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Carla Bertelli – 4° Período É necessário tratar para evitar complicações como a pielonefrite. Ela consiste em um processo inflamatório sintomático principalmente causado por E. coli e também Proteus, Pseudomonas, Klebsiella, enterococos. É a segunda maior causa de infecção bacteriana em pediatria. Muitos casos podem estar relacionados a constipação intestinal (necessário abordar sobre). Nos primeiros anos de vida, meninos e meninas são acometidos por ITUs, sendo fatores predisponentes o refluxo vesicouretral, e outras anomalias estruturais e funcionais do trato urinário. (RVU é classificado de 1 a 5). Todas as crianças com febre >24h e ausência de foco (nada encontrado na anamnese e exame físico) deve-se suspeitar de ITU porque é a segunda maior causa de infecção bacteriana na pediatria. Lembrar da calculadora UTICALC (estima a probabilidade de ITU). O quadro clínico varia desde sintomas leves até casos graves de bacteremia. A idade da criança é outro fator importante para a avaliação dos sintomas. Nos <2 anos deve-se descartar malformações do trato urinário e deve-se questionar sobre alterações na ecografia antenatal. Em crianças com controle esfincteriano deve- se abordar sobre disfunções intestinais (constipação). Pesquisar sobre quadro anterior de ITU e história familiar de doenças renais. Em adolescentes se atentar ao início da atividade sexual. RN e Lactentes - Febre sem foco aparente, irritabilidade, diminuição do apetite, vômitos, diarreia, icterícia persistente, recusa alimentar, septicemia e perda de peso ponderal. Pré-Escolares – Urina fétida, dor abdominal, disúria, polaciúria, incontinência, urgência miccional e febre Escolares – Disúria, polaciúria, urgência miccional, enurese secundária, dor lombar e febre em casos de pielonefrite Adolescentes – Disúria, polaciúria, urgência miccional, em casos de pielonefrite dor lombar e febre. ó – Coleta de urina varia com a idade da criança. Em crianças com ausência de controle esfincteriano deve-se realizar punção suprapúbica ou cateterismo vesical. Outro método é o ‘’Clean Catch’’ que consiste em administrar líquido para a criança e 25min depois o lactente é seguro pelas axilas e se estimula a região sacral e suprapúbica para ocorrer a micção e se coletar o jato intermediário. Coletas pelo saco coletor só devem ser utilizadas para descartar diagnóstico (em casos positivos realiza-se uma nova coleta com métodos invasivos). A urocultura é p padrão ouro para diagnóstico de ITU. ITU pode ser dividida em cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática. – Recomenda-se iniciar empiricamente com a terapia de menor espectro antimicrobiano possível com base na coloração de gram, ou priorizar a cobertura por E. coli. É indicado hospitalização para crianças <2 meses, pacientes criticamente doentes ou com risco de não adesão ao tratamento. Faz-se profilaxia em crianças com alterações no USG, ITU febril com PCR positivo, com RVU grau 4 ou 5, uropatias obstrutivas e ITU recorrentes. Utiliza-se profilaxia até terminar a investigação. É recomendado metade da dose terapêutica, 1x ao dia. – USG, uretrocistografia miccional, cintilografia renal com DMSA. Adolescência corresponde a um período entre 10 e 20 anos completos. Período caracterizado por transformações físicas, reorganização psíquica, peculiaridades afetivo-sexuais, socioculturais, espirituais e busca de projetos de vida e outra percepção de mundo. Importância da ética na consulta além de se ter um olhar atento a todos os problemas e anseios do adolescente, evitando julgamentos. O pediatra deve sempre atuar como um mediador apaziguando conflitos, sendo empático, orientando e estendendo suas ações aos familiares. No primeiro encontro a deve-se pontar o direito de sigilo do adolescente., privacidade, confiabilidade, mas já alertando quanto os limites das questões éticas. É importante alertar ao jovem que nada deve ser tratado com seus pais antes que ele seja informado previamente, mesmo quando se precisa romper o sigilo, conscientizando da importância de informar determinadas situações. Assuntos que referem a risco de saúde ou integridade de vida, como violência, uso escalonado de álcool e drogas, autoagressão, gravidez, Carla Bertelli – 4° Período aborto, HIV, não adesão a tratamentos e diagnóstico de doenças gravem devem ter sua quebra de sigilo. A consulta deve ser comporta por: anamnese, exame físico, orientação, medicalização e encaminhamento (se necessário) Deve-se realizar a entrevista em 3 momentos: com paciente + família juntos, só com o paciente e depois só com os pais. – Motivo da consulta, histórico atual e pregressa, estado vacinal, dados da gestação, hábitos alimentares, condições de habitação, histórico familiar, lazer, exercício físico, religião – Percepção corporal e autoestima, relacionamento com a família e ocorrência de conflitos, horas de lazer, relações sociais, desenvolvimento afetivo, espaços que frequenta, crenças e atividades religiosas, investigar situações de risco e vulnerabilidade, aspectos relacionados aos comportamentos sexuais, ocorrência de acidentes, tempo de exposição a telas. – Na existência de conflitos evidentes, ou de violência familiar torna-se necessário esta etapa. Assim como para orientá-los sobre as hipóteses diagnosticas percebidas e explicações sobre condutas terapêuticas a serem tomadas Abordagem HEEADSSS na anamnese: í – Recomenda-se a presença de uma 3° pessoas que possa ser alguém da área da saúde ou alguém que o paciente prefira, que seja da sua confiança. – Crescimento e desenvolvimento, acnes, cefaleia, dores recorrentes, distúrbios mentais, saúde mental, dificuldade escolar e em relacionamentos. Os adolescentes têm direito a receber atenção em toda rede de saúde, sem discriminação; Os jovens têm direito a realização de testes rápidos de HIV, sífilis, gravidez com acolhimento e aconselhamento; Até os 12 anos a coleta dos exames deve ocorrer na presença dos pais, após os 12 anos o adolescente tem autonomia própria; Em casos de violência o adolescente deve ser encaminhado para buscar auxilio e atendimento específico em locais de referência. çõ : A prescrição de métodos anticoncepcionais deverá estar relacionada a solicitação dos adolescentes, respeitando-se os critérios médicos de elegibilidade, independentemente da idade; A prescrição dos métodos anticoncepcionais a adolescentes menores de 14 anos, desde que respeitados os critérios, não constitui ato ilícito por parte do médico; É dever do Estado promover a Atenção Integral à Saúde do adolescente, de 10 anos até os 20; Adolescentes são sujeitos de direitos e deveres dotados de capacidade, atuante em permanente construção, que necessitam ser estimulados a ter discernimento para expressar opiniões e responsabilizar-se por seus atos devem ter garantia de proteção integral e prioridade absoluta; É fundamental registrar que a garantia dos direitos a adolescentes nos serviços de saúde, independente da anuência de seus responsáveis, vem se revelando como elemento indispensável para a melhoria dos acessos aos serviços de qualidade da prevenção, assistência e promoção da saúde. Carla Bertelli – 4° Período A anamnese do RN inclui etapas anteriores ao seu nascimento. Os fatores gestacionais e as condições periparto adquirem importância fundamental para a faixa etária. Inicia-se a avaliação pela identificação com nome, sexo, idade, etnia, naturalidade (nesta faixa etária geralmente coincide com a procedência, filiação, endereço. A queixa principal e a anamnese são informadas pelo responsável de acordo com a sua capacidade de observação e de percepção do que está acontecendo com a criança. O médico deve estar atento ao fato de que muitas queixas dos responsáveis podem induzir a um falso diagnóstico. IdentificaçãoQP HDA Interrogatório dos Sistemas História Fisiológica Pregressa (gestação, parto e nascimento, alta hospitalar) História Desenvolvimento Psicomotor História Patológica Pregressa História Vacinal Histórico Familiar História Social História Alimentar História Fisiológica Atual As consultas em pediatria se iniciam desde o pré-natal, as informações sobre a gestação são muito importantes (gravidez planejada, complicações, tipo de parto). O acrônimo STORCH é composto pelos patógenos mais frequentes relacionado às infecções intrauterinas: Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Simplex. çã – Nome, data de nascimento, idade, sexo, cor, naturalidade, procedência, endereço e nome do responsável – Motivo da consulta, transcrito com as palavras do responsável – Cronologia dos sintomas, descrever com termos técnicos, não interferir nas informações, comunicação clara sem usar termos técnicos com o paciente, não omitir informações. ó ó – Investigação relacionada a doença atual, com objetivo de ampliar as possibilidades diagnósticas. Crânio Caudal ó ó o Gestação – Idade da mãe, GESTA, PARA, natimorto, aborto, pré-natal, sorologias e exames, intercorrências na gravidez, medicamentos na gravidez o Parto e Nascimento – Tipo de parto, idade gestacional, líquido amniótico, intercorrências no parto, APGAR, peso ao nascer, estatura ao nascer, PC, intercorrências com o RN o Alta Hospitalar – Vacinas na alta, amamentação, teste da orelhinha, teste do pezinho, teste do olhinho, teste do coraçãozinho, teste de linguinha, tipo sanguíneo/fator Rh, peso na alta Saber se foi feito o pré-natal, número de consultas no pré-natal, gestação de risco (habitual, intermediário ou alto risco), GPCA, tipo de parto (Vaginal, com/sem indução, cesárea), Idade Gestacional (37 a 41 semanas é a termo, <37 semanas pré-termo, >41 semanas pós- termo), AIG, PIG ou GIG á – Alimentares, atividade física regular, fuma, bebida, drogas, doenças pré-existentes e tratamento, vacinas, consultas com dentista. ó Sorriso social, sustentação da cabeça, sentou com apoio, sentou sem apoio, engatinhou, fico de pé, andou, sono, controle do esfíncter, agressividade/passividade, emotividade, hábitos com família e outros, desempenho escolar. ó ó – Doenças na infância, antibiótico, internação, cirurgia, alergia, reação alérgica, acidentes. ó – Vacinas, complicações, cicatriz da BCG ó – Consanguinidade, dados da mãe, pai e irmãos ó – Residência, saneamento, água, animais domésticos, fumantes ó – Amamentação e desmame (exclusiva, complementada, introdução alimentar), alimentação atual Carla Bertelli – 4° Período ó ó – Sono, hábito intestinal, diurese, higiene, lazer, esporte, escola, í – Antropometria, crânio caudal, ectoscopia geral, sistemas. Peso Previsto: 03 a 12 meses – Idade (m) + 9 / 2 01 anos a 6 anos – Idade (a) x 2 + 8 07 a 12 anos – Idade (a) x 7 – 5 / 2 Primeiros 4/5 dias de vida ocorre uma perda fisiológica de 3 a 10% do peso 10° de vida o peso se recupera Ao nascer o PC é > PT Carla Bertelli – 4° Período Funciona como se fosse uma prova feita entre o 1° e no 5° minuto de vida extrauterina do RN, que avalia 5 itens do exame físico: FC, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. Cada parâmetro recebe nota de 0,1 ou 2, podendo fechar nota máxima de 10. ê í – Avaliada em Batimentos Cardíacos por Min. çã – Verificada através do choro do RN, fraco ou vigoroso ô – Analisado pela flexibilidade e movimentação das pernas – São percebidos pelas caretas, tosse ou espirro do RN frente a uma estimulação específica – Pode ser caracterizada como pálida, azulada ou rosada O objetivo do teste é avaliar o ajuste imediato do RN à vida extrauterina. É o resultado do APGAR que mostra como está a adaptação do bebê e se ele precisará de ajuda. A primeira nota se dá no 1° min, uma segunda nota se dá no 5° e quando essa segunda nota <7, deve-se realizar uma terceira nota no 10° min. 8-10 – Nascimento em ótimas condições 7 – Dificuldade leve 4-6 – Dificuldade em grau moderado, asfixia moderada 0-3 – Dificuldade de ordem grave, asfixia grave çã Formato – Plano, abaulado, escavado, distendido (fases e cólicas). Geralmente é mais globoso. Avaliar a forma e volume, presença de abaulamentos e retrações, avaliar o coto umbilical (AVA), cicatrizes, contrações das vísceras ocas, circulação venosa superficial, alterações dos movimentos respiratórios. Na criança a respiração é diafragmática. Borborismo – RH contínuo Aumento do Peristaltismo – Diarreia e início de peritonite Redução – Íleo paralítico e peritonite instalada çã Depende do relaxamento da parede abdominal da criança, que tende a ter o abdome contraído. Aproveitar a fase inspiratória para palpar, quando se tem maior relaxamento. Realização da palpação superficial e profunda (começar palpando pelas áreas indolores) Fletir as pernas para palpar a fossa ilíaca – causa um relaxamento. Carla Bertelli – 4° Período Normalmente o abdome é elástico, depressível e indolor Avalia-se: contratura abdominal ou espasmo (peritonite), blumberg positivo (processo inflamatório), tumorações, visceromegalias çã Normal – Timpânico Serve para delimitar os órgãos maciços Hipertimpanismo pode ser sinal de excesso de gases e obstrução intestinal – Hérnia umbilical pode fechar até os 2 anos de idade, até esse período realiza-se acompanhamento. Avaliar a presença de sinais flogísticos (inflamação da parede umbilical) – onfalite í – Relativamente maior do que no adulto, se encontra de 1/3cm abaixo do rebordo costal Hepatomegalia pode estar associado a infecções congênitas ç – Normalmente não é palpável – Má formação da parede abdominal que consiste na exteriorização de alças intestinais em posição lateral direita do coto umbilical. Ausência se cobertura nessas alças – Posição central, as alças intestinais estão revestidas por uma membrana é á – Ocasionado pelo fechamento incompleto do diafragma, ocorre passagem dos órgãos intra-abdominais para a cavidade torácica – Pode ser obstrutivo, inflamatório, perfurativo e hemorrágico. Sempre vai cursar com dor abdominal, vômito, parada de eliminação das fezes, distensão abdominal, febre, prostração, dor, letargia, irritabilidade, palidez e taquicardia. Abdome duro em tábua, RH ausentes e peristaltismo diminuído. A conduta depende do tamanho e da característica do objeto ingerido e se sua localização no TGI. Os principais riscos da ingestão são perfuração e obstrução. Pode resultar em sintomas como anorexia (falta de apetite), disfagia (dificuldade para engolir), odinofagia (dor ao engolir), sinais de obstrução completa do esôfago corresponde a sialorreia, caracterizando uma emergência endoscópica. Sintomas respiratórios podem ocorrer devido a compressão da traqueia – causando estridor e até mesmo apneia. Os locais mais comuns de obstrução são a área cricofaríngea, terço médico do esôfago, esfíncter esofágico inferior, piloro e válvula ileocecal. É importante lembrar que o tempo médio de trânsito de um corpo estranho varia de 3 a 6 dias, e o tempo de ingestão de um objeto pontiagudo até a perfuração é de 10 a 4 dias. Portanto, se o objeto permanecer no individuo por mais de 3 dias, pode-se considerar a remoção. Exames Complementares – Incluem principalmente RX. Antes de levar ao raio X é interessante dar prosseguimento a avaliação para observar se há obstrução de via aérea, observando a expansibilidade toráxica – seguir A, B e C – via aérea, expansibilidade pulmonar e checar pulsos. Tomografia se pede quando os objetos ingeridos são radiolúcidos, como plástico, madeira, vidro, ossos pequenos, porque não são observados em RX comum. ê – Obstruçãoesofágica, baterias no esôfago, objetos pontiagudos ou afiados no esôfago ê – Corpo estranho não pontiagudo ou afiado no esôfago, alimento impactado no esôfago sem obstrução total, objetivos pontiagudos e afiados no estomago ou duodeno, objetos de 6cm no duodeno proximal ou antes, imãs de alcance endoscópico. ã – Moedas no esôfago em pacientes assintomáticos, objetos no estômago com mais de 2,5cm, baterias que estão no estômago de paciente assintomático <48h (quando >48h devem ser retiradas) á – Costumam ser assintomáticos, exceto quando são mito grandes e estão associados a vômitos pós alimentação e plenitude pós-prandial. Corpos estranhos de longa datas, afiados ou pontiagudos podem Carla Bertelli – 4° Período sofrer impacto na parede gástrica resultando em úlcera, hemorragia ou perfuração – No geral assintomáticos, as complicações envolvem perfuração e obstrução. Deve ser removido imediatamente todos os corpos estranhos impactados no esôfago, corpos estranhos gástricos alongados e agudos, corpos estranhos sem corte que permanecerem por mais de 2semanas no estomago. – As moedas no esôfago geralmente devem ser removidas dentro de 12/4 após a ingestão em crianças assintomáticas. Já em crianças sintomáticas, a remoção de emergência é indicada. Em casos que a moeda já progrediu para o estomago e a criança está assintomática, a conduta é expectante. Caso o CE não tenha sido eliminado espontaneamente após 2 a 4 semanas, deve-se considerar remoção endoscópica eletiva – Quando localizada no esôfago a remoção endoscópica da bactéria deve ser emergencial (até 2h) devido ao grave risco de complicações. Quando a bateria está localizada no estômago há controversas, muitas vezes é expectante, mas deve-se analisar o tamanho da bateria. ã - A principal complicação que pode ocorrer é a formação de uma fístula enteroentérica que se forma entre 2 ou mais ímãs (ou um ímã e um objeto metálico no intestino) nas alças intestinais adjacentes. A ingestão de vários imãs deve ser manejada com remoção urgente, mesmo em paciente assintomático, quando o local é passível de remoção endoscópica, ou remoção cirúrgica. – Como parafuso, prego, agulhas. Quando impactado no esôfago a retirada por endoscopia é emergencial. Objetivos pontiagudos que já passaram para o estomago devem ser removidos devido a chances de perfurações. A conduta expectante poderia ser escolhida em casos de objetos curtos e com extremidade cega mais pesada. ó – Ruptura ou vazamento de embalagens contendo tóxicos pode ser fatal çã - A impactação de bolo alimentar deve ser manejada com remoção endoscópica, caso a eliminação espontânea não ocorra. Em crianças com sinais de obstrução esofágica (salivação e dor no pescoço), a endoscopia deve ser realizada de emergência. Diarreia é definida pela ocorrência de 3 ou + evacuações amolecidas ou líquidas em 24h. Na diarreia aguda ocorre um desequilíbrio entre a absorção e a secreção de líquido e eletrólitos, sendo um quadro autolimitado. A OMS a diarreia pode ser dividida em 3 categorias: Diarreia aguda aquosa, diarreia aguda com sangue (disenteria) e diarreia persistente – Diarreia que pode durar até 14 dias, grande perda de volumes e fluídos, pode causar desidratação, pode ser causada por bactérias e vírus. – Presença de sangue e nas fezes, representa lesão na mucosa intestinal, podendo associar-se a infecção sistêmica. Shigella - >14 dias. Provoca desnutrição e desidratação. Pacientes tem alto risco de complicações e elevada letalidade A doença diarreia pode ser entendida como um episódio: início abrupto, etiologia presumivelmente infecciosa, potencialmente autolimitado, duração <14 dias, aumento no volume e na frequência das evacuações, perda de água e eletrólitos. Na maior parte das vezes representa uma infecção do tubo digestivo por vírus, bactérias ou protozoários com evolução autolimitada mas podendo acarretar consequências graves. Vírus – Rotavírus, coronavírus, adenovírus, calicivírus (norovírus) Bactérias – E. coli, aeromonas, shigella, plesiomonas, salmonella, campylobacter Parasitos – Entamoeba, giárdia Eventualmente outras causas podem iniciar o quadro como diarreias tais como: alergia ao leite de vaca, deficiência de lactase, apendicite aguda, uso de laxantes e antibióticos, intoxicação por metais pesados. A invaginação intestinal tem que ser considerada no diagnóstico diferencial da disenteria aguda, principalmente, no lactente. A OMS fala para não tirar a lactose durante internações justamente para não causar confusões em relação à intolerância à lactose, visto que causa preocupação e gastos familiares com a criança, sem necessidade. Carla Bertelli – 4° Período É interessante, ao receitar um antibiótico para crianças menores de 5 anos, é importante receitar junto um repositor de flora intestinal – zinco, floratil, repoflor. A investigação da etiologia da diarreia aguda não é obrigatória em todos os casos. Deve ser realizada nos casos graves e nos pacientes hospitalizados çã í - Duração da diarreia, número diário de evacuações, presença de sangue nas fezes, número de episódios de vômitos, presença de febre ou outra manifestação clínica, práticas alimentares prévias e vigentes, outros casos de diarreia em casa ou na escola. Não se deve esquecer que alguns pacientes têm maior risco de complicações, tais como: idade inferior a dois meses; doença de base grave como o diabete melito, a insuficiência renal ou hepática e outras doenças crônicas; presença de vômitos persistentes; perdas diarreicas volumosas e frequentes (mais de oito episódios diários) e a percepção dos pais de que há sinais de desidratação Ao exame físico é importante avaliar o estado de hidratação, o estado nutricional, o estado de alerta (ativo, irritável, letárgico), a capacidade de beber e a diurese. O percentual de perda de peso é considerado o melhor indicador da desidratação. Após ser estabelecido o diagnóstico, conforme as definições apresentadas acima, e realizado exame físico completo com definição do estado de hidratação, deve ser seguido o esquema clássico de tratamento, distribuído em três categorias segundo a presença ou não de desidratação Se o paciente está com diarreia e está hidratado deverá ser tratado com o Plano A. Se está com diarreia e tem algum grau de desidratação, deve ser tratado com o Plano B. Se tem diarreia e está com desidratação grave, deve ser tratado com o Plano C. çã ç – A manutenção da alimentação com oferta energética apropriada é um dos pilares mais importantes no tratamento da diarreia aguda. Todas as diretrizes são unânimes que o aleitamento materno deve ser mantido Carla Bertelli – 4° Período e incentivado durante o episódio diarreico. Quando necessário, deve-se recomendar jejum durante o período de reversão da desidratação (etapa de expansão ou reparação). A alimentação deve ser reiniciada logo que essa etapa for concluída (em geral, no máximo, 4 a 6 horas). Na diarreia aguda, não há recomendação de fórmula sem lactose para lactentes tratados ambulatorialmente com diarreia aguda. Entretanto, para os pacientes hospitalizados com diarreia aguda e nos com diarreia persistente tratados no hospital ou ambulatorialmente, há vantagens na prescrição de fórmula sem lactose çã – Sódio, glicose e água. Esses 3 nutrientes presentes na TRO a mucosa intestinal, mesmo debilitada, consegue absorver esses nutrientes. Tradicionalmente, afirma-se que o lactente com Terapia de reidratação parenteral menos de 12 meses deve receber 50 mL da solução para cada evacuação e os maiores de 1 ano, 100 mL após cada evacuação çã – Indicada para pacientes com desidratação grave (ver Quadros 4 e 5) ou que não apresentam reversão da desidratação após 2 horas de TRO. Existem várias opções para esteprocedimento. No Quadro 5 são apresentadas algumas alternativas para a fase de reparação ou expansão. Soro fisiológico e Ringer Lactado (este último, tem mais cloreto e cálcio + lactato) – O zinco faz parte da estrutura de várias enzimas. Tem importante papel na função e no crescimento celular. Atua também no sistema imunológico. Pode reduzir a duração do quadro de diarreia, a probabilidade de a diarreia persistir por mais de sete dias e a ocorrência de novos episódios de diarreia aguda nos três meses subsequentes – A Deve ser administrada a populações com risco de deficiência desta vitamina. O uso da vitamina A reduz o risco de hospitalização Antibióticos e mortalidade por diarreia e tem sido administrada nas zonas mais carentes do norte e nordeste. ó Quase nunca utilizamos isso, é muito raro, primeiro por ser autolimitado e pode piorar a diarreia. Porém, existe alguns critérios de quando e como receitar antibiótico. Restrito para pacientes diarreia com sangue nas fezes (disenteria), na cólera, na infecção aguda comprovada por Giardia lamblia ou Entamoeba hystolitica, em imunossuprimidos, nos pacientes com anemia falciforme, nos portadores de prótese e nas crianças com sinais de disseminação bacteriana extraintestinal (perfusão ruim, prostração ruim na ausência de febre) é – Os antieméticos correspondem a uma classe farmacológica destinada a promover o alívio dos sintomas relacionados às náuseas (enjoos) e êmese (vômito). Segundo a OMS, os antieméticos não devem ser utilizados no tratamento da diarreia aguda1. Considera- se que os vômitos tendem a desaparecer concomitantemente à correção da desidratação. O MS não faz menção ao emprego de antieméticos. O médico deve dar recomendações claras à família sobre o tratamento, a alimentação, as medidas de higiene e o saneamento, aproveitando esta oportunidade para educar, além de explicar quais as possíveis complicações e sinais de alarme e como proceder nesta situação. Definição dos Critérios de ROMA IIII (para menores e maiores de 4 anos) – necessário decorar A criança com constipação apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou infrequente, incontinência fecal e dor abdominal; é causa de sofrimento significativo. Essa classificação é importante porque o tratamento precisa dessa orientação, tendo em vista que é uma queixa comum na pediatria. A Constipação aumenta a chance de infecção – infecção urinária com frequência pode estar associada a constipação Mais de 2 dos seguintes critérios por no mínimo 30 dias: o <2 evacuações por semana o 1 episódio de incontinência por semana o Comportamento de retenção fecal o Evacuação com dor ou dificuldade o Presença de massa fecal volumosa no reto o Fezes volumosas que entopem o vaso sanitário Acompanhando estes sintomas podem ocorrer irritabilidade, redução do apetite e/ou saciedade precoce, que devem desaparecer após a eliminação das fezes volumosas. Mais de 1 dos seguintes itens 1x por semana, por no mínimo 2 meses Carla Bertelli – 4° Período o < 2 evacuações por semana no vaso sanitário o 1episódio de incontinência por semana o Comportamento retentor o Evacuações difíceis e dolorosas o Presença de massa fecal volumosa no reto o Fezes volumosas que entopem o vaso sanitário A constipação crônica funcional corresponde a 95% dos casos, sendo que apenas 5% apresentam causas orgânicas. O diagnóstico da constipação funcional é essencialmente clínico. Entretanto, em casos onde os sinais de alerta, descritos abaixo, estiverem presentes, haverá necessidade de investigar um diagnóstico diferencial com quadros orgânicos. A constipação funcional está associada ao hábito retentor (medo de evacuar, retém as fezes, fezes volumosas, evacuação dolorosa, medo) muitas vezes identificamos fatores desencadeantes como a retirada da fralda, mudanças na rotina da criança (escola, hábitos e mudanças familiares), infecções agudas, etc Sinais de Alerta na Constipação: o Atraso na eliminação do mecônio >48h após o nascimento o Início precoce (1° ano) o Comprometimento do ganho de peso/altura o Alteração no exame físico da área lombo-sacra: alteração na marcha, assimetria ou achatamento da musculatura glútea, evidência de agenesia sacral, descoloração da pele, nevus, tufos pilosos, escoliose Principais causas de constipação orgânica: o Alterações neurológicas o Hipoteroidismo, diabetes mellitus o Megacólon congênito aganglionar o Fissura anal, estenose anal o Correções cirúrgicas ou malformações anorretais o Hipotonia muscular, distúrbio no tecido conjuntivo o Síndrome de Down o Doença celíaca, fibrose cística o Uso de medicações Toque Retal - É necessário bom senso. Em crianças com início precoce – antes dos 12 meses, com necessidade de descartar estenose anal, doença de Hischsprung (fezes explosivas) Abordagem Inicial - Após história clínica detalhada do quadro: época de início, associação com mudanças na vida da criança e exame físico detalhado, sempre tendo em mente os sinais de alerta e o diagnóstico diferencial das causas orgânicas, consegue-se fazer o diagnóstico da grande maioria dos casos. Exames complementares são desnecessários na grande maioria dos casos, pois é um quadro funcional. é 1 – Desimpactação se presente 2 – Evitar novos episódios de impactção – tratamento de manutenção 3 – Orientação familiar/hábitos çã - Impactação fecal é definida por: massa endurecida em baixo ventre identificada ao exame físico, e/ou fecaloma notado ao toque retal ou na radiografia de abdome, e/ou escape fecal/diarreia paradoxal. Segundo o Guideline da Sociedade Americana e Europeia de Gastropediatria, o Polietilenoglicol (PEG) e os enemas são igualmente efetivos na desimpactação. Durante a desimpactação, o PEG pode aumentar o escape fecal, mas tem a vantagem de administração oral. çã - O tratamento de manutenção deve ser utilizado por no mínimo 2 meses. Todos os sintomas devem estar resolvidos por no mínimo 1 mês para descontinuar o tratamento. A redução da dose deve ser gradual, diminuindo-se a cada 10 dias 25-50% da dose conforme a evacuação do paciente. Se a criança estiver em treinamento do uso do vaso, parar a medicação apenas pós treinado çõ á - • Fibras: ingestão normal. Considera-se uma ingestão normal para >2 anos: • Água: ingestão normal. Considera-se uma ingesta normal para crianças de 1a – 3a: 900ml de líquidos/dia e para crianças de 4a – 8a: 1,2 litros de líquidos/dia. • Atividade Física: normal. Crianças e adolescentes devem realizar atividade física de moderada intensidade em torno de 60 min/dia (caminhada/skate/andar a pé/ bicicleta). • Orientação da família/ desmistificar – explicar o ciclo retentor. • Posição: criança deve estar com os pés apoiados e redutor do vaso. • Treinamento no momento adequado para criança. • Calendário – como reforço positivo. Carla Bertelli – 4° Período intussuscepção ou invaginação consiste na penetração de um segmento intestinal no interior de outro adjacente, resultando uma tumoração com obstrução intestinal aguda ou crônica. Nossas considerações se referem a intussuscepção com obstrução intestinal aguda. Suas manifestações clínicas inclui a tríade clássica, composta por dor abdominal, fezes sanguinolentas e massa palpável nas crianças. E nessas, a intussuscepção é primária ou idiopática na maioria dos casos e até 80% são efetivamente tratados por redução pneumática ou por enema. Imagens ultrassonográficas sugerem intussuscepção como o sinal do alvo no corte transversal e o do pseudo rim, no longitudinal. Também podem ser evidenciadas, como na imagem abaixo, as várias camadas das paredes intestinais envolvidas, produzindo um padrão multilamelar ou "em casca de cebola". A presença de massa abdominal é um achado importante no diagnóstico, com uma incidência de 48%, e a localização mais frequenteé a flexura hepática. O sintoma inicial mais frequente nas crianças menores é o vômito, ao contrário das crianças maiores, que é a dor abdominal. O primeiro sintoma não se deve ao fator obstrutivo, mas a mecanismo reflexo da dor, que é muito intensa Quando a invaginação ocorre no intestino delgado, situação mais rara, espera-se uma sintomatologia obstrutiva mais precoce, com dor, vômitos e enterorragia. Nesse caso, a massa abdominal é mais difícil de ser palpada assim como a realização do diagnóstico. Essa forma normalmente acomete crianças maiores de 2 anos, que, geralmente, apresentam alguma doença que sirva como ponto fixo para a intussuscepção. Tratamento: • Enema aéreo • Cirurgia se o enema não for bem-sucedido ou se houver perfuração Uma vez confirmado o diagnóstico de intussuscepção, faz-se um enema com ar para redução, o que diminui a possibilidade e as consequências de perfuração. O intussusceptum pode ser reduzido com sucesso em 75 a 95% dos casos. Se o enema aéreo é bem-sucedido, as crianças são observadas durante a noite para descartar perfuração oculta. Se a redução não for bem- sucedida ou se o intestino for perfurado, indica-se cirurgia imediata. É um dos sinais mais frequentes que se apresenta como uma coloração amarela na pele, esclera e mucosas – indica acúmulo/aumento de bilirrubina nos tecidos Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que se forma no momento da destruição dos glóbulos vermelhos no sangue e que depois é transportada para o fígado. Por isso, sua concentração é maior no sangue e pode estar alterada quando existe alguma condição envolvendo as hemácias, como a anemia hemolítica, por exemplo. Bilirrubina direta ou conjugada: corresponde à conjugação entre a bilirrubina e o ácido glicurônico, um açúcar, no fígado. A bilirrubina direta sofre ação da bile no intestino, sendo eliminada na forma de urobilinogênio ou estercobilinogênio. Assim, a concentração de bilirrubina direta está alterada quando há alguma lesão hepática ou obstrução biliar. 60% dos RN termos vão desenvolver icterícia em algum momento da sua vida. 80% ocorre nos pré-termos Percebemos a icterícia na pele quando a bilirrubina está acima de 5mg por decilitro, podendo observar a coloração amarelada. A maior parte absoluta das hiper bilirrubinemias são fisiológicas, considerada uma adaptação do metabolismo da bilirrubina no período de transição fetal para a vida neonatal. Entretanto, algumas vezes, decorre de um processo patológico, podendo alcançar concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, instalando-se o quadro de encefalopatia bilirrubínica que, ao exame anatomopatoló gico, caracteriza-se por coloração amarelada dos gânglios da base, denominada kernicterus Quanto maior o nível sérico de bilirrubina indireta, maior a chance do RN evoluir para encefalopatia bilirrubínica aguda, que se apresenta em RN de 35 semanas ou mais de idade gestacional (IG), inicialmente, com hipotonia e sucção débil, progredindo em três a quatro dias para hipertonia, opistótono, hipertermia, convulsões e choro agudo. Nessa fase, 70% dos RN podem evoluir para o óbito. Nos sobreviventes, ocorre melhora aparente até que, em período variável, aparecem as sequelas neurológicas: paralisia cerebral espástica, movimentos atetoides, distúrbios de deglutição e fonação, deficiência auditiva grave e mental leve a moderada Aumento da bilirrubina Direta – Sempre patológico Carla Bertelli – 4° Período Aumento significativo de Bilirrubina Indireta – Pode levar ao acúmulo de bilirrubina nos tecidos cerebrais A icterícia fisiológica decorre de limitações do metabolismo da bilirrubina, tanto pela sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito e a menor capacidade de captação hepática, como também pela conjugação e excreção hepática deficientes. A sobrecarga de bilirrubina ao hepatócito sofre influência da produção e da circulação êntero-hepática aumentadas devido ao menor tempo de vida média das hemácias e à maior quantidade de hemoglobina do RN. A hiperbilirrubinemia indireta é denominada de fisiológica nos RN termo quando a manifestação clínica ocorre após 24 horas de vida, atingindo concentração de bilirrubina sérica em torno de 12mg/dL de BT, entre o terceiro e o quarto dias de vida A hiperbilirrubinemia indireta é detectada na grande maioria dos RN ≤ 34 semanas, sendo mais intensa e prolongada quando comparada à do RN termo, com concentrações de BT entre 10 e 12 mg/dL no quinto dia de vida..Quanto menor a idade gestacional maior é o risco de complicações neurológicas relacionadas à hiperbilirrubinemia Carla Bertelli – 4° Período ; Carla Bertelli – 4° Período Resumo Vídeo Aula É um processo comum devido a uma adaptação ao metabolismo da bilirrubina. A fonte principal de bilirrubina é a hemoglobina – bilirrubina insolúvel No interior do hepatócito a glicuronil transferanse (UGT) transforma em bilirrubina direta – que ganha até o intestino No duodeno sofre ação da beta glicuronidase que converte a bilirrubina direta em indireta que alcança novamente o plasma e indo de novo para o fígado ser conjugada No RN a massa de eritrócitos é bem maior e as hemácias são mais destruídas devido ao tempo menor de vida delas, ao mesmo passo que o fígado ainda é imaturo para conjugar tanta bilirrubina, a UGT tem uma atividade menor. No intestino há um aumento da Beta Glicuronidase – transforma mais bilirrubina direta em indireta Atenção a erro na técnica de amamentação – pode causar aumento de bilirrubina indireta Síndrome da Icterícia pelo leite materno – pode reduzir a atividade da UGT í ó – Surge após 24h de vida, pico de bilirrubina ao 5° dia de vida, chegando no máximo 12., leve, que resolve até a 1° semana de vida. Zonas de Kramer – Até a zona 3 o valor é 12 í ó – Hemólise (deficiência de G5PD, incompatibilidade rH), colestase neonatal. Surgem nas primeiras 24h de vida, pico variável, persistente 2 ou mais semanas, envolve até zonas 4 e 5 de Kramer Carla Bertelli – 4° Período í ó – Hemólise sobrecarrega o hepatócito (incompatibilidade ABO e Rh) Mãe Rh negativo e RN fator Rh + -> mãe produz anticorpos anti- D Coombs Direto – No RN, + (anticorpo) Coombs indireto – na mãe Nomograma de Bhutanni Objetivo final do tratamento – evitar sequelas e complicações graves Obstrução ao fluxo biliar – colestase neonatal, atresia de vias biliares – causa acúmulo de sais biliares – acolia fecal O médico deve reconhecer o adolescente como indivíduo progressivamente capaz e atendê-lo de forma diferenciada; O médico deve respeitar a individualidade de cada adolescente, mantendo uma postura de acolhimento, centrada em valores de saúde e bem-estar do jovem; O adolescente, desde que identificado como capaz de avaliar seu problema e conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis no ambiente da consulta, garantindo-se a confidencialidade e a execução dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos necessários. Dessa forma, o jovem tem o direito de fazer opções sobre procedimentos diagnósticos, terapêuticos ou profiláticos, assumindo integralmente seu tratamento; Art. 74 do Código de Ética Médica, que veda ao médico: “revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. “Parecer do Cremesp, a revelação do segredo médico somente deverá ocorrer quando o profissional: “entender que o menor não tenha capacidade para avaliar a extensão e a dimensão do seu problema ou de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo e entender que a não revelação possa acarretar danosao paciente”.
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