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Produzido por: Cristiano Rafael Pinno Orientação: Fernando Jaime González Diagramação e arte: Suzana Klein Edição: 2020 Caderno Didático de Educação Física Escola: Nome: Ano: Turma: Ano: SUMÁRIO APRESENTANDO. ...................................................................................03 INTRODUÇÃO ..........................................................................................04 Unidade Didática 1: CONHECENDO A EDUCAÇÃO FÍSICA ..............................................06 Unidade Didática 2: JOGOS E BRINCADEIRAS ...................................................................11 Unidade Didática 3 : JOGOS ELETRÔNICOS .................................17 Unidade Didática 4: GINÁSTICA................................................................ ...............................21 Unidade Didática 5: ESPORTES............................................................... .................................34 Classificação dos Esportes............................................................................34 Unidade Didática 6: ESPORTES DE INVASÃO ......................................................................45 Futsal......................................................................................................... 49 Unidade Didática 7: ESPORTES DE PRECISÃO ...................................................................56 Bocha............................................................................................................56 Tejo Argentino..............................................................................................59 Bocha Paralímpica........................................................................................59 APRESENTANDO A Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física representa uma conquista muito importante para minha prática pedagógica neste componente curricular. Representou uma oportunidade de ressignificar o ensino da Educação Física e possibilitar aos estudantes melhores espaços de discussão e compreensão dos te- mas da cultura corporal de movimento. Esta necessidade foi, ao longo dos anos, influenciada pelos desafios encontrados na prática do “ser” professor, entretanto, também possui raízes nos preceitos estabelecidos pelo movimento renovador ini- ciado em meados da década 1980. Paulo Ghiraldelli Júnior (1988), Lino Castellani Filho (1988), Mauro Betti (1991), Valter Bracht (1992), Elenor Kunz (2001), Coletivo de Autores (2009), en- tre outros, delinearam uma concepção em que os saberes das práticas corporais também precisam ser desconstruídos, contextualizados, problematizados e siste- matizados. Esta perspectiva toma como fundamental que a disciplina Educação Física também se engaje na tarefa escolar de possibilitar que o aluno desenvolva o pensamento crítico, não se limitando a propiciar apenas a prática de um conjunto específico de modalidades esportivas e/ou atividades recreativas. Estes instrumentos permitiram aprimorar o processo de ensino dos conteúdos em minhas aulas possibilitando uma tematização das práticas corporais funda- mentadas na concepção da Escola Republicana e contextualizadas ao ambiente sócio-histórico-cultural em que atuei neste período. Por isso, cabe ao professor que fizer uso desta coleção, num primeiro momento, realizar as adequações ao seu projeto pedagógico e num segundo momento, mediar a relação que alunos e alunas estabelecerão com esses materiais. Construídos ao longo dos últimos anos, a partir de minha prática pedagógica, os Cadernos Didáticos de Educação Física foram aperfeiçoados a partir do Mes- trado Profissional em Educação Física em Rede Nacional – ProEF e constituem produtos do estudo intitulado “PARA EXPLICAR AS COISAS”: as representa- ções dos alunos do ensino fundamental II quanto ao uso dos cadernos didáticos de Educação Física. A elaboração respeitou os documentos legais que orientam as organizações curriculares, por isso, os Cadernos Didáticos de Educação Física seguem as orien- tações do Referencial Curricular Municipal. Este é estruturado a partir do Refe- rencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é norteado pela Base Nacional Co- mum Curricular. Destaco que nas mãos de professores capacitados qualquer material didá- tico, seja ele livro, apostila, material audiovisual, cone ou bola funciona como instrumento parceiro do projeto pedagógico. Do contrário, provavelmente, estes mesmos materiais não comprometerão, mas também, não promoverão as apren- dizagens que se espera do projeto de Educação Física iniciado pelo Movimento Renovador. Certo de estar contribuindo com o reconhecimento da Educação Física en- quanto componente curricular engajado num projeto político e pedagógico, dese- jo aos docentes que fizerem uso destes materiais, muito sucesso na formação de sujeitos críticos, capacitados a intervir na sociedade, que façam uso do seu papel de cidadãos por um mundo sem desigualdades, mais cooperativo e colaborativo, sustentável, que reconheça a pluralidade e que respeite as diferenças. INTRODUÇÃO Queridos alunos e alunas, a Coleção Cadernos Didáticos de Educação Física surgiu da necessidade de possibilitar, a vocês estudantes, um material capaz de oferecer subsídios para a aprendizagem, reconhecendo a importância da siste- matização dos conhecimentos vinculados aos temas da Cultura Corporal de Mo- vimento. Os assuntos incluídos neste volume foram cuidadosamente pensados a partir do referencial curricular do município de Coronel Barros. Este é norteado pelo Referencial Curricular Gaúcho que, por sua vez, é estruturado a partir da Base Nacional Comum Curricular. Os Cadernos estão organizados em capítulos que correspondem às unidades didáticas a serem desenvolvidas ao longo do período letivo. Cada um dos volumes foi produzido a fim de contemplar os principais aspectos de cada um dos períodos escolares. Seja no 6º, no 7º, no 8º ou no 9º ano do Ensino Fundamental, você terá um material de apoio ao principal objeto de interesse desta disciplina, o estudo do corpo em movimento e seu contexto social, histórico e cultural. Para isso os Cadernos Didáticos de Educação Física contam com textos in- formativos acompanhados de imagens, esquemas, tabelas que visam favorecer a compreensão dos temas estudados. Também estão incluídos questionários para reflexão sobre as temáticas, questões de estudo e atividades complementares para obter o máximo de aproveitamento de nossas aulas. Em alguns momentos são propostos estudos complementares a partir da indi- cação de links de pesquisa, textos digitais, filmes, entre outras tantas possibilida- des de auxílio à reflexão e compreensão dos conteúdos contemplados. A sequência de trabalho das unidades didáticas não é cronológica, podendo o professor alternar a ordem dos temas de acordo com a necessidade e do projeto coletivo da escola. A forma de utilização destes materiais também dependerá da metodologia es- colhida pelo professor que será dependente dos objetivos de cada aula, dos mate- riais e espaços disponíveis além, obviamente, do clima. Entendendo os Cadernos Didáticos de Educação Física como um valioso par- ceiro no ensino do Componente Curricular, espero que vocês, alunos e alunas, aproveitem ao máximo cada elemento contido aqui. 05 Conhecendo a Educação Física Unidade Didática 06 Unidade Didática 1: CONHECENDO A EDUCAÇÃO FÍSICA Você sabe o que é a Educação Física? Tente explicar em com suas palavras?E o que se trabalha em educação física na escola? Você saberia dizer quais destas imagens correspondem à conteúdos de Educação Física Escolar? 07 EDUCAÇÃO FÍSICA “[...] a Educação Física escolar, na con- dição de disciplina, tem como finalidade formar indivíduos dotados de capacidade crítica em condições de agir autonoma- mente na esfera da cultura corporal de mo- vimento e auxiliar na formação de sujeitos políticos, munindo-os de ferramentas que auxiliem no exercício da cidadania” (GON- ZÁLEZ; FENSTERSEIFER, 2010, p. 12). CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO “Parcela da cultura geral que abrange as formas culturais que se vêm histori- camente construindo, nos planos material e simbólico, mediante o exercício da motricidade humana”. MOTRICIDADE HUMANA “Capacidade de movimento do ser humano”. CONTEÚDOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR Os temas da cultura corporal de movimento abordados na educação física, po- dem ser divididos em dois conjuntos de conteúdos: Práticas corporais sistematizadas: • Está organizado com base nas práticas tradicionalmente consideradas como objeto de estudo da Educação Física • Esportes • Ginásticas • Jogos e Brincadeiras • Dança • Lutas • Práticas corporais de aventura Representações sociais sobre a cultura corporal de movimento • Está organizado com base no estudo das representações sociais que cons- tituem a cultura corporal de movimento e afetam a educação dos corpos de um modo geral; portanto, sem estar necessariamente vinculada a uma prática corpo- ral específica • Práticas corporais e sociedade: • Práticas corporais como manifestação corporal • Corpo e sociedade • Práticas corporais e saúde: • Implicações socioculturais Implicações orgânicas Discóbolo de Míron 08 O mapa conceitual a seguir nos permite visualizar melhor essa organização dos conteúdos na educação física escolar Questões para estudo 1. O que é Educação Física? 2. Quais são os conteúdos estudados em educação física (Práticas corporais sistematizadas e Representações sociais da Cultura Corporal de Movimento)? 3. Marque a alternativa que apresente somente temas estruturantes da Edu- cação Física. (a) Jogos motores; ginástica; e cálculos; (b) Esportes; atividades aquáticas; e práticas corporais e sociedade. (c) Animais; plantas; e lutas (d) Práticas corporais e saúde; frações; e história. (e) Leitura; práticas corporais de aventura; e esportes. 09 4. Marque a alternativa correta com relação ao conceito de Motricidade Hu- mana. (a) Capacidade de movimento do ser humano (b) Práticas corporais sistematizadas (c) Representações sociais sobre a cultura corporal de movimento (d) Área de conhecimento da cultura corporal de movimento (e) Estudo do movimento human 5. Com relação à educação física, marque a alternativa correta. (a) Parcela da cultura geral que abrange as formas culturais que se vêm histo- ricamente construindo, nos planos material e simbólico, mediante o exercício da motricidade humana. (b) Capacidade de movimento do ser humano. (c) Entende-se como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento. (d) Aula que ensina apenas esportes. (e) Momento de recreação, atividades de descontração para descansar a cabe- ça. 6. No caça palavras, encontre um elemento representativo de cada Prática cor- poral sistematizada. Esportes: Jogos e brincaderiras: Ginástica Danças Lutas Atividades Aguáticas 10 Jogos e Brincadeiras Unidade Didática 11 Unidade Didática 2: JOGOS E BRINCADEIRAS O que vocês entendem por “jogo”? Deem alguns exemplos de jogos que vocês conhecem. Como são as regras desses jogos? Que benefícios os jogos trazem para as pessoas? Podemos jogar todos os jogos em todas as idades? Por quê? Como se sabe se uma atividade realizada por uma pessoa é um jogo? Quando a gente está jogando e quando a gente não está? Estou jogando quando.. Não estou jogando quanfo... Jogar é coisa séria! Tem gente que se dedica a estudar os jogos, tentando entender por que essas práticas são tão importantes para o ser humano. Um autor que pas- sou anos pesquisando sobre jogo foi o historiador holandês Johan Huizinga. Ele queria entender por que homens e mulheres de vários cantos do mundo gostam tanto de jogar. Como resulta- do de suas pesquisas sobre o assunto, escreveu o livro Homo Ludens, que foi publicado em 1938 e até hoje é lido por muita gente. Ele concluiu que uma ati- vidade é um jogo quando: a) A gente pode criar e mudar as re- gras do nosso jeito; b) Todo mundo obedece às regras que foram combinadas por todos; c) A gente dá mais valor ao prazer de estar jogando junto com os colegas do que ganhar ou perder o jogo. 12 Compare estas três características com os jogos que você listou. Todos se ecai- xam nestes termos? Quais não se encaixam? Por quê? Jogo: Atividade voluntária exercida dentro de determinados limites de tempo e es- paço, e se caracteriza, basicamente, pelo seguinte: criação e alteração de regras pelos próprios participantes; obediência de cada participante ao que foi combi- nado; coletivamente; e apreciação do ato de jogar sem qualquer interesse em um resultado final. Tipos de jogos: Jogos populares: são os jogos já conhecidos, que costumamos jogar com ami- gos, pais, irmãos, primos etc. Cite os jogos populares que você conhece.Jogos tradicionais: são os jogos criados e praticados tempos atrás. São jogos que foram passando de pai para filho (de geração em geração). Cite os jogos tra- dicionais que você conhece. Jogos cooperativos: são atividades que requerem um trabalho em equipe para alcançarem metas mutuamente aceitáveis. Cite os jogos cooperativos que você conhece. Jogos Multiculturais: são jogos desconhecidos na nossa comunidade/região, porém, muito praticados em outros locais (indígenas, quilombolas etc.), estados e/ou países. 13 Jogos que minha família jogava (Pesquisar com pais, tios e avós) 1. O que jogavam? 2. Com quem jogavam? 3. Onde jogavam? 4. Como jogavam? 5. Com quem aprenderam a jogar? 6. Em que época essas pessoas jogavam? 7. Com que idade? Dicas a respeito da entrevista: Não esqueça que você vai mostrar a sua pesquisa para toda a turma, por isso, quanto mais detalhes conseguir reunir, melhor você se sairá. Pode ser que no dia da apresentação alguns colegas falem do mesmo jogo que você pesquisou. Para que você não fique sem ter o que dizer, será importante prestar a atenção nos se- guintes detalhes durante a entrevista: • Havia formas diferentes de jogar um “mesmo” jogo? • Um mesmo jogo tinha mais de um nome? • O jogo era jogado em qual- quer época do ano? • Em que lugar o jogo era jo- gado? • Tem alguma história engra- çada sobre o jogo? Atenção! É importante que você registre numa folha ou no seu caderno TODOS os jogos que foram ci- tados pelas pessoas entrevistadas Para conhecer mais jogos e brincadeiras, acesse os links: MAPA DO BRINCAR http://mapadobrincar.folha.com.br/brincadeiras/ TERRITÓRIO DO BRINCAR http://territoriodobrincar.com.br/brincadeiras-pelo-brasil 14 Questões para estudo 1. Quais são as três características de jogo citadas por Huizinga? 2. Diferencie Jogo e Esporte. 3. O que são jogos populares? E tradicionais? 4. O que são jogos cooperativos? 5. Jonas passou suas férias fazendo muitas atividades com seus amigos e pa- rentes. Com seu avô aprendeu a jogar pião e o jogo do osso; com seu tio jogou bolita e tiro ao alvo com bodoque; na rua da sua casa brincou muito de esconde- -esconde, polícia e ladrão e bilboquê, futebol e basquetebol. Pensando nos con- ceitos estudados, marque a alternativa que apresente um jogo tradicional, um jogo popular e um esporte, respectivamente, praticado por Jonas. (a) Bolita, futebol, basquetebol. (b) Esconde-esconde, basquetebol, pião. (c) Jogo do osso, bilboquê, futebol. (d) Polícia e ladrão, tiro ao alvo, futebol. (e) Futebol, jogo do osso, bolita. 15 6. Jogos populares são: (a) Jogos conhecidos que costumamos jogar com amigos na nossa comunida- de. (b) São jogos criados e praticados tempos atrás. (c) São esportes que passam frequentemente na TV. (d) São jogos passados de geração em geração. (e) Toda atividade muscular produzida pelo corpo. 7.Huizinga propõem 3 características para descrever o conceito de jogo. Criar e mudar as regras; Respeitar as regras; Jogar sempre com o objetivo de ganhar. Assinale a alternativa correta: (a) As afirmativas I e II estão corretas. (b) As afirmativas I e III estão corretas. (c) Somente as afirmativas II e III estão corretas. (d) Todas as afirmativas estão corretas. (e) Todas as afirmativas estão erradas. 8.Qual o conceito correto de jogos cooperativos? (a) são os jogos já conhecidos, que costumamos jogar com amigos, pais, ir- mãos, primos etc. (b) são os jogos criados e praticados tempos atrás. São jogos que foram passan- do de pai para filho (de geração em geração). (c) são atividades que requerem um trabalho em equipe para alcançarem me- tas mutuamente aceitáveis. (d) são atividades que não requerem um trabalho em equipe para alcançarem metas mutuamente aceitáveis. (e) Todas as alternativas estão corretas. 16 Jogos Eletrônicos Unidade Didática 17 Unidade Didática 3 : JOGOS ELETRÔNICOS 1. O que são jogos eletrônicos? 2. Que tipos de jogos eletrônicos você conhece e/ou joga? 3. Quais os fatores positivos e negativos de brincar com jogos eletrônicos?4. Existe algum tipo de jogo eletrônico que promova movimento real dos seus participantes? Se sim, quais? 18 O que são eSports Esportes Eletrônicos ou eSports (termo mais usado atualmente no mundo) são uma nova modalidade surgida há poucos anos e que vêm dominando o mercado de games e atraindo legiões de jovens no mun- do. Competições disputadas em ga- mes eletrônicos em que os jogadores atuam como atletas profissionais de esportes tradicionais e são assistidos por uma audiência presencial e/ou online, através de diversas platafor- mas de stream online ou TV. História dos eSports Jogos eletrônicos são uma modalidade de diversão que inerentemente envolve competição em níveis mais ou menos definidos. Podemos competir em games contra amigos ou desconhecidos, online ou presencialmente. Mas mesmo quando estamos sozinhos estamos competindo contra a máquina, contra o tempo, contra nós mesmos e nosso recorde anterior… No entanto, a evolução de competições simples contra a máquina ou partidas contra amigos para um nível mais sério não demorou a acontecer. Vejamos um pouco da história dos eSports. A primeira competição esportiva eletrônica que se tem notícia data de 19 de outubro de 1972 para estudantes da Universidade Stanford nos Estados Unidos com o jogo Spacewar, cujo nome oficial foi “Olimpíadas Intergaláticas de Spa- cewar”, o prêmio foi um ano de assinatura da revista Rolling Stone. A partir da década de 2000 o esporte eletrônico passou por um grande cres- cimento, de 10 torneios no ano 2000 para 160 no ano 2010. Algo mudava no cenário competitivo dos jogos eletrôni- cos: A Internet permitia que não hou- vesse mais limitação física ou geográ- fica para a realização de eventos, o que aproximou e aumentou exponencial- mente tanto a quantidade de jogadores se devotando aos campeonatos quanto o público entusiasta. Durante essa década os principais torneios foram o World Cyber Games, o Intel Extreme Masters e a Major League Gaming. A primeira organização internacional foi a G7 fundada pelos times 4 Kings, Fnatic, Made in Brasil, Mousesports, NiP, SK Gaming, Team 3D. 19 Vamos pesquisar! Muitos temas da cultura corporal de movimento são utilizados para a cria- ção de jogos de mesa/tabuleiro. Você conhece algum jogo de mesa, cartas, tabuleiro, entre outros, que represente algum dos assuntos tematizados nas aulas de Educação Física? Pesquise com seus familiares jogos que tenham estas características, que você ou eles jogavam, e que tenha essa relação com as atividades da Edu- cação Física. Procure imagens (fotos, desenho), explique com suas palavras como fun- ciona este jogo e registre no caderno. Em grupos iremos organizar cartazes para exposição das pesquisas. A partir da década de 2010 a popularização do streaming fez o esporte eletrôni- co crescer rapidamente, sendo a principal fonte o Twitch lançado em 2011, um site especializado em transmissões de jogos eletrônicos, sendo League of Legends e DOTA as competições mais assistidas. Em 2013 o site registrou 4,5 milhões de visualizações durante a competição de DOTA 2 The International. Essa década marca também a grande presença física de especta- dores aos eventos e a explosão do aumento na audiência. Em 2013 o The International vendeu todos os ingressos no Staples Center em Los Angeles, em 2014 o League of Legends World Championship atraiu 40 mil espectadores no Seul World Cup Stadium na Coreia do Sul. No Brasil, League of Legends atraiu mais de 10.000 torcedores ao Allianz Park, em 2015 e outros 10.000 ao Ginásio do Ibirapuera em 2016. já em termos de audiência, durante o The International de DOTA2 5 milhões de pessoas assistiram as finais ao mesmo tempo em 2017. Em 2016, League of Legends chegou a um pico de 14,7 milhões de Torcedores assistindo ao mesmo tempo e um total de 43 milhões de pessoas diferentes assistindo. Já as premiações não ficam atrás. Em 2016 League of Legends pagou um total de US$6,5 milhões. DOTA2 deu a maior premiação da história em 2017, com mais de US$24 milhões, sendo mais de US$10 milhões para uma única equipe. 20 Ginástica Unidade Didática 21 Unidade Didática 4: GINÁSTICA Tipos de Ginástica • Acrobacias • Condicionamento físico • Práticas corporais introspectivas Ginástica de Condicionamento Físico O que é? Qual a diferença entre exercício físico e atividade física? ATIVIDADE FÍSICA: Qualquer movimento produzido pelos músculos esqueléticos que resulte em um gasto de energia física acima do basal. Ex.: EXERCÍCIO FÍSICO (TREINAMENTO): Atividade física realizada de forma planejada e sistemática, de frequência e intensidade definidas, com o objetivo de melhorar ou manter a condição física. Ex: 22 AQUECIMENTO E VOLTA À CALMA: Aquecimento é o exercício físico de intensidade leve realizado sempre antes de toda atividade de intensidade moderada a alta. Para que serve? O aquecimento serve para mobilizar as articu- lações e músculos que serão exigidos durante a atividade principal, além de elevar as frequências cardíaca e respiratória de forma gradual, a fim de não sobrecarregar o sistema cardiorrespiratório. Auxilia também, na prevenção de lesões ósseas, articulares e musculares. Que exercícios são feitos no aquecimento? O aquecimento é constituído de exercícios de estiramento muscular (alonga- mentos) e, exercícios de mobilidade articular e preparação muscular. O que é volta à calma? Volta à calma é um conjunto de exercícios de intensidade leve realizado após a atividade principal. Para que serve? Serve para reduzir a frequência cardíaca de forma gradual, relaxar as estrutu- ras musculares e retirar ou acelerar a retirada, da corrente sanguínea e dos mús- culos,dos resíduos tóxicos (ácidos) produzidos pelo exercício intenso. Que exercícios são feitos na volta à calma? Normalmente é constituído de exercícios de alongamentos e corridas leves. TIPOS DE AQUECIMENTO O aquecimento pode ser classificado em dois tipos, o geral e o específico. O aquecimento geral consiste no funcionamento ativo do organismo como um todo, nessas condições a pessoa deve praticar exercícios que utilizam de grandes grupos musculares, por exemplo, a prática de corrida ou caminhada. O aquecimento específico utiliza de exercícios para uma determinada modali- dade, ou seja, o atleta deverá usar a musculatura de acordo com as exigências do esporte a ser praticado. EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO Alongamentos: estiramento muscular controlado de intensidade leve a mode- rada: flexão de joelho, flexão de quadril, extensão de braços para cima, entre ou- tros. Mobilidade articular: técnicas utilizadas para estimular a lubrificação nas arti- culações e a preparação muscular: circundação das articulações, exercícios calis- tênicos, entre outros. 23 Estimulação cardiorrespiratória: exercícios cíclicos de intensidade leve: cami- nhadas, corridas leves, entre outros. Questões para estudo 1. O que é atividade física? 2. O que é exercício físico? 3. O que é aquecimento e volta à calma? Para que servem? 4. Descreva 8 alongamentos que podem ser feitos como aquecimento. 5. Cite 3 atividades, além dos alongamentos, que também podem ser realizadas durante o aquecimento. 24 6. Com relação à volta à calma, marque a alternativa INCORRETA. (a) Exercício de atividade leve realizado após a atividade principal. (b) Serve para reduzir a frequência cardíaca. (c) Relaxa as estruturas musculares. (d) Normalmente é constituído de exercícios de alongamento. (e) Constituído de exercícios de preparação muscular. 7. Dentro das alternativas propostas qual NÃO se enquadra como Exercício Fí- sico. (a) Fazer abdominais. (b) Brincar de esconde-esconde. (c) Fazer corrida para melhorar o condicionamento físico. (d) Pular corda. (e) Treinamento para melhorar a velocidade GINÁSTICA DE ACROBACIAS A ginástica geral é constituída por práticas bastante comuns na infância como rolamentos e saltos, mas, também, possibilita a aprendizagem de movimentos e posturas bastante complexas com ou sem equipamentos (arcos, cordas etc.). Para evitar acidentes nestas atividades que requerem habilidades de equilíbrio força e coordenação motora, mas também propõem desafios que vão além de mo- vimentos naturais, é importante respeitar algumas normas de segurança. Preste muita atenção nestes itens. A segurança precisa estar em primeiro lugar. NORMAS DE SEGURANÇA Tal como em outras modalidades em acrobática também é necessário tem al- gumas normas de segurança em conta. Eis algumas das mais importantes: O ginasta deve ter a capacidade de sair sozinho de situações perigosas, execu- tando as quedas de forma correta (arredondamento do tronco e grupamento dos membros); O base precisa conhecer bem a técnica de execução dos exercícios para saber a melhor forma de segurar o volante e, deste modo, ter ele próprio segurança; O volante e os intermediários devem conhecer todo o movimento para saber a melhor forma de descer ou se proteger na queda; Os atletas devem executar somente o que foi planejado anteriormente pelo técnico ou por seu grupo; A diferença de pesos que deve existir entre os ginastas deverá ser um aspec- to relevante a considerar, é pouco aconselhável (ou mesmo impensável) colocar ginastas a levantar e sustentar à altura dos seus ombros outros ginastas com o mesmo peso; A existência de um membro/ginasta livre em cada grupo é importante para poder ajudar os outros membros na execução das figuras; • O espaço em redor deve estar protegido por colchões, para evitar lesões gra- ves em caso de queda. 25 POSIÇÕES BÁSICAS DE EQUILÍBRIO E FLEXIBILIDADE Avião - posição de equilíbrio Vela – posição de equilíbrio Ponte - posição de flexibilidade É uma posição de flexibilidade com apoio das mãos e pés numa posição dorsal em relação ao solo.] • Numa posição horizontal, dorsal, em relação ao solo; • Mãos e pés apoiados no solo; • Elevar/levantar o tronco. Espargata (espacato) - posição de flexibi- lidade É uma posição de flexibilidade com afastamento anteroposterior (frontal) ou lateral dos membros inferiores em extensão. GIROS E ROLAMENTOS Rolamentos à frente • Partindo da posição de pé com pernas juntas, flectir os joelhos; • Apoiar as mãos abertas no solo à frente do corpo; • Mãos à largura dos ombros, cotovelos flectidos, dedos voltados para frente; • Cabeça flectida, encostando o queixo no peito; • Impulsionar o corpo com as pernas e rolar para frente. 26 Rolamento para Trás • Flexão dos membros inferiores; • Tronco à frente; • Flexão da cabeça; • Juntar o queixo ao peito; • Colocar as costas das mãos nos ombros (com as palmas das mãos viradas para cima); • Cotovelos junto ao tronco; • “Rodar” para trás (mantendo os membros inferiores junto ao peito); • Colocar as palmas das mãos à largura dos ombros; • Colocar a nuca no solo; • Enrolamento progressivo sobre a colunavertebral; • Colocar os pés no solo; • Repulsão dos membros superiores; • Extensão dos membros inferiores; Retorno à posição inicial. Roda ou Estrela Elevar os braços, colocando-os ao lado das orelhas, em alinhamento com o tronco; Inclinar o tronco à frente; As mãos no solo, à largura dos ombros, lançando a perna de trás para o alto, com o joelho em extensão; A outra perna é lançada logo após a primeira; Unem-se, as duas, na vertical e estendidas; A cabeça alinhada ao tronco; Descer as pernas alternadamente, estendidas, em direção ao solo; A primeira perna a tocar o solo irá fazer ligeira flexão do joelho, estendendo-se no final, após elevação do tronco; Termina em pé. 27 Rodante • Extensão superior de braços; • Perna de chamada devidamente afastada; • Apoio alternado das mãos no solo, e impulsão da perna de chamada, a segun- da mão contata com o solo virada para dentro (na mesma linha de deslocamento, dedos a apontar para a primeira mão); • Junção simultânea das pernas na vertical e rotação longitudinal do corpo; • Repulsão dos braços; • Chegada ao solo com os braços em elevação superior. Equilíbrios invertidos Apoio Facial Invertido • Partir da posição deitado ventralmente; • Apoiar a testa, que faz um ponto de apoio no solo com os membros em forma de triângu- lo; • Começar a subir a bacia, e quando esta estiver acima dos apoios deixar os membros inferio- res para a vertical; • Empurrar o solo com os membros de modo a levantar a cabeça antes do en- rolamento; • Pés e membros inferiores bem estendidos. Apoio invertido (parada de mãos) com rolamento para frente • Apoiar as palmas no solo à largura dos ombros, com dedos bem afastados, os braços estendidos e dar balanço com perna de impulsão, elevando a perna livre; • Na posição de equilíbrio, realizar extensão completa dos diferentes segmen- tos corporais (apoio invertido), com pernas juntas, as pontas dos pés estendidas e o olhar dirigido para as mãos, colocadas na linha de projeção do ombros (corpo contraído); • Desequilibrar o corpo e executar rolamento à frente 28 GINÁSTICA DE ACROBACIAS EM GRUPOS PIRÂMIDES Funções Em ginástica acrobática existem três fun- ções específicas: • Base: é o que suporta o companheiro; • Volante: o que é suportado pelo base; • Intermédio: entre os dois acima; ajuda a suportar e projetar nas posições intermédias. Suportes e Técnicas Técnicas: • Monte: é um elemento técnico no qual o(s) ginasta(s) sobe(m) para o(s) parceiro(s), podendo descrever uma fase de voo ou aproveitando os segmentos do parceiro como apoios para a subida, sem perder contato com ele; • Desmonte: este é um elemento técnico no qual o(s) ginasta(s) perde(m) o contato com o(s) parceiro(s), existindo uma fase de voo prévia entre a projeção e recepção. Nota: • Um desmonte deverá ser sempre seguro e deve-se reduzir ao máximo os ris- cos de queda. • O monte e o desmonte da mesma figura podem ser realizados de diversas maneiras Estrutura dos elementos Existem quatro grupos de elementos: • Montes (Solo-> Base); • Desmontes (Base ->Solo); • Apanhados em fase de voo (Base -> Base); • Elementos com fase de voo (Solo-> Solo). Explicação: • Nos primeiros estão incluídas todas as subidas com/sem fase de voo; • Os desmontes são elementos que implicam uma descida ou salto do base para o solo. • A terceira categoria inclui todos os elementos que terminam quando os bases apanham o volante após uma fase ou período de voo; • A última categoria, não muito utilizada, engloba os elementos (dinâmicos) que têm início no solo e nos quais o volante sofre uma projeção que o fará des- crever uma trajetória aérea, efetuando a recepção de regresso ao praticável (por exemplo: rondada-> salto mortal). 29 Curiosidade: As duas últimas categorias são importantes na competição de Desportos Acro- báticos, mas envolvem alguma dificuldade de aprendizagem nas Escolas. Nota: Para a realização de um exercício completo, e não apenas das figuras, é neces- sário um outro tipo de elementos: Elementos Individuais, que se subdividem em: Elementos individuais de equilíbrio (por exemplo: avião, bandeira); Elementos individuais de flexibilidade (por exemplo: espargata, ...); Elementos individuais acrobáticos (por exemplo: mortal, flick-flack); Elementos individuais coreográficos. Estrutura dos exercícios Em acrobática há 3 tipos de exercícios, que diferem quer na estrutura, quer no conteúdo: Exercício de Equilíbrio: São elementos estáticos ou «dinâmicos de equilíbrio», devido ao facto de serem realizados em movimento. Nestes exercícios não é contabilizada qualquer posição com fase de voo; Exercício Dinâmico: os elementos que o compõem têm uma fase de voo visível; Exercício Combinado: é composto por elementos dinâmicos e de equilíbrio, ou seja, é a junção dos dois anteriores. Técnicas de subida Lateral: O volante, sobe apoiando-se na coxa e nos ombros do base, utilizando pega simples. Nota: ambos devem manter as costas bem alinhadas. Simples de frente: Semelhante à anterior, com a di- ferença de o volante se apoiar na coxa do base e fazer um quarto de volta antes de novo apoio. Subida lateral Subida simles de frente 30 Pegas • Simples (mãos unidas na posição de aperto das mãos): serve para puxar o companheiro na formação da pirâmide, ou para o segurar no seu devido lugar; • Pulsos: é usada para manter uma posição ou para puxar um colega; • Braços: é utilizada para suportar um apoio facial invertido; • Pé/ mão: serve de suporte e impulsão com saída de ombros do base. O base suporta o volante entre o calcanhar e a planta do pé; • Entrelaçada ou cadeirinha: é utilizada para suportar, ascender e lançar o colega. Normalmente, é usada em trios e quadras; • Frontal: com o base e o volante de frente um para o outro; Pegas: Simples Pegas: Pés Pegas: Pulsos Pegas: Braços Pegas: Entrelaçada 31 Ginástica Acrobática – Pirâmides Para conhecer mais sobre as modalidades de Ginástica, acesse os links. Por Dentro Das Olimpíadas #29 - Ginástica Rítmica https://www.youtube.com/watch?v=s07d7TD82j8 Por Dentro Das Olimpíadas #27 - Ginástica Artística https://www.youtube.com/watch?v=hioLPlPtjeg Por Dentro Das Olimpíadas #28 - Ginástica de Trampolim https://www.youtube.com/watch?v=Y83-fjHu9sE Cheer Extreme Coed Elite Worlds Day 1 https://www.youtube.com/watch?v=dslmehLqJbA 32 Questões para estudo 1. Cite 3 normas de segurança da ginástica acrobática. 2. Quais são as funções específicas existentes na ginástica acrobática? 3. Descreva como se executa a postura de avião na ginástica.4. Com relação às normas de segurança da ginástica, assinale a alternativa in- correta. (a) O espaço em redor deve estar protegido por colchões (b) O ginasta deve ter a capacidade de sair sozinho de situações perigosas (c) O base precisa conhecer bem a técnica de execução dos exercícios (d) Os atletas devem executar somente o que foi planejado anteriormente (e) Todas as alternativas estão corretas 33 Esportes Unidade Didática 34 Unidade Didática 5: ESPORTES Manifestação da cultura corporal de movimen- to, orientada pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos, ou grupos (adversá- rios); regida por um conjunto de regras institucio- nalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento da modalidade em todos os níveis de competição. CLASSIFICAÇÃO DOS ESPORTES 1) De acordo com o conceito de esporte estudado, no caderno, liste todas as modalidades esportivas que você conhece. 2) Pense em um critério para dividir estes esportes em dois ou três grupos de acordo com as características de cada um. Por exemplo: Critério: relação com os companheiros Grupo 1: esportes sem companheiro, onde os atletas competem sozinhos. Grupo 2: esportes com companheiro, onde os atletas competem em equipe. Critério Grupo 1... Grupo 2... 35 Em 2004 o Professor Fernando Jaime González, um estudioso dos esportes, publicou um estudo em que propõe a classificação dos esportes segundo alguns critérios bem específicos. Neste estudo, ele identificou algumas características que aproximam os esportes a partir de características fundamentais para o en- tendimento do seu funcionamento. A partir desta classificação, Fernando J. González entendeu que pudéssemos aprender sobre o funcionamento dos esportes apenas vivenciando alguns deles, não sendo necessário praticar todos os esportes para saber jogá-los. Claro que as regras de cada esporte são bem específicas, contudo, este estudo permitiu um entendimento do que o autor chamou de lógica interna, ou seja, as características principais do funcionamento dos esportes como a forma de dis- puta, de comparação de desempenho (como saber quem ganhou e quem perdeu) e os princípios tá- ticos (forma com que os jogadores pensam e to- mam as decisões durante o jogo). No referido estudo, o autor também ressalta a influência da natureza na prática dos esportes. Nesta classificação, evidencia-se que determina- dos esportes sofrem influência direta do ambiente natural, como o surfe em que os atletas dependem das ondas do mar para fazer suas manobras. Mas também tem os esportes que não sofrem esta in- fluência, como o futsal, que ocorre dentro de um ginásio. Vamos conhecer um pouquinho destas classificações? Sistema de classificação dos esportes com base nos critérios: cooperação, in- teração com o adversário, ambiente, desempenho comparado e objetivos táticos da ação. Fernando Jaime González Relação de colaboração e oposição a)Se existe ou não relação com companheiros (colaboração); Esportes individuais São todos os esportes em que não existe colaboração entre companheiros, ou seja, cada participante compete sozinho, sem parceiros. Ex.: judô, tiro esportivo, ciclismo, boliche, 50m nado borboleta1, etc. Esportes coletivos São todos os esportes em que os participantes têm pelo menos um companhei- ro para colaborar, ou seja, são esportes praticados por equipes de pelo menos 2 atletas. Ex.: voleibol. Futebol, tênis em duplas etc. 36 Agora, no caderno, classifique os esportes listados anteriormente de acordo com o critério de colaboração Esportes Individuais Esportes Coletivos b) Se existe ou não interação direta com o adversário (oposição). Esportes com interação direta com o adversário São todos os esportes em que os adversários se en- frentam diretamente, ou seja, um atrapalha o outro tentando superá-lo. Cada ação realizada remete a uma reação imediata do adversário. Como no voleibol, que é um esporte onde os atletas devem jogar a bola longe do alcance do adversário, ou no futebol, onde os atletas de- vem driblar diretamente seus adversários, além de utili- zar de ações táticas para superá-los e atingir a meta. Esportes sem interação direta com adversário. São todos os esportes em que não há enfrenta- mento direto entre os adversários. Nestes casos, os atletas executam suas atividades em momentos diferentes (na ginástica, onde cada atleta executa sua série sem a interferência de ninguém), ou em espaços diferentes (nas corridas de atletismo, onde cada atleta fica em sua raia, ou no ciclismo onde é considerada infração atrapalhar propositalmente o adversário). Alguns esportes são divididos em diferentes provas que podem ser classificados diferente- mente uns dos outros. Nestes casos deve-se considerar as características específicas de cada prova individualmente. Por exemplo: natação (individuais – 50m borboleta, 100m nado costas, 200m nado peito; coletivos – 4x50m nado livre, 4x50 nado medley), atletismo (individuais – 100m rasos, 400m com barreira, saltos, lançamentos; coletivos – 4x100m rasos e 4x400m rasos), tênis (individual – tênis para simples; coletivo – tênis para duplas), entre outros. 37 No caderno, classifique os esportes listados anteriormente de acordo com o critério de oposição. Esportes com interação Esportes sem interação Combinando essas duas classificações teremos as seguintes categorias: • Esportes individuais em que não há interação direta com o adversário: são atividades motoras em que a atuação do sujeito não é condicionada diretamente pela necessidade de colaboração do colega nem pela ação direta do oponente. Ex.: Provas de campo no atletismo, provas individuais de natação. • Esportes coletivos em que não há interação direta com o oponente: são ativi- dades que requerem a colaboração de dois ou mais atletas, mas que não implicam a interferência do adversário na atuação motora. Ex.: Revezamentos na natação e no atletismo. • Esportes individuais em que há interação com o oponente: são aqueles em que os sujeitos se enfrentam diretamente, ten- tando em cada ato alcançar os objetivos do jogo evitando conco- mitantemente que o adversário o faça, porém sem a colaboração de um companheiro. Ex.: Maioria das lutas, tênis de quadra e mesa individuais. • Esportes coletivos em que há interação com o oponente: são atividades nas quais os sujeitos, cola- borando com seus companheiros de equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adversários o façam. Quadro: classificação em função da relação de cooperação e oposição. Comple- te o quadro com mais 5 modalidades em cada quadrante. Esporte Com Interação Sem interação Coletivo Basquetebol Futebol Softbol Voleibol Ginástica rítmica desportiva (grupo) Nado sincronizado Remo Individuais Badminton Judô Peteca Tênis Atletismo (provas de campo) Ginástica olímpica Natação 38 Questões para estudo 1. Marque “V” se a afirmativa for verdadeira e “F” se for falsa: ( ) Esportes sem interação direta são os esportes em que os adversários se enfrentam di- retamente. ( ) Todo esportecoletivo deve apresentar equipes com mais de 5 atletas. ( ) O voleibol não apresenta interação direta pois não há contato durante o jogo. ( ) Boliche é um esporte sem interação direta com o adversário. ( ) Futebol é um esporte individual. ( ) São exemplos de esportes com interação direta: boxe, tênis, polo aquático. 2. Complete o conceito de esportes coletivos. “São todos os _____________em que os participantes tem pelo menos um companheiro para ______________, ou seja, são esportes praticados por ___________ de pelo menos ___ atletas. Ex.: voleibol.” 3. Assinale a alternativa que apresente um esporte coletivo. (a) Voleibol (b) Ciclismo (c) Judô (d) Tiro com arco (e) Boxe 4. Assinale a alternativa que apresente um esporte coletivo. São atividades nas quais os sujeitos, colaboram com seus companheiros de equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adver- sários o façam. (a) Esportes individuais com interação (b) Esportes coletivos com interação (c) Esportes coletivos sem interação (d) Esportes individuais sem interação (e) Jogos motores 39 5. São atividades nas quais os sujeitos, colaboram com seus companheiros de equipe de forma combinada, se enfrentam diretamente com a equipe adversária, tentando em cada ato atingir os objetivos do jogo, evitando, ao mesmo tempo, que os adversários o façam. (a) Esportes individuais com interação (b) Esportes coletivos com interação (c) Esportes coletivos sem interação (d) Esportes individuais sem interação (e) Jogos motores 6. Boliche de trio, jiu jitsu e ginástica rítmica desportiva por equipes, são res- pectivamente: (a) Coletivo sem interação, coletivo sem interação, coletivo com interação. (b) Individual sem interação, individual com interação, coletivo sem intera- ção. (c) Coletivo sem interação, individual com interação, coletivo sem interação (d) Coletivo com interação, individual sem interação, individual sem intera- ção. (e) Nenhuma das alternativas está correta. 7. Marque a alternativa em que TODOS são esportes com interação direta com o adversário (a) Voleibol, handebol e futebol americano (b) Futebol, tênis e boliche (c) Atletismo, voleibol e esgrima. (d) Judô, tiro com arco e polo. (e) Bocha, natação e tiro com rifle. 8. Como critério de oposição eu entendo que se refere a... (a) Minha relação com meus adversários (b) Minha relação com meus companheiros (c) Minha relação com os árbitros (d) Minha relação com a torcida (e) Nenhuma das alternativas 9.Marque a alternativa que NÃO apresente esporte coletivo. (a) Futebo (b) Revezamento 4x100m rasos (c) Tiro com arco (d) Handebol (e) Nado sincronizado 40 Classificação dos esportes em função da lógica da comparação de desempenho e princípios táticos. Esse processo de análise das características esportivas permite identificar den- tro das categorias de esportes, com e sem interação direta com o adversário, sub- categorias que se vinculam a diferentes critérios. Observamos que nos esportes sem interação com o adversário têm-se diferen- tes tipos de resultados como elementos de comparação de desempenho, permi- tindo classificar as modalidades em: • Esportes de “marca”: são aqueles, nos quais, o resultado da ação motora comparado é um registro quantitativo de tempo, distância ou peso. Ex.: indivi- duais – atletismo (provas de campo), natação, haltero- filismo, mountain bike; coletivos – revezamento 4x100 no atletismo, 4x50 nados combinados, remo. • Esportes estéticos: são aqueles, nos quais, o resultado da ação motora comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios. Ex.: individuais – ginástica rítmica desportiva, ginástica olímpica, skates, saltos ornamentais, surf; coletivos – ginástica rítmica desportiva em grupo, nado sincronizado, saltos sincronizados • Esportes de precisão: são aqueles, nos quais, o resultado da ação motora comparado é a eficiência e eficácia de aproxi- mar um objeto ou atingir um alvo. Ex.: individuais – arco-e- -flecha, dardo-de-salão, golfe, tiro; coletivo – bochas. Os esportes com interação com o adversário podem ser divididos em quatro categorias: • Esportes de combate ou luta: são aqueles caracterizados como disputas em que o oponente deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estraté- gias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou ex- clusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Ex.: individuais – judô, caratê, esgrima, boxe, luta greco-romana, taekwon- do; coletivo – Kabadi. 41 • Esportes de campo e taco: compreendem aqueles que têm como objetivo colocar a bola longe dos jogadores do campo a fim de recorrer espaços determinados para conseguir mais corridas que os adversários. Ex.: coletivos – beisebol, softbol, crí- quete. • Esportes de rede/quadra dividida ou muro: são os esportes que têm como objetivo colocar/arremessar/ lançar um móvel em setores onde o adversário seja in- capaz de alcançá-lo, ou forçá-lo para que cometa um erro, servindo somente o tempo que o objeto está em movimento. Ex.: individuais – tênis, tênis de mesa, squash; coletivos – voleibol, badminton, paddle, tênis de dupla. • Esporte de invasão ou territoriais: constituem aqueles que têm como objetivo invadir o setor defendi- do pelo adversário, procurando atingir a meta contra- ria para pontuar, protegendo, simultaneamente, a sua própria meta. Ex.: coletivos – basquetebol, handebol, futsal, rúgbi, polo aquático. Classifique, no caderno, os esportes listados anteriormente, de acordo com os 7 grupos de esportes estudados. Marca Precisão Estético Combate Campo e taco Rede Invasão 42 Questões de estudo 1. Marque a alternativa que apresenta a sequência correta de esportes de invasão, rede, combate e estético. (a) Skate, futevôlei, beisebol e bocha (b) Polo aquático, tênis, jiu jitsu e surfe (c) Boxe, voleibol, boliche e ginástica artística (d) Saltos ornamentais, judô, futebol e badminton (e) Futsal, tênis de mesa, basquetebol e tiro esportivo. 2. Relacione os esportes com a respectiva classificação. 1 Futebol Americano ( ) Esporte de marca 2 Tênis de mesa ( ) Esporte de precisão 3 Golfe ( ) Esporte estético ou técnico-com- binatório 4 Ginástica Olímpica ( ) Esporte de invasão 5 Boxe ( ) Esporte de rede/quadra dividida/ parede de rebote 6 Beisebol ( ) Esporte de campo e taco 7 Atletismo ( ) Esporte de combate 43 Esportes de Invasão Unidade Didática 44 Unidade Didática 6: ESPORTES DE INVASÃO Os esportes de invasão como vocês viram no estudo da classificação dos espor- tes, consistem em modalidades em que o objetivo do jogo consiste em invadir o campo adversário para marcar o ponto, gol ou touchdown. Nestas ações as equi- pes realizam ações de ataque simultaneamente às ações de defesa dos adversá- rios. Neste grupo de esportes podemos incluir: Futsal, Futebol, Futebol de Areia (Beach Soccer), Futebol Americano, Rúgbi, Hóquei no Gelo, Hóquei na grama, Lacrosse, Polo, Polo Aquático, Handebol e Basquetebol, por exemplo. Para um bom desempenho nestes esportes é preciso compreender e capacitar- -se em cada um dos seguintes elementos do desempenho esportivo. Elementos do desempenho esportivo O componente técnico Técnica esportiva Representação simplificada e abstrata da forma mais adequada de solucionar um problema motor demandado por um esporte. Habilidade técnica Competência motora para resolver um problema esportivo específico de forma eficiente e econômica, com a finalidade de alcançar um objetivo preciso. O Elemento Tático Intenção tática Normas básicas do conhecimento tático do jogo, que definem as condições e os elementos a serem considerados para que a ação seja eficaz. Tática Individual Discernimento para se adaptar a situações de jogo nas quais é preciso escolher entre as diferentes alternativas em função de seus adversários Capacidades físicas Demandasorgânicas geradas pela prática esportiva (resistência, força, veloci- dade e flexibilidade) Capacidades volitivas O conjunto dos traços psicológicos particulares demandados a um indivíduo ou grupo para atuar de forma adequada durante um jogo. Combinações táticas Coordenação de ações individuais entre dois ou mais jogadores para conseguir os objetivos do ataque e da defesa. Sistemas de jogo Forma de organização que procura articular/ordenar as ações conjuntas de todos os jogadores de uma equipe, que tem como missão manter uma estrutura de jogo em situação de ataque, de defesa ou de transição (contra-ataque/retorno defensivo). 45 Estratégia Programa de princípios planejados ou concepções de desenvolvimento de jogo que precedem o confronto desportivo contra o adversário. Especialmente o componente tático é fundamental para esportes com intera- ção direta com o adversário, como é o caso dos esportes de invasão. Nesse caso precisamos compreender quais são nossas funções durante o jogo, ou seja, que papel nós assumimos em cada situação e, a partir daí, identificar nossas possibilidades de ação. Papéis, sub-papéis e intenções táticas nos Esportes de Invasão Papéis nos esportes de Invasão Atacante: são todos os jogadores do time que tem a posse da bola. Defensor: são todos os jogadores do time que não tem a posse da bola. Sub-papéis nos esportes de invasão: Atacante: Com bola Segurar e proteger a bola; Atacar junto com o companheiro (cooperação); Fugir do marcador, driblar o defensor; Orientar-se dentro de quadra. Sem bola Foge do seu marcador (desmarca-se), procura o espaço vazio longe da bola para poder receber; 46 Defensor: (marcador) do atacante com bola Posicionar-se entre o jogador com bola e o gol a defender; Perseguir o atacante e dificultar o ataque do time adversário; (marcador) do atacante sem bola Encontrar e seguir o atacante em seus deslocamentos sem esquecer de cuidar também, o jogador que tem a bola; Posicionar-se entre o atacante e o gol para poder ajudar o companheiro que foi driblado pelo jogador com bola; Não deixar o seu adversário receber a bola; Interceptar (pegar) a bola. Analise a situação Abaixo 2 13 4 47 O esquema representa uma parte da quadra de futsal, onde se encontram dois jogadores da equipe quadrado e dois jogadores da equipe círculo. Nesta situação apresentada evidenciamos que o jogador 1 (equipe círculo) está de posse da bola. A partir desta constatação, podemos identificar a equipe atacante (círculo), porque é essa equipe que está com a posse da bola e, a equipe defensora (quadra- do), porque esta equipe está sem a bola. Identificados os papéis das equipes, é possível definir os sub-papéis represen- tados pelos jogadores: Jogador 1 (equipe círculo) está com a bola, portanto é atacante com posse de bola; Jogador 2, pertence a equipe círculo, portanto, é atacante. Não está com a bola, portanto é atacante sem posse de bola. Jogador 3, pertence a equipe quadrado que não está com a bola, neste caso ele é um defensor. Como ele está marcando diretamente o jogador 1 (atacante com posse de bola) ele passa a representar o sub-papel de defensor do atacante com posse de bola. Jogador 4, pertence a equipe quadrado que não está com a bola e, está acom- panhando o jogador 2 (círculo) que também não está com a bola. Evidenciamos então, que o jogador 4 representa o sub-papel de defensor do atacante sem posse de bola. Identificando o sub-papel de cada jogador em quadra, podemos definir quais são suas possibilidades de ação (intenções táticas) durante cada situação. Questões para estudo 1. João e Paulo são do Flamengo, Luís e Gustavo são do Corinthians. Em um jogo entre os dois times, João está com a bola e Luís tenta pegá-la. Paulo está per- to para poder receber o passe e Gustavo o está atrapalhando. Quais são os papéis e sub-papéis dos 4 jogadores? 2. Felipe roubou a bola de José e está correndo para fazer o gol. José corre para recuperar a bola. Enquanto isso, Leonardo e Fernando tentam ajudar Felipe, cada um em uma lateral da quadra. Cabe a Jonas e Ricardo acompanhar e atrapalhar os dois. Quais os sub-papéis dos jogadores e suas respectivas intenções táticas? 48 3. Observe as quadras abaixo: Marque “V” para as afirmativas verdadeiras e “F” para as afirmativas falsas. ( ) Todos os jogadores 1, com exceção da quadra III, são atacantes. ( ) O jogador 2 da quadra IV é goleiro, portanto, não é atacante e nem defen- sor. ( ) O jogador 1 da quadra III não pode deixar o jogador 3 receber a bola. ( ) O jogador 5 da quadra IV é marcador direto do jogador 2. ( ) Segurar e proteger a bola é função do jogador 5 da quadra II. ( ) O jogador 1 da quadra IV cumpre o sub-papel de atacante sem posse de bola. ( ) O jogador 3 da quadra III deve desmarcar-se, criando uma linha de passe. ( ) Na quadra I, o defensor do atacante com posse de bola é o jogador 4 ( ) Posicionar-se entre o jogador que está com a bola e o gol a defender é fun- ção do jogador 3 da quadra IV ( ) Interceptar a bola é função do jogador 2 da quadra II. I II I VIII 49 FUTSAL Origem e história O futebol de salão teria sido inventado por volta de 1934, pelo professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da Associação Cristã de Moços (ACM) de Montevidéu (Uru- guai), dando-lhe o nome de Indoor Football. Em 1935, os professores João Lotufo e Asdrubal Monteiro, após se graduarem no Instituto Técnico da Federação Sul-americana das ACM como secretários di- retores de educação física da ACM, voltaram ao Brasil e introduziram o “Indoor Foot Ball” que passou a ser chamado futebol de salão. Por possuir características do regulamento, ainda a iniciar, o pequeno tamanho da quadra e o peso da bola, causavam muitos acidentes pela potência dos chutes. Antes das regras serem estabelecidas, praticava- -se futebol de salão com times de cinco a sete joga- dores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa tentativa de reduzir sua capacidade de saltar e con- sequentemente suas frequentes saídas de quadra. A “bola pesada” acabou por se tornar uma das mais interessantes características originais do futebol de salão. Devido a sua praticidade, tanto no reduzido nú- mero de jogadores necessários em uma partida, quanto no espaço menor que exigia, o esporte rapi- damente adquiriu crescente popularidade, atingin- do outras localidades, gerando novos torneios e con- quistando adeptos em todas as capitais do país. Embora mantenham em comum sua essência, a criação de algumas regras diferenciadas criou peculiaridades em cada uma das modalidades: o futsal, com uma bola mais leve e com a valorização do uso dos pés adquiriu maior semelhança com o futebol de campo e ganhou maior dinâmica com novas regras que o tornaram mais ágil, como por exemplo, permitir que o goleiro atue como um jogador de linha quando ele está fora da sua área; o futebol de salão, buscando sempre preservar as regras originais, manteve mais as carac- terísticas de um esporte indoor-football, com um jogomais no chão, reduzindo o jogo aéreo, devido ao peso da bola, com laterais e escanteios cobrados com as mãos para maior controle e limitações à movimentação tanto do goleiro, restritos à sua área, como dos demais jogadores. Dessa forma, a dinâmica do jogo em uma e outra modalidade tornou-se sensivelmente diferenciada. 50 Na década de 90 ocorreu a grande mudança na trajetória do futebol de salão, pois, é feita sua fusão com o futebol de cinco (prática esportiva reconhecida pela Fifa). Surge então o “Futsal” terminologia adotada para identificar esta fusão no con- texto esportivo internacional. Com a sua vinculação a Fifa, o futsal dá um grande passo para se tornar esporte olímpico, tendo na Olimpíada de Sidney- -Austrália do ano 2000 o maior momento de toda a sua trajetória histórica. Porém a batalha continuou e em 2003 a Federação Paulista de Futsal elabora e faz o lança- mento da campanha “EU QUERO FUT- SAL OLÍMPICO” e o Futsal é incorporado nos jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. Vamos pesquisar! Trabalho coletivo – O Futebol e sua popularidade nos jogos de mesa Partindo-se da popularidade que o futebol atingiu no mundo todo, vários jogos para brincar com esta modalidade foram criados e vividos por muitas crianças e adultos, seja em reuniões familiares, rodas de amigos e eventos da vizinhança. O desafio aqui é relembrarmos quais jogos são estes que divertiram gerações e que ainda fazem parte da vida de muita gente. Pesquise com seus colegas e familiares que tipos de jogos que existem que fa- zem referência ao futebol. Vale jogos de todos os tipos: jogos de tabuleiro; jogos de cartas, jogos de miniaturas; jogos com materiais alternativos (recicláveis ou não); jogos que eram comprados e jogos que eram improvisados etc. Cada jogo identificado precisa ser descrito e ilustrado (desenho a mão, cola- gem ou impresso) em folha individual (tamanho A4 ou caderno grande). Escreva as regras, os materiais, local em que pode ser praticado e tudo que achar interes- sante. Complemente o trabalho com uma capa contendo título e dados de identificação e, ao final, uma conclusão com um breve relato sobre o trabalho desenvolvido 51 Preconceito, dificuldade e talento: Conheça Amandinha, a melhor do mundo no futsal Ganhadora do prêmio Futsal Pla- net nos últimos cinco anos, cearen- se foi descoberta em projeto social e hoje ganha menos de R$ 5 mil. Atle- ta foi rejeitada em torneio de meni- nos na infância Multicampeã em Santa Catarina, Amandinha chegou à seleção brasi- leira adulta em 2013. Naquela época, os Mundiais ainda eram realizados anualmente. Em dezembro daquele ano, a equipe comandada pelo então técnico Manoel Tobias bateu a Espa- nha na final, conquistando o tetra- campeonato na casa do rival. Os títulos mundiais de Amandinha pela seleção se repetiriam pelos dois anos seguintes - a última Copa do Mundo aconteceu em 2015, antes de a Fifa chancelar o futsal feminino. Em 2014, inclusive, a cearense marcou o gol da conquista nos segundos finais da decisão contra Portugal. Na comemoração, a ala tirou a camisa ficando só de top em quadra. Logo após aquela Copa do Mundo, Amanda ganhou o seu primeiro prêmio de melhor jogadora do planeta. De fato, 2014 marcou uma grande vitória do futsal feminino sobre a falta de investimento na modalidade. Semanas antes da competição, a Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) retirou o Brasil do torneio, alegando não ter recursos para pagar as despesas da viagem à Guatemala. As atletas então foram pedir ajuda nas redes sociais, até um banco privado oferecer patrocínio pontual à equipe. Apesar da vitória e da militância das jogadoras pela causa, o futsal feminino segue com um investimento bem mais modesto que o masculino. Não há sequer uma Liga Nacional de clubes no Brasil. Mesmo com os cinco prêmios de melhor jogadora do mundo do site Futsal Planet - a eleição acontece através de um co- légio eleitoral formado por jornalistas e treinadores - Amandinha não consegue ganhar mais de R$ 5 mil por mês. Com apenas 24 anos, Amandinha foi eleita a melhor jogadora do mundo pelo quinto ano consecutivo. Sugestões de Filmes Como meninos (2019) Eu, jogadora – um Autorretrato do Futebol Feminino (2017) Driblando o destino (2003) 52 Questões para reflexão: 1. Você conhece meninas que jogam futsal ou futebol fora da escola? 2. Por que você acha que tem poucas meninas que jogam futebol/futsal? 3. Na sua opinião, por que o esporte masculino recebe mais investimentos do que o feminino? Regras básicas A Quadra O Futsal é praticado em quadra retangular de piso rígido, com me- didas que variam de acordo com a categoria. Na Liga de Futsal Masculina, por exemplo, a quadra deve ter entre 38 e 42 metros de comprimento por 18 a 25 de largura. 53 A bola - A bola de futsal (categoria adulto mas- culino) deve ter entre 62 e 64 cm de circunferência e peso entre 400 e 440 gramas. Arbitro - São dois árbitros que apitam o jogo, sendo um em cada lado da quadra. Substituição - As substituições podem ocorrer a qualquer momento e em número indeterminado. Tempo de jogo - Os jogos da categoria adulto ocorrem em 40 minutos (2 tempos de 20 minutos cronometrados, ou seja, quan- do a bola não está em jogo, o cronômetro é parado). Área de Pênaltis - A área penal é definida por um semicírculo demarcado a 06 (seis) metros de cada poste de meta, tanto para os lados quanto para frente. Tiro de Canto e Lateral - Todas as cobranças de lateral e escanteio são co- brados com os pés, apoiando as mãos sobre a bola até o momento da cobrança, sendo que não pode ser cobrada com a mão. E é obrigado cobrar o lateral e o es- canteio com a bola em cima da linha (ou à 25 cm fora da quadra). Gol- O gol é válido em qualquer parte do campo. O jogador não pode marcar gol com a mão. Mas com qualquer outra parte do corpo. Se a bola não entrar com- pletamente pela linha da baliza não é gol. Só se passar pela linha é gol. Cartões de punição • Amarelo: Advertência • Vermelho: Expulsão (a equipe permanece com um jogador a menos por 2 minutos ou até levar um gol) Tiro Livre - A partir da sexta falta os tiros serão sem barreira, com a distância de 10(dez) metros do gol do infrator, sendo opcional a cobrança desde que a falta cometida seja sofrida do lado da quadra do infrator depois da marcação dos 10 metros. Posições básicas Muito parecido com o futebol, o futsal apresenta quatro posições principais, que são: • Goleiro/Guarda-Redes - Defende o gol de todos os ataques do adversário e pode atacar. • Fixo - semelhante ao zagueiro do futebol de campo. • Ala (esquerdo e direito) - trabalham a bola na lateral da quadra. • Pivô - o que fica mais próximo do gol adversário. Número de jogadores: As equipes são formadas por 5 jogadores de linha (sen- do um goleiro) e 7 jogadores, no máximo, como reservas. 54 Questões para estudo 1. São regras do futsal, EXCETO: (a) Cada equipe inicia o jogo com 5 jogadores em quadra. (b) O goleiro não pode sair da área. (c) O lateral é cobrado com o pé. (d) Um jogo adulto ocorre em 2 tempos de 20 minutos cronometrados. (e) As substituições podem ocorrer a qualquer
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