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Filtração glomerular

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Filtração glomerul! 
 Filtração é o movimento de líquido do 
sangue para o lúmen do néfron, é o primeiro 
passo para formação da urina. A filtração ocorre 
apenas no corpúsculo renal. Esse processo gera 
um filtrado (semelhante ao plasma, porém não 
possui eritrócitos e leucócitos, e a maioria das 
proteínas plasmáticas são diferentes) que é 
composto apenas de água e de solutos 
dissolvidos. 
 A filtração do plasma ocorre em apenas 
um quinto do plasma, pois a filtração de todo o 
líquido plasmático seria inviável passar pelos 
glomérulos. A outra maioria do plasma, passa 
pelos capilares peritubulares. A porcentagem do 
volume total do plasma que é filtrado para 
dentro do túbulo, é denominada fração de 
filtração. 
 A filtração ocorre no corpúsculo renal 
(rede de capilares glomerulares envoltos pela 
cápsula de Bowman). As substâncias que saem 
do plasma precisam passar por três barreiras de 
filtração antes de entrarem no lúmen tubular, 
que são: endotélio do capilar glomerular, lâmina 
basal e epitélio da cápsula de Bowman. 
 Apenas 20% do volume plasmático que 
passa através do glomérulo é realmente filtrado 
(os outros 80% passam pelos capilares 
peritubulares). E, dentre esses, apenas 1% do 
líquido filtrado é excretado. Os outros 19% são 
reabsorvidos ao longo do néfron. 
	 Pressão nos capilares 
 Pressão do vaso sanguíneo, pressão 
coloidosmótica do capilar e pressão do fluido capsular, 
determinam o processo de filtração. 
• Pressão hidrostática: pressão do sangue que flui 
através dos capilares glomerulares força a passagem do 
fluido através do seu endotélio fenestrado, favorecendo 
a filtração para dentro da cápsula de Bowman. 
• Pressão coloidosmótica: presente no interior dos 
capilares glomerulares e é mais alta do que no fluido da 
cápsula de Bowman, em média de 30mmHg. Favorece a 
volta do líquido para os capilares. 
• Pressão hidrostática do fluido: como a cápsula de 
Bowman é um local fechado, o líquido no interior da 
cápsula acaba formando essa pressão. 
Taxa de filtração glomerular (TFG) 
 Volume de fluido que é filtrado para dentro da 
cápsula de Bowman por unidade de tempo. A TFG média 
é de 125 L/min, ou de 180 L/dia. A pressão de filtração é 
determinada pelo fluxo sanguíneo renal e pela pressão 
arterial. Essa taxa é influenciada por dois fatores: pressão 
de filtração resultante (força motriz resultante, normal de 
10 mmHg na direção que favorece a filtração) e coeficiente 
de filtração (possui dois componentes: área de superfície 
dos capilares glomerulares e permeabilidade da interface 
entre capilar e cápsula). 
 A pressão arterial fornece a pressão hidrostática 
que impulsiona a filtração glomerular. Porém, a TFG é 
constante entre 80 e 180 mmHg de pressão arterial. 
 A taxa de filtração glomerular é controlada 
primeiramente pela regulação do fluxo sanguíneo pelas 
arteríolas renais. Se a resistência das arteríolas renais 
aumenta, o fluxo sanguíneo renal diminui, e o sangue é 
desviado para outros órgãos. No entanto, o efeito do 
aumento da resistência depende de onde a mudança na 
resistência ocorre. 
 
 Se a resistência aumenta na arteríola 
aferente, a pressão hidrostática diminui 
(diminuição na TFG) Se a resistência aumenta na 
arteríola eferente, o sangue acumula antes da 
constrição e a pressão hidrostática nos 
capilares glomerulares aumenta (aumento na 
TFG). 
A TFG pode sofrer autorregulação 
 Processo de controle local em que o 
rim mantém uma TFG constante frente às 
flutuações normais da pressão arterial. 
Resposta miogênica: 
 Habilidade do músculo liso vascular em 
responder as variações de pressão. Mecanismo: 
quando há aumento na pressão arterial, o 
músculo liso da parede da arteríola estira e os 
canais iônicos sensíveis ao estiramento se 
abrem e as células musculares despolarizam. A 
despolarização desencadeia a abertura de 
canais de cálcio, fazendo com que o músculo 
liso se contraia. Essa vasoconstrição aumenta a 
resistência ao fluxo e reduz o fluxo sanguíneo 
nas arteríolas, diminuindo a pressão de filtração 
no glomérulo. Quando há redução na pressão 
arterial, o tônus de contração arteriolar some e 
a arteríola fica extremamente dilatada. Por 
conta disso, a vasodilatação não é tão eficaz, 
pois, normalmente, a arteríola já está bem 
relaxada. Em decorrência disso, a TFG diminui. 
Como solução, o organismo se adapta para 
filtrar menos plasma, pois assim, há menos 
perda de líquido na urina. Ou seja, um aumento 
na TFG ajuda o corpo a conservar o volume 
sanguíneo. 
Retroalimentação tubular 
 Mecanismo de sinalização parácrina pelo 
qual mudanças no fluxo de líquido na alça de 
Henle alteram a TFG. Via de controle local. 
Mecanismos: a configuração torcida do néfron 
faz a porção final do ramo espesso da alça de 
Henle passar entre as arteríolas aferente e 
eferente. As paredes tubulares das arteríolas 
são modificadas nessa região em que entram 
em contato umas com as outras, formando o 
aparelho justaglomerular. A porção modificada é 
formada por células da mácula densa. 
denominadas células justaglomerulares.
 Essas células justaglomerulares secretam renina. 
 Quando o NaCl aumenta (devido aumento na PA e 
na TFG), as células da mácula densa detectam esse 
aumento de NaCl e enviam sinais parácrinos a arteríola 
aferente, que se contrai e aumenta a resistência, 
diminuindo assim a TFG. 
Hormônios e neurônios que regulam a TFG: 
 Podem alterar a taxa de filtração glomerular de 
duas maneiras: mudando a resistência das arteríolas e 
alternando o coeficiente de filtração. 
 O controle neural da TFG é mediado por neurônios 
simpáticos que inervam as arteríolas aferente e eferente. 
Essa inervação pode causar vasoconstrição no músculo 
liso das arteríolas. Se a atividade simpática é moderada, 
há um pequeno efeito na TFG. Porém, se a pressão arterial 
sistêmica reduz drasticamente, a vasoconstrição das 
arteríolas induzida pelo SNS diminui a TFG e o fluxo 
sanguíneo renal. Isso caracteriza uma resposta adaptativa 
que conserva o volume de líquido corporal. 
 O hormônio angiotensina II é um potente 
vasoconstritor arteriolar. O hormônio prostaglandina, que 
atua como vasodilatador arteriolar. Esses hormônios 
afetam o coeficiente de filtração pois atuam nos 
podócitos (alterando o tamanho das fendas de filtração 
glomerular, aumentando TFG) ou nas células mesangiais 
(quando contraídas altera a área de superfície glomerular 
disponível para filtração). 
Creatina na TFG 
	 A creatinina depende da filtração glomerular para 
ser excretada. Essa proteína é filtrada pelos rins e uma 
pequena quantidade é reabsorvida para o sangue, de 
forma que em condições normais pode ser verificada 
concentrações de creatinina na urina muito superior à do 
sangue. E por conta disso, pode ser utilizada para medir e 
estimar a TFG. Porém, devido às interferências e 
limitações (como a alimentação, atividade física, doenças 
inflamatórias, quantidade de massa muscular) a 
creatinina não pode ser considerada exata. 
Cistatina C na TFG 
 É produzida em concentrações constantes por 
todas as células nucleadas e filtrada livremente no 
glomérulo. Portanto, a concentração sanguínea de 
cistatina C depende quase inteiramente da TFG e não é 
substancialmente afetada por dieta, estado nutricional, 
doenças inflamatórias ou malignas e nem pela massa 
muscular 
 A cistatina C é produzida pelas células 
nucleadas e são filtradas regularmente nos rins, 
de forma que a concentração dessa substância 
no sangue está diretamente relacionada com a 
TFG, sendo, portanto, um marcador melhor do 
funcionamento dos rins.

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