacidade da glândula tireoide do neonato em produzir quantidades adequadas de hormônios tireoideanos; Classificação: Primária: a falha ocorre na glândula tireoide; Secundária: deficiência do hormônio estimulador da tireoide (TSH) hipofisário; Terciária: deficiência do hormônio liberador da tireotrofina (TRH)hipotalâmico; Resistência periférica à ação dos hormônios tireóideos. Principais manifestações: hipotonia muscular, dificuldades respiratórias, cianose, icterícia, constipação, bradicardia, anemia, sonolência, alargamentode fontanelas, dificuldade na alimentação, entre outras. Tratamento: reposição hormonal dentro do tempo oportuno. Doença falciforme Doença genética com padrão de herança autossômico recessivo, causada por um defeito na estrutura da cadeia beta da hemoglobina, que leva as hemácias a assumirem forma de lua minguante ou foice; As alterações genéticas nessa proteína (hemoglobina) são hereditárias; Principais manifestações: anemia hemolítica, crises de dor, insuficiência renal progressiva, AVC, maior suscetibilidade a infecções e sequestro esplênico, entre outros. Classificação: HbAS: portador de traço falciforme; HbSS: portador da doença falciforme; Tratamento: farmacológico ou transfusão sanguínea; É importante que o tratamento seja iniciado antes dos quatro meses de vida para evitar infecçõesque poderão levar o neonato a óbito. Hiperplasia Adrenal Congênita É um conjunto de síndromes transmitidas de forma autossômica recessiva; Caracteriza-se por diferentes deficiências enzimáticas responsáveis pela síntese dos esteroides adrenais, como o cortisol e a aldesterona; As manifestações clínicas dependem da enzima envolvida e do grau de deficiência enzimática, se parcial ou total; Classificação: forma clássica e não clássica; Forma clássica: manifesta-se logo após o nascimento e ainda é classificada em dois tipos: Forma perdedora de sal: corresponde a cerca de 70- 75% dos casos de forma clássica e é caracterizada pelo comprometimento na síntese de aldesterona, resultando na perda de sal e desidratação Tatiane Leon hiponatrêmica nas primeiras semanas de vida; Forma Virilizante Simples: frequente no sexo feminino e é caracterizada pela atividade enzimática da enzima 21- hidroxilase(21-OH) totalmente comprometida. Manifesta-se desde citoromegalia isolada até a aparência semelhante a de uma genitália masculina, porém sem a presença de gônadas palpáveis; Forma não clássica: os sintomas iniciam- se de forma tardia, na infância, puberdade ou na fase adulta. A intensidade e complicações são menores do que a forma clássica; Tratamento: reposição hormonal. Fibrose Cística Chamada também de Mucoviscidose, é determinada por um padrão de herança autossômico recessivo, trazendo complicações, sobretudo, pulmonares e pancreáticas; Caracteriza-se pela obstrução causada pelo aumento da viscosidade do muco. Nos pulmões, o aumento na viscosidade bloqueia as vias aéreas, facilitando a proliferação de bactérias, o que leva à infecção crônica, lesão pulmonar e óbito por disfunção respiratória; Já no pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pelo aumento do muco, ocorre uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição; Alguns neonatos podem ser assintomáticos por anos, no entanto, os sintomas mais graves e complicações relacionados à essa doença são: desnutrição, diabetes, insuficiência hepática e a osteoporose; Tratamento: consiste em acompanhamento, médico regular, suporte dietético, utilização de enzimas pancreáticas, suplementação vitamínica (vitaminas A, D, E, K) e fisioterapia respiratória. Deficiência de Biotinidase Doença metabólica hereditária, caracterizada pelo defeito no metabolismo da biotina, causando uma depleção dessa vitamina devido à incapacidade do organismo em reciclá-la ou usá-la; Apresenta uma herança autossômica recessiva, com mais de 140 mutações descritas; Classificação: Deficiência profunda de biotinidase: atividade enzimática menor que 10%; Deficiência parcial de biotinidase: atividade enzimática entre 10% e 30%; Sem deficiência de biotinidase: atividade enzimática acima de 30%; Manifesta‑se a partir da sétima semana de vida, com distúrbios neurológicos e cutâneos, como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopécia e dermatite eczematoide; Tratamento: através da utilização da biotina diariamente, onde as doses utilizadas estarão de acordo com o grau de deficiência dessa vitamina. Intermediária PB02 1. Evidenciar os diferentes tipos de aleitamento, técnica de amamentação, atrelado a sua composição, benefícios e prejuízos para o lactante e lactente e descrever a morfofisiologia do mama e a síntese do leite. Tatiane Leon O aleitamento materno, além de causar maior interação da mãe com o filho, promove também repercussões no estado nutricional da criança, a prevenindo-a de infecções, a curto e longo prazo. Tipos de aleitamento Aleitamento materno exclusivo: a criança recebe somente leite materno direto da mama ou ordenhado; ou leite humano de outra fonte; Aleitamento materno predominante: a criança recebe não só leite materno como também água ou bebidas, como chás, sucos de frutas; Aleitamento materno: a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independente de receber ou não outros alimentos; Aleitamento materno complementado: a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo; Aleitamento materno misto ou parcial: quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. Técnica de Amamentação A técnica de amamentação consiste em orientações para que tanto a mãe consiga posicionar o bebê de forma correta quanto o bebê consiga ter uma pega adequada, para que ele consiga se alimentar sem dificuldades e preservar o mamilo materno, evitando assim, fissuras e sangramentos nessa região. É bom lembrar que o bebê já nasce com certo reflexo de sucção, porém ele deverá aprender a mamar. E a técnica de amamentação torna essa etapa mais fácil e prazerosa para o bebê e para a mãe. Algumas orientações: A mãe deve escolher a posição que seja confortável para amamentar o bebê, atentando sempre para uma vestimenta que oportunize a exposição total dos seios; O bebê sempre deve estar vestido com roupas que deixem os seus braços livres; O bebê deve estar voltado e bem próximo à mãe; Fonte: Internet Composição do leite materno O leite materno é composto por proteínas, carboidratos, lipídeos, micronutrientes, microminerais e vitaminas. No entanto, as concentrações desses compostos estarão em menores ou maiores quantidade a depender do estágio de lactação em que a mulher se encontra. Esses estágios são: Colostro: é produzido nos primeiros dias após o parto. É mais viscoso e possui maiores concentrações de proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis, principalmente A, E e carotenoides. Possui menores quantidades de lactose, gorduras e vitaminas do complexo B. As imunoglobulinas representam a maior parte da fração protéica do colostro; Leite de transição: Produzido do sexto ao décimo quinto dia. Possui menos proteínas e mais gorduras; Leite maduro: como não dá pra mensurar exatamente o tempo de mudança entre o leite de transição e o leite maduro, os Tatiane Leon autores possuem divergências nessas transições. No entanto, o caderno do Ministério da Saúde sobre Aleitamento Materno considera a produção do leite maduro como sendo a partir do sétimo ao décimo dia após. Possui mais gordura e menos proteína. Fonte: Internet. Importância e benefícios do leite materno Inúmeras pesquisas têm mostrado, ao longo dos tempos, a importância e os benefícios que do leite materno traz tanto para a mãe quanto para o bebê. E alguns deles são: Evita mortes infantis: os nutrientes presentes no leite materno, como proteínas e anticorpos maternos passados através da amamentação têm a capacidade de ajudar o sistema imunológico do bebê a se proteger contra alguns microrganismos que afetam, sobretudo, o trato respiratório e digestório; Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; Reduz a chance de obesidade; Efeito positivo na inteligência: Proteção contra câncer de mama; Evita nova gravidez: funciona como contraceptivo durante os seis primeiros meses, desde que a mãe mantenha a amamentação exclusiva; Menores custos financeiros: uma vez que os pais não terão gastos relacionados a compra de leite em fórmulas, que possuem custo elevado; Promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho. Contraindicações para o aleitamento Situações em que o leite materno não é recomendado: Mães portadoras do vírus HIV; Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2; Mães que fazem uso de antineoplásicos e radiofármacos; Bebê portador de galactosemia, doença rara em que ele não pode ingerir qualquer tipo de leite, por causa de deficiência na enzima Galactose-1-fosfato; Situaçõesem que amamentação é temporariamente suspensa: Mães com vesículas herpéticas localizadas na pele da mama; Mães com varicela, apresentar vesículas na pele cinco dias antes do parto ou até dois dias após o parto; Mães com Doença de Chagas, na fase aguda ou quando houver sangramento mamilar evidente; Consumo de drogas de abuso, como anfetaminas, cocaína, heroína, maconha e fenciclidina. Fonte: Internet. Mamas Tatiane Leon São glândulas exócrinas constituídas por ductos lactíferos e milhões de alvéolos, onde o leite é produzido e secretado. Ao redor dos alvéolos ainda encontram-se células mioepiteliais que se contraem, expulsando o leite para fora dos alvéolos. Fonte: Internet. Lactação A lactação ocorre nas mamas e é estimulada por hormônios como estrogênio, progesterona e lactina que aumentam, sobretudo, na gestação. O estrógeno e a progesterona inibem, durante a fase gestacional, a secreção do leite. No entanto, logo após o parto, as taxas de estrógeno e progesterona caem de forma súbita, fazendo com que os níveis de lactina fiquem elevados, estimulando, assim, a produção e secreção do leite. A produção do leite após o parto é também influenciada pela sucção que o bebê executa. Ao sugar o leite na mama, ocorre a produção de impulsos sensitivos somáticos, produzidos nas terminações nervosas do mamilo. Esses impulsos são conduzidos até o hipotálamo, que estimula a liberação da prolactina e ocitocina, que ao promoverem a contração das células mioepiteliais dos alvéolos mamários, resultam na ejeção do leite. 2. Abordar a curva de crescimento e os distúrbios nutricionais relacionados aos marcos de crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor e cognitivo de acordo com a idade da criança. Os marcos do desenvolvimento infantil são avaliados através de domínios específicos, que são o motor grosseiro, motor fino, linguagem, cognitivo e crescimento social/emocional. A cada fase da vida da criança, espera-se que ela seja capaz de executar certos domínios. Veja a tabela abaixo. Até o 1ª ano de vida Tatiane Leon Fonte: NELSON, Tratado de Pediatria. Do 1ª ao 5ª ano de vida Fonte: NELSON, Tratado de Pediatria Obs: Assim como os marcos de desenvolvimento infantil são importantes na avaliação dos aspectos cognitivos, motores e de linguagem da criança, as curvas de crescimento também são ótimas avaliadoras do crescimento infantil, pois a partir da idade da criança são avaliadas variáveis como o peso, IMC, altura e perímetro cefálico. Escores abaixo ou acima da curva, com desvio acentuado do padrão, constitui sinal de alerta, já os índices com pouco ou nenhum desvio são tidos como normais. Distúrbios no desenvolvimento As causas para os distúrbios no desenvolvimento podem ser classificadas: Quanto a etiologia: Genéticas: como Síndrome de Down Biológicas: como prematuridade, hipóxia neonatal, meningites Ambientais: como fatores familiares, de ambiente físico, fatores sociais... As causas biológicas, como baixo peso ao nascer e a prematuridade são situações que aumentam as chances da criança desenvolver alterações em seu desenvolvimento, como distúrbios de linguagem, de motricidade, de aprendizagem e atraso neuropsicomotor. Quanto ao comprometimento: Mental: caracterizado por uma redução significativa do desenvolvimento intelectual da criança. Está associado a pelo menos duas dessas funcionalidades: comunicação, cuidados pessoais, atividades diárias, habilidades sociais, autonomia, aptidões escolares ,lazer e trabalho. Principais causas: hipóxia perinatal e infecções congênitas Físico: a nutrição alimentar da criança se for inadequada e insuficiente para o crescimento e desenvolvimento dentro dos padrões esperados, poderá causar repercussões graves, como obesidade, Tatiane Leon sobrepeso, magreza excessiva causada pela desnutrição, entre outras coisas; Auditivo: como a surdez, que pode ser causada por doenças infecciosas, como sífilis e rubéola; Visual: como exemplo, podemos citar a cegueira, que pode ser provocada também pela rubéola e sífilis; Relacional: caracterizado por distúrbios na integração social e comunicacional. Autismo é um exemplo. 3. Diferenciar o leite materno do leite de vaca em relação aos aspectos nutricionais, bioquímicos e imunológicos. Inúmeros são os benefícios e a importância descritos do leite materno. Em comparação ao leite da vaca, o leite humano possui mais vantagens. Ele possui inúmeros anticorpos que protegem a criança contra infecções. E o principal deles é IgA, que atua contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. Esses anticorpos que foram produzidos pela mãe proporcionam proteção para o bebê contra aqueles organismos prevalentes no meio em que a mãe vive. Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido. O fator bífido é importante, pois facilita o crescimento do Lactobacilus bifidus, bactéria não patogênica que acidifica as fezes, dificultando a proliferação de bactérias causadoras de diarreia,como Shigella, Salmonella e Escherichia coli. Outra questão importante é o tipo predominante de proteína encontrada no leite humano e de vaca. A principal proteína presente no leite humano é a lactoalbumina, que em comparação a proteína presente no leite da vaca (caseína) é bem mais fácil de ser digerida pela espécie humana. Bioquimicamente, o leite da vaca possui mais proteínas e menos lactose Cientificamente é comprovado que crianças que são amamentadas contraem menos infecções do que aquelas que não foram. Isso por que, geralemente, precisa-se adicionar à fórmula água e coloca-la em mamadeiras, podendo ser, facilmente, contaminada durante esse processo. Fonte: Ministério da Saúde. Caderno Aleitamento Materno. 4. Descrever as propostas de orientação nutricional adequadas para crianças de até 1 ano, bem como os aspectos imunológicos do TGI. A recomendação do Ministério da Saúde (MS) é que a criança mame de forma exclusiva até os 6 meses de idade, ou seja, não tomar chás, água ou quaisquer alimentos líquidos ou solidificados que não seja apenas o leite materno. No entanto, após esse período, a mãe deve iniciar a introdução alimentar, oferecendo papinhas de frutas e verduras ao bebê, de forma lenta e gradual. É muito comum no início a criança rejeitar essas papinhas, no entanto, com o tempo ela vai se acostumando aos novos sabores. É importante frisar ainda que o MS recomenda que a mãe continue amamentando o bebê até os 2 anos de idade e não só até os seis meses. Tatiane Leon Outra coisa importante de se dizer é a respeito da orientação dada à mãe no período da introdução alimentar. Não adianta o profissional da área da saúde orientar a mãe a dar ao bebê alimentos que são difíceis de achar, que não fazem parte de sua cultura alimentar ou que não são nativos da sua região apenas porque fazem bem à saúde da criança. Na hora dessas orientações, deve-se levar em conta os alimentos, principalmente frutas, verduras, grãos e cereais da região e espaço cultural onde essa mãe se encontra, tentando, sempre que possível, substituir os alimentos que contenham os mesmos nutrientes ou nutrientes semelhantes aos dos alimentos que não são encontrados por essa mãe. Importância da Introdução Alimentar somente a partir dos 6 meses Antes dos 6 meses, o leite materno sozinho é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê, não sendo, portanto, necessário a complementaçãopor outro tipo de alimento. Outro aspecto é em relação à imaturidade do TGI antes desse período. O bebê ainda tá desenvolvendo o trato digestório, o que pode ocorrer complicações, como intoxicação alimentar ou má digestão caso outros alimentos sejam acrescentados à sua dieta. Após os 6 meses, a criança já desenvolve os reflexos necessários para a deglutição, como o reflexo lingual, já manifesta excitação à visão do alimento e já sustenta a cabeça, facilitando a alimentação oferecida em colher. A erupção dos dentes decíduos também começa a partir desse período. Todos esses eventos, associados à paciência, suporte e cuidados maternos são importantíssimos para o sucesso da introdução alimentar no bebê. Fechamento PB03 1. Discorrer a cerca da fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico das principais IVAS na criança. As IVAS (Infecções das Vias Respiratórias Superiores) são infecções que abrangem a região superior das vias respiratórias, ou seja, o nariz, o canal nasal, a faringe e estruturas associadas. As principais IVAS na infância estão descritas abaixo. Rinofaringite aguda Quadros de resfriado comum É a doença mais comum da infância. Crianças menores de cinco anos podem ter de cinco a oito episódios por ano. Doença causada geralmente por vírus, sendo os mais frequentes rinovírus, coronavírus, vírus sincicial respiratório (VSR), parainfluenza, influenza, adenovírus. Gera processo inflamatório da mucosa nasal, pode ocorrer obstrução dos óstios dos seios paranasais e tubária, permitindo a instalação de infecção bacteriana secundária (sinusite e otite média aguda). Tatiane Leon A gripe, causada pelo vírus da influenza, geralmente é por um quadro de IVAS e não apenas como resfriado comum. Transmissão: através de gotículas produzidas pela tosse e espirros (como um aerossol), ou pelo contato de mãos contaminadas com a via aérea de indivíduos sadios; Período de incubação: dois a cinco dias. Sinais e sintomas: dor de garganta coriza obstrução nasal espirros e tosse seca febre diarreia (causada por alguns tipos de vírus Diagnóstico: essencialmente clínico, ou seja, através da observação de sinais e sintomas do paciente Sinusite aguda Infecção bacteriana dos seios paranasais, com duração menor de 30 dias, no qual os sintomas desaparecem completamente; Os seios paranasais são constituídos por quatro estruturas ósseas: maxilar, etmoidal, frontal e esfenoidal. Elas comunicam-se com as fossas nasais através de pequenos orifícios, chamados óstios; Os seios mais frequentemente comprometidos são o maxilar e etmoidal. A etmoidite costuma aparecer após os seis meses de idade; A infecção maxilar produz manifestações clínicas após o primeiro ano de vida; A sinusite frontal é rara antes dos 10 anos de idade; Os agentes bacterianos mais comuns são o Streptococcus pneumoniae e a Moraxella catarrhalis; Sinais e sintomas: Lento ou súbito. Nas formas leves de sinusite, as manifestações podem se prolongar por mais de 10 dias ou persistirem sintomas nasais, como obstrução e secreção nasal purulenta; Halitose; Tosse diurna, com piora à noite; Febre; Nas formas moderadas a graves, as manifestações citadas podem ser mais intensas, acompanhadas de cefaleia, prostração e desconforto. Diagnóstico: clínico. A história clínica, associada aos achados de exame físico anteriormente mencionados. Faringoamigdalite aguda estreptocócica (FAE) Infecção aguda da orofaringe, geralmente causada pelo Streptococcus pyogenes do grupo alfa. Frequente em crianças acima de cinco anos Tatiane Leon Mais mais comum no final do outono, inverno e primavera, nos climas temperados. O período de incubação é de dois a cinco dias. O meio de contágio mais comum é pelo contato direto com o doente, por secreções respiratórias. Sinais e sintomas: febre alta dor de garganta prostração, cefaléia, calafrios, vômitos dor abdominal. Diagnóstico: clínico. Observar aumento significativo das amígdalas, linfonodomegalia cervical dolorosa, erupção escarlatiniforme e ausência de coriza. Laringite viral aguda Chamada também de crupe viral; É uma inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus; A congestão e edema dessa região acarretam um grau variável de obstrução da via aérea; Frequente em lactentes e pré-escolares, sobretudo aos dois anos de idade; O vírus parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório são os agentes causais mais comuns; Adenovírus, influenza A e B e vírus do sarampo também podem estar envolvidos; Sinais e sintomas: coriza obstrução nasal tosse seca febre baixa Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco e estridor inspiratório. 2. Elucidar o desenvolvimento do sistema imune até sua maturação O sistema imunológico é caracterizado pela alta funcionalidade em manter o corpo em homeostase, utilizando para isso órgãos, moléculas e células especializadas na desefa do corpo contra antígenos invasores; O desenvolvimento do sistema imunológico começa ainda na vida intrauterina, período em que a mãe transfere, através da placenta, anticorpos IgG para o filho; Ao nascer, a criança começa a produzir ainda de forma tímida anticorpos e só por volta dos 6 meses de idade que já se observa uma certa produtividade significativa pela criança; A maturação desses anticorpos acontece durante a infância e a adolescência; Os neutrófilos, o sistema complemento, os componentes da imunidade inata completam o seu desenvolvimento durante o primeiro ano de vida, já os linfócitos T atingem a maturação no segundo ano de vida; As variadas classes de anticorpos atingem a maturação na idade escolar e na adolescência; Visto a imaturidade imunológica das crianças, as mesmas estão mais suscetíveis a apresentares mais infecções nessa fase; É bom lembrar ainda que apesar da consciência da imaturidade do sistema Tatiane Leon imunológico infantil, ainda assim, existe um limite para considerar isso normal; Crianças que foram infectadas duas ou mais vezes com pneumonias durante o ano, que tiveram quatro ou mais otites no ano, que possuem familiares com histórico de imunodeficiência, são candidatas fortes a terem também imunodeficiências. 3. Evidenciar os diferentes calendários vacinais da criança (SUS (PNI), SBP e SBIM), indicações e contraindicação, os tipos (subconjugada, atenuada, inativada) e efeitos colaterais O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é seguido pela rede pública, ou seja, pelo SUS. Porém a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) vieram para complementar o PNI. Portanto, possuem algumas diferenças. Meningocócita PNI: disponibiliza apenas a tipo C. Duas doses + 1 reforço. Não recomenda a tipo B. SBP e SBIm: recomenda 2 ou 3 doses da Men. Conjugada (ACWY) + 2 reforços durante os 12- 15 meses e 4-6 anos. Recomendam 3 doses do tipo B no primeiro ano de vida+ 1 reforço aos 12 meses ou duas doses a partir de um ano. Gripe (Influenza) PNI: vacina disponível apenas para determinados grupos: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos,11 meses e 29 dias), gestantes, trabalhadores da saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade(presos), funcionários do sistema prisional e professores das escolas públicas e privadas. SBP e SBIm: recomendam 2 doses para a partir dos 6 meses de idade. Após esse período, doses anuais são aconselhadas para todasas idades. Hepatite A PNI: dose única SBP e SBIm: 2 doses (aos 12 e aos 18 meses) Varicela PNI: dose única SBP: Duas doses: 12-15 meses SBIm: Duas doses:12 e 15-24 meses Dengue PNI: não recomenda SBIm e SBP: 3 doses, a partir dos 9 anos de idade É importante se atentar que o PNI possui um calendário vacinal focado na saúde coletiva, onde algumas pessoas são indiretamente imunizadas pela vacinação de outras. Já as SBP e a SBIm possuem calendários focados na proteção individual. Tatiane Leon Contraindicações: Pessoas com imunodeficiência congênita adquirida ou adquirida; Portadores de neoplasia congênita; Essas pessoas não devem ser vacinadas com vírus ou bactérias atenuadas. Tipos de vacinas Bactéria viva, atenuada ou morta Ex: Cólera Vírus vivos atenuados Ex: Pólio, raiva Vacinas de subunidades (antígeno) Fragmento isolado do microrganismo, como uma proteína Ex: toxoide ,tetânico, hepatite B, HPV Vacinas Conjugadas Ex: pneumococos Vacinas sintéticas Ex: hepatite Vacinas Toxoides Quando a doença não é causada pelo microorganismo, mas sim pela toxina que ele produz. Essas vacinas estimulam a resposta contra a toxina liberada pelo microorganismo; Ex: tétano, difteria Vetores virais Ex: ensaios clínicos de antígenos de HIV Vacinas de DNA Ex: ensaios clínicos em andamento Efeitos colaterais Raros; Reações inflamatórias locais; Efeitos sistêmicos, como a exacerbação de doenças autoimunes e alergias. 4. Explanar as escalas de crescimento e desenvolvimento, assim como sua interpretação (focar na escala de DENVER) O desenvolvimento infantil é um processo iniciado desde a vida intrauterina e envolve vários aspectos, como o crescimento físico, a maturação neurológica e a construção de habilidades relacionadas ao comportamento nas esferas cognitiva, social e afetiva da criança. Existem inúmeras escalas de crescimento e desenvolvimento criadas ao longo dos anos. Por questões de prioridade, abordarei com maior ênfase a Escala de Denver II. Marcos de Desenvolvimento Infantil A partir dos 4 meses de idade, a criança já começa a demonstrar sinais de desenvolvimento. Obs: No Caderno Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, existem alguns marcos de Tatiane Leon desenvolvimento importantes., inclusive a medida do perímetro cefálico. Escala de Denver O teste de Denver foi desenvolvido em 1967 por Frankenburg e outros colaboradores; É um teste que tem como principal objetivo detectar precocemente as condições de desenvolvimento ao qual a criança se encontra O teste é aplicado em crianças de 0 à 6 anos e seu tempo de aplicação dura entre 20 e 30 minutos; Em 1990, criou-se uma nova versão desse teste, o Teste de Triagem do Desenvolvimento de Denver Revisado (TTDD-R) ou Denver II. Alguns itens relacionados à linguagem foram retirados e outros que eram considerados de difícil aplicação ou interpretação sofreram algumas modificações ou foram excluídos da escala; O Denver II passou a ser composto por 125 itens e mudou também a maneira de interpretar e aplicar as tarefas; Os 125 itens são distribuídos em 4 áreas: Pessoal-social (25 itens): envolve aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar; Motricidade fina ou motor fino adaptativo (29 itens): coordenação e manipulação de pequenos objetos; Linguagem (39 itens): produção de som, capacidade de entende, ouvir e se comunicar; Motricidade ampla ou motor grosseiro (32 itens) : controle motor corporal, sentar, caminhar, pular e os demais movimentos realizados pela musculatura ampla Os resultados e dados obtidos indicam se a criança está progredindo de acordo com a idade ou não. Interpretação da Escala Normal: quando a criança realiza a atividade esperada para a sua idade; Cuidado/ cautela: quando a criança não realiza ou se nega a realizar atividade realizada por 75%-90% das crianças da sua idade; Atraso: quando a criança não executa ou recusa-se a realizar atividade já realizada por 90% das crianças com a mesma idade que a sua. Obs: imprimir a escala de Denver para estudar/praticar. Fechamento PB04 Objetivos: 1) Discutir a fisiopatologia da desnutrição energético-proteica, assim como as medidas preventivas e tratamentos na criança, associando com as medidas antropométricas. A desnutrição é definida como o estado de deficiência ou escassez de micro ou Tatiane Leon macronutrientes, que de alguma forma interferem no desenvolvimento das funções metabólicas do organismo. A DEP (Desnutrição Enérgetica- Preteica) é um tipo de desnutrição associada à escassez de energia mediante falta de proteínas. Ela pode ser classificada em primária, quando não está associada a nenhuma outra doença ou secundária, quando está associada a outras doenças (ex. desnutrição associada à cardiopatia congênita, a imunodeficiência adquirida). Quanto à gravidade, pode ser moderada ou grave. As formas graves são classificadas em: Marasmo: Geralmente atinge crianças menores de 12 meses de idade e é caracterizada pela magreza excessiva, evidente perda de massa muscular e abdômen às vezes proeminente. A face tem aparência de “velho” ou “simiesca”. Pregas frouxas da pele podem ser vistas, principalmente nas nádegas. Há também retardo no crescimento. Quadros de diarreia, infecção respiratória, hipotermia, parasitoses e tuberculose são frequentes, bem como sinais de carências de micronutrientes, como xeroftalmia, deficiência de vitamina B, anemia ferropriva e outras. Kwashiorkor: Atinge, geralmente, crianças acima de dois anos e é caracterizada pelas alterações na pele (lesões hipercrômicas, hipocrômicas ou descamativas). Ocorre também retardo no crescimento, perda de gordura subcutânea e muscular, porém menos intensa que no marasmo. Há modificações na textura, coloração do cabelo, com certa facilidade de soltar do couro cabeludo. Quadro de hepatomegalia, ascite e edema de membros inferiores são comuns. Kwashiorkor-marasmático: Forma mista de desnutrição, com manifestações clínicas tanto do marasmo quanto do Kwashiokor. Diagnóstico Antes de fazer o diagnóstico, deve-se levar em consideração os recursos econômicos regionais (ex. saber que na região NE predomina as formas graves do marasmo) e as riquezas de recursos naturais (ex. saber que apesar da região Norte ter uma flora e fauna diversificada, muitas pessoas desconhecem os valores nutricionais desses recursos. Avaliação Nutricional Anamnese detalhada: obter informações sobre prematuridade, RCIU, aspectos nutricionais no período gestacional, aspectos psicossociais, condições de saneamento e moradia, entre outros. Exame Físico detalhado: Observar presença de emagrecimento intenso, alteração no cabelo, dermatoses, Marasmo Kwashiorkor Tatiane Leon hipertrofia muscular, sobretudo na área das nádegas, entre outros aspectos. Tratamento Antes de tratar, deve-se levar em consideração: Quem é a criança (antecedentes neonatais, período em que a criança começou a alteração do peso e altura) Onde mora (região, condição de moradia, relação com a equipe de saúde) Terapia Nutricional Hospitalar Dividida em 3 fases: 1. Estabilização: Visa tratar doenças associadas com risco de morte. Deve- se corrigir as deficiências nutricionais, fazer estabilização hemodinâmica, hidroeletrolítico e ácido-básica. Inicia-se também a alimentação. Calorias: 100 Kcal/ kg/dia, fornecendo 50-60 kcal/ kg/dia no 1ª dia e aumentar de acordo com a avaliação clínica e laboratorial. Oferta hídrica: 130 mL/ Kg/dia Proteínas: 1-1,5 g/kg/dia 2. Reabilitação: Visa recuperar grande parte do peso perdido e estimular físicoe emocionalmente. Esse fase também objetiva preparar a criança para a alta. Deve ser oferecida 1,5 vez a recomendação energética para a idade. Calorias: 150 kcal/kg/dia Oferta hídrica: 150-200mL /kg/dia Proteínas: 3-4 g/kg/dia 3. Acompanhamento Ambulatorial: Objetiva prevenir recaída. Pode ser realizada em hospitais-dia ou ambulatórios. Fase de monitoramento do desenvolvimento da criança. Deve- se também orientar os pais ou cuidadores sobre a importância da nutrição adequada. Principais causas da DEP: 1. Fatores socioeconômicos: famílias que possuem condições financeiras ruins e que habitam em moradias precárias e insalubres geralmente não possuem condições de comprar frutas, verduras e outros alimentos adequados para o desenvolvimento saudável dos filhos. 2. Fatores culturais e educacionais: famílias cujos pais possuem baixa escolaridade desconhecem termos científicos ou técnicos importantes para adquirir informações sobre alimentação saudável. Muitas vezes, essa baixa escolaridade é associada ao despreparo de certos profissionais da área da saúde que, ao invés de facilitar o diálogo, utilizando palavras Tatiane Leon mais simples, lançam mão de palavras técnicas e rebuscadas. Algumas medidas preventivas Incentivo ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida; Manter a regularidade das idas às consultas de Puericultura Continuidade do incentivo do governo na criação de políticas e ações voltadas para a informação e conscientização sobre a importância da alimentação saudável, principalmente, durante os primeiros anos de vida. Obs: Ver a fisiopatologia da Desnutrição da página seguinte. Medidas antropométricas Os dados antropométricos, como o peso, estatura, comprimento e perímetro cefálico devem ser avaliados e registados em todas as consultas de crianças até 2 anos de idade. De 2 aos 10 anos, o peso e a altura devem continuar sendo registrados, pois ainda assim constituem dados importantes na avaliação nutricional da criança, sendo bons marcadores de sobrepeso ou desnutrição, por exemplo. A avaliação nutricional de uma criança é feita a partir de dados, como: estatura/idade, peso/idade, peso/estatura e IMC/idade. Abaixo, podemos verificar os valores de referência (escore Z e percentil) e o diagnóstico nutricional. Valores antropométricos para crianças de 0 a 5 anos Fonte: Internet. 2) Elucidar a fisiopatologia da deficiência de ferro e anemia ferropriva, relacionando com sua prevenção e tratamento. Tatiane Leon Segundo a OMS, anemia é a condição na qual a concentração de hemoglobina se encontra abaixo do esperado (-2 DV), o que torna insuficiente para satisfazer as demandas fisiológicas do corpo. A anemia ferropriva é caracterizada pelo desequilíbrio na absorção, digestão ou demanda aumentada ou perda de Ferro. Quando não há Ferro disponível para produção de hemoglobina, o organismo usa o Ferro estocado ,o que faz o nível de ferritina cair, até ocorrer a diminuição sérica de Ferro no organismo, levando ao quadro de anemia ferropriva. Consequências da Anemia Ferroptiva Pré-natal: Especialmente no 1ª e 2ª trimestres da gestação, a anemia está associada a desfechos obstétricos desfavoráveis, como RN prematuro, com baixo peso e alta taxa de mortalidade perinatal e neonatal. Período neonatal: A longo prazo, a anemia ferropriva causa problemas no desenvolvimento cognitivo, comportamental, linguístico e motor das crianças. Pré-disposição à cáries dentárias também são consequências da anemia ferropriva nas crianças. Diagnóstico Clínico e Laboratorial As manifestações clínicas ocorrem em três estágios: 1ª: Depleção de Ferro: Caracterizada pela diminuição dos depósitos de Ferro no fígado, baço e medula óssea. Pode ser diagnosticada através da ferritina sérica. Ferritina normal está acima de 30ug/dL. Ferritina abaixo de 15ug/dL indicam deficiência grave de depleção das reservas corporais de Ferro. 2ª: Deficiência de Ferro: Exames que vão diagnosticar a própria diminuição do Fe sérico, do aumento da capacidade total de ligação da transferrina e a diminuição da saturação da transferrina (<16%) . 3ª: Anemia Ferropriva: Estágio final de deficiência de Fe. Valores de hemoglobina estão abaixo de 11g/dL para crianças de 6- 60meses e 11,5 g/dL para crianças de 5-11 anos. Sinais Clínicos Síndrome anêmica (fadiga, irritabilidade, cefaleia) Anorexia Síndrome das pernas inquietas Respiração ofegante Unhas quebradiças e rugosas Gastrite atrófica, entre outros sintomas. Tratamento Fonte: Internet. Tatiane Leon Prevenção Manutenção de políticas públicas voltadas ao incentivo do aleitamento materno Reforço da consulta pediátrica Estímulo aos testes de triagem neonatal Orientação adequada para alimentação complementar da lactente e uso adequado de fórmulas infantis. 3) Evidenciar as leis e direitos que vigoram a necessidade de obtenção do atestado médico para família. Segundo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), o atestado médico é um documento que comprova a necessidade do trabalhador de se ausentar do trabalho por motivo de doença, acidente, acompanhamento ou ida ao médico. O atestado médico é garantido pelo artigo 6, da Lei nª605/49 e também pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), nª1.658/2002. Para ter validade, o atestado de conter as seguintes informações: Tempo concedido para a recuperação do paciente (ou seja, os dias que irá se ausentar); Diagnóstico ou CID (Código Internacional de Doenças), quando autorizado pelo paciente; Identidade do médico (assinatura e carimbo ou número do CRM); Informações verídicas e legíveis. O atestado médico faz parte da ação médica, por isso, jamais deve ser cobrada. 4) Associar a fratura com a desnutrição energético proteica, assim como os acidentes mais comuns na infância e as medidas protetivas. Nas últimas décadas, a literatura científica tem buscado investir na saúde óssea de crianças e adolescentes, visto a importância da manutenção da integridade óssea na prevenção de possíveis fraturas e complicações na fase adulta. Apensar da osteoporose ser uma doença comumente associada a idosos, as suas causas, geralmente, estão ligadas à fatores nutritivos e hábitos de vida firmadas ainda da infância. Como sabemos, os ossos são importantes tanto para na sustentação do esqueleto quanto na proteção e participação do metabolismo mineral. Prevenção e Tratamento Cálcio e Fósforo: Dieta pobre em Cálcio diminui a massa óssea, limitando a deposição óssea no crescimento e pode causar perda óssea na fase adulta. Já a dieta pobre em P interfere na ação osteoblástica e torna a deposição mais lenta e a Tatiane Leon iniciação da mineralização pelos osteoclastos mais reduzidas. Vitamina D: Auxilia na absorção do Cálcio. Vitamina C, Cu, Zn, Manganês: São co-fatores para a síntese ou para a formação de ligação cruzada de proteínas da matriz. Acidentes mais comuns na infância 1) Queimaduras: Podem ser causadas pelo sol, escaldamento, fogo, substâncias químicas, queimaduras por contato, acidentes com micro- ondas. A prevenção gira em torno de nunca deixar produtos químicos no alcance de crianças, não deixar crianças perto do fogão, não expo-las ao sol por muito tempo, entre outros cuidados. 2) Afogamento: É comum toda criança gostar de brincar com água, seja em dornas, rios, piscinas. No entanto, o fato da criança não ter noção de perigo é comum também acontecer o afogamento. Algumas prevenções são: manter o local da piscina cercado por grade, usar colete em crianças com menos de quatro anos, não usar boias tipo pneus, entre outros cuidados. 3) Traumatismo crânioencefálico: Acidentes mais prevalentesem crianças com menos de cinco anos de idade. Causado por quedas, acidentes com brinquedos. A prevenção é usar equipamentos de proteção nas crianças, deixar pisos sempre secos para evitar escorregões. Uma observação importante é notar possíveis maus-tratos à criança, causando, muitas vezes, a Síndrome do bebê sacudido. 4) Outros: atropelamento, acidentes no trânsito, intoxicação, quedas. 5) Descrever os fatores que estão relacionados com os dentes decíduos assim como permanente de acordo com o período erupção dentaria e crescimento dos germes. Odontogênese é o processo de formação dos dentes dentro dos ossos: maxila e mandíbula. O processo de odontogênese é dividido em 6 fases: Lâmina dental: Nessa fase, o tecido bucal começa a se preparar para a formação dos dentes. A lâmina dental é a primeira constatação da formação de um dente. Ela se separa em duas lâminas vestibular, que dará origem ao fundo de sulco vestibular e a lâmina dentária, que dará origem ao elemento dentário. Botão: também é chamada de fase de broto. Essa etapa é desenvolvida a partir da concentração de várias células prontas para o desenvolvimento dos elementos dentários. Tatiane Leon Capuz: é responsável pela formação de elementos importantes. É nessa fase que acontece a formação da papila dentária, do folículo dental e do órgão do esmalte-conjunto que se dá o nome de germe dental.Por isso, é nessa fase que acontece o desenvolvimento do germe dental. Campânula: Nessa fase acontece a separação do germe dental e as células se dividem em 4 grupos: Epitélio externo do órgão do esmalte; Epitélio interno do órgão do esmalte; Estrato intermediário (participa na formação do dente); e Retículo estrelado. As células formam a bainha radicular de Hertwig, que participa na formação da raiz do dente; Coroa: é o penúltimo estágio da formação dos dentes. Nelas ocorre a deposição da dentina e do esmalte dentário na coroa do dente que irá se desenvolver. Raiz: última fase de formação dos dentes. É nela que, como o próprio nome sugere, acontece a formação da raiz radicular. Além disso, é nessa fase que ocorre a erupção do dente. Assim, é nessa etapa que você finalmente consegue ver o seu dente nascendo e crescendo. Erupção dentária Dentição Decídua É o primeiro conjunto dentário do ser humano e totalizam 20 dentes. Eles começam a nascer entre o 6ª e o 8ª meses de vida. E por volta dos 6-7 anos de idade começam a cair. Os dentes de leite são responsáveis pela fonética, mastigação e respiração. Fonte: internet. Dentição Permanente Os dentes permanentes começam a crescer assim que a dentição decídua começa a cair. A partir da adolescência até a fase adulta os dentes se desenvolvem e chegam ao total de 32 dentes. A dentição permanente são classificadas em: Incisivos: possuímos 4 incisivos superiores e 4 incisivos inferiores. São os primeiros dentes a aparecer quando sorrimos. Além disso, eles são afiados, tendo como finalidade a de cortar alimentos. Incisivo Superior Central; Superior Lateral; Incisivo Inferior Central: e Incisivo Inferior Lateral. Tatiane Leon Caninos: temos 2 dentes caninos superiores e 2 dentes caninos inferiores. Eles são pontiagudos e servem para rasgar os alimentos. Dois Caninos Superiores; e Dois Caninos Inferiores. Pré-molares: temos 8 dentes pré-molares. Eles se localizam entre os caninos e os molares. Sua função é finalidade triturar os alimentos. Quatro Pré-Molares Superiores; e Quatro Pré-Molares Inferiores. Molares: temos 8 dentes molares, situados no fundo da boca. São lisos e servem para triturar e mastigar os alimentos. Quatro Molares Superiores; e Quatro Molares Inferiores. Sisos: algumas pessoas apresentam os dentes do siso, mas isso não é regra. No total, são 4 dentes, mas o crescimento varia de pessoa para pessoa. Dois Sisos Superiores; e Dois Sisos Inferiores. Fechamento PB05 1. Elucidar o agente etiológico e a fisiopatologia das principais enteroparasitoses na infância, bem como quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prevenção. Segundo o livro Armas, germes e aço, de Jared Diamond, as enteroparasitoses são as infecções mais antigas da espécie humana, haja vista que elas evoluíram junto com o ser humano. As parasitoses intestinais constituem um importante problema de saúde pública, uma vez que contribuem de forma significativa para a mortalidade e morbidade em todo o mundo, principalmente em países em desenvolvimento, onde ainda existem sérios problemas de saneamento básico. As crianças são as mais afetadas por esses problemas devido aos hábitos de higiene inadequados e também por terem o sistema imune ainda em desenvolvimento. As enteroparasitoses podem ser causadas por helmintos ou protozoários. As principais parasitoses provocadas por helmintos mais são: Parasitose Ag. etiológico Ascaridíase Ascaris lumbricoides Ancilostomíase Ancylostoma duodenale/ Necator americanus Oxiuríase Enterobius vermicularis Teníase Taenia solium e saginata Esquitossomose Schistossoma mansoni Tatiane Leon E as principais enteroparasitoses causadas por protozoários são: Parasitose Ag. Etiológico Giardíase Giardia lamblia Amebíase Eantamoeba histolytica Ascaridíase Popularmente conhecimento como lombriga; É o parasita humano mais prevalente; Ciclo biológico: desenvolve-se a partir da ingestão dos ovos do parasita que eclodem no intestino delgado e liberam larvas que vão para o fígado, depois para o coração e para o pulmão. Ao chegar aos pulmões, rompem os capilares e chegam até a faringe, as quais são expelidas pelas tosses do paciente ou ainda deglutidas, chegando novamente ao intestino delgado. No intestino, completam a maturação sexual, cerca de 60 dias, e liberam ovos, recomeçando o ciclo; Obs: Nos pulmões, esse parasita pode causar a Síndrome de Loeffler, caracterizada pela reação de hipersensibilidade causada pela infestação das larvas. Alguns sintomas são: pneumonia, tosse, edema alveolar e bronquite. Ancilostomíase Popularmente conhecida como amarelão; No Brasil, o principal agente etiológico é o necator americanos; Ciclo biológico: Ocorre a partir da ingestão dos ovos do parasita ou pela penetração ativa da larva na pele. Essas larvas migram para o pulmão, chegam até o intestino e completam o seu desenvolvimento, liberando ovos. Ao entrarem de forma ativa na pele, essas larvas causam lesões cutâneas, associadas a prurido. Ao chegaram no intestino, se fixam nas paredes com estruturas semelhantes a dentes, causando lesões e perda sanguínea pela hematofagia do verme. Principais sintomas: anemia, hipoproteinemia. Oxiuríase Conhecida também como enterobiose; Ciclo biológico: desenvolve-se a partir da ingestão dos ovos do parasita, que eclodem e maturam ao chegar no intestino grosso. Após a cópula, o macho morre, sendo eliminado nas fezes, porém a fêmea migra para a região perianal para colocar os ovos. O prurido anal característico dessa parasitose pode levar a infecção secundária. Teníase Conhecida como solitária, pois é causada por apenas um verme, podendo chegar a 12 metros; A subespécie solium infecta tanto suínos quanto humanos, já a saginata acomete tanto bovinos quanto humanos; Ciclo Biológico: Inicia-se quando o boi ou porco ingere os ovos do parasita no solo. Esses ovos eclodem em larvas e se diferenciam em cisticercos, que migram para os músculos esqueléticos e cardíacos, olhos, cérebro e pele desses animais. Quando o ser humano ingere essa carne, sobretudo malpassada, está ingerindo também os cisticercos, que se fixam no intestino, evoluem para a fase adulta e fazem a postura dos ovos. Obs: A neurocisticercose é caracterizada pela presença de cisticercos em qualquer Tatiane Leon parte do
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