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Resumão pediatria HAM IV N1

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Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
É necessário tratar para evitar complicações como a 
pielonefrite. Ela consiste em um processo inflamatório 
sintomático principalmente causado por E. coli e também 
Proteus, Pseudomonas, Klebsiella, enterococos. É a 
segunda maior causa de infecção bacteriana em pediatria. 
Muitos casos podem estar relacionados a constipação 
intestinal (necessário abordar sobre). Nos primeiros anos 
de vida, meninos e meninas são acometidos por ITUs, 
sendo fatores predisponentes o refluxo vesicouretral, e 
outras anomalias estruturais e funcionais do trato urinário. 
(RVU é classificado de 1 a 5). 
Todas as crianças com febre >24h e ausência de foco 
(nada encontrado na anamnese e exame físico) deve-se 
suspeitar de ITU porque é a segunda maior causa de 
infecção bacteriana na pediatria. Lembrar da calculadora 
UTICALC (estima a probabilidade de ITU). 
O quadro clínico varia desde sintomas leves até casos 
graves de bacteremia. A idade da criança é outro fator 
importante para a avaliação dos sintomas. Nos <2 anos 
deve-se descartar malformações do trato urinário e 
deve-se questionar sobre alterações na ecografia 
antenatal. Em crianças com controle esfincteriano deve-
se abordar sobre disfunções intestinais (constipação). 
Pesquisar sobre quadro anterior de ITU e história familiar 
de doenças renais. Em adolescentes se atentar ao início 
da atividade sexual. 
RN e Lactentes - Febre sem foco aparente, irritabilidade, 
diminuição do apetite, vômitos, diarreia, icterícia 
persistente, recusa alimentar, septicemia e perda de peso 
ponderal. 
Pré-Escolares – Urina fétida, dor abdominal, disúria, 
polaciúria, incontinência, urgência miccional e febre 
Escolares – Disúria, polaciúria, urgência miccional, enurese 
secundária, dor lombar e febre em casos de pielonefrite 
Adolescentes – Disúria, polaciúria, urgência miccional, em 
casos de pielonefrite dor lombar e febre. 
ó – Coleta de urina varia com a idade da 
criança. Em crianças com ausência de controle 
esfincteriano deve-se realizar punção suprapúbica ou 
cateterismo vesical. Outro método é o ‘’Clean Catch’’ que 
consiste em administrar líquido para a criança e 25min 
depois o lactente é seguro pelas axilas e se estimula a 
região sacral e suprapúbica para ocorrer a micção e se 
coletar o jato intermediário. Coletas pelo saco coletor só 
devem ser utilizadas para descartar diagnóstico (em 
casos positivos realiza-se uma nova coleta com métodos 
invasivos). A urocultura é p padrão ouro para diagnóstico 
de ITU. 
ITU pode ser dividida em cistite, pielonefrite e bacteriúria 
assintomática. 
 – Recomenda-se iniciar empiricamente com 
a terapia de menor espectro antimicrobiano possível 
com base na coloração de gram, ou priorizar a cobertura 
por E. coli. É indicado hospitalização para crianças <2 
meses, pacientes criticamente doentes ou com risco de 
não adesão ao tratamento. 
Faz-se profilaxia em crianças com alterações no USG, 
ITU febril com PCR positivo, com RVU grau 4 ou 5, 
uropatias obstrutivas e ITU recorrentes. Utiliza-se 
profilaxia até terminar a investigação. É recomendado 
metade da dose terapêutica, 1x ao dia. 
 – USG, uretrocistografia miccional, 
cintilografia renal com DMSA. 
 
Adolescência corresponde a um período entre 10 e 20 
anos completos. Período caracterizado por 
transformações físicas, reorganização psíquica, 
peculiaridades afetivo-sexuais, socioculturais, espirituais e 
busca de projetos de vida e outra percepção de mundo. 
Importância da ética na consulta além de se ter um olhar 
atento a todos os problemas e anseios do adolescente, 
evitando julgamentos. O pediatra deve sempre atuar 
como um mediador apaziguando conflitos, sendo 
empático, orientando e estendendo suas ações aos 
familiares. No primeiro encontro a deve-se pontar o 
direito de sigilo do adolescente., privacidade, confiabilidade, 
mas já alertando quanto os limites das questões éticas. É 
importante alertar ao jovem que nada deve ser tratado 
com seus pais antes que ele seja informado previamente, 
mesmo quando se precisa romper o sigilo, 
conscientizando da importância de informar 
determinadas situações. Assuntos que referem a risco de 
saúde ou integridade de vida, como violência, uso 
escalonado de álcool e drogas, autoagressão, gravidez, 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
aborto, HIV, não adesão a tratamentos e diagnóstico de 
doenças gravem devem ter sua quebra de sigilo. 
 
A consulta deve ser comporta por: anamnese, exame 
físico, orientação, medicalização e encaminhamento (se 
necessário) 
Deve-se realizar a entrevista em 3 momentos: com 
paciente + família juntos, só com o paciente e depois só 
com os pais. 
 – Motivo da consulta, histórico atual 
e pregressa, estado vacinal, dados da gestação, hábitos 
alimentares, condições de habitação, histórico familiar, 
lazer, exercício físico, religião 
 – Percepção corporal e autoestima, 
relacionamento com a família e ocorrência de conflitos, 
horas de lazer, relações sociais, desenvolvimento afetivo, 
espaços que frequenta, crenças e atividades religiosas, 
investigar situações de risco e vulnerabilidade, aspectos 
relacionados aos comportamentos sexuais, ocorrência de 
acidentes, tempo de exposição a telas. 
 – Na existência de conflitos evidentes, ou de 
violência familiar torna-se necessário esta etapa. Assim 
como para orientá-los sobre as hipóteses diagnosticas 
percebidas e explicações sobre condutas terapêuticas a 
serem tomadas 
 
Abordagem HEEADSSS na anamnese: 
 
í – Recomenda-se a presença de uma 3° 
pessoas que possa ser alguém da área da saúde ou 
alguém que o paciente prefira, que seja da sua confiança. 
 – Crescimento e desenvolvimento, 
acnes, cefaleia, dores recorrentes, distúrbios mentais, 
saúde mental, dificuldade escolar e em relacionamentos. 
Os adolescentes têm direito a receber atenção em toda 
rede de saúde, sem discriminação; Os jovens têm direito 
a realização de testes rápidos de HIV, sífilis, gravidez com 
acolhimento e aconselhamento; Até os 12 anos a coleta 
dos exames deve ocorrer na presença dos pais, após os 
12 anos o adolescente tem autonomia própria; Em casos 
de violência o adolescente deve ser encaminhado para 
buscar auxilio e atendimento específico em locais de 
referência. 
çõ : A prescrição de métodos anticoncepcionais 
deverá estar relacionada a solicitação dos adolescentes, 
respeitando-se os critérios médicos de elegibilidade, 
independentemente da idade; A prescrição dos métodos 
anticoncepcionais a adolescentes menores de 14 anos, desde 
que respeitados os critérios, não constitui ato ilícito por parte 
do médico; É dever do Estado promover a Atenção Integral 
à Saúde do adolescente, de 10 anos até os 20; Adolescentes 
são sujeitos de direitos e deveres dotados de capacidade, 
atuante em permanente construção, que necessitam ser 
estimulados a ter discernimento para expressar opiniões e 
responsabilizar-se por seus atos devem ter garantia de 
proteção integral e prioridade absoluta; É fundamental 
registrar que a garantia dos direitos a adolescentes nos 
serviços de saúde, independente da anuência de seus 
responsáveis, vem se revelando como elemento indispensável 
para a melhoria dos acessos aos serviços de qualidade da 
prevenção, assistência e promoção da saúde. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
A anamnese do RN inclui etapas anteriores ao seu 
nascimento. Os fatores gestacionais e as condições 
periparto adquirem importância fundamental para a faixa 
etária. Inicia-se a avaliação pela identificação com nome, 
sexo, idade, etnia, naturalidade (nesta faixa etária 
geralmente coincide com a procedência, filiação, 
endereço. 
A queixa principal e a anamnese são informadas pelo 
responsável de acordo com a sua capacidade de 
observação e de percepção do que está acontecendo 
com a criança. O médico deve estar atento ao fato de 
que muitas queixas dos responsáveis podem induzir a 
um falso diagnóstico. 
 IdentificaçãoQP HDA 
Interrogatório dos Sistemas História Fisiológica 
Pregressa (gestação, parto e nascimento, alta hospitalar) 
 História Desenvolvimento Psicomotor História 
Patológica Pregressa História Vacinal Histórico 
Familiar História Social História Alimentar 
História Fisiológica Atual 
As consultas em pediatria se iniciam desde o pré-natal, 
as informações sobre a gestação são muito importantes 
(gravidez planejada, complicações, tipo de parto). 
O acrônimo STORCH é composto pelos patógenos mais 
frequentes relacionado às infecções intrauterinas: Sífilis, 
Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes 
Simplex. 
çã – Nome, data de nascimento, idade, sexo, 
cor, naturalidade, procedência, endereço e nome do 
responsável 
 – Motivo da consulta, transcrito com as palavras do 
responsável 
 – Cronologia dos sintomas, descrever com termos 
técnicos, não interferir nas informações, comunicação 
clara sem usar termos técnicos com o paciente, não 
omitir informações. 
ó ó – Investigação 
relacionada a doença atual, com objetivo de ampliar as 
possibilidades diagnósticas. Crânio Caudal 
ó ó
o Gestação – Idade da mãe, GESTA, PARA, natimorto, 
aborto, pré-natal, sorologias e exames, 
intercorrências na gravidez, medicamentos na 
gravidez 
o Parto e Nascimento – Tipo de parto, idade 
gestacional, líquido amniótico, intercorrências no 
parto, APGAR, peso ao nascer, estatura ao nascer, 
PC, intercorrências com o RN 
o Alta Hospitalar – Vacinas na alta, amamentação, teste 
da orelhinha, teste do pezinho, teste do olhinho, teste 
do coraçãozinho, teste de linguinha, tipo 
sanguíneo/fator Rh, peso na alta 
Saber se foi feito o pré-natal, número de consultas no 
pré-natal, gestação de risco (habitual, intermediário ou 
alto risco), GPCA, tipo de parto (Vaginal, com/sem 
indução, cesárea), Idade Gestacional (37 a 41 semanas é 
a termo, <37 semanas pré-termo, >41 semanas pós-
termo), AIG, PIG ou GIG 
á – Alimentares, atividade física regular, 
fuma, bebida, drogas, doenças pré-existentes e 
tratamento, vacinas, consultas com dentista. 
ó Sorriso 
social, sustentação da cabeça, sentou com apoio, sentou 
sem apoio, engatinhou, fico de pé, andou, sono, controle 
do esfíncter, agressividade/passividade, emotividade, 
hábitos com família e outros, desempenho escolar. 
ó ó – Doenças na infância, 
antibiótico, internação, cirurgia, alergia, reação alérgica, 
acidentes. 
ó – Vacinas, complicações, cicatriz da BCG 
ó – Consanguinidade, dados da mãe, pai 
e irmãos 
ó – Residência, saneamento, água, animais 
domésticos, fumantes 
ó – Amamentação e desmame 
(exclusiva, complementada, introdução alimentar), 
alimentação atual 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
ó ó – Sono, hábito intestinal, diurese, 
higiene, lazer, esporte, escola, 
í – Antropometria, crânio caudal, ectoscopia 
geral, sistemas. 
Peso Previsto: 
03 a 12 meses – Idade (m) + 9 / 2 
01 anos a 6 anos – Idade (a) x 2 + 8 
07 a 12 anos – Idade (a) x 7 – 5 / 2 
Primeiros 4/5 dias de vida ocorre uma perda fisiológica 
de 3 a 10% do peso 
10° de vida o peso se recupera 
 
 
Ao nascer o PC é > PT 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
Funciona como se fosse uma prova feita entre o 1° e no 
5° minuto de vida extrauterina do RN, que avalia 5 itens 
do exame físico: FC, esforço respiratório, tônus muscular, 
irritabilidade reflexa e cor da pele. Cada parâmetro 
recebe nota de 0,1 ou 2, podendo fechar nota máxima 
de 10. 
ê í – Avaliada em Batimentos 
Cardíacos por Min. 
 
çã – Verificada através do choro do RN, fraco 
ou vigoroso 
 
ô – Analisado pela flexibilidade e 
movimentação das pernas 
 
 – São percebidos pelas caretas, tosse ou espirro 
do RN frente a uma estimulação específica 
 
 – Pode ser caracterizada como pálida, azulada 
ou rosada 
 
O objetivo do teste é avaliar o ajuste imediato do RN à 
vida extrauterina. É o resultado do APGAR que mostra 
como está a adaptação do bebê e se ele precisará de 
ajuda. A primeira nota se dá no 1° min, uma segunda nota 
se dá no 5° e quando essa segunda nota <7, deve-se 
realizar uma terceira nota no 10° min. 
8-10 – Nascimento em ótimas condições 
7 – Dificuldade leve 
4-6 – Dificuldade em grau moderado, asfixia moderada 
0-3 – Dificuldade de ordem grave, asfixia grave 
 
çã
Formato – Plano, abaulado, escavado, distendido (fases e 
cólicas). Geralmente é mais globoso. 
Avaliar a forma e volume, presença de abaulamentos e 
retrações, avaliar o coto umbilical (AVA), cicatrizes, 
contrações das vísceras ocas, circulação venosa 
superficial, alterações dos movimentos respiratórios. 
Na criança a respiração é diafragmática. 
Borborismo – RH contínuo 
Aumento do Peristaltismo – Diarreia e início de peritonite 
Redução – Íleo paralítico e peritonite instalada 
çã
Depende do relaxamento da parede abdominal da 
criança, que tende a ter o abdome contraído. Aproveitar 
a fase inspiratória para palpar, quando se tem maior 
relaxamento. 
Realização da palpação superficial e profunda (começar 
palpando pelas áreas indolores) 
Fletir as pernas para palpar a fossa ilíaca – causa um 
relaxamento. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Normalmente o abdome é elástico, depressível e indolor 
Avalia-se: contratura abdominal ou espasmo (peritonite), 
blumberg positivo (processo inflamatório), tumorações, 
visceromegalias 
çã
Normal – Timpânico 
Serve para delimitar os órgãos maciços 
Hipertimpanismo pode ser sinal de excesso de gases e 
obstrução intestinal 
 
 – Hérnia umbilical pode fechar até os 2 anos de 
idade, até esse período realiza-se acompanhamento. 
Avaliar a presença de sinais flogísticos (inflamação da 
parede umbilical) – onfalite 
í – Relativamente maior do que no adulto, se 
encontra de 1/3cm abaixo do rebordo costal 
Hepatomegalia pode estar associado a infecções 
congênitas 
ç – Normalmente não é palpável 
 – Má formação da parede abdominal que 
consiste na exteriorização de alças intestinais em posição 
lateral direita do coto umbilical. Ausência se cobertura 
nessas alças 
 – Posição central, as alças intestinais estão 
revestidas por uma membrana 
é á – Ocasionado pelo fechamento 
incompleto do diafragma, ocorre passagem dos órgãos 
intra-abdominais para a cavidade torácica 
 – Pode ser obstrutivo, inflamatório, 
perfurativo e hemorrágico. Sempre vai cursar com dor 
abdominal, vômito, parada de eliminação das fezes, 
distensão abdominal, febre, prostração, dor, letargia, 
irritabilidade, palidez e taquicardia. Abdome duro em 
tábua, RH ausentes e peristaltismo diminuído. 
 
A conduta depende do tamanho e da característica do 
objeto ingerido e se sua localização no TGI. Os principais 
riscos da ingestão são perfuração e obstrução. 
Pode resultar em sintomas como anorexia (falta de 
apetite), disfagia (dificuldade para engolir), odinofagia (dor 
ao engolir), sinais de obstrução completa do esôfago 
corresponde a sialorreia, caracterizando uma emergência 
endoscópica. 
Sintomas respiratórios podem ocorrer devido a 
compressão da traqueia – causando estridor e até 
mesmo apneia. 
Os locais mais comuns de obstrução são a área 
cricofaríngea, terço médico do esôfago, esfíncter 
esofágico inferior, piloro e válvula ileocecal. 
É importante lembrar que o tempo médio de trânsito de 
um corpo estranho varia de 3 a 6 dias, e o tempo de 
ingestão de um objeto pontiagudo até a perfuração é 
de 10 a 4 dias. Portanto, se o objeto permanecer no 
individuo por mais de 3 dias, pode-se considerar a 
remoção. 
Exames Complementares – Incluem principalmente RX. 
Antes de levar ao raio X é interessante dar 
prosseguimento a avaliação para observar se há 
obstrução de via aérea, observando a expansibilidade 
toráxica – seguir A, B e C – via aérea, expansibilidade 
pulmonar e checar pulsos. 
Tomografia se pede quando os objetos ingeridos são 
radiolúcidos, como plástico, madeira, vidro, ossos 
pequenos, porque não são observados em RX comum. 
ê – Obstruçãoesofágica, 
baterias no esôfago, objetos pontiagudos ou afiados no 
esôfago 
ê – Corpo estranho não 
pontiagudo ou afiado no esôfago, alimento impactado no 
esôfago sem obstrução total, objetivos pontiagudos e 
afiados no estomago ou duodeno, objetos de 6cm no 
duodeno proximal ou antes, imãs de alcance 
endoscópico. 
ã – Moedas no esôfago em 
pacientes assintomáticos, objetos no estômago com mais 
de 2,5cm, baterias que estão no estômago de paciente 
assintomático <48h (quando >48h devem ser retiradas) 
 
á – Costumam ser assintomáticos, 
exceto quando são mito grandes e estão associados a 
vômitos pós alimentação e plenitude pós-prandial. Corpos 
estranhos de longa datas, afiados ou pontiagudos podem 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
sofrer impacto na parede gástrica resultando em úlcera, 
hemorragia ou perfuração 
 – No geral assintomáticos, as 
complicações envolvem perfuração e obstrução. 
 
Deve ser removido imediatamente todos os corpos 
estranhos impactados no esôfago, corpos estranhos 
gástricos alongados e agudos, corpos estranhos sem 
corte que permanecerem por mais de 2semanas no 
estomago. 
 – As moedas no esôfago geralmente devem ser 
removidas dentro de 12/4 após a ingestão em crianças 
assintomáticas. Já em crianças sintomáticas, a remoção 
de emergência é indicada. Em casos que a moeda já 
progrediu para o estomago e a criança está 
assintomática, a conduta é expectante. Caso o CE não 
tenha sido eliminado espontaneamente após 2 a 4 
semanas, deve-se considerar remoção endoscópica 
eletiva 
 – Quando localizada no esôfago a remoção 
endoscópica da bactéria deve ser emergencial (até 2h) 
devido ao grave risco de complicações. Quando a bateria 
está localizada no estômago há controversas, muitas 
vezes é expectante, mas deve-se analisar o tamanho da 
bateria. 
ã - A principal complicação que pode ocorrer é a 
formação de uma fístula enteroentérica que se forma 
entre 2 ou mais ímãs (ou um ímã e um objeto metálico 
no intestino) nas alças intestinais adjacentes. A ingestão 
de vários imãs deve ser manejada com remoção 
urgente, mesmo em paciente assintomático, quando o 
local é passível de remoção endoscópica, ou remoção 
cirúrgica. 
 – Como parafuso, prego, agulhas. 
Quando impactado no esôfago a retirada por endoscopia 
é emergencial. Objetivos pontiagudos que já passaram 
para o estomago devem ser removidos devido a chances 
de perfurações. A conduta expectante poderia ser 
escolhida em casos de objetos curtos e com 
extremidade cega mais pesada. 
ó – Ruptura ou vazamento de 
embalagens contendo tóxicos pode ser fatal 
çã - A impactação de bolo alimentar 
deve ser manejada com remoção endoscópica, caso a 
eliminação espontânea não ocorra. Em crianças com 
sinais de obstrução esofágica (salivação e dor no 
pescoço), a endoscopia deve ser realizada de 
emergência. 
Diarreia é definida pela ocorrência de 3 ou + evacuações 
amolecidas ou líquidas em 24h. Na diarreia aguda ocorre 
um desequilíbrio entre a absorção e a secreção de 
líquido e eletrólitos, sendo um quadro autolimitado. 
A OMS a diarreia pode ser dividida em 3 categorias: 
Diarreia aguda aquosa, diarreia aguda com sangue 
(disenteria) e diarreia persistente 
 – Diarreia que pode durar até 14 dias, 
grande perda de volumes e fluídos, pode causar 
desidratação, pode ser causada por bactérias e vírus. 
 – Presença de sangue e nas fezes, representa 
lesão na mucosa intestinal, podendo associar-se a 
infecção sistêmica. Shigella 
 - >14 dias. Provoca desnutrição e 
desidratação. Pacientes tem alto risco de complicações e 
elevada letalidade 
A doença diarreia pode ser entendida como um episódio: 
início abrupto, etiologia presumivelmente infecciosa, 
potencialmente autolimitado, duração <14 dias, aumento 
no volume e na frequência das evacuações, perda de 
água e eletrólitos. Na maior parte das vezes representa 
uma infecção do tubo digestivo por vírus, bactérias ou 
protozoários com evolução autolimitada mas podendo 
acarretar consequências graves. 
Vírus – Rotavírus, coronavírus, adenovírus, calicivírus 
(norovírus) 
Bactérias – E. coli, aeromonas, shigella, plesiomonas, 
salmonella, campylobacter 
Parasitos – Entamoeba, giárdia 
Eventualmente outras causas podem iniciar o quadro 
como diarreias tais como: alergia ao leite de vaca, 
deficiência de lactase, apendicite aguda, uso de laxantes 
e antibióticos, intoxicação por metais pesados. A 
invaginação intestinal tem que ser considerada no 
diagnóstico diferencial da disenteria aguda, principalmente, 
no lactente. A OMS fala para não tirar a lactose durante 
internações justamente para não causar confusões em 
relação à intolerância à lactose, visto que causa 
preocupação e gastos familiares com a criança, sem 
necessidade. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
É interessante, ao receitar um antibiótico para crianças 
menores de 5 anos, é importante receitar junto um 
repositor de flora intestinal – zinco, floratil, repoflor. 
A investigação da etiologia da diarreia aguda não é 
obrigatória em todos os casos. Deve ser realizada nos 
casos graves e nos pacientes hospitalizados 
çã í - Duração da diarreia, número diário de 
evacuações, presença de sangue nas fezes, número de 
episódios de vômitos, presença de febre ou outra 
manifestação clínica, práticas alimentares prévias e 
vigentes, outros casos de diarreia em casa ou na escola. 
Não se deve esquecer que alguns pacientes têm maior 
risco de complicações, tais como: idade inferior a dois 
meses; doença de base grave como o diabete melito, a 
insuficiência renal ou hepática e outras doenças crônicas; 
presença de vômitos persistentes; perdas diarreicas 
volumosas e frequentes (mais de oito episódios diários) 
e a percepção dos pais de que há sinais de desidratação 
Ao exame físico é importante avaliar o estado de 
hidratação, o estado nutricional, o estado de alerta (ativo, 
irritável, letárgico), a capacidade de beber e a diurese. O 
percentual de perda de peso é considerado o melhor 
indicador da desidratação. 
 
Após ser estabelecido o diagnóstico, conforme as 
definições apresentadas acima, e realizado exame físico 
completo com definição do estado de hidratação, deve 
ser seguido o esquema clássico de tratamento, 
distribuído em três categorias segundo a presença ou 
não de desidratação Se o paciente está com diarreia e 
está hidratado deverá ser tratado com o Plano A. Se está 
com diarreia e tem algum grau de desidratação, deve 
ser tratado com o Plano B. Se tem diarreia e está com 
desidratação grave, deve ser tratado com o Plano C. 
 
 
 
çã ç – A 
manutenção da alimentação com oferta energética 
apropriada é um dos pilares mais importantes no 
tratamento da diarreia aguda. Todas as diretrizes são 
unânimes que o aleitamento materno deve ser mantido 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
e incentivado durante o episódio diarreico. Quando 
necessário, deve-se recomendar jejum durante o 
período de reversão da desidratação (etapa de expansão 
ou reparação). A alimentação deve ser reiniciada logo 
que essa etapa for concluída (em geral, no máximo, 4 a 
6 horas). 
Na diarreia aguda, não há recomendação de fórmula sem 
lactose para lactentes tratados ambulatorialmente com 
diarreia aguda. Entretanto, para os pacientes 
hospitalizados com diarreia aguda e nos com diarreia 
persistente tratados no hospital ou ambulatorialmente, há 
vantagens na prescrição de fórmula sem lactose 
çã – Sódio, glicose e água. 
Esses 3 nutrientes presentes na TRO a mucosa intestinal, 
mesmo debilitada, consegue absorver esses nutrientes. 
Tradicionalmente, afirma-se que o lactente com Terapia 
de reidratação parenteral menos de 12 meses deve 
receber 50 mL da solução para cada evacuação e os 
maiores de 1 ano, 100 mL após cada evacuação 
çã – Indicada para 
pacientes com desidratação grave (ver Quadros 4 e 5) 
ou que não apresentam reversão da desidratação após 
2 horas de TRO. Existem várias opções para esteprocedimento. No Quadro 5 são apresentadas algumas 
alternativas para a fase de reparação ou expansão. Soro 
fisiológico e Ringer Lactado (este último, tem mais cloreto 
e cálcio + lactato) 
– O zinco faz parte da estrutura de várias enzimas. 
Tem importante papel na função e no crescimento 
celular. Atua também no sistema imunológico. Pode 
reduzir a duração do quadro de diarreia, a probabilidade 
de a diarreia persistir por mais de sete dias e a ocorrência 
de novos episódios de diarreia aguda nos três meses 
subsequentes 
 – A Deve ser administrada a populações com 
risco de deficiência desta vitamina. O uso da vitamina A 
reduz o risco de hospitalização Antibióticos e mortalidade 
por diarreia e tem sido administrada nas zonas mais 
carentes do norte e nordeste. 
ó Quase nunca utilizamos isso, é muito raro, 
primeiro por ser autolimitado e pode piorar a diarreia. 
Porém, existe alguns critérios de quando e como receitar 
antibiótico. Restrito para pacientes diarreia com sangue 
nas fezes (disenteria), na cólera, na infecção aguda 
comprovada por Giardia lamblia ou Entamoeba hystolitica, 
em imunossuprimidos, nos pacientes com anemia 
falciforme, nos portadores de prótese e nas crianças com 
sinais de disseminação bacteriana extraintestinal 
(perfusão ruim, prostração ruim na ausência de febre) 
é – Os antieméticos correspondem a uma 
classe farmacológica destinada a promover o alívio dos 
sintomas relacionados às náuseas (enjoos) e êmese 
(vômito). Segundo a OMS, os antieméticos não devem 
ser utilizados no tratamento da diarreia aguda1. Considera-
se que os vômitos tendem a desaparecer 
concomitantemente à correção da desidratação. O MS 
não faz menção ao emprego de antieméticos. 
O médico deve dar recomendações claras à família sobre 
o tratamento, a alimentação, as medidas de higiene e o 
saneamento, aproveitando esta oportunidade para 
educar, além de explicar quais as possíveis complicações 
e sinais de alarme e como proceder nesta situação. 
 
Definição dos Critérios de ROMA IIII (para menores e 
maiores de 4 anos) – necessário decorar 
A criança com constipação apresenta muitas vezes 
defecação dolorosa e/ou infrequente, incontinência fecal 
e dor abdominal; é causa de sofrimento significativo. Essa 
classificação é importante porque o tratamento precisa 
dessa orientação, tendo em vista que é uma queixa 
comum na pediatria. A Constipação aumenta a chance 
de infecção – infecção urinária com frequência pode 
estar associada a constipação 
Mais de 2 dos seguintes critérios por no mínimo 30 dias: 
o <2 evacuações por semana 
o 1 episódio de incontinência por semana 
o Comportamento de retenção fecal 
o Evacuação com dor ou dificuldade 
o Presença de massa fecal volumosa no reto 
o Fezes volumosas que entopem o vaso sanitário 
Acompanhando estes sintomas podem ocorrer 
irritabilidade, redução do apetite e/ou saciedade precoce, 
que devem desaparecer após a eliminação das fezes 
volumosas. 
 
Mais de 1 dos seguintes itens 1x por semana, por no 
mínimo 2 meses 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
o < 2 evacuações por semana no vaso sanitário 
o 1episódio de incontinência por semana 
o Comportamento retentor 
o Evacuações difíceis e dolorosas 
o Presença de massa fecal volumosa no reto 
o Fezes volumosas que entopem o vaso sanitário 
A constipação crônica funcional corresponde a 95% dos 
casos, sendo que apenas 5% apresentam causas 
orgânicas. O diagnóstico da constipação funcional é 
essencialmente clínico. Entretanto, em casos onde os 
sinais de alerta, descritos abaixo, estiverem presentes, 
haverá necessidade de investigar um diagnóstico 
diferencial com quadros orgânicos. 
A constipação funcional está associada ao hábito retentor 
(medo de evacuar, retém as fezes, fezes volumosas, 
evacuação dolorosa, medo) muitas vezes identificamos 
fatores desencadeantes como a retirada da fralda, 
mudanças na rotina da criança (escola, hábitos e 
mudanças familiares), infecções agudas, etc 
Sinais de Alerta na Constipação: 
o Atraso na eliminação do mecônio >48h após o 
nascimento 
o Início precoce (1° ano) 
o Comprometimento do ganho de peso/altura 
o Alteração no exame físico da área lombo-sacra: 
alteração na marcha, assimetria ou achatamento da 
musculatura glútea, evidência de agenesia sacral, 
descoloração da pele, nevus, tufos pilosos, escoliose 
Principais causas de constipação orgânica: 
o Alterações neurológicas 
o Hipoteroidismo, diabetes mellitus 
o Megacólon congênito aganglionar 
o Fissura anal, estenose anal 
o Correções cirúrgicas ou malformações anorretais 
o Hipotonia muscular, distúrbio no tecido conjuntivo 
o Síndrome de Down 
o Doença celíaca, fibrose cística 
o Uso de medicações 
Toque Retal - É necessário bom senso. Em crianças com 
início precoce – antes dos 12 meses, com necessidade 
de descartar estenose anal, doença de Hischsprung 
(fezes explosivas) 
Abordagem Inicial - Após história clínica detalhada do 
quadro: época de início, associação com mudanças na 
vida da criança e exame físico detalhado, sempre tendo 
em mente os sinais de alerta e o diagnóstico diferencial 
das causas orgânicas, consegue-se fazer o diagnóstico da 
grande maioria dos casos. Exames complementares são 
desnecessários na grande maioria dos casos, pois é um 
quadro funcional. 
é
1 – Desimpactação se presente 
2 – Evitar novos episódios de impactção – tratamento 
de manutenção 
3 – Orientação familiar/hábitos 
çã - Impactação fecal é definida por: massa 
endurecida em baixo ventre identificada ao exame físico, 
e/ou fecaloma notado ao toque retal ou na radiografia de 
abdome, e/ou escape fecal/diarreia paradoxal. Segundo o 
Guideline da Sociedade Americana e Europeia de 
Gastropediatria, o Polietilenoglicol (PEG) e os enemas são 
igualmente efetivos na desimpactação. Durante a 
desimpactação, o PEG pode aumentar o escape fecal, 
mas tem a vantagem de administração oral. 
 
çã - O tratamento de 
manutenção deve ser utilizado por no mínimo 2 meses. 
Todos os sintomas devem estar resolvidos por no 
mínimo 1 mês para descontinuar o tratamento. A redução 
da dose deve ser gradual, diminuindo-se a cada 10 dias 
25-50% da dose conforme a evacuação do paciente. Se 
a criança estiver em treinamento do uso do vaso, parar 
a medicação apenas pós treinado 
çõ á - • Fibras: ingestão 
normal. Considera-se uma ingestão normal para >2 anos: 
• Água: ingestão normal. Considera-se uma ingesta 
normal para crianças de 1a – 3a: 900ml de líquidos/dia e 
para crianças de 4a – 8a: 1,2 litros de líquidos/dia. • 
Atividade Física: normal. Crianças e adolescentes devem 
realizar atividade física de moderada intensidade em torno 
de 60 min/dia (caminhada/skate/andar a pé/ bicicleta). • 
Orientação da família/ desmistificar – explicar o ciclo 
retentor. • Posição: criança deve estar com os pés 
apoiados e redutor do vaso. • Treinamento no momento 
adequado para criança. • Calendário – como reforço 
positivo. 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
intussuscepção ou invaginação consiste na penetração 
de um segmento intestinal no interior de outro adjacente, 
resultando uma tumoração com obstrução intestinal 
aguda ou crônica. Nossas considerações se referem a 
intussuscepção com obstrução intestinal aguda. 
Suas manifestações clínicas inclui a tríade clássica, 
composta por dor abdominal, fezes sanguinolentas e 
massa palpável nas crianças. E nessas, a intussuscepção 
é primária ou idiopática na maioria dos casos e até 80% 
são efetivamente tratados por redução pneumática ou 
por enema. 
Imagens ultrassonográficas sugerem intussuscepção 
como o sinal do alvo no corte transversal e o do pseudo 
rim, no longitudinal. Também podem ser evidenciadas, 
como na imagem abaixo, as várias camadas das paredes 
intestinais envolvidas, produzindo um padrão multilamelar 
ou "em casca de cebola". 
A presença de massa abdominal é um achado importante 
no diagnóstico, com uma incidência de 48%, e a 
localização mais frequenteé a flexura hepática. O sintoma 
inicial mais frequente nas crianças menores é o vômito, 
ao contrário das crianças maiores, que é a dor abdominal. 
O primeiro sintoma não se deve ao fator obstrutivo, mas 
a mecanismo reflexo da dor, que é muito intensa 
Quando a invaginação ocorre no intestino delgado, 
situação mais rara, espera-se uma sintomatologia 
obstrutiva mais precoce, com dor, vômitos e 
enterorragia. Nesse caso, a massa abdominal é mais difícil 
de ser palpada assim como a realização do diagnóstico. 
Essa forma normalmente acomete crianças maiores de 
2 anos, que, geralmente, apresentam alguma doença que 
sirva como ponto fixo para a intussuscepção. 
Tratamento: 
• Enema aéreo 
• Cirurgia se o enema não for bem-sucedido ou 
se houver perfuração 
Uma vez confirmado o diagnóstico de intussuscepção, 
faz-se um enema com ar para redução, o que diminui a 
possibilidade e as consequências de perfuração. O 
intussusceptum pode ser reduzido com sucesso em 75 
a 95% dos casos. Se o enema aéreo é bem-sucedido, 
as crianças são observadas durante a noite para 
descartar perfuração oculta. Se a redução não for bem-
sucedida ou se o intestino for perfurado, indica-se cirurgia 
imediata. 
É um dos sinais mais frequentes que se apresenta como 
uma coloração amarela na pele, esclera e mucosas – 
indica acúmulo/aumento de bilirrubina nos tecidos 
Bilirrubina indireta ou não conjugada: é a substância que 
se forma no momento da destruição dos glóbulos 
vermelhos no sangue e que depois é transportada para 
o fígado. Por isso, sua concentração é maior no sangue 
e pode estar alterada quando existe alguma condição 
envolvendo as hemácias, como a anemia hemolítica, por 
exemplo. 
Bilirrubina direta ou conjugada: corresponde à 
conjugação entre a bilirrubina e o ácido glicurônico, um 
açúcar, no fígado. A bilirrubina direta sofre ação da bile 
no intestino, sendo eliminada na forma de urobilinogênio 
ou estercobilinogênio. Assim, a concentração de 
bilirrubina direta está alterada quando há alguma lesão 
hepática ou obstrução biliar. 
60% dos RN termos vão desenvolver icterícia em algum 
momento da sua vida. 80% ocorre nos pré-termos 
Percebemos a icterícia na pele quando a bilirrubina está 
acima de 5mg por decilitro, podendo observar a 
coloração amarelada. A maior parte absoluta das hiper 
bilirrubinemias são fisiológicas, considerada uma 
adaptação do metabolismo da bilirrubina no período de 
transição fetal para a vida neonatal. Entretanto, algumas 
vezes, decorre de um processo patológico, podendo 
alcançar concentrações elevadas e ser lesiva ao cérebro, 
instalando-se o quadro de encefalopatia bilirrubínica que, 
ao exame anatomopatoló gico, caracteriza-se por 
coloração amarelada dos gânglios da base, denominada 
kernicterus 
Quanto maior o nível sérico de bilirrubina indireta, maior 
a chance do RN evoluir para encefalopatia bilirrubínica 
aguda, que se apresenta em RN de 35 semanas ou mais 
de idade gestacional (IG), inicialmente, com hipotonia e 
sucção débil, progredindo em três a quatro dias para 
hipertonia, opistótono, hipertermia, convulsões e choro 
agudo. Nessa fase, 70% dos RN podem evoluir para o 
óbito. Nos sobreviventes, ocorre melhora aparente até 
que, em período variável, aparecem as sequelas 
neurológicas: paralisia cerebral espástica, movimentos 
atetoides, distúrbios de deglutição e fonação, deficiência 
auditiva grave e mental leve a moderada 
Aumento da bilirrubina Direta – Sempre patológico 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Aumento significativo de Bilirrubina Indireta – Pode levar 
ao acúmulo de bilirrubina nos tecidos cerebrais 
 
A icterícia fisiológica decorre de limitações do 
metabolismo da bilirrubina, tanto pela sobrecarga de 
bilirrubina ao hepatócito e a menor capacidade de 
captação hepática, como também pela conjugação e 
excreção hepática deficientes. A sobrecarga de bilirrubina 
ao hepatócito sofre influência da produção e da 
circulação êntero-hepática aumentadas devido ao menor 
tempo de vida média das hemácias e à maior quantidade 
de hemoglobina do RN. 
A hiperbilirrubinemia indireta é denominada de fisiológica 
nos RN termo quando a manifestação clínica ocorre após 
24 horas de vida, atingindo concentração de bilirrubina 
sérica em torno de 12mg/dL de BT, entre o terceiro e 
o quarto dias de vida 
A hiperbilirrubinemia indireta é detectada na grande 
maioria dos RN ≤ 34 semanas, sendo mais intensa e 
prolongada quando comparada à do RN termo, com 
concentrações de BT entre 10 e 12 mg/dL no quinto dia 
de vida..Quanto menor a idade gestacional maior é o risco 
de complicações neurológicas relacionadas à 
hiperbilirrubinemia 
 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
; 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo Vídeo Aula 
É um processo comum devido a uma adaptação ao 
metabolismo da bilirrubina. 
A fonte principal de bilirrubina é a hemoglobina – 
bilirrubina insolúvel 
No interior do hepatócito a glicuronil transferanse (UGT) 
transforma em bilirrubina direta – que ganha até o 
intestino 
No duodeno sofre ação da beta glicuronidase que 
converte a bilirrubina direta em indireta que alcança 
novamente o plasma e indo de novo para o fígado ser 
conjugada 
No RN a massa de eritrócitos é bem maior e as hemácias 
são mais destruídas devido ao tempo menor de vida 
delas, ao mesmo passo que o fígado ainda é imaturo para 
conjugar tanta bilirrubina, a UGT tem uma atividade 
menor. 
No intestino há um aumento da Beta Glicuronidase – 
transforma mais bilirrubina direta em indireta 
Atenção a erro na técnica de amamentação – pode 
causar aumento de bilirrubina indireta 
Síndrome da Icterícia pelo leite materno – pode reduzir 
a atividade da UGT 
í ó – Surge após 24h de vida, pico de 
bilirrubina ao 5° dia de vida, chegando no máximo 12., leve, 
que resolve até a 1° semana de vida. 
Zonas de Kramer – Até a zona 3 o valor é 12 
í ó – Hemólise (deficiência de G5PD, 
incompatibilidade rH), colestase neonatal. Surgem nas 
primeiras 24h de vida, pico variável, persistente 2 ou mais 
semanas, envolve até zonas 4 e 5 de Kramer 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
í ó – Hemólise sobrecarrega 
o hepatócito (incompatibilidade ABO e Rh) Mãe Rh 
negativo e RN fator Rh + -> mãe produz anticorpos anti-
D 
Coombs Direto – No RN, + (anticorpo) 
Coombs indireto – na mãe 
Nomograma de Bhutanni 
Objetivo final do tratamento – evitar sequelas e 
complicações graves 
Obstrução ao fluxo biliar – colestase neonatal, atresia de 
vias biliares – causa acúmulo de sais biliares – acolia fecal 
 
 
O médico deve reconhecer o adolescente como 
indivíduo progressivamente capaz e atendê-lo de forma 
diferenciada; 
O médico deve respeitar a individualidade de cada 
adolescente, mantendo uma postura de acolhimento, 
centrada em valores de saúde e bem-estar do jovem; 
O adolescente, desde que identificado como capaz de 
avaliar seu problema e conduzir-se por seus próprios 
meios para solucioná-lo, tem o direito de ser atendido 
sem a presença dos pais ou responsáveis no ambiente 
da consulta, garantindo-se a confidencialidade e a 
execução dos procedimentos diagnósticos e 
terapêuticos necessários. Dessa forma, o jovem tem o 
direito de fazer opções sobre procedimentos 
diagnósticos, terapêuticos ou profiláticos, assumindo 
integralmente seu tratamento; 
Art. 74 do Código de Ética Médica, que veda ao médico: 
“revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor 
de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, 
desde que o menor tenha capacidade de discernimento, 
salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao 
paciente”. 
“Parecer do Cremesp, a revelação do segredo médico 
somente deverá ocorrer quando o profissional: 
“entender que o menor não tenha capacidade para 
avaliar a extensão e a dimensão do seu problema ou de 
conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo e 
entender que a não revelação possa acarretar danosao 
paciente”.

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