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Profª Renata Q. Nascimento Prescrição em Terapia Nutricional Enteral e indicadoresde qualidade Determinação dos parâmetros de avaliação nutricional para análise e cálculo doVET Triagemnutricional:ASGouNRS Peso/altura/IMC,etc Peso habitual - %PP nãointencional Idade / sexo Semiologia nutricional (dados clínicos e examefísico) Examelaboratorial ComposiçãoCorporal - Definir diagnóstico nutricional: Bem nutrido, risco nutricional, DEP leve, DEP moderada, DEP grave,obesidade? Adaptado de GUERRA, P.P. Protocolos de suporte nutricional parenteral e enteral, 2002. NÃO DEVEM SERUTILIZADOS: Albumina, Pré-albumina, antropometria em paciente critico (UTI). AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Avaliação da perda ponderal Ingestão alim entar Severidade da doença e c o - morbidades Funciona- mento do TGI ESTABELECER O PESO A SER UTILIZADO NOS CÁLCULOS Peso atual (PA) caso não tenha havido perda de peso. Peso usual (PU) ou desejado (PD) caso tenha ocorrido perda de peso. No paciente obeso - > usar peso corrigido (PC): PC = PI + [(PA-PI) X 0,25] Quando não sabe o PU nem PA - > usar peso ideal (PI): ENERGIA 25 – 30 Kcal / Kg / dia IMC >30 11-14 kcal/kg Peso atual 22-25 kcal/kg Peso ideal PI x PAj PROTEÍNA IMC < 30: 1,2 – 2,0 g / Kg PA / dia ↑ queimaduras e politrauma Relação Kcal /gN: 70 – 100:1 Pct em TNE: Se não atingir 100% do VET após 7 – 10 dias → considerar NPT complementar (E) Considerar medicações Iniciar NPT antes de 7 – 10 dias → não melhora desfecho e agrega riscos (C) ASPEN, 2009 Estimativa de Kcal por Kg de pesocorpóreo “Fórmula de bolso” Ferranini, 1988;Patino, 2000 Situação Kcal/Kg peso Estável 20-22 Perda depeso 20-25 Manutenção de peso 25-30 Ganho de peso 30-35 Cirurgiaeletiva 32 Politraumatismo 35-40 Sepse 25-30* (20-25) Determinação doGET ASPEN Situação Kcal/Kg peso Cirrose 25 – 30 DII 25 – 30 Câncer 25 – 35 SIDA 25 – 50 InsuficiênciaRenal (com restriçãoprotéica) 30 – 45 InsuficiênciaRenal (sem restriçãoprotéica) 30 – 35 Fator injúria HB Pequena cirurgia:1,2 Pancreatite: 1,3 a1,5 Cirurgia eletiva: 1 a1,2 Sepse: 1,4 a1,8 Pós-operatório: 1 a1,5 Câncer: 1,1 a1,45 Peritonite: 1,2 a1,5 Infecção grave: 1,3 a1,35 Pequeno trauma de tecido: 1,14 a1,37 Pós-operatório de cirurgia cardíaca: 1,2 a1,5 Fraturas múltiplas: 1,2 a1,35 Jejum: 0,85 a1,0 Crohn em atividade:1,75 Desnutrição grave:1,5 Retocolite; SIC:1,75 Queimaduras: • Até 20%: 1 a1,5 • 20-40%: 1,5 a1,85 • 40-100%: 1,85 a2,05 Determinação dosmacronutrientes CARBOIDRATOS Carboidratos: 50 a 60% VET Atentar para níveis mínimos para manutenção do SNC: 100 a 150g/dia Níveis máximos (prevenção de hiperglicemia): até 5g/KgP/dia Diminuir oferta de carboidratoscomplexos Evitar lactose Determinação dos macronutrientes FIBRAS 20-35g/dia Manter proporção sobre os dois tipos de fibras 75% insolúvel e 25%solúvel FOS : 5-10g/dia →manutenção da floranormal 12,5 -20g/dia → recuperação debifidobactérias PROTEÍNA Determinação das gramas deproteínas Sem estresse: 0,8 a1,0g/Kg/dia Com estresse: 1,5 a2,0g/Kg/dia Sepse: 1,7 a2,0g/Kg/dia Proteína GUERRA, P.P. Protocolos de suporte nutricional parenteral e enteral, 2002. ARGININA Até 25-30g/dia 1 a 3% doVCT Estimula a replicação de células tumorais Precursor de óxido nítrico que desencadeia a vasodilatação, pode levar ao choque e aumentar o trabalho respiratório GLUTAMINA:0,5g/KgP/dia LIPÍDIOS Recomendações individualizadas (25-35%doVCT) Ômega-3: 0,5 a 1%doVCT Ômega-6: 5-6% doVCT ou10-15g/dia Vitaminas –recomendação específica (ver necessidade de suplementação) Ver oferta deantioxidantes Minerais -recomendação específica (ver necessidade de suplementação) Peso: 60Kg PTN: 1,3 g/KgP VET: 35 Kcal/KgP ÁGUA Necessidade e doença debase Água: 25 a 38 mL/Kg/dia GUERRA, P.P. Protocolos de suporte nutricional parenteral e enteral, 2002. Avaliação dos ParâmetrosHidroeletrolíticos Plasma: Na,K, Ca,P,Mg,Glicemia,Uréia,Creatinina,Ferro,Proteínas totais e frações, Hb,Ht Sinais Físicos/dados clínicos (semiologia nutricional): Hiperhidratação (edema), Desidratação, sintomas de hipoglicemia, febre. Observação de Alterações Clínicas Compatíveiscom Alterações da Fisiologia doTratoDigestório Náuseas, vômitos, estase gástrica, distensão abdominal, cólicas,empachamento,flatulência,diarréia,obstipação intestinal. Avaliação da Oferta Calórica por DiferentesVias Previne Hiper ou Hipoalimentação FavoreceAdequação da Oferta NutricionalDiária Candidados à TN: Jejum por mais de 5 dias Uso de dieta hipocalórica por mais de 7 dias PP recente > 10% Provável incapacidade de se alimentar por 5 - 7 dias ✓Suporte nutricional desde que as condições hemodinâmicas permitam Considerar NE após estabilidade hemodinâmica Pacientes instáveis, em uso de DVAs, grande volume de fluidos e hemoderivados → NE deve ser retardada até estabilidade 24 – 48 h após admissão Atingir necessidades nutricionais nas 48 – 72 h seguintes Não é necessário: RHA + Eliminação de flatos e fezes para iniciar TNE (B) Definição daViaDe Acesso SuplementoOral NutriçãoEnteral CurtoPrazo LongoPrazo Definição da Posição da Sonda ou Ostomia Sonda Gástrica Duodenal Jejunal Ostomia Esôfago Estômago Jejuno Seleção doTipo de Dieta Padrão Especializada Complexidade de Nutrientes Polimérica Oligomérica Elementar Tubo digestório: •Capacidade de digestão e absorção normais = dieta polimérica •Capacidade digestiva e absortiva comprometida = dietas oligoméricas Doença de base: • Dietas para doença renal • Dietas para insuficiência hepática • Dietas para pneumopatias • Dietas para diabéticos Determinação dos Métodos de Administração Bomba Cíclica Contínua GotejamentoGravitacional Contínua Intermitente Bolus Determinação dos Métodos de Administração Bomba Cíclica Contínua GotejamentoGravitacional Contínua Intermitente Bolus Paciente hospitalizado = contínua –BI Paciente domiciliar em uso de gastrostomia = intermitente BI = assegura f luxo constante de dieta mais indicado Determinação doGotejamento InfusãoContínua VolumeTotal /Tempo de Gotejamento ml / hora Exemplo =Total para correr em 6 Horas é de 500 mL, Qual o volume de infusão ouvazão? 500 / 6h = 83 mL/h Determinação do Gotejamento GotejamentoGravitacional Gotas/ Minuto 1 ml → 20gotas Exemplo =Total para correr em 6 Horas é de 500 mL, Qual o volume de infusão ouvazão? 6 x 60= 360 minutos 500ml x 20 gotas= 10000gotas 10000 gotas/ 360 min= 28gotas Ou T= VT Nº gotas x3 (T=Tempo em Horas,VT=VolumeTotal emmin) Ex.: 6= 500 .= nº gotas= 500 = 27,7 ~ 28 gotas/min nºgotasx 3 18 Modelo de Prescrição Dieta(Tipo/Classificação) Enteral / Polimérica DensidadeCalórica 1,0Cal/mL Volume 200mL Freqüência 6X/Dia Via DeAcesso SNE PosiçãoGástrica MétodoDeAdministração GotejamentoContínuo Volume de Lavagem deÁgua 50 mL:6x/Dia Reavaliar constantemente a viabilidade da TNE NPT não deve ser suspensa até que > 60% das necessidades sejam alcançadas via TNE GLUTAMINA → considerar suplementação na NPT (C) CONTROLE GLICÊMICO:110 – 150 mg /d l INDICAÇÕES ❖Se NE é contra indicada ou não tolerada: iniciar 24 –48h ❖Pacientes que não conseguirão se alimentar VO em 3 dias ❖Pct desnutrido → iniciar NPT logo que possível (Grau: C) Fixação da sonda Posicionamento no leito Vazão da dieta Volume infundido Abdômen Dejeções intestinais Volume urinário Resíduo gástrico / intercorrências Exames bioquímicos Projeto Diretrizes. Terapia Nutricional: Administração e Monitoramento, 2011. Nome do paciente, número do prontuário, número do leito Informações do paciente (diagnóstico clínico e nutricional) Informações sobre intercorrências (dejeções intestinais, RG, vômitos, etc) Via de acesso, posicionamento, método de infusão Tipo da dieta / Nome da dieta Vazão da dieta, horários de troca da dieta Informaçõesnutricionais da prescrição (VET, PTN, CHO, LIP, FIB, OSM) Hidratação Observar alcance dos objetivos Quantificar mudança ponderal Avaliar composição corporal Acompanhar dados bioquímicos Comparar ofertado com o ingerido Alerta constante aos sinais/riscos de complicações: diarreia, distensão abdominal, obstipação intestinal, resíduo gástrico elevado, etc. VEROTTI, C.C.G. Contribuição para seleção de dez indicadores de qualidade em terapia nutricional. Dissertação de Mestrado, SP, 2012. Frequência de: 1) realização de triagem nutricional 2) diarreia em pacientes em TNE 3) saída acidental da SNE 4) obstrução da SNE 5) jejum por mais de 24 horas naTNE 6) pacientes em TNE ou TNP com disfunção da glicemia 7)estimativa do gasto energético e necessidades proteicas 8) infecção por cateter venoso central na TNP 9) conformidade de indicação da TN 10) aplicação da ASG / NRS VEROTTI, C.C.G. Contribuição para seleção de dez indicadores de qualidade em terapia nutricional. Dissertação de Mestrado, SP, 2012. Paciente KGE, sexo feminino, 45 anos, peso atual 72kg, 1,69m. Internada após acidente automobilístico para tratamentos cirúrgicos. Evolui hemodinamicamente estável, em ventilação mecânica, sedada, em uso de SNE, peristalse presente, sem resíduo à aspiração gástrica. Médico assistente confirmou posicionamento da sonda e solicita liberação de dieta enteral. 1) Calcule as necessidades nutricionais. 2) Faça a distribuição de macronutrientes. 3) Estabeleça qual a fórmula nutricional mais indicada. 4) Estabeleça a prescrição nutricional (dieta e hidratação). 5) Indique a forma de evolução. Paciente MJS, sexo masculino, 68 anos, 55Kg, 1,71m. Vítima de AVC há 6 meses, com sequelas motoras e de fala. Vinha em uso de SNE desde então. Foi internado para implantação de gastrostomia endoscópica definitiva. Procedimento realizado sem intercorrências. Evolui hemodinamicamente estável, peristalse presente, sem resíduo à aspiração gástrica. Médico assistente solicita liberação de dieta enteral. 1) Calcule as necessidades nutricionais. 2) Faça a distribuição de macronutrientes. 3) Estabeleça qual a fórmula nutricional mais indicada. 4) Estabeleça a prescrição nutricional (dieta e hidratação). 5) Indique a forma de evolução.
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