Buscar

Antieméticos: Alívio de Náuseas e Vômitos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Antieméticos são medicamentos que possuem como principal 
característica o alívio dos sintomas relacionados com as náuseas e 
redução dos vômitos. 
As náuseas e os vômitos são efeitos colaterais indesejáveis de muitos 
fármacos, notadamente os usados para quimioterapia, mas também dos 
opioides, anestésicos gerais e digoxina. Ocorre também na cinetose, 
durante o início da gravidez e em inúmeras doenças, bem como 
infecções bacterianas e virais. 
 
Mecanismo reflexo do vômito 
Componentes venenosos, toxinas de bactérias, muitos fármacos 
citotóxicos e distensão mecânica desencadeiam a liberação de 
mediadores como o 5-HT nas células enterocromafins do revestimento 
do trato GI. Esses transmissores desencadeiam sinais nas fibras 
aferentes vagais. 
O ato físico de vomitar é coordenado centralmente pelo centro do 
vômito (emético) na medula - na formação reticular lateral do bulbo. O 
centro da êmese também responde a impulsos aferentes do sistema 
vestibular, da periferia (laringe e TGI) e das estruturas superiores 
corticais e do tronco cerebral. recebe estímulos do labirinto no ouvido 
interno, através do núcleo vestibular (o que explica o mecanismo da 
cinetose 
Outra região é conhecida como a zona do gatilho quimiorreceptora 
(ZGQ), um conjunto de neurônios sensoriais quimiossensitivos 
localizados no assoalho do quarto ventrículo. fora da barreira 
hematencefálica A ZQG recebe estímulo de neurotransmissores, 
quimioceptores e substâncias químicas tóxicas na corrente sanguínea 
principalemente porque a barreira hematoencefálica é relativamente 
permeável nessa área. O centro do vômito também recebe sinais 
diretamente dos aferentes vagais, bem como transmitidos através da 
ZGQ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os fármacos quimioterápicos podem ativar diretamente a ZGQ ou o 
centro da êmese bulbar. Vários neurorreceptores, incluindo o receptor 
da dopamina tipo 2 e da serotonina tipo 3 (5-HT3), têm papéis críticos. 
Com frequência, a cor ou o odor dos quimioterápicos (e mesmo 
estímulos associados à quimioterapia) podem ativar os centros 
 
 
 
 
 
 
cerebrais superiores e iniciar a êmese. Os quimioterápicos também 
podem atuar perifericamente causando lesões celulares no TGI e 
liberando serotonina das células enterocromafins da mucosa do 
intestino delgado. A serotonina ativa os receptores 5-HT3 nas fibras 
aferentes esplâncnicas e vagais, que, então, levam sinais sensoriais ao 
bulbo, causando a resposta emética 
Os principais neurotransmissores envolvidos nesse neurocircuito são a 
acetilcolina, histamina, 5-HT (serotonina), dopamina e a substância P e 
os receptores também são sensíveis a estimulação de opióide e 
neurocininas. 
 
Sistema vestibular Acetilcolina e histamina, principalmente 
TGI Serotonina, mecanorreceptores e 
quimiorreceptores 
ZGQ Dopamina, serotonina, 
Centro do vômito Histamina, acetilcolina, serotonina 
 
Conhecendo os mecanismos fica mais fácil entender porque certos 
antieméticos atuam melhor a depender a do tipo de estímulo que está 
induzindo a êmese (cinetose, estímulo do estômago e etc). 
 
 
Antagonistas do receptor D2 (dopamina) 
Antagonistas do receptor H1 de Histamina 
 
Antagonistas do receptor 5-HT3 de serotonina 
 
Antagonistas muscarínicos 
 
Cannabinoides 
Antagonistas dos Receptores de NK 
Corticosteroides (altas doses) 
 
Antagonistas do receptor D2 (dopamina) 
Os antipsicóticos fenotiazínicos, como clorpromazina, perfenazina, 
proclorperazina e trifluoperazina, são antieméticos eficazes comumente 
usados. Podem ser administrados por via oral, intravenosa ou por 
supositório. Atuam, principalmente, como antagonistas dos receptores 
D2 da dopamina na ZGQ, mas também bloqueiam receptores de histamina 
e muscarínicos. Outros fármacos antipsicóticos, como o haloperidol, o 
composto relacionado droperidol e a levomepromazina também atuam 
como antagonistas D2 na ZGQ e podem ser usados para êmese aguda 
induzida por quimioterapia. 
 
ANTAGONISTAS D2: 
▪ Metoclopramida (Plasil) 
▪ Clorpromazina (Amplictil) 
▪ Haloperidol (Haldol) 
▪ Bromoprida (Digesan) 
▪ Domperidona (Digecap) (não atravessa facilmente a BHE) 
 
Ação: exerce atividade antiemética, sobre o ZDQ 
Med IX - UFOB @waleska112 
Receptores Viscerais: 
Mecanorreceptores e 
Quimiorreceptores 
Córtex, 
Tálamo e 
Hipotálamo 
Receptores no 
labirinto 
ZQG 
Centro do 
vômito 
Músculos Respiratórios, 
músculos abdominais, 
musculatura esofágica; 
Relaxamento Gástrico e 
Duodenal; 
retroperistaltismo 
Atenção 
básica e uso 
em casa 
QT e 
gravidez 
Pouco 
explorado 
Pouco 
explorado 
Uso Clínico: no tratamento de náuseas e vômitos, gastroparesia, 
esvaziamento gástrico retardado secundários à esofagite com refluxo. 
Efeitos Adversos: Sedação (principalmente a clorpromazina), 
hipotensão, sintomas extrapiramidais, distonia e discinesia, galactoreia. 
 Atenção com esses medicamentos: muitos pacientes relatam 
efeitos extrapiramidais, como uma sensação de morte súbita, 
ao tomar plasil, por exemplo. Domperidona acaba sendo a 
melhor opção. 
 
 Antagonistas do receptor H1 de Histamina 
Os mais comumente empregados desse grupo são cinarizina, ciclizina e 
prometazina; são eficazes contra náuseas e vômitos originados de 
muitas causas, incluindo cinetose e a presença de irritantes no 
estômago. Nenhum é muito eficaz contra substâncias que atuam 
diretamente sobre a ZGQ. A prometazina é usada para náuseas matinais 
da gravidez (nas raras ocasiões em que o estado nauseoso é tão grave a 
ponto de justificar tratamento com fármacos) e tem sido usada pela 
NASA para o tratamento da cinetose do espaço. 
 
Anti-histamínicos (antagonista H1) 
- primeira geração: tem como efeito adverso a sedação, por estar 
envolvido no sistema reticular ascendente e no ciclo vigia. 
Prometazina (Fenergan®) 
Hidroxizina 
Difenidramina (Benalet® Difenidrin®) 
- segunda geração: sem efeito sedativo 
Meclizina (Meclin®) 
Cinarizina, (STUGERINA®, ANTIGERON®, VERZUM®) 
Dimenidrinato (Dramin®) 
 
Ação Farmacológica: antagonista dos receptores H1 (hipotensão muito 
utilizada no Fenergan); antagonista α1; ação anti-muscarínica; agem no 
aparelho vestibular evitando o enjoo de 
movimento (cinetose). 
Uso Clínico: cinetose, êmese pós-operatória, sintomatologia associada à 
Labirintopatia. 
Farmacocinética: rápida absorção VO, pico em 1-2 horas e eficaz por 3-
6 horas. Metabolização hepática e excreção renal. 
Efeito Colateral: sonolência, tonturas, turvação visual, insônia, 
nervosismo, secura de boca, garganta e vias respiratórias bem como 
retenção urinária. 
Interações: potencializa drogas depressoras do SNC, evitar o uso com 
inibidores da MAO, sedativos, tranquilizantes, ototóxicos (mascara os 
sintomas de ototoxicidade). 
 
Antagonistas dos receptores 5-HT3 
Os antagonistas dos receptores 5-HT3 incluem ondansetrona, 
granisetrona, palonosetrona e dolasetrona. Essa classe é importante no 
tratamento da êmese relacionada com a quimioterapia, principalmente 
graças à sua longa duração de ação e eficácia superior. Eles podem ser 
administrados como dose simples antes da quimioterapia (por via IV ou 
oral) e são eficazes contra todos os graus de tratamentos 
emetogênicos. Ondansetrona e granisetrona evitam a êmese de 50 a 
60% dos pacientes tratados com cisplatina. Eles também são úteis no 
tratamento de náuseas e êmeses pós-operatórias. Os antagonistas 5-
HT3 são extensamente biotransformados pelo fígado, mas somente a 
ondansetrona exige ajuste de dosagem na insuficiência hepática. A 
eliminação se dá pela urina. Alterações eletrocardiográficas, como o 
prolongamento do intervalo QT, podem ocorrer com dolasetrona e 
dosagens elevadas de ondansetrona. Por essa razão, a dolasetrona não 
está mais aprovada para a profilaxia da NEIQ. 
 
ANTAGONISTAS 5-HT3: 
▪ Ondansetrona (ANSENTRON ® NAUSEDRON®) 
▪ Granisetrona (Kytril ®) 
▪ Tropisetrona (NAVOBAN) 
▪ Dolasetrona (Anzemet® IV) 
▪ Palonosetrona(Onicit) 
 
Ação: antagonistas seletivos dos receptores de serotonina do subtipo 3 
(5-HT3) na periferia (fibras aferentes vagais viscerais) e no cérebro 
(CTZ). 
Uso Clínico: são indicados na prevenção e tratamento de 
náuseas e vômitos de diferentes causas, principalmente induzida por QT 
e gestacional. 
Farmacocinética: boa Absorção pelo TGI, sofrem extensa 
metabolização hepática . A extensão da eliminação urinária é de até 95% 
após dose única. 
Efeito Colateral: movimento circular involuntário dos olhos,agitação, 
convulsões, visão turva, arritmia, lipotimia (desmaio), cefaleia, 
constipação e soluços. 
 
Antagonistas dos Receptores NK-1 
Representado pelo aprepitanto, atua no receptor de neurocinina no 
cérebro e bloqueia as ações da substância natural. Ele é indicado apenas 
para regimes quimioterápicos moderada ou altamente emetogênicos. 
Geralmente é administrado por via oral com dexametasona e um 
antagonista da 5-HT3. Ele sofre extensa biotransformação, 
primariamente pela CYP3A4, e pode afetar a biotransformação de outros 
fármacos por essa enzima, como varfarina e anticoncepcionais orais. 
Tem meia vida de 40 horas e é equivalente a ondansetrona nas primeiras 
24 horas, sendo mais eficaz para prevenção de vômitos após 24 a 48 
horas após a cirurgia. 
Efeitos colaterais: cefaleia, astenia, soluços, constipação, anorexia, 
dispepsias, diarreia, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gravidez: 
-Preferência por B6 (pirodoxina) 
- Categoria B da FDA: Dimenidrinato, 
meclizina, metoclopramida, 
ondansetrona (ANVISA pediu cautela 
no uso). 
- Categoria C da FDA: prometazina 
1. Mecanismos

Continue navegando