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3A FASE RESUMO DAS TUTORIAS MÓD 1 NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

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RESUMO TUTORIAS MÓD 1 NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESSENVOLVIMENTO
1 - Caracterizar o RN a termo quanto ao peso, comprimento e idade gestacional (PIG, GIG, AIG, etc,).
Classificação de acordo com a IG - medido pelo número de semanas entre o primeiro dia da última menstruação e a data do parto.
< de 22 semanas – abortamento
< 28 semanas – imaturidade extrema
< 37 semanas – pré-termo
37 – 41sem e 6 dias – termo 
> 42 semanas – pós-termo
Associação peso à idade gestacional, o R.N. é classificado segundo o seu crescimento intra-uterino em: 
- RN Grande para a Idade Gestacional (GIG): Peso acima do percentil 90 
- RN Adequado para a Id. Gestacional (AIG): Peso entre o percentil 10 e 90 
- RN Pequeno para a Idade Gestacional (PIG): Peso abaixo do percentil 10
Peso = 2500 – 3999kr – Normal
 2499 – 1000 gr – baixo peso
 menor 1000gr – extremo baixo peso
 acima de 4500gr – tamanho excessivamente grande
Comprimento = 49 a 50 cm 
Perímetro cefálico (PC) = 34 a 35 cm e PERÍMETRO TORÁCICO (PT) = 1 a 2 cm menor que o PC.
2 - Definir APGAR, descrever seus critérios e interpretá-los.
O APGAR é um método de avaliação sistemática do recém-nascido logo após o parto, é utilizado para identificar aqueles que necessitam de reanimação e cuidados especiais. Usualmente é realizado no 1º e 5º minuto de vida.
3 - Descrever as alterações fisiológico-adaptativas dos sistemas cardiovascular e respiratório que ocorrem no período neonatal em recém-nascidos a termo.
Imediatamente após o nascimento, varias modificações súbitas acontecem no sistema cardiovascular do RN pelo fato de cessar a circulação placentária e de os pulmões começarem a funcionar. Portanto o fluído amniótico da árvore brônquica é substituído por ar, e os pulmões tornam-se cheios de ar e expandem-se, com consequente aumento do volume de seu leito vascular. 
Circulação fetal - o sangue oxigenado chega da placenta através da veia umbilical. Ao se aproximar do fígado o sangue passa diretamente para o ducto venoso, um vaso fetal que comunica a veia umbilical com a veia cava inferior. Percorrendo a veia cava inferior, o sangue chega no átrio direito e é direcionado através do forame oval para o átrio esquerdo. Assim, neste compartimento o sangue com alto teor de oxigênio vindo da veia cava se mistura com o sangue pouco oxigenado vindo das veias pulmonares, já que os pulmões extraem oxigênio e não o fornece. O ducto arterial, ao desviar o sangue da artéria pulmonar para a artéria aorta, protege os pulmões da sobrecarga e permite que o ventrículo direito se fortaleça para a sua total capacidade funcional ao nascimento.
Circulação neonatal de transição - após o nascimento o ducto arterial, o ducto venoso, o forame oval e os vasos umbilicais não são mais necessários. Dessa forma, ocorre o fechamento do forame oval e o ducto venoso e arterial se contraem. O fechamento do forame oval ocorre pelo aumento de pressão no átrio esquerdo que pressiona a sua válvula contra o septum secundum. O fechamento do ducto arterial parece ser mediado pela bradicinina, uma substância liberada pelos pulmões durante a sua distensão inicial. Essa substância tem potentes efeitos contráteis na musculatura lisa, atuando na dependência do  alto teor de oxigênio do sangue aórtico. Assim, quando a pressão de oxigênio for maior que 50 mmhg no sangue que passa através do ducto arterial promove a sua contração. O fechamento do ducto venoso ocorre pela contração do seu esfíncter, possibilitando que o sangue que entra no fígado percorra os sinusóides hepáticos. 
Veia umbilical se torna o ligamento redondo do fígado.
O ducto venoso se transforma no ligamento venoso.
O forame oval normalmente se fecha ao nascimento. O fechamento anatômico ocorre no 3º mês e resulta da adesão do septum primum na margem esquerda do septum secundum, assim, o septum primum forma o assoalho da fossa oval.
Artérias umbilicais formam os ligamentos umbilicais
Vários são os estímulos que contribuem para que o neonato realize sua primeira respiração. 
A asfixia é o estimulo mais importante para que a respiração deste se estabeleça, entretanto, outros estímulos como os bioquímico (Hipóxia, acidose), sensoriais (luzes fortes, toque, dor) térmico (perda de calor) e mecânico (compressão torácica) também contribuem para a realização desse processo. 
Para o estabelecimento da respiração, primeiramente ocorre uma ação mecânica, comprimindo o tórax do RN ao passar pelo canal de parto, ocasionando a remoção de líquido pulmonar através das narinas e da boca; Ao mesmo tempo a respiração glossofaríngea provoca a contração muscular involuntária, puxando mais de 5 a 10cc de ar para dentro dos pulmões; em seguida a mudança de gradiente de concentração de gases sanguíneos aliado a estímulos como a luz forte, toque, alterações térmicas causadas pelo aumento do gasto energético determina o início e execução da respiração efetivamente.
4 - Reconhecer os princípios da perda de peso fisiológica no período neonatal em recém-nascidos a termo e prematuros.
Perda ponderal nos primeiros dias de vida- perda fisiológica de peso corresponde há
- redução de fluidos.
- Uso de tecido adiposo pelo feto como fonte de energia.
- Pode ser considerado normal ou aceitável a perda ponderal de 7 a 10%.
5 - Descrever os mecanismos de termo regulação no recém-nascido, e as estratégias para garantir a manutenção da temperatura corporal.
A temperatura corporal é o resultado do balanço entre os mecanismos de produção e de eliminação do calor.
O controle térmico depende da idade gestacional e pós-natal, do peso de nascimento e das condições clínicas do RN.
MECANISMO DE REGULAÇÃO TÉRMICA 
Ao nascimento, a transição do ambiente intrauterino, com temperatura em torno de 37,5 C, para o ambiente seco e frio da sala de parto propicia importante perda de calor por evaporação e por convecção. 
- Se não houver intervenção, a temperatura cutânea do RN diminui rapidamente, em torno de 0,3o C por minuto. Essa queda desencadeia resposta termorregulatória mediada pelo sistema nervoso simpático com liberação de noradrenalina nas terminações nervosas da gordura marrom, com liberação do hormônio estimulante da tireoide. Os hormônios tireoidianos, especialmente a triiodotironina (T3), atuam de forma sinérgica com a noradrenalina promovendo a oxidação de ácidos graxos livres e o aumento de uma proteína designada termogenina, resultando em produção de calor, porém com grande consumo de energia.
A termogênese química é o principal mecanismo de produção de calor no RN - A gordura marrom deposita-se em alguns locais específicos, como tecido subcutâneo nucal, mediastino, axilas e regiões interescapular, perivertebral e perirrenal. 
Mecanismos de perda de calor no período neonatal - São quatro as possíveis maneiras de perda de calor pelo RN: evaporação, radiação, convecção (transferência de calor através de um fluido que ocorre devido ao movimento do próprio fluido. EX: sala resfriada) e condução. 
As seguintes recomendações são importantes para o controle térmico do RN prematuro: 
• O exame físico do RN prematuro deve ser realizado sob fonte de calor radiante
• A utilização de gorros é útil para reduzir a perda de calor pela cabeça. 
• Deve-se transportar o RN em incubadora aquecida e realizar procedimentos em berço de calor radiante. 
• Na UTI manter o RN prematuro na incubadora, em ambiente termoneutro. 
• RN prematuros estáveis devem ser vestidos, exceto quando estiverem em contato pele a pele. 
• Aquecimento da sala de parto (temperatura ambiental de 25o C). 
• Secagem do RN. 
• Contato pele a pele (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN). 
• Aleitamento materno (a depender da idade gestacional e da vitalidade do RN). 
• Adiamento do banho e da pesagem. 
• Uso de roupas e colchão aquecidos. 
• Manutenção da mãe e bebê juntos. 
• Transporte com aquecimento. 
• Ressuscitação com aquecimento. 
• Treinamento e consciência da equipe de cuidadores: é fundamental.
6 - Reconhecer as causas da icterícia própria do RN, exames diagnósticose tratamento.
A icterícia acontece quando o bebê não consegue eliminar corretamente a bilirrubina, que é produzida pela metabolização do sangue, pois, antes do nascimento, a placenta exercia esta função. As principais causas da hiperbilirrubinemia do recém nascido são:
1. Icterícia fisiológica - Acontece, geralmente, após 24 a 36 horas do nascimento, sendo o tipo de icterícia mais comum, pois o fígado do bebê está pouco desenvolvido e pode apresentar algumas dificuldades em transformar e eliminar a bilirrubina do sangue através da bile. 
2. Icterícia do leite materno - O aumento da bilirrubina pode acontecer por volta de 10 dias após o nascimento, em alguns bebês que estão em aleitamento materno exclusivo, pelo aumento de hormônios ou substâncias do sangue que elevam a reabsorção de bilirrubina no intestino e dificultam a sua eliminação
3. Doenças do sangue - Algumas doenças podem causar acúmulo de bilirrubina no bebê, como alterações auto-imunes ou genéticas. Algumas doenças são a esferocitose, talassemia ou incompatibilidade com o sangue da mãe, por exemplo, mas a principal é a doença hemolítica do recém nascido, também conhecida como eritroblastose fetal.
4. Doenças do fígado - Deformidades das vias biliares, fibrose cística, rubéola congênita, hipoteireoidismo congênito, infecções por vírus ou bactérias, ou por síndromes genéticas.
Para diagnostico
Exame físico – pressionar o dedo na e testa da criança e observar se ficou amarelo, e então solicitar exames laboratoriais.
Dosagem sérica de BT, BD e BI.
Hemograma – policitemia
Fatores de risco para hiperbilirrrubinemiaÇ
- Prematuridade
- Icterícia nas 1ª 24h
- filho anterior que necessitou de fototerapia
- RNs amamentados exclusivamente no seio (se houve dificuldade na amamentação e perda ponderal excessiva. 
- Raça
7 - Identificar a importância da realização da triagem neonatal.
A Triagem Neonatal é o conjunto de testes laboratoriais realizados logo após o nascimento ou nas primeiras semanas de vida do bebê. Sendo o ideal entre o 3º e o 7º dia de vida. Também conhecida como Teste do Pezinho, a triagem neonatal tem como objetivo diagnosticar precocemente doenças genéticas, metabólicas, endócrinas e infecciosas que podem pôr em risco a vida ou prejudicar o desenvolvimento somático, neurológico ou psíquico do recém-nascido.
• Teste do Pezinho Básico - Composto por seis diagnósticos: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme (e demais Hemoglobinopatias), Deficiência da Biotinidase, Hiperplasia Adrenal Congênita e Fibrose Cística. 
8 - Reconhecer a importância do estabelecimento do vínculo mãe-filho.
- O contato pele-a-pele entre a mãe e o bebê imediatamente após o parto é uma prática que ajuda na adaptação do recém-nascido à vida fora do útero, facilita o aleitamento materno e traz benefícios como o controle da temperatura corporal da criança e o vínculo entre mãe-filho. 
- Aleitamento materno na primeira hora de vida - O início da amamentação o mais cedo possível, de preferência logo após o parto, fortalece a proteção à saúde da criança e assegura que o recém-nascido receba o colostro, que é o leite que sai nos primeiros dias após o parto, rico em importantes nutrientes que ajudam a fortalecer a imunidade e a proteger a criança de doenças comuns no primeiro ano de vida e na fase adulta.
Alojamento Conjunto - O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio, logo após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta da maternidade. Deixar mãe e bebê juntos é uma prioridade para o Ministério da Saúde e tem várias vantagens: I - favorece e fortalece o estabelecimento do vínculo afetivo entre pai, mãe e filho;
9 - Identificar os programas governamentais de atenção à saúde perinatal e de incentivo ao vínculo mãe-criança-família.
O Método Mãe Canguru (MMC). Esse método baseia-se no contato pele a pele mais imediato possível entre mãe, pai, um familiar significativo e o recém nascido prematuro e/ ou de baixo peso. A adoção do MMC estimula a formação de laços afetivos; ajuda no desenvolvimento físico e emocional do bebê e favorece a produção de leite.
O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) asseguram a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva do direito a cidadania, situação que se encontra diretamente relacionada aos programas executados na ESF, conforme citado no relato acima.
10 - Refletir a respeito da importância da família e da sociedade no processo anterior e posterior ao parto.
Participação da família no pré-natal - É importante que a família da gestante se envolva na chegada do bebê desde a descoberta da gravidez. Por isso, se for possível, leve o companheiro (a) a todas as consultas. Na impossibilidade do pai da criança participar neste momento, leve alguém da família ou outra pessoa que você tenha confiança.
Pré-natal do parceiro - O envolvimento consciente dos homens, independentemente de ser pai biológico ou não, em todas as etapas do planejamento reprodutivo e da gestação, pode ser determinante para a criação e fortalecimento de vínculos afetivos saudáveis entre eles e suas parceiras e filhos(as). 
Parto e nascimento - Durante a gravidez, a UBS onde a gestante realiza o pré-natal deve encaminhá-la para conhecer a maternidade onde será realizado o parto. A forma como uma criança é recebida no momento do nascimento faz diferença para o seu desenvolvimento sadio e pleno. 
11 - Discutir a importância do atendimento multidisciplinar integrado e a rede de atenção para boa condução e individualização do plano de cuidados.
O plano de cuidados “é a determinação global da assistência, que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido”. O plano de cuidados é a resultante da análise do diagnóstico, examinando-se os problemas, as necessidades humanas básicas afetadas e o grau de dependência do indivíduo, da família e da comunidade.
A equipe multidisciplinar tem a sua formação centrada nas necessidades da pessoa, portanto, ela não é pré-organizada. De facto, são as necessidades identificadas e diagnosticadas que fazem com que os profissionais da saúde se integrem, com o propósito de as satisfazer e proporcionar a recuperação da saúde e o bem-estar da pessoa alvo de cuidados. É mais rápido.
TUTORIA 2 
1 - Definir crescimento e desenvolvimento.
Crescimento: Exprime aspectos da maturação que podem ser avaliados por medidas de tamanho (peso, altura, perímetro cefálico, etc). Aumento físico e relacionado à aumento em tamanho e número de células. QUANTITATIVO.
Desenvolvimento: É o processo de construção da capacidade de funções cada vez mais complexas, que resulta da interação entre as influências biológicas (próprias da espécie e do indivíduo), a história de vida do indivíduo e o seu contexto cultural e social, resultado da interação dinâmica e ativa entre o indivíduo e o meio. QUALITATIVO.
2. Reconhecer as características das etapas do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor.
DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO, PSÍQUICO E MOTOR
Conduta e Desenvolvimento - Chamamos de conduta as reações reflexas, voluntárias, espontâneas ou apreendidas de uma criança. O desenvolvimento compreende o aperfeiçoamento e a diferenciação da conduta, além da influência do meio ambiente sobre a mesma. A maturação das diversas funções se faz em uma ordem céfalo-caudal. A criança aos três meses controla a musculatura ocular extrínseca, aos seis meses a musculatura cervical, aos nove meses os músculos de tronco e mãos e assim por diante.
Achados normais que desaparecem após um certo período, sendo o seu reaparecimento sinal de doença:
• Reflexo tônico cervical de Magnus-Klejn e reflexo de retificação postural que desaparecem em torno do 1° a 2º mês de vida.
• Reflexo de Moro que desaparece até os quatro meses de vida.
• Sinal de Babinski bilateral presente até os 18 meses.
Achados normais que desaparecem e reaparecemcomo atividade voluntária:
• Reflexo de Preensão: involuntário nos primeiros 6 meses; voluntário ao longo do 2° semestre . 
• Reflexo de sucção.
• Reflexo da marcha.
Achados normais na criança que persistem no adulto:
• Reflexos profundos e, dos reflexos superficiais, o cutâneo-abdominal.
5. Reconhecer as fases e os mecanismos que levam ao desenvolvimento neuropsicomotor normal.
As aquisições motoras da criança ocorrem de forma intensa no primeiro ano de vida e resultam da interação contínua entre os potenciais biológico, genético e condições ambientais com seus aspectos psicossociais, culturais e econômicos. O desenvolvimento neuropsicomotor normal (DNPMN) é caracterizado pela maturação gradual do controle postural, pela integração dos reflexos primitivos e surgimento das reações normais de movimento (reações de retificação, equilíbrio e proteção). As etapas do DNPMN não são estáticas e cada etapa é preparatória das subsequentes. As idades em que são alcançados os marcos motores são dados estatísticos e servem como guias para o reconhecimento dos desvios da normalidade.
O neurodesenvolvimento infantil pode ser avaliado por setores:
Motricidade: inclui as atividades motoras amplas e a motricidade fina.
Cognitivo: inclui o desenvolvimento da linguagem e a capacidade de solução de problemas.
Psicossocial: inclui o desenvolvimento de habilidades adaptativas, interação social e o desenvolvimento emocional.​​
TBL - Quando falamos de desenvolvimento neuropsicomotor, estamos falando de, em ordem cronológica, identificarmos: a época de aparecimento de habilidades motoras, a aquisição de linguagem gestual e falada, o desenvolvimento do controle esfincteriano e o desenvolvimento socioafetivo da criança.
3. Caracterizar os métodos de avaliação da idade gestacional. (Capurro e New Ballard).
Por avaliar um número maior de características neurológicas, o método de New Ballard é a alternativa mais indicada para avaliação de recém-nascidos prematuros. Isso acontece porque o escore de Capurro baseia-se principalmente em fatores físicos e, em prematuros, a avaliação neurológica garante maior precisão da identificação da IG.
Através da análise de 6 parâmetros neurológicos (postura, ângulo de flexão do punho, retração do braço, ângulo poplíteo, sinal do xale, calcanhar-orelha) e 6 parâmetros físicos (pele, lanugo, superfície plantar, glândula mamária, olhos/orelhas, genital masculino, genital feminino), a cada um dos quais se atribui uma pontuação que na somatória determinará a estimativa da idade gestacional. Para obter um resultado com maior precisão, o exame físico do bebê deve ser realizado entre 12 e 20 horas após o nascimento.
4. Descrever os mecanismos de crescimento normal e as formas de avaliação (antropometria).
Na antropometria de crianças, utilizam-se preferencialmente os critérios peso, altura e perímetro cefálico. O peso corporal em crianças é fundamental para avaliação do crescimento, tem sensibilidade acurada e identifica agravos nutricionais de maneira precoce. A altura é um indicador de estado nutricional de longa duração. Quanto está afetada, o que ocorre lentamente, pode representar distúrbios nutricionais crônicos e nem sempre é recuperada em todo seu potencial. O perímetro cefálico reflete o crescimento cerebral, que é bastante acelerado até os 3 anos. Recomendam-se estes três parâmetros rotineiramente no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. 
O crescimento sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança.
Diminuição em cerca de 10% após o nascimento (eliminação de urina + mecônio + jejum); 
peso ao nascimento alcançado por volta do 10° a 14° dia; 
1o trimestre: 700 gramas/mês (25g/dia); 
2o trimestre: 600 gramas/mês (20g/dia); 
3o trimestre: 500 gramas/ mês (15g/dia); 
4o trimestre: 400 gramas/ mês (10g/dia); 
Dobra o peso do nascimento no 5o mês; 
Triplica o peso do nascimento no 12° mês; 
Após os dois anos de idade, o ganho é de 2 kg/ano até a idade de oito anos; 
Fórmula do peso de acordo com a idade de 3 aos 11 anos: Peso (kg) = Idade x 2 + 8
O recém nascido mede em torno de 50 cm; 
Crescimento de 15cm nos primeiros seis meses de vida (8-9cm no 1o trimestre, 6-7 cm no 2o trimestre); e 10cm no segundo semestre. 
Ao final do primeiro ano cresceu 50% do valor da altura ao nascimento. 
Até os três anos, a criança cresce mais 20 cm: 12,5 cm no 2o ano e 7,5 cm no 3o ano. 
A criança com 4 anos deve medir por volta de um metro;
A criança entre 2 e 5 anos cresce 7 cm/ano; 
A criança entre 6 a 12 anos cresce 6 cm/ ano ;
Perímetro Cefálico:
• O recém nascido nasce com perímetro cefálico de 35cm em média,
• Crescimento médio do crânio/semana: 0,5 cm/sem, nos primeiros dois meses; e 0,25 cm/sem, do segundo ao sexto mês (no 1o trimestre 6cm, no 2° trimestre 3cm, no 2o semestre 3 cm);
• Crescimento cefálico total médio: 5cm nos primeiros três meses; 4cm de três a seis meses; 2cm de seis a nove meses e lcm de nove meses a um ano.
6. Reconhecer a importância do aleitamento materno, como ele deve ser feito e as necessidades alimentares na infância.
Importância da amamentação - Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Definições - O aleitamento materno costuma ser classificado em:	
- Aleitamento materno exclusivo
- Aleitamento materno predominante
- Aleitamento materno: quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de estar recebendo ou não outros alimentos.
- Aleitamento materno complementado
- Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
Duração Ideal da Amamentação - amamentação exclusiva por aproximadamente seis meses e complementada até os dois anos ou mais.
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes, sendo inclusive mais energético nesse período. Além disso, o leite materno continua conferindo proteção contra doenças infecciosas. 
Vantagens da amamentação: Redução da mortalidade infantil, da morbidade por diarreia, da morbidade por infecção respiratória, de alergias e redução de doenças crônicas Além de conferir proteção contra diabete tipo 2 na nutriz.
Para boa técnica de amamentação, é importante que mãe e bebê estejam em posição confortável. Em pega ótima, os lábios do bebê ficam levemente voltados para fora. 
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação: bochechas do bebê encovadas a cada sucção, ruídos da língua, mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada, mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama e dor durante a amamentação. 
7. Reconhecer as consequências das principais carências alimentares e nutricionais na 1ª infância e a oferta de alimentos inadequados.
As doenças carenciais aumentam a suscetibilidade das crianças a diarreias e infecções, além de poder comprometer a maturação do sistema nervoso, visual, mental e intelectual. No Brasil, as deficiências de ferro e vitamina A são as carências de micronutrientes mais observadas e representam um problema de saúde pública. 
Com a transição nutricional, o sobrepeso e a obesidade, que refletem o consumo excessivo de energia e/ou gasto energético insuficiente, têm apresentado prevalências elevadas na população infantil brasileira.
Crianças que apresentam consumo alimentar inadequado desde a infância tende ao desenvolvimento precoce de sobrepeso e obesidade, além deoutras doenças crônicas associadas.
Carências Alimentares e Nutricionais na Primeira Infância
Anemias Carênciais - Anemia Ferropriva; Anemia por deficiência de Vitamina B12; Anemia por deficiência de Ácido Fólico.
Carências de Vitaminas 
- Hipovitaminose A -> xeroftalmia (evoluindo para úlcera de córnea e cegueira). 
- Carência de Vitamina D (D2/D3) -> raquitismo (desmineralização óssea). 
- Carência de Vitamina E -> anemia hemolítica, trombocitose, edema de pálpebras, MMII e genitais. Neuropatia periférica, oftalmoplegia e ataxia 
- Carência de Vitamina K -> fenômenos hemorrágicos.
Carências de Minerais
-Ferro -> anemias carenciais (ferroprivas). 
-Sódio -> hiponatremia. Principal eletrólito do líquido extracelular. Fraqueza, astenia, cefaléia, taquicardia, hipotensão ortostática e pele com diminuição de turvos e elasticidade. 
-Cloreto -> geralmente associada a de sódio, cursa especialmente com espasmos musculares. 
-Potássio -> hipocalemia. Astenia, vômitos, fraqueza, câimbras e diminuição do peristaltismo.
-Magnésio -> geralmente associada a outras carências. Vômitos, irritabilidade, tremores,tetania, hiper-reflexia, convulsões e coma. 
-Cálcio ->inúmeras funções fisiológicas essenciais que incluem a coagulação sanguínea, comunicação celular, exocitose, endocitose, contração muscular e a transmissão neuromuscular. 
-Iodo -> bócio simples, hipotireoidismo e até mesmo cretinismo. 
-Fósforo -> alteração do crescimento, osteomalácia, miopatia proximal, miocardiopatia, arritmias e trombocitopenia. Rara hipofosfatemia carencial.
-Cobre -> extremamente rara, cursando com anemia, leucopenia e neutropenia. 
-Selênio -> relacionado à dislipdemia e à doenças cardíacas. 
-Cromo -> intolerância à glicose, perda de peso, neuropatia, elevação do colesterol e triglicérides. 
-Zinco -> prejuízos dos mecanismos de defesa do corpo, como atrofia do tecido linfóide.
8. Relacionar condições socioeconômicas e culturais com o crescimento e desenvolvimento infantis.
Entre os fatores socioeconômicos que sistematicamente são evidenciados, está a renda per capita que também desempenha um importante papel no crescimento infantil, representando, portanto, um aspecto primordial a ser considerado. 
Muitas vezes, a influência da renda familiar sobre o estado de saúde e nutrição da criança é relativizada por outros determinantes, como educação, tipo de moradia, saneamento, acesso aos serviços de saúde, bens de consumo, dentre outros. A classe social, a renda familiar per capita, a escolaridade dos pais, as condições da habitação e o saneamento foram os fatores que se associaram significativamente com o risco de retardo do crescimento. 
9. Reconhecer a importância da puericultura para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
A puericultura consiste em consultas regulares ao pediatra que tem como finalidade a supervisão do crescimento, desenvolvimento e atuação do pediatra em eventuais situações.
Acões preventivas que correspondem ao atendimento de peuricultura: Higiene física, higiene anti-infecciosa, higiene mental, higiene do crescimento, Higiene alimentar.
10.Reconhecer a aplicação dos programas de vigilância nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN).
(SISVAN) é um método não invasivo, simples, barato e, se procedido da maneira correta, eficaz. A determinação do estado nutricional, por meio da antropometria, dá indicadores confiáveis para a elaboração de programas direcionados aos problemas mais frequentes. O escore Z significa, o número de desvios-padrão (DP) que o dado obtido está afastado de sua mediana de referência.
TUTORIA 3 
1 - Relacionar saúde materna fetal com assistência pré-natal e fatores de risco para malformação e prematuridade.
Relação entre saúde materna fetal com assistência pré-natal – A assistência pré-natal se tornou parte da rotina diária de uma gestante ao nível das políticas governamentais por ser uma promoção de saúde de atendimento básico. A utilização do diagnóstico pré-natal é essencial para avaliação e manutenção da saúde materno-fetal. Essa assistência verifica o desenvolvimento do feto e analisa fatores como medidas, sexo e condições anômalas.
Fatores de risco para malformação congênita (MC) – MC compreende qualquer defeito na constituição de algum órgão ou conjunto de órgãos que determine uma anomalia morfológica estrutural ou funcional, presente ao nascimento ou não, causado por fatores genéticos, ambientais ou mistos.
Causas comuns: genéticas (anomalias cromossômicas), ambientais (teratógenos) e multifatoriais ou mistas (genética e ambiental). As populações estão expostas aos riscos de conceberem fetos malformados, no entanto a probabilidade de suas ocorrências irá variar de acordo com fatores como a raça, doenças pré-existentes, as condições socioeconômicas e ambientais das mulheres grávidas, entre outros.
Fatores teratogênicos causadores de malformações, que podem ser classificados em categorias: agentes químicos (drogas lícitas, ilícitas, medicamentos e substâncias químicas), agentes biológicos (infecções) e agentes físicos (radiação ionizante e temperatura).
Fatores relacionados com a anomalia congênita são da seguinte ordem: condições socioeconômicas, deficiências nutricionais, causas ambientais relacionadas à radiação ionizante, ao metil-mercúrio e ao chumbo; determinados fármacos, alcoolismo, rubéola, sífilis congênita e outras doenças maternas, traumatismos, distúrbios genéticos, e a idade da mãe.
Fatores de risco para prematuridade:
São fatores maternos de risco para malformação congênita: Diabetes mellitus, uso de álcool e drogas, carência de ácido fólico, rubéola na gestação, história familiar de síndromes de caráter hereditário.
PERÍODO CRRÍTICO - O estágio de desenvolvimento que o embrião encontra um fármaco ou agente determina sua susceptibilidade ao teratógeno.
2 - Identificar a importância do acompanhamento pré-natal na prevenção e identificação de malformações congênitas 
- A realização do pré-natal representa papel fundamental em termos de prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.
Exames Laboratoriais 1ª Trimestre
Hemograma; Tipagem Sanguínea; Glicemia de Jejum;Sorologias (HIV / VDRL / HBsAG / HCV);Toxoplasmose IgG/ IgM; Rubéola IgG / IgM; TSH; Vitamina D (25 OH);Parcial de Urina / Urocultura com TSA, Coombs Indireto
Solicitar entre 24ª a 28ª semana Solicitar entre 33ª a 35ª semana
Ultrassonografia na gestação
1ª Trimestre - Entre 11 a 13 semanas
2ª Trimestre - Entre 20 a 24 semanas
3ª Trimestre - Para avaliar Peso, ILA, apresentação.
Então o que devo fazer no pré-natal como médico?
- Estimar precocemente a IG, prevendo a DPP; 
- Vigiar a nutrição materna, o crescimento e a vitalidade fetal;
- Orientar a gestante sobre as transformações e eventos da gravidez, do parto e do puerpério; 
- Preparar a mulher para o exercício da maternidade;
- Avaliar riscos potenciais a cada consulta; 
- Prevenir complicações antes que elas ocorram ou detectá-las precocemente; 
- Discutir com a mulher, após o parto, seu planejamento reprodutivo.
3 - Explicar as formas de atuação dos agentes que causam malformações congênitas.
- A maioria das anomalias resulta de uma interação de fatores genéticos e cromossômicos, e fatores ambientais.
- Anomalias causadas por fatores ambientais: A .infeccioso, A. químico e A teratogênicos.
- Agente infeccioso - existem 3 vírus teratógenos em humanos, são eles: o vírus da rubéola, o citomegalovírus e o herpes simples.
- Agentes químicos – Álcool: a ingestão do álcool pela gestante provoca vários distúrbios tais como: alterações na transferência placentária de aminoácidos essenciais; hipoxia fetal crônica por vasoconstricção dos vasos placentários e umbilicais; proliferação celular indiferenciada em todo o sistema nervoso central; disfunção hormonal em todas as glândulas de secreção interna; acúmulo de etil-ésteres de ácidos graxos nos vários tecidos do feto secundárioa imaturidade das enzimas hepáticas. As consequências finais são o atraso no crescimento intrauterino e a ocorrência de malformações congênitas.
Tabagismo: . A nicotina causa vasoconstricção dos vasos do útero e da placenta, reduzindo o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio e nutrientes para o feto – retardo de crescimento intra-uterino.
- Drogas Ilícitas que causam retardo mental e do crescimento, e quando usados em excessos outras anomalias.
- Agentes físicos: A Radiação pode lesar células dos embriões, levando a morte celular, lesão de cromossomos e retardo do desenvolvimento mental e do crescimento físico. Depende da dose e o tempo de exposição.
- Agentes teratogênicos: podem matar o embrião ou causar anormalidades cromossômicas que podem dar origem a malformações congênitas.
4 - Relacionar as principais causas de prematuridade com suas consequências para o crescimento e desenvolvimento infantil.
As consequências da prematuridade - problemas no desenvolvimento psicológico, situações de paralisia cerebral, surdez e deficiência mental. O crescimento físico, o desenvolvimento cognitivo, o comportamento (agitação, impaciência, inquietude) e a aprendizagem são algumas das áreas de risco de desenvolvimento. Segundo Barros (2002) alguns dos problemas com os quais nos podemos confrontar são: imaturidade pulmonar, deficiências auditivas, visuais, perturbações neurológicas, paralisia cerebral, dificuldades sensoriais, dificuldades de aprendizagem; no domínio psicológico podemos encontrar bebes com menos competências comunicacionais, fato este que compromete a própria vinculação.
5 - Reconhecer as principais causas de retardo/restrição do crescimento intrauterino.
Dois principais fatores que impedem o crescimento fetal são a nutrição inadequada e a capacidade uterina insuficiente.
Existem múltiplos fatores etiológicos de restrição de crescimento fetal, envolvendo mecanismos complexos, que dificultam a compreensão da sua fisiopatologia. Dentre eles destacam-se os maternos, fetais e placentários.
Fatores maternos: idade, raça, altura, baixo nível socioeconômico e cultural, má adaptação cardiovascular, transtornos do estado nutricional, baixo peso pré-gestacional ou ganho insuficiente de peso durante a gestação, altitude elevada, paridade, duração da gestação, tabagismo, abuso de álcool, uso de drogas ilícitas ou teratogênicas, cirurgia bariátrica, hemoglobinopatias, anemias, doenças hipertensivas, diabetes complicado por vasculopatias, lúpus eritematoso sistêmico, doenças renais crônicas, trombofilias, cardiopatias cianóticas, doenças intersticiais pulmonares e irradiação. 
Fatores fetais: o crescimento fetal é determinado primariamente pelo potencial genético, que pode ser bloqueado, modificado ou desviado por um conjunto de fatores que atuam sobre o metabolismo fetal e o processo organogenético, reduzindo a taxa de utilização de nutrientes por unidade de peso e diminuindo permanentemente o número de células. Também estão relacionadas entre as causas fetais as infecções como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis e malária. 
Fatores placentários: a insuficiência vascular uteroplacentária diminui o fluxo e determina o RCIU por mecanismos como redução da pressão de perfusão, aumento da resistência vascular placentária e diminuição da superfície vascular de trocas. Pode ocorrer em condições como artéria umbilical única, anormalidade uterina (útero bicorno, septado), anormalidade do sítio de implantação (placenta prévia), placenta circunvalada, inserção velamentosa de cordão umbilical, tumores (corioangioma), síndrome de transfusão fetal, mosaico placentário e infartos da placenta. 
6 - Relacionar os aspectos ambientais e o saneamento básico na gênese e recorrência de doenças no período perinatal.
As afecções perinatais são a principal causa do óbito infantil no Brasil e estão relacionadas principalmente a inadequação ou inexistência de acompanhamento pré-natal e capacidade de resolução no âmbito hospitalar. Dentre os principais determinantes do óbito infantil no Brasil, estão as condições sócio-econômicas, sendo a mortalidade infantil concentrada em populações marcadas pela desigualdade social de forma ampla.
Na grande maioria dos casos, os mais afetados pela falta de saneamento básico acabam sendo as crianças, em geral os menores de cinco anos de idade, que não sobrevivem aos quadros de diarreias fortíssimos.
TUTORIA 4 
1 - Reconhecer as taxas de morbimortalidade infantil, como elas são utilizadas para avaliar a qualidade de vida infantil e suas modificações nas últimas décadas no Brasil.
Mortalidade infantil - Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Morbidade – Refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado intervalo de tempo. Denota-se morbidade ao comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população exposta. 
- Estima o risco de um nascido vivo morrer durante o seu primeiro ano de vida.
- As taxas de mortalidade infantil são geralmente classificadas em altas (50 ou mais), médias (20-49) e baixas (menos de 20), em função da proximidade ou distância de valores já alcançados em sociedades mais desenvolvidas. Esses parâmetros devem ser periodicamente ajustados às mudanças verificadas no perfil epidemiológico.
- Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos níveis de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida. 
a Taxa de Mortalidade Infantil é um dos principais indicadores das ações na área da saúde pública. Por meio dela, é possível refletir e avaliar não apenas a saúde infantil, mas as condições de vida de uma população.
2 - Analisar os indicadores de mortalidade infantil no Brasil nas últimas décadas.
Por ordem crescente, as principais causas de mortalidade infantil atualmente no Brasil são:	
Prematuridade; Anomalias Congênitas; Asfixia e Trauma no Nascimento; Infecções Neonatais e Sepse; Infecções de Trato Respiratório Superior.
3 - Reconhecer a epidemiologia das principais doenças infecciosas na infância e suas consequências para o crescimento e desenvolvimento infantil (diarreia, IVAS, bronquiolite, pneumonia e outras).
O processo de crescimento está influenciado por fatores intrínsecos (genéticos) e extrínsecos (ambientais), dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança, que atuam acelerando ou retardando esse processo.
Outras variáveis para o crescimento infantil são as biológicas maternas (peso, altura e idade), as de morbidade (infecções diarréicas e respiratórias), as relacionadas com a alimentação infantil (aleitamento materno, alimentação pós-desmame, ingestão de micronutrientes, etc,) e aquelas de acesso à saúde (incluindo imunizações e internações hospitalares) entre outras.
As enfermidades infecciosas também têm sido relacionadas como fatores de risco com repercussões sobre o ganho de peso e de comprimento infantil. Episódios de diarreia frequentes e prolongados podem levar a déficits no crescimento linear. 
Em relação a doenças comuns na infância e hospitalização, temos: 
Diarréia e pneumonia - estudos mostram que crianças que tiveram internações por tais causas apresentaram crescimento pondero estatural desacelerado em relação à média populacional, havendo relação entre estado nutricional e as citadas doenças.
4) Definir doença exantemática e reconhecer a epidemiologia das doenças exantemáticas prevalentes na infância.
Exantema é uma erupção geralmente avermelhada que aparece na pele devido à dilatação dos vasos sanguíneos ou inflamação. Sua causa pode ser infecciosa, alérgica, tóxica, física, etc. Os exantemas podem se manifestar desde manchas planas até pequenas vesículas ou bolhas. 
Doenças exantemáticas, também conhecidas como febres eruptivas, são as doenças infecciosas agudas que têm como principal característica o exantema. São bastante comuns, principalmente na infância, e sua principal importância é que algumas delas apresentamalto risco de contágio e de potenciais complicações. Podem-se prevenir algumas doenças exantemáticas através da vacinação e evitando contato com doentes.
· Alguns exemplos de doenças exantemáticas infecciosas são: sarampo, escarlatina, rubéola, eritema infeccioso, exantema súbito e varicela. As alérgicas manifestam-se como urticárias, vermelhidão ou pequenos carocinhos ou bolhas na pele.
Sarampo: Contaminação por via respiratória.
· Incubação de uma a duas semanas.
· Pródromos (3 a 5 dias): febre alta, coriza, tosse, conjuntivite. Diarréia e anorexia. 
· Patognomônio: Sinal de Koplik (manchas esbranquicadas em mucosa oral).
· Quadro: exantema maculo papular (3ª -7ª dia) de início retroauricular e progressão crânio-caudal.
· Laboratório: IgM reagente fase aguda, Isolamento viral em secreções, soro e urina.
· Tratamento: Vitamina A e sintomáticos.
· Notificação compulsória em casos suspeitos: exantema + febre associado à coriza, tosse e conjuntivite.
Complicações: respiratórias e neurológicas
Escarlatina: Causada pelo Streptococo B-hemolítico do Grupo A.
· Incubação de dois a cinco dias. Transmissão do início dos sintomas até 48h de ATB.
· Febre alta, mal estar, adenomegalia submandibular e cervical. Exantema difuso, papular e áspero. 
Palidez perioral (sinal de Filatov). Língua com papilas edemaciadas e eritematosas (Língua em Framboesa). 
· Geralmente associado à amigdalite.
· Diagnóstico clínico. Possível cultura de Streptococcus em orofaringe.
· Tratamento: Penicilina Benzatina, Amoxacilina ou Eritromicina.
· 
Varicela (catapora) - pelo vírus varicela-zoster através da secreção das vesículas ou das vias respiratórias.
· Incubação de 14 a 21 dias. Transmissão do 2ª dia antes de aparecer o exantema até o 5ª dia após desaparecer (lesões em crosta).
· Pródromos leves de febre e mal estar. Pruriginosa.
· Exantema inicial em face, tronco e couro cabeludo. Evolução em másculas, pápulas, vesículas e crostas. 
· Aspecto polimorfo (lesões em vários estágios na mesma área).
· Curso benigno quase sempre.
· Diagnóstico clínico.
· Tratamento sintomático e ATB em infecção secundária. Aciclovir em grupos de risco. 
 
· Meningococcemia - Infecção bacteriana aguda, grave e rapidamente fatal.
· Causada por 
· Tríade: meningismo, rash cutâneo e alterações do nível de consciência.
· Início súbito: febre, calafrios, mal estar, mialgia, dor em membros, prostração e um rash maculopapular, petequial ou purpúrico.
· Mortalidade chega a 50% quando evolui com púrpura.
· Diagnóstico: culturas de sangue e líquor.
· Tratamento: suporte de vida + cefalosporinas de terceira geração.
 
Exantemas agudos na infância:
 
 Rubéola
- Via de Transmissão: por via respiratória, através de gotículas contaminadas
- Período de Incubação: 14 a 21 dias
- Manifestações Prodrômicas: em crianças não existem pródromos da doença, mas em adolescentes e adultos, o exantema pode ser precedido por 1 ou 2 dias de mal-estar, febre baixa, dor de garganta e coriza discreta.
- Manifestações Clínicas: 7 dias antes da erupção cutânea, percebe-se um aumento dos gânglios cervicais, retroauriculares e occiptais. As lesões cutâneas são máculo-papulosas, de coloração rósea e às vezes confluentes. Iniciam na face, pescoço, tronco, membros superiores e inferiores em menos de 24 horas. Na maioria dos casos, a erupção permanece por 3 dias. Existem muitos indivíduos que apresentam a infecção inaparente.
- Período de Transmissibilidade: começa 1 semana antes do aparecimento de exantema até 5 dias após o início da erupção cutânea.
- Importante: por ser uma doença teratogênica, recomenda-se que os indivíduos acometidos fiquem em casa evitando o contágio de mulheres grávidas.
Caxumba (Parotidite Epidêmica)
- Via de Transmissão: por via respiratória, através de gotículas contaminadas e contato oral com utensílios contaminados.
- Período de Incubação: 14 a 21 dias
- Manifestações Prodrômicas: passa desapercebido, só se notando a doença quando aparecem dor e edema da glândula.
- Manifestações Clínicas: aumento das parótidas, que é uma glândula situada no ramo ascendente da mandíbula. Pode afetar um ou ambos os lados do rosto. Irá se apresentar mole, dolorosa a palpação, sem sinais inflamatórios e sem limites nítidos. Com o edema da parótida há uma elevação da febre e dor de garganta. 
- Período de Transmissibilidade: 3 dias antes do edema da parótida, até 7 dias depois do inchaço ter diminuído.
- Importante: recomenda-se o repouso, sendo obrigatório para adolescentes e adultos, principalmente do sexo masculino.
- Doença infecciosa endêmica e epidêmica, de origem bacteriana, sendo uma importante causa de morbi-mortalidade em crianças de baixa idade, principalmente em crianças não-imunizadas. Sua imunidade, também, parece ser permanente após a doença e não há influência sazonal evidente nos picos de incidência.
Coqueluche
- Via de Transmissão: contato direto através da via respiratória.
- Período de Incubação: varia entre 6 e 20 dias
- Manifestações Clínicas: dura de 6 a 8 semanas, sendo que o quadro clínico depende da idade e grau de imunização do indivíduo. É dividida em estadios: (1) Estádio catarral - dura de 1 a 2 semanas e é o período de maior contagiosidade. Caracterizado por secreção nasal, lacrimejamento, tosse discreta, congestão conjutival e febre baixa. (2) Estádio paroxístico - dura de 1 a 4 semanas (ou mais). Há uma intensificação da tosse manifestada em crises, frequentemente mais numerosas durante a noite. (3) Estádio de convalescença - acessos são menos intensos e menos frequentes.
- Importante: por ser uma patologia bacteriana faz-se necessário a introdução de antibioticoterapia e isolamento respiratório por 5 dias após o início da administração medicamentosa, ou por 3 semanas após o começo do estádio paroxístico, se a antibioticoterapia for contra-indicada. Faz-se necessário a hospitalização de lactentes com problemas importantes na alimentação, crises de apnéia e cianose, e pacientes com complicações graves.
- Procurar evitar fatores desencadeantes de crises como temor, decúbito baixo, permanência em recintos fechados e exercícios físicos. Procurar manter nutrição e hidratação adequada.
4 - Relacionar o estatuto da criança e do adolescente (ECA) com a violência na infância (trabalho infantil, maus tratos e direito a saúde e educação).
Artigo 4º – É dever da família, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
- Quer dizer que todos — família, sociedade, igreja e os poderes públicos — devem garantir à criança os seus direitos. E a garantia desses direitos deve ser de absoluta prioridade. Isso significa que, se um adulto ou uma criança estiverem exigindo seu direito sobre uma mesma coisa, esse direito deve ser dado, em primeiro lugar, para a criança.
Artigo 5º – Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo, na forma da lei, qualquer atentado, por ação ou omissão aos seus direitos fundamentais.
- Quer dizer é que qualquer atitude que cause alguma espécie de dano à criança (psicológico, físico ou emocional) será punida, desde que tenha sido denunciada.
Tirar, efetivamente, o ECA do papel e aplicá-lo em nosso dia-a-dia é um desafio e um esforço continuado do pessoal envolvido diretamente na assistência à população infanto-juvenil.
5 - Reconhecer a responsabilidade social do educador e do médico na identificação e prevenção da violência na infância.
A notificação dos maus-tratos praticados contra crianças e adolescentes é obrigatória por lei federal, portanto, essa obrigatoriedade se estende a todo o território nacional.
“Segundo o ECA, em seu art. 13, os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos devem ser obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade demoradia da vítima”, por “qualquer cidadão que é testemunha ou tome conhecimento e tenha provas de violações dos direitos de crianças e adolescentes”.
É uma infração administrativa a não comunicação desses eventos por médicos, professores ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche à autoridade competente, sujeita a multa de 3 a 20 salários de referência.
Os indicadores orgânicos das vítimas de negligencia são: doenças reincidentes; desnutrição; falta de higiene; roupas inadequadas ao clima; baixo desenvolvimento. Têm comportamentos extremos como agitado ou calmo demais; comportamentos imaturos para a idade; falta e atraso constante a escola e muitas vezes apresentam comportamentos depressivos. 
A família é passiva e apática.
A família da vítima evita que a mesma se relacione com a comunidade;
Indicadores físicos que encontramos nas vítimas de violência psicológica são distúrbios no sono; dificuldade para falar; comportamentos imaturos; urina na cama; falta de apetite e outros problemas de saúde como obesidade, alergias, etc.
Conduta a ser tomada quando atendemos crianças com suspeita de agressão : Preencher a ficha de notificação e encaminhar, notificar rapidamente ao Conselho Tutelar e anexar cópia da ficha ao prontuário.
6 - Identificar os programas de saúde pública e os indicadores de cobertura para diminuição das taxas de morbimortalidade infantil.
A redução da mortalidade infantil e os programas do governo se dá por dois indutores básicos: a transferência de renda e a atenção à saúde básica. “A transferência de renda está diretamente ligada à nutrição. Quando se transfere renda, a primeira coisa que as famílias tendem a investir é em alimentação. E a desnutrição é um dos fatores de forte influência sobre a mortalidade infantil. A segunda investida é em moradia. Quando uma pessoa começa a melhorar, a sair da pobreza, uma das prioridades é procurar casa melhor, com acesso à água corrente, esgoto, material durável, enfim, saneamento básico, outra condicionante essencial para a redução dos índices de mortalidade.
TUTORIA 5 
1 - Descrever as etapas do desenvolvimento do sistema imunológico a partir da vida intrauterina.
O sistema imune surge no embrião associado ao intestino. As células tronco pluripotenciais hematopoéticas aparecem 1ª no saco vitelino 2,5ª -3ª semana de gestação e migram para o fígado fetal na 5ª semana gestacional. Após, passam a residir permanentemente na medula óssea. As células tronco-linfoides desenvolvem-se destas células precursoras e diferenciam-se em células T, B ou NK, de acordo com os órgãos ou tecidos para os quais as células primordiais migram.
 
Órgãos linfoides primários (timo e medula óssea) desenvolvem-se em meio a 1ª trimestre de gestação.
Órgãos linfoides secundários (baço, linfonodos, tonsilas, placas de payer e lâmina própria) desenvolvem-se logo após os primários – Estes que continuaram a ser locais de diferenciação de linfócitos T, B e NK a partir de células tronco por toda a vida.
A imunidade pode ser classificada em inata (inespecífica) ou adquirida (específica), que, por sua vez, é dividida em imunidade humoral e celular. As vacinas atuam estimulando a imunidade específica, que é exercida por meio de anticorpos (imunidade humoral) e de linfócitos com função efetora (imunidade celular).
A imunidade inata é a primeira linha de defesa na exposição a um agente infeccioso e é ativada independente do contato prévio com antígenos. Ela é composta de barreiras epiteliais (pele e mucosas), citocinas, proteínas do sistema complemento e das células circulantes (fagócitos e células natural killer).
A resposta imune adaptativa divide-se em resposta mediada por células (linfócitos T E B) e resposta mediada por anticorpos (imunoglobulinas).
IgM – taxa maior após o nascimento. Níveis do adulto por volta de 1 ano de idade.
IgA – é detectada pela 1ª vez em torno do 13ª dia de vida, aumentando gradualmente no início da infância até atingirem os valores do adulto entre 6 a 7 anos de idade.
IgG – No cordão umbilical contém maior concentração que a do soro materno. A IgG materna começa a desaparecer gradualmente nos 1ª 6 a 8 meses de vida, enquanto a taxa de síntese de IgG do lactente aumenta. Taxas dos adulto são atingidas em torno de 7 a 8 anos de idade.
IgE acompanha a taxa de IgA.
O leite materno é um exemplo importante de transferência de imunidade passiva no período pós-natal. Ele possui funções antimicrobianas, anti-inflamatórias e imunorreguladoras. Contém a IgA secretora, que coloniza o trato gastrintestinal e respiratório do neonato, células ativas (fagócitos, células natural killer e linfócitos), citocinas (IL-4, IL-6, IL-8, IL-10) além de lisozima, lactoferrina, peroxidase e lípides antimicrobianos.
2- Identificar as formas de imunização disponíveis.
Imunidade ativa – Natural: doença
 Artificial: Vacina
imunidade passiva – Natural: leite materno, transferência placentária
 Artificial: Soro (antiofídico...) imunoglobulinas.
As vacinas, em princípio, são muito superiores às imunoglobulinas. A principal vantagem das imunoglobulinas é a rapidez de proteção por elas conferida.
Muitas vezes, a indicação de imunização passiva decorre de falha no cumprimento do calendário vacinal de rotina, como, por exemplo, após ferimentos (tétano) ou acidentes por instrumentos perfurocortantes em hospitais e clínicas (hepatite B).
As vacinas podem ser vivas ou não vivas. 
- As vacinas vivas são constituídas de micro-organismos atenuados. Provocam infecção similar à natural. Promovem proteção mais completa e duradoura, pois simulam a doença natural e induzem resposta imunológica tanto celular (TH1) quanto humoral (TH17), com uma única dose. Além disso, podem estimular fortemente a imunidade secretória (p.ex., a vacina oral viva contra poliomielite). Sua desvantagem é o risco de provocar doença em pacientes com imunocomprometimentos graves, nos quais estão contraindicadas.
- As vacinas não vivas são obtidas de diversos modos, podendo ser, por exemplo, constituídas por micro-organismos inativados (coqueluche), toxinas inativadas (difteria e tétano), vacinas de subunidades (influenza), de componentes purificados (coqueluche acelular), obtidas por engenharia genética (hepatite B, papiloma), ou constituídas por polissacarídios capsulares (pneumocócica ou meningocócica polissacarídicas).
3- Diferenciar as respostas vacinais de acordo com os diferentes tipos de imunógenos.
Mecanismo de ação das vacinas - As vacinas são eficazes em razão da imunidade adaptativa e da memória imune.
Células B de memória - o contato com o patógeno estimula a proliferação e a diferenciação das células B para produzirem grande quantidade de anticorpos. Do mesmo modo, o contato de células B de memória com patógenos seria importante para aumentar a quantidade de plasmócitos e as concentrações séricas de anticorpos no próximo encontro com o patógeno. As células T de memória efetoras são encontradas em tecidos periféricos, onde respondem de imediato ao contato de células infectadas por patógenos com atividades efetoras. As células T de memória centrais são encontradas principalmente em linfonodos, onde respondem ao contato de patógenos com expansão e diferenciação em efetores. A memória das células T consta de respostas de células T CD8+ e CD4+. 
Sem dúvida, as respostas das células T são mais pertinentes nas infecções virais, parasitoses e infecções bacterianas intracelulares.
O melhor correlato da proteção de muitas vacinas atuais é o anticorpo e é provável que, nesses casos, o anticorpo seja o mecanismo mais importante da resistência à doença induzida por vacina. Isso é compatível com a ideia de que as células T são a maior contribuição para a imunidade viral durante a infecção primária e os anticorpos durante a infecção secundária.
Vacinas polissacarídicasconjugadas - geram memória imunológica, acarretando aumento dos anticorpos após dose de reforço.
As vacinas virais e bacterianas, atenuadas ou inativadas, são eficazes e estimulam a produção de células de memória (antígenos T-dependente). As vacinas que estimulam as células de memória têm uma grande vantagem, pois – em situações de atraso no cumprimento do calendário vacinal – não haverá necessidade de recomeçar o esquema vacinal. No entanto, é importante salientar que, durante o período em que as pessoas não estiverem com o esquema vacinal completo, elas não estarão protegidas. É importante que o antígeno vacinal seja aplicado o mais precocemente possível, antes que a pessoa entre em contato com o agente infeccioso. A vacina aplicada irá estimular a produção de anticorpos específicos e a produção de células de memória (resposta primária).
Tais células permitirão a rápida produção de anticorpos específicos no momento da exposição ao agente causador da doença (resposta secundária). Assim, na reexposição, a resposta será mais rápida e mais potente, prevenindo a doença.
4- Discutir a organização do calendário nacional de imunização infantil. 
CONTRA INDICAÇÕES DE APLICAR AS VACINAS
5- Descrever as formas de transporte placentário relacionados à imunidade.
Imunidade Passiva Materna - Os recém-nascidos e lactentes são parcialmente protegidos pela imunidade passiva materna, ou seja, pela transferência transplacentária de IgG materna durante a gestação. A transferência de IgG ocorre predominantemente no último trimestre da gestação e a concentração de IgG fetal após 34 semanas é igual ou superior à materna. A quantidade de IgG sintetizada pela criança iguala-se à adquirida da mãe em torno dos 2 meses de vida. Como a meia-vida da IgG é de 21 dias, por volta dos 10 a 12 meses de vida praticamente toda a IgG derivada da mãe já foi catabolizada.
A concentração de IgM aumenta rapidamente no 1ª mês de vida e mais gradualmente ao longo da infância, provavelmente em decorrência da colonização intestinal e de outros estímulos antigênicos. Em torno de 1 ano de idade, a concentração de IgM corresponde a 60% daquela observada em adultos.
A IgA está presente no soro e nas secreções e é o isotipo produzido em maior quantidade. A concentração de IgA no soro atinge 20% dos valores de adultos aos 12 meses de vida e aumenta progressivamente até a adolescência. A IgA secretora está presente na saliva de recém-nascidos 10 dias após o nascimento.
A síntese de IgE é detectada precocemente no feto, a partir da 11a semana gestacional, mas os níveis no sangue do cordão umbilical são muito baixos.
Os diferentes componentes da resposta imune inata atingem a maturação completa até os 2 anos de idade, enquanto o desenvolvimento de resposta imune adaptativa similar à de adultos ocorrerá somente ao final da infância.

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