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Meios de Contraste HISTÓRICO MEIOS DE CONTRASTE • 1896 - Foi publicado o primeiro estudo conhecido usando realce do contraste; • 1897 - Primeiro estudo comparado a radiopacidade de diversos agentes de contraste; • 1912 - Lackett e Stenvard descobriram ar nos ventrículos cerebrais ocasionados por uma fratura do crânio; • 1918 - Walter E. Dandy descobre que, ao injetar ar por uma agulha, diretamente nos ventrículos cerebrais, estes se destacavam na radiografia; HISTÓRICO MEIOS DE CONTRASTE • 1918 - O contraste iodado foi utilizado pela primeira vez por E. H. Weld. administrado por via intravenosa; • 1927 - Egaz Moniz desenvolveu a angiografia cerebral pela introdução de contraste na artéria carótida com punção cervical; • 1931 - J. Licord desenvolveu a mielografia com a introdução de um produto radiopaco no espaço subaracnoideo lombar. HISTÓRICO MEIOS DE CONTRASTE • Apesar da grande evolução, com redução da morbidade e da mortalidade, ainda se apresentavam algumas complicações relacionadas aos meios de contraste, como as reações alérgicas. • A nefrotoxicidade e a reação alérgica são os dois principais fenômenos indesejáveis quando são utilizados os contrastes à base de iodo. HISTÓRICO MEIOS DE CONTRASTE • Os principais exames que utilizam MC são: - Tomografia computadorizada; - Cateterismo cardíaco; - Urografia excretora; - Angiografia; - Ressonância magnética. DEFINIÇÃO DE MEIO DE CONTRASTE São substâncias, agentes, de diagnósticos capazes de aumentar a definição de imagens, pois permitem a diferenciação de estruturas e patologias das demais. CONTRASTE DE IMAGEM • O contraste radiográfico é a diferença das densidades em estruturas adjacentes, ou seja, é a quantidade de tons de cinzas entre as cores branca e preta. • Se houver muitos tons de cinza, a imagem está com pouco contraste e vice-versa. DEFINIÇÃO DE MEIO DE CONTRASTE • Meios de contraste são drogas geralmente administradas diretamente em vasos sanguíneos (veias, artérias), articulações ou ingeridas. • São usadas para visualizar órgãos ou regiões como o cérebro, rins, fígado, vasos sanguíneos e estômago, a fim de detectar qualquer anormalidade. • DEFINE A IMAGEM. • PODE SER POSITIVO OU NEGATIVO. MEIOS DE CONTRASTES • MC são geralmente medicamentos que, ao serem ingeridos, absorvem mais raios-X do que as estruturas vizinhas e, consequentemente, proporcionam maior visualização dos detalhes por serem radiopacos. • Os meios radiopacos opacificam diversas áreas do corpo impedindo a passagem dos raios X. TIPOS DE CONTRASTES CONTRASTE NATURAL: üAR – CONTRASTE NEGATIVO; üGORDURA – CONTRASTE POSITIVO; üPARTES MOLES – CONTRASTE POSITIVO; üOSSO/METAIS* – CONTRASTE POSITIVO. MEIOS DE CONTRASTE NEGATIVO • MC negativos (radiotransparentes) tem baixo peso atômico, com mínima absorção dos raios- X e são representados por elementos gasosos como ar atmosférico e gás carbônico. »AR »CO2 MEIOS DE CONTRASTE MEIOS DE CONTRASTES POSITIVOS • Os MC positivos tem peso atômico elevado determinando alta absorção dos raios-X. • Estes meios de contrastes são basicamente de dois grupos: Iodados e Baritados. • IODADOS. • BARITADOS. MEIOS DE CONTRASTES • Composição: - Iodados: são os que contem iodo (I) como elemento radiopaco em sua formula. - Não iodados: não contem iodo, mas utiliza substâncias como bário (BaSO4) ou gadolínio em sua fórmula. • Podem ser: - Hidrossolúveis: dissolve-se em água. - Lipossolúveis: dissolve-se em lipídios (gordura). - Insolúveis: não se dissolvem. Ex.: sulfato de bário. MEIOS DE CONTRASTES • Vias de administração: - Oral: quando o meio de contraste é ingerido pela boca. - Parenteral: quando o meio de contraste é ministrado por vias endovenosas ou artérias. - Endocavitário: quando o meio de contraste é ministrado por orifícios naturais que se comunicam com o meio externo. (ex.: uretra, reto, útero, entre outros). - Intracavitário: quando o meio de contraste é ministrado via parede da cavidade em questão (ex.: fístula). INDICAÇÕES MEIOS DE CONTRASTE IODADOS • ESTUDOS VASCULARES • TRATO URINÁRIO • TRATO DIGESTIVO • APARELHO GENITAL • TOMOGRAFIAS COMPUTADORIZADAS Importância Diagnóstica dos Meios de Contraste Os estudos contrastados podem revelar muitos tipos de distúrbios, dependendo do sistema que está sendo investigado. Em geral, os seguintes tipos de distúrbios podem ser diagnosticados assim: • TUMORES; • COÁGULOS SANGUÍNEOS; • ESTENOSES OU OBSTRUÇÕES; • PERFURAÇÕES; • CÁLCULOS. SEM CONTRASTE COM CONTRASTE 1. DENSIDADE (g/mL) l número de átomos de iodo (massa) por mililitro de solução. Propriedades relacionadas a concentração do soluto 2. VISCOSIDADE l “força” necessária para injetar a substância através de um cateter; l aumenta com a concentração da solução e com o peso molecular; lViscosidade é menor quanto maior a temperatura. 3. OSMOLALIDADE l nº. de partículas de uma solução por unidade de volume mosm/kg de água; l representa o poder osmótico que a solução exerce sobre as moléculas de água. Agentes de contraste não-iônicos são menos tóxicos do que os iônicos: Menor osmolalidade Ausência de carga elétrica Maior hidrofilicidade • Em comum, os agentes são: • Metabolicamente estáveis; • Têm baixa capacidade de ligação com proteínas; • São excretados rápida e completamente. Compostos mais inertes 1. Via de administração determina a quantidade de substância que chegará ao órgão; 2. Dose de contraste; 3. Velocidade de injeção; 4. Calibre do cateter = em função da viscosidade; 5. Temperatura da substância; 6. Tempo da primeira radiografia depois do contraste. Fatores que influem na qualidade da imagem MEIOS DE CONTRASTE REAÇÕES ADVERSAS E RISCOS Consultar e esclarecer o paciente, evitando dúvidas que possam gerar ansiedade; Avaliar sua história e condição clínica, bem como pesar as consequências do uso de contraste, considerando outras alternativas diagnósticas; Checar todos os fatores de risco, inclusive medicações em uso, agentes nefrotóxicos etc. Antes de se decidir pela utilização dos meios de contraste em um paciente, alguns aspectos devem ser considerados Hipersensibilidade ao agente de contraste iodado; Alergia; Hipertireoidismo; Desidratação; Insuficiência cardiovascular severa; Insuficiência pulmonar e asma; Insuficiência renal; Nefropatia em pacientes diabéticos; Doença autoimune; Idade avançada; Ansiedade. FATORES DE RISCO 27 Outros Procedimentos • Consentimento informado ou formulário explicativo; • Uso de pré-medicação: administração de medicação à base de corticoides ou anti- histamínicos; • Escolha do meio de contraste a ser utilizado; • Verificar, em casos especiais, a necessidade real da realização do exame; • Consultar um médico em situações onde não haja condições seguras de realizar o exame. 29 30 31 REAÇÕES TARDIAS • Eritema • Prurido • Febre / tremor / cefaleia • Dor articular / fadiga • Perda de apetite •Distúrbio do paladar PROCEDIMENTOS 1.Consultar e esclarecer o paciente evitando ansiedade; 2.Avaliar história e condição clínica, avaliar o uso do MC e considerar outras alternativas diagnósticas; 3.Checar fatores de risco, medicações em uso, agentes nefrotóxicos... l Utilizar agentes não-iônicos; l Usar substâncias com menor concentração possível; l Hidratar o paciente; l Estabilizar condições psicológicas; l Usar pré-medicações; l Em caso de reações, estar preparado para iniciar medidas terapêuticas. REAÇÕES ADVERSAS medidas a serem consideradas: MÉTODOS PARA DIMINUIR A REAÇÃO ALÉRGICA • AQUECER O CONTRASTE A TEMPERATURA DO CORPO; •INJETAR PAUSADAMENTE O CONTRASTE; •USAR O NÃO IÔNICO. 36 ANAMNESE • Uma anamnese cuidadosa colhida com o paciente pode alertar a equipe sobre uma possível reação; • Pacientes com história de alergia são mais propensos a sofrer reações adversas ao contraste; • Devem ser incluídas as seguintes perguntas ao paciente: 37 ANAMNESE • 1. Você é alérgico a algumacoisa? • 2. Você já teve asma ou urticária? • 3. Você é alérgico a algum remédio? • 4. Você é alérgico ao iodo? • 5. Você é alérgico a algum tipo de comida? • 6. Você está tomando metformina (diabetes tipo 2) no momento? • 7. Você já realizou exames radiológicos que precisaram de injeção intravenosa ou intra-arterial? Sulfato de bário (BaSO4) 1910 - Bachem e Günther descreveram o uso de sulfato de bário como contraste para explorações do TGI. Sulfato de bário: ocorrência natural “Barita” Características físico-químicas: pó branco cristalino, totalmente insolúvel, quimicamente puro. A transformação em sais solúveis formam compostos altamente tóxicos: carbonato de bário (um veneno de rato) SULFATO DE BÁRIO •NÃO PODE HAVER CONTATO COM O ORGANISMO; •CONTRA INDICADO NA FÍSTULA E PERFURAÇÕES (IODADO MISTURADO COM SORO FISIOLÓGICO); •EXISTE DIFERENÇA ENTRE O S. DE BÁRIO USADO NA TC E NO RX; •ELIMINADO QUANDO O PACIENTE DEFECA. Para que seja possível a administração do sulfato de bário é necessário incluí-lo num meio de suspensão Adjuvantes formadores de colóide: goma arábica, pectina, carboximetilcelulose Para uso oral existe a adição de corantes, aromatizantes e sabor artificial. polibar plus 1900ml 105% Entero Vu 100g E-Z_Paque 1900 ml 60% E-Z-GAS 400 ml de CO2 Reações adversas: Náusea Vômito Dor abdominal; Constipação; Diarreia; Falta de apetite. Fatalidade: 1/10.000.000.000. Reações alérgicas: - eritema - edema de glote - broncoespasmo - hipotensão severa - prurido - taquicardia - dispneia - agitação - confusão - cianose DUPLO CONTRASTE Contraste Iodado Esparadrapo Algodão Gaze Seringa Êmbolo da Bomba Injetora Sonda Contraste Baritado Garrote Contraste Iodado Bandeja de Materiais TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS •UROGRAFIA EXCRETORA •URETOCISTOGRAFIA MICCIONAL E RETROGRADA TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS • E.E.D. (ESOFÂGO, ESTÔMAGO E DUODENO) • ENEMA OPACO ou CLISTER OPACO • TRÂNSITO INTESTINAL TIPOS DE EXAMES CONTRASTADOS • HISTEROSSALPINGOGRAFIA (ÚTERO/ÓVARIOS) • SIALOGRAFIA (GLÂNDULAS SALIVARES) • DARQUIOGRAFIA (GLÂNDULAS E CONDUTOS LÁCRIMAIS) • MIELOGRAFIA (MÉDULA ESPINHAL) • COLANGIOGRAFIA (VIAS BILIARES) • PNEUMOARTOGRAFIA (ARTICULAÇÕES SINOVIAIS) • FISTULOGRAFIA (CONTRASTE PELA FISTULA) Obrigado!!! "Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito, não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas graças a Deus não somos o que éramos." Martin Luther King
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