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E-book do curso de Ergonomia Aplicada ao Postos de Trabalho

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Prévia do material em texto

Ergonomia Aplicada aos Postos de 
Trabalho 
 
 
 
 
Fernanda Cristina Gonçalves 
Silvana Nahas Ribeiro
Formação Inicial e 
Continuada 
+ IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fernanda Cristina Gonçalves 
Silvana Nahas Ribeiro 
 
 
 
 
 
Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
G635e Gonçalves, Fernanda Cristina; Ribeiro, Silvana Nahas. 
 Ergonomia aplicada aos postos de trabalho. [recurso 
eletrônico] / Fernanda Cristina Gonçalves; Silvana Nahas 
Ribeiro. – Belo Horizonte : Instituto Federal de Minas Gerais, 
2021. 
 44 p. : il. color. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-127-3 
Exib 
 1. Ergonomia. 2. Postos de trabalho. 3. NR17. 
I. Gonçalves, Fernanda Cristina. II. Ribeiro, Silvana Nahas. 
III. Título. 
 
 CDD 620.8 
Catalogação: Rejane Valéria Santos - CRB-6/2907 
 
Índice para catálogo sistemático: 
Ergonomia – 620.8 
 
 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
Fernanda Cristina Gonçalves 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos ao 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma 
autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de 
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse 
https://mais.ifmg.edu.br/ 
 
Formulário de 
Sugestões 
http://forms.gle/b873EGYtkvK99Vaw7
https://mais.ifmg.edu.br/
 
 
 
 
 
 
 
Palavra das autoras 
 
Caro aluno seja bem-vindo ao curso de Formação Continuada 
“Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho”. 
O trabalho pode gerar ao homem muitas formas de sofrimento físico e 
psíquico. Algumas atividades são capazes de produzir doenças crônicas e 
irreversíveis que incapacita permanentemente os trabalhadores. Outras, em 
virtude das condições inadequadas de máquinas e equipamentos, podem 
provocar acidentes e lesões (MÁSCULO; VIDAL, 2011). Portanto, existe a 
necessidade de aplicar no ambiente de trabalho práticas visando à redução da 
ocorrência de acidentes e doenças no trabalho. 
Neste contexto, a Ergonomia permite a aplicação de conhecimentos para 
transformação dos locais de trabalho. Dessa forma é essencial que os 
profissionais que lidam direta ou indiretamente na melhoria das condições de 
trabalho tenham os conhecimentos mínimos dessa ciência, mesmo que não 
executem diretamente seus princípios, possam gerenciar ou contratar 
profissionais com essa missão. 
Selecionamos aqui, tópicos que consideramos importantes em função da 
carga horária. Esperamos que os temas abordados o estimulem e ajudem na 
aplicação dos princípios ergonômicos no ambiente de trabalho. 
Nosso obrigada por ter escolhido o curso e boa aula! 
As Autoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons estudos! 
Nome do autor. 
 
 
 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em duas semanas, cujos objetivos de cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Nesta semana, iremos falar da origem e evolução da 
Ergonomia, também abordaremos alguns de seus 
conceitos básicos, definições e objetivos. Por fim, iremos 
adentrar na NR-17 que trata especificamente da 
Ergonomia. 
SEMANA 2 
Nesta semana, começaremos discutindo sobre a Análise 
Ergonômica do Trabalho (AET) conforme exigências legais 
da NR-17. Terminaremos a semana com orientações 
básicas sobre os postos de trabalho de modo a tornar o 
trabalho mais confortável, seguro e permitir um 
desempenho eficiente. 
 
 
Carga horária: 20 horas. 
Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando 
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância 
no texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades 
para o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos 
audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Introdução a Ergonomia do Trabalho ........................................ 15 
1.1. Conceitos e Definições ....................................................................... 15 
1.2. História da Ergonomia ........................................................................ 16 
1.3. NR-17 Ergonomia .............................................................................. 17 
Semana 2 – Ergonomia nos Postos de Trabalho .......................................... 23 
2.1 Análise Ergonômica do Trabalho (AET) ............................................. 23 
2.2 Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho ..................................... 25 
Referências ................................................................................................... 33 
Currículo das autoras .................................................................................... 35 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 37 
 
 
 
 
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/Curso%20Ergonomia%20Aplicada%20ao%20Postos%20de%20Trabalho%2026.03.21.docx%23_Toc67924567
file:///C:/Users/Niltom/Downloads/Curso%20Ergonomia%20Aplicada%20ao%20Postos%20de%20Trabalho%2026.03.21.docx%23_Toc67924571
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”. 
 
1.1. Conceitos e Definições 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar as leituras, também na 
sala virtual, assista ao vídeo “Semana 1 - Introdução a 
Ergonomia do Trabalho”, onde realizamos uma breve 
explanação dos assuntos que serão tratados aqui para 
que você já tenha uma familiaridade com as leituras da 
semana 1. 
 
As definições de Ergonomia são muitas, entretanto existe um consenso que seu 
objetivo é proporcionar ao homem condições de trabalho mais favoráveis tornando o 
ambiente mais produtivo, saudável e seguro. Procura-se diminuira exigência física e 
psicológica dos sujeitos, o que resulta em um menor desgaste e consequentemente menos 
danos a sua saúde (BARBOSA FILHO, 2010). 
As situações inseguras, insalubres, desconfortáveis, ineficazes no trabalho ou, 
inclusive, na vida cotidiana podem ser evitadas levando-se em consideração as capacidades 
físicas e psicológicas, além das limitações humanas. Acidentes de trabalho, no trânsito e em 
casa, assim como desastres envolvendo guindastes, aviões e usinas nucleares são 
frequentemente atribuídos ao erro humano. Entretanto, a partir de análises detalhadas, a 
causa, em geral, é uma relação inadequada entre os operadores e sua tarefa. A 
probabilidade de acidentes pode ser reduzida levando-se em consideração as limitações das 
capacidades humanas e o contexto de trabalho (DUL, WEERDMEESTER, 2008). 
Apesar de existir uma ênfase no ambiente físico, a Ergonomia busca melhorias em 
todas as dimensões do trabalho. Por isso, ela é dividida conforme o foco de sua intervenção. 
De acordo com Barbosa Filho (2010), tradicionalmente seus campos são: 
➢ Ergonomia do Produto: Investiga o projeto e utensílios que o homem utiliza 
para executar seu trabalho. 
Objetivos 
Nesta semana, iremos falar da origem e evolução da 
Ergonomia, também abordaremos alguns de seus conceitos 
básicos, definições e objetivos. Por fim, iremos adentrar na 
NR-17 que trata especificamente da Ergonomia. 
Semana 1 – Introdução a Ergonomia do Trabalho 
 
 
 
16 
➢ Ergonomia de Produção: Categoria ampla que investiga as condições sob as 
quais o trabalho é executado. 
Ainda, a intervenção da Ergonomia pode ocorrer em três momentos (BARBOSA 
FILHO, 2010): 
➢ Concepção: Atua em caráter preventivo, no processo de formulação das 
tarefas e estruturação do trabalho. Apresenta menor custo uma vez que as 
medidas são implementadas na fase inicial. 
➢ Correção: Já existe uma situação concreta que se caracteriza pela 
necessidade de corrigir ou pelo menos minimizar os problemas detectados. 
➢ Conscientização: Baseia-se na necessidade de ação proativa dos 
trabalhadores como agentes de mudança e melhoria da qualidade de vida no 
trabalho. São montados comitês de Ergonomia para realização de ações 
permanentes para ação em programas estabelecidos na empresa. 
 
1.2. História da Ergonomia 
 
A ergonomia foi reconhecida durante a Segunda Guerra Mundial, quando a tecnologia 
e as ciências humanas foram sistematicamente aplicadas de forma coordenada para 
resolverem juntas os problemas decorrentes da operação de equipamentos militares 
complexos (DUL, WEERDMEESTER, 2008). Todavia, a Ergonomia abrange toda a história 
do homem, uma vez que, desde os primórdios, já se buscava adaptar e usar recursos para 
sua sobrevivência. É possível identificar, nos utensílios de pedra lascada, uma evolução com 
objetivo de melhorar a manuseabilidade, o que resultou em ganhos produtivos na caça e 
coleta (MÁSCULO, VIDAL, 2011). 
Após seu sucesso na Segunda Guerra Mundial, o interesse na abordagem cresceu 
rapidamente, com destaque na Europa e nos EUA, levando à fundação, na Inglaterra, da 
primeira sociedade nacional de ergonomia em 1949 (DUL, WEERDMEESTER, 2008). 
Gómez e Gaitán (2010) dividem a Ergonomia em três fases: doméstica, artesanal e 
industrial. A fase doméstica era limitada ao grupo familiar na perspectiva de produção de 
utensílios que atendessem suas necessidades e das pessoas próximas. Era basicamente 
aplicada em utensílios de pedra, cerâmicas e outros objetos rústicos. 
A fase artesanal surgiu em virtude do aumento da demanda por dispositivos utilitários 
devido ao crescimento dos grupos e ao surgimento de funções especializadas. Buscava-se 
atender as demandas de um comércio local ou regional que crescia. Podemos destacar 
nesse período os artefatos da tecnologia e da sociedade que os aplicou como irrigação 
artificial, barcos, arados, rodas, vidros, têxteis, equipamentos de navegação e armas de fogo 
(GÓMEZ; GAITÁN, 2010). 
O avanço tecnológico e o aumento da demanda originado pelo rápido crescimento da 
população nas cidades obrigou a procurar sistemas que multiplicassem a produção. Essa 
fase industrial tem seu início marcado pela máquina a vapor e o tear mecânico na Inglaterra 
(GÓMEZ; GAITÁN, 2010). 
 
 
 
17 
1.3. NR-17 Ergonomia 
 
Em 1986, no Brasil, emergiam inúmeros casos de tenossinovite ocupacional entre 
digitadores. Em várias avaliações realizadas por fiscalizações, foi constada a presença de 
fatores que contribuíam para o aparecimento das LER (Lesão por Esforço Repetitivo): 
pagamento de prêmios por produção, ausência de pausas, prática de horas extras, dupla 
jornada e outros. Entretanto, a legislação vigente, exceto nos aspectos referentes à 
iluminação, ao ruído e a temperatura, não dispunha de nenhuma norma que pudesse apoiar 
o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para obrigar as empresas a alterarem a forma 
como era organizada a produção e os estímulos possíveis à aceleração da cadência de 
trabalho (MTE, 2002). 
 
 
Dica do Professor: Leia o artigo “Prevenção de 
Distúrbios Osteomusculares relacionados ao trabalho” 
de Jacinta Sidegun Renner e compreenda como o 
trabalho pode causar os distúrbios osteomusculares 
(download). 
 
Assim, a discussão teve início com a atividade de processamento de dados, mas 
tentou-se avançar em outros setores produtivos, embora ainda não se dispusesse de 
estudos sistemáticos de ergonomia (MTE, 2002). A NR-17 publicada em 1990 visou 
estabelecer parâmetros que permitissem a adaptação das condições de trabalho às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores, conforme Figura 1, de modo a 
proporcionar um máximo de CONFORTO, SEGURANÇA E DESEMPENHO EFICIENTE 
(BRASIL, 2018). 
 
Figura 1 - Objetivo NR 17 
Fonte: Autoria própria conforme Brasil (2018) 
 
 
Dica do Professor: Quando puder, leia na integra a 
“NR-17 Ergonomia” (download) 
Adaptar
Características
psicofisiológicas
Condições de 
Trabalho
http://drive.google.com/file/d/1fgHqDDv2y54U8j-k_gSC9XIhtpWarjnG/view
http://drive.google.com/file/d/1c8gK0B4QZI56KtdAlVezhTGJdbMC2P8h/view
 
 
 
18 
Para que o conforto seja avaliado é indispensável a expressão do trabalhador, uma 
vez que, somente ele poderá confirmar ou não a adequação das soluções propostas pelos 
técnicos. O conceito de desempenho eficiente não deve ser considerado no aspecto de 
otimização do volume de produção, mas que o trabalhador possa permanecer no processo 
produtivo durante todo o tempo que a sociedade estipula como sendo o seu dever. Deve 
propiciar circunstâncias que possibilitem mais tempo na vida ativa até uma idade mais 
avançada (MTE, 2002). 
As condições de trabalho estabelecidas pela NR-17 se estruturaram nos seguintes 
aspectos (BRASIL, 2018): 
• ao levantamento, transporte e descarga de materiais; 
• ao mobiliário; 
• aos equipamentos 
• às condições ambientais do posto de trabalho; e 
• à organização do trabalho. 
O uso da palavra parâmetros criou uma expectativa de que a norma estabeleceria 
valores para todas as situações de trabalho, entretanto apenas para entrada eletrônica de 
dados, trabalho dos operadores de checkout e teleatendimento/telemarketing possuem 
números precisos (MTE, 2002). 
Para avaliar essa adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, a norma estabeleceu como responsabilidade do 
empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho - AET contendo, no mínimo, as 
condições de trabalho citados anteriormente (BRASIL, 2018). 
 
 
Dica do Professor: Mais detalhes da Análise 
Ergonômica do Trabalho serão dados na próxima 
semana. 
 
A seguir serão discutidos pontos mais relevantes das condições de trabalho conforme 
a NR-17. 
 
➢ Levantamento, transporte e descarga de materiais 
 
Um dos principais itens desse tópico é proibição de transporte manual de cargas, por 
um trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúdeou sua segurança. A 
CLT em seu art.198 expressamente dispôs “É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso 
máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições 
especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher” (BRASIL, 1943). 
Entretanto, mesmo que o peso esteja dentro dos critérios da CLT, caso constatado 
acometimentos à saúde e à segurança em determinado local de trabalho, a empresa é 
 
 
 
19 
obrigada a realizar modificações necessárias. Apesar de a CLT permitir um limite de carga 
tão alto, não significa que o empregador deve se ater a esse número. Quanto mais leve for 
a carga, menor será a possibilidade de comprometimento da saúde do empregado (MTE, 
2002). 
A National Institut on Occupational and Safety Health (NIOSH), órgão do governo 
Americano, desenvolveu uma equação para calcular o limite de peso recomendável levando-
se em conta determinados fatores. Para base de cálculo, ela partiu de uma carga máxima 
de 23 quilogramas, valor bem inferior aos 60 quilogramas estabelecidos pela CLT (MTE, 
2002). 
A NR-17 também estabeleceu a necessidade de treinar ou instruir os trabalhadores 
de transporte manual de cargas não leves quanto ao métodos que deverá utilizar. Ainda, 
com o objetivo de limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deve-se utilizar meios 
técnicos apropriados (BRASIL, 2018). 
 
➢ Mobiliário 
 
O mobiliário deve ser projetado para permitir ao trabalhador adaptá-lo as suas 
características antropométricas (altura, peso, comprimento das pernas etc.), além de 
alternâncias de posturas (sentado, em pé etc.), pois nenhuma postura fixa é confortável. A 
população trabalhadora possui indivíduos muito pequenos ou muito grandes, portanto torna-
se difícil conceber um mobiliário que satisfaça a esses extremos (MTE, 2002). Mas para um 
mínimo de conforto aos trabalhadores, a NR 17 estabeleceu alguns requisitos mínimos. 
Um dos requisitos, é a preferência para o trabalho na posição sentada sempre que 
ela puder ser assim executada (BRASIL, 2018). Entretanto para o MTE (2002) este item gera 
mal-entendidos, pois a melhor posição é aquela que o trabalhador pode escolher livremente 
e alterná-la no decorrer do trabalho uma vez que os efeitos nocivos dependem do tempo de 
duração. Toda postura rígida e fixa deve ser evitada, podemos ver alguns desvantagens dos 
tipos de postura no Quadro 1: 
Postura Em pé Sentado 
Desvantagens -Tendência à acumulação do sangue nas 
pernas, resultando em varizes e sensação de 
peso nas pernas; 
-Sensações dolorosas nas superfícies de 
contato articulares que suportam o peso do 
corpo (pés, joelhos, quadris); 
-Penosidade da posição em pé; 
-Tensão muscular desenvolvida em 
permanência para manutenção do equilíbrio. 
-Pequena atividade física geral 
(sedentarismo); 
-Adoção de posturas desfavoráveis: 
lordose ou cifoses excessivas; 
-Estase sanguínea nos membros 
inferiores, situação agravada quando há 
compressão da face posterior das coxas 
ou da panturrilha contra a cadeira, se esta 
estiver mal-posicionada. 
Quadro 1: Desvantagens da Postura em Pé e Sentado 
Fonte: Autoria própria com base MTE (2002) 
 
A concepção dos postos de trabalho, em geral, não leva em consideração o conforto 
do trabalhador, mas as necessidades da produção. A posição em pé, por exemplo, não é 
usualmente mantida por longos períodos, pois as pessoas tendem a utilizar alternadamente 
a perna direita e a esquerda como apoio para facilitar a circulação sanguínea ou reduzir as 
 
 
 
20 
compressões sobre as articulações. A posição em pé, com o peso sendo suportado por uma 
das pernas, é prejudicial (MTE, 2002). 
O esforço postural e as solicitações sobre as articulações são mais limitados na postura 
sentada. Ademais, ela permite melhor controle dos movimentos uma vez que o esforço de 
equilíbrio é reduzido. Todavia, indivíduos também reclamam de dores na região dorsal a qual 
se justifica pela compressão dos discos intervertebrais ser maior nesta posição. Mas, o 
agravante refere-se a manutenção da postura estática. A incidência de dores lombares é 
menor quando as posições são alternadas e menor ainda quando é possível movimentar os 
demais segmentos corporais como em pequenos deslocamentos (MTE, 2002). 
➢ Equipamentos 
 
A NR-17 determina que todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho 
devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza 
do trabalho a ser executado (BRASIL, 1978). O homem sempre procurou adaptar as 
ferramentas a suas necessidades. Entretanto, nas indústrias, a divisão entre planejamento 
e execução, faz com que o usuário pouco opine na decisão de aquisição dos materiais de 
trabalho (MTE, 2002). 
O fator preço, em geral, tem grande influência, mas a compra de uma material 
inadequado leva ao aumento da carga de trabalho. Uma escolha ruim pode penalizar vários 
trabalhadores durante anos, uma vez que não se pode simplesmente descartar os 
equipamentos que oneraram a empresa. Por isso, é importante consultar a opinião dos 
trabalhadores antes de realizar a aquisição de uma ferramenta/equipamento. Ou ainda, 
realizar teste com os futuros usuários para descobrir sua aceitação (MTE, 2002). 
 
➢ Condições ambientais do posto de trabalho 
 
 
O trabalho é executado em um ambiente físico que pode favorecer ou dificultar a 
execução das atividades. Para um conforto e desempenho eficiente, as condições locais são 
essenciais. Este tópico refere-se às condições necessárias para um bom desempenho e não 
deve ser confundido com os índices da NR-15 para caracterização de insalubridade. Nesse 
contexto, a NR-17 estabeleceu algumas condições de conforto que exijam solicitação 
intelectual e atenção constantes: 
 
17.5.2 Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação 
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, 
escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são 
recomendadas as seguintes condições de conforto: 
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira 
registrada no INMETRO; 
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus 
centígrados); 
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento (BRASIL, 2018). 
 
 
 
 
21 
Existem equipamentos e procedimentos adequados para avaliar todos os itens 
enumerados na NR-17 pelos profissionais da segurança do trabalho. 
 
➢ Organização do trabalho. 
 
A NR-17 estabeleceu que a organização do trabalho deve ser adequada às 
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
É necessário levar em consideração no mínimo (BRASIL, 2018; MTE, 2002). 
 
a) as normas de produção: São todas as normas, escritas ou não, explícitas ou implícitas, 
que o trabalhador deve seguir para realizar a tarefa. 
 
b) o modo operatório: O modo operatório designa as atividades ou operações que devem 
ser executadas para se atingir o resultado final desejado, o objetivo da tarefa. 
 
c) a exigência de tempo: Expressa o quanto deve ser produzido em um determinado tempo, 
sob imposição. 
 
d) a determinação do conteúdo de tempo: Esta alínea foi incluída para se dar conta de 
trabalhos envolvendo diferentes tarefas. A determinação do conteúdo do tempo permite 
evidenciar o quanto de tempo se gasta para realizar uma subtarefa ou cada uma das 
atividades necessárias à tarefa. 
 
e) o ritmo de trabalho: 
 
f) o conteúdo das tarefas: O conteúdo das tarefas designa o modo como o trabalhador 
percebe as condições de seu trabalho: estimulante, socialmente importante, monótono ou 
aquém de suas capacidades. 
 
 
Atividade: Para concluir essa semana, vá até a sala 
virtual e responda ao Questionário “Avaliação 1”. 
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla 
escolha que sebaseiam em nos assuntos abordados 
nessa semana. 
 
Concluída essa semana de estudos é hora de uma pausa para a reflexão. Faça a 
leitura (ou releitura) de tudo que lhe foi sugerido, assista aos vídeos propostos e analise 
todas essas informações com base na sua experiência profissional. Esse intervalo é 
importante para amadurecer as novas concepções que esta etapa lhe apresentou! 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
22 
 
 
 
 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar a nova semana, vá até a 
sala virtual e assista ao vídeo “Ergonomia nos Postos de 
Trabalho”. 
 
2.1 Análise Ergonômica do Trabalho (AET) 
 
Conforme a NR-17: 
17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise 
ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de 
trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora (BRASIL, 2018). 
Não existe um modelo pronto de AET, uma vez que se baseia em um processo 
construtivo para resolução de um problema. Todavia, há passos que devem ser seguidos 
para construção deste documento o que permite uma melhor exposição dos dados para 
análise (MTE, 2002). Portanto, mesmo que você nunca realize uma AET, é ideal conhecer 
como esse documento é estruturado para realizar uma leitura, fiscalizar caso seja necessário 
a contratação de uma empresa ou profissional para elaboração ou, ainda, a implementação 
das medidas indicadas deste documento. 
Toda AET se inicia em função de uma demanda que pode ser da saúde (números 
elevados de doenças/acidentes), demanda social (reclamações do sindicato dos 
trabalhadores) ou, inclusive, uma demanda legal (notificação dos auditores fiscais do 
trabalho ou ações civis públicas). As empresas, em geral, buscam em virtude da 
necessidade de melhorar a qualidade do produto ou serviço prestado para maiores ganhos 
de produtividades (MTE, 2002). 
 
 
Dica do Professor: Quando puder, leia detalhadamente 
esses passos consulte o “Manual de Aplicação da NR-
17 Ergonomia” (download) 
Objetivos 
Nesta semana, começaremos discutindo sobre a Análise 
Ergonômica do Trabalho (AET) conforme exigências legais da 
NR-17. Terminaremos a semana com orientações básicas 
sobre os postos de trabalho de modo a tornar o trabalho mais 
confortável, seguro e permitir um desempenho eficiente. 
Semana 2 – Ergonomia nos Postos de Trabalho 
http://drive.google.com/file/d/19JTB82-AenqIt3ildakNztJA0BaJxhO6/view
 
 
 
24 
 
1° Passo: Instrução da Demanda. Conforme Másculo e Vidal (2011), consiste em uma 
análise inicial da demanda para compreender o problema e direcionar corretamente a 
análise. 
Por exemplo, uma queixa de intolerância ao ruído pode ser a primeira manifestação 
de distúrbios provocados pelo trabalho em turnos. Logo, o que deve ser investigada 
é a adequação dos arranjos dos horários de trabalho. Ater-se apenas ao controle do 
ruído pode não ser de relevância (MTE, 2002, p.17). 
2° Passo: Análise Global da Empresa. Deve-se buscar conhecer a empresa por meio do seu 
grau de evolução técnica, posição no mercado, situação econômico-financeira, expectativa 
de crescimento para que as propostas sejam adequadas à realidade da empresa (MTE, 
2002). 
3° Passo: Análise da População. Deve-se conhecer a população à qual serão destinadas as 
recomendações da AET. Por isso é necessário levantar informações como faixa etária, 
rotatividade, tempo de serviço dos trabalhadores, níveis hierárquicos, características 
antropométricas, absenteísmo, morbidade e outras informações que podem ser importantes 
para ajudar a conhecer os empregados da empresa (MTE, 2002). 
4° Passo: Definir as situações que serão foco da análise. A partir dos primeiros contatos com 
os operadores e levantamento das hipóteses (MTE, 2002). 
5° Passo: A descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades 
desenvolvidas para executá-las. É importante o levantamento dessas informações para 
constatar se existe um descompasso entre o que é exigido e o que é executado, além de 
buscar entender as causas (MTE, 2002). 
6° Passo: Estabelecimento do pré-diagnóstico. Levantar as hipóteses explicando às partes 
envolvidas que durante a observaçãoo ergonomista buscará meios para comprová-las ou 
refutá-las (MTE, 2002). 
7° Passo: Observação sistemática da atividade e dos meios para execução. Observar se o 
plano de trabalho está incorreto, se o trabalhador fica com o braço elevado por muito tempo 
por exemplo. Uma descrição dos métodos e técnicas utilizados na observação deverá 
constar no relatório para que os leitores possam apreciar o grau de confiabilidade dos 
resultados. 
8° Passo: O diagnóstico ou diagnósticos. Com base nas situações analisadas poderá ser 
elaborado um diagnóstico (MTE, 2002). 
9° Passo: Validação do diagnóstico. Ele é apresentado a todos envolvidos que poderão 
confirmá-lo, rejeitá-lo ou, ainda, sugerir maiores detalhes que escaparam da análise do 
ergonomista (MTE, 2002). 
10° Passo: Projeto de modificações/alterações. Realizar um diagnóstico e não discutir 
propostas para sanar o problema é inútil. Portanto, devem ser levantadas medidas para 
melhoria das condições de trabalho (MTE, 2002). 
11° Passo: Cronograma de implementação das modificações/alterações (MTE, 2002). 
 
 
 
25 
12° Passo: Acompanhamento das modificações/alterações. É preciso realizar um 
acompanhamento para avaliar o impacto sobre os trabalhadores da implementação das 
modificações/alterações. Novas alterações podem necessitar de outra AET (MTE, 2002). 
 
Figura 2: Fluxo AET 
Fonte: Autoria própria com base MTE (2002) 
 
 
 
Dica do Professor: Aprofunde os conhecimentos sobre 
AET lendo o artigo “Análise Ergonômica do Trabalho na 
Prática: Um Estudo de Caso” (download) 
 
2.2 Ergonomia Aplicada aos Postos de Trabalho 
 
O ideal é que os problemas ergonômicos sejam identificados e corrigidos por um 
ergonomista. Entretanto, existem problemas simples que podem ser facilmente identificáveis 
e com fácil resolução. Esse é o objetivo desse tópico. Iremos tratar de alguns pontos 
específicos nos postos de trabalho que devem ser projetados conforme orientações a seguir 
buscando segurança, conforto e desempenho eficiente aos usuários. 
1. Ajustar a altura de operação para cada trabalhador, situando-a no nível dos cotovelos ou 
um pouco mais abaixo (OIT, 2018). 
A altura deve ser ajustada à altura de cada trabalhador no nível dos cotovelos. Se a 
superfície de trabalho for alta demais, o pescoço e os ombros se enrijecem e ficam doloridos, 
pois os braços devem-se manter altos conforme Figura 3. Se a superfície de trabalho estiver 
muito baixa, é fácil surgirem dores na região inferior das costas, pois o trabalho é realizado 
com o corpo inclinado para a frente. 
Instrução da 
demanda
Análise global da 
demanda
Análise da 
população
definição situações 
de trabalho que 
serão analisadas
descrição das 
tarefas reais, 
prescritas e 
atividades
Observação da 
atividade
Pré-diagnóstico Diagnóstico ou 
Diagnósticos
Validação do 
diagnóstico
Projeto de 
modificações/
alterações
Cronograma Acompanhamento
http://drive.google.com/file/d/1QK0kyQQdh1msFSAKcdO-EYUE0aLc4020/view
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Altura de operação 
Fonte: OIT (2018). 
 
2. Assegurar-se de que o local de trabalho acomoda as necessidades de trabalhadores mais 
baixos e mais altos (OIT, 2018). 
Nos locais de trabalho, há muitas diferenças nas dimensões corporais dos trabalhadores. 
Por isso, é preciso prestar atenção a fim de que todos os trabalhadores possam alcançar os 
controles e materiais adequadamente conforme Figura 4. Para as pessoas de maiores 
dimensões, é necessário garantir um espaço livre adequado para as pernas e os joelhos. 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Necessidades dos trabalhadores 
Fonte: OIT (2018). 
 
3.Situar os materiais, ferramentase controles utilizados com maior frequência em uma área 
de fácil alcance (OIT, 2018). 
É necessário situar materiais, ferramentas e controles a uma distância confortável aos 
trabalhadores conforme Figura 5, uma vez que grandes distâncias acarretam perda de 
tempo na produção e esforço extra, além de poder ocasionar dores no pescoço, ombros e 
na região inferior das costas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Área de trabalho 
Fonte: OIT (2018). 
 
4.Providenciar uma superfície de trabalho estável e de multiuso em cada posto de trabalho 
(OIT, 2018). 
No posto de trabalho é realizada uma variedade de tarefas. Por isso, é necessária uma 
superfície estável que se adapte as atividades que serão executadas conforme Figura 6. 
Uma bancada muito pequena ou instável produz tempo perdido e mais esforço, causa uma 
redução na eficiência e aumento da fadiga do trabalhador. 
Figura 6: Superfície de Trabalho 
Fonte: OIT (2018). 
 
5. Assegurar-se de que o trabalhador possa permanecer de pé com naturalidade, apoiado 
sobre ambos os pés, realizando o trabalho próximo e diante do próprio corpo (OIT, 2018). 
Os postos de trabalho devem ter o design adequado para tornar as operações mais estáveis 
e eficientes conforme Figura 7. As operações devem se realizar perto e diante do corpo em 
uma postura natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 7: Design do Posto de Trabalho 
Fonte: OIT (2018). 
 
6.Permitir a alternância entre trabalhar sentado e em pé durante o trabalho sempre que 
possível. Ainda, providenciar cadeiras ou banquetas para que ocasionalmente se sentem os 
trabalhadores que executam suas tarefas em pé conforme Figura 8(OIT, 2018). 
 A alternância de posturas é muito mais adequada do que adotar apenas uma postura 
durante todo o período de trabalho. A postura de pé durante toda a jornada de trabalho 
esgota fisicamente o trabalhador, aumenta as dores nas costas, nas pernas e nos pés, e 
afeta a qualidade do trabalho. Se é possível sentar-se de vez em quando ou ainda realizar 
algumas atividades sentado, devem ser tomadas medidas para sua realização. 
 
Figura 8: Alternância das posturas 
Fonte: OIT (2018). 
 
7.Fornecer cadeiras reguláveis e com espaldar aos trabalhadores que operam sentados 
(OIT, 2018). 
 
 
 
29 
A postura sentado ao longo de muitas horas esgota o trabalhador. Por isso, é essencial uma 
cadeira de qualidade, conforme Figura 9, para permitir a redução do cansaço, a eficiência 
do trabalho e aumentar a satisfação no trabalho. 
Figura 9: Características de um cadeira de qualidade 
Fonte: OIT (2018). 
 
8.Utilizar altura ajustável nos postos de trabalho com computador e organizar os periféricos 
em uma área de fácil alcance (OIT, 2018). 
O posto de trabalho deve permitir um ajuste na altura do posto de trabalho para as posições 
preferidas dos monitores e controles visando reduzir esforços visuais, no pescoço, nos 
ombros e nas costas conforme Figura 10. 
 
 
 
30 
 
Figura 10: Ajuste do posto de trabalho 
Fonte: OIT (2018). 
 
10. Proporcionar exames dos olhos e óculos protetores apropriados aos trabalhadores que 
utilizem habitualmente um equipamento com terminal de vídeo (OIT, 2018). 
Os trabalhadores que operam em terminais de vídeo, em geral, relatam problemas 
relacionados com uma visão imperfeita. Uma visão imperfeita é fonte de desconforto de 
postura e nas doenças de ombros e pescoço, uma vez que é comum adotar uma postura 
ruim para compensar suas dificuldades visuais. 
11. Fornecer uma base sólida e estável e disposições de proteção de segurança suficientes 
para o trabalho em lugares altos conforme figura 11 (OIT, 2018). 
Trabalhos que envolvam altura devem ser exigidas condições especiais, uma vez que a 
queda de altura provoca acidentes graves. Existem normas especificas que devem ser 
cumpridas para serviços que envolvam risco de queda como NR-35 – Trabalho em Altura. 
 
 
 
31 
 
Figura 11: Escada fixa 
Fonte: OIT (2018). 
 
12. Aumentar a segurança e conforto dos assentos e cabines de condução de veículos 
usados no local de trabalho conforme figura 12 (OIT, 2018). 
Veículos são usados em uma variedade de situações. A atenção à segurança e conforto das 
cabines é essencial para aumentar a segurança dos condutores e pessoas ao redor. 
 
Figura 12: Cabine de trabalho 
Fonte: OIT (2018). 
 
 
Atividade: Para concluir essa semana, vá até a sala 
virtual e responda ao Questionário “Avaliação da 
Semana 2”. Este teste é constituído por 10 perguntas de 
múltipla escolha, que se baseiam em nos assuntos 
abordados na semana 2. 
Após o término da Avaliação, caso você tenha atingido 
uma média de, no mínimo, de 6,0 pontos nas avaliações, 
será emitido seu certificado de conclusão do curso. 
 
Nesse sentido, esperamos que este curso tenha contribuído com a sua formação e 
que estes conhecimentos lhe motivem a se capacitar ainda mais, buscando novos 
treinamentos que possam ser aplicados no seu contexto de trabalho. 
Caso queira aprofundar mais em assuntos relacionados a meio ambiente de trabalho, 
conheça também os outros cursos da Plataforma +IFMG. 
Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
Referências 
 
BARBOSA FILHO, Antonio Nunes. Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental. 3 ed. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
 
BRASIL. NR 17 – Ergonomia Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 última 
modificação Portaria 876, de 24/10/2018. Disponível em:< 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-17.pdf>. Acesso em 
12 de outubro de 2020. 
 
CAMAROTTO, J. A.; VASCONCELOS, R. C. Análise Ergonômica do Trabalho na Prática: 
Um Estudo de Caso. In: 9º Congresso Brasileiro de Ergonomia - ABERGO 2001, 2001, 
Gramado. Anais ABERGO 2001, 2001. Disponível em:< 
http://files.fisiogrup.webnode.com.br/200000015-
3cdd13dd6d/ergonomia%20no%20trabalho.pdf>. Acesso em 12 de out. de 2020. 
 
DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomics for beginners: a quick reference 
guide. 3 ed. Boca Raton: CRC Press, 2008. 
 
GÓMES, Alberto Cruz; GAITÁN, Andrés Garnica. Ergonomía Aplicada. 4 ed. Bogotá: Ecoe 
Ediciones, 2010. 216 p. 
 
MATTOS, U. A. O.; MÁSCULO, F. S. Higiene e Segurança do Trabalho. In: MATTOS, U. 
A. O.; MÁSCULO, F. S. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro. Abepro, 2011. p. 
39. 
 
MTE. Ministério do Trabalho e Emprego. Manual de Aplicação da Norma 
Regulamentadora NR 17. 2 ed. Brasília: MTE, 2002. 
 
OIT. Pontos de verificação ergonômica: soluções práticas e de fácil aplicação para 
melhorar a segurança, a saúde e as condições de trabalho. Tradução Fundacentro. 2 
ed. São Paulo: Fundacentro, 2018. 
 
RENNER, Jacinta Sidegun Renner. Prevenção de Distúrbios Osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho. Boletim da Saúde. Porto Alegre, v. 19, n.1 Jan./jun. 2005. 
Disponível em:< 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_saude_v19n1.pdf#page=68>. Acesso em 
12 de out. de 2020. 
 
 
 
 
 
 
http://files.fisiogrup.webnode.com.br/200000015-3cdd13dd6d/ergonomia%20no%20trabalho.pdf
http://files.fisiogrup.webnode.com.br/200000015-3cdd13dd6d/ergonomia%20no%20trabalho.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_saude_v19n1.pdf#page=68
 
 
 
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35 
Currículo das autoras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão 
Silvana Nahas Ribeiro, 
Fernanda Cristina Gonçalves 
22/10/2020 
Luiz Augusto Ferreira de 
Campos Viana 
28/12/2020 1.0 
 
 
Fernanda Cristina Gonçalves: Mestranda do Programa de Mestrado 
Profissional em Educação Profissional e Tecnológica IFMG campus Ouro 
Branco. Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho pela 
UniBH 2018. Possui graduação em Engenharia de Mecânica pelo Unileste 
2015. Atua como Técnica em Segurança do Trabalho no Instituto Federal 
de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais desde 2017. Na 
reitoria do IFMG, atualmente, trabalha no setorde Assessoria de 
Administração Planejamento e Infraestrutura – AAPI. 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9094393040233470 
 
Silvana Nahas Ribeiro: Possui Mestrado em Administração pela Universidade 
FUMEC (2016). Possui graduação em Engenharia de Produção pela 
Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP (2004). Pós Graduação em 
Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade Federal de Minas 
Gerais UFMG (2006). Atua como Engenheira de Segurança do Trabalho no 
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais desde 2011. 
Na reitoria do IFMG, exerce o cargo de Coordenadora de Qualidade de Vida, 
Segurança do Trabalho e Desenvolvimento. 
 
 
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2734107622275749 
http://lattes.cnpq.br/9094393040233470
http://lattes.cnpq.br/2734107622275749
 
 
 
36 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
Mídia digital 
Apresentação do 
curso 
 
 
Mídia digital 
Introdução a 
Ergonomia do 
Trabalho 
 
 
 
 
 
Dica do professor 
“Prevenção de 
Distúrbios 
Osteomusculares 
relacionados ao 
trabalho 
 
 
Dica do professor 
NR-17 Ergonomia 
 
 
 
 
 
Mídia digital 
Ergonomia nos 
Postos de Trabalho 
 
 
Dica do professor 
Manual de Aplicação 
da NR-17 Ergonomia 
 
 
 
 
Dica do professor 
Análise Ergonômica 
do Trabalho na 
Prática: Um Estudo 
de Caso 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 
2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos 
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento 
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a 
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação 
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir 
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e 
cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistas em educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu 
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e 
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
1ª. Edição 
Formato digital

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